lei organica do municipio de nova serrana

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1 de73 LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE NOVA SERRANA ESTADO DE MINAS GERAIS Administração: PAULO CÉZAR DE FREITAS Prefeito Municipal COMISSÃO CONSTITUCIONAL: - Vereador JOSÉ FARIA CAMPOS Presidente - Vereador LELIS CAMILO PRETO Vice - Presidente - Vereador Dr. ALMIR CORRÊA DE LACERDA Relator - Vereador JUAREZ PINTO MARTINS Relator Adjunto ESTA LEI ORGÂNICA FOI PROMULGADA EM: - NOVA SERRANA, 21 DE MARÇO DE 1990 - Dr. ALMIR CORRÊA DE LACERDA - Relator / Constituinte SUMÁRIO TÍTULO I Disposições Preliminares ......................................................................................... 05 TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais ................................................................... 06 TÍTULO III Do Município ............................................................................................................. 07 CAPÍTULO I Da Organização do Município .......................................................................... 07 Seção I Disposições Gerais .................................................................................. 07 Seção II Da Competência do Município ................................................................ 07 Seção III Do Domínio Público ................................................................................. 10 Seção IV

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Lei Organica Do Municipio de Nova Serrana

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    LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE NOVA SERRANA ESTADO DE MINAS GERAIS

    Administrao: PAULO CZAR DE FREITAS Prefeito Municipal COMISSO CONSTITUCIONAL: - Vereador JOS FARIA CAMPOS Presidente - Vereador LELIS CAMILO PRETO Vice - Presidente - Vereador Dr. ALMIR CORRA DE LACERDA Relator - Vereador JUAREZ PINTO MARTINS Relator Adjunto ESTA LEI ORGNICA FOI PROMULGADA EM:

    - NOVA SERRANA, 21 DE MARO DE 1990 - Dr. ALMIR CORRA DE LACERDA - Relator / Constituinte

    SUMRIO TTULO I Disposies Preliminares ......................................................................................... 05 TTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais ................................................................... 06 TTULO III Do Municpio ............................................................................................................. 07

    CAPTULO I Da Organizao do Municpio .......................................................................... 07

    Seo I Disposies Gerais .................................................................................. 07 Seo II Da Competncia do Municpio ................................................................ 07 Seo III Do Domnio Pblico ................................................................................. 10 Seo IV

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    Dos Servios e Obras Pblicas ............................................................... 11 Seo V Da Administrao Pblica ....................................................................... 12

    Seo VI Dos Servidores Pblicos ......................................................................... 15

    CAPTULO II Da Organizao dos Poderes do Municpio .................................................... 21

    Seo I Do Poder Legislativo ............................................................................... 21

    Subseo I Disposies Gerais ......................................................................... 21 Subseo II Da Cmara Municipal ..................................................................... 22 Subseo III Dos Vereadores .............................................................................. 24 Subseo IV Das Comisses ............................................................................... 25 Subseo V Das Atribuies da Cmara Municipal ............................................ 26 Subseo VI Do Processo Legislativo ................................................................. 28

    Seo II Do Poder Executivo ................................................................................. 32

    Subseo I Disposies Gerais ......................................................................... 32 Subseo II Das Atribuies do Prefeito Municipal ............................................ 33 Subseo III Da Responsabilidade do Prefeito Municipal ................................... 34 Subseo IV Do Secretrio Municipal .................................................................. 37 Subseo V Da Procuradoria do Municpio ........................................................ 37

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    Seo III Da Fiscalizao e dos Controles Disposies Gerais .................................................................................. 37

    CAPTULO III Das Finanas Pblicas .................................................................................... 39

    Seo I Da Tributao .......................................................................................... 39

    Subseo I Dos Tributos Municipais .................................................................. 39 Subseo II Das Limitaes do Poder de Tributar ............................................. 40 Subseo III Da Participao do Municpio em Receitas Tributrias Federais e Estaduais ...................................................................... 40

    Seo II Do Oramento ......................................................................................... 41

    TTULO IV Da Sociedade ........................................................................................................ 46

    CAPTULO I Da Ordem Social ........................................................................................... 46

    Seo I Disposio Geral ..................................................................................... 46 Seo II Da Sade ................................................................................................. 46 Seo III Do Saneamento Bsico ........................................................................... 48 . Seo IV Da Assistncia Social .............................................................................. 49 Seo V Da Educao ........................................................................................... 49 Seo VI Da Cincia e Tecnologia ......................................................................... 53 Seo VII Da Cultura ............................................................................................... 54 Seo VIII

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    Do Meio Ambiente ................................................................................... 54 Seo IX Do Deporto e do Lazer ............................................................................ 56 Seo X Da Famlia, da Criana, do Adolescente, do Idoso e do Portador de Deficincia ............................................................................................... 57 Seo XI Da Segurana Pblica ............................................................................. 59

    CAPTULO II Da Ordem Econmica ...................................................................................... 59

    Seo I Da Poltica Urbana .................................................................................. 59

    Subseo I Disposies Gerais ......................................................................... 59 Subseo II Do Plano Diretor ............................................................................ 60

    Seo II Do Transporte Pblico e Sistema Virio .................................................. 62 Seo III Da Habitao ........................................................................................... 63 Seo IV Do Abastecimento ................................................................................... 64 Seo V Da Poltica Rural ...................................................................................... 65 Seo VI Do Desenvolvimento Econmico ............................................................. 65

    Subseo I Disposies Gerais ......................................................................... 65 Subseo II Do Turismo ..................................................................................... 66

    TTULO V Disposies Finais .................................................................................................... 67 ATOS DAS DISPOSIES TRANSITRIAS .......................................................... 69

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    LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE NOVA SERRANA

    Ns, Vereadores, legtimos representantes do povo de Nova Serrana, investidos nos poderes conferidos pelas Constituies da Repblica e do Estado de Minas Gerais, para a nobre misso de elaborar a Lei Bsica do Municpio, fundada na participao democrtica e autnoma da Sociedade Civil, com vistas instrumentalizao e descentralizao do poder, no exerccio pleno da cidadania e sob o imprio da justia social, com a graa de Deus, promulgamos a seguinte: LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE NOVA SERRANA MG

    TTULO I

    Disposies preliminares Art. 1 - O Municpio de Nova Serrana integra, com autonomia poltico- administrativa, o Estado de Minas Gerais e a Repblica Federativa do Brasil. Pargrafo nico - A organizao municipal se estabelece e se rege por esta Lei Orgnica e pelas demais leis que vierem a ser adotadas, observados os princpios constitucionais e de justia. Art. 2 - Os poderes do municpio emanam da vontade popular exercida diretamente ou indiretamente atravs de seus representantes democraticamente eleitos. 1 - A manifestao direta do poder do povo no Municpio se dar, na forma desta Lei Orgnica, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular no processo legislativo; IV - participao em deciso da administrao pblica; V - ao fiscalizadora sobre a administrao pblica; 2 - O exerccio indireto do poder pelo povo no municpio se dar por representantes eleitos pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos, na forma da legislao federal, e por representantes indicados pela comunidade, nos termos desta Lei Orgnica. Art. 3 - O Municpio concorrer, nos limites de sua competncia, para a consecuo dos objetivos fundamentais da Repblica e prioritrios do estado.

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    Pargrafo nico - So objetivos prioritrios do Municpio, alm daqueles previstos no art. 166 da Constituio do Estado. I - assegurar a permanncia da cidade enquanto espao vivel de vocao histrica, que possibilite o efetivo exerccio da cidadania; II - preservar a sua identidade, adequando as exigncias do desenvolvimento preservao de sua memria, tradio e peculiaridade; III - proporcionar aos seus habitantes condies de vida compatveis com a dignidade humana, a justia social e o bem comum; IV - priorizar o atendimento das demandas sociais de educao, sade, transporte, moradia, abastecimento, lazer e assistncia social; V - aprofundar a sua vocao de centro aglutinador e irradiador da cultura brasileira. Art. 4 - mantido o atual territrio do Municpio, cujos limites s podem ser alterados nos termos da Constituio do Estado. Pargrafo nico - Depende de lei a criao, organizao e supresso de distritos ou subdistritos observada a legislao estadual.

    TTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais

    Art. 5 - O Municpio assegura, no seu territrio e nos limites de sua competncia, os direitos e garantias fundamentais que as constituies da Repblica e do Estado conferem aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no pas. 1 - Nenhuma pessoa ser discriminada, ou de qualquer forma prejudicada, pelo fato de litigar com rgo ou entidade municipal, no mbito administrativo ou judicial. 2 - Incide na penalidade de destituio de mandato administrativo ou de cargo ou de funo de direo, em rgo ou entidade da administrao pblica, o agente pblico que deixar injustificadamente de sanar, dentro de sessenta dias da data do requerimento do interessado, omisso que inviabilize o exerccio de direito constitucional. 3 - Nos processos administrativos, qualquer que seja o objeto e o procedimento, observar-se-o, entre outros, requisitos de validade, a publicidade, o contraditrio, a defesa ampla e o despacho ou a deciso motivados. 4 - Todos tm o direito de requerer e obter informao sobre atividade do Poder Pblico, ressalvada aquela cujo sigilo seja, temporariamente, imprescindvel segurana da sociedade e do Municpio, nos termos da lei, que fixar tambm o prazo em que deva ser prestada a informao. 5 - Independe de pagamento de taxa ou emolumentos ou de garantia de instncia o exerccio do direito de petio ou representao, bem como a obteno de certido, devendo o poder pblico fornec-la, no prazo mximo de trinta dias, para a defesa de direitos ou esclarecimento de interesse pessoal ou coletivo.

