lei organica de são carlos

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Cmara Municipal de So CarlosRua 7 de Setembro, 2.078 - Centro - CEP 13560-180 - So Carlos - SPSo Carlos Capital da Tecnologia

EMENDA SUBSTITUTIVA N 01 LEI ORGNICA DO MUNICPIO, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2010.

DISPE SOBRE A ORGANIZAO DO MUNICPIO DE SO CARLOS.

A Mesa Diretora da Cmara Municipal de So Carlos faz saber que a Cmara Municipal de So Carlos aprovou e ela promulga a Emenda Substitutiva n 01 Lei Orgnica do Municpio, tendo por diretrizes os princpios da Constituio Federal e da Constituio do Estado de So Paulo, invocando a proteo de Deus, consubstanciada nos seguintes dispositivos:

TTULO I DISPOSIES PRELIMINARES

CAPTULO I DO MUNICPIO

Art. 1 O Municpio uma unidade do territrio do Estado de So Paulo, com personalidade jurdica de direito pblico interno e autonomia, nos termos assegurados pelas Constituies Estadual e Federal. Art. 2 So smbolos do Municpio de So Carlos: I - o braso de armas, descrito na Lei Municipal n 1.023, de 22 de setembro de 1948; II - a bandeira, criada pela Lei Municipal n 4.319, de 23 de setembro de 1961; III - o hino, oficializado pela Lei Municipal n 8.413, de 21 de maio de 1980; IV - a araucaria angustifolia. Art. 3 Os poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre si, so o Legislativo e o Executivo.

CAPTULO II

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DA COMPETNCIA

Seo I Da Competncia Privativa

Art. 4 O Municpio tem como competncia privativa legislar sobre assuntos de interesse local, cabendo-lhe, entre outras, as atribuies previstas nos arts. 30, 39, 40, 41, 144, 8, 156, 165, 169, 175 e 182 da Constituio Federal, no que couber. Pargrafo nico. Ao exercer a sua autonomia prevista no "caput" deste artigo, o Municpio ter como objetivo o pleno desenvolvimento de suas funes sociais, visando a garantia do bem estar de seus habitantes.

Seo II Da Competncia Concorrente Art. 5 O Municpio tem como competncia concorrente, com a Unio, o Estado e o Distrito Federal, entre outras, as atribuies previstas nos arts. 23, 179, 180, 198, 211 e 227 da Constituio Federal.

TTULO II DA ORGANIZAO DOS PODERES MUNICIPAIS

CAPTULO I DO PODER LEGISLATIVO

Seo I Disposies Gerais Art. 6 O Poder Legislativo exercido pela Cmara Municipal, composta de 21 Vereadores, eleitos atravs de sistema proporcional, dentre cidados maiores de dezoito anos, no exerccio dos direitos polticos, pelo voto direto e secreto, para mandato de quatro anos. (redao dada pela Emenda n 21 de 8 de

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junho de 2011)Texto Anterior:Art. 6 O Poder Legislativo exercido pela Cmara Municipal, composta de treze Vereadores, eleitos atravs de sistema proporcional, dentre cidados maiores de dezoito anos, no exerccio dos direitos polticos, pelo voto direto e secreto, para mandato de quatro anos.

Seo II Das Atribuies Conjuntas da Cmara Municipal e Prefeito

Art. 7 Cabe Cmara Municipal, com a sano do Prefeito, dispor sobre todas as matrias de competncia do Municpio e especialmente: I - as previstas nos arts. 23 e 30 da Constituio Federal; II - no que couber, as previstas no art. 19 da Constituio Estadual; III - dar nome aos prprios, vias e logradouros pblicos, assim como modific-lo.

Seo III Das Atribuies Privativas da Cmara Municipal

Art. 8 Compete Cmara Municipal, privativamente, entre outras, as seguintes atribuies: I - no que couber, as previstas no art. 20 da Constituio Estadual; II - julgar os Vereadores, em escrutnio aberto e pelo voto de dois teros, nos termos do art. 29, IX combinado com os arts. 54 e 55 da Constituio Federal; III - julgar o Prefeito e o Vice-Prefeito, em escrutnio aberto e pelo voto de dois teros; IV - conceder ttulo de cidado honorrio ou benemrito, em escrutnio secreto e pelo voto de dois teros, a pessoas que reconhecidamente tenham prestado servios relevantes ao Municpio.

Seo IV Dos Vereadores

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Subseo I Da Posse

Art. 9 No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1 de janeiro, em sesso solene de instalao, independente do nmero, os Vereadores, sob a presidncia do mais votado dentre os presentes, prestaro compromisso e tomaro posse. 1 O Vereador que no tomar posse na sesso prevista neste artigo, dever faz-lo no prazo de quinze dias, salvo motivo justo aceito pela Cmara. 2 No ato da posse os Vereadores devero desincompatibilizar-se e na mesma ocasio e ao trmino do mandato faro declarao de seus bens, a qual ser transcrita em livro prprio, constando da ata o seu resumo.

Subseo II Do Subsdio

Art. 10. O subsdio mensal do Vereador, fixado mediante resoluo, antes das eleies, aprovada pelo Plenrio da Cmara Municipal, obedecer o disposto nos arts. 29, incisos VI e VII e 29A., da Constituio Federal. Pargrafo nico. No afastamento do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, por motivo de doena ou falecimento, assegurado ao cnjuge ou dependente legal o recebimento da diferena entre o valor do subsdio e o valor pago pelo INSS - Instituto Nacional do Seguro Social, at o fim do mandato.

Subseo III Da Inviolabilidade

Art. 11. Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opinies, palavras e votos no exerccio do mandato, na circunscrio do Municpio. Subseo IV Do Testemunho

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Art. 12. Os Vereadores no sero obrigados a testemunhar sobre informaes recebidas ou prestadas em razo do exerccio do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informaes.

Subseo V Do Acesso s Reparties

Art. 13. O acesso s reparties pblicas somente permitido aos rgos coletivos da Cmara Municipal, nos termos do art. 14, 9, da Constituio Estadual, com a redao dada pela Emenda n 31, de 21 de outubro de 2009.

Subseo VI Da Licena

Art. 14. O Vereador poder licenciar-se: I - por molstia devidamente comprovada ou no perodo de gestante por cento e oitenta dias. II - para tratar de interesse particular, por prazo determinado, nunca inferior a trinta dias, no podendo reassumir o exerccio do mandato antes do seu trmino, observado o disposto no art.17, inciso II, da Constituio Estadual. 1 A licena depende de requerimento fundamentado, lido na primeira reunio aps o seu recebimento. 2 O Vereador licenciado nos termos do inciso I recebe a remunerao total; no caso do inciso II nada recebe. 3 O afastamento concedido pelo plenrio, para o desempenho de misses temporrias de interesse do Municpio, no ser considerado como de licena, fazendo jus o Vereador remunerao estabelecida.

