lei de responsabilidade fiscal e prioridades em políticas públicas - jozélia nogueira
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Apresentação Jozélia Nogueira sobre Lei de responsabilidade fiscal e prioridades em políticas públicas durante XII Congresso Paranaense de Direito AdministrativoTRANSCRIPT
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL E
PRIORIDADES EM POLÍTICAS PÚBLICAS
Jozélia Nogueira
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL E LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL E
PRIORIDADES EM POLÍTICAS PRIORIDADES EM POLÍTICAS PÚBLICASPÚBLICAS
Jozélia NogueiraJozélia Nogueira
LRF – 11 ANOSLRF – 11 ANOSEXPERIÊNCIA BRASILEIRAEXPERIÊNCIA BRASILEIRA
Pontos positivos:Pontos positivos: Equilíbrio das contas públicasEquilíbrio das contas públicas Controle do endividamentoControle do endividamento Eficiência na cobrança dos tributosEficiência na cobrança dos tributos
Pontos negativos:Pontos negativos: Ausência de controle interno e externo Ausência de controle interno e externo
eficienteeficiente Ausência de TransparênciaAusência de Transparência Continuidade da corrupçãoContinuidade da corrupção
LRF – 11 ANOSLRF – 11 ANOS
Planejamento:Planejamento: Ineficiência no planejamento de políticas Ineficiência no planejamento de políticas
públicas para solução de problemaspúblicas para solução de problemas Ineficiência na análise dos resultados das Ineficiência na análise dos resultados das
políticas públicas implantadas e correção políticas públicas implantadas e correção dos desviosdos desvios
Interferência política demasiada e pontual Interferência política demasiada e pontual na escolha dos gastos públicosna escolha dos gastos públicos
Ausência de critérios para escolha das Ausência de critérios para escolha das prioridades nas políticas públicasprioridades nas políticas públicas
LRF – 11 anosLRF – 11 anos Orçamento:Orçamento: Ausência de audiências públicas para Ausência de audiências públicas para
escolha das políticas públicas, das escolha das políticas públicas, das prioridades e de gastos públicos prioridades e de gastos públicos relevantesrelevantes
Interferência política equivocada no Interferência política equivocada no planejamento e nos objetivos pretendidos planejamento e nos objetivos pretendidos com os gastos públicoscom os gastos públicos
Não cumprimento do orçamento, Não cumprimento do orçamento, contingenciamento linear, sem critérios contingenciamento linear, sem critérios objetivos e que desconsidera as objetivos e que desconsidera as prioridadesprioridades
PRIORIDADES NAS POLÍTICAS PRIORIDADES NAS POLÍTICAS PÚBLICASPÚBLICAS
EDUCAÇÃO – arts. 205 a 214 da CF - EDUCAÇÃO – arts. 205 a 214 da CF - FUNDEBFUNDEB
SAÚDE – arts. 196 a 200 da CF – SUS SAÚDE – arts. 196 a 200 da CF – SUS e Fundos de Saúdee Fundos de Saúde
ASSISTÊNCIA SOCIAL – arts.203 a ASSISTÊNCIA SOCIAL – arts.203 a 204 – Bolsa Família e outros 204 – Bolsa Família e outros programas sociaisprogramas sociais
QUALIDADE DO GASTO QUALIDADE DO GASTO PÚBLICOPÚBLICO
