lei 8212-91 atualizada

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plano de custeio 2015

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LEI ORGNICA DA SEGURIDADE SOCIAL TTULO I Conceituao e Princpios Constitucionais Art. 1A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos poderes pblicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo sade, previdncia e assistncia social. Pargrafo nico. A Seguridade Social obedecer aos seguintes princpios e diretrizes: a) universalidade da cobertura e do atendimento;b) uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais;c) seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios;d) irredutibilidade do valor dos benefcios;e) eqidade na forma de participao no custeio;f) diversidade da base de financiamento;g) carter democrtico e descentralizado da gesto administrativa, com a participao da comunidade, em especial de trabalhadores, empresrios e aposentados. TTULO II Da Sade Art. 2A Sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao. Pargrafo nico. As atividades de sade so de relevncia pblica e sua organizao obedecer aos seguintes princpios e diretrizes: a) acesso universal e igualitrio; b) provimento das aes e servios atravs de rede regionalizada e hierarquizada, integrados em sistema nico;c) descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo;d) atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas; e) participao da comunidade na gesto, fiscalizao e acompanhamento das aes e servios de sade;f) participao da iniciativa privada na assistncia sade, obedecidos os preceitos constitucionais.TTULO III Da Previdncia Social Art. 3A Previdncia Social tem por fim assegurar aos seus beneficirios meios indispensveis de manuteno, por motivo de incapacidade, idade avanada, tempo de servio, desemprego involuntrio, encargos de famlia e recluso ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. Pargrafo nico. A organizao da Previdncia Social obedecer aos seguintes princpios e diretrizes: a) universalidade de participao nos planos previdencirios, mediante contribuio;b) valor da renda mensal dos benefcios, substitutos do salrio-de-contribuio ou do rendimento do trabalho do segurado, no inferior ao do salrio-mnimo; c) clculo dos benefcios considerando-se os salrios-de-contribuio, corrigidos monetariamente;d) preservao do valor real dos benefcios; e) previdncia complementar facultativa, custeada por contribuio adicional.TTULO IV Da Assistncia Social Art. 4A Assistncia Social a poltica social que prov o atendimento das necessidades bsicas, traduzidas em proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia, velhice e pessoa portadora de deficincia, independentemente de contribuio Seguridade Social. Pargrafo nico. A organizao da Assistncia Social obedecer s seguintes diretrizes: a) descentralizao poltico-administrativa; b) participao da populao na formulao e controle das aes em todos os nveis.TTULO V Da Organizao da Seguridade Social Art. 5As aes nas reas de Sade, Previdncia Social e Assistncia Social, conforme o disposto no Captulo II do Ttulo VIII da Constituio Federal, sero organizadas em Sistema Nacional de Seguridade Social, na forma desta lei. Art. 6Fica institudo o Conselho Nacional da Seguridade Social, rgo superior de deliberao colegiada, com a participao da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municpios e de representantes da sociedade civil. 1 O Conselho Nacional da Seguridade Social ter 15 (quinze) membros e respectivos suplentes, sendo: 1 O Conselho Nacional de Seguridade Social ter dezessete membros e respectivos suplentes, sendo: (Redao dada pela Lei n 8.619, de 1993).a) 4 (quatro) representantes do Governo Federal, dentre os quais, 1 (um) da rea de sade, 1 (um) da rea de previdncia social e 1 (um) da rea de assistncia social; b) 1 (um) representante dos governos estaduais e 1 (um) das prefeituras municipais; c) 6 (seis) representantes da sociedade civil, sendo 3 (trs) trabalhadores, dos quais pelo menos 1 (um) aposentado, e 3 (trs) empresrios;c) oito representantes da sociedade civil, sendo quatro trabalhadores, dos quais pelo menos dois aposentados, e quatro empresrios; (Redao dada pela Lei n 8.619, de 1993).d) 3 (trs) representantes dos conselhos setoriais, sendo um de cada rea da Seguridade Social, conforme disposto no Regimento do Conselho Nacional da Seguridade Social. 2 Os membros do Conselho Nacional da Seguridade Social sero nomeados pelo Presidente da Repblica. 3 O Conselho Nacional da Seguridade Social ser presidido por um dos seus integrantes, eleito entre seus membros, que ter mandato de 1 (um) ano, vedada a reeleio, e dispor de uma Secretaria-Executiva, que se articular com os conselhos setoriais de cada rea. 4 Os representantes dos trabalhadores, dos empresrios e respectivos suplentes sero indicados pelas centrais sindicais e confederaes nacionais e tero mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos uma nica vez. 5 As reas de Sade, Previdncia Social e Assistncia Social organizar-se-o em conselhos setoriais, com representantes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municpios e da sociedade civil. 