Subseo VII Das Proibies e Incompatibilidades

Art. 15. As proibies e incompatibilidades

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do Vereador, no mbito do Municpio tem por fundamento os arts. 29, IX, 38, III e 54 da Constituio Federal.

Subseo VIII Da Perda de Mandato

Art. 16. Perder o mandato o Vereador nos casos previstos no art. 55 da Constituio Federal. Pargrafo nico. O processo de cassao do mandato de Vereador far-se- com base, no que couber, no art. 5 do Decreto-lei n 201, de 27 de fevereiro de 1967. Art. 17. No perder o mandato o Vereador: I - investido no cargo de Secretrio Municipal ou de dirigente de rgos da Administrao Municipal Indireta; II - licenciado; a) por motivo de doena ou no perodo de gestante; b) para tratar de interesse particular, desde que o afastamento no ultrapasse cento e vinte dias por sesso legislativa. Pargrafo nico. O Vereador, investido na funo de Secretrio Municipal, poder optar pela remunerao de seu mandato.

Subseo IX Do Suplente

Art. 18. O suplente ser convocado, imediatamente, pelo Presidente, nos casos de: I - vaga; II - investidura do Vereador titular no cargo de Secretrio Municipal ou de dirigente de rgos da Administrao Municipal Indireta; III - licena do titular por perodo superior a trinta dias. Pargrafo nico. O suplente convocado dever tomar posse dentro do prazo de dez dias, salvo motivo justo aceito pela Cmara.

Seo V

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Da Mesa da Cmara

Subseo I Da Eleio

Art. 19. Imediatamente depois da posse, os Vereadores reunir-se-o, em reunio preparatria, sob a presidncia do mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Cmara, elegero os componentes da Mesa, que ficaro automaticamente empossados. Pargrafo nico. No havendo nmero legal, o Vereador mais votado dentre os presentes permanecer na Presidncia e convocar reunies dirias, at que seja eleita a Mesa. Art. 20. A Mesa diretora composta pelo Presidente, 1 Vice-Presidente, 2 Vice-Presidente, 1 e 2 Secretrios. 1 Os membros da Mesa sero eleitos, por votao nominal e a descoberto, para um mandato de dois anos. 2 O candidato ser eleito, no primeiro escrutnio, se obtiver o voto favorvel da maioria absoluta dos integrantes da Cmara. 3 A vaga ser decidida, em segundo escrutnio, em favor do candidato que obtiver maioria simples de voto; se ocorrer empate, ser eleito o mais idoso. 4 A reconduo para o mesmo cargo, dentro da legislatura, no ser permitida. Art. 21. Na constituio da Mesa assegurar-se-, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos polticos com assento na Cmara Municipal.

Subseo II Da Renovao da Mesa

Art. 22. A eleio para renovao da Mesa realizar-se- na ltima reunio ordinria da sesso legislativa anual, e a posse dos eleitos no dia 1 de janeiro subseqente, em reunio preparatria.

Subseo III Da Destituio de Membro da Mesa

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Art. 23. Qualquer componente da Mesa poder ser destitudo, pelo voto de dois teros dos membros da Cmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuies regimentais, elegendo-se outro Vereador para completar o mandato. Pargrafo nico. O Regimento Interno dispor sobre o processo de destituio.

Subseo IV Das Atribuies da Mesa

Art. 24. Compete Mesa, dentre outras atribuies: I - mediante projeto de lei: a) fixar o subsdio do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Secretrios Municipais; b) fixar a remunerao dos servidores da Cmara, observados os parmetros estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias. II - mediante projeto de resoluo: a) dispor sobre a Secretaria da Cmara e suas alteraes, assim como criao, transformao ou extino dos cargos, empregos ou funes de seus servios, observados os parmetros estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias; b) fixar o subsdio dos Vereadores. III - mediante ato: a) baixar as medidas que digam respeito aos Vereadores; b) elaborar e expedir quadro de detalhamento das dotaes, observado o disposto na lei oramentria e nos crditos adicionais abertos em favor da Cmara; IV - mediante portaria: a) baixar as medidas referentes aos servidores da Secretaria da Cmara Municipal, como provimento e vacncia dos cargos pblicos, e ainda, abertura de sindicncias, processos administrativos e aplicao de penalidades; b) autorizar a abertura de licitao. V - solicitar ao Prefeito, quando houver autorizao legislativa, a abertura, mediante decreto, de crditos adicionais para a Cmara; VI - devolver do ano, o saldo de caixa existente; Prefeitura, no ltimo dia do

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VII - enviar ao Prefeito, at o dia primeiro de maro, as contas do exerccio anterior; VIII - declarar a perda do mandato de Vereador, de ofcio ou por provocao de qualquer de seus membros, ou, ainda, de partido poltico representado na Cmara, assegurada ampla defesa; IX - propor ao direta de inconstitucionalidade. 1 No ser admitido aumento da despesa prevista no projeto de resoluo referido no inciso II, deste artigo; 2 A Mesa da Cmara decide pelo voto da maioria de seus membros.

Subseo V Do Presidente

Art. 25. Compete ao Presidente da Cmara, dentre outras atribuies: I - representar a Cmara em juzo e fora dele; II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos; III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno; IV - promulgar as resolues e os decretos legislativos, bem como as leis com sano tcita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenrio; V - fazer publicar as portarias e os atos da Mesa, bem como as resolues, os decretos legislativos e as leis que tenha promulgado; VI - conceder licena aos Vereadores nos casos previstos nos incisos I e II do art. 14; VII - declarar a perda do mandato de Vereadores, do Prefeito e Vice-Prefeito, nos casos previstos em lei; VIII - requisitar o numerrio destinado s despesas da Cmara e aplicar as disponibilidades financeiras no mercado de capitais; IX - apresentar ao Plenrio, at o dia vinte de cada ms, o balancete relativo aos recursos recebidos e s despesas do ms anterior; X - manter a ordem no recinto da Cmara, podendo solicitar a fora necessria para esse fim; XI - convocar suplente de Vereador, nos casos estabelecidos nesta Lei Orgnica. 1 O Presidente da Cmara ou seu substituto s ter voto:

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1 - na eleio da Mesa; 2 - quando a matria exigir, para sua aprovao, a manifestao favorvel de dois teros dos membros da Cmara; 3 - quando houver empate; 4 - nas deliberaes secretas. 2 O Presidente da Cmara incide em crime de responsabilidade por infringir o 1 do art. 29A. da Constituio Federal.