Análise da despesa e do Análise da despesa e do desempenho das políticas públicasdesempenho das políticas públicas
Análise dos indicadores anteriores e Análise dos indicadores anteriores e posteriores à implementação das posteriores à implementação das políticas públicaspolíticas públicas
Análise de um período específico que Análise de um período específico que varia entre 4 e 10 anosvaria entre 4 e 10 anos
MetodologiaMetodologia
Gastos saúde e educaçãoGastos saúde e educaçãoPaísPaís PIBPIB Popul.Popul. C.trib.C.trib. SaúdeSaúde
(PIB)(PIB)EducEduc
(orça)(orça)
BrasilBrasil 2.087 2.087 tritri
195 195 milhmilh
35%35% 9%9% 16%16%
ArgenArgen 368368
bilhbilh4141
milhmilh29%29% 9,50%9,50% 14%14%
ChileChile 203203
bilhbilh1717
milhmilh21%21% 8%8% 18%18%
AlemaAlema 3.3083.308
tritri8282
milhmilh44%44% 11%11% 10%10%
EspanEspan 1.4071.407
tritri4646
milhmilh41%41% 9%9% 11%11%
FontesFontes
BANCO MUNDIAL - 2010BANCO MUNDIAL - 2010 OMS – 2009 - PIBOMS – 2009 - PIB UNESCO – 2009 – orçamento anualUNESCO – 2009 – orçamento anual OCDE, EUROSTAT, CEPAL, FMI e IBGE OCDE, EUROSTAT, CEPAL, FMI e IBGE
- 2007- 2007
ALEMANHAALEMANHAcarga tributaria 43,90% e gastos com saúde 11,03%carga tributaria 43,90% e gastos com saúde 11,03%
(b)
CA
RG
AT
RIB
UT
AR
IA
©G
AS
TO
SC
OM
SA
ÚD
E3.308 TRILHÕES
$0,00%
10,00%20,00%30,00%40,00%50,00%
3.308 TRILHÕES $
3.308 TRILHÕES $
(a) Banco Mundial 2010
(b) Fontes: OCDE, EUROSTAT, CEPAL, FMI e IBGE (Brasil) DADOS ano 2007.
( c) OMS – Dados ano 2009 em relação ao PIB.
ALEMANHA ALEMANHA gastos com educação 10,30%gastos com educação 10,30%
ORÇAMENTO
a )GASTOS( COM
EDUCAÇÃO
UNESCO- Dados de 2009, em relação ao orçamento anual
ALEMANHAALEMANHAPopulação: 81.635.580População: 81.635.580
66.000.00068.000.00070.000.00072.000.00074.000.00076.000.00078.000.00080.000.00082.000.000
(a) (b)
POPULAÇÃO POPULAÇÃOURBANA
Série1
Banco Mundial 2010.
ARGENTINAARGENTINAcarga tributaria 29,13% e gastos com saúde 9,50%carga tributaria 29,13% e gastos com saúde 9,50%
(b)
CA
RG
AT
RIB
UT
AR
IA
(c)
SA
ÚD
E
368. BILHÕES $ 0,00%5,00%
10,00%15,00%20,00%25,00%30,00%
368. BILHÕES $
368. BILHÕES $
(a) Banco Mundial 2010
(b) Fontes: OCDE, EUROSTAT, CEPAL, FMI e IBGE (Brasil) DADOS ano 2007.
( c) OMS – Dados ano 2009 em relação ao PIB.
ARGENTINA ARGENTINA População: 40.665.732População: 40.665.732
33.000.00034.000.00035.000.00036.000.00037.000.00038.000.00039.000.00040.000.00041.000.000
POPULAÇÃO POPULAÇÃOURBANA
‘’Banco Mundial 2010.
ARGENTINA ARGENTINA educação: 14%educação: 14%
ORÇAMENTO ANUAL2009
EDUCAÇÃOORÇAMENTO ANUAL2009
EDUCAÇÃO
(b) UNESCO- Dados de 2009, em relação ao orçamento anual
BRASILBRASILPopulação: 194.946.470População: 194.946.470
140.000.000
150.000.000
160.000.000
170.000.000
180.000.000
190.000.000
200.000.000
1
POPULAÇÃO
POPULAÇÃO URBANA
‘’Banco Mundial 2010.
BRASILBRASILcarga tributaria 34,29% e gastos com saúde 9%carga tributaria 34,29% e gastos com saúde 9%
(b)
CA
RG
A
TR
IBU
TA
RIA
(c )
SA
ÚD
E
2.087 TRILHÕES$
0,00%10,00%20,00%30,00%
40,00%
2.087 TRILHÕES $
2.087 TRILHÕES $
(a) Banco Mundial 2010
(b) Fontes: OCDE, EUROSTAT, CEPAL, FMI e IBGE (Brasil) DADOS ano 2007.
