leia a edição 1164 desta sexta-feira na íntegra

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Portos precisam melhorar para mármore e granito [3] SERRA (ES) | 12 A 19 DE FEVEREIRO DE 2016 | Nº 1.164 - ANO XXXII | FUNDADO EM DEZEMBRO DE 1984 TEMPO NOVO Partidos de olho no voto gay, evangélico e protetor de animal [4] FOTO: EDSON REIS FOTO: FÁBIO BARCELOS Serra recebe maior feira de rochas da América Latina [13] É de Jardim Carapina super maratonista capixaba [15] A hora em que o jovem passa a ser considerado um adulto [7] Uso de água de poço na mira do Estado e do município [12] Asfalto ‘novinho em folha’ é cortado em José de Anchieta [6] Ainda dá para dizer que tem brinquedo de menino e menina? [11] FOTO: FÁBIO BARCELOS Revolta após demissão de professores em faculdade [8] FOTO: EDSON REIS

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Page 1: Leia a edição 1164 desta sexta-feira na íntegra

Portos precisam melhorar para mármore e granito [3]

serra (es) | 12 a 19 De Fevereiro De 2016 | nº 1.164 - ano XXXii | FUnDaDo eM DeZeMBro De 1984

tempo novo

Partidos de olho no voto gay, evangélico e protetor de animal [4]

Foto: EDSoN REiS

Foto: FÁBio BARCELoS

Serra recebe maior feira de rochas da América latina [13]

É de Jardim Carapina super maratonista capixaba [15]

a hora em que o jovem passaa ser considerado um adulto [7]

uso de águade poço na mira do Estado e do município [12]

Asfalto ‘novinho em folha’ é cortado em José de Anchieta [6]

Ainda dá para dizer que tem brinquedo de menino e menina? [11]

Foto: FÁBio BARCELoS

Portos precisam melhorar para mármore e granito

Serra recebe maior

Carapina super Revolta após demissão de professores em faculdade [8]

Foto

: ED

SoN

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jornal tempo novo ltda me | cnpj: 01.543.441/0001-00 | insc. estadual: isento | insc. municipal: 017.199-0 | Registro nº 200.707.86.283 na Junta Comercial do Estado do Espírito Santo, em 25 de setembro de 2007.| endereço: Rua Euclides da Cunha, 394 - Sl. 104 - P. R. Laranjeiras, Serra - ES. CEP 29165-310 | telefone: 27- 3082-0242 | email: [email protected] | diretor Geral: Eci Scardini | editor-chefe: Bruno Lyra - [email protected] | diretor de marketinG: Yuri Scardini | Gerente comercial: Karla Alvarenga | impressão: Gráfica Metro | tiraGem: 8000 exemplares

empresa filiada ao

Mestre álvaro

teMpo novowww.portaltemponovo.com.bredição finalizada em 11 de fevereiro de 2016, às 18h

P2 | TN | SERRA (ES), 12 a 19 de fevereiro de 2016 | opinião

por kleber Galveas

Nó difícil de desatar

A luz do sol no fim do túnelCrise econômica no país. E a lo-

comotiva econômica do ES, a Serra, está sendo duramente atingida. So-ma-se a isto o esfriamento do mer-cado imobiliário local, depois de um ciclo de crescimento exuberante; as dificuldades do setor minero-si-derúrgico em função da queda da demanda e do preço do minério de ferro e do aço no mercado interna-cional, agravadas pelo acidente/cri-me ambiental da Samarco, que deve contaminar o desempenho econô-mico da sua controladora, a Vale.

Outra péssima notícia é a saída da Petrobrás do TIMS. A estatal está transferindo seu centro de distribuição de equipamentos para a extração de petróleo para Macaé, no Rio de Janei-ro. Situações somadas que refletem em menor arrecadação do município, cuja demanda por serviços básicos e a população só fazem crescer.

Mas há boas alternativas eco-nômicas. Uma delas é estimular a vinda de empresas de segmentos incipientes que devem explodir nos próximos anos. Caso da energia so-lar. A escassez de água (boa parte da matriz energética nacional ainda é hidráulica) e a tendência de descar-bonização da economia acordada, no último novembro, na Conferên-cia da ONU sobre o clima em Paris não deixam dúvida.

A Serra poderia criar incentivos fiscais especiais, como isenção de ITBI, IPTU e até de ISS para fábricas de placas de células fotovoltaicas e outras tecnologias que transfor-mam a luz do sol em eletricidade e energia térmica. E estender tais be-nefícios para os consumidores ser-ranos que instalarem a tecnologia em suas casas, criando, de cara, um nicho de mercado para a fábrica.

Em 1974, influenciado por Augus-to Ruschi e Michel Bergman, tentei convencer o pintor Homero Masse-na, então com 89 anos, a participar de uma passeata, com o objetivo de despertar a consciência dos capixa-bas em relação à instalação do Par-que Siderúrgico, em Tubarão, Vitó-ria, Espírito Santo, Brasil.

A passeata nunca aconteceu. Massena faleceu em 1974. Motiva-do, deixou-nos uma moringa: de um lado desenhou o capixaba aca-nhado; do outro, um japonês agres-sivo (a parceira pioneira em Tubarão foi a Kawasaki).

Em 1997 iniciei o projeto ‘A Vale, a Vaca e a Pena’, que pode ser visto no site: www.galveas.com. Como eu pensava que a poluição acaba-ria, a ideia era registrá-la no último ano da empresa estatal. Acreditava que, com a privatização, enfim, o governo desempenharia o seu pa-pel constitucional, como agente fis-calizador e restritivo. Triste engano: a poluição aumentou, culminando com o início das operações da Usina 8, em 2015, autorizada pelo gover-nador Paulo Hartung, em 2008.

Se o Governo do estado não ti-vesse compromisso com as contri-

buições à sua eleição e não preva-ricado na legislação e fiscalização em Tubarão; se não tivesse tirado da cartola o velho e polêmico proje-to das Wind fences, para justificar a aprovação da Usina 8, e tivesse dado atenção às considerações apresen-tadas por populares na Audiência Pública, de 21 de junho de 2006, na Ales, esse nó górdio, atado pelo go-verno, não existiria.

Nessa citada Audiência que ocor-reu para licenciar a Usina 8 disse-mos: “Para o próprio bem das si-derúrgicas instaladas na Ponta de Tubarão, é preciso que seus novos investimentos sejam direcionados para outra área; e que se pense na gradual transferência das ativida-des siderúrgicas ali existentes.”

Urgentes paliativos devem ser adotados, para minimizar os “efeitos criminosos”, até a transferência se efe-tivar. A mudança é necessária, mas acredito que deva ser feita de manei-ra gradual, com bom senso e tolerân-cia de todos os segmentos envolvidos nesse nó, dado pelo desgoverno. Ele sempre estimulou a empresa, apro-vou seus projetos e, feliz com as con-tribuições eleitorais, fechou os olhos à gestão da coisa pública.

Um exemplo patético da falta de planejamentoPatético. Não há adjetivo me-

lhor para definir o que está aconte-cendo nas ruas do bairro de José de Anchieta, onde o asfalto está sen-do quebrado para implantação de rede de esgoto, cerca de dois me-ses após receber reforma na pavi-mentação e nova sinalização. Um exemplo cabal da falta de planeja-mento e diálogo entre o município e o consórcio de saneamento Serra Ambiental, que opera com Parceria Público Privada (PPP) sob supervi-

são da Cesan. A rede de esgoto é pra lá de neces-

sária. Mas antes de reformar e sinali-zar vias, a Prefeitura deveria checar o cronograma de obras de implan-tação da rede. Esse cronograma es-tá previsto no contrato de conces-são da PPP. Do mesmo jeito que o Serra Ambiental e a Cesan devem estar em permanente comunicação com a administração municipal.

Isso evitaria o desperdício de di-nheiro público, destruindo um as-

falto e sinalização novos, para im-plantar um remendo que nunca terá a qualidade do piso original. Aliás, a má qualidade desses remendos são uma das maiores reclamações da população. Melhorá-los também está previsto no contrato de conces-são da PPP, assim como da qualida-de do esgoto tratado. Por hora, res-ta à sociedade pagar a conta (cada vez mais caras com seus impostos e taxas) da incompetência na gestão dos serviços públicos.

Hartung x Casagrande, Audifax x Vidigal

Caso a especulação seja verdadeira e venha a ocorrer, uma aproximação entre os dois titãs Audifax e Vidigal ficaria engatilhada.

Passado o carnaval, as movimentações políticas de-vem ficar cada vez mais escancaradas. Principalmente aquelas envolvendo os dois principais protagonistas do cenário político da Serra: o prefeito Audifax Barcelos (Rede) e o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT), que já sentou três vezes na principal cadeira do executivo serrano.

As velhas dúvidas se mantêm: o deputado estadual Bruno Lamas (PSB) realmente será ou não candidato? Vandinho Leite (PSDB) deslancha ou vai ter uma can-didatura nanica? O PT vai continuar escondido ou vai colocar a cabeça para fora da toca?