Seo VI Das Reunies

Subseo I Disposies Gerais

Art. 26. As reunies da Cmara, que sero pblicas, s podero ser abertas com a presena de, no mnimo, um tero dos seus membros. 1 As Sesses da Cmara sero obrigatoriamente gravadas e transmitidas diretamente por emissora de rdio e de televiso e tambm pela internet. 2 As Sesses s podero deixar de ser transmitidas por motivo de falta de energia eltrica nos transmissores ou quando o Estado ou Unio se pronunciarem, no mesmo horrio e em cadeia nacional. Art. 27. A discusso e a votao da matria constante da ordem do dia s podero ser efetuadas com a presena da maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal. Art. 28. No poder manifestar-se o Vereador que tiver interesse pessoal na matria em exame, anulando-se a deliberao, se o seu voto for decisivo. Art. 29. O voto ser pblico, salvo nos seguintes casos: I - no julgamento de Vereadores; II - na concesso de ttulo de cidado honorrio ou benemrito.

Subseo II Da Sesso Legislativa Ordinria

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Art. 30. Independentemente de convocao, a sesso legislativa anual desenvolve-se de 15 de janeiro a 30 de junho e de 16 de julho a 15 de dezembro. Pargrafo nico. As reunies marcadas dentro desse perodo sero transferidas para o primeiro dia til subseqente quando carem em feriado. Art. 31. A sesso legislativa no ser interrompida sem aprovao do projeto de lei de diretrizes oramentrias e sem deliberao sobre o projeto de lei do oramento e sobre as contas prestadas pelo Prefeito, referentes ao exerccio anterior. Art. 32. A sesso legislativa ter reunies: I - ordinrias, realizadas s teras-feiras em horrios previstos no Regimento Interno; II - extraordinrias, as convocadas pelo Presidente para se realizar em dias ou horrios diversos das ordinrias.

Subseo III Da Sesso Legislativa Extraordinria

Art. 33. A convocao extraordinria da Cmara Municipal, somente possvel no perodo de recesso, far-se-: I - pela maioria absoluta de seus membros; II - pelo Prefeito, em caso de urgncia ou interesse pblico relevante. Pargrafo nico. Na sesso legislativa extraordinria, a Cmara deliberar somente sobre matria para a qual foi convocada, vedado o pagamento de parcela indenizatria em razo da convocao.

Seo VII Das Comisses

Art. 34. A Cmara ter comisses permanentes e temporrias, constitudas na forma e com as atribuies previstas no Regimento Interno. 1 Na constituio das Comisses assegurar-se-, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos polticos com assento na Cmara Municipal. 2 Durante o recesso, salvo Convocao

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Extraordinria, haver uma Comisso representativa da Cmara, cuja composio reproduzir, tanto quanto possvel a proporcionalidade da representao partidria, eleita na ltima Sesso Ordinria do perodo legislativo com atribuies definidas no Regimento Interno. Art. 35. Cabe s Comisses, em matria de sua competncia, atender o disposto no art. 13 da Constituio Estadual. Art. 36. As comisses especiais de inqurito tero poderes de investigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos no Regimento Interno, e sero criadas mediante requerimento de um tero dos membros da Cmara, para apurao de fato determinado e por prazo certo, sendo suas concluses, quando for o caso, encaminhadas aos rgos competentes para que promovam a responsabilidade civil e criminal de quem de direito. Pargrafo nico. As comisses especiais de inqurito, alm das atribuies previstas, podero: 1 - proceder a vistorias e levantamentos nas reparties pblicas municipais da administrao direta e indireta, onde tero livre ingresso e permanncia; 2 - requisitar de seus responsveis a exibio de documentos e a prestao dos esclarecimentos necessrios; 3 - transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presena, ali realizando os atos que lhes competirem.

Seo VIII Do Processo Legislativo

Subseo I Disposio Geral

Art. 37. O processo legislativo compreende a elaborao de: I - lei orgnica do Municpio ou emendas; II - leis complementares; III - leis ordinrias; IV - decretos legislativos; V - resolues. Pargrafo nico. O voto favorvel de dois teros dos membros da Cmara ser exigido nos casos de: 1 - rejeio do parecer prvio emitido pelo Tribunal de Contas do Estado; 2 - aprovao da Lei Orgnica do Municpio

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ou emenda a seu texto; 3 - concesso de ttulo de cidado honorrio ou benemrito; 4 - recebimento da denncia Prefeito; 5 - perda de mandato de Prefeito e Vice-Prefeito, nas infraes poltico-administrativas; 6 - destituio de membros da Mesa. contra o

Subseo II Das Emendas Lei Orgnica

Art. 38. A Lei Orgnica do Municpio poder ser emendada mediante proposta: I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara Municipal; II - do Prefeito; 1 A proposta ser discutida e votada em dois turnos, com o interstcio mnimo de dez dias, considerando-se aprovada quando obtiver em ambas as votaes, o voto favorvel de dois teros dos membros da Cmara Municipal. 2 A Lei Orgnica ou sua emenda ser promulgada pela Mesa da Cmara Municipal. 3 A matria rejeitada no poder ser objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa.

Subseo III Das Leis Complementares

Art. 39. As leis complementares, aprovadas pela maioria absoluta dos membros da Cmara e observados os demais termos da votao das leis ordinrias so, dentre outras, as concernentes s seguintes matrias: I - Cdigo: a) de Educao; b) de Obras; c) de Proteo ao Meio Ambiente; d) de Saneamento Bsico; e) de Sade; f) Tributrio;

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II - Distrito: a) criao; b) alteraes territoriais; III - Plano Diretor. Subseo IV Das Leis Ordinrias

Art. 40. As leis ordinrias exigem para sua aprovao a maioria simples de voto.

