lei organica de ipojuca

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LEI ORGNICA DO MUNICPIO DO IPOJUCA

PROMULGADA EM 05 DE ABRIL DE 1990

SUMRIO LEI ORGNICA DO MUNICPIO DO IPOJUCA PREMBULO TTULO I Disposies Preliminares CAPTULO I Do Municpio CAPTULO II Da Competncia CAPTULO III Dos Distritos TTULO II Do Legislativo CAPTULO I Disposies Gerais CAPTULO II Dos Vereadores Seo I - Da Posse Seo II - Do Exerccio Seo III - Do Afastamento Seo IV - Da Inviolabilidade e dos Impedimentos CAPITULO III Das Atribuies da Cmara Municipal CAPTULO IV Estrutura e Funcionamento Seo I - Da Presidncia da Cmara Municipal Seo II - Da mesa Diretora Seo III - Das sesses Legislativas Seo IV - Das Comisses CAPTULO V Do Processo Legislativo CAPTULO VI Do Plebiscito TITULO III Do Executivo CAPITULO I Disposies Gerais. CAPITULO II Do Prefeito e do Vice-Prefeito Seo I - Da posse

Seo II - Do Exerccio Seo III - Do afastamento CAPITULO III Das Atribuies do Prefeito e do Vice-Prefeito TTULO IV Da responsabilidade dos Vereadores, do Presidente da Cmara Municipal e do Prefeito CAPITULO I Disposies Gerais Captulo II Das Infraes Poltico-Administrativas dos Vereadores e do Presidente da Cmara Municipal CAPTULO III Das Infraes Poltico-Administrativas do Prefeito CAPTULO IV Da Suspenso e da Perda do Mandato TTULO V Da Administrao Municipal CAPTULO I Disposio Geral Seo I - Do Planejamento Seo II - Da Coordenao Seo III - Da Descentralizao e da Desconcentrao Seo IV - Do Controle CAPITULO II Dos Recursos Organizacionais Seo I - Da Administrao Direta Seo II - Da Administrao Indireta Seo III - Dos Servios Delegados Seo IV - Dos Organismos de Cooperao Subseo I - Dos Conselhos Municipais CAPITULO III Dos Recursos Humanos Seo I - Disposies Gerais Seo II - Da investidura Seo III - Do Exerccio Seo IV - Do Afastamento Seo V - Da Aposentadoria Seo VI - Da Responsabilizao dos Servios Pblicos CAPTULO IV Dos Recursos Materiais Seo I - Disposies Gerais Seo II - Dos Bens Imveis Seo III - Dos Bens Mveis

CAPTULO V Dos Recursos Financeiros Seo I - Disposies Gerais Seo II - Dos Tributos Municipais Seo III - Dos Oramentos CAPITULO VI Dos Atos Municipais, dos Contratos Pblicos e do Processo Administrativo. Seo I - Dos Atos Municipais Subseo I - Disposies Gerais Subseo II - Da Publicidade Subseo III - Da Forma Subseo IV - Do Registro Subseo V - Das Informaes e Certides Seo II - Dos Contratos Pblicos Seo VI - Do Processo Administrativo CAPTULO VII Da Interveno do Poder Pblico Municipal na Propriedade Seo I - Disposies Gerais Seo II - Da Ocupao Temporria Seo III - Da Servido Administrativa CAPITULO VIII Da Urbanizao CAPTULO IX Da Segurana Pblica TTULO VI Disposies Transitrias

PREMBULO Sob a proteo de Deus, ns representantes do povo Ipojucano, reunidos na Cmara Constituinte Municipal para dotar o Municpio do Ipojuca de sua Carta Magna, dentro de um Estado democrtico, objetivando assegurar o exerccio dos direito sociais e individuais, a liberdade, a segurana, o bem estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justia como valores supremos de uma comunidade fraterna e sem preconceitos, baseada na paz social, no progresso e no respeito a pessoa humana, norteados pelo que diz o artigo 10 da Declarao Universal dos Direitos Humanos, de que todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos, so dotados de razo e conscincia e devem agir em relao aos outros com esprito de fraternidade, promulgamos a seguinte Lei Orgnica do Municpio do Ipojuca Estado de Pernambuco. LEI ORGNICA DO MUNICPIO DO IPOJUCA TITULO I DISPOSIES PRELIMINARES CAPTULO I DO MUNICPIO Art. 1 - O Municpio de Ipojuca ente publico dotado de autonomia poltica, administrativa c financeira, nos termos da Constituio Federal da Constituio do Estado de Pernambuco e desta Lei. 1 - A cidade do Ipojuca - PE a sede do Municpio 2 - So smbolos minimizais a Bandeira, o Hino e o Braso. Art. 2 - So poderes municipais, independentes e harmnicos entre si, o Legislativo e o Executivo. CAPTULO II DA COMPETNCIA Art. 3 - Cumpre ao Municpio a promoo de tudo quanto respeite ao interesse local e o bem-estar de sua populao; I - Exercer as competncias, de qualquer natureza, que lhe so cometidas pela Constituio Federal; II - Privativamente: a) - Organizar o quadro e estabelecer o regime de seus servidores; b) - dispor sobre a administrao, utilizao e alienao de seus bens; c) - adquirir bens inclusive mediante desapropriao por interesse social, necessidade ou utilidade pblica; d) - elaborar a Lei de diretrizes gerais de desenvolvimento urbano e o cdigo de obras; e) - regu1amentar a utilizao dos logradouros pblicos; f) - dispor sobre a limpeza das vias e dos logradouros pblicos, remoo e destino do lixo domiciliar e de outros resduos; g) - ordenar as atividades urbanas, fixando condies e horrios para funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de servios e similares. h) - estabelecer servides administrativas necessrias aos seus servios; i) - dispor sobre o servio funerrio e cemitrios, encarregando-se da administrao daqueles que forem pblicos e fiscalizando os pertencentes a entidades privadas; j) - dispor sobre o cadastro, vacinao e captura de animais com a finalidade precpua de preservao da sade pblica; l) - dispor sobre o depsito e a venda, observando o princpio da licitao, de animais e mercadorias apreendidas em decorrncia de transgresses da legislao municipal; m) - dispor sobre competies esportivas, espetculos e divertimentos pblicos ou sobre os realizados em locais de acesso pblico; n) - dispor sobre o comrcio ambulante: o) - fixar as datas de feriados municipais; p) - exercer o poder de polcia administrativa;

q) - estabelecer e impor penalidade por infrao de suas leis e regulamentos. CAPTULO III DOS DISTRITOS Art. 4 - A Lei municipal criar, organizar ou suprir distritos, observando o disposto na Legislao Estadual. TTULO II DO LEGISLATIVO CAPTULO I DISPOSIES GERAIS Art. 5 - A Cmara Municipal, guardada a proporcionalidade com a populao do Municpio compe-se de 13 (treze) Vereadores. Pargrafo nico - A populao do Municpio ser aquela existente at 31 de dezembro do ano anterior ao da eleio municipal, apurada pelo rgo federal competente. (Ementa 01-95 de 22-09-95 ) CAPTULO II DOS VEREADORES SEO I DA POSSE Art. 6 - Os Vereadores tomaro posse no dia 10 de janeiro do primeiro ano de cada legislatura, em sesso solene presidida pelo Vereador mais votado pelo povo, entre os presentes, qualquer que seja o nmero desses, e prestaro o compromisso de: "cumprir fielmente o mandato, guardando a Constituio e as Leis". 1 - Os Vereadores desincompatibilizar-se-o para a posse. 2 - O Vereador que no tomar posse na data prevista neste artigo dever faz-lo no prazo de quinze dias, salvo comprovado motivo de fora maior. SEO II DO EXERCCIO Art. 7. - O Vereador entrar no exerccio do cargo imediatamente aps sua posse. Art. 8. - At dez dias aps a posse, o Vereador far declarao de bens e a renovar, anualmente, em data coincidente com a da apresentao de declarao para fins de cumprimento da legislao do Imposto de Renda. Art. 9. - O suplente de Vereador ser convocado nos casos de: I - vacncia do cargo; II - afastamento do cargo por prazo superior a sessenta (60) dias. Pargrafo nico - O suplente convocado tomar posse em cinco (05) dias, e far jus, quando em exerccio, remunerao do mandato, ultrapassado o prazo, ser convocado o suplente seguinte. SEO III DO AFASTAMENTO Art. 10 - A licena somente ser concedida nos seguintes casos: I - doena comprovada II - gestao ou paternidade, pelo prazo da lei;

III - adoo, nos termos que a lei dispuser; IV - quando a servio ou em misso de representao da Cmara Municipal. Pargrafo nico - O Vereador investido no cargo de Secretrio Municipal estar automaticamente licenciado, podendo, neste caso, optar pela remunerao do mandato. Art. 11 - O Vereador que no exerccio do mandato se tornar invlido, ter direito a percepo integral dos subsdios durante toda a legislatura. 1. - Se aps o trmino da legislatura para qual foi eleito, permanecer invlido, far jus a uma penso vitalcia pessoal e intransfervel de 03 (trs) salrios mnimos. 2 - Se vtima de acidente os primeiros socorros mdico-hospitalares sero de responsabilidade financeira do poder legislativo. 3 - Em caso de morte no exerccio do mandato, a viva do Vereador, enquanto permanecer no estado de viuvez, os seus filhos, enquanto menores, faro jus a penso de trs (03) salrios mnimos. SEO IV DA INVIOLABILIDADE E DOS IMPEDIMENTOS Art. 12 - O Vereador inviolvel por suas opinies, palavras e votos, no exerccio do mandato e na circunscrio do Municpio. Art. 13 - O Vereador no poder: I - desde a expedio do diploma: a) - firmar ou manter contrato com pessoa jurdica do direito pblico, empresa pblica, sociedade de economia mista, empresa concessionria ou permissionria do servio pblico municipal, salvo quando o contrato obedecer as clusulas uniformes. b) - aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado, inclusive, os de que sejam demissveis "ad-nutum" nas entidades constantes da alnea anterior. II - desde a posse: a) - ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurdica de direito pblico, ou nela exercer funo remunerada. b) - ocupar cargo ou funo de que seja demissvel "ad-nutum" nas entidades referidas no inciso I, a. c) - patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a"; d) - ser titular de mais de um cargo ou mandato pblico eletivo. CAPTULO III DAS ATRIBUIES DA CMARA MUNICIPAL Art. 14 - Cabe Cmara Municipal, com a sano do Prefeito, exceto quando se trate de Leis Orgnicas, dispor sobre as matrias de competncia do municpio especialmente: I - legislar sobre tributos municipais isenes, anistias fiscais, remisso de dividas e suspenso de cobrana da divida ativa. II - votar o plano plurianual, as diretrizes oramentrias e os oramentos anuais, bem como autorizar abertura de crditos suplementares e especiais: li - votar a Lei de diretrizes gerais de desenvolvimento urbano, o plano diretor, o plano de controle de uso, do parcelamento e de ocupao do solo urbano e o cdigo de obras municipais IV - deliberar sobre obteno de concesso de emprstimo e operaes de crditos, bem como a forma e os meios de pagamento. V - autorizar subvenes VI - autorizar a aquisio de bens imveis, salvo quando se tratar de permuta ou doao sem encargo. VII - autorizar a concesso e a permisso de servios pblicos, bem como a concesso de obras pblicas. IX - autorizar a permisso de uso de bens municipais por prazo superior a doze (12) meses