Há também novas conversas de bastidores ga-nhando força. Uma delas é a de que o governador Paulo Hartung (PMDB) estaria fa-zendo grande pressão sobre Sérgio Vidigal para que o pedetista não dis-pute a prefeitura com o intuito de não criar um palanque para o ex-go-vernador Renato Casagrande (PSB), pois uma vez deflagrada a disputa eleitoral entre Audifax e Vidigal, naturalmente Hartung teria que es-colher um lado, o que abriria cami-nho para a voz do rival Casagrande

ser novamente ouvida no eleitorado do outro lado da disputa na Serra.

É uma conversa que faz sentido, visto o esforço que Hartung tem feito em Vitória para sufocar a voz do pré-candidato e atual prefeito Luciano Rezende (PPS), aliado público de Casagrande. Hartung articula lançar na ca-pital de três a quatro candidatos de peso para digladiar contra Luciano.

De todo modo, essa é uma conversa que pode interes-sar a Serra. Usar a rixa de Hartung e Casagrande como um trampolim para as lideranças serranas ascenderem no espectro político estatual.

Caso a especulação seja verdadeira e venha a ocor-rer, uma aproximação entre os dois titãs Audifax e Vidi-

gal ficaria engatilhada. E aí a Serra não correria o risco de perder uma lideran-ça em Brasília da envergadura de Sér-gio Vidigal. Ao mesmo tempo o ex-pre-feito poderia sair politicamente mais fortalecido, sendo inclusive um nome viável para um projeto estadual.

Já Audifax teria uma reeleição bem mais tranquila e mais quatro anos pa-ra mostrar se realmente será capaz de alçar voos maiores.

por yuri scardini

por bruno lyra

ARtE: Luiz tozAto

Page 3: Leia a edição 1164 desta sexta-feira na íntegra

| SERRA (ES), 12 a 19 de fevereiro de 2016 | TN | P3

entrevista | tales pena MaCHaDo | presidente do sindicato da indústriade rochas ornamentais, Cal e Calcário do es (sindirochas)

“ A crise hídrica vem atingindo o setor de forma moderada ”

“Rochas ornamentais geram10% do PIB do Espírito Santo”bruNo lyra

À frente do Sindirochas desde agosto do ano passado, Tales Pena Machado é empresário

do ramo de rochas ornamentais há mais de 25 anos. Ele revela o que espera da maior feira do setor na América Latina, que acontece se-mana que vem em Carapina. E fala sobre os gargalos e potenciais do setor, que tem no município da Ser-ra o principal exportador do país de mármore e granito.

[TN] Quantas pessoas devem passar pela feira e quantos expositores, en-tre produtores de rochas ornamen-tais, fornecedores de máquinas, equi-pamentos e serviços para o setor? [TAlES PENA mACHAdo] São 420 expositores previstos, sendo 300 nacionais (60% pedras, 30% má-quinas, 10% serviços). Além do ES, outros importantes estados pro-dutores estarão presentes na feira, como Minas Gerais, Paraíba, Ceará e Rio de Janeiro. Dos 120 exposito-res internacionais (65% máquinas - 35% pedras), estão Turquia, China e Portugal, além de empresas da Itália, Espanha, França, Grécia, Ín-dia, Coréia do Sul, Rússia, Polônia e EUA. De visitantes esperados, 24 mil são brasileiros sendo 11,5 mil ca-pixabas e 10 mil de outros estados. Tem ainda os 2,5 mil estrangeiros, com destaque para Estados Unidos, Itália, Canadá, México, Colômbia e Argentina.

Qual a expectativa de negócios para esta edição da Stone Fair?

Esse número não será revelado.

Por que a Serra é o local escolhi-do para a realização do evento?

A Região Metropolitana de Vitó-ria é importante, pois reúne indús-trias de rochas, depósitos comerciais e boa logística para escoamento dos produtos. A Serra, além de sua ex-celente localização, é a cidade capi-xaba que concentra o maior número de marmorarias e o município que mais exporta rochas.

Em 2008 o setor de rochas orna-mentais do ES sofreu com a crise imobiliária dos EUA. mas agora é um dos que menos tem sido afeta-do pela crise brasileira...

Muitos empresários aproveita-ram a valorização do preço do dólar e apostaram nas exportações, que

tales ressalta que a Serra conta com boa estrutura logística e concentra o maior número de beneficiadoras do Estado

FotoS: DiVuLGAÇÃo

fecharam o ano em alta. Apesar do fechamento insatisfatório do mer-cado interno em 2015, as exporta-ções cresceram. Os Estados Unidos continuam sendo o grande compra-dor dos granitos brasileiros, princi-palmente dos exóticos; seguidos pelo Canadá e México. Do total ex-portado em 2015 (US$ 980 milhões), US$ 808,5 milhões foram vendidos para esses três países. Além dis-so, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os már-mores polidos de empresas do Es-pírito Santo registraram um cres-cimento nas vendas para o exterior de 45,04% em 2015, se comparado com 2014, e ganham espaço em re-sidências e projetos comerciais nos Estados Unidos, no Canadá, na Itá-lia, na Espanha e no Reino Unido.

Como a indústria vem aprovei-tando esse bom momento para se aprimorar?

Com mais empresas no merca-do internacional, a concorrência também aumentou. O processo in-

dustrial está em fase de renovação, inovação e de reengenharias. As em-presas do setor estão modernizando seu modelo de produção, agregando sustentabilidade, analisando e en-contrando novas soluções na opera-ção logística e conhecendo melhor nossos atuais e futuros clientes.

Quais são os principais destinos das rochas produzidas no ES?

No mercado internacional, Esta-dos Unidos, China, Canadá, Itália, Espanha e Reino Unido são os prin-cipais países que compram produ-tos capixabas. No Brasil, todos os estados são compradores dos nos-sos produtos.

Quantas empresas, entre extra-ção e beneficiamento, existem no ES? Qual fatia do PIB estadual isso gera e quantos empregos gerados?

A produção do setor de rochas or-namentais no Estado corresponde a 10% do PIB capixaba e gera cerca de 22 mil empregos diretos. São cerca de 1.700 empresas ativas que de-senvolvem atividades diversas con-

siderando a cadeia produtiva que vai desde a mineração, indústria de transformação e beneficiamento, as marmorarias e as especificamen-te comerciais. E estão presentes em todos os municípios do ES.

Quantas beneficiadoras há na Serra, quantos empregos geram e qual a estimativa da participação no PIB do município?

A Serra, além de sua excelente lo-calização, é a cidade capixaba que concentra o maior número de mar-morarias e o município que mais exporta rochas. O município conta hoje com cerca de 200 empresas do setor ornamental.

Como a escassez de água afeta a indústria? Quais são as soluções em andamento ou, pelo menos, em perspectiva?

A crise hídrica vem atingindo o se-tor de forma moderada. O segmento de rochas sempre trabalhou utilizan-do ferramentas e tecnologias que per-mitem uma grande reutilização da água no processo de beneficiamento das rochas. A partir do uso tecnolo-gias como decantador vertical, tan-que de decantação, leito de secagem e filtro prensa, além ainda do aprovei-tamento de água das chuvas, numa demonstração que as empresas vêm promovendo investimentos de forma responsável, desenvolvendo uma ati-vidade sustentável.

o que precisa melhorar nos por-tos e rodovias capixabas para dar mais competitividade ao setor?

Nos últimos anos, não houveram investimentos necessários na infra-estrutura portuária no Estado. Atu-almente, considerável volume de contêineres está sendo exportado pelo Rio de Janeiro, reduzindo em muito o prazo de entrega dos pro-dutos aos clientes de outros países, em comparação à exportação reali-zada pelos portos do Espírito Santo. Como consequência, viemos per-dendo competitividade e deixamos de ser rota para os grandes navios, principalmente aqueles que trans-portam contêineres. Acreditamos que com a implantação do concei-to de Plataforma Logística, pode-remos resolver as dificuldades dos nossos modais. Além disso, a cartei-ra dos projetos estruturantes que o atual Governo do Estado informou, vai oferecer grandes evoluções para solucionar nossos gargalos.

Page 4: Leia a edição 1164 desta sexta-feira na íntegra

PTC estadual diz que negocia apoio a Vidigal

Vandinho roda a cidade e reafirma pré-candidatura

Crescem as especulações de que as executivas estaduais do PTC e do PDT estão estreitando as relações, após conversas entre o deputado federal pedetista e ex-prefeito do município, Sérgio Vi-digal que é o presidente da sigla no ES e a deputada estadual Elia-na Dadalto, que preside o PTC.

Na Serra, o PTC tem como pre-sidente municipal o vereador Mi-guel da Policlínica, um dos aliados mais fiéis do prefeito Audifax Bar-celos (Rede). Desta forma, a cos-tura de cima pra baixo pode em-baraçar o rumo da militância no município, que não quer abrir mão de permanecer no bloco de apoio à reeleição de Audifax.

Cautelosa, a presidente do PTC Estadual, deputada Eliana Dadalto, diz que não está fe-chado o acordo entre as legen-

das. “Houve uma conversa com o Vidigal, mas vamos ouvir e dar atenção à preferência do presi-dente municipal e às lideranças locais. Até o final de março va-mos definir a direção do partido na disputa majoritária da Serra”, disse a deputada.