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    6 - direito de qualquer cidado e entidade legalmente constituda denunciar s autoridades competentes a prtica, por rgo ou entidade pblica ou por empresas concessionrias ou permissionrias de servios pblicos, de atos lesivos aos direitos dos usurios, cabendo ao Poder Pblico apurar sua veracidade ou no e aplicar as sanses cabveis, sob pena de responsabilidade. 7 - Ser punido, nos termos da lei, o agente pblico que, no exerccio de suas atribuies e independentemente da funo que exera, violar direito constitucional do cidado. 8 - Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao pblico, independentemente de autorizao, desde que no frustrem outra reunio anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prvio aviso autoridade que, no Municpio o Prefeito ou aquele a quem delegar competncia. 9 - O Poder Pblico Municipal coibir todo e qualquer ato discriminatrio, dispondo na forma da lei, formas de punio, como cassao de alvar a clubes, bares e estabelecimentos que pratiquem tais atos. 10 - Ao Municpio vedado: I - estabelecer culto religioso ou igreja, subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou com seus representantes relaes de dependncia ou de aliana, ressalvada, na forma da Lei, a colaborao de interesse pblico; II - recusar f a documento pblico; III - criar distino entre brasileiros ou preferncia em relao s demais unidades da Federao.

    TTULO III Do Municpio

    CAPTULO I

    Da Organizao Do Municpio

    Seo I Disposies Gerais

    Art. 6 - So poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre si, o Legislativo e o Executivo. Pargrafo nico - Salvo as excees previstas nesta Lei Orgnica, vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuio e, a quem for investido na funo de um deles, exercer a de outro. Art. 7 - A autonomia do Municpio se configura, especialmente, pela: I - elaborao e promulgao da Lei Orgnica; II - eleio do Prefeito, Vice - Prefeito e Vereadores; III - organizao de seu Governo e Administrao.

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    Seo II Da Competncia do Municpio

    Art. 8 - Compete ao Municpio prover a tudo quanto respeite ao seu interesse local, tendo como objetivos o pleno desenvolvimento de suas funes sociais e a garantia do bem-estar de seus habitantes. Art. 9 - Compete ao Municpio: I - manter relaes com a Unio, os Estados Federados, o Distrito Federal e os demais Municpios; II - organizar, regulamentar e executar seus servios administrativos; III - firmar acordo, convnio, ajuste e instrumento congneres; IV - difundir a seguridade social, a educao, a cultura, o desporto, a cincia e a tecnologia; V - proteger o meio ambiente; VI - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia e aplicar as suas receitas, sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes; VII - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, os servios pblicos de interesse local, includo o de transporte coletivo, que tem carter essencial; VIII - promover adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do parcelamento, da ocupao e do uso do solo; IX - organizar seus servios administrativos e patrimoniais; X - administrar seus bens, adquiri-los e alien-los, aceitar doaes, legados, heranas e dispor de sua aplicao; XI - desapropriar, por necessidade ou utilidade pblica ou por interesse social, nos casos previstos em lei; XII - estabelecer servides administrativas e, em caso de iminente perigo ou calamidade pblica, usar de propriedade particular, assegurada ao proprietrio indenizao ulterior, se houver dano; XIII - estabelecer os quadros e o regime jurdico nico de seus servidores; XIV - associar-se a outros municpios do mesmo complexo geoeconmico e social, mediante convnio ou consrcio previamente aprovado pela Cmara, para a gesto, sob planejamento, de funes pblicas ou servios de interesse comum, de forma permanente ou transitria; (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    XV - cooperar com a Unio e o Estado, nos termos de convnio previamente aprovado pela Cmara, na execuo de servios e obras de interesse para o desenvolvimento local; (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    XVI - participar, autorizado por lei municipal, da criao de entidade intermunicipal para a realizao de obra, exerccio de atividade ou execuo de servio especfico de interesse comum;

    XVII - interditar edificaes em runas ou em condies de insalubridade e fazer demolir construes que ameacem ruir;

    XVIII - licenciar e regulamentar a fixao de cartazes, anncios, emblemas e quaisquer outros meios de publicidade e propaganda;

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    XIX - regulamentar e fiscalizar, na rea de sua competncia, os jogos esportivos, os espetculos e os divertimentos pblicos;

    XX - regulamentar e fiscalizar a instalao e o funcionamento de elevadores; XXI - fiscalizar a produo, a conservao, o comrcio e o transporte de gnero alimentcio e produto farmacutico, destinados ao abastecimento pblico, bem como de substncia potencialmente nociva ao meio ambiente, sade e ao bem estar da populao; XXII - licenciar estabelecimento industrial, comercial e outros e cassar o alvar de licena dos que se tornarem danosos ao meio ambiente, sade e ao bem-estar da populao; XXIII - fixar o horrio de funcionamento de estabelecimentos referidos no inciso anterior; XXIV - administrar o servio funerrio, cemitrios e fiscalizar os que pertencerem entidade privada; XXV - elaborar o plano plurianual de investimentos, as diretrizes oramentrias e o oramento anual; XXVI - estabelecer e impor penalidade por infraes s suas leis e regulamentos;

    XXVII manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de educao infantil e de ensino fundamental. (Includo pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) Art. 10 - competncia do Municpio, comum Unio e ao Estado: I - zelar pela guarda da Constituio, das leis e das instituies democrticas e conservar o patrimnio pblico; II - cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e da garantia das pessoas portadoras de deficincia; III - fomentar as atividades econmicas e estimular, particularmente, o melhor aproveitamento da terra; IV - impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso cultura, educao e cincia; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, fauna e a flora; VIII - fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar; IX - promover programas de construo de moradias e a melhoria das condies habitacionais e do saneamento bsico; X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao, promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seu territrio; XII - estabelecer e implantar poltica de educao para segurana do trnsito; XIII - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos, as paisagens notveis e os stios arqueolgicos: Art. 11 - Ao Municpio compete legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar legislao federal e a estadual no que couber.

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    Seo III Do Domnio Pblico

    Art. 12 - Constituem bens municipais todas as coisas mveis e imveis, direitos e aes que, a qualquer ttulo, pertenam ao Municpio. Art. 13 - Cabe ao Prefeito a administrao dos bens municipais, respeitada a competncia da Cmara quanto queles utilizados em seus servios. Art. 14 - A aquisio de bem imvel, a ttulo oneroso, depende da avaliao prvia e de autorizao legislativa. Art. 15 A alienao de bens municipais subordina-se existncia de interesse pblico relevante, devidamente justificado e comprovado, mediante avaliao prvia e autorizao legislativa, e observadas as seguintes normas: I - quando mveis, depender de concorrncia pblica, dispensada esta nos casos de doao, que somente ser permitida para fins assistenciais; II - quando imveis no edificados, depender de autorizao legislativa, pela aprovao da maioria absoluta de seus membros, mediante licitao pblica, nos termos da legislao vigente, salvo nos casos de implantao de programas de habitao popular; 1 - os casos de alienao de imveis, edificados ou no, realizados anteriormente modificao desta Lei, podero ser revistos pelo Poder Pblico Municipal e, caso no estejam cumprindo sua finalidade, devero ser revertidos ao patrimnio pblico, com aprovao legislativa; 2 - so inalienveis os bens imveis pblicos, edificados ou no, utilizados pela populao em atividades de lazer, esporte ou cultura, os quais somente podero ser destinados a outros fins se o interesse pblico o justificar e mediante autorizao legislativa. 3 - A alienao de bem imvel pblico edificado, ressalvando o disposto no pargrafo anterior, depende de avaliao prvia, licitao e aprovao legislativa. 4 - A autorizao legislativa mencionada no artigo sempre prvia e depende do voto da maioria da Cmara. 5 - A venda aos proprietrios de imveis lindeiros de reas urbanas remanescentes e inaproveitveis para a edificao e outra destinao de interesse coletivo, resultantes de obra pblica, depender apenas de prvia avaliao e autorizao legislativa. As reas resultantes de modificao de alinhamento sero alienadas obedecidas s mesmas condies. (Nova redao do caput, incisos e pargrafos conforme Emenda N. 02 de 21 de junho de 1991). Art.16 - Os bens imveis pblicos edificados, de valor histrico, arquitetnico ou artstico somente podem ser utilizados mediante autorizao, para finalidades culturais.

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    Art.17 - Os bens do patrimnio municipal devem ser cadastrados, zelados e tecnicamente identificados, especialmente as edificaes de interesse administrativo, as terras pblicas e a documentao dos servios pblicos. Pargrafo nico - O cadastramento e a identificao tcnica dos imveis do Municpio, de que trata o artigo, devem ser anualmente atualizados, garantindo o acesso s informaes neles contidas. Art.18 vedado ao Poder Pblico edificar, descaracterizar ou abrir vias pblicas em praas, parques, reservas ecolgicas e espaos tombados do Municpio, ressalvadas as construes estritamente necessrias preservao e ao aperfeioamento das mencionadas reas. Art.19 O disposto nesta seo se aplica s autarquias e s funes pblicas. Seo IV Dos Servios e Obras Pblicas Art.20 No exerccio de sua competncia para organizar e regulamentar os servios pblicos e de utilidade pblica de interesse local, o Municpio observar os requisitos de comodidade, conforto e bem-estar dos usurios. Art.21 - A Lei Municipal dispor sobre a organizao, funcionamento e fiscalizao dos servios pblicos e de utilidade pblica de interesse local, prestados sob regime de concesso ou permisso, incumbindo, aos que os executarem, sua permanente atualizao e adequao s necessidades dos usurios.

