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04/ 10/ 12 Lei núm er o 1/ 51 www. r i bei r aopr et o. sp. gov. br / l ei s/ pesqui sa/ i m pr i mi r . php?i d=33955 Ato número: 2505 Imprimir Data de elaboração: 17/01/2012 Data de publicação: 18/01/2012 Tipo de ato: Lei Complementar Ementa: DISPÕE SOBRE O PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO. Conteúdo: Faço saber que a Câmara Municipal aprovou o Projeto de Lei Complementar nº 207/2011, de autoria do Executivo Municipal e eu promulgo a seguinte lei: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Artigo 1º - Esta lei visa estabelecer normas para a execução da política urbana no Município de Ribeirão Preto, através do pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, garantindo o bem estar de seus habitantes e um meio ambiente ecologicamente equilibrado, para as presentes e futuras gerações, conforme disposto na Constituição Federal, na Lei nº 10.257/01 - Estatuto da Cidade - e em conformidade com a Lei Complementar nº 501/95 - Plano Diretor de Ribeirão Preto e de suas alterações. Artigo 2º - Constituem objetivos desta lei: I - estabelecer normas e condições para o parcelamento, uso e ocupação do solo no Município de Ribeirão Preto, de observância obrigatória por parte dos agentes públicos e privados; II - promover o desenvolvimento ordenado do espaço físico, disciplinando o uso do solo, para que as diversas atividades se distribuam de forma equilibrada pelo território, visando a constituição de unidades de ocupação planejada, conforme disposto no Plano Diretor, porém evitando conflito entre as mesmas; III - prover a cidade de áreas para a implantação de equipamentos comunitários, notadamente os das áreas de educação e saúde, conforme disposto na Constituição Federal; IV - compatibilizar o uso do solo com o sistema viário, de forma que o trânsito local de acesso às edificações interfira o mínimo possível no trânsito de passagem e que as atividades consideradas pólos geradores de tráfego não venham a comprometer a fluidez do sistema viário nas áreas de entorno das mesmas; V - garantir que o parcelamento do solo urbano atenda ao aumento populacional, visando a continuidade da malha urbana, evitando-se a formação de vazios e propondo o adensamento adequado às condições geomorfológicas das diferentes áreas que compõem o território do município; VI - garantir que o parcelamento do solo urbano atenda aos diversos segmentos sociais de forma equilibrada no território do município, priorizando que os parcelamentos para população de baixa renda situem-se próximos a equipamentos comunitários e ao transporte público, estimulando as formas integradas à moradia para população de baixa renda; VII - compatibilizar o parcelamento do solo com as condições naturais, com a infraestrutura básica, com a capacidade de ampliação dos serviços públicos e com a

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Ato número: 2505 Imprimir

Data deelaboração:

17/01/2012

Data depublicação:

18/01/2012

Tipo de ato: Lei Complementar

Ementa:

DISPÕE SOBRE O PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO MUNICÍPIODE RIBEIRÃO PRETO.

Conteúdo:

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou o Projeto de Lei Complementar nº207/2011, de autoria do Executivo Municipal e eu promulgo a seguinte lei:

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Artigo 1º - Esta lei visa estabelecer normas para a execução da política urbana noMunicípio de Ribeirão Preto, através do pleno desenvolvimento das funções sociais dacidade, garantindo o bem estar de seus habitantes e um meio ambienteecologicamente equilibrado, para as presentes e futuras gerações, conforme dispostona Constituição Federal, na Lei nº 10.257/01 - Estatuto da Cidade - e emconformidade com a Lei Complementar nº 501/95 - Plano Diretor de Ribeirão Preto ede suas alterações.

Artigo 2º - Constituem objetivos desta lei:

I - estabelecer normas e condições para o parcelamento, uso e ocupação do solo noMunicípio de Ribeirão Preto, de observância obrigatória por parte dos agentes públicose privados;

II - promover o desenvolvimento ordenado do espaço físico, disciplinando o uso dosolo, para que as diversas atividades se distribuam de forma equilibrada peloterritório, visando a constituição de unidades de ocupação planejada, conformedisposto no Plano Diretor, porém evitando conflito entre as mesmas;

III - prover a cidade de áreas para a implantação de equipamentos comunitários,notadamente os das áreas de educação e saúde, conforme disposto na ConstituiçãoFederal;

IV - compatibilizar o uso do solo com o sistema viário, de forma que o trânsito local deacesso às edificações interfira o mínimo possível no trânsito de passagem e que asatividades consideradas pólos geradores de tráfego não venham a comprometer afluidez do sistema viário nas áreas de entorno das mesmas;

V - garantir que o parcelamento do solo urbano atenda ao aumento populacional,visando a continuidade da malha urbana, evitando-se a formação de vazios epropondo o adensamento adequado às condições geomorfológicas das diferentesáreas que compõem o território do município;

VI - garantir que o parcelamento do solo urbano atenda aos diversos segmentossociais de forma equilibrada no território do município, priorizando que osparcelamentos para população de baixa renda situem-se próximos a equipamentoscomunitários e ao transporte público, estimulando as formas integradas à moradiapara população de baixa renda;

VII - compatibilizar o parcelamento do solo com as condições naturais, com ainfraestrutura básica, com a capacidade de ampliação dos serviços públicos e com a

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demanda habitacional do município, visando um desenvolvimento sustentável.

Artigo 3º - Para efeito de aplicação desta lei, são adotados os conceitos e definiçõesarroladas no glossário que integra o Anexo I, parte integrante desta lei.

CAPÍTULO II DA DIVISÃO TERRITORIAL

Artigo 4º - O território do Município de Ribeirão Preto fica dividido em zona urbana,zona de expansão urbana e zona rural, sendo que:

I - Zona Urbana é aquela delimitada pelo perímetro urbano, linha divisória entre azona urbana e a zona de expansão urbana, conforme descrição contida nos Anexos

II - A e II - B desta lei;

II - Zona de Expansão Urbana é aquela situada entre a zona urbana e zona rural,conforme descrição contida no Anexo II - C;

III - Zona Rural é aquela situada entre a zona de expansão urbana e os limitesterritoriais do município.

Parágrafo Único - As zonas urbana, de expansão urbana e rural encontram-sedemarcadas no mapa que compõe o Anexo XI desta lei.

Seção I Do Macrozoneamento

Artigo 5º - As zonas urbana, de expansão urbana e rural ficam subdivididas nasmacrozonas abaixo definidas:

I - Zona de Urbanização Preferencial (ZUP): composta pelas áreas internas ao anelviário formado pelas rodovias Anhanguera, Antonio Machado Sant’Anna, AntonioDuarte Nogueira e Alexandre Balbo, dotadas de infraestrutura e condiçõesgeomorfológicas propícias para urbanização (formação da Serra Geral), de acordo como descrito no Anexo III - B desta lei;

II - Zona de Urbanização Controlada (ZUC): composta por áreas externas ao AnelViário Contorno Sul e Anel Viário Contorno Norte, com condições geomorfológicaspropícias para urbanização (formação Serra Geral), de acordo com o descrito no AnexoIII - A desta lei;

III - Zona de Urbanização Restrita (ZUR): composta por áreas internas e externas aoperímetro urbano, formadas por áreas frágeis e vulneráveis à ocupação intensa,correspondente à área de afloramento ou recarga das Formações Botucatu-Piramboia(Aquífero Guarani) de acordo com a descrição contida no Anexo III - C desta lei;

IV - Zona Rural (ZR): composta pelas demais áreas do território municipal, destinadasao uso rural, agroindustrial e a equipamentos de uso público de influência municipal ouintermunicipal;

V - Zona de Proteção Máxima (ZPM): descrita no Plano Diretor e no zoneamentoambiental, composta pelas planícies aluvionares (várzeas), margens de rios, córregos,lagoas, reservatórios artificiais e nascentes, áreas cobertas com vegetação natural;

VI - Zona de Impacto de Drenagem (ZID): composta por áreas sensíveis à drenagem,onde seu impacto incrementa diretamente as enchentes municipais. Estas áreasdevem obedecer a critérios rigorosos no dimensionamento do sistema de drenagem,descrita no Plano Diretor de Macrodrenagem, para mitigar ou compensar eventuaisimpactos relativos à drenagem urbana;

VII - Zona de Amortecimento da Estação Ecológica de Ribeirão Preto - Mata de SantaTereza (ZMT) - composta pela área localizada no entorno da Estação Ecológica deRibeirão Preto - EERP, sendo que sua delimitação corresponde às das microbacias doscórregos Serraria e do Horto somadas, onde a urbanização está sujeita a normas quevisam preservar a paisagem e o ecossistema existentes. Estas normas estãoexpressas no Capítulo VI desta lei.

Seção II Das Áreas Especiais

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Artigo 6º - São Áreas Especiais:

I - Área Especial do Quadrilátero Central (AQC) - que abrange a área urbana situadaentre as avenidas Nove de Julho, Independência, Francisco Junqueira e JerônimoGonçalves, conforme descrito no Anexo IV - A desta lei;

II - Áreas Especiais de Interesse Social - São áreas compostas por parcelamentosdestinados à população de média e baixa renda ou assentamentos informais, sujeitasà recuperação urbanística e à regulamentação fundiária, bem como áreasdesocupadas onde se incentiva a produção de moradias para aqueles segmentos dapopulação, ou de habitações de interesse social, descritas no Anexo IV - F;

III - Áreas Especiais de Uso Industrial (AID) - destinadas principalmente à implantaçãode atividades industriais com risco ambiental alto e moderado, mas podendo recebertambém os demais tipos de indústrias, bem como atividades comerciais e de prestaçãode serviços, localizadas principalmente em distritos industriais e junto às rodovias,pela facilidade do transporte de cargas, onde fica proibido o uso residencial. Estasáreas estão descritas nos Anexos V - A, V - B, V - C, V - D e V - E;

IV - Áreas Especiais de Boulevard (ABV): compostas por áreas de uso mistodestinadas à expansão de atividades comerciais e de prestação de serviços, nospolígonos descritos pelos Anexos IV B.1 e IV B.2;

V - VETADO;

VI - VETADO;

VII - Área Especial de Bonfim Paulista (ABP) - composta pelo núcleo urbano centraldaquele Distrito, integrante do patrimônio histórico do Município, conforme descrito noAnexo IV - D;

VIII - Áreas Especiais de Proteção à Paisagem (APG) - compostas pelos eixos visuaissignificativos da cidade e pelas áreas de entorno de parques e remanescentes devegetação natural, nos quais serão estabelecidos, gabaritos e usos específicos, comvistas à proteção da paisagem, por meio de legislação própria;

IX - Áreas Especiais para Parques Urbanos (APU) - compostas por áreas propícias àimplantação de parques urbanos, notadamente as áreas de proteção permanente eos remanescentes de vegetação natural, mediante parceria, permuta, doação oucompra, inclusive através do direito de preempção, por parte do Município, e deverãoser objeto de legislação específica;

X - Área Especial do Aeroporto (AEA) - é a área abrangida pelo Aeroporto Luis LeiteLopes e pelo Plano Específico de Zoneamento de Ruído do mesmo, sujeita àsrestrições específicas ditadas pelos órgãos da aeronáutica;

XI - VETADO.

Parágrafo Primeiro - Os limites territoriais das Áreas Especiais de Interesse Social,poderão ser revistos e atualizados anualmente, mediante projeto de lei a serencaminhado à Câmara Municipal pelo Chefe do Poder Executivo.

CAPÍTULO III DAS ATIVIDADES E USOS URBANOS

Seção I Do Uso Residencial

Artigo 7º - O Uso Residencial será autorizado em qualquer local da zona urbana e deexpansão urbana exceto:

I - nas zonas de Proteção Máxima - ZPM;

II - nas Áreas Especiais de Uso Industrial tipo 1 (AID-1) ; tipo 2 (AID-2) e tipo 3 (AID-3);

III - na Área Especial do Aeroporto - AEA;

IV - nas faixas de 100 (cem) metros paralelas às cercas de ambos os lados das

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seguintes rodovias:

a) Anhanguera;

b) Cândido Portinari;

c) Antônio Duarte Nogueira (Anel Viário Contorno Sul), no trecho entre a rodovia AtílioBalbo e a rodovia Mário Donegá;

d) Antônio Machado Sant’Anna no trecho que vai do córrego da Limeirinha até oRibeirão Preto;

e) Antonio Machado Sant’Anna, no trecho que vai do entroncamento com a estradaCelso Pinheiro Machado de Souza e com a rodovia José Fregonesi (SP-328) até o limiteda Área de Expansão Urbana;

V - na faixa de 100 (cem) metros, paralela à cerca da Rodovia Alexandre Balbo (AnelViário Contorno Norte), do lado interno ao Anel Viário, no trecho compreendido entre aRodovia Anhanguera e a Rodovia Atílio Balbo, sendo que, defronte aos conjuntoshabitacionais já existentes na data da publicação desta lei, e somente em suaextensão, será possível o uso residencial ou misto entre o conjunto e a rodovia, desdeque mitigado o ruído proveniente da rodovia, por dispositivos apropriados (sebe viva,muro, etc.);

VI - nas faixas de 20 (vinte) metros após as áreas destinadas às vias marginais, deambos os lados das seguintes rodovias:

a) Rodovia Antônio Duarte Nogueira, no trecho entre a rodovia Mário Donegá e aRodovia Antônio Machado Sant’Anna;

b) na Via Expressa que liga Ribeirão Preto a Bonfim Paulista (SP-328);

c) na Rodovia Antônio Machado Sant’Anna, do seu início, no trevo Waldo Adalberto daSilveira até o córrego da Limeirinha.

VII - na Rodovia Antonio Machado Sant’Anna, do lado direito, sentido RibeirãoPreto/Araraquara, no trecho entre o Ribeirão Preto e o trevo da Rodovia JoséFregonesi;

VIII - na faixa de 170 (cento e setenta) metros paralela à cerca da Rodovia AbraãoAssed, do lado esquerdo, sentido Ribeirão Preto-Serrana;

IX - nas áreas próximas a estações de tratamento de esgoto, estações elevatórias deesgoto, aterros sanitários e locais de compostagem de lixo, onde o afastamentomínimo exigido, em relação a estes equipamentos, será de 200 (duzentos) metros,podendo, caso a caso, esta distância ser alterada por meio de análise técnica doórgão ambiental competente.

§ 1º - As faixas citadas nos incisos IV, V, VI, VII e VIII poderão ser arborizadas eincluídas no percentual reservado ao sistema de áreas verdes, ou poderão ainda serdestinadas ao uso exclusivamente comercial, de prestação de serviços ou industrial,para atividades com índice de risco ambiental máximo igual ao determinado pelozoneamento local, sendo vedada a destinação das mesmas para fins institucionais.

§ 2º - Nas faixas de 20 (vinte) metros, paralelas à Rodovia Antônio Duarte Nogueira,citadas no inciso VI, nos trechos situados nas subzonas 01 e 02 da Zona deAmortecimento da Estação Ecológica de Ribeirão Preto, do lado externo ao Anel Viário,somente será permitido o uso como sistema de áreas verdes.

§ 3º - Quando o uso do solo, após as faixas mencionadas no § 1º, for estritamenteresidencial, as atividades a serem implantadas nessas faixas não poderão ter índicede risco ambiental superior a 1,0 (um).

§ 4º - As exigências dos incisos IV, V, VI, VII e VIII somente serão aplicadas aos novosloteamentos, aprovados com base na presente lei, sendo que, nos loteamentos jáexistentes na data de sua publicação valerão as disposições já estabelecidas pelosmemoriais dos mesmos, registrados em cartório de imóveis.

§ 5º - Os assentamentos informais de baixa renda - favelas - existentes na data dapublicação desta lei, ficam enquadrados como Área Especial de Interesse Social e

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poderão ser urbanizados a critério do poder público.

Seção II Dos Usos Não Residenciais

Artigo 8º - A autorização para instalação de usos e atividades não residenciais, emedificações novas ou existentes, na zona urbana e de expansão urbana, dependerádo cumprimento das normas urbanísticas contidas nesta lei, no Código do MeioAmbiente e no Código de Obras, especialmente no que se refere aos limites máximosadmissíveis de geração de incomodidade, nocividade e periculosidade em relação aoseu entorno, expressos pelo índice de risco ambiental no qual a atividade se enquadree de seu potencial como pólo gerador de incomodo no tráfego.

§ 1º - A classificação dos usos e atividades urbanas quanto ao índice de riscoambiental e pólo gerador de incômodo no tráfego consta da tabela do Anexo VIintegrante desta lei.

§ 2º - Os usos e atividades industriais e seus respectivos índices de risco ambiental,encontram-se listados na tabela do Anexo VII integrante desta lei.

§ 3º - A classificação de determinada atividade nas tabelas a que se referem osparágrafos anteriores poderá ser alterada, para níveis menos ou mais restritivos, emfunção de análise especial.

§ 4º - VETADO.

Artigo 9º - A classificação de atividades não incluídas nas tabelas a que se refere oartigo anterior, bem como a alteração do índice de risco ambiental de atividades,serão efetuadas por meio de análise, com base nos requisitos abaixo:

I - análise quanto ao porte, o processo operacional e o controle efetivo de riscoambiental;

II - obediência às exigências federais, estaduais, municipais e normas da AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas - ABNT e demais normas pertinentes, com relação àemissão poluidora de qualquer natureza;

III - análise de localização e de exigências sanitárias municipais;

IV - análise de trânsito;

V - análise quanto à segurança pública.

§ 1º - Competirá aos técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente oenquadramento das atividades em índice de risco ambiental, ouvidos os demaisórgãos pertinentes se for o caso.

§ 2º - A alteração do valor do índice de risco ambiental ocorrerá por análise criteriosade cada caso, retornando ao seu valor inicial quando as características doempreendimento não mais justificarem tal alteração.

Artigo 10 - Para fins de aplicação desta lei, adotam-se as definições de periculosidade,nocividade e incomodidade consignadas na norma NBR-13.296 da ABNT, como segue:

I - periculosidade é a repercussão adversa que se manifesta de forma aguda eacidental sobre o meio ambiente;

II - nocividade é a alteração adversa de características do meio ambiente que resulteem dano de qualquer tipo;

III - incomodidade é a alteração adversa de características do meio ambiente queresulte única e exclusivamente em desconforto ou inconveniência do bem estarpúblico.

Artigo 11 - O índice de risco ambiental é definido em função da probabilidade deocorrência de efeito adverso com determinada gravidade, de acordo com os aspectosde periculosidade, nocividade e incomodidade no meio físico natural ou construído.

I - As atividades que apresentam risco ambiental alto são classificadas com índice de2,5 a 3,0 e caracterizam-se por:

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a) periculosidade de grau médio, provocando grandes efeitos não minimizáveis,mesmo depois da aplicação dos métodos adequados de controle e tratamento deefluentes;

b) nocividade de grau elevado pela vibração e/ou ruídos fora dos limites da indústria;

c) incomodidade em grau elevado.

II - As atividades que apresentam risco ambiental moderado são classificadas comíndice de 2,0 e caracterizam-se por:

a) periculosidade de grau baixo, produzindo efeitos minimizáveis pela aplicação demétodos adequados de controle e tratamento de efluentes;

b) nocividade de grau médio, em razão da exalação de odores e/ou materialparticulado;

c) incomodidade de grau elevado decorrente do intenso tráfego e ruídos em níveisincômodos fora dos limites da indústria.

III - As atividades que apresentam risco ambiental baixo são classificadas com índicede 1,0 a 1,5 e caracterizam-se pela:

a) nocividade de grau baixo, em razão dos efluentes hídricos e atmosféricos;

b) incomodidade de grau médio a baixo, apresentando movimentação tolerável depessoal e tráfego, bem como níveis toleráveis de efluentes e/ou ruídos.

IV - As atividades sem risco ambiental são classificadas com índice 0,5 e caracterizam-se pela incomodidade de grau baixo, com efeitos inócuos, independentemente doporte, compatíveis com outros usos urbanos.

Artigo 12 - As áreas destinadas aos usos industriais, comerciais e de prestação deserviços, com risco ambiental, conforme os Anexos VI e VII, serão classificadas nasseguintes categorias, compatibilizando as atividades com a proteção ambiental:

I - Área de Uso Industrial I (AID-1) - destina-se, sem prejuízo à instalação deestabelecimentos de menor potencial poluidor, ao desenvolvimento de atividadesindustriais, comerciais e de prestação de serviços, cujos resíduos sólidos, líquidos egasosos, ruídos, vibrações e radiações possam causar perigo à saúde, ao bem estar eà segurança das populações, mesmo depois da aplicação de métodos adequados decontrole e tratamento de efluentes, nos termos da legislação vigente, classificadascom índice de risco ambiental até 3,0 (três);

II - Área de Uso Industrial II (AID-2) - destina-se, sem prejuízo à instalação deestabelecimentos de menor potencial poluidor, ao desenvolvimento de atividadesindustriais, comerciais e de prestação de serviços, cujos resíduos sólidos, líquidos egasosos, ruídos, vibrações e radiações possuam caráter nocivo à saúde, ao bem estare à segurança das populações, mesmo depois da aplicação de métodos adequados decontrole e tratamento de efluentes, nos termos da legislação vigente, classificadascom índice de risco ambiental até 2,0 (dois);

III - Área de Uso Industrial III (AID-3) - destina-se, sem prejuízo à instalação deestabelecimentos de menor potencial poluidor, à implantação de atividades industriais,comerciais e de prestação de serviços, classificadas com índice ambiental até 2,0(dois), exceto aquelas que possam causar infiltração de efluentes no subsolo,atingindo o lençol freático ou o Aquífero Guarani,que produzam efluentes gasosos,nocivos à saúde e bem estar das populações, ou que possam influir nas operações doaeroporto;

IV - Área de Uso Misto I (AUM-1) - destina-se, sem prejuízo à instalação deestabelecimentos de menor potencial poluidor, à implantação daqueles cujosprocessos, submetidos à métodos adequados de controle e tratamento de efluentes,ainda contenham fatores incômodos, em relação às demais atividades urbanas,classificadas com índice ambiental até 1,5 (um e meio);

V - Área de Uso Misto II (AUM-2) - destina-se à instalação de estabelecimentos, cujoprocesso produtivo associado a métodos especiais de controle de poluição, nãocausem inconvenientes à saúde, ao bem estar e segurança das populações vizinhas,

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classificadas com índice de risco ambiental até 1,0 (um);

VI - Área Não Residenciais - na divisa de loteamento com natureza de atividadesdistintas de uso, dar-se-á o mesmo tratamento para as atividades nas duas faceslindeiras a esta divisa, desde que seja prestação de serviço.