6 O Conselho Nacional da Seguridade Social reunir-se- ordinariamente a cada bimestre, por convocao de seu presidente, ou, extraordinariamente, mediante convocao de seu presidente ou de um tero de seus membros, observado, em ambos os casos, o prazo de at 7 (sete) dias para a realizao da reunio. 7 As reunies do Conselho Nacional da Seguridade Social sero iniciadas com a presena da maioria absoluta de seus membros, sendo exigida para deliberao a maioria simples dos votos. 8 Perder o lugar no Conselho Nacional da Seguridade Social o membro que no comparecer a 3 (trs) reunies consecutivas ou a 5 (cinco) intercaladas, no ano, salvo se as ausncia ocorrer por motivo de fora maior, justificado por escrito ao Conselho, na forma estabelecida pelo seu regimento. 9 A vaga resultante da situao prevista no pargrafo anterior ser preenchida atravs de indicao da entidade representada, no prazo de 30 (trinta) dias. 10. As despesas porventura exigidas para o comparecimento s reunies do Conselho constituiro nus das respectivas entidades representadas. (Revogado pela Lei n 9.032, de 1995). 11. As ausncias ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrentes de sua participao no Conselho, sero abonadas, computando-se como jornada efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos legais. Art. 7Compete ao Conselho Nacional da Seguridade Social: I - estabelecer as diretrizes gerais e as polticas de integrao entre as reas, observado o disposto no inciso VII do art. 194 da Constituio Federal; II - acompanhar e avaliar a gesto econmica, financeira e social dos recursos e o desempenho dos programas realizados, exigindo prestao de contas; III - apreciar e aprovar os termos dos convnios firmados entre a seguridade social e a rede bancria para a prestao dos servios; IV - aprovar e submeter ao Presidente da Repblica os programas anuais e plurianuais da Seguridade Social; V - aprovar e submeter ao rgo Central do Sistema de Planejamento Federal e de Oramentos a proposta oramentria anual da Seguridade Social; VI - estudar, debater e aprovar proposta de recomposio peridica dos valores dos benefcios e dos salrios-de-contribuio, a fim de garantir, de forma permanente, a preservao de seus valores reais; VII - zelar pelo fiel cumprimento do disposto nesta lei e na legislao que rege a Seguridade Social, assim como pelo cumprimento de suas deliberaes; VIII - divulgar, atravs do Dirio Oficial da Unio, todas as suas deliberaes; IX - elaborar o seu regimento interno. Art. 8As propostas oramentrias anuais ou plurianuais da Seguridade Social sero elaboradas por Comisso integrada por 3 (trs) representantes, sendo 1 (um) da rea da sade, 1 (um) da rea da previdncia social e 1 (um) da rea de assistncia social. Art. 9As reas de Sade, Previdncia Social e Assistncia Social so objeto de leis especficas, que regulamentaro sua organizao e funcionamento. TTULO VI Do Financiamento da Seguridade Social Introduo Art. 10.A Seguridade Social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos do art. 195 da Constituio Federal e desta lei, mediante recursos provenientes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municpios e de contribuies sociais. Art. 11.No mbito federal, o oramento da Seguridade Social composto das seguintes receitas: I - receitas da Unio; II - receitas das contribuies sociais; III - receitas de outras fontes. Pargrafo nico. Constituem contribuies sociais: a) as das empresas, incidentes sobre a remunerao paga ou creditada aos segurados a seu servio; b) as dos empregadores domsticos;c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salrio de contribuio; d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro; e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognsticos.CAPTULO I Dos ContribuintesSeo I Dos segurados Art. 12.So segurados obrigatrios da Previdncia Social as seguintes pessoas fsicas: I - como empregado:a) aquele que presta servio de natureza urbana ou rural empresa, em carter no eventual, sob sua subordinao e mediante remunerao, inclusive como diretor empregado; b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporrio, definida em legislao especfica, presta servio para atender necessidade transitria de substituio de pessoal regular e permanente ou a acrscimo extraordinrio de servios de outras empresas; c) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agncia de empresa nacional no exterior.d) aquele que presta servio no Brasil a misso diplomtica ou a repartio consular de carreira estrangeira e a rgos a elas subordinados, ou a membros dessas misses e reparties, excludos o no-brasileiro sem residncia permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislao previdenciria do pas da respectiva misso diplomtica ou repartio consular; e) o brasileiro civil que trabalha para a Unio, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que l domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislao vigente do pas do domiclio; f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertena a empresa brasileira de capital nacional; g) o servidor