X - autorizar a alienao de bens imveis, dispensada em caso de permuta e vedada a doao sem encargos. XI - autorizar consrcios com outros municpios XII - atribuir denominao a prprios, vias e logradouros pblicos; XIII - estabelecer critrios para delimitao do permetro urbano; XI V - autorizar convnios que importem em despesas no previstas no oramento anual ou que impliquem em criao de entidades dotadas de personalidade jurdica de direito pblico ou privado; XV - criar, transformar e extinguir cargos, funes e empregos pblicos, e fixar os respectivos vencimentos, inclusive os dos seus prprios servios. Art. 15 - A Cmara Municipal cabe, exclusivamente. entre outras previstas nesta Lei Orgnica, na Constituio Federal e na Constituio do Estado, as seguintes atribuies: I - eleger sua Mesa Diretora, bem como destitu-la na forma regimental. II - elaborar o Regime Interno. III - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer de sua renncia e afast-lo definitivamente do exerccio do cargo. IV - conceder licena ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores; V - organizar os seus servios administrativos; VI - fixar, para a legislatura subseqente, a remunerao dos Vereadores, do Prefeito e do VicePrefeito, segundo padres fixos de vencimentos, admitida sempre a atualizao monetria de sua remunerao nos mesmos ndices oficiais concedidos aos servidores; VII - criar comisses especiais de inqurito sobre fato determinado que se inclua na competncia municipal, sempre que o requerer pelo menos um tero de seus membros; VIII - solicitar informaes ao Prefeito sobre assuntos referentes a administrao; IX - convocar secretrios municipais para prestar, pessoalmente, informaes sobre matria previamente determinada e de sua competncia; X - outorgar, pelo voto de, no mnimo, dois teros de seus membros, ttulos e honrarias previstos em lei, a pessoa, que reconhecidamente, tenham prestado relevantes servios ao Municpio; XI - julgar anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito e pela Mesa Diretora, em noventa dias aps a apresentao do parecer prvio pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, observado o seguinte: a) - o parecer prvio s deixar de prevalecer por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal; b) - as contas do Municpio ficaro, durante sessenta dias, na Cmara Municipal e na Prefeitura disposio de qualquer pessoa fisica ou jurdica, que poder questionar-lhes a legitimidade, nos termos da Lei. c) - durante o perodo referido na alnea anterior, o Presidente da Cmara Municipal e o Prefeito, respectivamente, designaro servidores habilitados para, em audincias pblicas, prestarem esclarecimentos. d) - publicao, no rgo oficial, do parecer e da resoluo que conclurem pela rejeio das contas, que sero encaminhadas ao Ministrio Pblico, sendo o caso; XII - proceder a tomada de contas do Prefeito, quando no apresentadas no prazo legal XIII - estabelecer normas sobre despesas estritamente necessrias com transporte, hospedagem e alimentao individual, e respectiva prestao de contas, quanto a verbas destinadas a Vereadores em misso de representao da casa; XIV - sustar os atos normativos do poder executivo que exorbitar em do poder regulamentar. CAPTULO IV ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO SEO I DA PRESIDNCIA DA CMARA MUNICIPAL Art. 16 - Cumpre ao Presidente da Cmara Municipal, dentre outras atribuies: I - representar a Cmara Municipal em juzo ou fora dele II - dirigir os trabalhos legislativos e supervisionar, na forma de Regimento Interno, os trabalhos administrativos da Cmara Municipal. III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno:

VI - promulgar as resolues da Cmara Municipal, bem como as leis, quando couber. v - providenciar a publicao das resolues da Cmara Municipal e das leis por ela promulgadas, bem como dos atos da Mesa Diretora. VI - declarar extinto o mandato dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito, nos casos e observados os prazos previstos nesta lei. VII - manter a ordem no recinto da Cmara Municipal, podendo solicitar a fora necessria, para esse fim. VIII - requisitar o numerrio destinado s despesas da Cmara Municipal quando, por deliberao do plenrio, as despesas no forem processadas e pagas pela Prefeitura, e apresentar ao plenrio, at dez dias antes do trmino de cada perodo legislativo, o balancete relativo aos recursos recebidos e as despesas realizadas. Art. 17 - Nos seus impedimentos, o Presidente da Cmara Municipal ser substitui do, sucessivamente, pelo primeiro secretrio e pelo segundo secretrio. Pargrafo nico - Na falta de membros na Mesa Diretora assumir a presidncia o Vereador que, dentre os presentes houver sido o mais votado pelo povo. SEO II DA MESA DIRETORA Art. 18 - A Cmara Municipal reunir-se- logo aps a posse, no primeiro ano da legislatura, sob a presidncia do Vereador mais votado pelo povo, dentre os presentes, para eleio de seu presidente de sua Mesa Diretora, por escrutnio secreto de maioria simples, considerando-se automaticamente empossado os eleitos, observar-se- o mesmo procedimento na eleio da Mesa Diretora para o segundo binio da legislatura. 1 - No caso de empate, ter-se- por eleito o mais vota do pelo povo; 2 - No havendo nmero legal, o Vereador que tiver assumido a direo dos trabalhos permanecer na presidncia e convocar sesses dirias at que seja eleita a Mesa Diretora. Art. 19 - A Mesa Diretora ter o mandato de dois (2) anos, vedada a reconduo para o mesmo cargo. Pargrafo nico - O Presidente da Cmara Municipal presidir a Mesa Diretora, dispondo de Regimento Interno sobre o nmero e atribuies de seus cargos, assegurada, quando possvel, a representao proporcional dos partidos que participem da casa. Art. 20 - Cumpre a Mesa Diretora., dentre outras atribuies: I - elaborar e encaminhar ao Prefeito proposta oramentria da Cmara Municipal a ser includa na proposta do Municpio, e fazer:, mediante ato, a discriminao analtica das dotaes respectiva, bem com alter-las quando necessrio, se a proposta no encaminhada no prazo previsto, ser tomado como base o oramento vigente para a Cmara Municipal; II - suplementar, mediante ato, as dotaes do oramento da Cmara Municipal, observado o limite da autorizao constante da Lei Oramentria, desde que os recursos para sua cobertura sejam provenientes de anulao total ou parcial de suas dotaes; III. - devolver Fazenda Municipal, at o dia 31 de dezembro, o saldo do numerrio que lhe foi liberado durante o exerccio para a execuo de seu oramento; VI - enviar ao Prefeito at o dia 10 de maro, as contas do exerccio anterior; V - administrar os recursos organizacionais, humanos, materiais e financeiros da Cmara Municipal: VI - designar Vereadores para misso de representao da Cmara Municipal, limitado em 09 (nove) o nmero de representantes, em cada caso. SEO III DAS SESSES LEGISLATIV AS Art. 21 - A Cmara Municipal reunir-se- ordinariamente em quatro (04) perodos legislativos anuais com incio respectivamente, no primeiro dia til dos meses de janeiro abril, julho e outubro, independentemente de convocao.

Pargrafo nico - Em cada perodo legislativo, haver, no mnimo, cinco e, no mximo, trinta sesses, vedada a realizao de mais de uma sesso ordinria por dia. Art. 22 - A Cmara Municipal poder reunir-se extraordinariamente para deliberar somente sobre matria objeto da convocao. Pargrafo nico - A sesso extraordinria ser convocada pelo Presidente da Cmara Municipal ou a requerimento da maioria de seus membros, ou pelo Prefeito, em caso de urgncia ou de interesse pblico relevante. Art. 23 As reunies extraordinrias realizadas na forma da legislao especifica. Art. 24 - As sesses da Cmara deveram realizar-se no recinto destinado ao seu funcionamento, sendo nulas as que se realizarem fora dele. 1 - Comprovada a impossibilidade de realizao das sesses naquele recinto por falta de acesso ou de outra causa plenamente justificvel, podero ser realizadas em outro local escolhido por dois teros (2i3) os Vereadores. 2 - As sesses solenes podero ser realizadas fora do recinto da Cmara, por deciso de dois teros (2/3) de seus membros. Art. 25 - As sesses da Cmara somente podero ser abertas com a presena de, no mnimo, um tero (1/3) dos Vereadores. 1 - As deliberaes da Cmara, excetuados os casos previstos em Lei, sero tomadas por maioria simples de votos, presentes pelo menos a maioria absoluta dos Vereadores. 2 No poder votar o Vereador que tiver interesse pessoal na deliberao, sob pena de nulidade da votao quanto o seu voto for definitivo. 3 - O Presidente da Cmara s ter voto nos casos de eleio da Mesa e de empate nas votaes, ou quando a matria exigir quorum especial, aplicando-se a mesma disciplina ao Vereador que substituir o Presidente durante a substituio. SEO IV DAS COMISSES Art. 26 - A Cmara Municipal ter comisses permanentes e temporrias, constitudas na forma e com atribuies previstas no Regime Interno ou no ato de que resultar sua criao. 1 - Na Constituio de cada comisso e assegurada, quanto possvel, a representao proporcional dos partidos que participam da casa. 2 - Ser obrigatria a existncia de comisso permanente de constituio e justia para o exame prvio, entre outras atribuies, da constitucional idade e da legalidade de qualquer projeto. Art. 27 - s comisses, nas matrias de sua respectiva competncia, cabe, entre outras atribuies: . I - oferecer parecer sobre projeto de lei; II - realizar audincias pblicas com entidades privadas; III - convocar secretrios municipais para prestar pessoalmente informaes sobre matrias previamente determinadas de sua competncia; IV - receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omisses das autoridades da administrao direta ou indireta do Municpio, adotando as medidas pertinentes; VI - apreciar programa de obras, planos municipais, distritais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. Art. 28 - As Comisses Parlamentares de Inquritos sero criadas por ato da presidncia da Cmara Municipal, mediante requerimento de qualquer Vereador, para apurao, por prazo certo, de determinado fato da Administrao Municipal. 1 - A Comisso poder convocar pessoas e requisitar documentos de qualquer natureza, incluindo fonogrficos e audiovisuais.