( c) OMS – Dados ano 2009 em relação ao PIB.
BRASILBRASILgastos com educação 16,10%gastos com educação 16,10%
ORÇAMENTOANUAL
EDUCAÇÃO
ORÇAMENTO ANUAL
EDUCAÇÃO
(b) UNESCO- Dados de 2009, em relação ao orçamento anual
CHILE CHILE gastos com educação 18,20%gastos com educação 18,20%
ORÇAMENTOANUAL
EDUCAÇÃO
ORÇAMENTO ANUAL
EDUCAÇÃO
UNESCO- Dados de 2009, em relação ao orçamento anual
CHILECHILEpopulação 17.134.708população 17.134.708
13.000.000
14.000.000
15.000.000
16.000.000
17.000.000
18.000.000
1
POPULAÇÃO (a)
POPULAÇÃO URBANA(b)
Banco Mundial 2010.
CHILECHILEcarga tributaria 21,28% e gastos com saúde 8,20%carga tributaria 21,28% e gastos com saúde 8,20%
203.B
ILH
OE
S
$
CARGATRIBUTARIA (b)0,00%
5,00%10,00%15,00%20,00%25,00%
CARGA TRIBUTARIA (b)
SAÚDE (c)
(a) Banco Mundial 2010
(b) Fontes: OCDE, EUROSTAT, CEPAL, FMI e IBGE (Brasil) DADOS ano 2007.
( c) OMS – Dados ano 2009 em relação ao PIB.
ESPANHAESPANHAcarga tributaria 41,10% e gastos com saúde 9,10%carga tributaria 41,10% e gastos com saúde 9,10%
1,407TRILHÕES $
CARGATRIBUTARIA (b)0,00%
10,00%20,00%30,00%40,00%50,00%
CARGA TRIBUTARIA (b)
SAÚDE ©
(a) Banco Mundial 2010
(b) Fontes: OCDE, EUROSTAT, CEPAL, FMI e IBGE (Brasil) DADOS ano 2007.
( c) OMS – Dados ano 2009 em relação ao PIB.
ESPANHAESPANHAgastos com educação 11,20%gastos com educação 11,20%
ORÇAMENTOANUAL
EDUCAÇÃO
ORÇAMENTO ANUAL
EDUCAÇÃO
UNESCO- Dados de 2009, em relação ao orçamento anual
ESPANHAESPANHApopulação 46.217.400população 46.217.400
1
POPULAÇÃO (a),00
10.000.000,0020.000.000,0030.000.000,0040.000.000,0050.000.000,00
POPULAÇÃO (a)
POPULAÇÃO URBANA(b)
Banco Mundial 2010.
REINO UNIDOREINO UNIDOcarga tributaria 41,40% e gastos com saúde 9,30%carga tributaria 41,40% e gastos com saúde 9,30%
2,246TRILHOES $
CARGATRIBUTARIA (b)0,00%
10,00%20,00%30,00%40,00%50,00%
CARGA TRIBUTARIA (b)
SAÚDE ( c)
(a) Banco Mundial 2010
(b) Fontes: OCDE, EUROSTAT, CEPAL, FMI e IBGE (Brasil) DADOS ano 2007.
( c) OMS – Dados ano 2009 em relação ao PIB.