pblico ocupante de cargo em comisso, sem vnculo efetivo com a Unio, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundaes Pblicas Federais. (Includo pela Lei n 8.647, de 1993).II - como empregado domstico: aquele que presta servio de natureza contnua a pessoa ou famlia, no mbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos; III - como empresrio: o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor no empregado, o membro de conselho de administrao de sociedade annima, o scio solidrio, o scio de indstria e o scio cotista que participe da gesto ou receba remunerao decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural; IV - como trabalhador autnomo: a) quem presta servio de natureza urbana ou rural, em carter eventual, a uma ou mais empresas, sem relao de emprego;b) a pessoa fsica que exerce, por conta prpria, atividade econmica de natureza urbana, com fins lucrativos ou no;V - como equiparado a trabalhador autnomo, alm dos casos previstos em legislao especfica: (Vide Lei n 8.540, de 1992).a) a pessoa fsica, proprietria ou no, que explora atividade agropecuria, pesqueira ou de extrao de minerais, em carter permanente ou temporrio, diretamente ou atravs de prepostos e com auxlio de empregados, utilizados a qualquer ttulo, ainda que de forma no contnua; a) a pessoa fsica, proprietria ou no, que explora a atividade agropecuria, pesqueira ou de extrao mineral - garimpeiro - em carter permanente ou temporrio, diretamente ou por intermdio de prepostos e com auxlio de empregados, utilizados a qualquer ttulo, ainda que de forma no contnua; (Redao dada pela Lei n 8.398, de 1992).b) o ministro de confisso religiosa e o membro de instituto de vida consagrada e de congregao ou de ordem religiosa, este quando por ela mantido, salvo se filiado obrigatoriamente Previdncia Social em razo de outra atividade, ou a outro sistema previdencirio, militar ou civil, ainda que na condio de inativo; c) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por sistema prprio de previdncia social; d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil membro efetivo, ainda que l domiciliado e contratado, salvo quando coberto por sistema de previdncia social do pas do domiclio; a) a pessoa fsica, proprietria ou no, que explora atividade agropecuria ou pesqueira, em carter permanente ou temporrio, diretamente ou por intermdio de prepostos e com auxlio de empregados, utilizados a qualquer ttulo, ainda que de forma no contnua; (Redao dada pela Lei n 8.540, de 1992).b) a pessoa fsica, proprietria ou no, que explora atividade de extrao mineral garimpo , em carter permanente ou temporrio, diretamente ou por intermdio de prepostos e com auxlio de empregados, utilizados a qualquer ttulo, ainda que de forma no contnua; (Redao dada pela Lei n 8.540, de 1992).c) o ministro de confisso religiosa e o membro de instituto de vida consagrada e de congregao ou de ordem religiosa, este quando por ela mantido, salvo se filiado obrigatoriamente Previdncia Social em razo de outra atividade, ou a outro sistema previdencirio, militar ou civil, ainda que na condio de inativo; (Redao dada pela Lei n 8.540, de 1992).d) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por sistema prprio de previdncia social; (Redao dada pela Lei n 8.540, de 1992).e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil membro efetivo, ainda que l domiciliado e contratado, salvo quando coberto por sistema de previdncia social do pas do domiclio; (Includo pela Lei n 8.540, de 1992).VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vnculo empregatcio, servios de natureza urbana ou rural definidos no regulamento; VII - como segurado especial: o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatrio rurais, o garimpeiro, o pescador artesanal e o assemelhado, que exeram essas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxlio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cnjuges ou companheiros e filhos maiores de 14 anos ou a eles equiparados, desde que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar respectivo. VII - como segurado especial: o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatrio rurais, o pescador artesanal e o assemelhado, que exeram essas atividades individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com auxlio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cnjuges ou companheiros e filhos maiores de quatorze anos ou a eles equiparados, desde que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar respectivo. (Redao dada pela Lei n 8.398, de 1992). 1 Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da famlia indispensvel prpria subsistncia e exercido em condies de mtua dependncia e colaborao, sem a utilizao de empregados. 2 Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdncia Social obrigatoriamente filiado em relao a cada uma delas. 3 O INSS instituir Carteira de Identificao e Contribuio para fins de inscrio e comprovao da qualidade do segurado especial de que trata o inciso VII deste artigo. (Includo pela Lei n 8.861, de 1994). 