    1 - O Municpio poder retornar, sem indenizao, os servidores permitidos ou concedidos, desde que:

    I sejam executados em desconformidade com o termo ou contrato, ou que

    se revelarem insuficientes para o atendimento dos usurios; II haja ocorrncia de paralisao unilateral dos servios por parte dos

    concessionrios ou permissionrios; III seja estabelecida a prestao direta do servio pelo Municpio. 2 - A permisso de servio de utilidade publica sempre a titulo precrio,

    ser autorizada por decreto, aps edital de chamamento de interessados para a escolha do melhor pretendente, procedendo-se s licitaes com estrita observncia da legislao federal e estadual pertinente.

    3 - A concesso s ser feita com autorizao legislativa mediante

    contrato, observada a legislao especfica de licitao, e contratao. 4 - Os concessionrios e permissionrios sujeitar-se-o regulamentao

    especfica e ao controle tarifrio do Municpio.

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    5 - Em todo ato de permisso ou contrato de concesso, o Municpio se reservar o direito de averiguar a regularidade do cumprimento da legislao trabalhista pelo permissionrio ou concessionrio.

    Art.22 A Lei dispor sobre: I O regime dos concessionrios e permissionrios de servios pblicos ou

    de utilidade pblica, o carter especial de seu contrato e de sua prorrogao e as condies de caducidade, fiscalizao e resciso da concesso ou permisso;

    II os direitos dos usurios; III a poltica tarifria; IV a obrigao de manter o servio adequado; V as reclamaes relativas prestao de servios pblicos de utilidade

    pblica; VI o tratamento especial em favor do usurio de baixa renda; Pargrafo nico facultado ao Poder Pblico ocupar e usar

    temporariamente bens e servios, na hiptese de iminente perigo ou calamidade pblicos, assegurada indenizao ulterior, se houver dano.

    Art. 23 A competncia do Municpio para realizao de obras pblicas

    abrange: I a construo de edifcios pblicos; II a construo de obras e instalao para implantao e prestao de

    servios necessrios ou teis comunidade; III a execuo de quaisquer outras obras destinadas a assegurar a

    funcionalidade e o bom aspecto da cidade. 1 - A obra pblica poder ser executada diretamente por rgo ou entidade

    da administrao pblica e, indiretamente, por terceiros, mediante licitao. 2 - A execuo direta de obra pblica no dispensa a licitao para

    aquisio do material a ser empregado. 3 - A realizao de obra pblica municipal dever estar adequada ao Plano

    Diretor, ao Plano Plurianual, s diretrizes oramentrias e ser precedida de projeto elaborado segundo as normas tcnicas adequadas.

    4 - A construo de edifcios e obras pblicas obedecer aos princpios de

    economicidade, simplicidade e adequao ao espao circunvizinho e ao meio ambiente, e se sujeitar s exigncias e limitaes constantes do Cdigo de Obras.

    5 - A Cmara manifestar-se-, previamente, sobre a construo de obra

    pblica pela Unio ou pelo Estado, no territrio do Municpio.

    Seo V Da Administrao Pblica

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    Art. 24 A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes do Municpio obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficincia e razoabilidade. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012). 1 - A moralidade e a razoabilidade dos atos do Poder Pblico sero apurados, para efeito de controle e invalidao, em face dos dados objetivos de cada caso. 2 - O agente pblico motivar o ato administrativo que praticar, explicitando-lhe o fundamento legal, o ftico e a finalidade. Art. 25 A administrao pblica direta a que compete a rgo de qualquer dos Poderes do Municpio. Art. 26 A administrao pblica indireta a que compete: I autarquia; II sociedade de economia mista; III empresa pblica; IV fundao pblica; V s demais entidades de direito privado, sob o controle direto do Municpio. Art. 27 Somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei complementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) I Revogado. (Revogado pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) II Revogado. (Revogado pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) III Revogado. (Revogado pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) 1 - Depende de lei especfica, a autorizao para alienao de aes de empresa pblica e de sociedade de economia mista, que garantam, nestas entidades, o controle pelo Municpio. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) 2 - Depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de subsidirias das entidades mencionadas neste artigo, assim como a participao de qualquer delas em empresa privada. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) 3 - Ao Municpio somente permitido instituir e/ou manter fundao pblica com natureza jurdica de direito pblico. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    4 - vedada a delegao de poderes ao Executivo para a criao, extino ou transformao de entidade de sua administrao indireta. (Renumerado pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012).

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    Art. 28 Para o procedimento de licitao, obrigatrio para contratao de obra, servio, compra, alienao e concesso, o Municpio observar as normas gerais expedidas pela Unio e normas suplementares e tabelas expedidas pelo Estado. Art. 29 As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) Art. 30 A publicidade de ato, programa, projeto, obra, servio e campanha de rgo pblico, por qualquer veculo de comunicao, somente pode ter carter informativo, educativo ou de orientao social, e dela no constaro nome, cor ou imagem que caracterizem a promoo pessoal de autoridade, servidor pblico ou partido poltico. Pargrafo nico Os Poderes do Municpio, includos os rgos que os compem, publicaro, trimestralmente, o montante das despesas com publicidade, pagas ou controladas naquele perodo com cada agncia ou veculo de comunicao. Art. 31 A publicao das leis e atos municipais ser feita pelo jornal do municpio ou por qualquer outro meio de comunicao existente. 1 - Nenhum ato produzir efeito antes de sua publicao. 2 - A publicao dos atos no normativos poder ser resumida. Art. 32 O Municpio manter os livros necessrios aos registros de seus servios. Pargrafo nico Os livros podero ser substitudos por fichas ou sistemas informatizados, com garantia de fidedignidade. Art. 33 O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores, os ocupantes de cargo em comisso ou funo de confiana, as pessoas ligadas a qualquer deles por matrimnio ou parentesco, afim ou consanguneo, at o segundo grau, ou por adoo e os servidores e empregados pblicos municipais, no podero contratar com o Municpio, substituindo a proibio at seis meses aps findas as respectivas funes. Art. 34 vedada a contratao de empresas para a execuo de tarefas especficas e permanentes de rgos da administrao pblica municipal. Pargrafo nico A contratao de empresas locadoras de mo-de-obra depende de autorizao da Cmara. Art. 35 A ao administrativa do Poder Executivo ser organizada segundo os critrios de regionalizao e participao popular.

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    Art. 36 A atividade administrativa se organizar em sistemas, integrados por: I rgo central de direo e coordenao; II entidade da administrao indireta; III unidade administrativa; 1 - A Secretaria Municipal o rgo central do sistema administrativo. ( 1 com Nova Redao conforme Emenda n. 003 de 10/01/97) 2 - Unidade Administrativa a parte de rgo central ou de entidade da administrao indireta. Art. 37 As diretrizes, metas e prioridades da administrao municipal sero definidas nas leis de que trata o art. 116.

    Seo VI Dos Servidores Pblicos

    Art. 38 Os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) 1 - A investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    2 - Fica proibida a nomeao ou designao para cargos em Comisso na Administrao Direta Municipal dos Poderes Executivo e Legislativo, de quem seja inelegvel em razo de atos ilcitos, nos termos da legislao federal. (Renumerado pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012).

    3 - O prazo de validade de concurso pblico de dois anos, prorrogvel

    uma vez, por igual perodo. (Renumerado pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012).

    4 - Durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, o aprovado em concurso pblico ser convocado, observada a ordem de classificao, com prioridade sobre novos concursados, para assumir o cargo ou emprego na carreira. (Renumerado pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012).

    5 - A inobservncia do disposto nos 1 e 4 deste artigo implica nulidade

    do ato e punio da autoridade responsvel, nos termos da lei. (Renumerado pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012).

    Art. 39 - A lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado,

    para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico.

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    1 - vedado o desvio de funo de pessoa contratada na forma autorizada

    no artigo, bem como sua recontratao, sob pena de nulidade do contrato e responsabilidade administrativa e civil da autoridade contratante.

    2 - O disposto no artigo no se aplica funo de magistrio. Art. 40 - Os cargos em comisso e as funes de confiana, com exceo

    daqueles de assessoria, so exercidos, na prefeitura, por servidores ocupantes de cargos de carreira tcnica e profissional, a partir do terceiro nvel hierrquico da estrutura organizacional e, na cmara, a partir do primeiro nvel.

    Pargrafo nico - Em entidade da administrao indireta, pelo menos um

    cargo ou funo superior ser provido por servidor ou empregado de carreira da respectiva instituio.

    Art. 41 - A reviso geral da remunerao do servidor pblico, sob um ndice

    nico, far-se- sempre no ms de maio de cada ano, ficando, entretanto, assegurada a preservao peridica de seu poder aquisitivo, na forma da lei, que observar os limites previstos na Constituio da Repblica.

    1 - A lei fixar o limite mximo e a relao entre a maior e a menor

    remunerao, dos servidores pblicos, observada, como limite mximo, a remunerao em espcie, a qualquer ttulo, pelo prefeito.