2 - A Comisso requisitar presidncia da Cmara Municipal o encaminhamento das medidas judiciais adequadas obteno de provas que lhe forem sonegadas. 3 - A comisso encerrar seus trabalhos com apresentao de relatrio circunstanciado, que ser encaminhado, em dez dias, ao presidente da Cmara Municipal para que este: a) - d cincia imediata ao plenrio; b) - remeta, em cinco dias, cpia de inteiro teor ao Prefeito, quando se tratar de fato relativo ao poder executivo; c) - encamii1he, em cinco dias, ao Ministrio Pblico, cpia de inteiro teor do relatrio, quando esse concluir pela existncia de infrao de qualquer natureza apurvel por iniciativa daquele rgo: d) - providencie, em cinco dias, a publicao das concluses do relatrio do rgo oficial, e, sendo o caso, com a transcrio do despacho de encaminhamento ao Ministrio Pblico.

CAPTULO V DO PROCESSO LEGISLATIVO Art. 29 - O processo legis1ativo compreende a elaborao de: I - Leis Orgnicas; II - Leis; III - Resolues. Art. 30 - Esta Lei Orgnica, de carter fundamental, somente poder ser alterada por iniciativa de dois teros (2/3), no mnimo, dos membros da Cmara Municipal ou do Prefeito, por outras Leis Orgnicas, numeradas seqencialmente, observando o processo legislativo especial correspondente. Art. 31 - A iniciativa das leis cabe a qualquer Vereador, Mesa Diretora ou a qualquer comisso permanente da Cmara Municipal, do Prefeito e aos cidados. Art. 32 - So de iniciativa exclusiva da Mesa Diretora os projetos de lei que: I - autorize abertura de crditos suplementares ou especiais, mediante anulao parcial ou total de dotao da Cmara Municipal. II - criem, transformem ou extingam cargos dos servios da Cmara Municipal e fixem os respectivos vencimentos. Pargrafo nico - Emendas que aumentem a despesa prevista somente sero admitidas no caso do inciso lI, e desde que assinadas por dois teros (2/3), no mnimo, dos membros da Cmara Municipal. Art. 33 - As comisses permanentes somente tero iniciativa de projetos de lei em matria de sua especialidade. Art. 34 - So de iniciativa exclusiva do Prefeito os projetos de lei que: I - disponham sobre o plano plurianual de investimentos, as diretrizes oramentrias e o oramento anual; II - criem cargos, funes ou empregos pblicos, ou aumentem vencimentos ou vantagens dos servidores da administrao direta, autrquica ou fundacional; III - disponham sobre o regime jurdico dos servidores do Municpio. Art. 35 - O Prefeito poder solicitar urgncia para apreciao de projetos de sua iniciativa. 1 - Se. no caso deste artigo, a Cmara Municipal no se manifestar em quarenta e cinco dias, a proposio ser includa na ordem do dia, sobrestando-se deliberao quanto a qualquer outra matria. 2 - O prazo do pargrafo anterior no flui nos perodos de recesso da Cmara Municipal. Art. 36 - A iniciativa popular de projetos de lei de interesse especfico do Municpio, de seus distritos ou bairros, depender da manifestao de pelo menos cinco por cento do eleitorado interessado. 1 - Os projetos de lei sero apresentados a Cmara Municipal firmados pelos interessados, anotados os nmeros do ttulo de eleitor e da zona eleitoral de cada qual.

2 - Os projetos de iniciativa popular podero ser redigidos sem observncia da tcnica legislativa bastando que definam a pretenso dos proponentes. 3 - O Presidente da Cmara Municipal, preenchidas as condies de admissibilidades previstas nesta lei, no poder negar seguimento ao projeto, devendo encaminh-lo s comisses competentes. Art. 37 - Todo projeto de Lei ser aprovado ou rejeitado pelo Plenrio da Cmara Municipal, em votao nominal. Art. 38 - A matria constante do projeto de Lei rejeitado ou vetado, total ou parcialmente, somente poder constituir objeto de novo projeto, na mesma sesso legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal. Art. 39 - Aprovado o projeto de Lei. o Presidente da Cmara Municipal no prazo de dez dias teis, enviar o texto ao Prefeito, que, aquiescendo, o sancionar. 1 - Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte inconstitucional, ilegal ou contrrio a esta lei ou ao interesse pblico, veta-lo-, total ou parcialmente, no prazo de quinze dias teis, contados da data do recebimento, e comunicar os motivos do veto dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Cmara Municipal. 2 - O veto parcial somente abranger o texto integral de artigo, pargrafo, inciso ou alnea. 3 - Decorrido o prazo de quinze dias, o silncio do Prefeito importar em sano. 4 - O veto ser apreciado pela Cmara Municipal em sesso plenria, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, s podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores, em escrutnio secreto. 5 - Se o veto no for mantido, ser o projeto enviado ao Prefeito para promulgao. 6 - Esgotado, sem deliberao, o prazo estabelecido no pargrafo quarto, o veto ser colocado na ordem do dia da sesso-imediata, sobrestadas as demais proposies at sua votao final. 7 - Se o projeto no for promulgado dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito, nos casos dos pargrafos terceiro e quinto, o Presidente da Cmara Municipal o promulgar, e se este no o fizer em igual prazo, caber ao primeiro secretrio faz-lo. Art. 40 - O Presidente da Cmara Municipal, antes de remeter s comisses, ou o Prefeito, quando da remessa Cmara Municipal, mandar publicar na forma do artigo 125, como ato integrante do processo de elaborao legislativa, o inteiro teor do texto, e respectiva exposio de motivos, e qualquer projeto de lei. Art. 41 - As resolues destinam-se a regulamentar matria que no seja objeto de lei, nem se compreenda nos limites dos atos administrativos. Art. 42 - Salvo disposio em contrrio, as deliberaes da Cmara Municipal sero tomadas por maioria de votos presente a maioria de seus membros. CAPTULO VI DO PLEBISCITO Art. 43 - Mediante proposio fundamentada de dois teros dos Vereadores ou de cinco por cento dos eleitores inscritos no Municpio, ser submetida a plebiscito questo relevante de interesse local. 1 - Caber a Cmara Municipal, no prazo de trs meses aps a aprovao da proposta, realizar o plebiscito, nos termos em que dispuser a lei. 2 - Cada consulta plebiscitria admitir at dez proposies, sendo vedada a sua realizao nos quatro meses que antecederem eleio acional, do Estado ou do Municpio. 3 - A proposio que j tenham sido objeto de plebiscito somente poder ser apresentada com intervalo de trs anos. 4 - O Municpio assegurar Cmara Municipal os recursos necessrios realizao das consultas plebiscitrias. TTULO III DO EXECUTIVO

CAPTULO I DISPOSIES GERAIS Art. 44 - O Prefeito exerce o poder Executivo do Municpio. Art. 45 - O Prefeito e o Vice-Prefeito sero eleitos para mandato de quatro anos, devendo a eleio realizarse at noventa dias antes do trmino do mandato daqueles a quem devam suceder. CAPTULO II DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO SEO I DA POSSE Art. 46 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posse na Sesso Solene de instalao da Cmara Municipal, aps a dos Vereadores, e prestaro compromisso de MANTER, DEFENDER E CUMPRIR A CONSTITUIO, OBSERVAR AS LEIS E ADMINISTRAR O MUNICPIO VISANDO O BEM GERAL DOS MUNCIPES". 1 - O Prefeito e o Vice-Prefeito desincompatibilizar-se-o para a posse. 2 - Se, decorridos dez dias da data fixada, o Prefeito ou o Vice-Prefeito no tomar posse, salvo comprovado motivo de fora maior, o cargo ser declarado vago. SEO II DO EXERCCIO Art. 47 - O Prefeito entrar no exerccio do cargo imediatamente aps sua posse. Art. 48 - At dez dias aps a posse, o Prefeito e o Vice-Prefeito faro declarao de bens, que sero publicadas no rgo oficial, renovando-se, anualmente, em data coincidente com a da apresentao de declarao para fins de imposto de renda. Art. 49 - O Vice-Prefeito substituir o Prefeito em seus impedimentos e ausncias e suceder-lhe- no caso de vaga. Pargrafo nico - Em caso de impedimento do Prefeito ou do Vice-Prefeito, ou de vacncia dos respectivos cargos, sero sucessivamente chamados ao exerccio da chefia do Executivo municipal o Presidente e o primeiro secretrio da Cmara Municipal Art. 50 - Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se- eleio noventa dias depois de aberta a ltima vaga. Pargrafo nico - Ocorrendo a vacncia aps cumpridos trs quartos do mandato do Prefeito, o Presidente da Cmara Municipal completar o perodo, licenciado automaticamente da presidncia. SEO III DO AFASTAMENTO Art. 51 - O Prefeito ou Vice-Prefeito comunicar Cmara Municipal quando tiver de ausentar-se do Municpio por perodo superior a cinco dias. Art. 52 - O Prefeito ou o Vice-Prefeito no poder, sem licena da Cmara Municipal, ausentar-se do Municpio por perodo superior a quinze dias. Art. 53 - A licena somente ser concedida nos seguintes casos: I - doena comprovada; II - gestao por cento e vinte dias, ou paternidade, pelo prazo da lei;