3 O INSS instituir Carteira de Identificao e Contribuio, sujeita a renovao anual, nos termos do Regulamento desta lei, que ser exigida: (Redao dada pela Lei n 8.870, de 1994).I - da pessoa fsica, referida no inciso V alnea a deste artigo, para fins de sua inscrio como segurado e habilitao aos benefcios de que trata a Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991; (Includo pela Lei n 8.870, de 1994).II - do segurado especial, referido no inciso VII deste artigo, para sua inscrio, comprovao da qualidade de segurado e do exerccio de atividade rural e habilitao aos benefcios de que trata a Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991. (Includo pela Lei n 8.870, de 1994). 4 A inscrio do segurado especial e sua renovao anual nos termos do Regulamento constituem condies indispensveis habilitao aos benefcios de que trata a Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991. (Includo pela Lei n 8.861, de 1994). (Revogado pela Lei n 8.870, de 1994). 4 O aposentado pelo Regime Geral de Previdncia Social (RGPS) que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este regime segurado obrigatrio em relao a essa atividade, ficando sujeito s contribuies de que trata esta lei, para fins de custeio da Seguridade Social. (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995).Art. 13.O servidor civil ou militar da Unio, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios, bem como o das respectivas autarquias e fundaes, excludo do Regime Geral de Previdncia Social consubstanciado nesta lei, desde que esteja sujeito a sistema prprio de previdncia social. Pargrafo nico. Caso este servidor venha a exercer, concomitantemente, uma ou mais atividades abrangidas pelo Regime Geral de Previdncia Social, tornar-se- segurado obrigatrio em relao a essas atividades. Art. 14. segurado facultativo o maior de 14 (quatorze) anos de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdncia Social, mediante contribuio, na forma do art. 21, desde que no includo nas disposies do art. 12. Seo II Da empresa e do empregador domstico Art. 15.Considera-se: I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econmica urbana ou rural, com fins lucrativos ou no, bem como os rgos e entidades da administrao pblica direta, indireta e fundacional; II - empregador domstico - a pessoa ou famlia que admite a seu servio, sem finalidade lucrativa, empregado domstico. Pargrafo nico. Considera-se empresa, para os efeitos desta lei, o autnomo e equiparado em relao a segurado que lhe presta servio, bem como a cooperativa, a associao ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, a misso diplomtica e a repartio consular de carreira estrangeiras. CAPTULO II Da Contribuio da Unio Art. 16.A contribuio da Unio constituda de recursos adicionais do Oramento Fiscal, fixados obrigatoriamente na lei oramentria anual. Pargrafo nico. A Unio responsvel pela cobertura de eventuais insuficincias financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefcios de prestao continuada da Previdncia Social, na forma da Lei Oramentria Anual. Art. 17.Para o pagamento dos Encargos Previdencirios da Unio (EPU) podero contribuir os recursos da Seguridade Social, referidos na alnea d do pargrafo nico do art. 11 desta lei, nas propores do total destas despesas, estipuladas pelo seguinte cronograma: I - at 55% (cinqenta e cinco por cento), em 1992; II - at 45% (quarenta e cinco por cento), em 1993; III - at 30% (trinta por cento), em 1994; IV - at 10% (dez por cento), a partir de 1995. Art. 18.Os recursos da Seguridade Social referidos nas alneas a, b, c e d do pargrafo nico do art. 11 desta lei podero contribuir, a partir do exerccio de 1992, para o financiamento das despesas com pessoal e administrao geral apenas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do Instituto Nacional de Assistncia Mdica da Previdncia Social (Inamps), da Fundao Legio Brasileira de Assistncia (LBA) e da Fundao Centro Brasileira para Infncia e Adolescncia.Art. 19.O Tesouro Nacional entregar os recursos destinados execuo do Oramento da Seguridade Social aos respectivos rgos e unidades gestoras nos mesmos prazos legais estabelecidos para a distribuio dos Fundos de Participao dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. 1 Decorridos os prazos referidos no caput deste artigo, as dotaes a serem repassadas sujeitar-se-o a atualizao monetria segundo os mesmos ndices utilizados para efeito de correo dos tributos da Unio. 2 Os recursos oriundos da majorao das contribuies previstas nesta Lei ou da criao de novas contribuies destinadas Seguridade Social somente podero ser utilizados para atender as aes nas reas de sade, previdncia e assistncia social.CAPTULO III Da Contribuio do Segurado Seo I Da contribuio dos segurados empregado, empregado domstico e trabalhador avulso Art. 20.A contribuio do segurado empregado, inclusive o domstico, e a do trabalhador avulso, calculada mediante a aplicao da correspondente alquota, de forma no cumulativa, sobre o seu salrio-de-contribuio mensal, observado o disposto no art. 28, de acordo com a seguinte tabela: Salrio-de-contribuioAlquota em %