Subseo V Da Tramitao dos Projetos de Leis Complementares e Ordinrias

Art. 41. A iniciativa dos projetos de leis compete: I - ao Prefeito; II - ao Vereador; III - Mesa da Cmara; IV - s comisses permanentes da Cmara; V - aos cidados. Art. 42. Compete exclusivamente: I - ao Prefeito, a iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre: a) a criao e extino de cargos, funes ou empregos pblicos na Administrao Direta e Indireta, bem como a fixao da respectiva remunerao; b) a criao, estruturao e atribuies das Secretarias Municipais e demais rgos da Prefeitura Municipal e da Administrao Indireta; c) o regime jurdico, provimento de cargos, funes e empregos pblicos, e demais matrias relativas aos servidores pblicos municipais; d) o plano plurianual, as diretrizes oramentrias e os oramentos anuais. II - Mesa, a iniciativa de: a) projetos de lei que disponham sobre a fixao do subsdio do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretrios Municipais, e de vencimentos dos servidores da Cmara Municipal;

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b) projeto de lei que disponha sobre a fixao do subsdio dos Vereadores. Art. 43. A iniciativa popular poder ser exercida pela apresentao Cmara Municipal de projeto de lei subscrito por, no mnimo, cinco por cento do eleitorado do Municpio. Art. 44. No ser admitido aumento da despesa prevista nos projetos de lei de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvado o disposto nos 1 e 2 do art. 112. Art. 45. Nenhum projeto de lei que implique a criao ou o aumento de despesa pblica ser sancionado sem que dele conste a indicao dos recursos disponveis, prprios para atender aos novos encargos. Pargrafo nico. O disposto neste artigo no se aplica a crditos extraordinrios. Art. 46. O Prefeito poder solicitar que os projetos de sua iniciativa, salvo os de codificao, encaminhados Cmara, tramitem em regime de urgncia, dentro do prazo de quarenta e cinco dias. 1 Se a Cmara no deliberar naquele prazo, o projeto ser includo na ordem do dia, sobrestando-se a deliberao quanto aos demais assuntos, at que se ultime sua votao. 2 Por exceo, no ficar sobrestado o exame do veto cujo prazo de deliberao tenha se esgotado. Art. 47. O projeto aprovado em um nico turno de votao ser, no prazo de dez dias teis, enviado ao Prefeito que adotar uma das trs posies seguintes: I - sanciona-o e promulga-o, no prazo de quinze dias teis; II - deixa decorrer aquele prazo, importando o seu silncio em sano, sendo obrigatria, dentro de dez dias, a sua promulgao pelo Presidente da Cmara; III - veta-o total ou parcialmente. Art. 48. O Prefeito, entendendo ser o projeto, no todo ou parte, inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico, vet-lo-, total ou parcialmente, em quinze dias teis, contados da data do recebimento, comunicando, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Cmara, o motivo do veto. 1 O veto dever ser justificado e, quando parcial, abranger o texto integral de artigo, pargrafo, inciso, item ou alnea. 2 O Prefeito, sancionando e promulgando a matria no vetada, dever encaminh-la para publicao. 3 A Cmara deliberar sobre a matria vetada, em um nico turno de discusso e votao aberta, no prazo de trinta dias de seu recebimento, considerando-se aprovada quando obtiver o voto favorvel da maioria absoluta de seus membros. 4 Esgotado, sem deliberao, o prazo estabelecido no pargrafo anterior, o veto ser includo na ordem do dia da reunio

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imediata, sobrestadas as demais proposies, at sua votao final. 5 Se o veto for rejeitado, no todo ou em parte, o projeto ser enviado ao Prefeito, para que promulgue a lei em quarenta e oito horas, e em caso contrrio, dever faz-lo o Presidente da Cmara. 6 A manuteno do veto no restaura matria suprimida ou modificada pela Cmara. Art. 49. Os prazos para discusso e votao dos projetos de lei, assim como para o exame de veto, no correm no perodo de recesso. Art. 50. A lei promulgada pelo Presidente da Cmara em decorrncia de: I - sano tcita pelo Prefeito, ou de rejeio de veto total, tomar um nmero em seqncia s existentes; II - veto parcial, tomar o mesmo nmero j dado parte no vetada. Art. 51. A matria constante de projeto de lei rejeitado somente poder constituir objeto de novo projeto, na mesma sesso legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Cmara.

Subseo VI Dos Decretos Legislativos e das Resolues

Art. 52. As proposies destinadas a regular matria poltico-administrativa de competncia exclusiva da Cmara so: I - decreto legislativo, de efeitos externos; II - resoluo, de efeitos internos. Pargrafo nico. Os projetos de decreto legislativo e de resoluo, aprovados pelo Plenrio, em um s turno de votao, no dependem de sano do Prefeito, sendo promulgados pelo Presidente da Cmara. Art. 53. O Regimento Interno da Cmara disciplinar os casos de decreto legislativo e de resoluo cuja elaborao, redao, alterao e consolidao sero feitas com observncia das mesmas normas tcnicas relativas s leis.

Seo IX Da Procuradoria da Cmara Municipal

Art. 54. A Procuradoria da Cmara Municipal tem por competncia exercer a representao judicial, a consultoria e o assessoramento tcnico-jurdico do Poder Legislativo.

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1 A Mesa da Cmara, mediante projeto de lei, propor a organizao da Procuradoria, disciplinando sua competncia e dispondo sobre o ingresso na classe inicial de Assessor Tcnico Legislativo, mediante concurso pblico de provas e ttulos. 2 O Assessor Tcnico Legislativo ser equiparado ao Procurador Municipal.

Seo X Da Fiscalizao dos Atos Municipais

Art. 55. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do Municpio e de todas as entidades da Administrao Direta e Indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, finalidade, motivao, moralidade, publicidade, eficincia e interesse pblico, aplicao de subvenes e renncia de receitas, ser exercida pela Cmara Municipal, mediante controle externo, com o auxlio do Tribunal de Contas do Estado. 1 Caber, ainda, ao Poder Executivo, na forma da lei, adotar sistemas de controle interno. 2 Prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou de direito privado que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores pblicos ou pelos quais o Municpio responda, ou que, em nome deste, assuma obrigaes de natureza pecuniria. Art. 56. A Cmara Municipal e o Executivo mantero, de forma integrada, sistema de controle interno nos termos do art. 35 da Constituio Estadual.

CAPTULO II DO PODER EXECUTIVO

Seo I Disposies Gerais

Subseo I Da Eleio

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Art. 57. O Poder Executivo exercido pelo Prefeito, eleito para um mandato na forma estabelecida pela Constituio Federal.

Subseo II Da Posse

Art. 58. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posse perante a Cmara Municipal, prestando compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constituio Federal, a do Estado e esta Lei Orgnica, assim como observar a legislao em geral. 1 Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de fora maior, no tiver assumido o cargo, este ser declarado vago. 2 O Prefeito e o Vice-Prefeito devero fazer declarao pblica de bens no ato da posse.

Subseo III Do Subsdio

Art. 59. O subsdio do Prefeito ser fixado mediante lei de iniciativa da Cmara Municipal, nos termos do que estabelece a Constituio Federal.