Parágrafo Único - As áreas acima classificadas estão demarcadas no mapa quecompõe o Anexo XIII desta lei e têm sua descrição perimétrica nos Anexos V - A, V - B,V - C, V - D e V - E.

Artigo 13 - A instalação de atividades não residenciais, com índice de risco ambientaligual ou superior a 1,5 e/ou as que queimem combustível de qualquer tipo, deverá serprecedida de licenciamento ambiental pelo órgão competente.

Artigo 14 - Os empreendimentos instalados em áreas de afloramento do ArenitoBotucatu-Piramboia, corresponde à Zona de Urbanização Restrita (ZUR), deverãodispor seus resíduos de forma a impedir a contaminação do aquífero subterrâneo.

Parágrafo Único - Na ZUR não serão permitidas atividades industriais e de prestaçãode serviços que utilizem grandes volumes de água e/ou gerem grandes volumes deefluentes líquidos.

Artigo 15 - Os empreendimentos deverão adotar mecanismos de tratamento econtrole das emissões, mesmo estando em áreas compatíveis com o índice de riscoambiental.

Parágrafo Único - O empreendedor é responsável por manter as emissões dentro dospadrões vigentes, sob pena de se sujeitar as punições previstas na legislaçãoaplicável.

Artigo 16 - O manejo, o tratamento e o destino final dos resíduos sólidos e semi-sólidos deverão atender o disposto no Código do Meio Ambiente e demais normas elegislação pertinentes.

Artigo 17 - Os usos e atividades urbanas geradores de intensificação de tráfego deveículos automotores são:

I - aqueles em que a hora de pico da atividade coincide com o horário de pico dotráfego geral da cidade;

II - aqueles que utilizam veículos de grande porte com lentidão na execução demanobras; e

III - aqueles onde ocorre atração simultânea de grande número de automóveis e/outráfego de carga.

Artigo 18 - Os usos e atividades urbanas geradores de intensificação do tráfego deveículos automotores classificam-se em:

I - Geradores de Incômodo no Tráfego - Nível 1 (GIT-1) - usos que, por sua natureza,ocasionam pequena intensificação do tráfego de automóveis e de veículos leves decarga (furgões, caminhões de pequeno porte);

II - Geradores de Incômodo no Tráfego - Nível 2 (GIT-2) - usos que, por sua natureza,ocasionam média intensificação do tráfego de automóveis e/ou atraem veículos decarga (caminhões);

III - Geradores de Incômodo no Tráfego - Nível 3 (GIT-3) - usos que ocasionam grandeintensificação do tráfego de automóveis e transporte coletivo e/ou de cargas(shopping-centers, grandes atacadistas, escolas de grande porte, hospitais de grandeporte, hipermercados, terminais de carga ou passageiros, etc.).

Artigo 19 - Para a autorização de usos e atividades urbanas geradores do transportede cargas, enquadrados na categoria GIT-2 e GIT-3, é obrigatória a reserva de áreade terreno, internamente ao lote e com acesso separado daquele destinado aoestacionamento de automóveis, que seja suficiente para a realização de manobras ede carga e descarga de mercadorias, com dimensão diferenciada em função daspeculiaridades dos respectivos usos e da hierarquia funcional das vias lindeiras decirculação de veículos, conforme análise específica do órgão do Poder ExecutivoMunicipal responsável pelo planejamento viário, trânsito e transporte coletivo.

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Artigo 20 - A instalação de usos e atividades urbanas não residenciais deveráobedecer às seguintes normas de localização:

I - VETADO;

II - nas Áreas Estritamente Residenciais (AER), não serão permitidos usos nãoresidenciais, a não ser que haja memorial descritivo do loteamento, devidamenteregistrado em cartório de imóveis, no qual estejam previstas especificamente asatividades e os locais permitidos, sendo que o horário de funcionamento será até as22 horas, no máximo;

III - os usos com índice de risco ambiental até 1,0 (um), e que não sejam geradoresde intensificação de tráfego, poderão ser instalados em qualquer via do município,exceto nas Áreas Especiais Predominantemente Residenciais (APR), onde se aplica odisposto no inciso I, deste artigo, nas Áreas Estritamente Residenciais, onde se aplicao inciso II deste artigo, e onde houver restrições em contrário, constantes domemorial descritivo do loteamento;

IV - os usos com índice de risco ambiental igual a 1,5 (um e meio), e que não sejamgeradores de intensificação de tráfego, poderão ser instalados na Área de Uso Misto I(AUM-1) e nas Áreas de Uso Industrial I, II e III (AID-1, AID-2 e AID-3), exceto ondehouver determinação em contrário constante do memorial descritivo do loteamento;

V - os usos com índice de risco ambiental superior a 1,5 (um e meio), até 2,0 (dois),poderão ser instalados nas Áreas de Uso Industrial I, II e III (AID-1, AID-2 e AID-3);

VI - os usos com índice de risco ambiental superior a 2,0 (dois), até 3,0 (três) poderãoser instalados nos locais estipulados para os mesmos na Área de Uso Industrial I(AID-1);

VII - os usos classificados como Geradores de Incômodo no Tráfego - Nível 2 (GIT-2),poderão ser instalados em qualquer via do município, exceto na Área EspecialPredominantemente Residencial (APR), na Área Estritamente Residencial (AER) e ondehouver restrições ao uso não residencial, constantes do memorial descritivo doloteamento, sendo que na Área Especial do Quadrilátero Central (AQC) dependerá deanálise especial pelos órgãos responsáveis pelo trânsito e sistema viário;

VIII – os usos classificados como Geradores de Incômodo no Tráfego – Nível 2 (GIT-2),poderão ser instalados nas vias coletoras, avenidas, vias marginais de vias expressasde 1ª e 2ª categoria, nas Áreas de Uso Misto I (AUM-1) e nas Áreas de Uso IndustrialI, II e III (AID-1, AID-2 e AID-3), exceto onde houver restrições ao uso não residencial,constantes do memorial descritivo do loteamento e nas vias que cruzam as APR e AER;

IX - os usos classificados como Geradores de Incômodo no Tráfego – Nível 3 (GIT-3),poderão ser instalados nas marginais das vias expressas de 1ª e 2ª categoria, naAvenida Thomáz Alberto Whately, na Avenida Costa e Silva, da rua Aliados até o seufinal e na Avenida Brasil, da Avenida Mogiana até seu final;

X - as atividades que gerem riscos de segurança e/ou transporte de cargas perigosassomente poderão ser instaladas nas marginais de vias expressas de 1ª categoria,sendo vedado o transporte deste tipo de carga nos outros tipos de vias.

§ 1º - As atividades poderão se enquadrar em mais de um dos incisos do “caput”,sendo que, neste caso, será considerado o mais restritivo.

§ 2º - Em qualquer caso, deverão ser atendidas as exigências relativas aoestacionamento, áreas para carga e descarga e demais medidas que se fizeremnecessárias, estabelecidas pelo órgão responsável pela análise de pólos geradoresde tráfego e pelos técnicos da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Pública,priorizando-se a preservação do uso residencial.

Artigo 21 - Nas faixas paralelas à Rodovia Abraão Assed, classificadas como AUM - 1 eAID - 3, todo empreendimento industrial, implantado ou a ser implantado, deveráreservar uma faixa permeável na confrontação com a AUM - 2, com pelo menos 20(vinte) metros de largura, a ser totalmente arborizada.

Artigo 22 - As avenidas mencionadas no Anexo IX - A, “item b”, serão de uso mistoresidencial e não residencial, para atividades compatíveis com o local.

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§ 1º - VETADO;

§ 2º - Nas avenidas Antônio Machado Sant’Anna, Eduardo Gomes de Souza e CarlosConsoni, o horário de funcionamento dos estabelecimentos será até as 22:00 horas,não sendo permitidas atividades que gerem ruídos, independentemente detratamento acústico, a saber: Buffet, eventos, festas, lazer, restauranteschurrascarias, bares e similares. As demais atividades geradoras de incômodos àvizinhança deverão ser submetidas à análise da Comissão de Controle Urbanístico.

§ 3º - Nos imóveis com testada para as marginais de rotatórias existentes naconfluência de avenidas constantes do Anexo IX - A, “item b”, serão permitidas asmesmas atividades das referidas vias e sujeitas às mesmas restrições.

§ 4º - Os alvarás de funcionamento das atividades não residenciais, instaladas nasavenidas mencionadas no “caput” deste artigo, terão validade de um ano e serãorenovados desde que não haja reclamação de incomodidade ou perturbação dosossego, após análise pelos órgãos competentes da administração.

Artigo 23 - A instalação de usos classificados como Geradores de Incômodo noTráfego, nos trechos de avenidas integrantes do Anel de Circulação Interno previstona Lei Complementar nº 2.204/2007 - Plano Viário, somente será permitida quando oempreendimento for dotado no seu interior, dos seguintes dispositivos:

I - área de acomodação para veículos;

II - alça de embarque e desembarque de passageiros;

III - área para carga e descarga sem necessidade de manobra na via pública;

IV - vagas de estacionamento em número suficiente para atender todos os usuáriosda atividade, tanto fixos como temporários.

§ 1º - A critério do órgão responsável pela análise de pólos geradores de tráfego edos técnicos da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Pública, poderão serfeitas outras exigências que forem julgadas necessárias para minimizar ou neutralizaro impacto no trânsito.

§ 2º - As vagas de estacionamento, assim como o acesso de veículos ao subsolo ou apavimentos superiores deverão obedecer ao recuo obrigatório.

Artigo 24 - No caso de imóvel com testada para mais de uma via, no momento em quese fizer a análise relativa ao uso do solo, serão aplicados os critérios exigidos, comrelação ao índice de risco ambiental e gerador de incômodo no tráfego, para a via paraa qual estiver voltada a fachada principal da edificação, assim considerada a que tivero principal acesso de veículos e/ou pedestres ao imóvel.

Artigo 25 - Nos loteamentos e desmembramentos com restrições urbanísticasdevidamente registradas em cartório de registro de imóveis, embora não constituamáreas especiais, na forma do art. 6º desta lei, o uso do solo será analisado comobservância das referidas restrições e também das previstas nesta lei.

Parágrafo Único - Em caso de conflito, prevalecerão as exigências da presente lei.

Artigo 26 - No interior dos condomínios, a instalação de qualquer atividade nãoresidencial somente será possível caso seja permitida pela convenção condominial oumemorial descritivo registrado em cartório de imóveis.

Artigo 27 - Para efeito de instalação de usos não residenciais, todos os lotes dosconjuntos habitacionais implantados pela COHAB e aprovados até 31 de janeiro de2007, serão considerados de uso misto, devendo atender às restrições da Área deUso Misto I (AUM-1) ou Área de Uso Misto II (AUM-2), conforme o zoneamento do localonde estão inseridos.

Parágrafo Único - As áreas ou lotes situados nestes conjuntos e destinados ao usoestritamente comercial manterão esta restrição.

Artigo 28 - A instalação de atividades urbanas não residenciais fica proibida na Zonade Proteção Máxima (ZPM).

Artigo 29 - As atividades já instaladas e licenciadas na data da promulgação desta lei

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poderão permanecer nos locais em que se encontram, devendo, se preciso, promoveras adequações necessárias, para se compatibilizarem com o zoneamento ondeestiverem inseridas ou se transferirem para local adequado, compatível com seu índicede risco ambiental, obedecendo aos critérios do órgão responsável pela emissão daLicença Ambiental.

Seção III Do Pedido de Autorização do Uso do Solo Urbano

Artigo 30 - A instalação de usos residenciais na zona urbana e de expansão urbanadependerá de prévia autorização dada pela Prefeitura Municipal, através da emissãodo respectivo Alvará de Construção, após análise da localização do imóvel, conformedisposições do art. 7º desta lei, do cumprimento das demais normas urbanísticas nelacontidas e das disposições contidas no Código de Obras e no Código do MeioAmbiente.

Artigo 31 - A instalação de usos e atividades residenciais e/ou não residenciais, emáreas vazias, ainda não urbanizadas, ficará sujeita ao traçado das diretrizes viáriasfornecidas pelo órgão competente da Prefeitura Municipal, devendo as áreas quecompõem estas diretrizes serem respeitadas como não edificantes.

Artigo 32 - A instalação de usos e atividades não residenciais na zona urbana e deexpansão urbana do Município, seja comércio, prestação de serviços ou indústria, sópoderá ser iniciada ou desenvolvida após obtenção de Alvará de Construção, no casode edificação nova ou ampliação, de Viabilidade de Atividade e, se for o caso, deLicença Ambiental, conforme previsto em legislação federal, estadual e municipal.

Parágrafo Único - Para obtenção da Viabilidade de Atividade para usos e atividadesclassificados como GIT-1, GIT-2 e GIT-3, na tabela do Anexo VI, desta lei, o pedidodeverá ser analisado pelos órgãos responsáveis pelo sistema viário, trânsito etransporte coletivo, os quais poderão, quando necessário, exigir número maior devagas do que o estabelecido nesta lei, bem como demais adequações a serematendidas no projeto, tais como localização das vagas, dos acessos de veículosparticulares e de carga.

Artigo 33 - Será admitida na zona rural, a instalação de usos e atividades nãoresidenciais, os quais dependerão de Licença Ambiental, devendo também atender asnormas contidas nesta lei, no Código de Obras, no Código do Meio Ambiente e nalegislação federal e estadual.

Artigo 34 - Os procedimentos para obtenção das autorizações, dos alvarás e daslicenças citadas nesta seção estão estabelecidos nesta lei, no Código de Obras,Código do Meio Ambiente e demais normas regulamentares.

Seção IV Dos Empreendimentos de Grande Impacto Urbanístico e Ambiental

Artigo 35 - Consideram-se empreendimentos de grande impacto urbanístico eambiental aqueles cuja implantação cause sobrecarga na capacidade de suporte dainfraestrutura urbana instalada e/ou impactos além de suas divisas ao meio ambientenatural ou construído.

Parágrafo Único - Enquadram-se na definição do “caput”, dentre outros:

I - empreendimentos implantados em terrenos ou glebas com área igual ou superior a5.000 (cinco mil) metros quadrados;

II - empreendimentos constituídos por edificações novas, ampliações, reformas eregularizações com as seguintes destinações e áreas construídas:

a) equipamentos de saúde com área igual ou superior a 1.500 (mil e quinhentos)metros quadrados;

b) equipamentos socioculturais, de educação, lazer e esportivos com área igual ousuperior a 1.500 (mil e quinhentos) metros quadrados;

c) edificações destinadas a comércio, indústria ou prestação de serviços com áreaigual ou superior a 2.500 (dois mil e quinhentos) metros quadrados;

d) edificações de uso não residencial constituindo condomínios verticalizados ou não,

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com área superior a 20.000 (vinte mil) metros quadrados;

e) edificações plurifamiliares verticalizadas, constituindo condomínios ou não, com áreaconstruída igual ou superior a 20.000 (vinte mil) metros quadrados.

III - empreendimentos constituídos por atividades com índice de risco ambiental (IRA)igual ou superior a 2,0 (dois);

IV - edificações que possuam número de vagas de estacionamento igual ou superior a100 (cem) ou aquelas cuja demanda de veículos seja igual ou superior a 50(cinquenta) unidades, calculada com base na ocupação do imóvel;

V - edificações que, de acordo com o cálculo de lotação, demandarem valores iguais ousuperiores a 500 (quinhentas) pessoas;

VI - edificações com Densidade Populacional Líquida igual ou superior a 500(quinhentos) habitantes por hectare;

VII - outras edificações que, por suas características, exijam uma análise especial notocante a ocupação do solo, densidade populacional, emissão de ruídos, odores ououtros fatores que possam alterar ou influenciar as áreas de entorno;

VIII - loteamentos, desmembramentos e condomínios.

Artigo 36 - O empreendedor deverá preencher o Boletim de Informações Prévias doEmpreendimento (BIPE), prestando informações relativas ao impacto eventualmentecausado à vizinhança, que propiciarão à Administração Municipal, através da Comissãode Controle Urbanístico, determinar a necessidade ou não de apresentação do Estudode Impacto de Vizinhança (EIV).

Artigo 37 - O interessado em obter junto a Prefeitura Municipal licenças ouautorizações de construção, ampliação ou funcionamento de empreendimento degrande impacto urbanístico e ambiental, no caso de ser determinado pela Comissãode Controle Urbanístico, deverá apresentar Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV),que conterá, no mínimo, análise dos seguintes aspectos:

I - adensamento populacional;

II - equipamentos urbanos e comunitários;

III - uso e ocupação do solo;

IV - valorização imobiliária;

V - geração de tráfego e demanda por transporte público;

VI - ventilação e iluminação;

VII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural;

VIII - infraestrutura pública disponível e estimativa de atendimento da demandafutura.

§ 1º - Os aspectos relacionados no “caput” deverão ser estudados levando-se emconta a região em torno do empreendimento, numa faixa de, no mínimo, 200(duzentos) metros, a contar do perímetro do terreno onde se situa o prédio doempreendimento (construído ou a construir) ou do terreno ou gleba a ser parcelado.

§ 2º - Quando relacionado a projeto construtivo, o órgão competente determinará aapresentação de EIV após a primeira análise do projeto, que deverá ser providenciadopelo interessado.

§ 3º - Quando relacionado a projeto urbanístico, as diretrizes emitidas pela SecretariaMunicipal de Planejamento e Gestão Pública (uso do solo, viárias e urbanísticas)determinarão a obrigatoriedade de apresentação do EIV, que deverá ser apresentadopelo interessado, contemplando exigências feitas nas respectivas diretrizes, bemcomo as medidas mitigadoras ou compensatórias do impacto causado, se for o caso.

§ 4º - Quando solicitado, o EIV deverá ser apresentado em duas vias, contendomapas, projetos e demais documentos necessários à compreensão do

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empreendimento pelos órgãos responsáveis por sua análise e para consulta pública.

§ 5º - Quando da apresentação do EIV, o interessado deverá providenciar publicaçãode edital, conforme modelo fornecido, em pelo menos um jornal de grande circulaçãona cidade e no Diário Oficial do Município, durante 05 (cinco) dias.

§ 6º - Até 05 (cinco) dias após a data da última publicação de EIV, suas peças ficarãodisponíveis para consulta pública, junto à Secretaria Municipal de Planejamento eGestão Pública, a quem interessar.

§ 7º - No mesmo prazo assinalado no parágrafo anterior, qualquer um do povo poderáoferecer impugnação ao EIV, bem como apresentar solução para o impacto causadopelo empreendimento, ou, razões, expressas e fundamentadas tecnicamente, paraindeferimento ao pedido de aprovação do projeto construtivo ou urbanístico.

§ 8º - Somente após decorridos os prazos para publicação e impugnação do EIV, éque o respectivo processo administrativo tramitará para análise dos órgãos técnicos efinal decisão administrativa quanto ao pedido de aprovação e/ou licenciamento doempreendimento considerado de impacto urbanístico e ambiental.

§ 9º - Caberá à Comissão de Controle Urbanístico a manifestação final sobre o EIV,determinando ao empreendedor/interessado que, às suas expensas, execute asobras necessárias para atenuar, compensar ou superar os impactos causados peloempreendimento.

§ 10 - Os loteamentos e/ou condomínios, deverão também:

a) submeter-se às normas relativas ao parcelamento do solo para fins urbanos,conforme previsto no Capítulo V, desta lei;

b) sujeitar-se às diretrizes, análises e procedimentos referentes aos loteamentos e/oucondomínios.

Artigo 38 - A elaboração, apresentação e aprovação do EIV não substituem olicenciamento ambiental municipal, estadual ou federal para o empreendimento.

CAPÍTULO IV DAS EDIFICAÇÕES

Artigo 39 - Qualquer construção ou edificação, inclusive sua reforma ou ampliação, sópoderá ser aprovada e realizada quando respeitadas as dimensões máximas degabarito, densidade populacional líquida, coeficiente de aproveitamento, solo naturalpermeável (taxa de solo natural), recuos de divisas, dentre outros requisitos econdições contidos nesta lei, no Código de Obras e no Código do Meio Ambiente.

§ 1º - É proibida a aprovação de projeto de edificação com frente para via públicaainda não oficializada.

§ 2º - É vedada ao Poder Público, à entidade da administração indireta ou à empresaconcessionária de serviços públicos, sob as penas da lei, a execução demelhoramentos, ou de equipamentos urbanos ou comunitários em vias públicas nãooficiais.

§ 3º - Para fins de aplicação deste artigo, entende-se por via pública oficial, aquelaaberta e entregue ao uso público, aceita e declarada ou reconhecida como oficial pelaPrefeitura Municipal de Ribeirão Preto.

Artigo 40 - É obrigatória a construção e/ou a destinação de vagas paraestacionamento de veículos, tanto para os usos residenciais quanto para os nãoresidenciais, exceto nos casos previstos no Inciso II do art. 81, observadas asexigências mínimas estabelecidas no Anexo VIII, parte integrante desta lei.