REINO UNIDOREINO UNIDOpopulação 62.246.610população 62.246.610
52.000.000
54.000.000
56.000.000
58.000.000
60.000.000
62.000.000
64.000.000
1
POPULAÇÃO
POPULAÇÃO URBANA
Banco Mundial 2010
REINO UNIDOREINO UNIDOgastos com educação 11,10%gastos com educação 11,10%
ORÇAMENTOANUAL
EDUCAÇÃO
ORÇAMENTO ANUAL
EDUCAÇÃO
UNESCO- Dados de 2009, em relação ao orçamento anual
PIB MUNDIAL PIB MUNDIAL 20102010
62 TRILHÕES DE DOLARES
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDEPOLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE BRASIL:BRASIL: COMUNICADO IPEA 74 (dezembro de 2010)COMUNICADO IPEA 74 (dezembro de 2010) Acesso desigual aos serviços públicos de saúde e aos bens Acesso desigual aos serviços públicos de saúde e aos bens
(medicamentos)(medicamentos)
Sistema Único de Saúde (SUS):Sistema Único de Saúde (SUS): Criado pela Constituição Federal de 1988Criado pela Constituição Federal de 1988 Diretrizes:Diretrizes: A) universalização do acesso à saúdeA) universalização do acesso à saúde B) com equidadeB) com equidade B) à integralidade das ações e dos serviços de saúdeB) à integralidade das ações e dos serviços de saúde C) gratuidadeC) gratuidade
A assistência farmacêutica está prevista no SUS, A assistência farmacêutica está prevista no SUS, mas a política pública somente foi definida em mas a política pública somente foi definida em 1998, com a publicação da Política Nacional de 1998, com a publicação da Política Nacional de Medicamentos (PNM)Medicamentos (PNM)
RECEITAS E DESPESAS COM RECEITAS E DESPESAS COM SAÚDE - UNIÃOSAÚDE - UNIÃO
Receitas para a Seguridade Social:Receitas para a Seguridade Social: 2007: R$ 344.160.631,002007: R$ 344.160.631,00 2008: R$ 357.763.883,002008: R$ 357.763.883,00
Despesas com Saúde:Despesas com Saúde: 2007 : R$ 42.853.423,002007 : R$ 42.853.423,00
2008 : R$ 52.604.823,002008 : R$ 52.604.823,00
Fonte: SIOPSFonte: SIOPS RECEITA CORRENTE LIQUIDA: 500 BILHÕESRECEITA CORRENTE LIQUIDA: 500 BILHÕES
DESPESAS COM SAUDEDESPESAS COM SAUDEBRASILBRASIL
Despesas com Ações e Serviços Púbicos de Saúde –Despesas com Ações e Serviços Púbicos de Saúde – segundo esfera de governo: 2000 a 2008 (em R$ milhões segundo esfera de governo: 2000 a 2008 (em R$ milhões
correntes) fonte: SIOPScorrentes) fonte: SIOPS Ano Ano FederalFederal Estadual Estadual MunicipalMunicipal 2000 2000 20.351.492 20.351.492 6.313.436 6.313.436 7.370.5397.370.539 2001 2001 22.474.070 22.474.070 8.268.296 8.268.296 9.290.3219.290.321 2002 2002 24.736.843 24.736.843 10.278.420 10.278.420 12.029.37212.029.372 2003 2003 27.181.155 27.181.155 12.144.792 12.144.792 13.765.41713.765.417 2004 2004 32.703.495 32.703.495 16.028.249 16.028.249 16.408.71916.408.719 2005 2005 37.145.779 37.145.779 17.236.138 17.236.138 20.281.22720.281.227 2006 2006 40.750.155 40.750.155 19.798.770 19.798.770 23.555.00823.555.008 2007 2007 44.303.497 44.303.497 22.566.270 22.566.270 26.368.68326.368.683 2008 2008 48.670.190 48.670.190 27.926.885 27.926.885 32.267.63332.267.633
DESPESAS COM SAÚDEDESPESAS COM SAÚDE Variação Percentual das Despesas com Ações e Variação Percentual das Despesas com Ações e
Serviços Públicos de Saúde – União, Estados e Serviços Públicos de Saúde – União, Estados e Municípios. 2000 – 2008Municípios. 2000 – 2008
Fonte: SIOPSFonte: SIOPSAnoAno Federal Federal Estadual Estadual MunicipalMunicipal
2000 2000 2001 2001 10% 10% 31%31% 26%26% 2002 2002 10% 10% 24% 24% 29%29% 2003 2003 10% 10% 18% 18% 14%14% 2004 2004 20% 20% 32% 32% 19%19% 2005 2005 14% 14% 8% 8% 24%24% 2006 2006 10% 10% 15% 15% 16%16% 2007 2007 9% 9% 14% 14% 12%12% 2008 2008 10% 10% 24% 24% 22%22%
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDEPOLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDEMEDICAMENTOSMEDICAMENTOS
Solidariedade entre a União, Estados e MunicípiosSolidariedade entre a União, Estados e Municípios