Subseo IV Do Local de Residncia

Art. 60. O Prefeito dever residir Municpio de So Carlos.

no

Subseo V Da Misso de Representao

Art. 61. O

Prefeito

depender

de

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autorizao da Cmara Municipal para ausentar-se do Municpio, em misso de representao, por perodo superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. Pargrafo nico. O pedido de afastamento, amplamente motivado, indicar especialmente, as razes da viagem e destino, o roteiro e a previso de gastos, devidamente comprovados no retorno atravs de relatrio circunstanciado a ser encaminhado Cmara Municipal.

Subseo VI Da Licena

Art. 62. O Prefeito, alm do afastamento previsto no artigo anterior, poder licenciar-se: I - quando impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doena devidamente comprovada ou no perodo de gestante, observado, nesse ltimo caso, o art. 7, inciso XVIII, da Constituio Federal; II - para tratar de interesse particular, no prazo mximo de trinta dias. Pargrafo nico. O Prefeito licenciado no caso do inciso I, receber a remunerao integral; no do inciso II, nada receber.

Subseo VII Das Proibies e Incompatibilidades

Art. 63. O Prefeito e o Vice-Prefeito, devero desincompatibilizar-se desde a posse, no podendo, sob pena de perda do cargo: I - firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico, autarquia, empresa pblica, sociedade de economia mista ou concessionria de servio pblico, salvo quando obedea a clusulas uniformes; II - aceitar, salvo concurso pblico, ou exercer, como agente administrativo, cargo, funo ou emprego remunerado, incluindo os de que sejam demissveis ad nutum, nas entidades constantes do inciso anterior, e observado, no caso de j ser servidor, o disposto no art. 102. Pargrafo nico. O Vice-Prefeito poder exercer o cargo de Secretrio Municipal ou de dirigente de rgo da Administrao Indireta, devendo optar por uma das remuneraes.

Subseo VIII

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Da Substituio e Sucesso

Art. 64. O Prefeito, aps a diplomao, ser substitudo pelo Vice-Prefeito quando ausentar-se do cargo por mais de quinze dias, seja em decorrncia de afastamento para misso de representao, licena ou qualquer outro impedimento, e sucedido, no de vaga. Pargrafo nico. O Vice-Prefeito, alm de atribuies que lhe forem conferidas por lei, auxiliar o Prefeito, sempre que por ele convocado para misses especiais. Art. 65. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, nos primeiros trs anos de perodo governamental, far-se- eleio noventa dias depois de aberta a ltima vaga. Pargrafo nico. No perodo de abertura da ltima vaga at a posse do Prefeito eleito, o Poder Executivo ser exercido pelo Presidente da Cmara Municipal. Art. 66. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacncia dos respectivos cargos, no ltimo ano de perodo governamental, assumir o Presidente da Cmara. Art. 67. Em qualquer dos dois casos, seja havendo eleio, ou ainda, assumindo o Presidente da Cmara, os sucessores devero completar o perodo de governo restante.

Subseo IX Do Trmino do Mandato

Art. 68. O Prefeito e o Vice-Prefeito devero fazer declarao pblica de bens no trmino do mandato.

Seo II Das Atribuies do Prefeito

Art. 69. Compete ao Prefeito, entre outras, as seguintes atribuies: I - representar o Municpio nas suas relaes jurdicas, polticas e administrativas; II - no que couber, as competncias previstas no art. 47 da Constituio Estadual; III - decretar desapropriaes;

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IV - autorizar o uso de bens municipais por terceiros, pelo prazo mximo de noventa dias. V - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, at trinta e um de maro de cada ano, a sua prestao de contas e a da Mesa da Cmara, bem como os balanos do exerccio findo; VI - fazer publicar os atos oficiais; VII - colocar numerrio disposio da Cmara nos termos do art.110; VIII - aprovar projetos de edificao, planos de loteamento, arruamento e zoneamento urbano; IX - apresentar Cmara Municipal o projeto do Plano Diretor; X - decretar estado de calamidade pblica; XI - solicitar o auxlio da polcia estadual para garantia de cumprimento de seus atos; XII - propor ao direta de inconstitucionalidade. 1 A representao a que se refere o inciso I poder ser delegada mediante lei de iniciativa do Prefeito. 2 O Prefeito poder delegar, por Decreto, funes administrativas que no sejam de sua exclusiva competncia.

Seo III Da Responsabilidade do Prefeito

Subseo I Da Responsabilidade Penal

Art. 70. O Prefeito, nos crimes definidos no art. 29A., 2, da Constituio Federal e na legislao federal, ser julgado pelo Tribunal de Justia.

Subseo II Da Responsabilidade Poltico-Administrativa

Art. 71. O Prefeito,

nas

infraes

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poltico-administrativas, ser julgado pela Cmara Municipal, aplicando-se, no que couber, o processo previsto no art. 5 do Decreto-lei n 201, de 27 de fevereiro de 1967, com as seguintes ressalvas: a) a denncia ser recebida se houver o apoio de, pelo menos, dois teros dos membros da Cmara Municipal (Constituio Estadual, art. 49 combinado com art. 144); b) a escolha dos Vereadores que integraro a Comisso Processante (art. 5, II) ser feita, dentro das bancadas (Constituio Federal, art. 58, 1).

Seo IV Dos Secretrios Municipais

Art. 72. Os Secretrios Municipais sero escolhidos entre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exerccio dos direitos polticos. Art. 73. Os Secretrios Municipais, auxiliares diretos e da confiana do Prefeito, sero responsveis pelos atos que praticarem ou referendarem no exerccio do cargo. Art. 74. Os Secretrios faro declarao pblica de bens, no ato da posse e no trmino do exerccio do cargo, e tero os mesmos impedimentos estabelecidos para os Vereadores, enquanto permanecerem em suas funes.

Seo V Da Procuradoria Geral do Municpio

Art. 75. A Procuradoria Geral do Municpio atender, no que couber, ao disposto nos arts. 98 e 99 da Constituio Estadual.

CAPTULO III DA PARTICIPAO POPULAR

Art. 76. A participao popular far-se- mediante:

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I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa de projetos de lei; IV - exame das contas; V - cooperao das associaes representativas no planejamento municipal. 1 O plebiscito a consulta popular feita antes de um evento. 2 O referendo a consulta popular feita depois de um evento. 3 A iniciativa popular ter lugar no processo legislativo para a apresentao de projetos de lei de interesse especfico do Municpio, da cidade ou de bairros, atravs de manifestao de pelo menos cinco por cento do eleitorado, e na criao de municpio e distrito. 4 As contas do Municpio, aps sua remessa ao Tribunal de Contas do Estado, ficaro durante sessenta dias disposio de qualquer contribuinte, que poder contestar a sua legitimidade, sendo que a administrao dever publicar na imprensa a data inicial, o local e o horrio onde a documentao poder ser examinada.