at 51.000,008,0

de 51.000,01 at 85.000,009,0

de 85.000,01 at 170.000,0010,0

Art. 20. A contribuio do empregado, inclusive o domstico, e a do trabalhador avulso calculada mediante a aplicao da correspondente alquota sobre o seu salrio-de-contribuio mensal, de forma no cumulativa, observado o disposto no art. 28, de acordo com a seguinte tabela: (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995).Salrio de ContribuioAlquota em %

at R$ 249,808,00

de R$ 249,81 at R$ 416,309,00

de R$ 416,31 at R$ 836,9011,00

Salrio-de-contribuioAlquota em %

at 249,808,00

de 249,81 at 416,339,00

de 416,34 at 832,6611,00

(Redao dada pela Lei n 9.129, de 1995).Pargrafo nico. Os valores do salrio-de-contribuio sero reajustados, a partir da data de entrada em vigor desta lei, na mesma poca e com os mesmos ndices que os do reajustamento dos benefcios de prestao continuada da Previdncia Social. 1 Os valores do salrio-de-contribuio sero reajustados, a partir da data de entrada em vigor desta lei, na mesma poca e com os mesmos ndices que os do reajustamento dos benefcios de prestao continuada da Previdncia Social. (Includo pela Lei n 8.620, de 1993). 2 O disposto neste artigo aplica-se tambm aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que prestem servios a microempresas. (Includo pela Lei n 8.620, de 1993).Seo II Da contribuio dos segurados trabalhador autnomo, empresrio e facultativo Art. 21.A alquota de contribuio dos segurados empresrio, facultativo, trabalhador autnomo e equiparados, aplicada sobre o respectivo salrio-de-contribuio, ser de: I - 10% (dez por cento) para os salrios-de-contribuio de valor igual ou inferior Cr$51.000,00 (cinqenta e um mil cruzeiros); II - 20 % (vinte por cento) para os demais salrios-de-contribuio Pargrafo nico. Os valores do salrio-de-contribuio sero reajustados, a partir da data de entrada em vigor desta lei, na mesma poca e com os mesmos ndices que os do reajustamento dos benefcios de prestao continuada da Previdncia Social. CAPTULO IV Da Contribuio da Empresa Art. 22.A contribuio a cargo da empresa, destinada Seguridade Social, alm do disposto no art. 23, de: I - 20% (vinte por cento) sobre o total das remuneraes pagas ou creditadas, a qualquer ttulo, no decorrer do ms, aos segurados empregados, empresrios, trabalhadores avulsos e autnomos que lhe prestem servios; II - para o financiamento da complementao das prestaes por acidente do trabalho, dos seguintes percentuais, incidentes sobre o total das remuneraes pagas ou creditadas, no decorrer do ms, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado mdio; c) 3% (trs por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave. 1 No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econmicas, sociedades de crdito, financiamento e investimento, sociedades de crdito imobilirio, sociedades corretoras, distribuidoras de ttulos e valores mobilirios, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crdito, empresas de seguros privados e de capitalizao, agentes autnomos de seguros privados e de crdito e entidades de previdncia privada abertas e fechadas, alm das contribuies referidas neste artigo e no art. 23, devida a contribuio adicional de 2,5% (dois inteiros e cinco dcimos por cento) sobre a base de clculo definida no inciso I deste artigo. 2 No integram a remunerao as parcelas de que trata o 8 do art. 28. 3 O Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social poder alterar, com base nas estatsticas de acidentes do trabalho, apuradas em inspeo, o enquadramento de empresas para efeito da contribuio a que se refere o inciso II deste artigo, a fim de estimular investimentos em preveno de acidentes. 4 O Poder Executivo estabelecer, na forma da lei, ouvido o Conselho Nacional da Seguridade Social, mecanismos de estmulo s empresas que se utilizem de empregados portadores de deficincia fsica, sensorial e/ou mental, com desvio do padro mdio. 5 O disposto neste artigo no se aplica pessoa fsica de que trata a alnea a do inciso V do art. 12 desta lei. (Includo pela Lei n 8.540, de 1992).Art. 23.As contribuies a cargo da empresa provenientes do faturamento e do lucro, destinadas Seguridade Social, alm do disposto no art. 22, so calculadas mediante a aplicao das seguintes alquotas:I - 2% (dois por cento) sobre sua receita bruta, estabelecida segundo o disposto no 1 do art. 1 do Decreto-Lei n 1.940, de 25 de maio de 1982, com a redao dada pelo art. 22, do Decreto-Lei n 2.397, de 21 de dezembro de 1987, e alteraes posteriores; II - 10% (dez por cento) sobre o lucro lquido do perodo-base antes da proviso para o Imposto de Renda, ajustado na forma do art. 2 da Lei n 8.034, de 12 de abril de 1990. 1 No caso das instituies citadas no 1 do art. 22 desta lei, a alquota da contribuio prevista no inciso II de 15% (quinze por cento). (Vide Lei Complementar n 70 de 1991). 2 O disposto neste artigo no se aplica s pessoas de que trata o art. 25. CAPTULO V Da Contribuio do Empregador Domstico Art. 24.A contribuio do empregador domstico de 12% (doze por cento) do salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio. CAPTULO VI Da Contribuio do Produtor Rural, do Pescador e do Garimpeiro Da Contribuio do Produtor Rural e do Pescador.