Seção I Do Gabarito

Artigo 41 - Define-se como gabarito a altura do edifício em metros lineares, contada apartir do piso do pavimento térreo até o piso do último pavimento.

§ 1º - Fica estabelecido o gabarito básico de até 10 (dez) metros de altura para todasas edificações novas ou a reformar no Município de Ribeirão Preto, exceto para

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aquelas localizadas nas áreas definidas no art. 42, obedecidas as exceções alidescritas, no art. 43 desta lei e nos loteamentos com maiores restrições para tal,registradas em cartório de imóveis.

§ 2º - Considera-se pavimento térreo aquele onde se tem o acesso de pedestres aoedifício. Havendo mais de um acesso, o pavimento térreo é aquele situado na cotamais baixa do terreno e, portanto, mais desfavorável à medição do gabarito.

§ 3º - Não será computado, para fins de aferição do gabarito da construção, o subsolodestinado à garagem, cujo piso do pavimento imediatamente superior estiver até1,5m (um metro e cinquenta centímetros) do nível médio do passeio. Pavimentosdestinados exclusivamente à garagem, que sejam implantados em cotas superiores a1,50m (um metro e cinquenta centímetros) do nível médio do passeio, por razões deimpedimento técnico de presença de rochas no subsolo, e destinados ao atendimentodas quantidades necessárias de vagas de estacionamento previstas na lei, serãodesconsiderados na aferição do gabarito. Nesses casos o pavimento térreo seráaquele imediatamente superior ao mais elevado pavimento de garagens.

§ 4º - Será admitida a cota máxima de 2,30 metros para o subsolo destinado agaragem, acima do nível médio do passeio, em locais onde é permitida a verticalizaçãodas construções com até 2 (dois) pavimentos, porem não haja possibilidade deescavação do solo. A característica geológica do solo deverá ser comprovada porlaudo técnico de profissional técnico habilitado, acompanhado de relatório desondagem.

§ 5º - Considera-se nível médio do passeio a média aritmética entre a cota mais alta ea cota mais baixa da testada do terreno em que situar a entrada de pedestres.

§ 6º - Os casos não previstos pelas hipóteses acima serão objeto de análise especialpor parte do órgão municipal responsável pelo planejamento urbano e aprovação deprojetos de construção.

Artigo 42 - O gabarito básico, a que se refere o artigo anterior, poderá serultrapassado na Zona de Urbanização Preferencial (ZUP), na Zona de UrbanizaçãoControlada (ZUC) e na Zona de Urbanização Restrita (ZUR), desde que atendidas asrestrições previstas por esta lei e com as seguintes exceções:

I - na área composta pelos setores N9, N11, N12, N13 e N14, exceto paraequipamentos de comunicação, equipamentos e edificações industriais eassemelhados, os quais serão analisados caso a caso pelos órgãos competentes;

II - na área localizada entre as avenidas Independência - excetuando-se o trecho daavenida Independência, compreendido entre a avenida Coronel Ferreira Leite, RuaRaphael Canini e Rua Maximino de Almeida, até o seu final na rodovia Antonio DuarteNogueira, de ambos os lados, onde fica permitido ultrapassar o gabarito básico -,Caramuru e os limites dos loteamentos Alto da Boa Vista e Residencial Flórida.

§ 1º - Na Zona de Urbanização Restrita (ZUR), o gabarito será limitado a 21 (vinte eum) metros de altura, devendo ser observada a densidade populacional líquidamáxima de 650 hab/ha (seiscentos e cinquenta habitantes por hectare).

§ 2º - Nos lotes lindeiros às marginais das vias expressas, às avenidas, às avenidasparque, às vias coletoras ou distribuidoras, o gabarito básico somente poderá serultrapassado, quando estes lotes tiveram testadas mínimas de 30m (trinta metros)para estas vias e respeitados os recuos exigidos na Seção V deste capítulo.

§ 3º - Se o lote, sendo lindeiro a uma das vias citadas no § 2º, possuir tambémtestada para outra via, de trânsito local, e desde que a fachada principal da edificaçãoseja voltada para esta última via, o gabarito básico poderá ser ultrapassado semnecessidade da testada mínima mencionada no parágrafo anterior.

§ 4º - Entende-se por fachada principal aquela onde estiverem situadas as entradasprincipais de pedestres e de veículos.

Artigo 43 - VETADO.

Artigo 44 - Nos lotes lindeiros às avenidas situadas em Áreas EstritamenteResidenciais (AER) e em Áreas Especiais Predominantemente Residenciais (APR), nasquais é permitido o uso misto, de acordo com o § 1º do art. 22 desta lei, o gabarito ea taxa de ocupação serão os mesmos previstos para estas áreas.

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Artigo 45 - Nas Áreas Especiais de Proteção à Paisagem (APG), bem como no entornode imóveis de interesse histórico, ambiental e cultural, os usos, gabaritos erespectivos limites serão fixados através de leis específicas em função da topografiado entorno, da necessidade de proteção ambiental e demais aspectos relevantes,conforme cada caso.

Parágrafo Único - Enquanto não houver legislação específica para reger tantosituações já consolidadas quanto novos empreendimentos, a proteção à paisagem sedará pelo cumprimento ao quanto determinado pelos órgãos técnicos da PrefeituraMunicipal, na emissão de diretrizes ambientais e urbanísticas ou outro ato quepreserve a finalidade da APG.

Seção II Da Taxa de Ocupação e do Coeficiente de Aproveitamento do Solo

Artigo 46 - Entende-se por Taxa de Ocupação a porcentagem do lote ou glebaocupada pela projeção das edificações no seu plano horizontal.

Artigo 47 - A taxa de ocupação máxima do solo para edificações residenciais será de75% (setenta e cinco por cento) e para edificações não residenciais e mistas será de80% (oitenta por cento), exceto nos parcelamentos que tiverem restrições maioresregistradas em cartório, as quais prevalecerão, respeitados os recuos e a taxa de solonatural desta lei.

Artigo 48 - Coeficiente de aproveitamento é relação entre a área total edificada e aárea do terreno ou gleba, excluídas as áreas não computáveis.

Parágrafo Único - São áreas não computáveis:

I - as áreas destinadas á garagem;

II - as áreas exclusivamente de uso comum, tais como salão de festas, portaria, hallde circulação, sala de usos múltiplos etc;

III - as áreas referentes à casa do zelador, casa de máquinas e caixas d’água,situadas no último pavimento;

IV - as áreas de jardineiras e varandas.

Artigo 49 - O Coeficiente de Aproveitamento Máximo, respeitados os índicesestabelecidos pelo memorial descritivo dos loteamentos registrados em cartório, será:

I - na ZUP e ZUC será de até 5 (cinco) vezes a área do terreno;

II - na AQC e no sub-setor L-1, será de até 3 (três) vezes a área do terreno;

III - na ZUR será de até 3 (três) vezes a área do terreno.

Seção III Da Densidade Populacional Líquida

Artigo 50 - Densidade Populacional Líquida é o número de habitantes por hectareadmitido para cada lote ou gleba, descontadas as áreas públicas.

§ 1º - Na ZUP e ZUC, é permitida Densidade Populacional Líquida máxima até 1.700hab/ha (um mil e setecentos habitantes por hectare).

§ 2º - Na ZUR é permitida Densidade Populacional Líquida máxima até 650 hab/ha(seiscentos e cinquenta habitantes por hectare).

§ 3º - Na ZMT a Densidade Populacional Liquida máxima deverá atender ao estipuladono Capítulo VI desta lei, para cada subzona.

Artigo 51 - A quantidade de unidades residenciais unifamiliares, de cada lote ou gleba,será determinada com base na densidade populacional líquida da zona onde estejainserido o imóvel.

§ 1º - Para efeito de cálculo da densidade populacional líquida, será adotado onúmero médio de 3,4 pessoas por unidade residencial unifamiliar, conforme

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constatado no Censo Demográfico realizado no ano de 2000, em Ribeirão Preto, peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, ou, outro, mais atualizado,determinado pelo mesmo instituto.

§ 2º - Nos casos de edificações destinadas a kitchenetes ou apartamentos com umdormitórios será adotado o número médio de 2 pessoas por unidade.

§ 3º - A densidade populacional líquida relativa a cada lote de terreno será calculadamediante a aplicação da seguinte fórmula matemática, DPL=P/A, onde:

DPL significa densidade populacional líquida;

P significa a quantidade de unidades previstas para o lote, multiplicada pelo númeromédio de pessoas a que se refere o parágrafo primeiro deste artigo;

A significa a área do lote de terreno no qual se deseja edificar, medida em hectares.

§ 4º - Para efeito de cálculo da densidade populacional líquida, referente a imóveisnão residenciais, será adotado o índice de lotação de edificação conforme suadestinação, área e utilização, nos termos dos artigos 105 a 110 da Lei Complementarnº 2158/2007 (Código de Obras).

Seção IV Da Área Permeável

Artigo 52 - Área Permeável é a área de lote livre de pavimentação ou construção ecoberta de vegetação, com função de promover o equilíbrio microclimático, a infiltraçãode água no solo e a harmonização da paisagem urbana.

Artigo 53 - Para fins de edificação, é obrigatória a manutenção de área permeável nolote com, no mínimo, as seguintes proporções:

I - na Zona de Urbanização Preferencial (ZUP) e na Zona de Urbanização Restrita(ZUR):

a) 5% (cinco por cento) para lotes com área de até 400 (quatrocentos) metrosquadrados;

b) 10% (dez por cento) para lotes com área acima de 400 (quatrocentos) até 1000(mil) metros quadrados;

c) 15% (quinze por cento) para lotes com área maior que 1000 (mil) metrosquadrados.

II - Na Zona de Urbanização Controlada (ZUC) - 10% (dez por cento) para lotes comqualquer área;

III - Na Zona de Amortecimento da Estação Ecológica de Ribeirão Preto (ZMT) - 20%(vinte por cento) para lotes com qualquer área.

Parágrafo Único - Na hipótese de utilização de piso drenante, apenas a sua áreaefetivamente vazada será considerada como livre de pavimentação.

Artigo 54 - As condições naturais de absorção das águas pluviais no lote poderão,como alternativa ao disposto no artigo anterior, ser garantidas pela construção dereservatório ligado a sistema de drenagem.

Seção V Dos Recuos das Edificações

Artigo 55 - VETADO.

Artigo 56 - VETADO.

Artigo 57 - Nas edificações com gabarito superior ao básico, os recuos laterais e defundo serão calculados pela seguinte fórmula R=H/6, maior ou igual a 2 (dois) metros,onde:

R significa a dimensão dos recuos em metros lineares;

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H é o gabarito do edifício, em metros lineares, conforme definido no art. 41.

Artigo 58 - VETADO.

Artigo 59 - Tanto no caso dos recuos para logradouros públicos como no caso dosrecuos laterais e de fundo, será admitido o escalonamento da edificação, desde quecada pavimento atenda aos recuos estabelecidos pelos artigos 55, 56 e 57 desta lei.

Artigo 60 - Ficam dispensadas do recuo frontal, as edificações que não ultrapassaremo gabarito básico, sejam destinadas ao uso não residencial no pavimento térreo eresidencial nos demais pavimentos e situadas no polígono formado entre as ruasFlorêncio de Abreu, José Bonifácio, Visconde do Rio Branco, Marechal Deodoro, MarianaJunqueira e Floriano Peixoto, situado na Área Especial do Quadrilátero Central (AQC)

CAPÍTULO V DO PARCELAMENTO DO SOLO PARA FINS URBANOS

Seção I Disposições Gerais

Artigo 61 - Para efeito de aplicação desta lei, serão adotadas as seguintes definições:

I - loteamento é a subdivisão de imóvel destinado à edificação, que implique emabertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos, ou prolongamento,modificação ou ampliação das vias existentes;

II - loteamento fechado é aquele que, apresentando as mesmas características doloteamento comum, tem seu perímetro circundado no seu todo ou em parte por muroou outro elemento de vedação de acesso;

III - loteamento integrado à edificação ou conjuntos habitacionais é a modalidade deloteamento em que a construção das edificações nos lotes é feita pelo empreendedor,concomitante à implantação das obras de urbanização das obras de urbanização;

IV - desdobro é a divisão de lote, resultante de parcelamento regular, em duaspartes;

V - aglutinação é o ajuntamento de dois ou mais lotes lindeiros ou partes deles;

VI - desmembramento é a divisão de gleba em qualquer número de partes ou de loteem mais de duas partes, aproveitando o sistema viário existente;

VII - desmembramento integrado à edificação é a modalidade de desmembramentoem que a construção das edificações nos lotes é feita pelo empreendedor,concomitante à implantação das obras de urbanização;

VIII - condomínio urbanístico é a divisão do imóvel em áreas de uso comum e de usoprivativo, em frações ideais para unidades autônomas em que a construção dasedificações é feita pelo empreendedor, concomitante à implantação das obras deurbanização, admitindo-se vias de uso privado para circulação interna;

IX - assentamentos informais são os assentamentos urbanos localizados em áreaspúblicas ou privadas, compreendendo as ocupações irregulares ou clandestinas, comfins de moradia e implantados sem autorização do titular de domínio.

Parágrafo Único - Será admitida a utilização concomitante de mais de uma modalidadede parcelamento acima descritos, no mesmo imóvel ou em parte dele, desde quesejam atendidos todos os requisitos desta lei.

Artigo 62 - Para a aprovação das modalidades de parcelamento a que se refere oartigo anterior, deverão ser atendidos os critérios gerais estabelecidos nesta Seção esuas Subseções, bem como critérios específicos para cada modalidade, contidos nasseções subsequentes desta lei.

Artigo 63 - Quaisquer modalidades de parcelamento, ainda que de uso condominial,bem como suas eventuais modificações parciais ou totais, ficam sujeitas à aprovaçãoprévia da Prefeitura Municipal, nos termos das disposições desta lei, do Código doMeio Ambiente, bem como da legislação federal e estadual pertinentes.

§ 1º - O disposto neste artigo aplica-se também aos casos de parcelamentos

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decorrentes de quaisquer negócios jurídicos e partilhas relativos a imóveis, salvo sedeterminado diferente por decisão judicial.

§ 2º - A aprovação, pela Prefeitura Municipal, de qualquer alteração ou cancelamentode parcelamento do solo para fins urbanos, já registrado em cartório, ficacondicionada ao cumprimento das disposições contidas na legislação municipal,estadual e federal pertinentes.

Artigo 64 - O interessado só poderá fixar usos, requisitos urbanísticos e/oudensidades específicas para os lotes resultantes do parcelamento, quanto estesestiverem em consonância com as disposições previstas nesta lei.

Parágrafo Único - Os usos e/ou densidades específicos, a que se refere o “caput”deste artigo, só poderão ser diferenciados, nos novos loteamentos, com autorizaçãoprévia da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Pública.

Artigo 65 - O parcelamento do solo para fins urbanos, nas modalidades referidas noart. 61 desta lei, só será permitido nas zonas urbana e de expansão urbana doMunicípio.

Artigo 66 - É vedado o parcelamento do solo em:

I - terrenos alagadiços e sujeitos à inundação;

II - terrenos que tenham sido aterrados ou contaminados com materiais nocivos àsaúde pública, sem que sejam previamente saneados, de acordo com o laudo técnicofornecido por entidade competente;

III - terrenos situados no entorno dos que tenham sido aterrados ou contaminadoscom materiais nocivos à saúde pública, sendo que a largura da faixa onde vigorará oimpedimento será determinada por estudo específico aprovado por órgão ambientalcompetente;

IV - terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo seatendidas as exigências técnicas específicas impostas por órgãos públicoscompetentes;

V - terrenos nos quais as condições geológicas não aconselham a edificação, conformeparecer técnico específico do órgão responsável pelo controle do meio ambiente,independentemente de sua declividade;

VI - nas ZPM - Zonas de Proteção Máxima, nos termos do Inciso V, do Art. 5º desta leie do Código do Meio Ambiente;

VII - áreas de proteção obrigatória e nos sítios significativos, conforme definido noCódigo do Meio Ambiente, respectivamente;

VIII - áreas onde ocorram emissão de poluentes, ruídos e vibrações em níveis nocivosaos meios físico, biológico e antrópico;

IX - Na porção da bacia endorréica localizada na ZUR – Zona de Urbanização Restrita,entre os loteamentos Recreio Itanhangá e Jardim Helena.

§ 1º - A porção da bacia endorréica, mencionada no Inciso IX, fica declarada deinteresse para implantação de parque público e caberá à Secretaria Municipal dePlanejamento e Gestão Pública, em conjunto com a Secretaria Municipal do MeioAmbiente, a elaboração de proposta de ocupação desta área, admitindo-se suadestinação para compensação de sistema de áreas verdes e de lazer;

§ 2º - A cota de nível da bacia endorréica que irá limitar a implantação deparcelamentos do solo no local será determinada por levantamento topográficodetalhado a constar do Plano de Macrodrenagem.

Artigo 67 - As áreas de entorno dos poços tubulares profundos em operação oudesativados deverão ser protegidas na forma disposta no Decreto Estadual nº32.955/1991, que regulamenta a Lei Estadual nº 6.134/1988 de proteção às águassubterrâneas.

Artigo 68 - A Administração Municipal poderá negar o pedido de parcelamento do solo,mesmo em área que se encontre dentro da zona de expansão urbana, onde for

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técnica ou economicamente inviável a implantação de infraestrutura básica, serviçospúblicos de transporte coletivo ou equipamentos comunitários.

Artigo 69 - Nas margens dos cursos d’água, os parcelamentos do solo deverãoprivilegiar a reserva de áreas verdes com dimensão e tratamento paisagísticocompatíveis com o programa de Parques Lineares previsto no Plano Diretor. Artigo 70 - Na execução de terraplanagem, parcelamento ou qualquer tipo de obra, oempreendedor deverá implantar o sistema de drenagem necessário para prevenir aerosão, o assoreamento e o aumento do deflúvio, conforme diretrizes expedidas peloórgão municipal competente.

Artigo 71 - Na bacia do córrego do Esgoto, localizada na Zona de Urbanização Restrita- ZUR, os parcelamentos do solo deverão atender a critérios técnicos específicosquanto à drenagem das águas pluviais, esgotamento sanitário e outros parâmetros, eserão objeto de análise especial.

Artigo 72 - Nas áreas de contribuição das microbacias dos córregos que cortam acidade, a exigência de retenção do deflúvio, pelos empreendimentos, deverá sercalculada de forma a resultar em vazão inferior à natural.

Artigo 73 - VETADO.

Artigo 74 - A Administração Municipal não aprovará parcelamento do solo para finsurbanos, em imóvel que não esteja ligado à malha viária urbana por meio de viapública oficial ou cuja implantação exija a execução das obras e serviços deinfraestrutura urbana, inclusive de vias de acesso, de abastecimento de água e outrosconexos nas áreas adjacentes, salvo se tais obras e/ou serviços forem executadospelo interessado, às suas expensas.

Artigo 75 - Os novos empreendimentos deverão obrigatoriamente estar ligados aosistema público de abastecimento de água, coleta, afastamento e tratamento deesgoto e serviço de coleta de lixo.

Artigo 76 - Não caberá à Administração Municipal qualquer responsabilidade peladiferença de medidas dos lotes, das quadras e/ou das unidades que o interessadovenha a encontrar em relação às medidas dos empreendimentos aprovados, sendoesta de responsabilidade do empreendedor.

Artigo 77 - Nos contratos de compra e venda de lotes e unidades autônomas emcondomínios e nas escrituras definitivas, deverão constar as obrigações e/ourestrições constantes do memorial descritivo aprovado, que recaiam sobre os imóveis,com a responsabilidade solidária dos adquirentes ou compromissários compradores.

Artigo 78 - Anteriormente à elaboração dos projetos de parcelamento do solo, ointeressado ou seu representante legal deverá requerer, através de processoadministrativo específico, as diretrizes de uso do solo, viárias e urbanísticas e acertidão de viabilidade para a urbanização, junto à Secretaria Municipal dePlanejamento e Gestão Pública apresentando:

I - título público de propriedade atualizado, devidamente registrado;

II - croquis de localização da área a ser parcelada, com denominação, situação, limites,áreas e demais elementos que identifiquem e caracterizem o imóvel;

III - Certidão Negativa de Débitos de tributos municipais que incidam sobre a área,com seu cadastramento municipal;

IV - levantamento planialtimétrico completo;

V - diretriz ambiental expedida pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Parágrafo Único - Poderão ser admitidas, para a emissão da Certidão de Viabilidade,áreas vinculadas ao INCRA e/ou com contratos particulares entre o empreendedor e oproprietário da área, registrados em cartório, sendo que, para a aprovação definitivado empreendimento, deverão ser atendidas as exigências contidas nos artigos 219 e220 desta lei.

Subseção I Das Quadras e dos Lotes

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Artigo 79 - É vedada a instituição de qualquer modalidade de parcelamento do solo,bem como modificações ou cancelamentos, que resultem em lotes com área outestada inferiores às seguintes limitações e dimensões mínimas:

I - Na Zona de Urbanização Preferencial (ZUP):

a) área de 140 m² (cento e quarenta metros quadrados);

b) frente de 7 (sete) metros lineares;

c) para os lotes de esquina a área mínima será de 180 m² (cento e oitenta metrosquadrados) e frente mínima de 9 (nove) metros.

II - Na Zona de Urbanização Controlada (ZUC):

a) área de 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados);

b) frente de 10 (dez) metros lineares;

c) para os lotes de esquina a área mínima será de 300 m² (trezentos metrosquadrados) e frente mínima de 12 (doze) metros.