III - adoo, nos termos em que a lei dispuser; IV - quando a servio ou em misso de representao do Municpio; V - ao Prefeito, para repouso anual, durante trinta dias, coincidentemente com o perodo de recesso da Cmara Municipal. Pargrafo nico - O Prefeito e o Vice-Prefeito faro jus a remunerao durante a licena. CAPTULO III DAS ATRIBUIES DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO Art. 54 - Compete ao Prefeito, privativamente: I - representar o Municpio, sendo que em juzo por procurador habilitado; II - nomear e exonerar os Secretrios Municipais; III - exercer, com o auxlio dos Secretrios Municipais, a direo superior da administrao local; IV - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta lei; V - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execuo; VI - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; VII - dispor sobre a organizao e o funcionamento da administrao municipal, na forma da lei; VIII - autorizar convnios com entidades pblicas ou particulares; IX - declarar a utilidade ou necessidade pblica, ou interesse social, de bens para fins de desapropriao ou de servido administrativa; X - declarar o estado de calamidade Pblica; XI - expedir atos prprios da atividade administrativa; XII - contratar terceiros para a prestao de servios pblicos autorizados pela Cmara Municipal; XIII - prover e desprover cargos pblicos, e expedir atos referentes a situao funcional dos servidores pblicos, nos termos da lei; XIV - enviar Cmara Municipal o plano plurianual de investimentos, o projeto de lei de diretrizes oramentrias e as propostas de oramento previstos nesta lei, nos termos a que se refere o artigo 165, 99, da Constituio federal; XV - prestar, anualmente, Cmara Municipal, dentro de sessenta dias aps a abertura do ano legislativo, as contas referentes ao exerccio anterior, e remet-las em igual prazo, ao Tribunal de Contas do Estado; XVI - prestar Cmara Municipal, em trinta dias, as informaes que esta solicitar; XVII - aplicar multas previstas em leis e contratos; XVIII - resolver sobre requerimentos, reclamaes ou representaes que lhe forem dirigidos, em matria da competncia do Executivo municipal; XIX - solicitar o auxlio da polcia do Estado, para garantia do cumprimento de seus atos XX - delimitar o permetro urbano, nos termos da lei; XXI - exercer outras atribuies previstas nesta lei; XXII - promover a conscientizao da comunidade para questes ecolgicas inclusive atravs das escolas municipais; XXIII - assegurar o livre acesso as informaes ambientais bsicas e divulgar sistematicamente os nveis de poluio e de qualidade do meio ambiente, no municpio; XXIV - fiscalizar a produo, comercializao, emprego, tansporte e armazenamento de substncias nocivas a \ida e ao meio ambiente; XXV - fiscalizar a conservao e melhoria do meio ambiente; XXVI - estabelecer diretrizes suplementares Legislao Federal e Estadual para elaborao de estudos de impacto ambienta, no permitindo a implantao, construo, ampliao de obras ou atividades que causem degradao do meio ambiente; Pargrafo nico - O Prefeito poder delegar as atribuies mencionadas nos incisos XI, XII, XVII ao Procurador Gera! do Municpio, que observar os limites traados nas respectivas delegaes; Art. 55 - O Vice-Prefeito alm de outras atribuies que lhe forem cometidas por lei, auxiliar o Prefeito sempre que por ele convocado para misso especial.

TTULO IV DA RESPONSABILIDADE DOS VEREADORES, DO PRESIDENTE DA CMARA MUNICIPAL E DO PREFEITO CAPTULO I DISPOSIES GERAIS Art. 56 - Os Vereadores, o Presidente da Cmara Municipal e o Prefeito respondero por crimes comuns, por crimes de responsabilidade e por infraes poltico-administrativas. 1 - O Tribunal de Justia julgar o Prefeito nos crimes comuns- e nos de responsabilidades. 2 - A Cmara Municipal julgar os Vereadores, o Presidente da casa e o Prefeito nas infraes polticoadministrativas. Art. 57 - Lei estabelecer as normas para o processo de cassao de mandato, observando o seguinte: I - iniciativa de denncia por qualquer cidado, Vereador local ou associao legitimamente constituda; II - recebimento de denncia por maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal; III - cassao do mandato por dois teros dos membros da Cmara Municipal; IV - votaes individuais motivadas; V - concluso do processo em at noventa dias a contar do recebimento da denncia, findos os quais o processo ser includo na ordem do dia, sobrestando-se deliberao quanto a qualquer outra matria, ressalvadas as hipteses que esta lei define como de exame preferencial; CAPTULO II DAS INFRAES POLTICO-ADMINISTRATIVAS DOS VEREADORES E DO PRESIDENTE DA CMARA MUNICIPAL Art. 58 So infraes poltoco-administrativas dos Vereadores: I deixar de fazer declarao de bens, nos termos do Art. 8; II deixar de prestar contas, ou t-las rejeitadas, na hiptese do Art. 15, XIII; III utilizar-se do mandato para a prtica de ato de corrupo ou de improbidade administrativas; IV fixar residncia fora do Municpio; V proceder de modo incompatvel com o decoro parlamentar; VI incidir em qualquer dos impedimentos previstos no Art. 13; VII quando no exerccio da presidncia da Cmara Municipal, descumprir nos prazos devidos, as atribuies previstas nos artigos 16, IV, V, e 28, 3. Pargrafo nico O Regimento Interno da Cmara Municipal definir os casos de incompatibilidade com o decoro parlamentar. CAPTULO III DAS INFRAES POLTICO ADMINISTRATIVAS DO PREFEITO Art. 59 So infraes poltico-administrativas do CAPTULO IV DA SUSPENSO E DA PERDA DO MANDATO Art. 60 - Nos crimes comuns, nos de responsabilidade e nas infraes poltico-administrativas, facultado Cmara Municipal, uma vez recebida a respectiva denncia pela autoridade competente, suspender o mandato do Vereador, do Presidente da casa ou do Prefeito, pelo voto de dois teros de seus membros. Art. 61 - O Vereador perder o mandato: I - por extino, quando: a) - perder ou tiver suspensos os direitos polticos b) - o decretar a Justia Eleitoral

c) - assumir outro cargo ou funo na administrao pblica municipal, direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso pblico; d) - renunciar. II -- por cassao, quando: a) - deixar de comparecer, em cada sesso legislativa, tera parte das sesses ordinrias da Cmara Municipal, salvo licena ou quando em misso por esta autorizado; b) - sofrer condenao criminal em sentena transitada em Julgado; c) - incidir em infrao poltico-administrativa, nos termos do artigo 58; Pargrafo nico - O Vereador ter assegurada ampla defesa., nas hipteses do inciso II. Art. 62 - O Prefeito perder o mandato: I - por extino, quando. a) - perder ou tiver suspensos seus direitos polticos; b) - o decretar a Justia Eleitoral; c) - sentena definitiva o condenar por crime de responsabilidade; d) - assumir outro cargo ou funo na administrao pblica direta ou indireta ressalvada a posse em virtude de concurso pblico; e) - renunciar. II - por cassao, quando: a) - sentena definitiva o condenar por crime comum; b) - incidir em infrao poltico - administrativos termos do artigo 59. Pargrafo nico - O Prefeito ter assegurada ampla defesa, na hiptese do inciso II. TTULO V DA ADMINISTRAO MUNICIPAL CAPITULO I - DISPOSIES GERAIS Art. 63 - Os rgos e entidades da Administrao Municipal adotaro as tcnicas de planejamento, coordenao, descentralizao, descentralizao desconcentrao e controle. SEO I DO PLANEJAMENTO . Art. 64 - As aes governamentais obedecero a processo permanente de planejamento, com o fim de integrar os objetivos institucionais dos rgos e entidades municipais entre si. bem como as aes da unio, do Estado e regionais que se relacionem com o desenvolvimento do municpio. Pargrafo nico - Os instrumentos de que tratam os artigos II8 e 1420 sero determinantes para o setor pblico, vinculando os atos administrativos de sua execuo. SEO II DA COODENAO Art. 65 - A execuo dos planos e programas governamentais ser objeto de permanente coordenao, com o fim de assegurar eficincia na consecuo dos objetivos e metas fixadas. SEO III DA DESCETRALIZAO E DA DESCONCENTRAO Art. 66 - A execuo das aes governamentais poder ser descentralizada ou desconcentrada, para: I - outros entes pblicos ou entidades a eles vinculadas, mediante convnio; II - rgos subordinados da prpria administrao municipal; III - entidades criadas mediante autorizao legislativa e vinculadas administrao municipal; IV - empresas privadas, mediante concesso ou permisso. 1 - cabe aos rgos de direo o estabelecimento dos princpios, critrios e normas que sero observadas pelos rgos e entidades pblicas ou privados incumbidos da execuo;

2 - haver responsabilidade administrativa dos rgos de direo quando os rgos e entidades de execuo descumprirem os princpios, critrios e normas gerais referidos no pargrafo anterior, comprovada a comisso dos deveres prprios autoridade ou da tutela administrativa. SEO IV DO COTROLE Art. 67 - As atividades da administrao direta e indireta estaro sujeitas a controle interno e externo. 1 - O controle interno ser exercido pelos rgos subordinados competentes, observados os princpios da autotutela e da tutela administrativa. 2o - O controle externo ser exercido pelos cidados, individual ou coletivamente, e pela Cmara Municipal. Art. 68 - Os poderes Legislativo e Executivo mantero, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas de Governo e dos oramentos do Municpio; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia, da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e entidades da administrao municipal, bem como da aplicao dos recursos pblicos por entidades privadas III - exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres do Municpio; IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional.. Pargrafo nico - Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, daro pela cincia ao Tribunal de Contas competente, sob pena de responsabilidade solidria. Art. 69 - A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do Municpio e das entidades da administrao indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao de subvenes e renncia de receitas prprias ou repassadas, sero exercidas pela Cmara Municipal, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno do poder Executivo. Pargrafo nico - Prestar contas qualquer pessoa fsica ou entidade pblica ou privada que utilize, arrecade, guarde, gerencie ali administre dinheiro. bem e valores pblicos, ou pelos quais o Municpio responda, ou que, em nome deste, assuma obrigaes de natureza pecuniria.

CAPTULO II DOS RECURSOS ORGANIZACIONAIS SEO I DA ADMINISTRAO DIRETA Art. 70 - Constituem a administrao direta os rgos integrantes da Prefeitura Municipal e a ela subordinados. Art. 71 - Os rgos subordinados da Prefeitura Municipal sero de: I - direo e assessoramento superior II - assessoramento intermedirio III- execuo. 1 - So rgos de direo superior, providos do correspondente.assessoramento as secretarias municipais. 2 - So rgos de assessoramento intermedirios aqueles que desempenhem suas atribuies junto s chefias dos rgos subordinados das secretarias municipais. 3 - So rgos de execuo aqueles incumbidos da realizao dos programas e projetos determinados pelos rgos de direo. SEO II DA ADMINISTRAO INDIRETA Art. 72 - Constituem a administrao indireta as autarquias, fundaes pblicas, empresas pblicas e sociedades de economia mista, criadas por lei. Art. 73 - As entidades da administrao indireta sero vinculadas secretaria municipal em cuja rea de competncia enquadrar-se sua atividade institucional, sujeitando-se correspondente tutela administrativa. Art. 74 - As empresas pblicas e as sociedades de economia mista municipais sero prestadoras de servios pblicos SEO III DOS SERVIOS DELEGADOS Art. 75 - A prestao de servios pblicos poder ser delegada ao particular, mediante concesso ou permisso. Pargrafo nico - Os contratos de concesso e os termos de permisso estabeleceram condies que assegurem ao Poder Pblico, nos termos da lei, a regulamentao e o controle sobre a prestao dos servios delegados, observado o seguinte: I - no exerccio de suas atribuies, os servidores pblicos investidos de poder de polcia tero livre acesso a todos os servios e instalaes das empresas concessionrias ou permissionrias; II - estabelecimentos de hiptese de penalizao pecuniria, de interveno por prazo certo e de cassao, impositiva esta em caso de contumcia no descumprimento de normas protetoras da sade e do meio ambiente. SEO IV DOS ORGANISMOS DE COOPERAO Art. 76 So organismos de cooperao com o poder pblico os conselhos municipais e as fundaes e associaes privadas eu realizem, em fins lucrativos, funo de utilidade pblica. SUBSEO I DOS CONSELHOS MUNICIPAIS Art. 77 - Os conselhos municipais tero por finalidade auxiliar a administrao na anlise, no planejamento e na deciso de matrias de sua competncia.