(Redao dada pela Lei n 8.398, de 1992).Art. 25.Contribui com 3% (trs por cento) da receita bruta proveniente da comercializao da sua produo o segurado especial referido no inciso VII do art. 12. 1 O segurado especial de que trata este artigo, alm da contribuio obrigatria referida no caput, poder contribuir, facultativamente, na forma do art. 21. 2 Integram a produo, para os efeitos deste artigo, os produtos de origem animal, vegetal ou mineral, em estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou industrializao rudimentar, assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroamento, pilagem, descascamento, lenhamento, pasteurizao, resfriamento, secagem, fermentao, embalagem, cristalizao, fundio, carvoejamento, cozimento, destilao, moagem, torrefao, bem como os subprodutos e os resduos obtidos atravs desses processos. 2 Integram a produo, para os efeitos deste artigo, os produtos de origem animal ou vegetal, em estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou industrializao rudimentar, assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroamento, pilagem, descascamento, lenhamento, pasteurizao, resfriamento, socagem, fermentao, embalagem, cristalizao, fundio, carvoejamento, cozimento, destilao, moagem, torrefao, bem como os subprodutos e os resduos obtidos atravs desses processos. (Redao dada pela Lei n 8.398, de 1992).Art. 25. A contribuio da pessoa fsica e do segurado especial referidos, respectivamente, na alnea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta lei, destinada Seguridade Social, de: (Redao dada pela Lei n 8.540, de 1992).I dois por cento da receita bruta proveniente da comercializao da sua produo; (Includo pela Lei n 8.540, de 1992).I - 2% (dois por cento), no caso da pessoa fsica, e 2.2% (dois inteiros e dois dcimos por cento), no caso do segurado especial, da receita bruta da comercializao da sua produo; (Redao dada pela Lei n 8.861, de 1994).II um dcimo por cento da receita bruta proveniente da comercializao da sua produo para financiamento de complementao das prestaes por acidente de trabalho. (Includo pela Lei n 8.540, de 1992). 1 O segurado especial de que trata este artigo, alm da contribuio obrigatria referida no caput poder contribuir, facultativamente, na forma do art. 21 desta lei. (Redao dada pela Lei n 8.540, de 1992). 2 A pessoa fsica de que trata a alnea a do inciso V do art. 12 contribui, tambm, obrigatoriamente, na forma do art. 21 desta lei. (Redao dada pela Lei n 8.540, de 1992). 3 Integram a produo, para os efeitos deste artigo, os produtos de origem animal ou vegetal, em estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou industrializao rudimentar, assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroamento, pilagem, descascamento, lenhamento, pasteurizao, resfriamento, secagem, fermentao, embalagem, cristalizao, fundio, carvoejamento, cozimento, destilao, moagem, torrefao, bem como os subprodutos e os resduos obtidos atravs desses processos. (Includo pela Lei n 8.540, de 1992). 4 No integra a base de clculo dessa contribuio a produo rural destinada ao plantio ou reflorestamento, nem sobre o produto animal destinado a reproduo ou criao pecuria ou granjeira e a utilizao como cobaias para fins de pesquisas cientficas, quando vendido pelo prprio produtor e quem a utilize diretamente com essas finalidades, e no caso de produto vegetal, por pessoa ou entidade que, registrada no Ministrio da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrria, se dedique ao comrcio de sementes e mudas no Pas. (Includo pela Lei n 8.540, de 1992). 5 (Vetado). (Includo pela Lei n 8.540, de 1992). 6 A pessoa fsica e o segurado especial mencionados no caput deste artigo so obrigados a apresentar ao INSS Declarao Anual das Operaes de Venda (DAV), na forma a ser definida pelo referido instituto com antecedncia mnima de 120 dias em relao data de entrega. (Includo pela Lei n 8.861, de 1994). 7 A falta da entrega da declarao de que trata o pargrafo anterior, ou a inexatido das informaes prestadas, importaro a perda da qualidade de segurado no perodo entre a data fixada para a entrega da declarao e a entrega efetiva da mesma ou da retificao das informaes impugnadas. (Includo pela Lei n 8.861, de 1994). 8 A entrega da declarao nos termos do 6 deste artigo por parte do segurado especial condio indispensvel para a renovao da inscrio nos termos do 4 do art. 25 desta lei. (Includo pela Lei n 8.861, de 1994). 7 A falta da entrega da declarao de que trata o pargrafo anterior, ou a inexatido das informaes prestadas, importar na suspenso da qualidade de segurado no perodo compreendido entre a data fixada para a entrega da declarao e a entrega efetiva da mesma ou da retificao das informaes impugnadas. (Redao dada pela Lei n 8.870, de 1994). 8 A entrega da declarao nos termos do pargrafo 6 deste artigo por parte do segurado especial condio indispensvel para a renovao automtica da sua inscrio. (Redao dada pela Lei n 8.870, de 1994).CAPTULO VII Da Contribuio Sobre a Receita de Concursos de PrognsticosArt. 26.Constitui receita da Seguridade Social a renda lquida dos concursos de prognsticos. Art. 26. Constitui receita da seguridade social a renda lquida dos concursos de prognsticos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crdito Educativo. (Redao dada pela Lei n 8.436, de 1992). 1 Consideram-se concursos de prognsticos todos e quaisquer concursos de sorteios de nmeros, loterias, apostas, inclusive as realizadas em reunies hpicas nos mbitos federal, estadual, do Distrito Federal e municipal. 