III - Na Zona de Urbanização Restrita (ZUR):

a) área de 140 m² (cento e quarenta metros quadrados);

b) frente de 7 (sete) metros lineares;

c) nos lotes de esquina a área mínima será de 180m² (cento e oitenta metrosquadrados) e a testada mínima de 9 (nove) metros.

IV - Na Subzona 02 da Zona de Amortecimento da Estação Ecológica de Ribeirão Preto(ZMT):

a) área de 300 m² (trezentos metros quadrados);

b) frente de 10 (dez) metros lineares;

c) nos lotes de esquina a frente mínima será de 12 (doze) metros.

V - Nas Subzonas 03 e 03A da ZMT:

a) área de 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados);

b) frente de 10 (dez) metros lineares;

c) para os lotes de esquina a área mínima será de 300 m² (trezentos metrosquadrados) e a frente mínima de 12 (doze) metros.

Artigo 80 - Todos os lotes deverão ter frente para via pública oficial.

Artigo 81 - Em loteamentos de interesse social, localizados nas Áreas Especiais deInteresse Social e em urbanização para assentamentos informais, independente dazona onde se encontre, desde que obedecido o disposto no artigo 117 desta lei,serão admitidos:

I - lotes com dimensões inferiores àquelas estabelecidas nas alíneas “a”, “b” e “c” doinciso I do Art. 79;

II - lotes com frente para via pública exclusiva de pedestre.

Artigo 82. O comprimento máximo das quadras será de 300 (trezentos) metroslineares.

Artigo 83 - VETADO.

Subseção II Do Sistema de Áreas Verdes e Institucionais Destinadas ao Uso Público

Artigo 84 - Para efeito de aplicação desta lei, são adotadas as seguintes definições:

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I - sistema de áreas verdes e de lazer é o conjunto de espaços livres de uso públicodestinados a cumprir as funções de conservação da biodiversidade no meio urbano;de redução dos efeitos negativos da urbanização no ciclo hidrológico, na estabilidadee fertilidade do solo e subsolo, no clima urbano e na qualidade do ar; de convíviosocial; desenvolvimento de atividades de lazer e de recreação e de diversificação dapaisagem urbana, composto por:

a) área verde: constitui-se em área de proteção obrigatória, conforme previsto noCódigo Municipal do Meio Ambiente, para a qual é exigida a conservação da vegetaçãonatural existente e sua recuperação quando degradada, sendo a ela impostarestrições de uso. Como espaço livre de uso público, também poderá abrigaratividades de lazer de caráter extensivo, ou seja, de baixo impacto no ambiente,constituindo-se em áreas de silêncio no ambiente urbano;

b) área de lazer: é o espaço livre dotado de equipamentos e de infraestrutura, cujafunção é proporcionar o convívio social e o desenvolvimento de atividades de lazer, derecreação e de esportes, portanto de uso intensivo. Destina-se, também, a recebertratamento paisagístico, de forma a assegurar o bem estar dos usuários destesespaços;

II - área verde de acompanhamento viário é a vegetação de porte arbóreo eornamental, existente nas calçadas, nos canteiros centrais de avenidas, nos trevos erotatórias, que cumpre as funções de ordenar e ornamentar o sistema viário, bemcomo contribuir com a melhoria da qualidade do ambiente urbano, não podendo sercomputada na porcentagem de áreas destinadas ao Sistema de Áreas Verdes e deLazer;

III - área institucional é aquela destinada à instalação de equipamentos comunitáriosde educação, cultura, saúde, segurança, esporte, lazer e convívio social;

IV - área patrimonial é aquela destinada à implantação de equipamentos urbanos esimilares.

Artigo 85 - Para a aprovação do empreendimento, fica o empreendedor obrigado atransferir para a Prefeitura Municipal, mediante registro cartorial, sem qualquer ônuspara o Município, as áreas destinadas ao uso público.

Artigo 86 - Nos parcelamentos do solo, as áreas de terreno classificadas como Zonade Proteção Máxima (ZPM), nos termos do Inciso V, do artigo 5º desta lei, e do Códigodo Meio Ambiente, poderão ser computadas em sua totalidade para o cálculo doSistema de Áreas Verdes e de Lazer, desde que seja implantado, pelo empreendedor,plano de recuperação e/ou adequação para uso público, conforme diretrizesespecíficas fornecidas pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Artigo 87 - VETADO.

Artigo 88 - Será admitida a localização do sistema de áreas verdes e de lazer emterrenos que apresentem declividade superior a 15% (quinze por cento), se houverinteresse paisagístico ou ambiental manifesto e reconhecido pelo órgão municipalresponsável pela proteção ambiental.

Parágrafo Único - A Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Pública poderáexigir reserva de áreas além daquela localizada na situação descrita no “caput”, paradestinação de lazer e recreação da população, conforme for indicado nas diretrizesambientais.

Artigo 89 - Somente poderão ser computadas, no cálculo do Sistema de Áreas Verdese de Lazer, as áreas onde for possível traçar um círculo com raio mínimo de 10 (dez)metros em pelo menos 2/3 (dois terços) da área e o restante deverá ter larguramínima de 5 (cinco) metros.

Parágrafo Único - Não será permitida a sobreposição do Sistema de Áreas Verdes e deLazer com o sistema viário.

Artigo 90 - Nos loteamentos, condomínios urbanísticos, desmembramentos e suasrespectivas modalidades, o percentual mínimo do sistema de áreas verdes e de lazere de áreas institucionais, reservado ao uso público, será estabelecido emconformidade com zona do município em que estiver o empreendimento, conformeabaixo determinado:

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I - Zona de Urbanização Preferencial (ZUP):

a) 5% (cinco por cento) para área institucional;

b) 20% (vinte por cento) para sistema de áreas verdes e de lazer.

II - Zona de Urbanização Controlada (ZUC):

a) 5% (cinco por cento) para área institucional;

b) 20% (vinte por cento) para sistema de áreas verdes e de lazer.

III - Zona de Urbanização Restrita (ZUR):

a) 5% (cinco por cento) para área institucional;

b) 35% (trinta e cinco por cento) para sistema de áreas verdes e de lazer.

IV - Zona de Amortecimento da Estação Ecológica de Ribeirão Preto- Mata de SantaTereza (ZMT):

a) 5% (cinco por cento) para área institucional;

b) 20% (vinte por cento) para sistema de áreas verdes e de lazer.

§ 1º - VETADO;

§ 2º - O município poderá definir, conforme o interesse público, a destinação dareserva de 5% (cinco por cento) para uso institucional, patrimonial ou ambos.

§ 3º - Na ZUR, na aprovação de novos parcelamentos, a área destinada ao sistema deáreas verdes e de lazer, correspondente a 35% (trinta e cinco por cento) do total,deverá ser localizada, a critério do corpo técnico da Secretaria Municipal dePlanejamento e Gestão Pública e Secretaria Municipal do Meio Ambiente, de forma apossibilitar a formação de grandes sistemas de áreas verdes, promovendo ainterligação entre os parques lineares, remanescentes de vegetação natural, áreas devárzea e APPs.

§ 4º - Será permitida a compensação, na bacia endorréica mencionada no inciso IX, doartigo 66 de, no máximo, 15% (quinze por cento) do sistema de áreas verdes e delazer, pelos parcelamentos localizados na ZUR, entre a rodovia Abrão Assed e ostrilhos da ferrovia.

Artigo 91 - Para atender o uso recreativo nas áreas verdes e de lazer, será permitidaa ocupação das mesmas, com equipamentos afins a este uso, nas seguintesproporções:

I - 15% (quinze por cento) do Sistema de Áreas Verdes e de Lazer na Zona deUrbanização Restrita (ZUR);

II - 25% (vinte e cinco por cento) do Sistema de Áreas Verdes e de Lazer nas Zonasde Urbanização Preferencial (ZUP), Zona de Urbanização Controlada (ZUC) e Zona deAmortecimento da Estação Ecológica de Ribeirão Preto - (ZMT).

Artigo 92 - O dispositivo de retenção de deflúvio (cacimba) poderá ser computadocomo Sistema de Áreas Verdes e de Lazer, desde que:

I - atenda cumulativamente as funções de retenção/retardo do deflúvio e de sistemasde áreas verdes e de lazer;

II - VETADO;

III - possua dispositivo que garanta a segurança dos usuários e previna acontaminação do solo por detritos;

IV - não exceda a 5% (cinco por cento) do total do Sistema de Áreas Verdes e deLazer.

Subseção III

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Do Sistema Viário

Artigo 93 - As vias que compõem o sistema viário do loteamento, serãoobrigatoriamente destinadas ao uso público e serão transferidas para o patrimônio doMunicípio, sem quaisquer ônus, devendo articular-se com as vias adjacentes oficiais,existente ou projetadas, bem como adaptar-se às condições topográficas do terreno.

Parágrafo Único - Essas vias serão classificadas conforme a respectiva hierarquiafuncional e atenderão às especificações técnicas e operacionais nos termos dasTabelas dos Anexos X - A, X - B e X - C desta lei.

Artigo 94 - Para aprovação de quaisquer das modalidades de parcelamento do solourbano, será obrigatório o requerimento preliminar de certidão de diretrizes viárias,conforme previsto no artigo 78 desta lei, cuja aplicação, na elaboração do projetourbanístico, será também obrigatória, sob pena de indeferimento do pedido.

Artigo 95 - Não é permitido o prolongamento de qualquer via, existente ou projetada,com redução de sua largura.

Artigo 96 - A concordância do alinhamento predial dos lotes, nos cruzamentos das viaspúblicas, deverá ter arco de raio mínimo igual a 9 (nove) metros, e a construção daguia acompanhará este raio, acrescido da medida da largura correspondente ao tipode via considerado.

Parágrafo Único - Os alinhamentos nos cruzamentos esconsos deverão serimplantados de acordo com os parâmetros fixados pelo órgão competente daPrefeitura Municipal, caso a caso.

Artigo 97 - Nas esquinas das vias públicas e nos canteiros centrais das avenidas, oempreendedor deverá executar dispositivo para facilitar a travessia de pessoas comdificuldade de locomoção, de acordo com a legislação vigente e com as normas da NBR9050 da ABNT ou as que as substituírem.

Artigo 98 - O cruzamento entre avenidas será efetuado por meio de praças rotatórias,com raio externo mínimo de 75 (setenta e cinco) metros, ou, dispositivo equivalente,conforme as diretrizes estabelecidas pelo órgão competente da Prefeitura Municipal,responsável pelo planejamento do sistema viário.

Artigo 99 - Fica vedada a implantação de lotes, para quaisquer fins, nos canteiroscentrais e laterais das rotatórias, avenidas e vias expressas de 2ª categoria.

Artigo 100 - Fica vedado todo e qualquer tipo de acesso dos lotes às vias expressasde 1ª e 2ª categorias e rotatórias.

Artigo 101 - À margem das áreas de domínio das estradas de ferro e rodovias éobrigatória reserva de faixa de terreno, para a implantação de via de circulação, comas seguintes larguras:

I - mínimo de 20 (vinte) metros nas áreas industriais;

II - mínimo de 15 (quinze) metros nas demais áreas.

Artigo 102 - A implantação de todo o sistema viário de parcelamentos do solo e suarespectiva infraestrutura é de responsabilidade do empreendedor.

§ 1º - Fica excetuada da responsabilidade do empreendedor a execução dainfraestrutura referente à via expressa fechada de 1ª categoria, que for prevista nasdiretrizes viárias, cuja obrigação será do Poder Público.

§ 2º - Na hipótese prevista no parágrafo anterior, o Poder Público promoverá aexecução da via expressa fechada apenas no momento em que esta se fizernecessária.

§ 3º - A faixa destinada à implantação da via expressa fechada, será computada naporcentagem de área destinada ao sistema viário, e quando houver canteiros entre aspistas das vias expressas fechadas, poderão ser computados na porcentagem deárea verde e de lazer, desde que atendidas às exigências estabelecidas para lei.

Artigo 103 - Fica proibido o parcelamento do solo para fins urbanos, que resulte emlotes com frente para via expressa fechada.

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Parágrafo Único - A proibição do “caput”, com relação à via expressa fechadapermanecerá enquanto não for implantada a respectiva via marginal.

Artigo 104 - As ruas previstas para os novos parcelamentos do solo, que terminemnas divisas da gleba loteada, terão largura mínima de 15 (quinze) metros, paraviabilizar futuros prolongamentos.

Parágrafo Único - Em novos empreendimentos, contíguos às divisas de loteamentosexistentes, tanto o prolongamento das vias quanto a solução de retorno daquelasque não sofrerão continuação deverão obedecer diretrizes a ser fornecidas pelo órgãocompetente do sistema viário.

Artigo 105 - A praça de retorno, denominada “cul de sac”, das ruas sem saída, terádiâmetro mínimo de 20 (vinte) metros ou dispositivo equivalente, conformeautorização específica do órgão competente da Prefeitura Municipal.

Artigo 106 - Paralelamente às faixas de ZPM, ao longo dos cursos d’água, serãoimplantadas Avenidas e/ou “Vias Parque”, conforme classificação física e funcionaldefinida do Anexo IX desta lei.

§ 1º - VETADO;

§ 2º - As ligações das rodovias aos centros urbanos, pelo sistema viário principal, emáreas não urbanizadas, deverão ser implantadas em espigões.

Artigo 107 - Paralelamente às áreas destinadas para servidões referentes aos dutos elinhas de transmissão de energia elétrica, poderá ser reservada faixa de terreno nãoedificante, com largura mínima de 15 (quinze) metros de cada lado, destinada à via decirculação.

Artigo 108 - A Prefeitura Municipal, em casos de necessidade e interesse público,poderá prolongar ou abrir vias públicas, conforme previsão do Plano Viário, por meiode desapropriação, recebimento em doação ou utilizando-se de instrumentosurbanísticos previstos no Plano Diretor.

Parágrafo Único - Os imóveis lindeiros ou resultantes da abertura da via, se e quandoparcelados ou edificados, deverão submeter-se às disposições e trâmites previstos nalegislação municipal aplicável levando-se em conta a situação inicial da gleba, ou seja,antes do prolongamento ou abertura das vias.

Seção II Dos Loteamentos

Artigo 109 - A aprovação de loteamentos deverá atender às disposições geraiscontidas na Seção I e suas subseções deste Capítulo, bem como nas contidas nassubseções subsequentes.

Subseção I Das Áreas Destinadas ao Público

Artigo 110 - Nos loteamentos o percentual de áreas destinadas ao uso público,excluído o sistema viário, atenderá ao disposto no artigo 90 desta lei.

Artigo 111 - Todas as áreas reservadas para o sistema de áreas verdes e de lazerpúblicas e áreas institucionais deverão ter frente para a via pública e terão sualocalização indicadas pela Prefeitura Municipal, conforme segue:

I - 50% (cinquenta por cento) do sistema de áreas verdes e de lazer;

II - o total das áreas institucionais e/ou patrimoniais.

Subseção II Das Obras de Infraestrutura Urbana

Artigo 112 - Nos loteamentos para fins urbanos, o empreendedor deverá executar, nomínimo, as seguintes obras e equipamentos urbanos, de acordo com os projetosaprovados:

I - abertura de vias de circulação e de acesso com implantação de guias e sarjetas;

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II - demarcação de lotes, quadras e logradouros com a colocação de marcos deconcreto;

III - construção do sistema público de escoamento de águas pluviais, inclusivegalerias, bocas de lobos, guias e sarjetas, canaletas ou outro sistema, conformepadrões técnicos fixados pelos órgãos competentes da Prefeitura Municipal;

IV - construção de sistema estrutural de infiltração e de retenção ou retardamento dofluxo de águas pluviais, atendendo as normas técnicas e especificações formuladaspelos órgãos competentes, e, integrado ao sistema público previsto no inciso III ecompatível com o Plano Diretor de Macrodrenagem;

V - construção do sistema público de esgotamento sanitário, com as respectivasderivações prediais, de acordo com normas e padrões técnicos da AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas - ABNT e do DAERP sendo que todo o esgoto sanitáriodo loteamento deverá ser tratado;

VI - construção do sistema público de abastecimento de água potável com asrespectivas derivações prediais, além das necessárias à instalação de hidrantes,sendo essas últimas, na proporção de uma para cada dois quarteirões e, quando for ocaso, captação, recalque e reservação de água, de acordo com os padrões técnicos daABNT e do DAERP;

VII - obras de contenção de taludes e aterros destinados a evitar desmoronamento eo assoreamento dos rios, córregos, ribeirões, lagoas, represas, etc;

VIII - colocação da rede de energia elétrica e iluminação pública em conformidade comos padrões técnicos fixados por órgão ou entidade pública competente;

IX - pavimentação das vias - leito carroçável e calçadas - com pedras poliédricas,paralelepípedos, asfalto ou outros materiais, dando-se preferência àqueles quepermitam a infiltração das águas pluviais no solo, conforme seja determinado peloórgão competente da Prefeitura Municipal, inclusive os dispositivos referentes àacessibilidade, de acordo com os padrões técnicos da ABNT;

X - projeto de paisagismo do sistema de áreas verdes e de lazer, arborização dasruas e avenidas, bem como sua implantação de acordo com o Código do MeioAmbiente e diretrizes fixadas pelo órgão público municipal responsável pela gestãoambiental, incluindo infraestrutura mínima - pontos de água e iluminação pública,guias, calçadas e outras exigidas na aprovação do projeto de paisagismo.

§ 1º - Os sistemas de abastecimento de água e esgoto, bem como o sistema dedrenagem deverão obedecer também a outras exigências técnicas que foremnecessárias, conforme indicação de órgãos ou entidades públicas competentes.

§ 2º - As calçadas mencionadas no Inciso IX abrangerão as das áreas institucionais.

§ 3º - As obras enumeradas neste artigo deverão ser executadas sob aresponsabilidade do empreendedor, após o Decreto de Aprovação do loteamento, emobediência ao cronograma físico financeiro por ele proposto e avaliado e aprovadopela Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de Obras Públicas e doDAERP - Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto, respeitados os seguintesprazos máximos:

I - 2 (dois) anos para a execução das obras elencadas nos incisos I, II e III desteartigo;

II - 3 (três) anos para a execução das obras elencadas nos incisos IV e V deste artigo;

III - 4 (quatro) anos para a execução das obras elencadas nos incisos VI, VIII e IXdeste artigo;

IV - plantio e manutenção do paisagismo, conforme estabelecido pelo Código do MeioAmbiente e respectivo Decreto Regulamentador.

Artigo 113 - O empreendedor garantirá a execução das obras mencionadas no artigoanterior, por meio de caução de valor, no mínimo, 10% (dez por cento) superior aonecessário para conclusão integral das mesmas, optando por uma das seguintesmodalidades:

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I - dinheiro;

II - área de terreno, por meio de alienação fiduciária;

III - caução em lotes no próprio empreendimento, mediante escritura de garantiahipotecária;

IV - seguro-garantia;

V - fiança bancária.

§ 1º - As modalidades de caução relacionadas nos Incisos I, II e III deste artigopoderão ser liberadas parcial e proporcionalmente à infraestrutura executada.

§ 2º - A área de terreno, objeto de caução indicada no inciso II deverá situar-se noMunicípio, não estar incluída na área loteada, ser livre de quaisquer ônus e somentepoderá ser descaucionada ao final da implantação de toda a infraestrutura, de uma sóvez.

§ 3º - O número de lotes necessários para a caução indicada no Inciso III serácalculado mediante a aplicação da seguinte fórmula:

NL = Vi onde: Vv . Al

NL é o número de lotes a serem caucionados;

Vi é o valor total da infraestrutura (obras e equipamentos urbanos) acrescido de 10%;

Vv é o valor venal do metro quadrado de lote, considerando o loteamento jáimplantado;

Al é a área média dos lotes do loteamento.

§ 4º - A proporção de descaucionamento será sempre relativa à comprovação deexecução das obras pelo empreendedor, mediante a apresentação de Termos deRecebimento Parciais de Obras a serem emitidos pelo DAERP e pela SecretariaMunicipal de Infraestrutura, para cada serviço executado, conforme abaixo:

I - 14% (quatorze por cento) para obras de abertura de vias de circulação e rede deescoamento de águas pluviais, com seu lançamento em galerias executado;

II - 20% (vinte por cento) para obras de colocação de guias e sarjetas e plantio degrama;

III - 16% (dezesseis por cento) para obras da rede coletora de esgotos, com asrespectivas derivações prediais, devidamente interligadas ao sistema públicoexistente;

IV - 20% (vinte por cento) para as obras das redes distribuidoras de água, com asrespectivas derivações prediais, incluindo a instalação de hidrantes na proporção de 1(um) para cada 2 (dois) quarteirões e, conforme o caso, captação, recalque ereservação de água, com suas redes distribuidoras de água interna ao loteamentodevidamente interligadas ao sistema público existente;

V - 30% (trinta por cento) para as obras de implantação de pavimentação, com asredes e derivações de água e esgoto, galerias de águas pluviais e sarjetas,iluminação e paisagismo.

§ 5º - Os empreendedores que optarem pelas modalidade previstas nos incisos IV e Vdo “caput” deverão apresentar, 60 (sessenta) dias antes do vencimento da garantia,os termos de recebimento das obras de infraestruturas, tal como especificado nocronograma físico financeiro do empreendimento, emitidos através dos órgãoscompetentes.

§ 6º - Caso as obras não sejam concluídas no prazo estipulado no parágrafo anterior,o empreendedor deverá apresentar levantamento das obras faltantes, ratificado pelosórgãos públicos municipais competentes, e solicitar prorrogação do prazo paraexecução das obras de infraestrutura e da garantia, mediante apuração dos valores

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restantes para renovar a apólice, conforme condições gerais de sua seguradora.

§ 7º - A prorrogação de prazo, prevista no parágrafo anterior, será admitida apenaspor uma vez.