Art. 78 - Lei autorizar o Executivo a criar conselhos municipais, cujos meios de funcionamento este prover, e lhes definir, em cada caso, atribuies, organizao, composio, funcionamento, forma de nomeao de titulares de suplentes e prazo do respectivo mandato, observado o seguinte: I - composio por nmero mpar de membros, assegurada, quando for o caso, a representatividade da administrao, de entidades pblicas e de entidades associativas ou classistas, facultada, ainda, a participao de pessoas de notrio saber na matria de competncia do conselho; II - dever, para os rgos e entidades da administrao municipal, de prestar as informaes tcnicas e de fornecer os documentos administrativos que lhes forem solicitados. 1 - Os conselhos municipais deliberaro por maioria de votos, presente a maioria de seus membros, incumbido-lhes mandar publicar os respectivos atos no rgo oficial. 2 - A participao nos conselhos municipais ser gratuita e constituir servio pblico relevante, inadmitida reconduo. Art. 79 - As funes e associaes mencionadas no artigo 76 tero precedncia na destinao de subvenes ou transferncias conta do oramento municipal ou de outros auxlios de qualquer natureza por parte do poder pblico, ficando, quando os recebam, sujeitas prestao de contas. CAPTULO III DOS RECURSOS HUMANOS SEO I DISPOSIES GERAIS Art. 80 - Os servidores pblicos constituem os recursos humanos dos poderes municipais, assim entendidos os que ocupam ou desempenham cargo, funo ou emprego de natureza pblica, com ou sem remunerao. Pargrafo nico - Para os fins desta lei, considera: I - servidor pblico civil aquele que ocupa cargo de provimento efetivo, na administrao direta ou nas autarquias e fundaes de direito pblico, bem assim na Cmara Municipal. II - servidor pblico temporrio aquele que exerce cargo ou funo em confiana, ou que haja sido contratado na forma do artigo. 37, IX, da Constituio Federal, na administrao direta ou nas autarquias e fundaes de direito pblico, bem assim na Cmara Municipal. Art. 81 - Lei Orgnica estabelecer regime jurdico nico para os servidores pblicos civis, assegurados os direitos previstos no artigo 39 , 2 , da Constituio Federal, sem prejuzo de outros que lhes venham a ser atribudo, inclusive licena para os adotantes, os termos em que a lei dispuser. Art.82 - A cesso de servidores pblicos civis e de empregados pblicos entre os rgos da administrao direta, as entidades da administrao indireta e a Cmara Municipal, somente ser deferida sem nus para os poderes municipais, que, imediatamente, suspendero o pagamento da remunerao ao cedido. 1 - O Presidente da Cmara Municipal ou o Prefeito poder autorizar a cesso sem nus para o cessionrio, em carter excepcional, diante de solicitao fundamentada dos rgos e entidades interessadas. 2 - Fica vedado a qualquer funcionrio da administrao pblica Federal, Estadual ou Municipal, seus rgos, fundaes e autarquias, postos disposio do Municpio com nus para sua repartio de origem a percepo de quaisquer valores, seja a que ttulo for, pelos cofres do poder pblico municipal. Art. 83 - Os nomeados para cargo ou funo em confiana faro. antes da investidura, declarao de bens, que ser publicada no rgo oficial, e as renovaro, anualmente, em data coincidente com a da apresentao de declarao para fins de imposto de renda. Art. 84 - Aos servidores pblicos civis do Municpio so extensivos todos os diretos constantes da Constituio Federal e Estadual. SEO II DA INVESTIDURA

Art. 85 - Em qualquer dos poderes, e, bem assim, nas entidades da administrao indireta a nomeao para cargos ou funes de confiana, ressalvada a de secretrio municipal, observar o seguinte: I - formao tcnica, quando as atribuies a serem exercidas pressuponham conhecimento especfico que a lei cometa, privativaIl1ente, a determinada categoria profissional II - exerccio preferencial por servidores pblicos civis; III - vedao do exerccio por cnjuge, de direito ou de fato, ascendentes, descendentes, ou colaterais, consangneos ou afins, at segundo grau, em relao ao Presidente da Cmara Municipal, ao Prefeito, aos Vereadores e aos Secretrios 1unicipais. Pargrafo nico - Os poderes municipais tero o prazo de 60 ( sessenta ) dias, contados da promulgao desta lei, para se adaptarem a essa norma legal. Art. 86 - A investidura dos servidores pblicos civis e dos empregados pblicos, de qualquer dos poderes municipais, depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos. Art. 87 - Os regulamentos de concursos pblicos observaro o seguinte: I - participao, na organizao e nas bancas examinadoras, de representantes do conselho seccional regulamentador do exerccio profissional, quando for exigido conhecimento tcnico dessa profisso; . II - fixao de limites mnimos de idade, segundo a natureza dos servios e as atribuies do cargo ou emprego; III - previso de exames de sade e de testes de capacitao fsica necessrios ao atendimento das exigncias para o desempenho das atribuies do cargo ou do emprego. IV - estabelecimento de critrios objetivos de aferio de provas e ttulos, quando possvel, bem corno para desempate. V - correo de provas sem identificao dos candidatos VI - divulgao, concomitantemente com o resultado, dos gabaritos das provas objetivas. VII - direito de reviso de prova quanto a erro material, por meio de recurso em prazo no inferior a cinco dias, a contar da publicao dos resultados. VIII - estabelecimento de critrios objetivos para apurao da idoneidade e da conduta pblica de candidato, assegurada ampla defesa IX - vinculao da nomeao dos aprovados ordem c1assificatria X - vedao de: a) - fixao de limite mximo de idade; b) - verificaes concernentes intimidade e liberdade de conscincia e de crena, inclusive poltica e ideolgica; c) - sigilo na prestao de informaes sobre a idoneidade e conduta pblica de candidato tanto no que respeita identidade do informante como s fotos e pessoas que referir; d) - prova oral eliminatria; e) - presena, na banca examinadora, de parentes, at o terceiro grau, consangneos ou afins, de candidatos inscritos, admitida a argio de suspenso ou de impedimento, nos termos da lei processual civil, sujeita a deciso de recurso hierrquico no prazo de cinco dias. Pargrafo nico - A participao de que trata o inciso 10, ser dispensada se, em dez dias, o conselho seccional no se fizer representar, por titulares suplentes, prosseguindo-se o concurso. SEO III DO EXERCCIO Art. 88 - So estveis, aps dois anos de efetivo exerccio, os servidores pblicos civis e os empregados pblicos nomeados ou admitidos em virtude de concurso pblico. 1 - O servidor pblico civil ou o empregado pblico estvel s perder o cargo ou o emprego mediante processo administrativo, em que lhes seja assegurada ampla defesa, )u em virtude de sentena judicial transitada em julgado. 2 - Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor pblico civil ou empregado pblico estvel, ser ele reintegrado, garantindo-se-lhe a percepo dos vencimentos atrasados, sendo o eventual ocupante da vaga reconduzindo ao cargo de origem sem direito a indenizao. 3 - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor pblico civil estvel ficar em disponibilidade remunerada, at seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Art.89 - O Municpio, por lei ou mediante convnio estabelecer proteo providenciaria de seus servidores, assegurando-lhes, por igual forma, assistncia odonto-mdico-hospitalar de qualquer natureza. Art. 90 - O tempo de servio pblico Federal, Estadual e Municipal computado integralmente para efeitos de aposentadoria e disponibilidade. SEO IV DO AFASTAMENTO Art. 91 - Lei dispor sobre as hipteses de afastamento dos servidores pblicos. Art. 92 - Ao servidor pblico civil e ao empregado pblico em exerccio de mandato eletivo, aplica-se o seguinte: I - tratando-se de mandato eletivo Federal, Estadual ou distrital, ficar afastado do cargo, ou funo. II - investindo no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo, emprego ou funo, sendo-lhe facultado optar pela remunerao que lhe convier. III - investindo no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horrio, perceber as vantagens de seu cargo, emprego ou funo, sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo, e, no havendo compatibilidade, ser aplicada a norma do inciso anterior; IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exerccio de mandato eletivo, seu tempo de servio ser contado para todos os efeitos legais, exceto para promoo por merecimento; V - para efeito do beneficio previdencirio, no' caso de afastamento, os valores sero determinados como se no exerccio estivesse. SEO V DA APOSENTADORIA Art. 93 - O servidor pblico civil ser aposentado: I - por invalidez permanente, com os proventos integrais, decorrente de acidente em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel especificadas em lei e proporcionais nos demais casos; II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de servio; III - voluntariamente; a) - aos trinta e cinco anos de servio, se homem, e aos trinta, se mulher com proventos integrais; b) - aos trinta anos de efetivo exerccio em funes de magistrio, se professor, e vinte e cinco, se professora, com proventos integrais; c) aos trinta anos de servio, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de servio; d) - aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de servio. 1 - Lei poder estabelecer excees ao disposto no inciso III, "a" e "c", no caso de exerccio de atividades consideradas penosas, insalubres e perigosas. 2 - Os proventos da aposentadoria sero revistos, na mesma proporo e na mesma data, sempre que se modificar a remunerao dos servidores pblicos civis em atividade, sendo tambm estendidos aos inativos quaisquer benefcios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores pblicos civis em atividade, inclusive quando decorrentes de transformao ou reclassificao do cargo ou funo em que se deu a aposentadoria na forma da lei. 3 - O beneficio da penso por morte corresponder a totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor pblico civil falecido, at o limite estabelecido em lei, observado o disposto no pargrafo anterior. 4 - A lei dispor sobre a aposentadoria em cargos e empregos temporrios SEO VI DA RESPONSABILIZAO DOS SERVIOS PBLICOS Art. 94 - O Procurador Geral do Municpio, ou o seu equivalente, obrigado a propor a competente ao regressiva em face do servidor pblico de qualquer categoria, declarado culpado por haver causado a