Já o presidente municipal do PTC, vereador Miguel da Policlíni-ca, que tinha o comando estadual da legenda, continua afirmando que “nada mudou” na relação do partido com o atual prefeito da ci-dade, Audifax Barcelos.

“Aconteceria uma reunião ho-je (11), mas reagendamos para a próxima semana para discutir o assunto. Não mudou nada. Tam-bém faço parte da Executiva re-gional”, lembrou o vereador, que disse ainda não ter participado de reunião com Vidigal.

Com a intenção de discutir pro-postas para a cidade, lideranças do PSDB percorreram a Serra du-rante 45 dias coletando sugestões para montar seu plano de governo. O partido anunciou que vai par-ticipar da disputa majoritária em 2016, tendo como pré-candidato a prefeito o ex-deputado Vandinho Leite, que conduziu os debates na cidade.

“Toda a movimentação foi feita fora do horário comercial e nos fins de semana. Andamos a cidade toda e discutimos com diversos segmen-tos da sociedade propostas para o nosso plano de governo “Tucanos na rua”. Foram 45 dias de conversas in-dividuais, reuniões em bairros e pa-ralelamente visitas a locais públicos como feiras e comércio”, disse o pré-candidato.

Sobre o perfil desenvolvimen-tista, Vandinho diz que só existirá desenvolvimento social se a Serra voltar a crescer. “O desemprego é grande e os serviços públicos estão com qualidade ruim. Percebemos que a população não está satisfeita e quer discutir a cidade”.

Vandinho, por sua vez, já deu si-nais de que deve indicar para sua vice um nome ligado ao segmento empresarial.

O pré-candidato disse que ago-ra o partido se organiza para fa-zer novos debates, desta vez seg-mentados. “Além dos encontros

temáticos estaremos permanen-temente nas ruas colhendo su-gestões da população nas áreas estabelecidas”.

Leite disse ainda que anuncia-rá nos próximos 15 dias o leque de partidos que deve caminhar com o PSDB na corrida pela Prefeitura da Serra. “Por enquanto estou man-tendo sigilo para evitar ataques. A ideia é ter de quatro a cinco le-gendas, e o anúncio será feito nos próximos 15 dias”, disse o tucano.

política

Partidos em busca de nichos eleitorais para vereadorcoNceição NascimeNTo

Com o objetivo de formar chapas competitivas para disputar as 23 cadeiras de vereador, parti-

dos políticos têm buscado represen-tantes de segmentos organizados que atuam em nichos distintos. O objetivo é atrair um eleitorado que te-nha bandeiras específicas e levar para a Câmara essas pautas. Neste bloco, estão cotados representantes do mo-vimento LGBT, jovens, evangélicos, esportistas e protetores de animais.

Para o presidente do PSDB, José Carlos Buffon, sem dúvidas, é impor-tante segmentar o debate. “Isso atrai um eleitorado específico, que não se sente representado na Câmara Mu-nicipal. A ideia é segmentar para ter candidatos representando os diver-sos setores sociais”, explicou Buffon.

são todos pré-candidatos a vereador Edson Reis, na cultura, goleiro Mão, no esporte, pastor Ailton, entre evangélicos, Fábio Junior, na juventude, Evelin, no movimento LGBt e Vanessa Ramires, na proteção animal

Foto: EDSoN REiS

O presidente municipal do PV, Edi-naldo Fernandes, diz que “os partidos procuram essa segmentação de vo-tos, pois determinadas pessoas repre-sentam grupos que são importantes dentro da sociedade. Essa semana, por exemplo, estamos filiando uma protetora dos animais”.

O goleiro tetra campeão do mun-do de Futebol de areia Jenilson Brito Rodrigues, o Mão, é pré-candidato a vereador pelo PSDB. Segundo ele, muitos partidos estão entrando em contato visando a sua filiação. “Logo que me coloquei como pré-candida-to a vereador, fui assediado por mui-tos partidos, talvez pelo nome que construí no esporte”.

Para Evelyn Macedo (PSB) que re-presenta o segmento LGBT na Ser-ra, e também é pré-candidata a ve-readora, o fato de ela estar à frente

deste grupo social foi um diferencial para ingressar a política.

“Acredito que consigo atrair vo-tos dos militantes LGBT pelo tra-balho que venho desenvolvendo na cidade. A maioria da Câmara, como se sabe, é homofóbica. Ve-readores costumam vetar propos-tas favoráveis ao segmento”, lem-brou.

Já o Pastor Ailton Rodrigues, pre-sidente do PSC municipal e pré-can-didato pela sigla, diz que é provável que receba votos nas eleições por conta da segmentação que atua “Fui candidato em 2012, com 1.443 votos e na verdade a maioria vem do meu segmento, pelo trabalho que presto ao município, atuando como pastor, especialmente os evangélicos. Acre-dito que será assim nestas eleições também”.

P4 | TN | SERRA (ES), 12 a 19 de fevereiro de 2016 |

vandinho diz que seu vice pode sair do movimento empresarial

Foto: ARQuiVo tN / BRuNo LYRA

Page 5: Leia a edição 1164 desta sexta-feira na íntegra

Barraco na redeComo se não bastasse a disputa eleitoral mar-

cada para daqui a oito meses, quando serão escolhidos prefeito e vereadores, lideranças po-pulares se engalfi nham nas redes sociais sobre o próximo grupo que terá o comando da Fede-ração das Associações de Moradores da Serra (Fams), cujo colegiado está marcado para o dia 16 de fevereiro, das 19h às 22h no Centro Comu-nitário de Laranjeiras.

Prévia de outubroAlguns nomes já são colocados

para a disputa pela Fams, como o atual coordenador da Assem-bleia Municipal do Orçamento, Jean Cassiano (PSD); Mara Gomes Almeida (PDT) José Alves (PPS). A eleição dos novos representan-tes da federação será o start para a corrida eleitoral à Prefeitura da Serra e está marcada para o dia 16 de abril, durante o 14º Congresso da entidade.

Prévia de outubro IIJá para a coordenação da Amo,

com eleição em 23 de abril, estão cotados Edinaldo Fernandes e Anacleto Ramos. Para iniciar am-bos os processos, haverá instala-ção de colegiado da Fams no dia 16 de abril.

Temer in Vix Os peemedebistas capixabas se

reúnem na próxima segunda-fei-ra (15), às 15h, para receber a visita do vice-presidente da República, Michel Temer, que vem cum-prir agenda política no Estado. O evento acontece no Cerimonial Grand Hall, no Barro Vermelho, em Vitória.

Bloco dos pré A corrida eleitoral vai ganhan-

do forma, e os pré-candidatos vão colocando o bloco na rua. Enquanto Vandinho Leite (PSDB) percorreu bairros da Serra com o objetivo de pavimentar sua can-didatura a prefeito da cidade, o ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT) divulgou, em sua página no Face-book, que estava “aproveitando o domingo para visitar amigos na Serra”.

o nó da [email protected]

Largou bemNem bem iniciou o ano legislativo, o deputado Sérgio Vidigal já con-

seguiu a aprovação na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Defi ciência da Câmara dos Deputados do Projeto de Lei 39/2015, que equipara a síndrome de Von Recklinghausen, também conhecida como neurofi bromatose, às defi ciências físicas e mentais, para os efeitos jurí-dicos em todo País. Na prática, os portadores da síndrome podem ter os mesmos direitos dos defi cientes, tais como aposentadorias e benefícios assegurados na Constituição.

Sinal de baixariaOutro sinal de que os embates de

2016 serão acirrados vem dos grupos para discussão política nas redes sociais, especialmente o WhatsApp. Por lá, lideranças ligadas aos dois principais candidatos à Prefeitura da Serra, Audifax Barcelos (Rede) e Sérgio Vidigal (PDT), estão em pé de guerra. A troca de acusações, pedi-dos de provas e ameaça de processos impera e pode dar o tom das eleições deste ano.

Audiência O vereador Tio Paulinho (PV) (foto),

está organizando uma audiência pú-blica para discutir a segurança pública na grande Bairro de Fátima, mudança do Batalhão de Polícia Ambiental e ins-talação de uma Unidade de Polícia Mi-litar no local. O encontro será realizado no próximo dia 16 (terça-feira), às 19:00 horas, no Centro Comunitário Castro Alves, localizado na Rua C 3, Bairro Carapina I. Segundo o parlamentar, a audiência visa debater os altos índices de criminalidade e insegurança na re-gião. Estão convidados para o evento representantes de diversos segmentos e do poder público.

a casa do coordenador geral da Câmara da Serra, Geraldo Eustáquio, serviu como ponto de encontro da política serrana no carnaval em Manguinhos. Lideranças de diversos partidos entre elas ‘audifi stas’ e ‘vidigalistas’ curtiram a folia em clima de muita descontração. Será que em outubro o calor da amizade será o mesmo?

FOLIA DA POLÍTICAFoto: DiVuLGAÇÃo

cotada como competitiva pré-candidata à Câmara da Serra, a presidente da Associação de Mora-dores de Laranjeiras, Deborah Alves, causou furor num post que fez essa semana na rede social.