§ 8º - Os órgãos responsáveis pela fiscalização das obras de infraestruturasrelacionadas no art. 112, deverão enviar relatório mensal sobre o estágio das obrasrelativas aos parcelamentos em andamento, para a Secretaria Municipal dePlanejamento e Gestão Pública, conforme cronograma físico financeiro aprovado parao empreendimento.

§ 9º - Finda a prorrogação de prazo prevista nos parágrafos 6º e 7º para a execuçãodas obras de infraestrutura, o empreendedor será multado em 10% (dez por cento)sobre o valor da garantia prestada.

§ 10 - O não pagamento da multa, no prazo fixado no auto de infração, respeitado odireito à ampla defesa, implicará na inscrição do valor correspondente na dívida ativado Município.

§ 11 - Caso o empreendedor não cumpra com as obrigações previstas nos parágrafos5º e 6º, no prazo fixado, a Prefeitura Municipal executará imediatamente a garantiapor ele oferecida, a fim de suportar as despesas a serem realizadas com a execuçãodas obras de infraestrutura faltantes.

Artigo 114 - O descaucionamento da manutenção do paisagismo ocorrerá na formaprevista no Código do Meio Ambiente.

Artigo 115 - Os loteamentos integrados à edificação, destinados à construção deconjuntos habitacionais, executados através da Companhia Habitacional Regional deRibeirão Preto - COHAB-RP - ou Caixa Econômica Federal e com recursos do SistemaFinanceiro da Habitação - SFH, do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTSe/ou do Governo do Estado de São Paulo, ficarão isentos da caução referida no artigoanterior.

Artigo 116 - Findos os prazos fixados para execução das obras de infraestrutura,conforme artigo 112, § 3º, incisos I, II, III e IV desta lei, o empreendedor perderá, emfavor da Fazenda Pública Municipal, a proporção da caução estabelecida para as obrasrelacionadas no artigo 113, § 4º, incisos I, II, III e V que não tenham sido realizadas,ou vinculações fixadas nos artigos subsequentes, para as obras que não tenham sidorealizadas.

Parágrafo Único - Concretizadas as hipóteses do “caput”, a Prefeitura Municipal ficaráobrigada a executar as obras relativas à caução ou a promover ação competente paraadjudicar ao seu patrimônio público a área de terreno cau-cionada, conforme Inciso IIdo artigo 113.

Subseção III Do Parcelamento do Solo em Áreas Especiais de Interesse Social

Artigo 117 - As Áreas Especiais de Interesse Social (AIS) serão preferencialmentedestinadas à implantação de loteamentos ou outra forma de parcelamento do solo deinteresse social, sempre de acordo com o interesse público e com a finalidade deassegurar moradia à população de média e baixa renda, vinculados a planos eprogramas habitacionais públicos e particulares.

§ 1º - Entende-se por parcelamento de interesse social aquele destinado à construçãode habitação de interesse social - HIS para população com renda familiar de zero aseis salários mínimos e para assentamento de população proveniente de áreas derisco do Município ou de assentamentos informais, onde não seja possível fazer aurbanização no próprio local.

§ 2º - Nos parcelamentos de interesse social serão admitidas, além das habitações deinteresse social, as atividades não residenciais com índice de risco ambiental menor ouigual a 1,5 (um vírgula cinco).

§ 3º - Nos parcelamentos de interesse social serão admitidos lotes, unidadesresidenciais e vias públicas com dimensões inferiores às exigidas nesta lei, cujasdimensões serão estabelecidas por decreto.

§ 4º - Os projetos de parcelamento de interesse social, a serem implantados pela

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iniciativa privada, somente poderão ter as dimensões dos lotes, das unidadesresidenciais e das vias reduzidas, nos termos do parágrafo anterior e respectivodecreto regulamentador, quando se destinar e garantir a venda de, no mínimo, 25%(vinte e cinco por cento) dos lotes ou unidades residenciais, às famílias com renda deaté 03 (três) salários mínimos, constantes em cadastro municipal.

Artigo 118 - Nos parcelamentos de interesse social será obrigatória a implantação derede de abastecimento de água, de esgotos, de energia elétrica, de drenagemsuperficial, pavimentação das vias principais e do projeto de paisagismo.

§ 1º - Nos parcelamentos de interesse social, caberá aos concessionários oupermissionários de energia elétrica a implantação da rede de distribuição de energiaelétrica.

§ 2º - As obras exigidas no “caput” deste artigo, deverão estar obrigatoriamenteconcluídas no prazo de 36 (trinta e seis) meses, contado a partir da data deaprovação do projeto pela Prefeitura, dispensada a apresentação de garantia parasua conclusão, se o empreendimento for implantado sob a responsabilidade do PoderPúblico ou entidade de sua administração indireta, ou em parceria com estes, sob aforma de Consórcio Imobiliário.

Artigo 119 - Os empreendimentos residenciais de iniciativa particular de interessesocial situados nas Áreas Especiais de Interesse Social - AIS, destinados à populaçãode baixa renda ficam isentos do pagamento do imposto predial e territorial urbano,durante 36 (trinta e seis) meses, contados da data da aprovação do projeto deparcelamento do solo.

Subseção IV Do Parcelamento Para Fins Industriais

Artigo 120 - Serão permitidos parcelamentos industriais nas zonas urbanas e deexpansão urbana, desde que respeitado o Zoneamento Industrial contido no mapa doAnexo XIII desta lei e descrito no Anexo V.

§ 1º - A aprovação de qualquer parcelamento para fins industriais, enquadra-se comoempreendimento de impacto urbanístico e ambiental, ficando sujeito à apreciação eaprovação pela Comissão de Controle Urbanístico, garantido o licenciamentoambiental conforme a legislação vigente.

§ 2º - No caso de empreendimentos estritamente industriais, a Comissão de ControleUrbanístico poderá permitir, que parte da área institucional, a ser reservada ao usopúblico, seja doada à Prefeitura Municipal fora dos limites do loteamento, em local aser especificado pela Comissão, em lote vazio ou edificado e em valor equivalente aovalor de mercado que a área institucional teria se localizada no interior doempreendimento depois de o mesmo já estar urbanizado, na forma prevista na LeiComplementar nº 1947/2005.

§ 3º - Nas Áreas Especiais de Uso Industrial (AID-1, AID-2 e AID-3) não será permitidoloteamento misto, que implique na implantação de lotes residenciais.

Artigo 121 - Nos loteamento para fins industriais é obrigatória reserva de uma faixamínima de 20m (vinte metros) de largura ao longo de suas divisas, destinada àimplantação de sistema viário ou cinturão verde devidamente arborizado, o qualpoderá ser computado como sistema de área verde e de lazer.

§ 1º - Quando a gleba a ser parcelada tiver parte da sua área localizada em ÁreaEspecial de Uso Industrial, deverá, obrigatoriamente, ser reservada faixa de 20m(vinte metros), destinada a cinturão verde, na divisa da área industrial com o restanteda gleba.

§ 2º - Quando a gleba a ser parcelada tiver parte da sua área localizada em ÁreaEspecial de Uso Industrial, uma área proporcional da área institucional poderá estarlocalizada na faixa de uso industrial.

Artigo 122 - Os loteamentos industriais deverão apresentar zoneamento interno, deforma a serem compatíveis com os usos previstos no seu entorno.

Subseção V Do Loteamento Fechado

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Artigo 123 - Para fins desta lei, considera-se loteamento fechado, aquele circundadopor muro ou outro elemento de vedação de acesso no todo ou em parte do seuperímetro e que obedecerão às mesmas exigências feitas aos loteamentos comuns,por esta lei, devendo ainda obedecer ao disposto na Lei Federal nº 6766/1979, na LeiFederal nº 9785/1999 e demais legislação pertinente.

Parágrafo Único - Os projetos de loteamentos que já possuírem certidões deviabilidade emitidas até a data da publicação da Lei Complementar nº 2462, de 13 dejulho de 2011, e que tiverem aprovação posterior, desde que apresentemcaracterísticas de loteamento fechado, poderão ter seu fechamento regularizadodesde que atendidos os dispositivos da lei acima mencionada.

Artigo 124 - Nos loteamentos fechados, as áreas públicas do sistema de áreas verdese de lazer e as vias de circulação, que serão fechadas, deverão ser definidas porocasião da aprovação do projeto do loteamento e serão objeto de outorga depermissão de uso por parte da Prefeitura Municipal.

Parágrafo Único - A permissão de uso outorgada e o fechamento da área poderão serrevogados a qualquer momento pela Prefeitura Municipal, se houver interesse público,sem implicar em qualquer ressarcimento ou gerar indenização, seja a que título for.

Artigo 125 - A permissão de uso das áreas públicas do sistema de áreas verdes e delazer e das vias de circulação somente será outorgada quando os loteadoressubmeterem a administração das mesmas à Associação de Proprietários, constituídasob a forma de associação civil sem fins lucrativos, com explícita definição deresponsabilidade para aquela finalidade.

Artigo 126 - Nos loteamentos fechados, a área pertencente ao sistema de áreasverdes e de lazer, que será fechada, não poderá ser superior a 50% (cinquenta porcento) do total, sendo que o restante deverá situar-se externamente e suamanutenção será também de responsabilidade da Associação de Proprietários.

Artigo 127 - As áreas destinadas a fins institucionais, sobre as quais não incidirápermissão de uso, serão definidas por ocasião da expedição das diretrizesurbanísticas para o loteamento, pela Secretaria Municipal de Planejamento e GestãoPública, devendo situar-se fora do perímetro a ser fechado e cuja manutenção elimpeza ficarão sob responsabilidade da Associação dos Proprietários, até que aPrefeitura Municipal nelas implante equipamentos institucionais.

Artigo 128 - Os lotes comerciais serão definidos por ocasião da aprovação do projetodo loteamento e deverão situar-se fora do perímetro a ser fechado.

Artigo 129 - A área máxima do loteamento fechado dependerá de consideraçõesurbanísticas, viárias, ambientais e do impacto que possa ter sobre a estrutura urbana,sempre de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Plano Diretor.

§ 1º - No ato da solicitação do pedido de diretrizes, deverá ser especificada a intençãode implantar a modalidade de loteamento fechado.

§ 2º - As diretrizes viárias serão expedidas pelo órgão competente e definirão as viasque deverão ficar fora do perímetro fechado.

§ 3º - Quando as diretrizes viárias definidas pela Prefeitura Municipal seccionarem agleba objeto do projeto de loteamento fechado, deverão essas vias ficar liberadaspara o tráfego, sendo que as porções remanescentes poderão ser fechadas.

§ 4º - Havendo indeferimento do pedido para aprovação do fechamento deloteamento, o ato deverá ser motivado e fundamentado de acordo com razõestécnicas apontadas pelos órgãos competentes.

Artigo 130 - As áreas públicas de sistema de áreas verdes e de lazer e as vias decirculação a serem fechadas, definidas por ocasião da aprovação do loteamento, serãoobjeto de permissão de uso por tempo indeterminado, podendo ser revogada aqualquer momento pela Prefeitura Municipal, de acordo com razões de interessepúblico, e sem implicar em ressarcimento ou indenização, seja a que título for.

Artigo 131 - Fica a Prefeitura Municipal autorizada a outorgar o uso de que trata o art.124, por meio de permissão, nos seguintes termos:

I - a permissão de uso será outorgada à Associação de Proprietários, que represente,

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no mínimo, 50% (cinquenta por cento) dos proprietários de lotes, ficando dispensadaa licitação;

II - a aprovação do loteamento e a permissão de uso serão formalizadas por decretosdo Poder Executivo;

III - a outorga da permissão de uso deverá constar do registro do loteamento noCartório de Registro de Imóveis;

IV - no decreto de outorga da permissão de uso deverão constar todos os encargosrelativos à manutenção e à conservação dos bens públicos em causa;

V - deverá constar do mesmo decreto, que qualquer outra utilização das áreaspúblicas somente poderá ocorrer se houver objeto de autorização específica daAdministração Direta ou Indireta da Prefeitura Municipal, através do órgãocompetente.

Artigo 132 - Será de inteira responsabilidade da Associação de Proprietários aobrigação de desempenhar, dentre outros:

I - os serviços de manutenção das árvores e poda, quando necessário;

II - a manutenção e conservação das vias públicas de circulação, do calçamento e dasinalização de trânsito;

III - a coleta e remoção de lixo domiciliar internamente à área fechada, o qual deveráser depositado na portaria onde houver recolhimento da coleta pública;

IV - limpeza das vias públicas;

V - prevenção de sinistros;

VI - manutenção e conservação da rede de iluminação pública;

VII - manutenção das redes públicas de água, esgoto e galerias pluviais;

VIII - outros serviços que se fizerem necessários;

IX - garantir a ação e acesso livres e desimpedidos das autoridades e entidadespúblicas que zelam pela segurança e bem estar da população.

§ 1º - Os serviços de manutenção da área pública fechada deverão ser identificadospor Termo de Compromisso firmado pela Associação dos Proprietários, ondeidentificar-se-ão todos os detalhes técnicos e operacionais dos serviços a seremexecutados, antes do decreto de aprovação do loteamento fechado.

§ 2º - Eventuais obras de melhoria a serem executadas nos espaços públicos internosà área fechada deverão ser precedidas de solicitação de licença, por parte daAssociação de Proprietários, mediante ofício ao órgão municipal competente,acompanhado dos projetos técnicos e memorial descritivo, devendo o referido órgão,no caso de deferimento, indicar um engenheiro fiscal para o acompanhamento daexecução de tais obras.

§ 3º - A implantação e manutenção de paisagismo e melhorias em geral das áreasverdes e de lazer, sob responsabilidade da Associação de Proprietários, deverão sersubmetidas à prévia aprovação e fiscalização da Secretaria Municipal do MeioAmbiente.

Artigo 133 - Caberá à Prefeitura Municipal a responsabilidade pela determinação,aprovação e fiscalização das obras de manutenção dos bens públicos.

Artigo 134 - Quando a Associação de Proprietários se omitir na prestação dessesserviços e/ou houver desvirtuamento da utilização das áreas públicas, a PrefeituraMunicipal assumi-los-á, determinando o seguinte:

I - cassação da permissão de uso dos bens públicos e da aprovação do fechamento doloteamento;

II - pagamento de multa correspondente a 1 (uma) UFESP/m² de terreno, aplicável acada proprietário de lote pertencente ao loteamento fechado.

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Parágrafo Único - A retirada de benfeitorias, tais como fechamentos, portarias eoutros, será de responsabilidade dos proprietários e correrão às suas expensas. Seos serviços não forem executados nos prazos determinados pela Prefeitura, esta osrealizará e cobrará as despesas da Associação dos Proprietários, podendo inscreveros valores devidos em dívida ativa, se houver inadimplência.

Artigo 135 - O acesso de pedestres ou condutores de veículos não residentes nasrespectivas áreas fechadas deve ser garantido mediante simples identificação, nãopodendo ocorrer restrição à entrada e circulação.

Parágrafo Único - Para fins de identificação dos entrantes, a Associação deProprietários poderá construir guaritas nas entradas do loteamento fechado, desdeque dentro do alinhamento dos muros e em área particular.

Artigo 136 - As despesas do fechamento do loteamento, bem como toda a sinalizaçãoque vier a ser necessária em virtude de sua implantação, serão de responsabilidadeda Associação Proprietários.

Artigo 137 - As disposições construtivas e os parâmetros de ocupação do solo a seremobservados para edificações nos lotes de terrenos deverão atender às exigênciasdefinidas por esta lei e pelo Código de Obras, no que couber, especialmente no quese refere à zona de uso onde o loteamento estiver localizado.

Artigo 138 - Após a publicação do decreto de outorga de permissão de uso, autilização das áreas públicas internas do loteamento, respeitados os dispositivoslegais vigentes e encargos da permissão de uso, poderão ser objeto deregulamentação própria pela entidade representada pela Associação de Proprietários,enquanto perdurar a citada permissão de uso.

Parágrafo Único - A fim de dar a devida publicidade ao Regulamento Interno do Usodos Bens Públicos, para que todos os futuros adquirentes, nas alienações, oucredores, na constituição de direitos reais sobre esses lotes, possam tomarconhecimento das obrigações assumidas pelos proprietários, a Associação deveráprovidenciar, com base no disposto na parte final do art. 246 da Lei dos RegistrosPúblicos, a averbação do Regulamento na matrícula do Serviço de Registro Imobiliárioonde o loteamento foi registrado.

Artigo 139 - Quando da descaracterização do loteamento fechado com abertura aouso público das áreas objeto de permissão de uso, as mesmas reintegrarãoautomaticamente o sistema viário e o sistema de áreas verdes e de lazer do Município,bem como as benfeitorias nelas executadas, sem qualquer ônus à Municipalidade,sendo que a responsabilidade pela retirada do muro de fechamento e pelos encargosdecorrentes será da Associação dos Proprietários.

Parágrafo Único - Se por razões urbanísticas for necessário intervir nos espaçospúblicos sobre os quais incide a permissão de uso segundo esta lei, não caberá àAssociação dos Proprietários qualquer indenização ou ressarcimento por benfeitoriaseventualmente afetadas.

Artigo 140 - As Associações de Proprietários terão a obrigação de afixar em lugarvisível, na(s) entrada(s) do loteamento fechado, placa(s) com os seguintes dizeres: (denominação do loteamento)

PERMISSÃO DE USO REGULAMENTADA PELO DECRETO (nº e data) NOS TERMOS DA LEIMUNICIPAL (nº e ano) OUTORGADA À (razão social da associação, nº do CGC e/ouInscrição Municipal).

Subseção VI Da Regularização de Loteamentos Fechados de Fato

Artigo 141 - Fica ratificada a regularização de loteamentos fechados conforme previstona Lei Complementar nº 2.462, de 13 de julho de 2011.

Seção III Do Desdobro, do Desmembramento e da Aglutinação

Artigo 142 - O desdobro, o desmembramento e a aglutinação de lotes ou glebassomente serão permitidos desde que todos os imóveis resultantes tenham frente paravia pública oficial.

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§ 1º - Fica proibido desdobro, desmembramento e aglutinação que resulte em imóvelcom frente para viela sanitária e/ou servidão de passagem.

§ 2º - Fica proibido o desdobro, desmembramento e aglutinação que resulte em lotescom frente para via expressa de 1ª e 2ª categoria sem que a via marginal estejaimplantada no local.

§ 3º - O desmembramento, o desdobro e a aglutinação obedecerão às restrições doloteador registradas em cartório, se houver.

Artigo 143 - Na aglutinação de lotes com usos distintos prevalecerá aquele que formais restritivo.

Parágrafo Único - VETADO.

Artigo 144 - Quando necessário, os desdobros e os desmembramentos estarãosujeitos à implantação ou complementação de infraestrutura, devendo o proprietárioou empreendedor arcar com as despesas decorrentes das mesmas, conforme o art.112 desta lei.

§ 1º - A necessidade de implantação ou complementação da infraestrutura serádefinida pela Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Pública, representada porum grupo multidisciplinar de técnicos, com base em diretrizes emitidas pelos órgãoscompetentes como DAERP, Secretaria Municipal de Obras Públicas, Secretaria Municipalde Infraestrutura, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, CPFL, Telefônica eTRANSERP.

§ 2º - O empreendedor deverá garantir as obras mencionadas no “caput” por meiodos instrumentos previstos no artigo 113 desta lei.

§ 3º - O descaucionamento se dará em conformidade com o § 4º do artigo 113 destalei.

Artigo 145 - A Lei do Plano Viário e suas diretrizes e o Código do Meio Ambiente,especialmente suas Zonas de Proteção Máxima, serão de observação obrigatória paraanálise de desdobros, desmembramento e aglutinações, devendo as áreascorrespondentes constar como não edificantes nos memoriais descritivos das partesresultantes do parcelamentos.

§ 1º - Ao expedir as respectivas certidões de desdobro, aglutinação oudesmembramento, o órgão municipal competente deverá acrescentar aos dadoscadastrais dos imóveis resultantes, a área sobre a qual recai a proibição de construir,de maneira que seja observada por todos os demais órgãos municipais, tanto paracertificar uso do solo e atividade, quanto para licenciar construções.

§ 2º - Caberá ao proprietário requerer junto ao Cartório de Registro de Imóveis aaverbação das áreas não edificantes, sob pena de ser indeferido eventual pedido delicença para construir nos terrenos.

Subseção I Do Desmembramento

Artigo 146 - Estarão isentos de reservas de áreas públicas para uso institucional epara sistema de áreas verdes e de lazer:

I - os desmembramentos relativos à imóvel resultante de parcelamento anterior, noqual já se tenha reservado as áreas públicas exigidas pela legislação municipal, desdeque a densidade prevista para o novo parcelamento não ultrapasse aquela previstaanteriormente;

II - os desmembramentos de gleba, lote ou quadra, que tenha área de até 10.000,00m² (dez mil metros quadrados);

III - os desmembramentos de imóvel em que todas as partes resultantes sejamsuperiores a 20.000,00 m² (vinte mil metros quadrados);

IV - os desmembramentos de imóvel seguidos de aglutinação a outro(s) imóvel(is), emque o número inicial de partes seja igual ao número de partes resultantes;

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V - os desmembramentos em glebas entre 10.000,00 m² (dez mil metros quadrados) e20.000,00 m² (vinte mil metros quadrados), inclusive, em até 10 (dez) partesresultantes, cujo uso das mesmas seja não residencial.

Artigo 147 - Os desmembramentos que não se enquadrarem no artigo anteriorestarão sujeitos a reserva de áreas públicas (institucional e sistema de áreas verdese de lazer) prevista no artigo 90 desta lei, conforme a zona em que estiveremlocalizados.