União: adquire os medicamentos pelo Bloco de União: adquire os medicamentos pelo Bloco de Financiamento da Assistência Farmacêutica, Financiamento da Assistência Farmacêutica, através dos seguintes componentes:através dos seguintes componentes:
1) ESTRATÉGICO1) ESTRATÉGICO 22) BÁSICO ) BÁSICO 3) ESPECIALIZADO3) ESPECIALIZADO
Fonte: IPEA Comunicado 74Fonte: IPEA Comunicado 74
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDEPOLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDEMEDICAMENTOSMEDICAMENTOS
COMPONENTE ESTRATÉGICO:COMPONENTE ESTRATÉGICO: controle de endemias de abrangência nacional ou regional controle de endemias de abrangência nacional ou regional
(tuberculose e tuberculose multidrogas resistente, hanseníase, (tuberculose e tuberculose multidrogas resistente, hanseníase, malária, leishmaniose, doença de Chagas, cólera, malária, leishmaniose, doença de Chagas, cólera, esquistossomose, filariose, influenza, meningite, peste, tracoma e esquistossomose, filariose, influenza, meningite, peste, tracoma e oncocercose), doença sexualmente transmissível/síndrome da oncocercose), doença sexualmente transmissível/síndrome da imunodeficiência adquirida (DST/AIDS), sangue e hemoderivados e imunodeficiência adquirida (DST/AIDS), sangue e hemoderivados e imunobiológicos.imunobiológicos.
COMPONENTE BÁSICO:COMPONENTE BÁSICO: hipertensão e diabetes; asma e rinite; saúde mental; saúde da hipertensão e diabetes; asma e rinite; saúde mental; saúde da
mulher; alimentação e nutrição; combate ao tabagismo; saúde do mulher; alimentação e nutrição; combate ao tabagismo; saúde do adolescente e do jovem; saúde da família; e sistema prisional.adolescente e do jovem; saúde da família; e sistema prisional.
COMPONENTE ESPECIALIZADO:COMPONENTE ESPECIALIZADO: doenças específicas, realizado com medicamentos considerados doenças específicas, realizado com medicamentos considerados
de “alto custo”.de “alto custo”.
GASTOS DAS FAMILIAS COM GASTOS DAS FAMILIAS COM MEDICAMENTOSMEDICAMENTOS
Familias mais pobres gastam em Familias mais pobres gastam em média: 12% de seu rendimento média: 12% de seu rendimento monetário com medicamentosmonetário com medicamentos
Familias mais ricas gastam em Familias mais ricas gastam em média 1,7% de seu rendimento média 1,7% de seu rendimento monetário com medicamentosmonetário com medicamentos
MEDICAMENTOSMEDICAMENTOS A compra de medicamentos pelas famílias A compra de medicamentos pelas famílias
mais ricas representa mais de nove vezes mais ricas representa mais de nove vezes o gasto das famílias mais pobres. o gasto das famílias mais pobres.
A mesma desigualdade existente no Brasil A mesma desigualdade existente no Brasil na distribuição de renda, manifesta-se na na distribuição de renda, manifesta-se na desigualdade do gasto das famílias com desigualdade do gasto das famílias com medicamentos.medicamentos.
A previsão é que essa desigualdade A previsão é que essa desigualdade aumente, como vem aumentando no aumente, como vem aumentando no decorrer dos anosdecorrer dos anos
ACESSO GRATUITO A ACESSO GRATUITO A MEDICAMENTOSMEDICAMENTOS
64,3% da população mais pobre, com 64,3% da população mais pobre, com prescrição de algum medicamento, teve prescrição de algum medicamento, teve acesso gratuito ao medicamentoacesso gratuito ao medicamento
50% dessa população recebeu 50% dessa população recebeu gratuitamente todos os medicamentos gratuitamente todos os medicamentos receitadosreceitados
O SUS teve papel preponderante no O SUS teve papel preponderante no fornecimento gratuito de medicamentos, fornecimento gratuito de medicamentos, assim como se observa em relação a assim como se observa em relação a outros serviços de saúde consumidos pela outros serviços de saúde consumidos pela população de menor renda população de menor renda
(SILVEIRA (SILVEIRA et. al.et. al., 2006)., 2006).