#DIVANDO...Foto: DiVuLGAÇÃo

ImAgENS dA SEmANA

polÍtiCa | SERRA (ES), 12 a 19 de fevereiro de 2016 | TN | P5

debate político na Serra esquenta em grupos de WhatsApp coNceição NascimeNTo

A oito meses das eleições, pré-candidatos e lideranças po-líticas buscam alternativas

criativas para levar suas propostas ao eleitorado e debater ideias com for-madores de opinião. Neste contexto, uma ferramenta que merece desta-que é o aplicativo WhatsApp que tem sido usado como um facilitador nesta interlocução.

O líder comunitário e pré-candi-dato Adriano Cordeiro é adminis-trador do grupo Lideranças do Go-verno, formado também por vários vereadores. “É um grupo informati-vo, com agenda de reuniões, ordem do dia e expediente. O WhatsApp é importante devido à rapidez de acesso às pessoas, mas não pode-mos abrir mão de fazer um contato real com o povo”, avaliou Adriano.

O grupo Liderança do Movimen-to Popular está com 256 membros e tem entre os administradores Jean Cassiano.

“O grupo tem o intuito de deba-ter os problemas enfrentados por lideranças do movimento popular da Serra. Alguns presidentes encon-tram difi culdades para interlocução com o poder público, e o próprio pre-feito está no grupo. Temos pessoas ligadas à administração municipal, mandatários, lideranças sindicais e outros”, disse.

Apesar da proposta dos adminis-tradores de manter o debate em ní-

vel elevado, alguns membros con-duzem as discussões para o campo pessoal, atacando os companheiros e mandatários.

O Serra em debate – criado pela professora da rede municipal Ma-ra Gomes Almeida, tem 190 mem-bros. “A ideia era discutir a cidade. Porém às vezes as discussões con-vergem para o lado pessoal. Cada um parece que defende apenas seu cargo e por isso o debate pode to-mar um rumo de interesse muito pessoal. Tento conduzir o debate para que não saiam do foco”, disse Mara.

Outro grupo é o Política da Serra 2016, administrado pelo pré-candi-dato Igor Corato, que tem como pro-posta manter um debate qualifi ca-do, analisando o cenário político da cidade.

“Não se fala sobre candidatos es-pecifi camente, mas os pré-candi-datos em geral; A regra foi muito clara quando construímos o grupo, sobre o respeito ao próximo e às au-toridades e lideranças políticas. São detentores de mandato, ex-manda-tários, presidentes de partidos e li-deranças que querem discutir polí-tica”, avalia Corato.

um dos Grupos que gera muita polêmica é o das lideranças comunitárias da Serra, onde fi ca evidente a polarização entre Audifax e Vidigal

Foto: JoAtAN ALVES

Page 6: Leia a edição 1164 desta sexta-feira na íntegra

Geral

Fonte: www.portaltemponovo.com.br . | Pesquisa realizada entre 28/01/2016 e 10/02/2016 com 156 votantes

sim não prefiro não optar

64 % 2 %34%

supermercados no es deveriam voltar a abrir aos domingos?

enquete portal tn

De onde veio essa criatura?

opinião do leitorhelder Gomes | Professor de Geografia da Ufes

Para problematizar-mos sobre o resultado do Vestufes desse ano é bom relembrar 2012, quando uma catadora de produtos recicláveis apareceu na tV após ser aprovada no curso de artes da ufes.

A matéria continha vários cli-chês: “com força de vontade, catan-do livros no lixo, todos podem, é só ter fé e querer”.

A aprovação da catadora não al-tera os territórios sociais e o mapa de ocupação dos cursos da Ufes. Nos últimos anos têm sobrado vagas nas licenciaturas, e nova cha-mada ocorre para preenchimento delas, via SISU.

Essa situação deixa duas coisas bem claras: que o modelo de ves-tibular adotado pela Ufes é falho e que a população mais pobre também quer cursos com expecta-tivas de melhores salários. É aí que os clichês caem por terra. E ficam questionamentos: afinal, para quem é a universidade? Para quem foi o curso de medicina, direito e engenharias na história da Ufes?

Na maioria das vezes, as primei-

ras colocações são ocupadas por alunos de escolas particulares. As-sim como as vagas dos cursos mais disputados. Mas isso vem mudan-do com a política de cotas, que tem dado vez aos menos afortunados nos cursos de medicina, direito e engenharia, por exemplo.

“De onde surgiu essa criatura? Por que a escola cara que pago dá bolsa de estudos para esse aluno “ocupar” a vaga do meu filho?”, são os questionamentos dos oposito-res das cotas. Mas esses opositores nunca reclamaram quando mono-polizaram as vagas dos cursos mais disputados. Hoje gritam defenden-do a meritocracia, não ponderan-do o abismo socioeconômico que fundou, de fato, a concorrência desleal.

Há dois movimentos na luta pelas vagas dos cursos mais eliti-zados. O primeiro é a corrida dos grandes cursinhos para encontrar novas cabeças que possam lhes dar o “Ibope”. Já o segundo, e mais importante, é a democratização das vagas nos cursos superiores e o investimento em políticas públicas na educação, em especial na expan-são dos Institutos Federais.

Assim vão sendo coloridos os cursos superiores antes dominados por brancos no Brasil. São as uni-versidades federais ficando mais brasileiras.

Cesan e Prefeitura nãose entendem e asfalto novo é destruídoGabriel almeida

depois da Prefeitura da Serra ter concluído a pavimentação, si-nalização horizontal e vertical

em ruas de José de Anchieta I, o con-sórcio Serra Ambiental, sob supervi-são da Cesan, destruiu o asfalto novo em várias vias da comunidade. A obra para implantação da rede de esgoto escancarou a falta de planejamento entre a empresa de saneamento e o município.

Uma das ruas afetadas é a Aveni-da Central do bairro que foi recém-sinalizada, mas segundo morado-res, já está cheia de buracos devido a obra feita pela Serra Ambiental.

Dório Ribeiro é um dos morado-res que está indignado com a situ-ação. “A Prefeitura jogou dinheiro fora. Isso é uma irresponsabilida-de. Porque a Prefeitura não espe-

serra ambiental: sob supervisão da Cesan, concessionária é responsável pela implantação da rede de esgoto no município

Foto: GABRiEL ALMEiDA

rou a obra da Serra Ambiental ser feita para depois fazer sinalização das vias? Não existe um calendário para isso? Toda vez é assim, o mu-nicípio faz a Cesan vem e destrói”, reclama.

Dório reclama que a população é que vai pagar para sinalizar nova-mente a via. “A Cesan não aguenta ver um asfalto novo que já quer des-truir. A obra é importante, mas acho que deveria ser feito um calendário entre município e Cesan, para que não seja desperdiçada verba públi-ca”, afirma.

Outra moradora da região, Auro-ra Souza, também não gostou nada da situação. “Não sei que obra eles estão fazendo, mas isto é uma ver-dadeira falta de planejamento. Até hoje não vi nenhuma melhoria e sim destruição. É uma poeirada dana-da”, afirma.

A reportagem entrou em conta-to com a Prefeitura da Serra para saber se existe cronograma de obra para que este tipo de situação não aconteça. A resposta do municí-pio foi que nos próximos dias, uma equipe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) irá ao local para fazer um levanta-mento da situação e notificar a Ce-san/Serra Ambiental para refazer a sinalização.

Sobre os valores gastos para reali-zar toda a sinalização de José de An-chieta, a Prefeitura não respondeu.

Já a Cesan, disse que realiza obra de implantação de rede de esgoto no bairro José de Anchieta I con-forme planejamento anual e cro-nograma de obra. Ao término dos serviços, a pavimentação e a sina-lização horizontal na região serão refeitas.

Caso aconteceu em José de Anchieta, cerca de dois meses depois que o município tinha refeito asfalto e sinalização das vias

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amar é o bichoana paula bonelli | [email protected]

“o que torna a pessoa adulta é o papel que ela assume na sociedade”ThiaGo albuquerque

Quando se é criança ou adoles-cente, existe um desejo enor-me de ser adulto. Dirigir, ter

autonomia para ir onde quiser, voltar para casa depois da balada no horá-rio que bem entender. Escolher seus amigos - e amores – sem se preocupar com aval de familiares. O outro lado não tão agradável dessa liberdade, é a hora de pagar suas próprias contas sem ajuda dos pais.

Afi nal, quando uma pessoa pode ser considerada adulta? Com os jo-vens demorando cada vez mais pa-ra sair da casa dos pais, a passagem para a vida adulta ocorre no mesmo ‘time’ do que acontecia às gerações anteriores?

Para tentar lançar luz sobre essa questão complexa, Tempo Novo ou-viu alguns jovens da Serra. Com 18 anos, Murilo Frinhani Munhão, de

Barcelona, entende que alguém é adulto quando consegue discernir o certo do errado. “A pessoa chega ao ponto de tomar suas próprias decisões, e arcar com suas próprias consequências”, disse.

Para ele, só depois disso a pessoa deve sair de casa, podendo arcar com suas próprias despesas. Murilo quer ser professor universitário de Engenharia Elétrica.

Lara Henrique Aniceto, de 16 anos, de Laranjeiras, acha que al-guém vira adulto quando tem pro-fi ssão, emprego e autonomia fi nan-ceira. “Eu vou sair de casa quando arrumar um emprego fi xo e tiver di-nheiro para me sustentar”, afi rma. Lara quer ser advogada.