terceiro leso de direito que a fazenda municipal seja obrigada judicialmente a reparar, ainda que em decorrncia de sentena homologatria de transao ou de acordo administrativo. Art. 95 - O prazo para ajuizamento da ao regressiva ser de trinta dias a partir da data em que o Procurador Geral do Municpio ou seu equivalente, for cientificado de que a Fazenda Municipal efetuou o pagamento do valor resultante da deciso judicial ou do acordo administrativo. Art. 96 - O descumprimento, por ao ou omisso, ao disposto nos artigos anteriores desta ao, apurado em processo regular, implicar solidariamente na obrigao de ressarcimento ao errio. Art. 97 - A cessao, por qualquer forma, do exerccio da funo pblica, no exclui o servidor da responsabilidade perante a Fazenda Municipal. Art. 98 - A Fazenda Municipal, na liquidao do que for devido pelo servidor pblico civil ou empregado pblico, poder optar pelo desconto em folha de pagamento, o qual no exceder de uma quinta parte do valor da remunerao do servidor. Pargrafo nico - O agente pblico fazendrio que autorizar o pagamento de indenizao dar cincia do ato, em dez dias, ao procurador Geral do Municpio, ou a seu equivalente, pena de responsabilidade solidria. Art. 99 - Decorridos noventa dias da promulgao da Lei Orgnica os benefcios dos aposentados e pensionistas tero seus valores revistos, a fim de que seja restabelecido o poder aquisitivo, expresso em nmero de salrios mnimos, que tinham na data de sua converso. Art. 100 - Os funcionrios pblicos municipais, ativos, inativos e pensionistas, a partir da promulgao desta Lei Orgnica, e que comprovarem oficialmente administrao municipal serem possuidores de apenas um (01) imvel no mbito do Municpio e que nele residam, ficam isentos do pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano ( IPTU ). CAPTULO IV DOS RECURSOS MATERIAIS SEO I DISPOSIES GERAIS Art. 101 - Constituem recursos materiais do Municpio, seus direitos e bens de qualquer natureza. Art. 102 - Cabe ao Poder Executivo a administrao dos bens municipais, ressalvada a competncia da Cmara Municipal quanto queles utilizados em seus servios. Art. 103 - Todos os bens municipais devero ser cadastrados, com a identificao respectiva. Art. 104 - Os bens pblicos municipais so imprescritveis, impenhorveis e inonerveis, admitidas as excees que a lei estabelecer para os bens do patrimnio disponvel. Art. 105 - A alienao de bens do Municpio, de suas autarquias e fundaes por ele mantidas, subordinada existncia de interesse pblico expressivamente justificado, ser sempre precedida de avaliao e observar o seguinte: I - quando imveis, depender de autorizao legisiativa e concorrncia, est dispensvel nos seguintes casos: a) - doao em pagamento; b) - permuta; c) investidura. II - quando imveis, depender de licitao, est dispensvel nos seguintes casos; a) - doao, permitida exclusivamente para fins de interesse social; b) - permuta;

c) - venda de aes, que possam ser negociadas em bolsa, ou de ttulos na forma da legislao pertinente; 1 - A administrao conceder direito real de o preferentemente venda de bens imveis. 2 - Entende-se por investi dura a alienao, aos proprietrios de imveis lindeiros, por preo nunca inferior ao da avaliao de rea remanescente ou resultante de obra pblica que haja se tomado inaproveitvel, isoladamente, para o fim de interesse pblico. 3 - A doao com encargo poder ser objeto de licitao e de seu instrumento constaro os encargos, o prazo de cumprimento e clusula de reverso, sob pena de nulidade. SEO II DOS BENS IMVEIS Art. 106 - Conforme sua destinao, os imveis do Municpio so de uso comum do povo, de uso especial ou dominicais. Art. 107 - A aquisio de bens imveis, por compra ou permuta, depende de prvia autorizao legislativa, que especificar sua destinao. Art. 108 - Admitir-se- o uso de bens imveis municipais por terceiros mediante concesso, cesso ou permisso. 1 - A concesso de uso ter o carter de direito real resolvel e ser outorgada gratuitamente ou aps concorrncia, mediante remunerao ou imposio de encargos, por tempo certo ou indeterminado, para os fins especficos de urbanizao, industrializao, edificao, cultivo da terra ou outra utilizao de interesse social, devendo o contrato ou termo ser levado ao registro imobilirio competente; ser dispensvel a concorrncia se a concesso for destinada a pessoa jurdica de direito pblico interno ou entidade da administrao indireta, exceto, quanto a esta, se houver hiptese em que todas ficaro sujeitas a concorrncia. 2 - facultada ao Poder Executivo a cesso de uso gratuitamente, ou mediante remunerao ou imposio de encargos, de imvel municipal pessoa jurdica de direito pblico interno, entidade da administrao indireta ou, pelo prazo mximo de dez anos, pessoa jurdica de direito privado cujo fim consista em entidade no lucrativa de relevante interesse social. 3 - facultada ao Poder Executivo a permisso de uso de imvel municipal, a ttulo precrio, vedada a prorrogao por mais de uma vez, revogvel a qualquer tempo, gratuitamente ou mediante remunerao ou imposio de encargos, para o fim, de explorao lucrativa de servios de utilidade pblica em rea ou dependncia predeterminada e sob condies prefixadas. Art. 109 - Sero clusulas necessrias do contrato ou do termo de concesso, cesso ou permisso de uso as de que: I - a construo ou benfeitoria realizada no imvel incorporar-se a este, tomando-se propriedade pblica, sem direito a reteno ou indenizao. II - a par da satisfao da remunerao ou dos encargos especficos, incube ao concessionrio, cessionrio ou permissionrio manter o imvel em condies adequadas sua destinao, assim devendo restitu-lo. Art. 110 - A concesso, ou a permisso de uso de imvel municipal vincular-se- atividade institucional do concessionrio, do cessionrio ou do permissionrio, constituindo o desvio de finalidade causa necessria de extino, independentemente de qualquer outra. 1 - A utilizao de imvel municipal por servidor ser efetuada sob o regime de permisso de uso, cobrada a respectiva remunerao por meio de desconto em folha. 2 - O servidor ser responsvel pela guarda do imvel e responder por falta disciplinar grave na via administrativa se lhe der destino diverso daquele previsto no ato da permisso. 3 - revogada a permisso de uso ou implementado seu termo, o servidor desocupar o imvel. SEO III DOS BENS MVEIS Art. 111 - Aplicam-se a cesso de uso de bens mveis municipais as regras do artigo 108, 20.

Art. 112 - Admitir-se- a permisso de uso de bens mveis municipais, a beneficio de particulares, para realizao de servios especficos e transitrios, desde que no haja outros meios disponveis locais e sem prejuzo para as atividades do Municpio, recolhendo o interessado, previamente, a remunerao arbitrada e assinando termo de responsabilidade pela conservao e devoluo dos bens utilizados.

CAPTULO V DOS RECURSOS FINANCEIROS - SEO I DISPSIES GERAIS Art. 113 - Constituem recursos financeiros do Municpio: I - a receita tributria prpria; II - a receita tributria originria da Unio e do Estado entregue consoante o disposto nos artigos 158 e 159 da Constituio Federal; III - as multas arrecadadas pelo exerccio do poder de polcia; IV - as renda provenientes de concesses, cesses ou permisses institudas sobre seus bens; V - o produto da alienao de bens dominicais na forma desta Lei Orgnica; VI - as doaes e legados, com ou sem encargos, desde que aceitos pelo Prefeito; VII - outros ingressos de definio legal e eventuais. Art. 114 - O exerccio financeiro abrange as operaes relativas as despesas autorizadas por lei, dentro do respectivo ano financeiro, bem como todas as variaes verificadas no patrimnio municipal, decorrentes da execuo do oramento. Art. 115 - A concesso de qualquer vantagem ou aumento de remunerao, a criao de cargos ou a alterao da estrutura de carreira, bem como a admisso de pessoal, a qualquer ttulo, pelos rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico, s podero ser feitas se houver prvia dotao oramentria suficiente para atender s projees de despesas de pessoal e aos acrscimos dela decorrentes. SEO II DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS Art. 116 - O poder impositivo do Municpio sujeita-se s regras e limitaes estabelecidas na Constituio Federal, na Constituio Estadual e nesta Lei, sem prejuzo de outras garantias que a legislao tributria assegure ao contribuinte. 1 - Sempre que possvel, os impostos tero carter pessoal e sero graduados segundo a capacidade econmica do contribuinte, facultado a administrao tributria, especialmente para conferir efetividade a esse objetivo, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimnio, os rendimentos e as atividades econmicas do contribuinte. 2 - S lei especfica poder conceder anistia ou remisso fiscal. 3 - vedado; I - conceder iseno de taxas e de contribuies de melhorias; II - conceder parcelamento para pagamento de dbitos fiscais em prazo superior a seis meses, na via administrativa ou judicial. Art. 117 - O Municpio poder instituir os seguintes tributos: I - Imposto Sobre Propriedade Predial e Territorial Urbano (IPTU); II - Imposto Sobre a Transmisso Inter-Vivos a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por natureza ou acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem como a cesso de direitos sua aquisio (ITBI ); III - Imposto Sobre Vendas a Varejo de Combustvel lquido e gasoso, exceto leo diesel (IVVC);