    2 - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo no podem ser

    superiores aos percebidos no Poder Executivo. 3 - vedada a vinculao ou equiparao de quaisquer espcies

    remuneratrias para o efeito de remunerao de pessoal do servio pblico. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    4 - Os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no sero

    computados nem acumulados para fins de concesso de acrscimos ulteriores. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    5 - Os vencimentos do servidor pblico sero irredutveis e a remunerao

    observar o disposto nos 1 e 2 deste artigo e os preceitos estabelecidos nos arts. 150, II, 153, III e 153, 2, I, da Constituio da Repblica.

    6 - Revogado. (Revogado pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) Art. 42 - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto,

    quando houver compatibilidade de horrios, nos seguintes casos: (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    I - a de dois cargos de professor; II - a de um cargo de professor com outro tcnico ou cientfico; III - a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com

    profisses regulamentadas. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

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    Pargrafo nico A proibio de acumular estende-se a empregos, funes e contrataes por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico e abrange autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista, suas subsidirias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder pblico. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    Art. 43 - Ao servidor pblico em exerccio de mandato eletivo aplicam-se as

    disposies do art. 38 da Constituio Federal. Art. 44 - A lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos para

    provimento pelos portadores de deficincia e definir os critrios de sua admisso. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012).

    Art. 45 - Os atos de improbidade administrativa importam suspenso dos

    direitos polticos, perda de funo pblica, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao errio, na forma e na gradao estabelecidas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel.

    Art. 46 - O servidor admitido por entidade da administrao indireta no

    poder ser colocado disposio da administrao direta, salvo se para o exerccio de cargo ou funo de confiana.

    Art. 47 - vedado ao servidor municipal desempenhar atividades que no

    sejam prprias do cargo de que foi titular, exceto quando ocupar cargo em comisso ou desempenhar funo de confiana.

    Art. 48 - O Municpio instituir regime nico e planos de carreira para os

    servidores de rgos da administrao direta, de autarquias e de fundaes pblicas.

    1 - A poltica de pessoal obedecer as seguintes diretrizes: I - valorizao e dignificao da funo pblica e do servidor pblico; II - profissionalizao e aperfeioamento do servidor pblico; III - constituio de quadros dirigentes, mediante formao e aperfeioamento

    de administradores; IV - sistema de mrito objetivamente apurado para ingresso no servio e

    desenvolvimento na carreira; V - ocupao compatvel com a complexidade e a responsabilidade das

    tarefas e com a escolaridade exigida para o seu desempenho. 2 - Ao servidor pblico que, por acidente ou doena, tornar-se inapto para

    exercer as atribuies especficas de seu cargo, sero assegurados os direitos e vantagens a ele inerentes, at seu definitivo aproveitamento em outro cargo.

    3 - para provimento de cargo de natureza tcnica, exigir-se- respectiva

    habilitao profissional. Art. 49 O Municpio assegurar ao servidor os direitos previstos no art. 7,

    incisos IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXII, XXIII, e XXX da

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    Constituio da Repblica, e os que, nos termos da lei, visem melhoria de sua condio social e produtividade no servio pblico, especialmente.

    I - durao do trabalho normal no superior a oito horas dirias e quarenta

    semanais, facultada a compensao de horrios e a reduo da jornada nos termos que dispuser a lei;

    II - adicionais por tempo de servio; III - frias-prmio, com durao de seis meses, adquiridas a cada perodo de

    dez anos de efetivo exerccio de servio pblico municipal, admitida sua converso em espcie por opo do servidor. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    IV - previdncia social, extensiva ao cnjuge ou companheiro e aos dependentes, na forma da lei; (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    V - assistncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento at 5 (cinco) anos de idade em creches e pr-escolas; (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    VI - adicional de remunerao para as atividades penosas, insalubres ou perigosas;

    VII - adicional sobre a remunerao, quando completar trinta anos de servio, ou antes disso, se implementado o interstcio necessrio para a aposentadoria.

    Pargrafo nico - Cada perodo de cinco anos de efetivo exerccio d ao

    servidor o direito ao adicional de dez por cento sobre seu vencimento, o qual a este se incorpora para o efeito de aposentadoria.

    Art. 50 - A lei assegurar ao servidor pblico da administrao direta isonomia

    de vencimentos para cargos de atribuies iguais ou semelhantes no mesmo Poder, ou entre servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de carter individual e as relativas natureza ou local de trabalho.

    Pargrafo nico - A lei assegurar sistema isonmico de carreiras de nvel

    universitrio compatibilizado com os padres mdios de remunerao da iniciativa privada.

    Art. 51 - garantida a liberdade do servidor ou empregado pblico, se assim

    o decidir a respectiva categoria, na forma do estatuto da entidade, para o exerccio de mandato eletivo em diretoria de entidade sindical, sem prejuzo da remunerao e dos demais direitos e vantagens de seu cargo ou emprego.

    Art. 52 - O direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos

    em lei especfica. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) Art. 53 - So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores

    nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    1 O servidor pblico estvel s perder o cargo: (Redao determinada

    pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

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    I em virtude de sentena judicial transitada em julgado; (Includo pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    II mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Includo pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    III mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Includo pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    2 Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele

    reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estvel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de servio. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    3 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estvel

    ficar em disponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequado aproveitamento em outro cargo. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    4 Como condio para a aquisio da estabilidade, obrigatria a

    avaliao especial de desempenho por comisso instituda para essa finalidade. (Includo pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    Art. 54 Aos servidores titulares de cargos efetivos do Municpio, includas

    suas autarquias e fundaes, assegurado regime de previdncia de carter contributivo e solidrio, mediante contribuio do respectivo ente pblico, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    Pargrafo nico. Os benefcios assegurados pelo regime de previdncia

    disposto no caput sero concedidos nos termos e condies estabelecidos em lei. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) (1 a 4 revogados pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    Art. 55 Para garantia disposta no artigo anterior, os servidores abrangidos

    pelo regime de previdncia de que trata o artigo anterior sero aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos 2 e 16: (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    I por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de

    contribuio, exceto se decorrente de acidente em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, na forma da lei; (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio; (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mnimo de dez anos de efetivo exerccio no servio pblico e cinco anos no cargo efetivo em que se dar a aposentadoria, observadas as seguintes condies: (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

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    a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuio, se homem, e

    cinquenta e cinco anos de idade e trinta de contribuio, se mulher; (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    c) Revogado. d) Revogado. 1 - Os proventos de aposentadoria e as penses, por ocasio de sua

    concesso, no podero exceder remunerao do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referncia para a concesso da penso. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    2 Para o clculo dos proventos de aposentadoria, por ocasio da sua

    concesso, sero consideradas as remuneraes utilizadas como base para as contribuies do servidor aos regimes geral e prprios de previdncia, na forma da lei. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    3 vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a

    concesso de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    I - portadores de deficincia; II - que exeram atividades de risco; III cujas atividades sejam exercidas sob condies especiais que

    prejudiquem a sade ou a integridade fsica. 4 - Os requisitos de idade e de tempo de contribuio sero reduzidos em

    cinco anos, em relao ao disposto no art. 55, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exerccio das funes de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    5 - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumulveis na

    forma desta Constituio, vedada a percepo de mais de uma aposentadoria conta do regime de previdncia previsto neste artigo. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    6 Lei dispor sobre a concesso do benefcio de penso por morte, que

    ser igual: (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) I ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, at o limite

    mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado data do bito; ou

    II ao valor da totalidade da remunerao do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, at o limite mximo estabelecido para os benefcios do

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    regime geral de previdncia social, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do bito.

    7 assegurado o reajustamento dos benefcios para preservar-lhes,

    em carter permanente, o valor real, conforme critrios estabelecidos em lei. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    8 - O tempo de contribuio federal, estadual ou municipal ser

    contado para efeito de aposentadoria e o tempo de servio correspondente para efeito de disponibilidade. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    9 - A lei no poder estabelecer qualquer forma de contagem de

    tempo de contribuio fictcio. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    10 - Aplica-se o limite fixado no art. 41, 1, soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulao de cargos ou empregos pblicos, bem como de outras atividades sujeitas contribuio para o regime geral de previdncia social, e ao montante resultante da adio de proventos de inatividade com remunerao de cargo acumulvel na forma desta Lei Orgnica e da Constituio Federal, cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao, e de cargo eletivo. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    11 - Alm do disposto neste artigo, o regime de previdncia dos servidores

    pblicos titulares de cargo efetivo observar, no que couber, os requisitos e critrios fixados para o regime geral de previdncia social. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    12 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comisso

    declarado em lei de livre nomeao e exonerao, bem como de outro cargo temporrio ou de emprego pblico, aplica-se o regime geral de previdncia social. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    13. Todos os valores de remunerao considerados para o clculo do

    benefcio previsto no 2 sero devidamente atualizados, na forma da lei. (Includo pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    14. Incidir contribuio sobre os proventos de aposentadorias e penses

    concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201 da Constituio Federal, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (Includo pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    15. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigncias

    para aposentadoria voluntria estabelecidas no art. 55, III, a, e que opte por permanecer em atividade far jus a um abono de permanncia equivalente ao valor da sua contribuio previdenciria at completar as exigncias para aposentadoria compulsria contidas no art. 55, II. (Includo pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

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    16. Fica vedada a existncia de mais de um regime prprio de previdncia social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime no Municpio. (Includo pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    17. A contribuio prevista no 14 deste artigo incidir apenas sobre as

    parcelas de proventos de aposentadoria e de penso que superem o dobro do limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201 da Constituio Federal, quando o beneficirio, na forma da lei, for portador de doena incapacitante. (Includo pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    Art. 56 - Incumbe autarquia gerir o regime prprio de previdncia social disposto no artigo anterior. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012). Pargrafo nico - Revogado. (Revogado pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012).