Sua irmã, Helena Henrique Ani-ceto, de 17 anos, tem opinião pa-recida com a de Murilo. “Pode ser considerado adulto quando se tem autonomia para tomar as próprias

decisões e arcar com suas consequ-ências diante da lei e das pessoas”. Entre seus planos para vida adulta, está o de se formar em biomedici-na e ser pesquisadora da Cruz Ver-melha.

Também de Laranjeiras, Bruno Martins, 19, não vê necessidade de saída da casa dos pais para alguém virar adulto. “Você pode dividir as responsabilidades com os seus pais, é uma questão de caráter e respeito ao próximo. Por isso, existem adul-tos que ainda são ‘crianças’ e vice e versa”, opina.

A psicóloga Cecília Coutinho, disse que do ponto vista biológico, o corpo humano está em matura-ção, em média, até os 25 anos. “Mas o que faz um jovem adulto, é o pa-pel que ele assume na sociedade. Quando dá atenção necessária à vida profi ssional e passa a se sus-tentar”.

os jovens Lara, Bruno, Murilo e Helena defendem que a chegada à vida adulta é determinada mais pela atitude do que idade

Foto: FÁBio BARCELoS

Alerta para surto de doenças virais na Serra

Este período do ano é propício para doenças virais em cães, dentre elas a Parvovirose – que acontece princi-palmente em fi lhotes – e a Cinomose – que ataca todas as idades.

Tanto na Mvet Popular quanto na Climev Laranjeiras, na Serra, te-mos atendido cerca de 10 animais semanalmente com essas doenças. As chances de cura são pequenas, principalmente quando o tutor bus-ca auxílio médico veterinário para o cão que já esta doente há dias.

A prevenção dessas doenças é mais simples que parece: basta se-guir o protocolo vacinal orientado pelo médico veterinário.

Nunca vacine seu cão sem ava-liação completa de um médico ve-terinário e utilize apenas as vacinas

importadas que têm efi cácia com-provada. Não leve o fi lhote para a rua até completar o protocolo vaci-nal que são em média quatro doses, e lembre-se sempre de dar as doses de reforço anuais.

SINTomASCaso seu animal apresente falta de

apetite, fezes pastosas, vômitos, febre e convulsões. Não aguarde a “suposta melhora” nem automedique, leveno animal rapidamente ao veterinário, pois o quadro só se agrava se você de-morar a procurar ajuda especializada e medicar por conta própria.

ImPoRTANTENão vacine seus animais em casa

de ração, vacine em clínicas veteriná-rias, e exija o cartão de vacina com o carimbo e assinatura do médico ve-terinário que aplicou. Apenas assim existem garantias de que a vacina que você pagou pelo seu animal é proveniente de laboratórios idône-os e conservada de forma correta.

AdoçãoAbigail é uma gata mestiça de

siamês e está disponível para ado-ção. Somente para apartamento com tela na janela. É castrada, dó-cil e tem idade em torno de um ano. O telefone de contato para interes-sados é 9 9983-4731.

Adoção IIBartô é um gato muito dócil e gor-

ducho. É castrado e ótimo para quem tem crianças. Ele está disponível para adoção somente para apartamento com tela na janela ou casa que não permitam acesso a rua. O telefone de contato é o 9 9991-3742.

Por Patrícia Ribeiro de Oliveira – médica veterinária da Mvet Clínica Popular, de Laranjeiras e Climev Laranjeiras.

Geral | SERRA (ES), 12 a 19 de fevereiro de 2016 | TN | P7

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polÍtica, & atitudeodmar péricles nascimento | [email protected]

A Fams do 1º CongressoPor onde anda Brice

Bragato? E o Prof. Loir Maurício? Neste 2016 farão 30 anos do histó-rico Primeiro Congres-so da Fams (Federação das Associações de Moradores da Serra). Vanda Valadão, Adão Célia, Pedro Bussinger, Dr. Bezerra, João Luiz Pereira.

E tantos outros protagonistas do evento que defi nitivamente marcou os rumos desta cidade.

Na efervescência dos anos 80, e principalmente em 1986, ano da convocação para Assembleia Nacional Constituinte, de elei-ção de governadores, deputa-dos e senadores, da chegada de muitos anistiados, da legaliza-ção, fundação e/ou refunda-ção de alguns partidos políticos

(PCB, PCdoB, PSB, por exemplo); além da profusão de manifesta-ções dos novos atores sindicais, sociais, políticos e culturais (no teatro e na música, por exemplo), acontecia aqui na Serra, o marco da luta popular.

A Federação das Associações de Moradores, fundada em 1982, realizou seu primeiro congresso em 86, num processo que mobi-lizou a cidade e seus principais atores, representantes dos movi-mentos sociais, eclesiais, sindicais e políticos. Todos estavam lá, na Associação de Moradores do Par-que Laranjeiras. Também o Jornal Tempo Novo.

O histórico congresso tem mui-tas histórias pra contar. Inclusive de haver sido suspenso e retoma-do semanas depois, noutro lugar, no Centro de Vivência de Eurico Sales. Coisas pra se falar num ou-tro dia.

Trinta anos se passaram. A Fams ainda sobrevive, resiste ao tempo. Será que ainda faz con-gresso? Discutem plano de lutas? Qual a pauta?

ayaNNe karoliNe

Um grupo de alunos e professo-res da Faculdade Uniasselvi, unidade de Barcelona, que fi ca

na rua Pouso Alegre, está revoltado com demissões que aconteceram no último mês na instituição. Segundo eles, a faculdade demitiu todos os professores veteranos para contratar tutores recém-formados.

Segundo o marido de uma profes-sora demitida, José Carlos Pereira, que também é aluno, a alegação para as demissões foi a crise. No lugar dos veteranos, entrariam novos professo-res com salários 50% menores, cerca de R$ 515. “Esses novos tutores seriam alunos recém-formados”.

Um dos agravantes, segundo Pe-reira, seria o fato de que a coordena-ção teria impedido que os professores comentassem com os alunos a deci-são. “Eles queriam que chegássemos na sala e encontrássemos um profes-sor novo. É uma falta de respeito com os profi ssionais e com os alunos que, em fase fi nal do curso, deverão enca-rar mudanças drásticas no ensino”, explica.

A professora Cláudia Bicalho foi uma das demitidas. Ela, que trabalha-

va na rede há quatro anos, disse que não houve motivo específi co. “Acredi-to que foi por causa do salário mais al-to, pois só tutores mais antigos foram demitidos. Nos deram uma esperança de voltar daqui a seis meses, com um novo salário, bem mais baixo”, revela.

Para Claúdia, que tem três fi lhos, ser demitida no início do ano letivo é muito complicado, pois todas as ins-tituições de ensino já fecharam seu quadro de efetivos. “Fica difícil arru-

mar emprego agora, vamos ter que esperar alguém ser demitido para tentar uma vaga”, disse.

Por meio de nota, a Uniasselvi es-clareceu que preza pela qualidade no modelo ofertado de ensino à distân-cia e garante que nenhum aluno fi ca-rá sem o auxilio de um tutor em sala de aula. “A reestruturação no quadro de tutores é uma ação pontual e con-fi gura-se em um processo natural em cada período letivo”, diz a nota.

Faculdade em Barcelona troca professores e gera polêmica

a denÚncia é de que professores novatos foram contratados com salário 50% menor

Foto: DiVuLGAÇÃo / AGÊNCiA BRASiL

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Cultura e lazerPé-de-serra da cidade levanta poeira na Europa clarice PolTroNieri

Uma banda serrana resolveu le-var o melhor do forró brasileiro para a Europa. É o Forró Raiz,

de Bairro de Fátima, que em dezem-bro de 2015 passou por Portugal, Ale-manha e França. E os shows atraíram uma turma amante do forró de raiz, baião, xote e pé-de-serra.

O grupo fez cinco apresentações no velho continente e todas com o público cativo. “Fomos pelo Projeto Intercâmbio Cultural do Ministério da Cultura para participar do Baião em Lisboa Festival e aproveitamos para fazer outros contatos e passar por outros países. Foram três apre-sentações em Lisboa (Portugal), sendo duas no festival e outra na cidade. Depois passamos na cidade de Colônia, na Alemanha, e em Pa-ris, na França”, conta Rafael ‘Boca’, zabumbeiro e vocalista da banda.

Mas esta não foi a primeira experi-ência internacional da banda. O Forró Raiz já havia se apresentado, também pelo Projeto Intercâmbio Cultura, em 2013 e em 2015. “Em outubro de 2013 estivemos em Roma, na Itália, e em fevereiro de 2015 passamos por Lilith e Paris, na França. Estas viagens nos renderam muitos contatos, o que nos proporcionou as outras apresenta-ções de dezembro que fizemos fora do projeto”, disse Boca.

Sobre a viagem, que durou 15 dias – de 9 a 22 de dezembro, Boca afirma que é uma excelente oportunidade, tanto para o trabalho, quanto para conhecimento.