IV - Imposto Sobre Servios de qualquer natureza (ISS ) definidos em Lei complementar; V - Taxas, em razo do exerccio regular do poder de polcia ou peja utilizao, efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos e divisveis, prestados ao contribuinte ou postos sua disposio; VI - Contribuio de melhoria, decorrente de obras pblicas. 1 - A base do clculo do IPTU o valor venal do imvel, ou seu valor locativo real, conforme dispuser a Lei Municipal, nele no compreendido o valor dos bens imveis mantidos, em carter permanente ou temporrio, no imvel, para efeito de sua utilizao, explorao, aformoseamento ou comodidade. 2 - Para fins de lanamento do IPTU, considerar-se- o valor venal do terreno, no caso de imvel em construo. 3 - Na hiptese do imvel situar-se apenas parcialmente no territrio municipal, o IPTU ser lanado proporcionalmente a rea nele situada. 4 - O valor venal do imvel, para efeito de lanamento do IPTU, ser fixado segundo critrios de zoneamento urbano e rural, estabelecidos pela Lei Municipal, atendido, na definio da zona urbana, o requisito mnimo da existncia de, pelo menos, dos melhoramentos construdos ou mantidos pelo poder pblico, dentre os seguintes: I - meio-fio ou calamento, com canalizao de guas pluviais; II - abastecimento de guas; III - sistema de esgotos sanitrios; IV - rede de iluminao pblica com ou sem posteamento para distribuio domiciliar; V - posto de sade ou escola primria a uma distncia mxima de trs quilmetros do imvel considerado. 5 - No se sujeitam ao IPTU os imveis destinados explorao agrcola, pecuria, extrativa vegetal, animal ou mineral ou agro-industrial, qualquer que seja sua localizao. 6 - sujeitam-se ao IPTU os imveis que embora situados na zona urbana, sejam comprovadamente utilizados como" stios de veraneio" e cuja eventual produo no se destine ao comrcio. 7 - O contribuinte poder a qualquer tempo requerer nova avaliao de sua propriedade para fins de lanamento do IPTU. 8 - A atualizao do valor bsico para clculo do IPTU poder ocorrer a qualquer tempo, durante o exerccio financeiro, desde que limitada variao dos ndices oficiais de correo monetria. 9 - O imposto de transmisso no incide sobre a transmisso de bens e direitos incorporados ao patrimnio de pessoa jurdica em realizao de capital, nem sobre a transmisso de bens e direitos decorrentes de fuso, incorporao, ciso, ou extino de pessoa jurdica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, a locao de bens imveis ou o arrendamento mercantil de imveis. 10 - O imposto de transmisso no incidir na desapropriao de imveis nem no seu retorno ao antigo proprietrio por no mais atender finalidade da desapropriao. 11. - Para fins de incidncia sobre vendas a varejo de combustveis lquidos e gasosos, considera-se vendas a varejo a realizada a consumidor final. 12 - A taxa de localizao ser cobrada, inicialmente, quando da expedio correspondente alvar , posteriormente, por ocasio da primeira fiscalizao efetivamente realizada a cada exerccio. 13 - A Lei Municipal poder instituir unidade fiscal municipal para efeito de atualizao monetria dos crditos fiscais do municpio. 14 - O Municpio divulgar at o ltimo dia do ms subseqente ao da arrecadao, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, bem como os recursos recebidos, os valores de origem tributria entregues e a entregar e a expresso numrica dos critrios de rateio. 15 - A devoluo de tributos indevidamente pagos, ou pagos a maior, ser feita pelo seu valor corrigido at sua efetivao. SEO III DOS ORAMENTOS Art. 118 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero: I - O plano plurianual de investimentos II - As diretrizes oramentrias III - Os oramentos anuais;

1 - A Lei que instituir o Plano Plurianual de Investimentos estabelecer as diretrizes, os objetivos e as metas para a administrao, prevendo as despesas de capital e outras dela decorrentes, bem como as relativas aos programas de durao coninad2. 2 - A Lei de diretrizes oramentrias definir as metas de prioridades para a administrao, incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subseqente. 3 - O Poder Executivo providenciar a publicao, at trinta dias aps o encerramento de cada bimestre, de Relatrio resumido da execuo oramentria. . 4 - A Lei Oramentria anual compreender: a) - O oramento fiscal referente aos poderes municipais, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas ou mantidas pelo Poder Pblico. b) - Oramento de investimento das empresas em que o municpio, direta ou indiretamente detenha a maioria do capital social com direito a voto. 5 - O Projeto de Lei oramentria ser acompanhado de demonstrativo do efeito, sobre as receitas e despesas decorrentes de isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria creditcia. 6 - Os oramentos compatibilizados com o plano plurianual, tero entre suas funes a de reduzir desigualdades entre diversos distritos do municpio. 7 - A Lei Oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e a fixao das despesas, devendo o Poder Executivo apresentar Cmara Municipal discriminao da verbas com as previses de realizaes para o exerccio. Art. 119 - So vedados: I - O incio de programa ou projeto no includo na Lei Oramentria; II - A realizao de despesas ou a assuno de obrigaes diretas que excedam os crditos oramentrios ou adicionais; III - A realizao de operaes de crdito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizaes mediante crdito suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pela maioria absoluta da Cmara Municipal. IV - A vinculao de receita de impostos a rgo fundo ou despesa, ressalvadas as excees previstas na Constituio Federal e na Constituio do Estado de Pernambuco. V - A abertura de crdito suplementar ou especiais sem prvia autorizao legislativa e sem indicao dos recursos correspondentes. VI - A transposio, o remanejamento ou a transferncia de recurso de uma Categoria de programa para outra, sem a prvia autorizao legislativa. VII - A concesso ou utilizao de crditos ilimitados. VIII - A instituio de fundos de qualquer natureza sem prvia autorizao legislativa. 1 - Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, ou sem Lei que autorize a incluso. 2 - Os crditos especiais e extraordinrios tero vigncias no exerccio financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorizao for promulgado nos ltimos quatro meses daquele exerccio, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, sero incorporados ao oramento do exerccio financeiro subseqente. 3 - A abertura de crditos extraordinrios somente ser admitida para atender as despesas imprevisveis e urgentes, como as decorrentes de comoo interna ou calamidade pblica. Art. 120 - Os recursos correspondentes s dotaes oramentrias compreendidos os crditos suplementares especiais, destinados ao Poder Legislativo, ser-lhes-o entregues at o dia vinte de cada ms, na forma da Lei Complementar Federal. Art. 121 - As licitaes e concorrncias ficaro submetidas a exame prvio da Cmara Municipal antes de homologadas pelo Poder Executivo, para sua execuo. Art. 122 - Nenhum tributo ou taxa sofrero alteraes dos seus ndices sem a prvia aprovao da Cmara Municipal. CAPTULO VI

DOS ATOS MUNICIPAIS, DOS CONTRATOS PBLICOS E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO. SEO I DOS ATOS MUNICIPAIS SUBSEO I DISPOSIES GERAIS Art. 123 - Os rgos de qualquer dos poderes municipais obedecero aos princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. Art. 124 - A explicitao das razes de fato e de direito ser condio de validade dos atos administrativos, executando-se aqueles cuja motivao a Lei reserve a discricionariedade da autoridade administrativa, que, todavia, fica vinculada aos motivos, na hiptese de os enunciar. 1 - A administrao pblica tem o dever de anular os prprios atos, quando elevados de vcios que os tomem ilegais, bem como a faculdade de revog-los, por motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados os diretos adquiridos e observado, sempre, o processo legal. 2 - A autoridade, que ciente de vcio invalidador de ato administrativo, deixar de san-lo, incorrer nas penalidades da Lei pela omisso, sem prejuzo das sanes previstas no Artigo 37 4 da Constituio Federal, se for o caso. SUBSEO II DA PUBLICIDADE Art. 125 - A publicidade das leis e dos atos municipais, sempre' que possvel, ser feita no Dirio Oficial do Estado e, obrigatoriamente, afixada em quadro de avisos, na sede do executivo municipal, em local de fcil acesso ao pblico. Art. 126 - Nenhuma Lei, resoluo ou ato administrativo normativo ou regulamentar produzir efeitos antes de sua publicao. Art. 127 - Os Poderes Pblicos Municipais promovero a consolidao a cada cinco anos, por meio de publicao oficial, das leis e dos atos normativos municipais. Art. 128 - A Cmara Municipal e a Prefeitura mantero arquivo das edies dos rgos oficiais, facultando-lhe o acesso a qualquer pessoa. SUBSEO III DA FORMA Art. 129 - A formalizao das leis e resolues observar tcnica e elaborao definida no Regimento Interno da Cmara Municipa1. Art. 130 - Os atos administrativos da Cmara Municipal tero a forma de portarias e instrues normativas, numeradas em ordem cronolgica, observadas as disposies do Regimento Interno. Art.131 - A formalizao dos atos administrativos da competncia do Prefeito ser feita. I - Mediante decreto, numerado em ordem cronolgica quando se tratar, entre outros casos, de: a) - Exerccio do poder de regulamentar; b) - Criao ou extino de funo gratificada, quando autorizada por Lei; c) - Abertura de crditos suplementares, especiais e extraordinrios; d) - Dec1arao de utilidade ou necessidade pblica de interesse social, para efeito de desapropriao ou de servido administrativa; e) - Criao, alterao ou extino de rgos da Prefeitura; f) - Aprovao de regulamentos e regimentos dos rgos da administraro direta; g) - Permisso para explorao de servios pblicos por meio de uso de bens pblicos; h) - Aprovao de planos e trabalho dos rgos da administrao direta; II - Mediante portaria numerada em ordem cronolgica, quando se tratar de:

a) - Provimento e vacncia de cargos pblicos e demais atos de efeito individual relativos aos servidores municipais; b) - Lotao e relotao dos quadros de pessoal; c) - Criao de comisses e designao de seus membros; d) - Instituio e dissoluo de grupo de trabalho; e) - Fixao e alterao dos preos dos servios prestados pelo Municpio e aprovao dos preos dos servios concedidos, permitidos e autorizados; f) - Definio da competncia dos rgos e das atribuies dos servidores da Prefeitura; g) - Abertura de sindicncia processo administrativo e aplicao de penalidades h) - Outros atos que por sua natureza e finalidade no sejam objeto de Lei ou Decreto. SUBSEO IV DO REGISTRO Art. 132 - A Cmara Municipal e a Prefeitura mantero, nos termos da Lei, registros idneos de seus atos, contratos e recursos de qualquer natureza. SUBSEO V DAS INFORMAES E CERTIDES Art. 133 - Os agentes pblicos, nas esferas de suas respectivas atribuies, prestaro informaes e fornecero certides a todo aquele que as requerer. 1 - O requerente, ou seu procurador, ter vista de documento ou processo na prpria repartio em que se encontre. 2 - Os processos administrativos somente podero ser retirados da repartio nos casos previstos em Lei, e por prazo no superior a quinze dias. 3 - Os agentes pblicos observaro o prazo de: a) - Dois dias para informaes verbais e vista de documentos ou atos de processo, quando impossvel sua prestao imediata; b) - Oito dias para informaes escritas; c) - Dez dias para expedio de certides. SEO II DOS CONTRATOS PBLICOS Art. 134 - O Municpio e suas entidades da administrao indireta cumpriro as normas gerais de licitao de contratao estabelecidas na Legislao Federal e as especiais que fixar a legislao Municipal, observado o seguinte: I - Prevalncia de princpios e regras do direito pblico, aplicando-se o direito privado supletivamente. II - Instaurao de um processo administrativo para cada licitao. III - Manuteno de registro cadastral de licitantes SEO III DO PROCESSO ADMINISTRATIVO Art. 135 - Os atos administrativos constitutivos e disciplinares sero expedidos e os contratos pblicos sero autorizados ou resolvidos por deciso proferida pela autoridade competente ao trmino do processo administrativo. Art. 136 - O processo administrativo, autuado, protocolado e numerado, ter incio mediante provocao do rgo, da entidade ou da pessoa interessada, devendo conter entre outras peas: I - A descrio dos fatos e a indicao do direito; II - A. prova do preenchimento de condies legais; III - Os relatrios e pareceres tcnicos ou jurdicos;