Artigo 148 - Os imóveis, que tiverem no mínimo dois terços da totalidade de sua áreainseridos em zonas onde não é permitido o uso residencial, poderão serdesmembrados em até três partes, com reserva de 15% (quinze por cento) da glebaoriginal para sistema de áreas verdes e de lazer, a qual poderá ficar internamente aosimóveis resultantes, de propriedade particular, e ser considerada para o atendimentoda área permeável exigida, ficando isentos de reservar área institucional.

§ 1º - No caso previsto no “caput” deste artigo, se o proprietário pretender efetuar odesmembramento em mais de três partes, deverá atender às reservas de áreaspúblicas previstas no artigo 90 desta lei.

§ 2º - Na aplicação do disposto no “caput” deste artigo não serão consideradas aspartes resultantes de desmembramento feito em data anterior à publicação desta lei.

Artigo 149 - Nos desmembramentos sujeitos a reserva de áreas públicas, queresultem em partes até 20.000 m² (vinte mil metros quadrados), será facultado aoproprietário requerer a conversão das áreas institucionais inferiores a 2.500 m² (doismil e quinhentos metros quadrados), em moeda corrente, de acordo com o valordeterminado por avaliação oficial.

§ 1º - A conversão prevista no inciso anterior dependerá de aprovação da SecretariaMunicipal de Planejamento e Gestão Pública representada por um grupo de técnicosmultidisciplinar.

§ 2º - O valor em dinheiro acima mencionado deverá ser creditado em favor do FundoMunicipal para Aquisição de Áreas Institucionais e somente poderá ser utilizado pelaFazenda Municipal para aquisição de áreas para fins institucionais.

§ 3º - A faculdade de converter área de terreno em moeda corrente, não se aplica areserva de sistema de áreas verdes e de lazer e de vias públicas.

Artigo 150 - As diretrizes viárias, as vias existentes, as ZPM - Zona de ProteçãoMáxima, as APP - Áreas de Proteção Permanente, e as servidões de linha de altatensão, localizadas nos imóveis a ser desmembrados, não serão computadas nocálculo da área total sobre a qual incidirão as reservas de áreas públicas.

Artigo 151 - A aprovação dos desmembramentos, previstos nos Incisos I, II, III e IV doartigo 146 desta lei se dará através de emissão de certidão de desmembramento.

Artigo 152 - A aprovação dos desmembramentos previstos no Inciso V do artigo 146bem como os desmembramentos sujeitos a reserva de áreas públicas ou que resultemem mais de 10 (dez) partes, se dará através de decreto municipal, sendo pré-requisitos obrigatórios:

I - nome do empreendimento;

II - memorial justificativo com as limitações urbanísticas aplicáveis e descritivo dasáreas resultantes;

III - certidão de viabilidade.

Subseção II Das Testadas e Áreas Mínimas Para Desdobro e Desmembramentos

Artigo 153 - Os lotes resultantes de desdobro ou desmembramento deverão terdimensões mínimas conforme abaixo especificado:

I - na Zona de Urbanização Preferencial (ZUP):

a) área de 140 m² (cento e quarenta metros quadrados) e frente de 7m (setemetros);

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b) para os lotes de esquina, a área mínima será de 180 m² (cento e oitenta metrosquadrados) e frente mínima de 9m (nove metros).

II - na Zona de Urbanização Controlada (ZUC):

a) área de 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) e frente mínima de 10m(dez metros);

b) para os lotes de esquina, área mínima de 300m² (trezentos metros quadrados) efrente mínima de 12m (doze metros).

III - na Zona de Urbanização Restrita (ZUR):

a) área de 140m² (cento e quarenta metros quadrados) e frente mínima de 7m (setemetros).

IV - na Zona de Amortecimento da Estação Ecológica de Ribeirão Preto (ZMT):

a) na Subzona 02 (ZMT-2): área de 300m² (trezentos metros quadrados) e frentemínima de 12m (doze metros);

b) nas Subzonas 03 (ZMT-3) e 03A (ZMT-3A): 250m² (duzentos e cinquenta metrosquadrados) e frente mínima de 10m (dez metros), sendo que nas esquinas será300m² (trezentos metros quadrados) de área e frente mínima de 12m (doze metros).

Parágrafo Único - Nas Áreas Especiais Predominantemente Residenciais (APR), nasÁreas Estritamente Residenciais (AER) e nas Áreas Especiais do Boulevard (ABV),somente será permitido o desdobro, quando este resultar em lotes com testadamínima de 10 (dez) metros e 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) deárea, para lotes de meio de quadra, e 12 (doze) metros de testada e área de 300m²(trezentos metros quadrados) para lotes de esquina, exceto se o memorial descritivodo loteamento, devidamente registrado em cartório, fizer maiores exigências.

Artigo 154 - Nos loteamentos já existentes em 31 de janeiro de 2007 e que estejamlocalizados em Área de Interesse Social - AIS, será admitido desdobro oudesmembramento nas seguintes condições:

I - lotes resultantes com testada mínima de 5,00 m (cinco metros) e áreas mínimas de125,00 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados);

II - lotes resultantes de fundo, com áreas mínimas de 125,00 m² (cento e vinte e cincometros quadrados), com saída por corredor com largura mínima de 1,50 m (um metro emeio), desde que atendidas as seguintes exigências:

a) o corredor seja parte integrante do lote resultante e para acesso exclusivo deste;

b) tanto no lote de fundo quanto no remanescente, à frente, já existam edificações,que se constituam em unidades autônomas;

c) seja comprovada a existência das edificações em data anterior a 31 de janeiro de2007, por meio de habite-se, cadastro na Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, comlançamento de IPTU/Predial, escritura ou outra documentação idônea.

III - nos terrenos que tenham, comprovadamente, recebido edificações distintas antesda vigência da Lei Municipal nº 3346/77 publicada em 28 de setembro de 1977, seráadmitido desdobro, independentemente das áreas e testadas resultantes, desde queatendida as seguintes condições:

a) as edificações constituam unidades autônomas;

b) seja comprovada a existência das edificações em data anterior à publicação da LeiMunicipal n° 3346/1977, por meio de Habite-se, cadastro na Prefeitura Municipal deRibeirão Preto, com lançamento de IPTU/Predial, escritura pública ou outradocumentação idônea.

Artigo 155 - Nos loteamentos existentes na data da publicação da Lei Complementarnº 2157/2007, em 31 de janeiro de 2007, localizados fora das Áreas Especiais deInteresse Social - AIS, exceto nas Áreas Predominantemente Residenciais (APR), nasÁreas Estritamente Residenciais (AER) e nas Áreas Especiais de Boulevard (ABV), será

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admitido desdobro que resulte em lotes com testada mínima de 5,00 (cinco) metros eárea mínima de 125,00 (cento e vinte e cinco) metros quadrados, desde que:

I - não haja restrições em contrário, impostas pelo loteador e registradas em Cartóriodo Registro de Imóveis;

II - as partes resultantes contenham edificações distintas que se constituam emunidades autônomas;

III - seja comprovada a existência das edificações distintas em data anterior àpublicação da Lei Complementar nº 2157/2007, em 31 de janeiro de 2007, por meiode Habite-se, cadastro na Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, com lançamento deIPTU/Predial, escritura pública ou outra documentação idônea.

Parágrafo Único - A deliberação quanto à idoneidade da documentação será decompetência da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Pública.

Subseção III Do Desdobro em Chácaras de Recreio

Artigo 156 - O desdobro em sítios e chácaras com finalidade recreativa ou similar ehortifrutigranjeira, assim registrados antes de 31 de janeiro de 2007, será autorizadopela Prefeitura Municipal, desde que:

I - não haja restrições impostas pelo loteador devidamente registradas no Cartório deRegistro de Imóveis;

II - os lotes resultantes tenham testada mínima de 20,00 m (vinte metros) e áreamínima de 1.500m² (um mil e quinhentos metros quadrados), desde que não exista leiespecífica, para o loteamento, que exija testada maior;

III - seja comprovada a existência de, no mínimo, dois melhoramentos urbanos, asaber: rede pública de abastecimento de água, rede pública de esgotos, rede deiluminação pública ou sistema de drenagem de águas pluviais.

Artigo 157 - Nos loteamentos de chácaras ou sítios de recreio aprovados em dataposterior a 31 de janeiro de 2007, será exigida área mínima de 2.500 m² (dois mil equinhentos metros quadrados) para os lotes resultantes.

Seção IV Das Chácaras ou Sítios de Recreio

Artigo 158 - Os parcelamentos de solo destinados a chácaras ou sítios de recreio, sóserão permitidos na Zona de Expansão Urbana do Município e serão consideradosÁreas Especiais Exclusivamente Residenciais (AER), nos termos do artigo 6º, Inciso IX,desta lei.

Artigo 159 - A área mínima destinada a chácaras ou sítios de recreio será de 2.500 m²(dois mil e quinhentos metros quadrados).

Artigo 160 - Os parcelamentos de solo, a que se refere esta seção, deverão atenderaos mesmos requisitos exigidos para o loteamento, quanto às disposições gerais, aocomprimento máximo de quadra, às reservas de áreas destinadas ao uso público, emconformidade com as zonas em que se encontrarem, e ao sistema viário.

Parágrafo Único - Quanto às obras de infraestrutura, estes parcelamentos deverãoatender ao disposto no artigo 112 desta lei, exceto quanto ao Inciso IX, podendo oórgão público municipal responsável pela aprovação do parcelamento dispensar apavimentação das ruas de trânsito local, desde que atenda aos itens abaixo descritos,permanecendo obrigatória a pavimentação das vias que constituem o sistema arterial,o sistema principal e as vias coletoras, conforme Anexo IX, da presente lei:

I - tenham declividade relativamente baixa;

II - seja implantado tratamento primário da pista de rolamento;

III - seja implantado sistema de drenagem que previna o desenvolvimento deprocessos erosivos e garantam a trafegabilidade e segurança, mesmo nos períodosde chuva;

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IV - que o calçamento dos passeios seja executado pelo empreendedor de formapossibilitar boas condições de circulação de pedestres.

Artigo 161 - Nos parcelamentos do solo destinados a chácaras ou sítios de recreio, aser realizados posteriormente à aprovação desta lei, aceitar-se á a redução dasreservas de sistema de áreas verdes e de lazer para:

I - mínimo de 10% (dez por cento) na Zona de Urbanização Controlada - ZUC;

II - mínimo de 20% (vinte por cento) na Zona de Urbanização Restrita - ZUR.

Parágrafo Único - A redução dos percentuais de reservas de sistema de áreas verdese de lazer poderá ser admitida, desde que:

I - no memorial descritivo do empreendimento registrado em cartório, conste que oslotes não poderão ser desdobrados, nem ter seu uso modificado.

II - quando da aprovação dos projetos das futuras edificações, conste área permeávelinterna mínima de 15% (quinze por cento) em cada imóvel, a qual deverá ser gravadana matrícula do mesmo.

Seção V Dos Condomínios

Artigo 162 - Os empreendimentos habitacionais, comerciais, de prestação de serviços,e industriais, organizados sob o regime jurídico do condomínio previsto na Lei Federalnº 4.591/1964, definidos na lei municipal como condomínios urbanísticos, sejam eleshorizontais ou verticais, só poderão ser implantados em lotes ou glebas que tenhamfrente para via pública oficial, localizados nas zonas urbana e de expansão urbana,excluindo-se as APRs (Áreas Predominantemente Residenciais), as AERs (ÁreasEstritamente Residenciais) e loteamentos com restrições registradas em cartório.

Subseção I Das Regras Gerais

Artigo 163 - Os condomínios constituídos por uma única edificação verticalizada isoladaem um único terreno, deverão atender às disposições específicas relativas àsedificações da Lei Complementar nº 2158/2007 e as exigências referentes a gabarito,recuos, densidade líquida, taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamentoindicadas na presente lei, além de possuir um espaço ajardinado de uso comum edestinado ao lazer, correspondente a 1,00 (um) metro quadrado por unidaderesidencial, podendo este espaço conter ou estar contido na taxa de solo naturalexigida.

Parágrafo Único - Considera-se edificação verticalizada isolada aquela na qual suasunidades justapostas estejam agrupadas em uma única torre.

Artigo 164 - VETADO.

Artigo 165 - Externamente aos condomínios, sejam horizontais ou verticais, quandoexigida a reserva de áreas públicas, a execução de toda a infraestrutura, do sistemaviário, sua arborização, bem como a arborização e paisagismo do sistema de áreasverdes e de lazer, é de responsabilidade do empreendedor e sua conclusão serácondição para a emissão do Habite-se, cumprindo os termos de compromisso firmadosquando da aprovação do empreendimento.

§ 1º - A arborização e o paisagismo das áreas públicas deverão atender a LeiComplementar nº 1.616/2004 (Código Municipal do Meio Ambiente) e suas alterações.

§ 2º - Os termos de compromisso firmados deverão ser cumpridos de acordo com osprazos previstos na Certidão de Viabilidade emitida, independentemente de eventualalteração na titularidade do imóvel.

Artigo 166 - As vias que integrem as diretrizes viárias fornecidas pelo órgãocompetente da Prefeitura, com necessidade de uso imediato ou não, sejam elaspertencentes ao sistema local, ao sistema arterial ou ao sistema principal, deverãoficar fora do perímetro fechado do condomínio e ser transferidas para o Município.

Artigo 167 - A área máxima da gleba que poderá ser fechada por qualquer condomíniodependerá de considerações urbanísticas, viárias, ambientais e do impacto que possa

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ter sobre a estrutura urbana, sempre em conformidade com o Plano Diretor, definidaspor meio de diretrizes da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Pública.

Artigo 168 - No caso de empreendimentos de baixa e alta densidade, quando forexigível a doação de área institucional, e desde que haja interesse público, poderá seradmitida doação de parte da mesma além dos limites da gleba a ser parcelada, ouseja, outro imóvel, ainda que situado em outra região ou zona urbana e cujo valor demercado seja equivalente ao que teria no mesmo empreendimento a ser urbanizado.

Artigo 169 - No espaço de uso comum destinado ao lazer, serão permitidos usosrecreativos e esportivos, podendo ser feitas construções, afins àquelas atividades,que ocupem até 30% (trinta por cento) da área do mesmo.

Artigo 170 - Nos condomínios, a porcentagem de área permeável exigida, poderá seratendida através das áreas reservadas para sistema de áreas verdes e de lazer,tanto internas quanto externas, desde que garantida a área mínima permeávelexigida pelo artigo 53 desta lei.

Subseção II Das Regras Específicas

Artigo 171 - Os condomínios urbanísticos horizontais, implantados em lotes ou glebascom área de até 10.000 m² (dez mil metros quadrados), deverão atender, além dodisposto na Subseção I (regras gerais dos condomínios), às seguintes disposições:

I - conter espaços de uso comum destinado ao lazer, ajardinados e arborizados, quenão se caracterize como circulação de acesso às unidades habitacionais,correspondentes a 05 m² (cinco metros quadrados) por unidade, com área totalmínima de 60 m² (sessenta metros quadrados), sendo que, no mínimo, 50%(cinquenta por cento) dessa área deverá estar concentrada e conter um círculo comraio de 10m (dez metros). O restante deverá ter largura mínima de 5m (cinco metros);

II - o acesso às unidades habitacionais deverá ser independente, através de viaparticular de circulação de veículos ou de pedestres, internas ao conjunto, sendo que:

a) a via de circulação exclusiva de pedestres deverá ter largura mínima de 4,00 m(quatro metros), quando as unidades residenciais estiverem localizadas em um únicolado da via, e de 6,00 m (seis metros) quando as unidades residenciais estiveremlocalizadas dos dois lados da via, podendo esta via conter espaços ajardinados;

b) a via de circulação de veículos interna ao conjunto deverá ter largura mínima de8,00 m (oito metros), dos quais dois deles destinados a passeios de pedestres;

c) o raio de concordância entre a via pública e a via de acesso de veículos ao conjunto,será de 6,00 m (seis metros) de um lado, quando a via estiver junto à divisa, e, dosdois lados, quando a via estiver de meio do lote ou gleba;

d) as vias de circulação de pedestres e/ou de veículos deverão ter declividade máximade 10% (dez por cento), sendo que, quando o acesso às unidades residenciais se dersomente através da via de pedestres, serão permitidas declividades maiores, desdeque garantido o acesso a pessoas com dificuldade de locomoção, a pelo menos 5%(cinco por cento) das unidades residenciais e destas para os espaços comunsdestinados ao lazer.

Parágrafo Único - A área a ser considerada para enquadramento na modalidadeprevista no “caput” será a área efetivamente aproveitada, excluindo-se a ZPM (Zonade Proteção Máxima), faixas de servidão de serviços públicos ou incidência dediretrizes viárias, quando for o caso.

Artigo 172 - Os condomínios urbanísticos horizontais com áreas superiores a 10.000m² (dez mil metros quadrados), bem como os condomínios verticais, que foremimplantados em áreas oriundas de loteamento que já tenha feito as reservas deáreas públicas, destinadas ao uso institucional e para sistema de áreas verdes e delazer, conforme disposto nesta lei, ficam dispensados de novas reservas para taisfinalidades, devendo internamente contemplar o empreendimento com espaços de usocomum, ajardinados e arborizados, que não se caracterizem como circulação deacesso às unidades habitacionais, correspondentes a 10 m² (dez metros quadrados)por unidade, com área mínima de 300 m² (trezentos metros quadrados), sendo que,no mínimo 50% (cinquenta por cento) desta área deverá estar concentrada e conterum círculo com raio de 10 m (dez metros). O restante deverá ter largura mínima de 5,0

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m (cinco metros).

Artigo 173 - Os condomínios urbanísticos horizontais, implantados em lotes ou glebascom área maior que 10.000 m² (dez mil metros quadrados), além do disposto naSubseção I, deverão atender às seguintes disposições:

I - deverão ser reservadas áreas para o uso institucional e áreas destinadas aosistema de áreas verdes e de lazer, nas mesmas proporções que as exigidas para oloteamento, no artigo 90, conforme a zona em que se encontre o empreendimento,sendo que, no mínimo 50% (cinquenta por cento) das áreas verdes e a totalidade dasáreas institucionais, deverão localizar-se externamente à área do condomínio e terfrente para via pública. O restante das áreas verdes ficará interno ao condomínio eserá de propriedade particular dos condôminos;

II - tanto no sistema de áreas verdes e de lazer externo como no interno, no mínimo50% (cinquenta por cento) dessas áreas deverão estar concentradas e conter umcírculo com raio de 10 (dez) metros, sendo que o restante deverá ter largura mínimade 5 (cinco) metros;

III - O sistema viário constante das diretrizes viárias fornecidas pelo órgãocompetente da Prefeitura, o sistema de áreas verdes e de lazer e as áreasinstitucionais externos ao perímetro do condomínio, deverão ser doados ao PoderPúblico Municipal, como bens de uso comum do povo, sem quaisquer ônus para oMunicípio, inclusive os relativos aos atos cartorários, sendo que a doação deverá serconcretizada como condição para a aprovação do projeto do condomínio.

IV - O sistema viário interno aos conjuntos deverá atender às seguintesespecificações:

a) a via particular de circulação de veículos, com comprimento de até 50m (cinquentametros), deverá ter largura mínima de 10 m (dez metros), dos quais 04 m (quatrometros) destinados a passeio;

b) no caso de acesso exclusivo a bolsão de estacionamento, a via particular decirculação de veículos, com comprimento de até 50m (cinquenta metros), que não secaracterize como trânsito de passagem, terá largura mínima de 5m (cinco metros);

c) a via particular de circulação de veículos, com comprimento maior que 50 m(cinquenta metros), deverá ter largura mínima de 12 m (doze metros), dos quais 05 m(cinco metros) destinados a passeio;

d) o acesso do conjunto à via pública deverá ser feito por meio de via com larguramínima de 14m (quatorze metros), leito carroçável de 8m (oito metros) e o raio deconcordância entre a via pública e a via de acesso de veículos ao condomínio será de12m (doze metros) no alinhamento das guias;

e) a via de acesso do condomínio à via pública deverá ter comprimento mínimo de 12m(doze metros) contado da guia até o elemento de vedação do acesso;

f) os raios de concordância entre as vias internas ao condomínio deverão ser de, nomínimo, 6m (seis metros);

g) no caso de empreendimento com mais de 200 (duzentas) unidades habitacionais, oempreendedor deverá prever baia de acomodação de veículos, no seu acesso, demodo a não impactar o trânsito na via pública;

h) declividade - as vias de circulação de pedestres e/ou veículos deverão terdeclividade máxima de 10% (dez por cento), sendo que, quando o acesso às unidadesresidenciais se der somente através da via de pedestres, serão permitidasdeclividades maiores, desde que garantido o acesso a pessoas com dificuldade delocomoção a pelo menos 5% (cinco por cento) das unidades residenciais e destas paraos espaços comuns destinados ao lazer.

Artigo 174 - VETADO.

Artigo 175 - Os condomínios urbanísticos constituídos com finalidade não residencialou mista deverão atender às mesmas normas previstas para os de uso residencial.

§ 1º - Nos condomínios citados neste artigo, desde que não superem a densidadelíquida de até 500 hab/ha (quinhentos habitantes por hectare), a área a ser

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reservada para uso institucional poderá ser convertida em área patrimonial, no seutodo ou em parte, a critério do órgão municipal de planejamento.

§ 2º - A reserva prevista no parágrafo anterior poderá, ainda, ser localizada em outroimóvel, mesmo que situado em outra zona urbana, cujo valor de mercado sejaequivalente ao que teria no local do empreendimento, depois de urbanizado, a critériodo órgão municipal de planejamento.

§ 3º - Nas hipóteses dos parágrafos anteriores, a aprovação do condomínio somentepoderá ser finalizada depois de comprovada a doação das áreas reservadas aoMunicípio, por meio de escritura pública, devidamente registrada.