“O projeto é muito bacana, pois além do trabalho é possível conhe-cer lugares e pessoas. Estivemos em Sintra, Portugal, onde tem castelos medievais. Na Alemanha conhece-mos a famosa Catedral de Colônia, que segundo a tradição ficam os restos mortais dos três Reis Magos. Em Paris, tivemos a oportunidade de conhecer a casa de shows Bata-clan, alvo de um ataque terrorista em novembro de 2015, e ainda esta-

A banda Forró Raiz, de Bairro de Fátima, ficou quinze dias em turnê e se apresentou em casas de show em Portugal, Alemanha e França

va o clima de medo e tensão, qual-quer barulho nos assustava”, relatou Rafael.

FéRIASApós a turnê, os músicos voltaram

ao Brasil e decidiram tirar umas pe-quenas férias com as famílias, mas se apresentaram na Festa de São Se-bastião, em Nova Almeida, abrindo o show de João Bosco e Vinícius, que encerrou as festividades locais.

Os próximos shows, ainda estão sendo fechados.

“Estamos acertando alguns

shows para fevereiro na Grande Vi-tória e março e abril no interior do Estado”, finaliza Boca.

O Forró Raiz possui quatro compo-nentes em sua formação: Rafael ‘Boca’ – voz e zabumba; Heberth Cestaro – triângulo e voz; Willian Amarala – con-trabaixo; e Breno Brício – sanfona.

Tem ressaca de carnaval no fim de semana

Quem gosta muito de Carna-val, na Serra também tem ressa-ca da folia de Momo. Em Planalto Serrano, o bloco Piriguetes ganha as ruas do bairro no sábado (13) a partir das 16h. A concentração é na avenida Brasília, na praça do pon-to final.

Ainda no sábado (13), às 14h, tem bloco em Carapina. O desfile acon-tece na principal avenida, a Alpheu Ribeiro.

Em São Diogo, a festa também é no sábado (13), com o Apaixonados

por São Diogo. A folia acontece a partir das 18h e a concentração é na rua Eça de Queiroz.

Em Novo Horizonte, no mesmo dia, o bloco Novo Bloco, ganha as ru-as a partir das 17h. Os festejos acon-tecem na praça do bairro.

Tem folia também no sábado (13) em Colina de Laranjeiras, com o bloco Agita Colina a partir das 16h. A concentração é na praça principal do bairro, de lá os foliões seguem pelas avenidas Mestre Álvaro e Monte Líbano.

AgENdA CUlTURAl

mÚsica variada. No bar Mercearia Bote-quim, em Laranjeiras, rola nesta sexta-feira (12) som com Dell e Gabriel (foto). No sábado (13) é a vez da banda Accurar. A mú-sica começa a partir das 21h e o bar fica na rua Carlos Gomes.

em jacaraÍpe. No bar do Nico, anexo ao inter Hotel, tem muito rock and roll com a banda Griffo (foto), na sexta (12) a partir das 20h30. Já no sábado (13) é a vez da moda de viola com Paulinho de Minas.

vinho e sertanejo. Se você é daqueles que adoram degustar um bom vinho a pedida é a Adega tira teima, em Laranjeiras. Como acompanhamento musical tem sertanejo na sexta (12) com Raone Reis e no sábado (13) com Wendell Eric (foto).

enfim, nós. A peça com Fernanda Vasconcellos e Cássio Reis estará em Vitória nos dias 27, às 21h; e 28, às 19h, no teatro universitário da ufes. A comédia tem duração de 70 minutos e os ingressos já estão à venda na bilhe-teria do teatro ou pelo site www.ingresso.com.

Foto: DiVuLGAÇÃo

Foto: DiVuLGAÇÃo

Foto: DiVuLGAÇÃo Foto: DiVuLGAÇÃo

a capital francesa, Paris, foi uma das cidades que o Forró Raiz apresentou sua música

Foto: DiVuLGAÇÃo

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P10 | TN | SERRA (ES), 12 a 19 de fevereiro de 2016 | CUltUra e laZer

CiDaDe ativa FáBio [email protected]

volta as aulas. As amiguinhas Beatriz, Larissa e Luiza (ao centro) fi lha de Gleicy e Junior Abreu, no primeiro dia de aula.encerrando o carnaval. Ana Paula, Renata, Jackson, Amanda e Ariadna aproveitando os momentos da folia.

os amiGos Vitor, de padre, e Maurílio, de noiva, alegrando os foliões.

“Não ser descoberto numa mentira é o mesmo que dizer a verdade.” (aristóteles onassis)

A Itália é aqui!!! A itália no balneário

da Serra! Manguinhos, a mais charmosa e bucólica praia da Grande Vitória, ganha um novo endereço gastronômico: Bieli-to Cozinha italiana. Composto de um cardápio rico em sabores e temperos à base de massa casei-ra, a proposta é fazer releituras de molhos e carnes para a compo-sição de seus pratos. o restaurante tem som acústico ao vivo nos fi nais de semana e durante o verão traz exposição de quadros. A carta de cervejas e vinhos também foi elaborada com rótulos que vão do tradicional ao moderno. o Bielito está na rua Desbrava-mento da Selva, nº02. Reservas no 3011-4614.

no aGito do carnaval. isadora, Rayanne e Paloma aproveitando as praias da cidade.

no ritmo do carnaval. Carol, Helliza, Christine, Bruna, Márcia e Clarissa curtindo o balneário do municipio.

banho de mar a fantasia. Luciana, Jamilli, Kelly, thais e Joana fantasiadas para o Bloco Adoráveis Favoritos, em Manguinhos.

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Aposentado desaparece em Praia de CarapebusThiaGo albuquerque

Mais um caso de pessoa desa-parecida na Serra, desta vez em Praia de Carapebus. A família não tem notícia de Jackson Ro-drigues, desde o último dia 7 de janeiro. Jackson tem 61 anos e é aposentado. Segundo informa-ções da irmã, Janete Rodrigues, até à tarde da quinta-feira (11) não se tinha notícia alguma de seu pa-radeiro. “Ele mora sozinho, toma remédio controlado. Creio que ele tenha saído e não soube voltar pa-ra casa. A família toda está mobi-lizada para saber o paradeiro de-le”.Quem tiver informação pode entrar em contato pelo telefone 9 9273-8415.

jackson sumiu desde 7 de janeiro

Foto: DiVuLGAÇÃo

clarice PolTroNieri

Criança gosta mesmo é de brin-car, seja com brinquedos ou com a imaginação. E uma coi-

sa que ainda permanece em muitas casas é a cultura de separar brinque-dos de meninos e de meninas. Mas quando os pequenos tem um irmão do sexo oposto, o contato com obje-tos dos dois gêneros é mais frequen-te e tanto meninos brincam com os brinquedos das meninas, quanto o contrário.

Fernanda Karla Pereira e Cícero, de Jacaraípe, têm dois filhos, Mi-guel, 5 anos, e Manuela, 2 anos.

“Não tenho muita separação, mas não deixo ele brincar muito de boneca sozinho, só se estiver com a irmã. Miguel sabe que aquele brin-quedo não é dele. Ela também brin-ca com os carrinhos dele, mas sabe que é do irmão. Para ela compro mais boneca, joguinhos de meni-na e para ele carrinho, quebra-ca-beça. Mas também depende do in-teresse de cada um, em cada fase

eles querem algo diferente”, frisa Fernanda.

o casal Cícero e Fernanda com os filhos Miguel e Manuela: crianças mudam o interesse por brinquedos a cada fase do crescimento

Foto: FÁBio BARCELoS

Káritas Devillart e Ademilson, de Morada de Laranjeiras, são pais de

Arthur, 10, e Beatriz, 5. “Tem brin-cadeira que eles aproveitam juntos e com outras crianças como video-game, jogos eletrônicos, bola, pula corda, elástico. Mas Arthur prefere computador, videogame e bola, já não gosta mais de carrinho. E Bia brinca mais de boneca. Quando reu-nimos a família brincamos de jogos de tabuleiro”, diz Káritas.

Fábio Marques e Valeska Dias, de Laranjeiras, também têm um casal, Emilly, 7 anos, e Enzo, 5. Eles procu-ram estimular brincadeiras que os dois irmãos participam.

“Procuramos dar brinquedos unissex que os dois gostam. Como passam boa parte do dia juntos, há muitas brincadeiras em comum: quebra-cabeça; jogos – ele usa o jogo dela de princesas e ela o caça-tesouro dele; super-herói – ele com herói e ela, boneca. Mas separados têm gostos diferentes: Emilly gosta de boneca, de fazer pulseira com miçanga; Enzo já gosta mais de cor-rer e de bicicleta. E os dois treinam taekwondo”, diz Fábio.

menino com brinquedo de menina e vice-versa

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Caranguejo no defeso até a próxima segunda (15)

Para quem curte saborear um caranguejo, é hora de abrir mão da iguaria para que se tenha o prazer de continuar a degustá-la no futu-ro. Segue até a próxima segunda (15) o período de defeso do caranguejo-uçá no ES, época de reprodução do animal.

Neste período, os bichos fazem a andada e ficam mais vulneráveis à captura. Por isso ficam proibidas a captura, manutenção em cativeiro, transporte, beneficiamento, indus-trialização, armazenamento e ven-

da do crustáceo em todo o estado. Além deste, que começou na úl-

tima terça (09), outros períodos de defeso estão programados: de 23 a 29 de fevereiro; de 10 a 16 de março; de 24 a 30 de março; de 08 a 14 de abril e de 23 a 29 de abril.