    CAPTULO II Da Organizao dos Poderes do Municpio

    Seo I

    Do Poder Legislativo

    Subseo I Disposies Gerais

    Art. 57 - O Poder Legislativo exercido pela Cmara Municipal, composta de representantes do povo, eleitos em pleito direto, pelo sistema proporcional, para uma legislatura com durao de quatro anos.

    Pargrafo nico - A Cmara Municipal observar os limites constitucionais para definir o nmero de Vereadores que iro comp-la. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012).

    I Revogado. (Revogado pela Emenda Lei Orgnica n 11/11). II Revogado. (Revogado pela Emenda Lei Orgnica n 11/11). III Revogado. (Revogado pela Emenda Lei Orgnica n 11/11). IV Revogado. (Revogado pela Emenda Lei Orgnica n 11/11).

    Subseo II Da Cmara Municipal

    Art. 58 - A Cmara Municipal reunir-se-, anualmente, na sede do Municpio, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1 de agosto a 22 de dezembro. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

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    1 - As reunies marcadas para essas datas sero transferidas para o primeiro dia til subsequente, quando recarem em sbados, domingos ou feriados. (Includo pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    2 - A sesso legislativa no ser interrompida sem a aprovao do projeto

    de lei de diretrizes oramentrias. (Includo pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) Art. 59 - No primeiro ano de cada Legislatura, cuja durao coincide com o

    mandato dos Vereadores, a Cmara reunir-se- no dia primeiro de Janeiro para a posse de seus membros e eleger a sua Mesa Diretora a qual dar posse ao prefeito e ao Vice-Prefeito. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 13/2012.)

    1 - A eleio da Mesa Diretora, se dar individualmente ou por chapa e o

    registro dever ser realizado at a hora da eleio por qualquer Vereador, sendo permitida uma nica reconduo para o mesmo cargo na eleio subsequente da Mesa Diretora. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 13/2012.)

    I Por eleio subsequente, entende-se a realizada durante o perodo da

    Legislatura vigente.

    2 - A Mesa Diretora ser eleita para um mandato de 01 (um) ano. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 13/2012.)

    3 - No decorrer do mandato dos membros da Mesa, proceder-se- a

    eleio dessa para o ano subsequente, obrigatoriamente, na ltima reunio ordinria do ms de dezembro de cada sesso legislativa, empossando-se os eleitos em 31 de dezembro ou no dia til imediatamente anterior quando aquela data recair em sbados, domingos, feriados ou qualquer outro dia em que seja determinado o fechamento da Cmara. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 13/2012)

    4 - Revogado. (Revogado pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012). Art. 60 A convocao extraordinria da Cmara Municipal far-se-: I pelo Presidente da Cmara, em caso de interveno estadual e para o

    compromisso e a posse do Prefeito e do Vice-Prefeito; II - pelo Prefeito Municipal, pelo Presidente da Cmara Municipal ou a

    requerimento da maioria dos membros desta, em caso de urgncia ou interesse pblico relevante, em todas as hipteses deste inciso com a aprovao da maioria absoluta da Cmara Municipal. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    Pargrafo nico. Na sesso legislativa extraordinria, a Cmara Municipal

    somente deliberar sobre a matria para a qual foi convocada, vedado o pagamento de parcela indenizatria, em razo da convocao. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

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    Art. 61 A Cmara e suas comisses funcionam com a presena, no mnimo, da maioria de seus membros, e as deliberaes so tomadas por maioria de votos dos presentes, salvo os casos previstos nesta Lei Orgnica.

    1 - Quando se tratar de matria relativa a emprstimos, a concesso de privilgios ou que verse sobre interesse particular, alm de outras referidas nesta Lei, as deliberaes da Cmara so tomadas por dois teros de seus membros.

    2 - O Presidente da Cmara participa com voto nas seguintes situaes: (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    I Nas votaes que exijam qurum de 2/3;(Includo pela Emenda Lei

    Orgnica n 12/2012) II Quando houver empate nas votaes pblicas. (Includo pela Emenda

    Lei Orgnica n 12/2012)

    Art. 62 - As reunies da Cmara so pblicas, sendo que alm dos casos previstos nesta Lei Orgnica, secreto o voto nos seguintes casos: (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    I eleio dos membros da Mesa Diretora; (Includo pela Emenda Lei

    Orgnica n 12/2012) II eleio do Presidente e Vice-Presidente das Comisses Permanentes e

    Temporrias. (Includo pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    Pargrafo nico assegurado o uso da palavra por representantes populares na Tribuna da Cmara durante as reunies, na forma e nos casos definidos pelo Regimento Interno.

    Art. 63 - A Cmara ou qualquer de suas comisses, a requerimento da maioria de seus membros, poder convocar, com antecedncia mnima de dez dias, o Secretrio Municipal ou dirigentes da administrao indireta, para comparecer perante elas a fim de prestarem informaes sobre assunto previamente designado e constante da convocao, sob pena de responsabilidade, no caso de ausncia injustificada.

    1 - Trs dias teis antes do comparecimento devero ser enviadas Cmara exposies referentes s informaes solicitadas.

    2 - O secretrio poder comparecer Cmara ou qualquer de suas comisses, por sua iniciativa e aps entendimento com a Mesa, para expor assunto de relevncia de sua Secretaria.

    3 - A Mesa da Cmara pode, de ofcio ou a requerimento do Plenrio, encaminhar ao Secretrio, a dirigente de entidade da administrao indireta e outras autoridades municipais, pedido, por escrito, de informao e a recusa, ou o no atendimento no prazo de trinta dias, ou a prestao de informao falsa constituem infrao administrativa, sujeita responsabilidade.

    Subseo III

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    Dos Vereadores Art. 64 - O Vereador inviolvel por suas opinies, palavras e votos proferidos no exerccio do mandato e na circunscrio do Municpio. Art. 65 - defeso ao Vereador: I - desde a expedio do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico, autarquia, fundao pblica, empresa pblica, sociedade de economia mista ou empresa concessionria de servio pblico municipal, salvo quando o contrato obedecer s clusulas uniformes; (Alnea a com redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) b) aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissvel ad nutum, nas entidades indicadas na alnea anterior;

    II - desde a posse: a) ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurdica de direito pblico, ou nela exercer funo remunerada; b) ocupar cargo ou funo de que seja demissvel "ad nutum" nas entidades indicadas no inciso I, alnea "a"; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, alnea "a"; d) ser titular de mais um cargo ou mandato pblico eletivo.

    Art. 66 - Perder mandato o Vereador: I - que infringir proibio estabelecida no artigo anterior; II - que se utilizar do mandato para a prtica de atos de corrupo ou de

    improbidade administrativa; III - que procede de modo incompatvel com a dignidade da Cmara ou faltar

    com o decoro na sua conduta pblica; IV - que perder ou tiver suspensos seus direitos polticos; V - quando o decretar a Justia Eleitoral, nos casos previstos na Constituio

    da Repblica; VI - que sofrer condenao criminal em sentena transitada em julgado e ser

    decretada a perda do mandato com pena acessria; VII - que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa, tera parte das

    reunies ordinrias da Cmara, salvo licena ou misso por esta autorizada. 1 - incompatvel com o decoro parlamentar, alm dos casos definidos no

    Regimento Interno, o abuso de prerrogativa assegurada ao Vereador ou a percepo de vantagem indevida.

    2 - Nos casos dos incisos I, II, III e IV, a perda de mandato ser decidida

    pela Cmara por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocao da

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    respectiva Mesa ou de partido poltico representado na Cmara, assegurada ampla defesa. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    3 - Nos casos dos incisos V, VI e VII a perda ser declarada pela Mesa da

    Cmara, de ofcio ou por provocao de qualquer de seus membros ou de partido poltico representado na Cmara, assegurada ampla defesa. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    4 - O Regimento Interno dispor sobre o processo de julgamento,

    assegurada ampla defesa e observados, entre outros requisitos de validade, o contraditrio, a publicidade e o despacho ou deciso motivados, bem como o disposto no art. 92 e pargrafos, no que couber.

    Art. 67 - No perder o mandato o Vereador: I - investido em cargo de Secretrio do Municpio, desde que se afaste do

    exerccio da vereana; II - licenciado por motivo de doena ou para tratar, sem remunerao, de

    interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento no ultrapasse sessenta dias por sesso legislativa.

    1 - O suplente ser convocado nos casos de vaga, de investidura em cargo

    mencionado neste artigo, ou de licena superior a sessenta dias. Art. 68 - A remunerao do Vereador ser fixada, em cada legislatura, para ter

    vigncia na subsequente, pela Cmara, por voto da maioria de seus membros. Pargrafo nico - Na hiptese de a Cmara deixar de exercer a competncia

    de que trata este artigo, ficaro mantidos, na legislatura subsequente, valores de remunerao vigentes em dezembro do ltimo exerccio da legislatura anterior, admitida apenas a atualizao dos mesmos.