Seção VI Da Regularização Fundiária de Interesse Específico e de Interesse Social

Artigo 176 - A Prefeitura Municipal poderá adotar providências para a promoção daregularização de interesse específico de urbanização consolidada não autorizada, ouexecutada sem observância das determinações constantes do ato administrativo deaprovação, para evitar lesão aos padrões municipais de desenvolvimento urbano e nadefesa dos adquirentes de lotes ou unidades, sem prejuízo da aplicação daspenalidades administrativas, civis e criminais ao empreendedor e a quem quer quetenha contribuído para a prática das irregularidades ou delas tenha se beneficiado,nos termos da legislação federal.

Artigo 177 - A Prefeitura Municipal, juntamente com outros órgãos ou entidades,poderá promover a regularização fundiária de interesse social de assentamentosinformais ou irregulares, ocupados por população de baixa renda, inseridos em áreaurbana, existentes na data da publicação desta lei, de acordo com as normas,instrumentos urbanísticos e jurídicos contidos nesta lei, no Estatuto da Cidade edemais leis pertinentes.

§ 1º - A regularização fundiária compreende projeto de consolidação e regularizaçãourbanístico-ambiental, dando-se prioridade para a permanência da população na áreaocupada, assegurando o nível adequado de habitabilidade e a melhoria das condiçõesde sustentabilidade urbanística, social e ambiental da área ocupada.

§ 2º - Os projetos de consolidação e regularização urbanístico ambiental serãoelaborados com a participação da comunidade envolvida e utilizará recursos do FundoNacional de Habitação Social, dos fundos estaduais e municipais, além de outras linhasde crédito de outras fontes disponíveis para esta finalidade.

Artigo 178 - As normas e procedimentos para a regularização de interesse específico ede interesse social far-se-ão por legislação ou regulamentação específica, respeitadasas diretrizes da legislação federal

CAPÍTULO VI DO USO DO SOLO NA ZONA DE AMORTECIMENTO DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DERIBEIRÃO PRETO - MATA DE SANTA TEREZA

Artigo 179 - A Zona de Amortecimento da Estação Ecológica de Ribeirão Preto - Matade Santa Tereza (ZMT) é a área de entorno da estação ecológica localizada nas baciasdos córregos da Serraria e do Horto e limitada, ao norte, pela Rodovia Antonio DuarteNogueira - SP 333, conforme o mapa constante do Anexo XIV.

Parágrafo Único - A Zona de Amortecimento da Estação Ecológica de Ribeirão Preto édividida nas Subzonas 01; 02; 03; 03A e 04.

Artigo 180 - A Subzona 01 (ZMT - 1) é constituída pela faixa de 50m (cinquentametros) de largura, paralela ao perímetro da Estação Ecológica, com exceção da facevoltada para a Rodovia Antônio Duarte Nogueira - SP 333.

Parágrafo Único - Esta faixa deverá ser arborizada com espécies nativas da baciahidrográfica do rio Pardo, conforme determinado no plano de manejo da estaçãoecológica.

Artigo 181 - Na Subzona 01 (ZMT - 1), não será permitido nenhum tipo de edificação,pavimentação ou uso sócio-econômico e o cercamento/fechamento somente serápermitido em sua face oposta à Estação Ecológica.

Parágrafo Único - As áreas localizadas na Subzona 01 (ZMT - 1) poderão ser utilizadas

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para compor o percentual exigido para sistema de áreas verdes nos parcelamentos dosolo.

Artigo 182 - A Subzona 02 (ZMT - 2) é constituída pela faixa de 450m (quatrocentos ecinquenta metros) de largura, paralela à face externa da Subzona 01, sendo que ouso e parcelamento do solo na mesma estão sujeitos às seguintes restrições:

I - o uso do solo será estritamente residencial, para moradias unifamiliares eplurifamiliares, sendo permitido, ainda, o uso institucional público;

II - no caso de parcelamento do solo, a área mínima dos lotes e/ou unidadesresidenciais em condomínios será de 300m² (trezentos metros quadrados) e a testadamínima será de 10m (dez metros) para lotes/unidades de meio de quadra e de 12m(doze metros) para lotes/unidades de esquina, sendo que a densidade bruta nãopoderá ultrapassar 100 hab/ha (cem habitantes por hectare);

IV - o gabarito máximo permitido será de 5m (cinco metros) de altura, medidos do pisodo pavimento térreo ao teto do pavimento superior;

V - o recuo frontal será de, no mínimo, 5m (cinco metros), devendo, nas esquinas, serobservado também um recuo de 3m (três metros) em relação à via lateral;

VI - a taxa de ocupação será de 50% (cinquenta por cento) da área do lote ou gleba;

VII - os empreendimentos deverão manter uma taxa de permeabilidade do solo de, nomínimo, 20% (vinte por cento) da gleba, localizados em área comum nos condomíniosou pública nos loteamentos e 20% (vinte por cento) da área de cada lote ou unidade;

VIII - VETADO;

IX - as demais áreas com vegetação nativa existente deverão ser mantidas, podendoser utilizadas para compor o percentual exigido para sistema de áreas verdes dosparcelamentos do solo.

Artigo 183 - VETADO.

Artigo 184 - VETADO.

Artigo 185 - VETADO.

Artigo 186 - A Subzona 04 (ZMT - 4) é constituída pelas áreas das microbacias doscórregos Serraria e do Horto localizadas na Zona Rural, onde não será permitida ainstalação de atividades com índice de risco ambiental acima de 1,0 (um).

Artigo 187 - Além do disposto no Capítulo VI, o parcelamento e o uso do solo na Zonade Amortecimento da Estação Ecológica de Ribeirão Preto (ZMT) obedecerá as demaisdisposições desta lei, no que for aplicável e considerando sempre o mais restritivo.

CAPÍTULO VII DA ÁREA ESPECIAL DE PROTEÇÃO À PAISAGEM DA MATA DE SANTA TEREZA

Artigo 188 - VETADO.

Artigo 189 - O uso e parcelamento do solo na Área Especial de Proteção à Paisagemda Mata de Santa Tereza (APG-I) obedecerão às seguintes normas:

I - o uso do solo atenderá às exigências previstas pra a Área de Uso Misto II (AUM-2);

II - o parcelamento do solo atenderá o previsto para a Zona de UrbanizaçãoControlada (ZUC);

III - as edificações com gabarito H superior a 5m (cinco metros), medidos do piso dopavimento térreo ao teto do último pavimento, obedecerão um recuo de H/4 dasdivisas do lote, com mínimo de 5m (cinco metros) e de H/2 entre as edificações, commínimo de 10m (dez metros);

IV - no recuo frontal H/4 poderá ser contada a partir do eixo da via, respeitando-se,no mínimo, os recuos previstos no artigo 55 desta lei;

V - será permitido o escalonamento, desde que cada pavimento atenda aos recuos

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previstos neste artigo;

VI - a densidade bruta não poderá ultrapassar 600 hab/ha (seiscentos habitantes porhectare);

VII - as edificações deverão respeitar, além do disposto neste artigo, as demaisexigências desta lei, as restrições do loteador e do Código de Obras, o que for maisrestritivo.

CAPÍTULO VIII DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO URBANÍSTICA

Artigo 190 - Os instrumentos de gestão urbanísticas previstos neste capítulo, serãoaplicados sem prejuízo de outros que venham a ser estabelecidos em lei, sendo que aregulamentação para a aplicação de cada um deles, será encaminhada pelo PoderExecutivo através de Decreto.

Seção I Da Outorga Onerosa do Direito de Construir

Artigo 191 - O Poder Executivo poderá autorizar, por meio da Outorga Onerosa doDireito de Construir, a construção de edificação que ultrapasse o coeficiente deaproveitamento básico até o limite de coeficiente de aproveitamento máximo,mediante pagamento de contrapartida prevista no artigo 192 desta lei.

I - Entende-se por coeficiente de aproveitamento básico - CAB - o potencial construtivogratuito, inerente aos lotes ou glebas;

II - Entende-se por coeficiente de aproveitamento máximo – CAM o potencialconstrutivo máximo do lote ou gleba, o qual não poderá ser ultrapassado.

Parágrafo Único - Os recursos financeiros resultantes da outorga onerosa de direitode construir a que se refere o “caput” deste artigo, serão depositados na conta doFundo Municipal da Outorga Onerosa de Direito de Construir, instituído pelo PlanoDiretor e serão aplicados para as seguintes finalidades:

I - regularização fundiária;

II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

III - constituição de reserva fundiária;

IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;

V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesseambiental;

VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Artigo 192 - A contrapartida da outorga onerosa do direito de construir será calculadaconforme a seguinte fórmula matemática:

Vo = 0,01 x Vc x K, onde:

Vo - corresponde ao valor da contrapartida da outorga onerosa do direito deconstruir;

Vc - significa o valor da área construída que ultrapassar o coeficiente deaproveitamento básico;

K - é o índice municipal regulador da política urbana de adensamento, variávelconforme os subsetores da cidade, definidos no Decreto Municipal nº 333, de 26 dedezembro de 1983.

Parágrafo Único - O Vc - valor da área construída, que ultrapassar o coeficiente deaproveitamento básico, será calculado com base no índice padrão médio do valor do

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m² de construção, calculado e divulgado pelo Sindicato da Indústria da ConstruçãoCivil - SINDUSCON - multiplicado pela área construída excedente, da edificação a serrealizada.

Artigo 193 - Os coeficientes de aproveitamento básico - CAB - e o índice municipalregulador da política urbana de adensamento - K, para os diferentes subsetores serãodeterminados em Lei específica, após estudos técnicos baseados na densidade, nadisponibilidade de infraestrutura e do sistema viário, por equipe técnica multidisciplinardo poder público juntamente com técnicos de entidades afins, quando for o caso.

Seção II Da Transferência do Direito de Construir

Artigo 194 - O Poder Executivo poderá autorizar a transferência do direito de construir,quando este direito não puder ser exercido no lote original por motivo de proteção aomeio ambiente, ao patrimônio histórico ou ao patrimônio cultural do Município, para serexercido em outro imóvel em dimensão equivalente à área construída legalmentepermitida não realizada no lote original.

§ 1º - Os limites máximos de recepção de área construída transferível são osparâmetros e limitações urbanísticos fixados nesta lei e incidentes sobre o lotereceptor, respeitando-se a densidade líquida máxima permitida.

§ 2º - Os processos administrativos, relativos à transferência do direito de construir,serão previamente submetidos à apreciação da Comissão de Controle Urbanístico.

Artigo 195 - O Poder Executivo poderá autorizar a transferência do direito de construirrelativo a imóveis;

I - tombados ou inventariados mediante decreto, integrantes do patrimônio históricoou cultural do Município, para o fim de sua preservação;

II - localizados em áreas de vias a serem abertas, ou alargadas, quando de interessedo Município;

III - localizados em Zona de Proteção Máxima - ZPM.

Artigo 196 - O Poder Executivo poderá autorizar a transferência do direito de construircorrespondente à diferença resultante da subtração da área efetivamente construídano lote de terreno da área que poderia ser edificada aplicando-se o gabarito básico eos respectivos recuos mínimos, estabelecidos nesta lei, no caso de imóveis tombadosou inventariados integrantes do patrimônio histórico ou cultural do Município,verificadas as determinações do CONPPAC-RP - Conselho de Preservação doPatrimônio Cultural de Ribeirão Preto.

§ 1º - A autorização da transferência do potencial construtivo dos imóveis, a que serefere o “caput” deste artigo, levará em conta a necessidade de restauração doimóvel a ser preservado, ficando seu proprietário obrigado a aplicar os recursosoriundos da referida transferência, nas obras para preservação e/ou recuperação doimóvel, devendo executá-la em conformidade com as diretrizes fornecidas pelo órgãocompetente.

§ 2º - Os projetos de restauração e conservação dos imóveis integrantes dopatrimônio histórico ou cultural deverão ser aprovados pelas Secretarias Municipais dePlanejamento e Gestão Pública e da Cultura.

§ 3º - O descumprimento do disposto neste artigo sujeitará o proprietário do imóvelàs penalidades contidas no artigo 228 desta lei.

Artigo 197 - Em caso de demolição ou destruição do imóvel objeto de proteção, oproprietário fica obrigado a reconstruí-lo, e a repor o bem móvel ou ambientalprotegido de acordo com os atributos que justificaram sua proteção, às suas própriascustas, sob pena da incidência de multa diária até a completa reposição da situaçãoanterior.

Parágrafo Único - Sendo o bem infungível, sua destruição resolver-se-á em perdas edanos.

Artigo 198 - VETADO.

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Artigo 199 - O Poder Executivo poderá autorizar a transferência do direito de construirequivalente à área do imóvel situado na área destinada à abertura ou alargamento devias públicas, desde que se proceda à transferência do domínio sobre o imóvel para opatrimônio público, mediante doação.

Artigo 200 - Só será permitida uma única vez a transferência do potencial construtivode um imóvel, entretanto, o imóvel a que se destina o potencial construtivo, poderárecebê-lo de vários imóveis, até atingir a densidade líquida máxima fixada por esta lei,conforme a zona em que o lote receptor estiver localizado.

Parágrafo Único - A aplicação do instrumento urbanístico de que trata esta Seção,deverá ser averbada na matrícula do imóvel objeto da transferência, no cartório deregistro competente.

Seção III Do Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios

Artigo 201 - O Poder Executivo notificará o proprietário de imóvel não edificado,subutilizado ou não utilizado, para proceder ao parcelamento, a edificação ou autilização compulsórios do mesmo quando este não atender aos parâmetrosurbanísticos estabelecidos nesta lei quanto ao uso e/ou à ocupação do solo.

Parágrafo Único - Os procedimentos e prazos para o atendimento ao disposto no“caput” constam do Plano Diretor - Lei Complementar nº 501/1955 - e sua revisãofeita pela Lei Complementar nº 1.573/2003.

Artigo 202 - O não cumprimento da obrigação, mencionada no artigo anterior,sujeitará o proprietário ou o possuidor do imóvel, a qualquer título, ao pagamento doImposto Predial e Territorial Urbano progressivo, de acordo com o Plano Diretor.

Seção IV Da Operação Urbana Consorciada

Artigo 203 - O Poder Executivo poderá promover operação urbana, aprovadapreviamente por lei específica, em área estratégica devidamente delimitada, que exijamodificação nos parâmetros urbanísticos legais, considerado o impacto ambientaldeles decorrentes, desde que abranja simultaneamente duas ou mais das seguintesmodalidades de intervenção:

I - melhoria urbanística de áreas públicas e/ou privadas;

II - abertura de vias ou modificação do sistema viário;

III - implantação de programas habitacionais de interesse social;

IV - reurbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda;

V - implantação de equipamentos urbanos ou comunitários;

VI - preservação do patrimônio cultural do Município;

VII - proteção ambiental; e

VIII - fomento de atividades econômicas.

Artigo 204 - Da lei específica que aprovar a operação urbana consorciada constará oplano de operação urbana consorciada, contendo, no mínimo:

I - definição da área a ser atingida;

II - programa básico de ocupação da área;

III - programa de atendimento econômico e social para a população diretamenteafetada pela operação;

IV - finalidades da operação;

V - estudo prévio de impacto de vizinhança;

VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e

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investidores privados em função da utilização dos benefícios provenientes damodificação nos parâmetros urbanísticos legais previstos na operação urbana.

§ 1º - Os recursos obtidos pelo Poder Público Municipal, na forma do inciso VI desteartigo, serão aplicados exclusivamente na própria operação urbana consorciada.

§ 2º - A partir da aprovação da lei específica de que trata o “caput”, são nulas aslicenças e autorização a cargo do Poder Público municipal expedidas em desacordocom o plano de operação urbana consorciada.

Artigo 205 - A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada poderá prevera emissão pelo Município de quantidade determinada de certificados de potencialadicional de construção, que serão alienados em leilão ou utilizados diretamente nopagamento das obras necessárias à própria operação.

§ 1º - Os certificados de potencial adicional de construção serão livrementenegociados, mas conversíveis em direito de construir unicamente na área objeto daoperação.

§ 2º - Apresentado pedido de licença para construir, o certificado de potencialadicional será utilizado no pagamento da área de construção que supere os padrõesestabelecidos pela legislação de uso e ocupação do solo, até o limite fixado pela leiespecífica que aprovar a operação urbana consorciada.

Seção V Do Consórcio Imobiliário

Artigo 206 - Desde que haja interesse público, para construção de habitação deinteresse social nas Áreas Especiais de Interesse Social - AIS, o Poder Públicomunicipal poderá facultar ao proprietário de área atingida pela obrigação de parcelar,edificar ou utilizar, conforme previsto no Plano Diretor e no artigo 201 desta lei, arequerimento deste, o estabelecimento de consórcio imobiliário como forma deviabilização financeira do aproveitamento do imóvel.

§ 1º - Considera-se consórcio imobiliário a forma de viabilização de planos deurbanização ou edificação por meio da qual o proprietário transfere ao Poder Públicomunicipal seu imóvel e após a realização das obras, recebe como pagamento,unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas.

§ 2º - O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário serácorrespondente ao valor do imóvel antes da execução das obras, observado o valorreal do mesmo.

§ 3º - Os proprietários de terrenos desocupados não situados nas Áreas Especiais deInteresse Social - AIS poderão propor ao Município o consórcio imobiliário, nos termosdeste artigo, desde que caracterizado o interesse público e mediante parecerfavorável da Comissão de Controle Urbanístico.

§ 4º - O consórcio imobiliário concluído nos termos do parágrafo anterior acarretarásua automática inclusão na categoria denominada Área Especial de Interesse Social -AIS.

Artigo 207 - O Poder Executivo poderá, mediante licitação, conceder bem imóveldominial para o fim de urbanização ou de reurbanização à iniciativa privada, que seráremunerada pelos investimentos realizados, mediante a exploração do imóvelurbanizado ou reurbanizado, mediante o recebimento em doação de áreasurbanizadas de valor equivalente aos investimentos efetuados.

CAPITULO IX DA COMISSÃO DE CONTROLE URBANÍSTICO

Artigo 208 - A Comissão de Controle Urbanístico de Ribeirão Preto, instituída por estalei, tem as seguintes atribuições:

I - formular diretrizes técnicas, analisar e dar parecer nos processos, referentes a:

a) empreendimentos de grande impacto urbanístico e estudo de impacto devizinhança;

b) processos de transferências do direito de construir;

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c) operações urbanas;

d) outorga onerosa;

e) consórcio imobiliário;

f) aplicação de recursos financeiros do Fundo Urbanístico Municipal;

g) empreendimentos habitacionais nas Áreas Especiais de Interesse Social, exceto asregularizações de parcelamentos irregulares e/ou de núcleos urbanos implantados emáreas públicas ou particulares.

II - propor a adequação e atualização da legislação urbanística, especificando asalterações consideradas necessárias;

III - emitir pareceres sobre quaisquer assuntos de interesse para o desenvolvimentoeconômico, social, urbanístico e ambiental do município;

IV - gerenciar a aplicação dos instrumentos urbanísticos previstos nesta lei;

V - analisar os casos omissos referentes a parcelamento, uso e ocupação do solo doMunicípio e solucionar dúvidas sobre esta lei, elaborando normas supletivas ecomplementares com a finalidade de dar prosseguimentos aos processos emandamento;

VI - fixar novos parâmetros para análise de processos, adequando a prática municipalàs alterações feitas em legislação federal ou estadual;

VII - emitir, obrigatoriamente, parecer técnico prévio sobre alterações propostas àsdisposições desta Lei, conforme previsto no artigo 235 desta lei;

VIII - providenciar a realização de audiências públicas sempre que necessário oudevidamente solicitado, de acordo com a legislação vigente.

Artigo 209 - A Comissão de Controle Urbanístico será composta por servidoresestatutários, contratados em regime de CLT ou por representantes de ConselhoMunicipal formalmente constituído, nomeados por portaria, da seguinte forma:

I - 02 (dois) técnicos representantes do órgão municipal responsável peloplanejamento urbano;

II - 02 (dois) técnicos representantes do órgão municipal responsável pela gestãoambiental;

III - 02 (dois) técnicos representantes do órgão municipal responsável pela aprovaçãodos projetos de edificação;

IV - 01 (um) técnico representante do órgão municipal responsável peloabastecimento de água e esgoto;

V - 01 (um) técnico representante da Secretaria Municipal de Obras Públicas;

VI - 01 (um) técnico representante do órgão responsável pela gestão de transporte edo trânsito;

VII - 01 (um) técnico representante da Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos;

VIII - 02 (dois) técnicos representantes da Secretaria Municipal da Saúde;

IX - 01 (um) técnico representante da Secretaria Municipal da Educação;

X - 01 (um) técnico representante do Corpo de Bombeiros;

XI - 01 (um) técnico representante do Conselho Municipal de Urbanismo - COMUR;

XII - VETADO.

Parágrafo Único - A Comissão de Controle Urbanístico deverá convocar técnicosrepresentantes de outros órgãos e entidades afins, para participação nas reuniões,

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se necessário for.

Artigo 210 - A Comissão de Controle Urbanístico reunir-se-á por convocação doSecretário Municipal de Planejamento e Gestão Pública, na medida das necessidades.

§ 1º - O Poder Executivo fornecerá todo material de apoio administrativo necessáriopara o bom funcionamento da Comissão.

§ 2º - As decisões proferidas pela Comissão deverão ser encaminhadas, para ciência,a todos os Conselhos Municipais envolvidos nos processos em tramitação.

§ 3º - Deliberações finais emitidas pela Comissão de Controle Urbanístico, referentesaos instrumentos urbanísticos contidos nesta lei, deverão ser objeto de publicação.