Segundo a assessoria de impren-sa da prefeitura, fiscais ambientais da Serra verificam mangues, peixa-rias e estabelecimentos comerciais que vendem o crustáceo. Telefones para denúncias são (27) 99951-2321, 3291-7435 e 0800 2839780.

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Meio ambiente

Estado quer controlar uso de água nos poçosreNaTo ribeiro

Saber o quanto, por quem e onde estão sendo usadas as águas subterrâneas no Espírito Santo.

É o que pretende o governo estadual diante da severa crise de água que assola os capixabas. Para isto uma instrução normativa foi publicada no último dia 29 de janeiro, onde dá pra-zo de três meses aos usuários de poços para se cadastrar.

O cadastro abrangerá a capta-ções de todos os aquíferos subter-râneos, tais como cacimbas e po-ços escavados de até quatro metros quadrados de abertura.

Segundo a Agência de Recursos Hídricos do Estado (Agerh), a me-dida busca racionalizar a utilização de água subterrânea, bem como garantir a segurança desses aquí-feros, além de orientar os usuários para seu uso, já que com a escassez de água, o número de perfurações

áGuas subterrâneas: prática comum em condomínios e empresas na Serra e que cresceu muito no resto do ES

Foto: DiVuLGAÇÃo / LiMPoÇoS PoÇoS ARtESiANoS

aumentou nos últimos meses. “O Espirito Santo passa por um

período crítico de falta de chuvas, o que ocasionou a diminuição con-siderável das vazões dos rios, atin-gindo níveis críticos em alguns deles e comprometendo o abastecimento em várias regiões. A falta de água nos córregos e rios tem provocado um aumento significativo de perfu-rações de poços para uso da água dos aquíferos do Estado”, disse o diretor de planejamento hídrico da Agehr, Antônio de Oliveira Júnior.

O cadastro poderá ser realizado através do site da própria agência. Os proprietários de poços que não realizarem o cadastramento após o prazo, serão considerados irregula-res e estarão sujeitos a multa, lacre dos poços e perda do direito a finan-ciamentos e benefícios fiscais.

Quem usa água de poço na Serra já é obrigado a se cadastrar desde o ano passado, quando o decreto mu-

nicipal 5575/2015 de 06 de fevereiro deu prazo até 06 de agosto. Quem não fez pode ser multado de R$ 50 a R$ 25 mil.

Através da assessoria de impren-sa, a prefeitura da Serra disse que mesmo com a obrigatoriedade, apenas dois poços foram cadas-trados. “Os processos de outros 10 pedidos estão em andamento. Os cadastros, em geral, são resultado de ações de fiscalização e controle ambiental”, disse a assessoria. Pa-ra se cadastrar o usuário deve abrir processo no Protocolo Geral da Pre-feitura. campanha da fraternidade - Nesta quarta (10), foi lançada a Campanha da

Fraternidade Ecumênica 2016 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de igrejas Cristãs (Conic) com o foco no saneamento básico e no combate à epidemias relacionadas à precariedade do serviço, como dengue, chikungunya e zika. o tema da campanha é “Casa Comum, Nossa Responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. Segundo a CNBB o Brasil tem mais de 100 milhões de pessoas sem saneamen-to básico. “o Estado brasileiro tem deficiência na prestação de serviços relacionados ao tratamento da água e do esgoto e à coleta de lixo”, frisa a entidade. Na imagem aspecto do bairro José de Anchieta ii, na Serra.

SANEAMENTO E DOENÇASFoto: ARQuiVo tN / GABRiEL ALMEiDA

Estudo para medir agrotóxicos, cosméticos e remédios em rios

Além da contaminação por vírus e bactérias que podem transmitir do-enças, a água dos rios que abastecem a Grande Vitória contém outros con-taminantes: resíduos de agrotóxicos, de remédios e até cosméticos. São os chamados poluentes emergentes.

E é justamente para saber qual a concentração desses poluentes que um projeto científico envolvendo Ufes, Cesan , Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) e Instituto Al-plysia foi iniciado no início do mês. O foco é medir a concentração de po-luentes emergentes nos rios Jucu, Be-nevente e Santa Maria, este último, responsável por atender a população da Serra.

Segundo a assessoria de imprensa do Aplysia, que é uma entidade pri-vada que se autodenomina sem fins lucrativos, o projeto deve embasar a formatação de parâmetros legais no Espírito Santo para este tipo de con-taminante, que impacta o ecossiste-ma e pode ser prejudicial à saúde hu-mana.

A assessoria frisou que o projeto foi inscrito no CNPQ 9 (Conselho Nacional de Pesquisa) e aguarda aprovação de orçamento para ser iniciado. Já as insti-tuições privadas (Iema, Ufes e Cesan) a princípio colaboram com suporte téc-nico. Mas não é descartado aporte fi-nanceiro das mesmas caso a iniciativa deslanche, ressalta a assessoria.

Page 13: Leia a edição 1164 desta sexta-feira na íntegra

| SERRA (ES), 12 a 19 de fevereiro de 2016 | TN | P13

economiaSerra recebe maior feira de rochas da América latinaayaNNe karoliNe

de terça (16) à sexta (19) a Ser-ra recebe a mais importante feira de mármore e granito

das Américas, a Vitória Stone Fair. O evento, que reunirá 300 expositores brasileiros e 120 internacionais, é um marco para o município que tem o tí-tulo de maior exportador do Brasil no setor de rochas ornamentais.

Para esta edição são esperados cer-ca de 26.500 visitantes ao Centro de Eventos de Carapina. Estão previstos expositores de pedras, máquinas e ser-viços, do Brasil e do exterior, de países como Turquia, China e Portugal. Além das rochas ornamentais, os visitantes terão a oportunidade de conhecer no-vas formas de beneficiamento das pe-dras, insumos, maquinários, além de participar de palestras e debates.

A Feira começou em 1989, em Ca-choeiro de Itapemirim (ES), e a partir de 2003 passou a ser realizada tam-bém na Grande Vitória. Hoje o evento conta com duas edições anuais: a Vi-tória Stone Fair, que na verdade acon-

tece no Centro de Eventos (Pavilhão) de Carapina, na Serra, e a Cachoeiro Stone Fair.

A Vitória Stone Fair | Marmomacc Latin America 2016 é realizada pela Milanez & Milaneze e promovida pelo

municÍpio tem mais de 200 beneficiadoras de rochas ornamentais

Foto: DiVuLGAÇÃoSindicato das Indústrias de Rochas Or-namentais, Cal e Calcários do Estado (Sindirochas) e Centro Tecnológico do Mármore e do Granito (Cetemag). Con-ta com apoio do Governo do ES, Siste-ma Findes, CNI, Centrorochas, Marble Institute of America e Sebrae, dentre outros.

Segundo o Centro Brasileiro dos Ex-portadores de Rochas Ornamentais, os mármores polidos de empresas do Espírito Santo registraram um cresci-mento nas vendas para o exterior de 45,04% em 2015, em relação a 2014. EUA, Canadá e México são, respectiva-mente, os maiores mercados.

Município lidera as exportações brasileiras

Em 2015, a Serra exportou mais de 460 toneladas de rochas ornamen-tais, gerando negócios na casa de US$ 329 milhões. “Além de respon-der, sozinho, por 32% das exporta-ções capixabas, o município é o prin-cipal exportador do país e abriga as maiores e mais modernas empresas do setor e tem a facilidade logística de estar próximo ao Porto de Vitória, o que auxilia o escoamento da produ-ção”, destacou a superintendente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), Olívia Tirello.

Atualmente a Serra conta com cerca de 200 empresas no setor de beneficiamento, mas não tem extra-ção, que vem de outras regiões. “A Serra reúne indústrias de rochas, de-pósitos comerciais e boa logística pa-ra escoamento dos produtos”, frisou o presidente do Sindirochas, Tales Pena Machado.

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ComunidadeP14 | TN | SERRA (ES), 12 a 19 de fevereiro de 2016 |

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obra parada. Moradores da rua Estados unidos, em Nova Almeida, estão re-clamando da obra de pavimentação e galeria do córrego do Limão que, segundo eles, está parada. Na rua o esgoto a céu aberto está deixando o local com um mau cheiro insuportável. A prefeitura da Serra disse que as obras do Córrego do Limão serão retomadas e concluídas no primeiro semestre deste ano. o investimento é da ordem de R$ 2,5 milhões.

catinGa. Mais uma vez os moradores da rua Santa Luzia, em José de Anchieta ii, estão denunciando o descarte de lixo irregular ao lado de um ponto de ônibus no bairro. Segundo moradores, no local é descartado lixo doméstico, animais mortos e outros resíduos deixando assim um mau cheiro no local. A Prefeitura da Serra disse que uma equipe da Secretaria de Serviços da Serra faz limpezas contantes no local e retorna no fi nal deste mês. Aproveita para solicitar o apoio da popu-lação para que descarte lixo somente em local adequado, especialmente nesse momento que estamos no enfrentamento do mosquito Aedes aegipty.

incompleto. Moradores de Parque Residencial Laranjeiras estão reclamando que a Cesan / Serra Ambiental fez uma obra na rua José Pinto e “destruiu” o asfalto da via mas não asfaltou de novamente. A reportagem procurou a Cesan para falar sobre o assunto que disse que uma equipe da empresa estava no local realizando o recapeamento asfáltico da rua. A previsão era de que o serviço seria fi nalizado até o fi nal da tarde de ontem (11).