    Art. 69 - Ao servidor pblico investido em mandato eletivo municipal, aplica-se o

    disposto no art. 38, da Constituio Federal.

    Subseo IV Das Comisses

    Art. 70 - A Cmara ter comisses permanentes e temporrias, constitudas na forma do Regimento Interno e com as atribuies nele previstas, ou conforme os termos do ato de sua criao. 1 - Na constituio da Mesa e na de cada comisso assegurada, tanto quanto possvel, a participao proporcional dos partidos polticos ou dos blocos parlamentares representados na Cmara. 2 - as comisses, em razo da matria de sua competncia, cabe: I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a competncia do plenrio, salvo se houver recurso de um vereador; II - realizar audincia pblica com entidade da sociedade civil;

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    III - realizar audincia pblica em regies do Municpio, para subsidiar o processo legislativo; IV convocar, alm das autoridades a que se refere o art. 63, 3, outra autoridade ou servidor municipal para prestar informao sobre assunto inerente s suas atribuies, constituindo infrao administrativa a recusa ou no atendimento no prazo de trinta dias; V - receber petio, reclamao, representao ou queixa de qualquer pessoa contra ato ou omisso de autoridade ou entidade pblica; VI - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidado; VII - apreciar plano de desenvolvimento e programa de obra do Municpio; VIII - acompanhar a implantao dos planos e programas de que trata o inciso anterior e exercer a fiscalizao dos recursos municipais neles investidos. 3 - As comisses parlamentares de inqurito, observada a legislao especfica, no que couber, tero poderes de investigao prprios das autoridades judicirias, alm de outros previstos no Regimento Interno, e sero criadas a requerimento de um tero dos membros da Cmara, para apurao de fato determinado e por prazo certo, e suas concluses, e se for o caso, sero encaminhadas ao Ministrio Pblico, ou a outra autoridade competente, para que se promova a responsabilidade civil, criminal ou administrativa do infrator.

    Subseo V Das Atribuies da Cmara Municipal

    Art. 71 - Cabe Cmara Municipal, com a sano do Prefeito, no exigida esta para o especificado no art. 72, dispor sobre todas as matrias de competncia do Municpio, especificamente: I Plano Diretor; II - Plano Plurianual e oramentos anuais; III - diretrizes oramentrias; IV - sistema tributrio municipal, arrecadao e distribuio de rendas; V - dvida pblica, abertura e operao de crdito; VI - concesso e permisso de servios pblicos do Municpio; VII - criao, fixao e modificao dos efetivos da Guarda Municipal; VIII - criao, transformao e extino de cargo, emprego e funo pblicos na administrao direta, autarquia e fundacional, e fixao de remunerao, observados os parmetros estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias; IX - fixao do quadro de emprego das empresas pblicas, sociedades de economia mista e demais entidades sob controle direto ou indireto do Municpio; X - servidor pblico da administrao direta, autrquica e fundacional, seu regime jurdico nico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; XI - criao, estruturao e definio de atribuies dos Departamentos Municipais; XII - diviso territorial do Municpio, respeitada a legislao federal e estadual; XIII - bens do domnio pblico; XIV - aquisio e alienao de bem imvel do Municpio; XV - cancelamento da dvida ativa do Municpio, autorizao de suspenso de sua cobrana e de elevao de nus e juros; XVI - transferncia temporria da sede do Governo Municipal;

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    XVII - matria decorrente da competncia comum prevista no art. 23 da constituio da Repblica. Art. 72 - Compete privativamente Cmara Municipal; I - eleger a Mesa e constituir as comisses; II - elaborar o Regimento Interno; III - dispor sobre sua organizao e funcionamento; IV - dispor sobre criao, transformao ou extino de cargo, emprego e funo de seus servios e fixao da respectiva remunerao, observados os parmetros estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias; V - aprovar crdito suplementar ao oramento, nos termos desta Lei Orgnica; VI - fixar a remunerao do Vereador, do Prefeito, do Vice-Prefeito e do Secretrio Municipal; VII - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito; VIII - conhecer da renncia do Prefeito e do Vice-Prefeito; IX - conceder licena ao Prefeito para interromper o exerccio de suas funes; X - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Municpio e o Vice-Prefeito, do Estado, por mais de dez dias; XI - processar e julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e o Secretrio-Municipal, nas infraes poltico-administrativas; XII - destituir do cargo o Prefeito, aps condenao por crime comum ou de responsabilidade ou por infrao poltico-administrativa, o Vice-Prefeito e o Secretrio Municipal, por infrao poltico-administrativa; XIII - proceder tomada de contas do Prefeito no apresentadas dentro de cento e vinte dias da abertura da sesso legislativa; XIV julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito, e apreciar os relatrios sobre a execuo dos planos de Governo; XV - autorizar celebrao de convnio pelo Governo do Municpio com entidades de direito pblico e retificar o que, por motivo de urgncia, ou de interesse pblico, for efetivado sem essa autorizao, desde que encaminhado Cmara nos vinte dias teis subsequentes sua celebrao; XVI - autorizar previamente convnio intermunicipal para modificao de limites; XVII - solicitar, pela maioria de seus membros, a interveno estadual; XVIII - suspender, no todo ou em parte, a execuo de qualquer ato normativo municipal, que haja sido, por deciso definitiva do Poder Judicirio, declarado infringente das Constituies ou da Lei Orgnica; XIX - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar; XX - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, includos os da administrao indireta; XXI - dispor sobre limites e condies para a concesso de garantia do Estado em operaes de crdito; XXII - autorizar a realizao de emprstimo, operao ou acordo externo, de qualquer natureza, de interesse do Municpio, regulando as suas condies e respectiva aplicao, observada legislao federal;

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    XXIII - zelar pela preservao de sua competncia legislativa em fase de atribuio normativa do Poder Executivo. XXIV - aprovar, previamente, a alienao ou concesso de bem imvel pblico; XXV - autorizar referendo e convocar plebiscito; XXVI - autorizar a participao do Municpio em convnio, consrcio ou entidade intermunicipais, destinados gesto de funo pblica, ao exerccio de atividade ou execuo de servios e obras de interesse comum; XXVII - mudar, temporria ou definitivamente, a sua sede; 1 - No caso previsto no inciso XI, a condenao, que somente ser proferida por dois teros do voto da Cmara, se limitar perda do cargo, com inabilitao, por oito anos, para o exerccio de funo pblica, sem prejuzo das demais sanes judiciais cabveis. 2 - Compete, ainda, Cmara manifestar-se, por maioria de seus membros, a favor de proposta de emenda Constituio do Estado. 3 - O no encaminhamento Cmara de convnio a que se refere o inciso XV, nos vinte dias teis subsequentes sua celebrao, ou a no apreciao dos mesmos, no prazo de sessenta dias do recebimento, implicam a nulidade dos atos j praticados em virtude de sua execuo. 4 - A representao judicial da Cmara exercida por sua Procuradoria Geral, qual cabe tambm consultoria jurdica do Poder Legislativo, que ser estruturada em cargo de carreira, nos termos da lei. 5 - At que a Lei estabelea a estrutura do quadro e o provimento dos cargos do Poder Legislativo Municipal; a representao judicial poder ser exercida pelo procurador do Municpio.

    Subseo VI Do Processo Legislativo

    Art. 73 - O processo legislativo compreende a elaborao de: I Emenda Lei Orgnica; II - Lei Complementar; III - Lei Ordinria;

    IV - Decreto Legislativo; V - Resoluo. Pargrafo nico - So ainda objeto de deliberao da Cmara, na forma do Regimento Interno: I - a autorizao; II - a indicao; III - o requerimento. Art. 74 - A Lei Orgnica pode ser emendada mediante proposta: I - de, no mnimo, um tero dos membros da Cmara;

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    II - do Prefeito; III - de, no mnimo, cinco por cento do eleitorado do Municpio. 1 - As regras de iniciativa privada pertinentes Legislao infraorgnica no se aplicam competncia para a apresentao da proposta de que trata este artigo. 2 - A Lei Orgnica no pode ser emendada na vigncia de estado de stio ou estado de defesa, nem quando o Municpio estiver sob interveno estadual. 3 - A proposta ser discutida e votada em dois turnos com o interstcio mnimo de dez dias, e considerada aprovada se obtiver, em ambos, dois teros dos votos dos membros da Cmara. 4 - Na discusso de proposta popular de Emenda assegurada a sua defesa, em comisso e em plenrio, por um dos signatrios. 5 - A Emenda Lei Orgnica ser promulgada pela Mesa da Cmara, com o respectivo nmero de ordem. 6 - o referendo Emenda ser realizado se for requerido, no prazo mnimo de noventa dias da promulgao, pela maioria dos membros da Cmara, pelo Prefeito ou por, no mnimo cinco por cento do eleitorado do Municpio. 7 - A matria constante da proposta de Emenda rejeitada ou havida por prejudicada no pode ser reapresentada na mesma sesso legislativa. Art. 75 - A iniciativa de lei complementar e ordinria cabe aos Vereadores, individual ou coletivamente, Mesa, Comisso da Cmara, ao Prefeito e aos cidados, na forma e nos casos definidos nesta Lei Orgnica. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) 1 - A Lei Complementar aprovada por maioria dos membros da Cmara, observados os demais termos de votao das leis ordinrias. 2 - Considera-se lei complementar, entre outras matrias previstas nesta Lei Orgnica: I - o Plano Diretor; II - o Cdigo Tributrio; III - o Cdigo de Obras; IV - o Cdigo de Postura; V - o Estatuto dos Servidores Pblicos; VI - a lei de parcelamento, ocupao e uso do solo; VII - a lei instituidora do regime jurdico nico dos servidores; VIII Revogado. (Revogado pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) IX Revogado. (Revogado pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) Art. 76 - So matrias de iniciativa privativa, alm de outras previstas nesta Lei Orgnica:

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    I - da Mesa da Cmara, formalizada por meio de projeto de resoluo:

    a) o regulamento geral, que dispor sobre a organizao da Secretaria da Cmara, seu funcionamento, criao, transformao ou extino de cargo, emprego e funo, regime jurdico de seus servidores e fixao da respectiva remunerao, observados os parmetros estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias e o disposto nos arts. 48, 1 e 2 e 55.

    b) a autorizao para Prefeito ausentar-se do Municpio; c) a mudana temporria da sede da Cmara;

    II - Do Prefeito:

    a) a criao e a fixao dos efetivos da Guarda Municipal; b) a criao de cargo e funo pblicos da administrao direta, autrquica e

    fundacional e a fixao da respectiva remunerao, observados os parmetros da lei de diretrizes oramentrias;

    c) o regime jurdico nico dos servidores pblicos dos rgos da administrao direta, autrquica e fundacional, includo o provimento de cargo, estabilidade e aposentadoria;

    d) o quadro de empregados das empresas pblicas, sociedades de economia mista e demais entidades sob o controle direto ou indireto do Municpio;

    e) a criao, estruturao e extino de Departamento Municipal e as entidades de administrao indireta;

    f) a organizao da Guarda Municipal e dos demais rgos da administrao pblica;

    g) os planos plurianuais; h) as diretrizes oramentrias; i) os oramentos anuais; j) a matria tributria que implique reduo da receita pblica. Art. 77 - Salvo nas hipteses previstas no artigo anterior, a iniciativa popular

    pode ser exercida pela apresentao Cmara de projeto de lei subscrito por, no mnimo, cinco por cento do eleitorado do Municpio ou de bairros, conforme o interesse ou abrangncias da proposta, em lista organizada por entidade associativa legalmente constituda, que se responsabilizar pela idoneidade das assinaturas. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012).

    1 - Na discusso do projeto de iniciativa popular, assegurada a sua defesa, em comisso em plenrio, por um dos signatrios.

    2 - O disposto neste artigo e no 1 se aplicar iniciativa popular de emenda a projeto de lei em tramitao na Cmara, respeitadas vedaes do art. 78.

    Art.78 - No ser admitido aumento da despesa prevista: I - nos projetos de iniciativa privativa do Prefeito ressalvada a comprovao

    da existncia de receita e o disposto no artigo 116, 2; II - nos projetos sobre organizao dos servios administrativos da Cmara. Art. 79 - O Prefeito pode solicitar urgncia para a apreciao de projeto de

    sua iniciativa.

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    1 - Se a Cmara no se manifestar em at quarenta e cinco dias sobre o

    projeto, ser ele includo na ordem do dia, sobrestando-se a deliberao quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votao.

    2 - O prazo do pargrafo anterior no ocorre em perodo de recesso da

    Cmara, nem se aplica a projeto que depende de ''quorum'' especial para aprovao de Lei Orgnica, estatutria ou equivalente a cdigo.

    Art. 80 - A proposio de lei, resultante de projeto aprovado pela Cmara,

    ser enviada ao Prefeito que, no prazo de quinze dias, contados da data de seu recebimento:

    I - se aquiescer, sancion-la-, ou II - se a considerar, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrria ao

    interesse pblico, vet-la-, total ou parcialmente. 1 - O silncio do Prefeito, decorrido o prazo, importa em sano. 2 - A sano expressa ou tcita supre a iniciativa do Poder Executivo no

    processo legislativo. 3 - O Prefeito publicar o veto e, dentro de quarenta e oito horas,

    comunicar seus motivos ao Presidente da Cmara. 4 - O veto parcial abranger texto integral de artigo, de pargrafo, de inciso

    ou de alnea. 5 - A Cmara, dentro de trinta dias contados do recebimento da

    comunicao do veto, sobre ele decidir, em escrutnio secreto, e sua rejeio s ocorrer pelo voto da maioria de seus membros.

    6 - Se o veto no for mantido, ser a proposio de lei enviada ao Prefeito

    para promulgao. 7 - Esgotado o prazo estabelecido no 5, sem deliberao, o veto ser

    includo na ordem do dia da reunio imediata, sobrestadas as demais proposies, at votao final, ressalvada a matria de que trata o 1 do artigo anterior.

    8 - Se, nos casos dos 1 e 2, a lei no for, dentro de quarenta e oito

    horas, promulgada pelo Prefeito, o presidente da Cmara a promulgar, e, se este no o fizer em igual prazo, caber ao Vice-Presidente faz-lo.

    9 - O referendo a projeto de lei ser realizado se for requerido, no prazo

    mximo de noventa dias da promulgao, pela maioria dos membros da Cmara, pelo Prefeito ou por, no mnimo, cinco por cento do eleitorado do Municpio.

    Art. 81 - A matria constante de projeto de lei rejeitado somente poder

    constituir objeto de novo projeto, na mesma seo legislativa, mediante proposta da maioria dos membros da Cmara ou pelo menos cinco por cento do eleitorado.

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    Art. 82 - Ser dada ampla divulgao a projeto referido no 2 do art. 75, facultando a qualquer cidado, no prazo de quinze dias da data de sua publicao, apresentar sugesto ao Presidente da Cmara, que a encaminhar Comisso respectiva, para apreciao.

    Art. 83 - A requerimento de Vereador, aprovado pelo Plenrio, os projetos de

    lei, decorridos trinta dias de seu recebimento, sero includos na ordem do dia, mesmo sem parecer.

    Pargrafo nico - O projeto somente pode ser retirado da ordem do dia a

    requerimento do autor, aprovado pelo Plenrio.

    Seo II

    Do Poder Executivo

    Subseo I Disposies Gerais

    Art. 84 - O Poder Executivo exercido pelo Prefeito do Municpio, auxiliado pelo Secretrio Municipal. Art. 85 - A eleio do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no ltimo domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do trmino do mandato vigente. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    Pargrafo nico - Perder o mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou funo na administrao pblica direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso pblico e observado o disposto no art. 38, incisos I, IV e V, da Constituio da Repblica. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012) Art. 86 - A eleio do Prefeito importar, para mandato correspondente, a do Vice-Prefeito com ele registrado. 1 - O Prefeito e Vice-Prefeito tomaro posse em reunio da Cmara, prestando o seguinte compromisso: Prometo manter, defender e cumprir a Lei Orgnica do Municpio, as Constituies da Repblica e do Estado, observar as leis, promover o bem geral do povo de Nova Serrana e exercer o meu cargo sob a inspirao do interesse pblico, da lealdade e da honra. 2 - No ato da posse e ao trmino do mandato, o Prefeito e o Vice-Prefeito faro declarao pblica de seus bens, em cartrio de ttulos e documentos, sob pena de responsabilidade e de impedimento para o exerccio futuro de qualquer outro cargo no Municpio.

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    3 - O Vice-Prefeito substituir o Prefeito no caso de impedimento, e lhe suceder, no de vaga. 4 - O Vice-Prefeito auxiliar o Prefeito, sempre que por ele convocado para misses especiais.

    Art. 87 - No caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou no de vacncia dos respectivos cargos, ser chamado ao exerccio do Governo o Presidente da Cmara. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    1 - Vagando os cargos de Prefeito e de Vice-Prefeito, far-se- eleio

    noventa dias depois de aberta a ltima vaga. (Includo pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    2 - Ocorrendo a vacncia nos ltimos quinze meses do mandato

    governamental, a eleio para ambos os cargos ser feita trinta dias depois da ltima vaga, pela Cmara, na forma de lei, aprovada pela maioria dos membros desta. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012)

    3 - Em qualquer dos casos, os eleitos devero completar o perodo de seus

    antecessores.

    Art. 88 - Se decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de fora maior devidamente reconhecido pela Cmara, no tiver assumido o cargo, este ser declarado vago. (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012). Art. 89 O Prefeito e o Vice-Prefeito residiro no Municpio. Pargrafo nico - O Prefeito no poder ausentar-se do Municpio e o Vice-Prefeito do Estado, sem autorizao da Cmara, por mais de dez dias consecutivos, sob pena de perder o cargo.

    Subseo II

    Das Atribuies do Prefeito Municipal Art. 90 - Compete privativamente ao Prefeito: I - nomear e exonerar o Secretrio Municipal e Chefes de departamentos;

    II exercer, com o auxlio dos Secretrios Municipais, a direo superior do Poder Executivo; (Redao determinada pela Emenda Lei Orgnica n 12/2012).