§ 4º - Os procedimentos de atuação da Comissão de Controle Urbanístico, serãoregulamentados por decreto específico, que estabelecerá o quorum mínimo e ocontrole de frequência de seus membros.

CAPITULO X DO FUNDO URBANÍSTICO MUNICIPAL

Artigo 211 - O Fundo Urbanístico Municipal, criado por esta lei, será integrado porrecursos financeiros oriundos de doação, de empréstimos internos ou externos,receitas orçamentárias próprias, transferências governamentais e/ou outras fontesque lhe sejam destinadas.

Artigo 212 - Os recursos financeiros de Fundo Urbanístico Municipal serão destinadosà:

I - realização de programas de reestruturação, de renovação, de estruturação e dedinamização urbanas e ambientais, conforme estabelecido na Lei ComplementarMunicipal nº 501/1995 - Plano Diretor;

II - implantação, ampliação e melhoria da rede viária, sinalização de trânsito,infraestrutura urbana, equipamentos de combate a incêndio, serviços e equipamentosde saúde, educação, saneamento básico e ambiental.

Parágrafo Único - Os procedimentos de atuação, gestão e operacionalização do FundoUrbanístico Municipal serão regulamentados por meio de decreto específico.

CAPÍTULO XI DO FUNDO MUNICIPAL PARA AQUISIÇÃO DE ÁREAS INSTITUCIONAIS

Artigo 213 - Fica criado o Fundo Municipal Para Aquisição de Áreas Institucionais -FUNINST, vinculado à Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Publica, com afinalidade de aquisição de áreas para fins institucionais.

Artigo 214 - Constituirão recursos do FUNINST:

I - valores em dinheiro, provenientes da conversão, em moeda corrente, das áreasdestinadas a fins institucionais, nos desmembramentos e condomínios, conformeprevisto nos artigos 149 e 175 desta lei;

II - valores depositados em conta poupança como caução da obrigação de reservaráreas para fins institucionais, decorrentes da aprovação de desmembramentos econdomínios, em condições de serem levantados;

III - rendas provenientes da aplicação de seus recursos no mercado de capitais.

Artigo 215 - Fica a Secretaria Municipal da Fazenda responsável pela liberação dosrecursos que compõem o FUNINST, que serão depositados em conta bancária especial,destinada para este fim, movimentada de acordo com as diretrizes estabelecidas poresta lei.

Parágrafo Único - O saldo positivo, apurado em balanço anual, será transferido para oexercício seguinte, a crédito do mesmo Fundo.

Artigo 216 - A Secretaria Municipal da Fazenda será o Agente Operacional do fundo,devendo, para tanto, manter controles contábeis específicos, que assegurem asatisfação dos objetivos do FUNINST, sob a fiscalização e inspeção da auditoria

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municipal, quando for o caso.

Parágrafo Único - Os recursos do FUNINST deverão ser aplicados exclusivamente paraa consecução dos seus objetivos, devendo as eventuais disponibilidades financeirasser aplicadas em operações que assegurem, pelo menos, a manutenção do poderaquisitivo do capital existente.

Artigo 217 - Os recursos do FUNINST serão utilizados exclusivamente para a aquisiçãoe/ou desapropriação de áreas para fins de instalação de equipamentos institucionaisonde se fizer necessário.

Artigo 218 - Competirá à Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Públicadeterminar quais as áreas que deverão ser adquiridas/desapropriadas para finsinstitucionais, as quais serão avaliadas por técnicos da referida Secretaria.

CAPÍTULO XII DA APROVAÇÃO DE PARCELAMENTO DO SOLO E EDIFICAÇÃO

Seção I Das Diretrizes e Viabilidade do Parcelamento do Solo

Artigo 219 - Para todas as modalidades de parcelamento do solo previstas no artigo61 desta lei, deverá o proprietário da área a ser parcelada, ou seu representantelegal, mediante requerimento por ele assinado, anteriormente ao protocolo deprocesso com pedido de aprovação do empreendimento, requerer diretrizes eCertidão de Viabilidade, junto à Secretaria Municipal de Planejamento e GestãoPública, seguindo os procedimentos descritos nos incisos seguintes:

I - protocolar processo administrativo com o pedido; estando a caracterização doempreendedor e a documentação do pedido em ordem, a Secretaria Municipal dePlanejamento e Gestão Pública emitirá diretrizes ou parecer conclusivo para oparcelamento pretendido, num prazo máximo de 90 (noventa) dias;

II - após a retirada das diretrizes, o interessado deverá apresentar o projetourbanístico do empreendimento num prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, paraser analisado pelo Grupo de Análise de Projetos Especiais - GAPE, e requererdiretrizes para as suas infraestruturas, de abastecimento, esgotamento sanitário edrenagem, dentre outras, junto aos órgãos técnicos competentes;

III - estando o projeto urbanístico de acordo com as diretrizes expedidas, será emitidaCertidão de Viabilidade para o parcelamento do solo com validade de 1 (um) ano,devendo o interessado, dentro desta validade, protocolar processo administrativosolicitando aprovação do empreendimento, junto à Secretaria Municipal dePlanejamento e Gestão Pública;

IV - deverá constar do processo de aprovação do empreendimento, bem como dosprocessos de aprovação de abastecimento e esgotamento sanitário, de drenagem ede paisagismo, uma via original do projeto urbanístico vinculado Parágrafo Único - OGAPE será regulamentado por decreto do Executivo e seus membros nomeados porportaria do Secretário Municipal de Planejamento e Gestão Pública.

Seção II Da Aprovação do Parcelamento do Solo

Artigo 220 - Para a aprovação das modalidades de loteamento ou desmembramento,o proprietário da área, seu representante legal, ou o empreendedor devidamentecaracterizado, deverá formalizar processo administrativo conforme indicado no incisoIII do artigo anterior contendo:

I - requerimento solicitando a aprovação do loteamento ou desmembramento;

II - VETADO;

III - Certidão negativa de débito - CND do IPTU;

IV - ART dos profissionais envolvidos;

V - procuração ao profissional que irá acompanhar o processo de aprovação, quandofor o caso;

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VI - documentos pessoais do proprietário, e/ou empreendedor;

VII - levantamento planialtimétrico cadastral;

VIII - projeto urbanístico conforme indicado no inciso IV do artigo anterior;

IX - 01 (uma) via do Projeto urbanístico em padrão para aprovação em escala 1:1000;

X - 01 (uma) via do Memorial descritivo/justificativo lote a lote, com as áreas públicas edominiais;

XI - projeto de distribuição de água potável devidamente aprovado pelo órgãocompetente;

XII - projeto de esgotamento sanitário devidamente aprovado pelo órgãocompetente;

XIII - projeto de drenagem, incluindo galerias de águas pluviais e sistemas deretenção do deflúvio, devidamente aprovados pelo órgão competente;

XIV - perfis longitudinais de todas as vias do loteamento;

XV - projeto de paisagismo devidamente aprovado pelos órgãos competentes;

XVI - certidão de viabilidade acompanhada de cópia de todas as certidões nelacitadas.

§ 1º - Após análise jurídica dos autos, o processo será enviado para conferênciatopográfica das áreas públicas e dominiais da planta, com seus respectivos memoriais,e após será enviado ao GAPE que, uma vez de acordo, carimba a planta urbanísticapara ser enviada para aprovação junto ao GRAPROHAB.

§ 2º - O interessado deverá protocolar processo administrativo solicitando expediçãode certidão para fins de GRAPROHAB, juntando ao mesmo requerimento específico e adocumentação indicada nos incisos II, III, VII, VIII e XVI, sendo que os projetosindicados nos incisos VII e VIII deverão ser, no mínimo, em 05 (cinco) vias.

§ 3º - A Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Pública emitirá a certidão paraaprovação do loteamento junto àquele órgão, que emitirá Certificado do GRAPROHAB,vinculado aos projetos por ele aprovados, devidamente carimbados, e que deverãoser anexados pelo interessado, ao processo de aprovação.

§ 4º - Para áreas situadas no interior da zona de proteção do aeroporto, ointeressado deverá providenciar e anexar ao processo a aprovação do loteamentojunto ao Ministério da Aeronáutica.

§ 5º - Atendidas as exigências dos parágrafos anteriores, o Secretário Municipal dePlanejamento e Gestão Pública expedirá licença para execução dos serviços deterraplanagem e demarcações, os quais serão recebidos pelos órgãos técnicos daPrefeitura Municipal.

§ 6º - A Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Pública formalizará junto aoempreendedor, a forma de caucionamento, para a implantação da infraestrutura,conforme arts. 112 e 113 desta lei.

§ 7º - VETADO;

§ 8º - VETADO;

§ 9º - VETADO;

§ 10 - Assinados os Termos de Compromissos de doações das áreas públicas edominiais, pelo parcelador, bem como apresentados os Termos de Execução dasObras de Infraestrutura, emitidos pelos órgãos competentes, feita vistoria daimplantação do projeto paisagístico e, ainda, após manifestação dos SecretáriosMunicipais de Planejamento e Gestão Pública e dos Negócios Jurídicos, o PrefeitoMunicipal baixará decreto de aprovação do loteamento ou desmembramento.

§ 11 - Aprovado por decreto, o loteamento ou desmembramento, a Secretaria dePlanejamento e Gestão Pública providenciará a expedição dos projetos e memoriais

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descritivos ratificados, com a designação de APROVADO, com expressa referência àpresente lei e ao decreto de aprovação, mediante o pagamento dos respectivosemolumentos de acordo com o Código Tributário Municipal.

Artigo 221 - Para aprovação da modalidade de desmembramento, o proprietário daárea, seu representante legal, ou empreendedor deverá atender o artigo anterior,com exceção do inciso XIV e o § 4º do mesmo.

Parágrafo Único - Nesta modalidade, os documentos a que se referem os parágrafos1º, 2º e 3º do artigo anterior, serão destinados a apresentação à CETESB.

Artigo 222 - Para a aprovação da modalidade de condomínio urbanístico, o proprietárioda área, seu representante legal ou o empreendedor devidamente caracterizadodeverá formalizar processo administrativo conforme indicado no Inciso III do artigo219, contendo:

I - requerimento solicitando a aprovação do condomínio urbanístico;

II - registro cartorial da área do condomínio, sem ônus ou alienação, em metragemcompatível à área líquida do empreendimento, onde incidirá a incorporação imobiliárianos termos da Lei Federal nº 4591/1964, conforme projeto urbanístico vinculado àcertidão de viabilidade;

III - registro cartorial das demais partes que compõem o projeto urbanístico vinculadoà certidão de viabilidade, com suas respectivas destinações, como sistema de áreasverdes e de lazer, áreas institucionais ou de sistema viário, quando for o caso;

IV - documentos pessoais do proprietário, pessoa física ou jurídica;

V - procuração ao profissional que irá acompanhar o processo de aprovação, quandofor o caso;

VI - Certidão Negativa de Débitos junto ao cadastro municipal;

VII - ART dos profissionais envolvidos;

VIII - projeto urbanístico conforme indicado no Inciso IV do Artigo 219;

IX - cópia da Certidão de Viabilidade para o empreendimento;

X - 03 (três) vias dos projetos, em padrão para aprovação, das edificações docondomínio urbanístico, contendo plantas, cortes, elevações e demais detalhes,atendendo à legislação pertinente;

XI - 02 (duas) vias do memorial descritivo das edificações que compõem o conjunto.

§ 1º - O desmembramento e doações das partes envolvidas no projeto do condomíniourbanístico, quando for o caso, deverão ocorrer no mesmo processo que originou aemissão da certidão de viabilidade para o empreendimento, através de solicitaçãoexpressa do interessado, acompanhada dos memoriais descritivos das partes,respectivo mapa com quadro de áreas e ART do responsável técnico.

§ 2º - Após conferência, o processo de viabilidade a que se refere o parágrafoanterior, será encaminhado aos setores competentes da Administração Municipal, queencaminharão os procedimentos necessários à abertura de cadastros com destinaçãoespecífica, para as partes do projeto, como sistema de áreas verdes e de lazer, áreasinstitucionais ou de sistema viário, quando for o caso, e da área líquida do condomíniourbanístico.

§ 3º - Caberá ao interessado, sem qualquer ônus para o município, a elaboração dasescrituras públicas e posterior registro no cartório competente, das partes envolvidasno empreendimento, conforme indicado nos parágrafos 1º e 2º deste artigo, sejamelas particulares ou doadas ao Poder Público.

§ 4º - Após análise das edificações do projeto, através do processo de aprovação doempreendimento, conforme citado no Inciso III do artigo 219, e da documentaçãoindicada nos incisos I a XI pelo departamento competente da Secretaria Municipal dePlanejamento e Gestão Pública, o interessado deverá apresentar os projetos deesgotamento sanitário, drenagem, incluindo galerias de águas pluviais e sistemas deretenção do deflúvio, e paisagismo, devidamente aprovados pelos órgãos

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competentes, bem como outras exigências apontadas na certidão de viabilidade.

§ 5º - O condomínio receberá a “pré-aprovação”, aguardará a aprovação peloGRAPROHAB, e posterior anexação, por parte do interessado, do Certificado erespectivo projeto aprovado junto àquele órgão, para então ser expedido o Alvará deConstrução para o condomínio urbanístico.

§ 6º - Os processos administrativos sobre aprovação de condomínios urbanísticospoderão tramitar, mesmo que o empreendedor apresente título aquisitivo com ônusou gravame que recaiam sobre o imóvel a ser parcelado. Contudo, somente seráexpedido o “Habite-se” com apresentação da certidão do cartório de registro deimóveis, devidamente atualizada, onde conste que o imóvel está livre edesembaraçado de quaisquer ônus e/ou gravames.

§ 7º - Ao final da tramitação do processo, quando restar apenas a expedição do“Habite-se”, caso o empreendedor ainda não tenha liberado o imóvel de ônus egravames, ser-lhe-á concedido prazo, improrrogável, de 60 (sessenta) dias paratanto.

§ 8º - Findo o prazo fixado no parágrafo anterior, caso não seja apresentada certidãoda matrícula do imóvel a ser parcelado, comprovando a liberação dos ônus e gravamesque recaiam sobre ele, o processo será arquivado e aplicada multa ao empreendedor,no valor de correspondente à 5% (cinco por cento) dos emolumentos pagos para aaprovação do empreendimento, pelas despesas decorrentes da propositura temeráriade pedido administrativo.

Artigo 223 - Após a implantação das edificações do condomínio urbanístico, bem comoa realização das obras de infraestrutura vinculadas ao projeto, o interessado deveráprotocolar processo administrativo solicitando o Habite-se para o conjunto, contendo:

I - requerimento solicitando a expedição do HABITE-SE para o condomínio;

II - impresso padrão para o pedido de HABITE-SE;

III - cópia dos documentos pessoais do empreendedor e do responsável técnico;

IV - cópia do projeto aprovado;

V - cópia da Certidão de Viabilidade;

VI - certidão da matrícula do imóvel, comprovando não haver ônus ou gravameincidentes sobre o imóvel, caso ainda não o tenha tiver sido apresentada.

§ 1º - Deverão ser anexados ao processo os demais documentos apontados naCertidão de Viabilidade, que condicionam a expedição do Habite-se.

§ 2º - Será admitida a expedição de Habite-se parcial para o conjunto, desde quetodas as exigências contidas na Certidão de Viabilidade, com relação à implantaçãodas infraestruturas, dentre outras, já tenham sido atendidas, especialmente acertidão a que se refere o inciso VI do “caput”.

Artigo 224 - O registro em cartório dos loteamentos, desmembramentos e condomíniosurbanísticos, deverá atender também às disposições da Corregedoria do Estado,aquelas contidas na Lei Federal nº 6766/1979, ou outra que venha a substituí-la.

Seção III Da Aprovação das Edificações

Artigo 225 - A execução de qualquer tipo de edificação, seja ela construção, reforma,reconstrução ou ampliação no Município, só poderá ser iniciada após a obtenção doAlvará de Construção fornecido pelo Poder Executivo e com atendimento integral dosparâmetros e limitações urbanísticas de uso e ocupação do solo, estabelecidas nestae em outras leis pertinentes, especialmente no Código de Obras.

Parágrafo Único - Tratando-se de uso não residencial, o interessado deverá solicitar,anteriormente ao pedido de Alvará de Construção, o Licenciamento Ambiental,conforme especificado no artigo 32 desta lei.

Artigo 226 - O procedimentos para a solicitação do Alvará de Construção e respectivoHabite-se, são os que constam do Código de Obras.

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CAPÍTULO XIII DA FISCALIZAÇÃO E DAS PENALIDADES

Artigo 227 - A fiscalização do cumprimento desta lei será efetuada pelo PoderExecutivo.

Artigo 228 - Os infratores das disposições contidas nesta lei, ficam sujeitos àsseguintes penalidades, sem prejuízo de outras eventualmente cabíveis:

I - advertência;

II - multa diária pelo cometimento de infração, conforme legislação específica;

III - reaplicação da multa, caso o infrator persista na prática da infração;

IV - interdição imediata dos usos proibidos por esta lei;

V - embargo de parcelamento iniciado sem aprovação prévia da autoridadecompetente ou em desacordo com os termos do projeto aprovado e/ou com asdisposições desta lei e demais penalidades cabíveis prevista na legislação federal;

VI - embargo de obra ou edificação iniciada sem aprovação prévia da autoridadecompetente, em desacordo com os termos do projeto aprovado ou com as disposiçõesdesta lei ou do Código de Obras;

VII - demolição de obra ou construção que contrarie os preceitos desta lei ou doCódigo de Obras, e apreensão do material, das máquinas e dos equipamentos usadospara cometimento da infração;

VIII - perda de isenções e outros incentivos tributários concedidos pelo Poder PúblicoMunicipal;

IX - cassação do Alvará de Construção, quando a obra não obedecer ao projetoaprovado.

Parágrafo Único - As penalidades indicadas neste artigo poderão ser aplicadassimultânea e cumulativamente, e sem prévia advertência.

Artigo 229 - Reincidente é o infrator ou responsável que cometer nova infração damesma natureza qualquer que tenha sido o local onde tenha se verificado a infraçãoanterior.

Artigo 230 - Responderá solidariamente pela infração o proprietário ou o possuidor daárea de terreno na qual tenha sido praticada a infração, ou também quem, por si oupreposto, por qualquer modo, a cometer, concorrer para sua prática ou dela sebeneficiar.

Artigo 231 - Sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas nesta lei, o infratorou o responsável responderá por perdas e danos causados ao meio ambiente e aterceiros afetados por sua atividade, conforme disposições do Código Penal.

Artigo 232 - Os débitos provenientes do descumprimento da presente lei serãoinscritos na dívida ativa e executados judicialmente.

Artigo 233 - É assegurado ao infrator ou responsável o exercício administrativo dodireito de defesa de acordo com procedimento fixado pelo Poder Executivo.

CAPÍTULO XIV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 234 - VETADO.

Artigo 235 - As disposições contidas nesta lei somente poderão ser alteradasmediante parecer técnico justificativo elaborado pela Comissão de ControleUrbanístico e após ouvidas as entidades técnicas afins, em audiência pública,conforme previsto no Estatuto da Cidade - Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001,após 3 (três) anos de sua vigência.

Artigo 236 - Os processos que tenham sido protocolados junto à Prefeitura Municipal

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até a data da publicação da presente lei, serão analisados conforme descrito nosincisos que seguem:

I - quando se tratar de pedido de aprovação de projetos para a implantação dasmodalidades de parcelamento do solo descritas no Capítulo V da presente lei, osmesmos poderão ser analisados com base na legislação em vigor anterior à data dapublicação desta lei, desde que já tenha sido emitida a respectiva Certidão deViabilidade e o pedido seja protocolado durante o prazo de vigência desta última;

II - os pedidos de Certidão de Viabilidade para loteamentos e condomínios fechadosque possuírem as diretrizes ambientais, de uso do solo, viárias e urbanísticas jáemitidas, estando todas elas no seu prazo de validade, aguardando apenas aemissão de diretrizes de outros órgãos, poderão ser analisados nos termos dalegislação em vigor anterior à data da publicação desta lei e a Certidão de Viabilidade,caso seja expedida, terá validade de 1 (um) ano;

III - os pedidos de aprovação de projetos de construção, reforma, reconstrução ouampliação, com posterior expedição dos respectivos alvarás, serão analisados nostermos da legislação em vigor na data do seu protocolo.

Parágrafo Único - Os projetos em análise, com base na legislação vigente anterior aesta lei, não poderão ser alterados em sua destinação, área, volumetria, número depavimentos ou número de unidades. Casos em que serão considerados como sendonovos projetos, devendo atender à presente lei.

Artigo 237 - A permissão de uso prevista no art. 131 poderá ser outorgada para oscasos em que se comprovem atender as exigências e condições da subseção V daseção II do capítulo V desta lei exceto o art. 124 e parágrafos 1º, 4º e 5º do art. 129,desde que:

I - tenham sido regularmente aprovados como loteamentos ou

II - cujos pedidos de aprovação tenham sido protocolados na data da publicação dapresente lei e estejam sob análise dos órgãos técnicos da Prefeitura Municipal, e

III - o requerimento para outorga da permissão de uso e fechamento do loteamentoseja protocolado até 2 (dois) anos, a contar da vigência da presente lei.

Artigo 238 - Caso os dispositivos do Plano Diretor e da presente lei não sejamsuficientes para atender aos termos da Medida Provisória nº 547, de 11 de outubro de2011, o Plano de Expansão Urbana será implantado por meio de legislação específica,cuja proposta será elaborada pela Comissão de Controle Urbanístico, nos termos doart. 208, II.

Artigo 239 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário, notadamente a Lei Complementar nº 2157/2007 e suasrespectivas leis complementares.

Palácio Rio Branco

DÁRCY VERA Prefeita Municipal

Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do Município.