TTULO III DA ORGANIZAO DO GOVERNO MUNICIPAL

CAPTULO I DA ADMINISTRAO MUNICIPAL

Seo I Disposies Gerais

Subseo I Dos Princpios

Art. 77. A administrao pblica municipal direta, indireta ou fundacional, obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficincia, razoabilidade, finalidade, motivao e interesse pblico.

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Subseo II Das Leis e dos Atos Administrativos

Art. 78. As leis e atos administrativos externos devero ser publicados no rgo oficial do Municpio, para que produzam os seus efeitos regulares. Pargrafo nico. A publicao dos atos no normativos poder ser resumida. Art. 79. A lei dever fixar a forma para a prtica dos atos administrativos e estabelecer recursos adequados sua reviso, indicando seus efeitos e o rito para o seu processamento.

Subseo III Do Fornecimento de Certido

Art. 80. A administrao obrigada a fornecer a qualquer cidado, com base no art. 5, XXXIV, "b" da Constituio Federal, no prazo mximo de quinze dias, contado do registro do pedido no rgo expedidor, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedio, certido de atos, contratos, decises ou pareceres para defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal, dispensado o pagamento de taxa. Pargrafo nico. As requisies judiciais devero ser atendidas no mesmo prazo, se outro no for fixado pela autoridade judiciria.

Subseo IV Dos Agentes Fiscais

Art. 81. A administrao fazendria e seus agentes fiscais, aos quais compete exercer, privativamente, a fiscalizao de tributos municipais, tero, dentro de suas reas de competncia e jurisdio, precedncia sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.

Subseo V

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Da Administrao Indireta e Fundaes

Art. 82. As autarquias, empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes controladas pelo Municpio atendero ao disposto no art. 37, XIX e XX da Constituio Federal.

Subseo VI Da Cipa e CCA

Art. 83. Os rgos da administrao direta e indireta ficam obrigados a constituir Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA - e, quando assim o exigirem suas atividades, Comisso de Controle Ambiental, visando proteo da vida, do meio ambiente e das condies de trabalho dos seus servidores, na forma da lei.

Subseo VII Da Denominao

Art. 84. vedada a denominao de prprios municipais, vias e logradouros pblicos com o nome de pessoas vivas.

Subseo VIII Da Publicidade

Art. 85. A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos: I - dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social; II - no poder conter nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos. Pargrafo nico. vedada ao Poder Pblico, direta ou indiretamente, a publicidade de qualquer natureza fora do territrio do Municpio, para fins de propaganda, exceto s empresas que enfrentam concorrncia de mercado e divulgao destinada a promover o turismo municipal.

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Seo II Das Obras, Servios Pblicos, Aquisies e Alienaes

Subseo I Disposio Geral

Art. 86. Ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, aquisies e alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que: I - assegure igualdade de condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da lei; II - permita somente as exigncias de qualificao tcnica e econmica indispensveis garantia do cumprimento das obrigaes.

Subseo II Das Obras e Servios Pblicos

Art. 87. A administrao pblica, na realizao de obras e servios, no pode contratar empresas que desatendam as normas relativas sade e segurana no trabalho. Art. 88. As licitaes de obras e servios pblicos, sob pena de invalidade, devero ser precedidas da indicao do local onde sero executados e do respectivo projeto tcnico, que permita a definio precisa de seu objeto e previso de recursos oramentrios, observando-se sempre o princpio da continuidade da obra pblica. Pargrafo nico. Na elaborao do projeto devero ser atendidas as exigncias de proteo do patrimnio histrico-cultural e do meio ambiente. Art. 89. O Municpio poder realizar obras e servios de interesse comum mediante: I - convnio com o Estado, a Unio ou entidades particulares; II - consrcio com outros Municpios. Art. 90. A prestao de servios pblicos,

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sempre mediante processo licitatrio, incumbe ao Poder Pblico, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso. 1 A permisso de servio pblico, estabelecida mediante decreto, ser delegada: a) atravs de licitao; b) a ttulo precrio. 2 A concesso de servio pblico, estabelecida mediante contrato, depender de: a) autorizao legislativa; b) licitao. Art. 91. Os servios permitidos ou concedidos esto sujeitos regulamentao e permanente fiscalizao por parte do Executivo e podem ser retomados quando no mais atendam aos seus fins ou s condies do contrato. Art. 92. Os servios pblicos sero remunerados por tarifa previamente fixada pelo Prefeito, na forma que a lei estabelecer.

Subseo III Das Aquisies

Art. 93. A aquisio de um bem mvel, na base de troca, desde que o interesse pblico seja manifesto, depende de prvia avaliao. Art. 94. A aquisio de um bem imvel, por compra, recebimento de doao com encargo ou permuta, depende de prvia avaliao e autorizao legislativa. Pargrafo nico. A Administrao Municipal, na compra de um bem imvel, depender tambm de licitao, salvo no caso previsto na legislao federal.

Subseo IV Das Alienaes

Art. 95. A alienao de um bem mvel do Municpio mediante venda, doao ou permuta, depender de interesse pblico manifesto e de prvia avaliao. 1 No caso de venda, haver necessidade, tambm, de licitao. 2 No caso de aes, havendo interesse pblico manifesto, a negociao far-se- por intermdio de corretor oficial da Bolsa de

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Valores. Art. 96. A alienao de um bem imvel do Municpio atender ao disposto no artigo 180, da Constituio Estadual, com a redao dada pela Emenda n 23, de 31 de janeiro de 2007 e pela Emenda n 26, de 15 de dezembro de 2008, e a legislao federal pertinente.

CAPTULO II DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 97. A administrao dos bens municipais cabe ao Prefeito, ressalvada a competncia da Cmara quanto queles utilizados em seus servios e sob sua guarda. Art. 98. O uso de bem imvel municipal por terceiros far-se- mediante autorizao, permisso ou concesso. 1 A autorizao ser dada pelo prazo mximo de noventa dias, salvo no caso de formao de canteiro de obra pblica, quando ento, corresponder ao de sua durao. 2 A permisso ser facultada a ttulo precrio e ser outorgada mediante decreto. 3 A concesso administrativa depender de autorizao legislativa e licitao, formalizando-se mediante contrato. 4 A lei estabelecer o prazo da concesso e a sua gratuidade ou remunerao, podendo dispensar a licitao no caso de destinatrio certo, havendo interesse pblico manifesto. Art. 99. A concesso de direito real de uso sobre um bem imvel do Municpio depender de prvia avaliao, autorizao legislativa e licitao. Pargrafo nico. A lei municipal poder dispensar a licitao quando o uso tiver destinatrio certo, havendo interesse pblico manifesto.