2 Para efeito do disposto neste artigo, entende-se por renda lquida o total da arrecadao, deduzidos os valores destinados ao pagamento de prmios, de impostos e de despesas com a administrao, conforme fixado em lei, que inclusive estipular o valor dos direitos a serem pagos s entidades desportivas pelo uso de suas denominaes e smbolos. 3 Durante a vigncia dos contratos assinados at a publicao desta lei com o Fundo de Assistncia Social (FAS) assegurado o repasse Caixa Econmica Federal (CEF) dos valores necessrios ao cumprimento dos mesmos. CAPTULO VIII Das Outras Receitas Art. 27.Constituem outras receitas da Seguridade Social: I - as multas, a atualizao monetria e os juros moratrios; II - a remunerao recebida por servios de arrecadao, fiscalizao e cobrana prestados a terceiros; III - as receitas provenientes de prestao de outros servios e de fornecimento ou arrendamento de bens; IV - as demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras; V - as doaes, legados subvenes e outras receitas eventuais; VI - 50% (cinqenta por cento) dos valores obtidos e aplicados na forma do pargrafo nico do art. 243 da Constituio Federal; VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos leiles dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal; VIII - outras receitas previstas em legislao especfica.Pargrafo nico. As companhias seguradoras que mantm o seguro obrigatrio de danos pessoais causados por veculos automotores de vias terrestres, de que trata a Lei n 6.194, de dezembro de 1974, devero repassar Seguridade Social 50% (cinqenta por cento) do valor total do prmio recolhido e destinado ao Sistema nico de Sade (SUS), para custeio da assistncia mdico-hospitalar dos segurados vitimados em acidentes de trnsito. CAPTULO IX Do Salrio-de-Contribuio Art. 28.Entende-se por salrio-de-contribuio: I - para o empregado e trabalhador avulso: a remunerao efetivamente recebida ou creditada a qualquer ttulo, durante o ms em uma ou mais empresas, inclusive os ganhos habituais sob a forma de utilidades, ressalvado o disposto no 8 e respeitados os limites dos 3, 4 e 5 deste artigo; II - para o empregado domstico: a remunerao registrada na Carteira de Trabalho e Previdncia Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para a comprovao do vnculo empregatcio e do valor da remunerao; III - para o trabalhador autnomo e equiparado, empresrio e facultativo: o salrio-base, observado o disposto no art. 29. 1 Quando a admisso, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado ocorrer no curso do ms, o salrio-de-contribuio ser proporcional ao nmero de dias de trabalho efetivo, na forma estabelecida em regulamento. 2 O salrio-maternidade considerado salrio-de-contribuio. 3 O limite mnimo do salrio-de-contribuio de um salrio-mnimo, tomado no seu valor mensal, dirio ou horrio, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o ms. 4 O limite mnimo do salrio-de-contribuio do menor aprendiz corresponde sua remunerao mnima definida em lei. 5 O limite mximo do salrio-de-contribuio de Cr$170.000,00 (cento e setenta mil cruzeiros), reajustado a partir da data da entrada em vigor desta lei, na mesma poca e com os mesmos ndices que os do reajustamento dos benefcios de prestao continuada da Previdncia Social. 6 No prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de publicao desta lei, o Poder Executivo encaminhar ao Congresso Nacional projeto de lei estabelecendo a previdncia complementar, pblica e privada, em especial para os que possam contribuir acima do limite mximo estipulado no pargrafo anterior deste artigo. 7 O dcimo terceiro salrio (gratificao natalina) integra o salrio-de-contribuio, na forma estabelecida em regulamento. 7 O dcimo terceiro salrio (gratificao natalina) integra o salrio-de-contribuio, exceto para o clculo de benefcio, na forma estabelecida em regulamento. (Redao dada pela Lei n 8.870, de 1994). 8 O valor total das dirias pagas, quando excedente a 50% (cinqenta por cento) da remunerao mensal, integra o salrio-de-contribuio pelo seu valor total. 9 No integram o salrio-de-contribuio: a) as cotas do salrio-famlia recebidas nos termos da lei; b) as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei n 5.929, de 30 de outubro de 1973; c) a parcela in natura recebida de acordo com os programas de alimentao aprovados pelo Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social, nos termos da Lei n 6.321, de 14 de abril de 1976; d) os abonos de frias no excedentes aos limites da legislao trabalhista; e) a importncia recebida a ttulo de aviso prvio indenizado, frias indenizadas, indenizao por tempo de servio e indenizao a que se refere o art. 9 da Lei n 7.238, de 29 de outubro de 1984; f) a parcela recebida a ttulo de vale-transporte, na forma da legislao prpria; g) a ajuda de custo recebida exclusivamente em decorrncia de mudana de local de trabalho do empregado; h) as dirias para viagens, desde que no excedam a 50% (cinqenta por cento) da remunerao mensal; i) a importncia recebida a ttulo de bolsa de complementao educacional de estagirio, quando paga nos termos da Lei n 6.494, de 7 de dezembro de 1977; j) a participao nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com a lei especfica. . Art. 29.O salrio-base de que trata o inciso III do art. 28 determinado conforme a seguinte tabela:ESCALA DE SALRIOS-BASE