Acesso gratuito a Acesso gratuito a medicamentosmedicamentos
15,9% da população mais rica, obteve 15,9% da população mais rica, obteve medicamentos por meio dos programas de medicamentos por meio dos programas de assistência farmacêutica do SUS. assistência farmacêutica do SUS.
A natureza progressiva destes programas A natureza progressiva destes programas não reduz sua importância para a não reduz sua importância para a população de maior renda, pois o população de maior renda, pois o fornecimento público pode ser a única fornecimento público pode ser a única forma de acesso a medicamentos de alto forma de acesso a medicamentos de alto custo.custo.
DESPESAS DA UNIÃO COM DESPESAS DA UNIÃO COM SAÚDE E MEDICAMENTOSSAÚDE E MEDICAMENTOS
No período 2005-2008 as despesas da No período 2005-2008 as despesas da União com ações e serviços públicos de União com ações e serviços públicos de saúde foi crescente:saúde foi crescente:
De R$ 34,7 bilhões para R$ 43,1 bilhõesDe R$ 34,7 bilhões para R$ 43,1 bilhões O aumento médio real foi de 7,5% a.a.O aumento médio real foi de 7,5% a.a.
As despesas com aquisição direta de As despesas com aquisição direta de medicamentos pelo governo foram demedicamentos pelo governo foram de
R$ 2,3 bilhões por anoR$ 2,3 bilhões por ano Em 2005 o governo gastou 2,8 bilhões Em 2005 o governo gastou 2,8 bilhões
Despesas da União com saúde e Despesas da União com saúde e medicamentosmedicamentos
O cálculo levou em conta os itens de O cálculo levou em conta os itens de despesas com ações e serviços de saúde despesas com ações e serviços de saúde da Resolução no 322, do Conselho da Resolução no 322, do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Nacional de Saúde (CNS).
Estão incluídos:Estão incluídos: Pagamentos dos procedimentos Pagamentos dos procedimentos
hospitalares e ambulatórios do SUS e hospitalares e ambulatórios do SUS e conveniados. conveniados.
Medicamentos usados nestes Medicamentos usados nestes procedimentos. procedimentos.
GASTOS COM MEDICAMENTOS GASTOS COM MEDICAMENTOS DA UNIÃODA UNIÃO
O que se verifica do estudo do IPEA e dos O que se verifica do estudo do IPEA e dos dados de gastos da União com dados de gastos da União com medicamentos, é uma relativa medicamentos, é uma relativa estabilidade entre os anos 2005 e 2008. estabilidade entre os anos 2005 e 2008.
A União reduziu sua participação nos A União reduziu sua participação nos gastos com medicamentos entre 2006 e gastos com medicamentos entre 2006 e 2008 em relação aos gastos com saúde2008 em relação aos gastos com saúde
Em situação inversa os gastos com Em situação inversa os gastos com medicamentos de Estados e Municípios medicamentos de Estados e Municípios aumentaram significativamenteaumentaram significativamente
GASTOS DA UNIÃOGASTOS DA UNIÃO
Observou-se crescimento nos gastos com Observou-se crescimento nos gastos com medicamentos para atender demandas medicamentos para atender demandas judiciaisjudiciais
A partir de 2007, as compras decorrentes A partir de 2007, as compras decorrentes de decisões judiciais são de decisões judiciais são predominantemente de medicamentos predominantemente de medicamentos que não faziam parte da assistência que não faziam parte da assistência farmacêutica federalfarmacêutica federal
GASTOS DA UNIÃOGASTOS DA UNIÃO
Em síntese, não houve aumento de gastos Em síntese, não houve aumento de gastos da União com medicamentos no período da União com medicamentos no período de 2006-2008de 2006-2008
As únicas categorias de gasto que As únicas categorias de gasto que apresentaram crescimento sistemático apresentaram crescimento sistemático foram aquelas destinadas a atender os foram aquelas destinadas a atender os hospitais militares e universitários e as hospitais militares e universitários e as demandas judiciais. demandas judiciais.