IV - Os atos designativos de comisses ou tcnicos; V - Notificaes e editais quando exigidos por Lei; VI - Termos do contrato ou equivalente; VII - Certido ou comprovante de publicao dos despachos; VIII - Documentos oferecidos pelo interessado; IX - Recursos eventualmente interpostos. Art. 137 - O Presidente da Cmara Municipal, o Prefeito e demais agentes administrativos observaro, na realizao dos atos de sua respectiva competncia, por prazo de: I - Quinze dias, para despachos de mero impulso; II - Trinta dias, para despachos que ordenem providncias a cargo de rgo subordinado ou de servidor municipal; III - Trinta dias para despachos que ordenem providncias a cargo do administrado; IV Tinta dias, para apresentao de relatrios e pareceres; V Trinta dias, para o proferimento de decises conclusivas... Pargrafo nico - Aplica-se ao descumprimento d qualquer dos prazos deste Artigo, a responsabilizao administrativa, civil e penal cabvel. CAPTULO VII DA INTERVENO DO PODER PBLICO MUNICIPAL NA PROPRIEDADE SEO I DISPOSIES GERAIS Art. 138 - facultado o Poder Pblico Municipal intervir na propriedade privada mediante desapropriao, parcelamento ou edificao compulsrios, tombamento, requisio, ocupao temporria., instituio de servido e imposio de limitaes administrativas. 1 - Os atos de desapropriao, de parcelamento ou edificao compulsrios, de tombamento e de requisio obedecero ao que dispuserem as Legislaes Federal e Estadual pertinentes. 2 - Os atos de ocupao temporria, de instituio de servido e de imposio de limitaes administrativas obedecero ao disposto na Legislao Municipal, observados os princpios fixados nesta Lei. SEO II DA OCUPAO TEMPORRIA Art. 139 - facultado ao Poder Executivo o uso temporrio, remunerado ou gratuito, de bem particular durante a realizao da obra, servio ou atividade de interesse pblico. Art. 140 - O proprietrio do bem ser indenizado se da ocupao resultar dano de qualquer natureza. SEO III DA SERVIDO ADMINISTRA TIV A Art. 141 - facultado ao Poder Executivo, mediante termo levado ao Registro Imobilirio, impor nus real de uso a imvel particular, para o fim de realizar servio pblico de carter permanente. Art. 142 - O proprietrio do prdio serviente ser indenizado sempre que o uso pblico decorrente da servido acarretar dano de qualquer natureza . CAPTULO VIII DA URBANIZAO Art. 143 - A urbanizao municipal ser regida e planejada pelos seguintes instrumentos: I - Lei de diretrizes gerais de desenvolvimento urbano; II - Plano diretor; III - Plano de controle de uso, do parcelamento e de ocupao do solo urbano;

IV - Cdigo de Obras do Municpio Art. 144 - A Lei de diretrizes gerais de desenvolvimento urbano conter as normas gerais urbansticas e edilcias que balizaro os planos diretores e de controle de uso, do parcelamento e de ocupao do solo urbano, o cdigo de obras municipal, bem como quaisquer leis que os integrem, modifiquem ou acresam. Pargrafo nico - Sem prejuzo das normas federais e como a adequada satisfao das funes elementares da cidade: habitar, trabalhar, circular e recrear-se; a)- a funcionalidade urbana assim entendida com a adequada satisfao das funes elementares da cidade: habitar, trabalhar, circular e recrear-se; b) - Esttica urbana; c) - Preservao histrica e paisagstica; d) - Preservao ecolgica e valorizao dos espaos livres, para o equilbrio harmnico do ambiente urbano. Art. 145 - O Plano Diretor instrumento bsico da poltica de desenvolvimento urbano e s poder ser revisto a cada cinco anos. . Art. 146 - O plano de controle de uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano obedecer aos seguintes princpios: a) - Dimenso mnima de lotes urbanos; b) - Testada mnima; c) - Taxa de ocupao mxima; d) - Cobertura vegetal obrigatria; e) - Estabelecimento de lotes-padro para bairros de populao de baixa renda; f) - Incentivos Fiscais que beneficiem populaes de baixa renda. Art. 147 - O Cdigo de Obras conter normas edilcias relativas s construes, demolies e empachamentos em reas urbanas e de expanso urbana, obedecendo aos princpios de: a) - Segurana, funcionalidade, esttica, higiene e insalubridade das construes; b) - Proporcionalidade entre ocupao de equipamento urbano; c) - Atualizao tecnolgica na engenharia e arquitetura. 1 - A Lei poder estabelecer padres estticos especiais para bairros, vilas ou para toda cidade, sede do municpio, para atender a interesses histricos, paisagsticos ou realizao da construo aprovada, dentro do prazo de sua validade, na forma da Lei. 2 - A licena de construo do instrumento bsico do cdigo de obras e sua outorga gerar direto subjetivo realizao da construo aprovada, dentro do prazo de sua validade, na forma da lei. 3 - A licena no ser prorrogada se houver alterao das normas edilcias com as quais o projeto anteriormente aprovado for incompatvel. 4 - A prestao de servios pblicos as comunidades de baixa renda independer do reconhecimento dos logradouros ou da regularizao urbanstica ou registral das reas em que se situam e de suas edificaes. CAPTULO IX DA SEGURANA PBLICA Art. 148 - A segurana pblica dever do municpio nos termos do Artigo 1440 da Constituio Federal, nos limites de sua competncia e possibilidades materiais. Art. 149 - Os agentes municipais tm o dever de cooperar com os rgos federais e estaduais de segurana pblica para a preveno do delito, a represso da criminal idade e a preservao da ordem pblica. Art. 150 - Lei poder criar, definindo-lhe as caractersticas organizacionais e atribuies, guarda municipal para a proteo dos bens, servios e instalaes do municpio.

Art. 151 - Para exercer atividades auxiliares e complementares de defesa civil, o Municpio poder criar organizaes de voluntrios, que atuaro segundo os padres do Corpo de Bombeiros e, de preferncia, mediante convnio com Estado. TTULO VI DISPOSIES TRANSITRIAS Art. 152 Os poderes pblicos municipais provero edio popular de texto integral desta Lei Orgnica que ser distribuda aos muncipes por meio de escola, sindicatos, associaes de moradores e outras instituies representativas da comunidade. Art. 153 - Fica reconhecida como patrimnio cultural de Ipojuca a Banda de Msica Santa Ceclia. Art. 154 - A Secretaria de Educao dever incluir no seu programa o ensino da histria do Municpio. Art. 155 - O Poder Pblico Municipal dever desenvolver esforos no sentido de firmar convnios com o Estado visando a ampliao do ensino de segundo grau. Art. 156 - A Secretaria de Educao dever incentiva os alunos aprendizagem da msica. Art. 157 - Fica o Poder Pblico Municipal obrigado a criar o ensino de pr-alfabetizao, a partir da promulgao desta Lei. Art. 158 - assegurado ao professor, em sala de aula um vencimento mensal de, no mnimo, um e meio (1,5) salrio mnimo. Art. 159 - Fica proibido o uso de veculos oficiais aos sbados, domingos e feriados, e , nos dias teis fora do horrio normal do expediente. Pargrafo nico - Estas disposies no se aplicam ambulncias, veculos da limpeza pblica e os privativos do chefes dos Poderes Legislativo e Executivo. Art. 160 - Fica vedada a aplicao financeira pelos poderes Executivo e Legislativo quando em dbito com seus servidores. Art. 161 - Qualquer Projeto de Lei que implique em despesas para o Poder Pblico dever, obrigatoriamente, constar fonte de recursos. Art. 162 - Fica o Poder Pblico autorizado a dar assistncia a futuros conselhos criados pela comunidade relativos a: a) - Agricultura; b) - Sade; c) - Educao d) - Meio Ambiente. No sendo remunerados que dele participem. Pargrafo nico - Lei Ordinria dever regulamentar a matria. Art. 163 - A reviso desta Lei Orgnica ser realizada aps cinco anos, contados da promulgao, pelo voto da maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal. Art. 164 - Minuta do oramento anual dever ser encaminhada Cmara Municipal, anualmente, para discusso, anlise e propostas de alteraes, trinta dias antes da elaborao do. Projeto de Lei. Art. 165 - Fica assegurado o livre acesso dos Vereadores' Prefeito e Vice-Prefeito aos locais de diverses pblicas instaladas no mbito municipal. Art. 166 - Fica assegurada a continuidade do pagamento semanal aos trabalhadores e servidores que j o percebem e, sessenta dias aps a promulgao desta Lei, os demais servidores e empregados civis, bem como os inativos e pensionistas, passaro a receber seus vencimentos, proventos e penses em duas parcelas quinzenais, havendo disponibilidade financeira para tal. Art. 167 - O Poder Executivo, a partir do exerccio de 1991 incluir, no seu oramento anual, cinco por cento da sua previso oramentria para a execuo de programas de desapropriao de terras no Municpio, destinadas a loteamento comercializao com a populao de baixa renda. Art. 168 - direito do servidor municipal investido num mandato de Vereador no exerccio funcional onde estiver trabalhando.

Art. 169 - As indstrias que vierem a serem instaladas no Municpio devero na formao de seu quadro de funcionrios dar prioridade, preferencialmente, a mo de obra residente no Municpio. Art. 170 - A assistncia social ao cidado ser prestada pelo Municpio, dando prioridade s crianas e adolescentes de rua, aos desabrigados, aos desempregados, a maternidade desamparada, aos doentes portadores de deficincias e aos idosos. Art. 171 - O Municpio estabelecer plano de aes na rea de assistncia social, observando os seguintes princpios: I) - A coordenao, execuo e acompanhamento das aes, ficam a cargo do rgo pblico. II) - Participao da populao na formulao das polticas e no controle das aes em todos os nveis. III) - Recursos financeiros consignados no oramento municipal alm de outras fontes. IV) - Convnios com entidades beneficentes e de assistncia social visando a execuo dos planos. Art. 172 - As Constituies Federal e Estadual sero aplicadas subsidiariamente aos casos omissos para dirimir quaisquer dvidas oriundas, porventura, da presente Lei. JOS APOLNIO DE OLIVEIRA. Presidente JOS JLIO DO REGO NETO Relator ETELVINO BRAZ DE ARAJO Secretrio JOS CORREIA DE LACERDA FILHO Vereador SEVERINA TELES DE LIMA Vereadora LUTZ FERNANDO DE M. CAVALCANTI Vereador AMAO ALVES DA SILVA Vereador JOS SALGUEIRO AMORIM Vereador WALTER JOS DE SANTANA Vereador