Em bairro de Nova Almeida falta o básico e sobram problemasGabriel almeida

Falta área de lazer, escola e pavi-mentação. Estas são algumas das reclamações dos moradores

de Parque Residencial Nova Almeida, popularmente conhecido como Cha-padão. A comunidade, que não tem nenhuma rua asfaltada, também sofre com a falta de um campo de futebol para as crianças praticarem esporte.

De acordo o presidente do bairro, Edemilson Gomes, a comunidade já

falta tudo. Moradores do bairro conhecido como Chapadão protestam contra a ausência de serviços públicos

Foto: F Á́Bio BARCELoS

está há muitos anos pedindo melho-rias para a prefeitura da Serra e na-da é feito. “Nenhuma rua é asfaltada. Quando não é lama, é muita poeira que toma conta das nossas residên-cias. É difícil até de respirar por conta da quantidade de pó que sobe cada vez que um carro passa”, explica.

Edemilson ainda disse que o bair-ro não tem uma área de lazer. “Não temos uma praça e nenhum campo de futebol. Assim fi ca muito compli-cado já que as crianças não têm on-de brincar”, afi rma.

Já outro morador da comuni-dade, Roni Márcio, confirma as reclamações e ainda cobra a cons-trução de uma escola no bairro. “Nossos alunos precisam estudar em um espaço alternativo que não é muito apropriado para as aulas”, aponta.

Roni ainda disse que as melhorias estão sendo pedidas desde 2008 mas nada é feito. “Sofremos muito com o descaso da prefeitura. Esta-mos sempre pedindo melhorias, mas nada é feito”, afi rma.

Município não dá previsão para melhoriasA respeito da falta de um campo

de futebol, a prefeitura da Serra dis-se que a região conta com a opção do campo “Bom de Bola”, em Ser-ramar; um campo soçaite, na Praça dos Pescadores; e outro campo que está sendo reformado, em Parque das Gaivotas. Não há previsão de construção de campo em Parque Residencial Nova Almeida.

Já sobre a área de lazer e a pavi-mentação, a prefeitura disse que um contrato que prevê obras públi-cas para contemplar toda a região de Nova Almeida já foi licitado. A Secretaria de Obras fará uma aná-lise técnica para que seja iniciada a fase de captação de recursos.

Sobre a escola, a prefeitura infor-mou que moradores do bairro con-

tam com um espaço alternativo que foi alugado pela administração mu-nicipal, onde funcionam classes da Educação Infantil e do Ensino Fun-damental, do 1º ao 5º ano.

O espaço alugado funciona desde 2013 e até 2015 atendia 68 crianças. O número pode mudar neste ano, pois a rede municipal de ensino ainda es-tá em processo de matrícula.

PARQUE RESIDENCIAL NOVA ALMEIDA

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brilho das estrelasthiaGo albuquerque | [email protected]

Mercado da bola lTrês times ingleses brigam pela

contração do santista Gabriel, mas conhecido como Gabigol. Arsenal, Chelsea e Manchester United, estão duelando pela con-tração e segundo sites britânicos, o Chelsea está na frente. A con-tração pode acontecer no meio do ano. E quem pode estar de saída do Chelsea é o Hazard, que pode pintar no Real.

Futebol EspanholO time do Barcelona vem fazen-

do história novamente. Já virou rotina. A equipe conseguiu a vaga na fi nal de novo e soma o recorde

de 29 jogos invictos. No lado de Madrid, seu rival Real, está com problemas com uma de suas estre-las, o colombiano James Rodriguez, que está em baixa e pode sair da equipe merengue.

Bola nas mãosNos EUA, um ranking feito por

especialistas, lista os maiores as-tros de todos os tempos da NBA. Em quinto lugar Wilt Chamberlain; em quarto Magic Johnson; terceiro LeBron James; na vice posição Kar-rem Abdul-Jabbar e em primeiro lugar, o maior de todos, que até fi l-mes famosos fez, os Lonney Tunes, Michael Jordan.

Resposta rápidao argentino Mancuello, estreou na noite da

última quarta (10), contra o time da Portuguesa-RJ, e apesar de começar tímido terminou bem a partida, no primeiro tempo, passe para o gol de William Arão, que fez dois na vitória por 5x0. o volante Arão que veio do Botafogo também vem se mostrando um grande jogador.

esporte | SERRA (ES), 12 a 19 de fevereiro de 2016 | TN | P15

ThiaGo albuquerque

Enquanto muita gente tem preguiça de andar 100 me-tros, um serrano percorreu 217

quilômetros em 40h49min. O feito aconteceu na Ultramaratona Brazil 135+ Ultramarathon, a mais difícil do Brasil. O percurso passa na região montanhosa da Serra da Manti-queira, que cruza os estados de São Paulo e Minas Gerais. Ele foi o único representante do Espírito Santo no campeonato e com isso se qualifi -cou para participar de competições pelo mundo afora.

Quem é esse serrano? Marcos Ladislau, 33 anos, Técnico de Segu-rança do Trabalho, do bairro Jardim Carapina. Ele entrou na modalidade há dois anos e já brilha muito. O mo-tivo que o fez entrar no esporte é o que muitos vivem, o sedentarismo. “Era sedentário, e depois de incenti-vo de amigos na empresa comecei a correr. Hoje é parte fundamental da minha vida, me ajuda nas questões do dia a dia”.

Em pouco tempo ele carrega na bagagem um primeiro lugar na Du-pla Mista, desafi o Morro do More-no; um 5º lugar na categoria 24h dos fuzileiros navais; 2º no Geral Desafi o das Serras, dupla masculina, ombro a ombro; um 4º na 12h do Exército 38°Bl e um 9º Masculino BR 135.

A modalidade dele, a ultrama-ratona, é uma corrida que tem os percursos acima das distâncias de uma maratona, ou seja, mais de 42 quilômetros. Seus treinos nunca são iguais: para cada prova um esti-lo de preparação diferente. Na sua alimentação, o forte são os carboi-dratos.

Nas competições futuras, Marcos têm a BadWater, onde aguarda res-posta se vai ser aceito na campeo-nato. Isso porque atletas do mundo

Supercorredor capixaba é de Jardim Carapina

inteiro enviam pedidos, mas apenas 100 são escolhidos para participar. A BadWater é a Ultramaratona mais difícil do mundo, segundo Marcos, e acontece no Vale da Morte, na Ca-lifórnia. Se não for aceito, ele fará as 24 horas dos fuzileiros navais e vai

tentar também ir na Cassino Ultra Racer, que são 230km na areia.

O atleta não tem patrocínio e quem quiser ajudar o contato é o 9 9915-9382. O instagram dele pa-ra quem quiser seguir os passos do atleta é o @mvladislau.

ultramaratonista. Marcos Ladislau percorreu 217 quilômetros em pouco mais de 40h entre Minas Gerais e São Paulo e foi o único representante do ES na corrida

Foto: EDSoN REiS

na quarta - dia 17, no estádio Kleber Andrade, em Cariacica, tem jogo entre Flamengo x América-MG, às 21h45, válido pela segunda rodada da Primeira Liga. 20 mil ingressos foram colocados à venda: R$ 140 inteira e R$ 70 a meia-en-trada. os pontos de venda são as lojas Ademar Cunha, em Campo Grande e La-ranjeiras; lojas ofi ciais do Flamengo, nos Shoppings Mestre Álvaro e Boulevard; e nas lojas Ranking Sports. os sócios dos dois times pagam meia também, assim como crianças entre 7 a 12 anos, estudan-tes e maiores de 60 anos.

FLA NO ESTADOdominGo (14) começa a primeira ro-dada da 2ª Super Copa Domingão. todos os jogos acontecem simultaneamente às 10h, e os confrontos são: Canarinho x ABC, em Feu Rosa; Sport Campinho x Costa Dourada, em Campinho da Serra; ideal de JBV x MV Central, em São Domingo; Juventus x independente, em Cidade Continental; River Play x Shakhtar Brasil, em Muribeca; unidos de Eldorado x Novo Porto Canoa, em Eldo-rado; unidos de Parreiral x Eletrocity, em Parreiral; e Nova zelândia x Benfi ca, em Manguinhos.

FUTEBOL NO DOMINGOna primeira rodada que acontece neste sábado (13), válida pela 2ª Super Copa Sabadão, os confrontos fi carão as-sim: Holanda x unidos de Feu Rosa, em Mangue Seco, às 18h. os das 16h, são: Amigos da Vila x Águia, em Feu Rosa; 11 de Janeiro x unidos de Carapina, em Feu Rosa; Palmeiras x Vila Nova, em São Domingo; Bela Vista x internacional, em Nova Rosa Penha; Amizade x interna-cional, em Nova Almeida; e Nacional x Verde e Branco, em Feu Rosa. Vale lembrar que em 2015, o campeão foi o 11 de Janeiro. A competição é organizada pela LiFAES – Liga de Futebol Amador do Espírito Santo.

AMADOR NO SÁBADO

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