    III - prover e extinguir os cargos pblicos do Poder Executivo observado o disposto nesta Lei Orgnica;

    IV - prover os cargos de direo ou administrao superior de autarquia e fundao pblica;

    V - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgnica;

    VI - fundamentar os projetos de lei que remeter Cmara;

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    VII - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis e, para sua fiel execuo, expedir decretos e regulamentos;

    VIII - vetar proposies de lei; IX - remeter mensagem e planos de governo Cmara, quando da reunio

    inaugural da sesso legislativa ordinria, expondo a situao do Municpio, especialmente o estado das obras e dos servios municipais;

    X - enviar Cmara a proposta de plano plurianual, o projeto da lei de diretrizes oramentrias e as propostas de oramento;

    XI - prestar, anualmente, dentro de cento e vinte dias da abertura da sesso legislativa ordinria, as contas referentes ao exerccio anterior;

    XII - extinguir cargo desnecessrio, desde que vago ou ocupado por servidor pblico no estvel na forma da lei;

    XIII - dispor, na forma da lei, sobre a organizao e a atividade do Poder Executivo;

    XIV - celebrar convnios, ajustes e contratos de interesse municipal; XV - contrair emprstimo, externo ou interno e fazer operao ou acordo

    externo de qualquer natureza, mediante prvia autorizao da Cmara, observados os parmetros de endividamento regulados em lei, dentro dos princpios da Constituio da Repblica;

    XVI - convocar extraordinariamente a Cmara, em caso de urgncia e interesse pblico relevante;

    XVII - exercer outras atribuies previstas nesta Lei Orgnica.

    Subseo III

    Da Responsabilidade do Prefeito Municipal

    Art. 91 - So crimes de responsabilidade os atos do Prefeito que atentem contra as Constituies da Repblica e do Estado, esta Lei Orgnica e, especialmente, contra: I - a existncia da Unio; II - o livre exerccio do Poder Legislativo, do Poder Judicirio, do Ministrio Pblico e dos Poderes constitucionais das unidades de Federao: III - o exerccio dos direitos polticos, individuais e sociais; IV - a segurana interna do Pas; V - a probidade da administrao; VI - a lei oramentria; VII - o cumprimento das leis e das decises judiciais. 1 - Esses crimes so definidos em lei federal especial, que estabelece as normas de processo e julgamento.

    2 - Nos crimes de responsabilidade, assim como nos comuns, o Prefeito ser submetido a processo e julgamento perante o Tribunal de Justia. Art. 92 - So infraes poltico-administrativas do Prefeito, sujeitas ao julgamento pela Cmara e sancionadas perda do mandato:

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    I - impedir o funcionamento regular da Cmara; II - impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam constar dos arquivos da prefeitura, bem como a verificao de obras e servios municipais, por comisso de investigao da Cmara, ou por auditoria regularmente instituda; III - desatender, sem motivo justo, as convocaes ou os pedidos de informaes da Cmara, quando feitos a tempo e em forma regular; IV - retardar a publicao ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos a essa formalidade;

    V - deixar de apresentar Cmara, no devido tempo, e em forma regular, a proposta oramentria;

    VI - descumprir o oramento aprovado para o exerccio financeiro; VII - praticar ato administrativo contra expressa disposio da lei ou omitir-se

    na prtica daquele por ela exigido; VIII - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou

    interesse do Municpio, sujeitos administrao da prefeitura; IX - ausentar-se do Municpio, por tempo superior ao permitido nesta Lei

    Orgnica, ou afastar-ser do exerccio, sem autorizao da Cmara; X - proceder de modo incompatvel com a dignidade e o decoro do cargo. 1 - A denncia, escrita e assinada, poder ser feita por qualquer cidado,

    com a exposio dos fatos e a indicao das provas. 2 - Se o denunciante for Vereador, ficar impedido de votar sobre a

    denncia e de integrar a comisso processante, e, se for o presidente da Cmara, passar a presidncia ao substituto legal, para os atos do processo.

    3 - Ser convocado o suplente do Vereador impedido de votar, o qual no

    poder integrar a comisso processante. 4 - De posse da denncia, o presidente da Cmara, na primeira reunio

    subsequente, determinar sua leitura e constituir a comisso processante, formada por cinco vereadores, sorteados entre os desimpedidos e pertencentes a partidos diferentes, os quais elegero, desde logo, o Presidente e o Relator.

    5 - A Comisso, no prazo de dez dias, emitir parecer que ser submetido ao Plenrio, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denncia, podendo proceder s diligncias que julgar necessrias. 6 - Aprovado o parecer favorvel ao prosseguimento do processo, o Presidente determinar, desde logo, a abertura da instruo, citando o denunciado, com a remessa de cpia da denncia, dos documentos que a instruem e do parecer da comisso, informando-lhe o prazo de vinte dias para o oferecimento da contestao e indicao dos meios de prova com que pretenda demonstrar a verdade do alegado. 7 - Findo o prazo estipulado no pargrafo anterior, com ou sem contestao, a comisso processante determinar as diligncias requeridas, ou que julgar convenientes, e realizar as audincias necessrias para a tomada do depoimento das testemunhas de ambas as partes, podendo ouvir o denunciante e o

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    denunciado, que podero assistir pessoalmente, ou por seu procurador, a todas as reunies e diligncias da comisso, interrogando e contraditando as testemunhas e requerendo a reinquirio ou acareao das mesmas.

    8 - Aps as diligncias, a comisso proferir, no prazo de dez dias, parecer final sobre a procedncia ou improcedncia da acusao e solicitar ao Presidente da Cmara a convocao de reunio para julgamento, que se realizar aps a distribuio do parecer.

    9 - Na reunio de julgamento, o processo ser lido integralmente e, a seguir, os Vereadores que o desejarem podero manifestar-se verbalmente, pelo tempo mximo de quinze minutos cada um, sendo que, ao final, o denunciado ou seu procurador ter o prazo mximo de duas horas para produzir sua defesa oral.

    10 - Terminada a defesa, proceder-se- a tantas votaes nominais quantas forem as infraes articuladas da denncia.

    11 - Considerar-se- afastado definitivamente do cargo o denunciado que for declarado, pelo voto de dois teros, pelo menos, dos membros da Cmara, incurso em qualquer das infraes especificadas na denncia.

    12 - Concludo o julgamento, o Presidente da Cmara proclamar imediatamente o resultado e far lavrar ata que consigne a votao nominal sobre cada infrao e, se houver condenao, expedir o competente decreto legislativo de cassao do mandato do Prefeito, ou, se o resultado da votao for absolutrio, determinar o arquivamento do processo, comunicando, em qualquer dos casos, o resultado Justia Eleitoral. 13 - O processo dever estar concludo dentro de noventa dias, contados da citao do acusado e, transcorrido o prazo sem julgamento, ser arquivado, sem prejuzo de nova denncia, ainda que sobre os mesmos fatos. Art. 93 - O Prefeito ser suspenso de suas funes: I - nos crimes comuns e de responsabilidade, se recebida a denncia ou a queixa pelo Tribunal de Justia; e II - nas infraes poltico-administrativas, se admitida a acusao e instaurado o processo pela Cmara.

    Subseo IV Do Secretrio Municipal

    Art. 94 - O Secretrio Municipal ser escolhido dentre brasileiros maiores de vinte e um anos de idade e no exerccio dos direitos polticos e est sujeito, desde a posse, aos mesmos impedimentos do vereador. 1 - Alm de outras atribuies conferidas em lei, compete ao Secretrio Municipal: I - orientar, coordenar e supervisionar as atividades dos rgos de sua secretaria e das entidades da administrao indireta a ela vinculada;

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    II - referendar ato e decreto do Prefeito; III - expedir instrues para a execuo de lei, decreto e regulamento; IV - apresentar ao Prefeito relatrio anual de sua gesto; V - comparecer Cmara, nos casos e para fins previstos nesta Lei Orgnica; VI - praticar os atos pertinentes s atribuies que lhes forem outorgadas ou delegadas pelo Prefeito. Art. 95 - O Secretrio processado e julgado perante o Juiz de Direito da Comarca, nos crimes comuns e de responsabilidade, e perante a Cmara, nas infraes poltico-administrativas.

    Subseo V Da Procuradoria do Municpio

    Art. 96 - A Procuradoria do Municpio a instituio que o representa judicialmente, cabendo-lhe, ainda, as atividades de consultoria e assessoramento jurdicos do Poder Executivo, e, privativamente, a execuo de dvida ativa de natureza tributria. 1 - A Procuradoria do Municpio reger-se- por lei prpria, atendendo-se, com relao aos seus integrantes, no que couber o disposto nos artigos 37, inciso XII e 39, 1, da Constituio da Repblica. 2 - O ingresso na classe inicial da carreira de Procurador Municipal far-se- mediante concurso pblico de provas e ttulos. 3 - A Procuradoria do Municpio tem por chefe o Procurador Geral do Municpio, de livre designao pelo Prefeito, dentre advogados de reconhecido saber jurdico e reputao ilibada.

    Seo III

    Da Fiscalizao e dos Controles Disposies Gerais

    Art. 97 - A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do Municpio e das entidades da administrao indireta exercida pela Cmara, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder e entidade. 1 - O controle externo, a cargo da Cmara, ser exercido com auxlio do Tribunal de Contas do Estado. 2 - Os Poderes Legislativo e Executivo e as entidades da administrao indireta mantero, de forma integrada, sistema de controle interno, com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas nos respectivos planos plurianuais e a execuo dos programas de governo e oramento;

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    II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficincia da gesto oramentria, financeira e patrimonial dos rgos da administrao direta, e das entidades da administrao indireta, e da aplicao de recursos pblicos por entidade de direito privado; III - exercer o controle de operaes de crdito, avais e garantias, e o de seus direitos e deveres; IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional. 3 - Os respons