IMPACTO DOS MEDICAMENTOS IMPACTO DOS MEDICAMENTOS DE ALTO CUSTO NOS ESTADOSDE ALTO CUSTO NOS ESTADOS
O estudo demonstra que a compra de O estudo demonstra que a compra de medicamentos de alto custo pode comprometer medicamentos de alto custo pode comprometer os recursos dos Estados. os recursos dos Estados.
Os medicamentos de alto representam grande Os medicamentos de alto representam grande parte das decisões juidiciaisparte das decisões juidiciais
O estudo aponta que seria recomendável a O estudo aponta que seria recomendável a federalização da compra de uma lista de federalização da compra de uma lista de medicamentos especializados de alto custo medicamentos especializados de alto custo unitário. Mesmo que seu número seja reduzido, a unitário. Mesmo que seu número seja reduzido, a federalização pode ser forma de aliviar a pressão federalização pode ser forma de aliviar a pressão sobre os Estados e reduzir seus custos.sobre os Estados e reduzir seus custos.
CONCLUSÕESCONCLUSÕES Os gastos no Brasil com serviços públicos Os gastos no Brasil com serviços públicos
de saúde e medicamentos não são de saúde e medicamentos não são elevadoselevados
Não tem ocorrido aumento de Não tem ocorrido aumento de investimentos nos últimos 10 anosinvestimentos nos últimos 10 anos
A União tem RCL suficiente para garantir a A União tem RCL suficiente para garantir a manutenção e ampliação dos serviços e dos manutenção e ampliação dos serviços e dos gastos com medicamentos de alto custogastos com medicamentos de alto custo
Os Estados e Municípios não investem em Os Estados e Municípios não investem em Saúde o percentual mínimo previsto na Saúde o percentual mínimo previsto na legislação, mas não teriam condições legislação, mas não teriam condições financeiras de assumir mais gastosfinanceiras de assumir mais gastos
EDUCAÇÃO como prioridade para EDUCAÇÃO como prioridade para um futuro melhorum futuro melhor
A análise da política pública da educação A análise da política pública da educação no Brasil demonstra baixos índices de no Brasil demonstra baixos índices de aproveitamento dos alunosaproveitamento dos alunos
Só 6% dos alunos que terminam a 4ª série Só 6% dos alunos que terminam a 4ª série são alfabetizadossão alfabetizados
Entre os alunos da 4ª série somente 34% Entre os alunos da 4ª série somente 34% tem aprendizado adequado de Português. tem aprendizado adequado de Português. No ensino médio somente 29%.No ensino médio somente 29%.
Nos países desenvolvidos esse percentual Nos países desenvolvidos esse percentual é de 70%é de 70%
Fonte: MECFonte: MEC
EDUCAÇÃOEDUCAÇÃO
Em 2001 apenas 26% da população Em 2001 apenas 26% da população brasileira era considerada alfabetizadabrasileira era considerada alfabetizada
Em 2009 o percentual ficou em 27%Em 2009 o percentual ficou em 27% O Brasil tem comprovadamente baixa O Brasil tem comprovadamente baixa
qualidade na educaçãoqualidade na educação Muitos jovens que terminam o ensino Muitos jovens que terminam o ensino
médio ainda são considerados analfabetos médio ainda são considerados analfabetos funcionaisfuncionais
Fonte: MECFonte: MEC
EDUCAÇÃOEDUCAÇÃOAlternativasAlternativas
Capacitação dos professoresCapacitação dos professores Educação integralEducação integral Maiores investimentosMaiores investimentos Adequadas instalaçõesAdequadas instalações Equipamentos modernos e Equipamentos modernos e
eletrônicos, além dos convencionaiseletrônicos, além dos convencionais Envolvimento da família e de toda a Envolvimento da família e de toda a
sociedadesociedade
EDUCAÇÃOEDUCAÇÃO Cada R$ 1 gasto com educação pública gera R$ Cada R$ 1 gasto com educação pública gera R$
1,85 para o PIB. O mesmo valor gasto na saúde 1,85 para o PIB. O mesmo valor gasto na saúde gera R$ 1,70. gera R$ 1,70.