CAPTULO III DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

Seo I Do Regime Jurdico

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Art. 100. O Municpio poder instituir regime jurdico para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e fundaes pblicas, bem como planos de carreira.

Seo IIDos Direitos e Deveres dos Servidores Art. 101. A administrao publica direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes do Municpio, atender, com relao aos seus servidores, o disposto nos arts. 37, 39, 40 e 41 da Constituio Federal. Art. 102. O servidor pblico municipal da administrao direta, autrquica e fundacional no exerccio de mandato eletivo obedecer s disposies previstas no art. 38 da Constituio Federal. Art. 103. Os vencimentos, vantagens ou qualquer parcela remuneratria, pagos com atraso, devero ser corrigidos monetariamente.

CAPTULO IV DA GUARDA MUNICIPAL

Art. 104. O Municpio poder constituir uma Guarda Municipal destinada proteo de seus bens, servios e instalaes, obedecidos os preceitos da lei federal.

TTULO IV DA TRIBUTAO, DAS FINANAS E DOS ORAMENTOS

CAPTULO I DO SISTEMA TRIBUTRIO MUNICIPAL

Seo I Dos Princpios Gerais

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Art. 105. Os princpios gerais do sistema tributrio aplicvel ao Municpio so os constantes do art. 145 da Constituio Federal.

Seo II Das Limitaes do Poder de Tributar

Art. 106. As limitaes do poder de tributar aplicveis ao Municpio so as constantes dos arts. 150 e 152 da Constituio Federal.

Seo III Dos Impostos do Municpio

Art. 107. Os impostos do Municpio so os referidos nos arts. 149A. e 156 da Constituio Federal.

Seo IV Da Participao do Municpio nas Receitas Tributrias

Art. 108. A participao do Municpio nas receitas tributrias vem disciplinada nos arts. 158 e 159 da Constituio Federal.

CAPTULO II DAS FINANAS

Art. 109. A despesa de pessoal ativo e inativo ficar sujeita aos limites estabelecidos na legislao federal. Art. 110. O numerrio correspondente s dotaes oramentrias do Legislativo, compreendidos os crditos suplementares e especiais, sem vinculao a qualquer tipo de despesa, ser entregue em duodcimos, at o dia vinte de cada ms, em cotas estabelecidas na programao financeira, com participao percentual nunca inferior estabelecida pelo Executivo para seus prprios rgos.

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Art. 111. As disponibilidades de caixa do Municpio sero depositadas em instituies financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.

CAPTULO III DOS ORAMENTOS

Art. 112. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, s diretrizes oramentrias, ao oramento anual e aos crditos adicionais sero apreciados pela Cmara Municipal. 1 As emendas ao projeto de lei do oramento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I - sejam compatveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes oramentrias; II - indiquem os recursos necessrios, admitidos apenas os provenientes de anulao de despesa, excludas as que incidam sobre: a) dotaes para pessoal e seus encargos; b) servio da dvida; III - sejam relacionadas: a) com a correo de erros ou omisses; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 2 As emendas ao projeto de lei de diretrizes oramentrias no podero ser aprovadas quando incompatveis com o plano plurianual. 3 O Municpio observar, com relao ao oramento, os preceitos constantes dos arts. 100, 165, 166 e 167 da Constituio Federal.

TTULO V DA ORDEM ECONMICA

CAPTULO I DOS PRINCPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONMICA

Art. 113. O Municpio dispensar

s

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microempresas, s empresas de pequeno porte, aos micros e pequenos produtores rurais, assim definidos em lei, tratamento jurdico diferenciado, visando a incentiv-los pela simplificao de suas obrigaes administrativas, tributrias e creditcias, ou pela eliminao ou reduo destas, por meio de lei. Art. 114. A lei apoiar e estimular o cooperativismo e outras formas de associativismo, assim como promover e incentivar o turismo.

CAPTULO II DO DESENVOLVIMENTO URBANO

Art. 115. O Municpio, no estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento urbano, assegurar o que vem disposto nos arts. 182 da Constituio Federal e 180 da Constituio Estadual. Art. 116. O Municpio estabelecer, mediante lei, em conformidade com as diretrizes do Plano Diretor, normas sobre zoneamento, loteamento, parcelamento, uso e ocupao do solo, ndices urbansticos, proteo ambiental e demais limitaes administrativas pertinentes, cumprindo o disposto nos arts. 182, 1, da Constituio Federal e 181, 3 e 4 da Constituio Estadual. Art. 117. facultado ao Municpio, mediante lei especfica para rea includa no Plano Diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietrio do solo urbano no edificado, subutilizado ou no utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena de incidncia do previsto no art. 182, 4 da Constituio Federal. Art. 118. Incumbe ao Municpio promover programas de construo de moradias populares, de melhoria das condies habitacionais e de saneamento bsico. Art. 119. Compete ao Municpio, de acordo com as diretrizes de desenvolvimento urbano, a criao e a regulamentao de zona industrial, obedecidos os critrios estabelecidos pelo Estado, mediante lei, e respeitadas as normas relacionadas ao uso e ocupao do solo e ao meio ambiente urbano e natural.

CAPTULO III DA POLTICA AGRCOLA

Art. 120. Caber ao Municpio manter, em cooperao com o Estado, as medidas previstas no art. 184 da Constituio Estadual. Art. 121. O Municpio, na forma da lei,

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organizar o abastecimento alimentar, assegurando condies para a produo e distribuio de alimentos bsicos.

CAPTULO IV DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS NATURAIS E DO SANEAMENTO

Seo I Do Meio Ambiente

Art. 122. O Municpio providenciar, com a participao da coletividade, a preservao, conservao, defesa, recuperao e melhoria do meio ambiente natural, artificial e do trabalho, atendidas as peculiaridades locais e em harmonia com o desenvolvimento social e econmico. Art. 123. O Municpio poder estabelecer consrcio com outros Municpios objetivando a soluo de problemas comuns relativos proteo ambiental, em particular preservao dos recursos hdricos e ao uso equilibrado dos recursos naturais. Art. 124. O Municpio promover, por si ou por meio de convnios estabelecidos dentro da coletividade, aes educativas e de planejamento, estruturao, implantao e operao permanente de polticas pblicas de proteo fauna local e migratria, e de assistncia, abrigo, registro e controle de animais domsticos.