Para a redução da desigualdade social, os gastos Para a redução da desigualdade social, os gastos que apresentam maior retorno são aqueles feitos que apresentam maior retorno são aqueles feitos com o Bolsa Família, que geram R$ 2,25 de renda com o Bolsa Família, que geram R$ 2,25 de renda familiar para cada R$ 1 gasto com o benefício; e familiar para cada R$ 1 gasto com o benefício; e os benefícios de prestação continuada – os benefícios de prestação continuada – destinados a idosos e portadores de deficiência destinados a idosos e portadores de deficiência cuja renda familiar per capita seja inferior a 25% cuja renda familiar per capita seja inferior a 25% do salário mínimo –, que geram R$ 2,20 para do salário mínimo –, que geram R$ 2,20 para cada R$ 1 gasto. cada R$ 1 gasto.
Fonte: IPEAFonte: IPEA
EDUCAÇÃOEDUCAÇÃO O gasto na educação não gera apenas O gasto na educação não gera apenas
conhecimento, gera economia. Os salários conhecimento, gera economia. Os salários pagos aos professores aumenta o pagos aos professores aumenta o consumo, as vendas, os valores consumo, as vendas, os valores adicionados, salários, lucros, juros.adicionados, salários, lucros, juros.
Ampliar em 1% do PIB os gastos sociais, Ampliar em 1% do PIB os gastos sociais, na estrutura atual, redunda em 1,37% de na estrutura atual, redunda em 1,37% de crescimento do PIB. É o tipo de gasto que crescimento do PIB. É o tipo de gasto que tem mais benefícios do que custotem mais benefícios do que custo
(Jorge Abrahão, diretor do IPEA) (Jorge Abrahão, diretor do IPEA)
EDUCAÇÃOEDUCAÇÃO Para cada 1% a mais investido em educação e Para cada 1% a mais investido em educação e
saúde, há um efeito multiplicador que aumenta saúde, há um efeito multiplicador que aumenta em 1,78% o PIB e em 1,56% a renda das famílias.em 1,78% o PIB e em 1,56% a renda das famílias.
No caso do Bolsa Família, o aumento de 1% do No caso do Bolsa Família, o aumento de 1% do que ele representa para o PIB resultaria no que ele representa para o PIB resultaria no aumento de 1,44% do PIB. Mas, nesse caso, o aumento de 1,44% do PIB. Mas, nesse caso, o mais significativo está relacionado ao fato de mais significativo está relacionado ao fato de que, ao receber e usar esse benefício, o cidadão que, ao receber e usar esse benefício, o cidadão acabar gerando renda para outras famílias. Cada acabar gerando renda para outras famílias. Cada R$ 1 gasto com esse programa gera R$ 2,25 em R$ 1 gasto com esse programa gera R$ 2,25 em rendas familiaresrendas familiares
IPEAIPEA
Zygmunt Bauman Zygmunt Bauman filósofo polonêsfilósofo polonês
Devemos buscar uma educação Devemos buscar uma educação capaz de estimular a reflexão e a capaz de estimular a reflexão e a crítica, de modo que saibam cultivar crítica, de modo que saibam cultivar a ética, a transcendência, a a ética, a transcendência, a cooperação, a solidariedade e o cooperação, a solidariedade e o respeito à vidarespeito à vida
Paulo FreirePaulo Freire
Não é possível refazer este país, Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabiliando o amor.o sonho, inviabiliando o amor.
Se a educação sozinha não transformar a Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. muda.
Mudar é difícil, mas é possível.Mudar é difícil, mas é possível.