Seo II Dos Recursos Naturais

Subseo I Dos Recursos Hdricos

Art. 125. O Municpio, para administrar os servios de gua de interesse exclusivamente local, poder celebrar convnio com o Estado. Art. 126. O Municpio, para proteger e conservar as guas e prevenir seus efeitos adversos, adotar as medidas previstas no art. 210 da Constituio Estadual.

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Subseo II Dos Recursos Minerais

Art. 127. O Municpio, nas aplicaes do conhecimento geolgico, contar com o atendimento tcnico do Estado.

Seo III Do Saneamento Art. 128. O Municpio, para o desenvolvimento dos servios de saneamento bsico, poder contar com a assistncia tcnica e financeira do Estado. Pargrafo nico. Os servios locais de abastecimento de gua e tratamento de esgoto sanitrio so de competncia do Municpio, podendo ser prestados por rgos da administrao indireta municipal, sendo proibida sua concesso, permisso ou qualquer outra forma de transferncia do controle para a iniciativa privada.

TTULO VI DA ORDEM SOCIAL

CAPTULO I DA SEGURIDADE SOCIAL

Seo I Disposio Geral

Art. 129. O Municpio dever contribuir para a seguridade social, atendendo ao disposto nos arts. 194 e 195 da Constituio Federal, visando assegurar os direitos relativos sade e assistncia social.

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Seo II Da Sade

Art. 130. O Municpio garantir o direito sade mediante o estatudo no art. 219, pargrafo nico, da Constituio Estadual. Art. 131. O Conselho Municipal de Sade, com sua composio, organizao e competncia fixada em Lei, contar, na elaborao e controle das polticas de sade, bem como na formulao, fiscalizao e acompanhamento do sistema nico de sade, com a participao de representantes da comunidade, em especial, dos trabalhadores, entidades e prestadores de servios da rea de sade. Art. 132. As aes e os servios de sade executados e desenvolvidos pelo Municpio, por sua administrao direta, indireta e fundacional, constituem o sistema nico de sade, nos termos da Constituio Federal, que se organizar de acordo com as diretrizes e bases previstas no art. 222 da Constituio Estadual. Art. 133. vedada a nomeao ou designao, para cargo ou funo de chefia ou assessoramento na rea de sade, em qualquer nvel, de pessoa que participe de direo, gerncia ou administrao de entidade que mantenha contrato, convnio, ou seja credenciada pelo sistema nico de sade, a nvel municipal.

Seo III Da Promoo Social

Art. 134. As aes do Municpio, por meio de programas e projetos na rea de promoo social, sero organizadas, elaboradas, executadas e acompanhadas com base nos princpios contidos no art. 232 da Constituio Estadual.

CAPTULO II DA EDUCAO, DA CULTURA E DOS ESPORTES E LAZER

Seo I Da Educao

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Art. 135. O Municpio organizar em regime de colaborao com o Estado, seu sistema de ensino. Art. 136. O Municpio atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educao infantil. Art. 137. O Municpio aplicar, anualmente, vinte e cinco por cento, no mnimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferncias, na manuteno e desenvolvimento do ensino. Art. 138. O Municpio publicar at trinta dias aps o encerramento de cada trimestre, informaes completas sobre receitas arrecadadas e transferncias de recursos destinados educao, nesse perodo e discriminadas por nvel de ensino. Art. 139. vedado o uso de prprios pblicos municipais para o funcionamento de estabelecimentos de ensino privado de qualquer natureza.

Seo II Da Cultura

Art. 140. O Municpio incentivar a livre manifestao cultural obedecendo ao disposto no art. 262 da Constituio Estadual. Pargrafo nico. Para os efeitos do disposto no "caput" deste artigo, o Municpio preservar a tradio cultural de So Carlos, como "Cidade do Clima", "Capital da Tecnologia" e "Capital do Conhecimento", bem como os adjetivos ptrios "so-carlense" ou "carlopolitano", indiferentemente. Seo III Dos Esportes e Lazer

Art. 141. O Municpio apoiar e incentivar as prticas esportivas, como direito de todos. Art. 142. O Municpio apoiar e incentivar o lazer como forma de integrao social.

CAPTULO III DA COMUNICAO SOCIAL

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Art. 143. A ao do Municpio, no campo da comunicao, fundar-se- sobre os princpios estabelecidos no art. 273 da Constituio Estadual.

CAPTULO IV DA DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 144. O Municpio promover a defesa do consumidor mediante adoo de medidas de orientao e fiscalizao, definidas em lei.

CAPTULO V DA PROTEO ESPECIAL

Art. 145. O Municpio dar prioridade para a assistncia pr-natal e infncia, assegurando ainda condies de preveno de deficincia e integrao social de portadores, mediante treinamento para o trabalho e para a convivncia. Art. 146. assegurado, na forma da lei, aos portadores de deficincias e aos idosos, acesso adequado aos logradouros e edifcios de uso pblico, bem como aos veculos de transporte coletivo urbano.

TTULO VII DAS DISPOSIES GERAIS

Art. 147. O Municpio comemorar, anualmente, no dia 4 de novembro, a sua fundao, cuja data ser considerada como feriado municipal. Pargrafo nico. O Municpio fixar em lei as datas alusivas aos feriados municipais. Art. 148. Aos Combatentes da 2 Guerra Mundial, residentes no Municpio de So Carlos, conforme Lei Federal n 5.315, de 12 de setembro de 1967, mediante declarao da Associao dos Ex-combatentes local, ficam assegurados:

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I - iseno de impostos e taxas que recaem sobre imvel de sua propriedade onde reside; II - iseno do pagamento de passagens no transporte coletivo urbano no Municpio, mediante a identificao fornecida pela Prefeitura Municipal; III - prioridade, conforme art. 53 das Disposies Transitrias da Constituio Federal, na comercializao e distribuio de casa prpria pelos rgos de poltica habitacional do Municpio. Pargrafo nico. As escolas da rede municipal de ensino, anualmente na primeira semana do ms de maio, faro a Semana do Expedicionrio, enaltecendo a luta do Brasil em especial dos so-carlenses, pelos ideais de paz, liberdade e democracia. So Carlos, 20 de dezembro de 2010. (a) LINEU NAVARRO Presidente (a) ROBERTO MORI RODA 1 Vice-Presidente (a)JLIO CESAR PEREIRA DE SOUZA 2 Vice-Presidente (a) DORIVAL MAZOLA PENTEADO 1 Secretrio (a) BENEDITO MATHEUS FILHO 2 Secretrio