ClasseSalrio-BaseNmero Mnimo de Meses de Permanncia
em Cada Classe (Interstcios)

11 (um) salrio-mnimo12

2Cr$ 34.000,0012

3Cr$ 51.000,0012

4Cr$ 68.000,0012

5Cr$ 85.000,0024

6Cr$ 102.000,0036

7Cr$ 119.000,0036

8Cr$ 136.000,0060

9Cr$ 153.000,0060

10Cr$ 170.000,00-

1 Os valores do salrio-de-contribuio sero reajustados, a partir da data de entrada em vigor desta lei, na mesma data e com os mesmos ndices que os do reajustamento dos benefcios de prestao continuada da Previdncia Social. 2 O segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdncia Social como facultativo, ou em decorrncia de filiao obrigatria cuja atividade seja sujeita a salrio-base, ser enquadrado na classe inicial da tabela. 3 Os segurados empregado, inclusive o domstico, e trabalhador avulso, que passarem a exercer, exclusivamente, atividade sujeita a salrio-base, podero enquadrar-se em qualquer classe at a equivalente ou a mais prxima da mdia aritmtica simples dos seus seis ltimos salrios-de-contribuio, atualizados monetariamente, devendo observar, para acesso s classes seguintes, os interstcios respectivos. 4 O segurado que exercer atividades simultneas sujeitas a salrio-base contribuir com relao a apenas uma delas. 5 Os segurados empregado, inclusive o domstico, e trabalhador avulso que passarem a exercer, simultaneamente, atividade sujeita a salrio-base, sero enquadrados na classe inicial, podendo ser fracionado o valor do respectivo salrio-base, de forma que a soma de seus salrios-de-contribuio obedea ao limite fixado no 5 do art. 28. 6 Os segurados empregado, inclusive o domstico, e trabalhador avulso que exercem, simultaneamente, atividade sujeita a salrio-base, ficaro isentos de contribuio sobre a escala, no caso de o seu salrio atingir o limite mximo do salrio-de-contribuio fixado no 5 do art. 28. 7 O segurado que exercer atividade sujeita a salrio-base e, simultaneamente, for empregado, inclusive domstico, ou trabalhador avulso, poder, se perder o vnculo empregatcio, rever seu enquadramento na escala de salrio-base, desde que no ultrapasse a classe equivalente ou a mais prxima da mdia aritmtica simples dos seus seis ltimos salrios-de-contribuio de todas as atividades, atualizados monetariamente. 8 O segurado que deixar de exercer atividade que o incluir como segurado obrigatrio do Regime Geral de Previdncia Social e passar a contribuir como segurado facultativo, para manter essa qualidade, deve enquadrar-se na forma estabelecida na escala de salrios-base em qualquer classe, at a equivalente ou a mais prxima da mdia aritmtica simples dos seus seis ltimos salrios-de-contribuio, atualizados monetariamente. 9 O aposentado pelo Regime Geral de Previdncia Social, que voltar a exercer atividade abrangida por este regime e sujeita a salrio-base, dever enquadrar-se na escala de salrio-base, em qualquer classe, at a equivalente ou a mais prxima do valor de sua aposentadoria. (Revogado pela Lei n 8.870, de 1994). 9 O aposentado por idade ou por tempo de servio pelo Regime Geral de Previdncia Social (RGPS), que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este regime e sujeita a salrio-base, dever enquadrar-se na classe cujo valor seja o mais prximo do valor de sua remunerao. (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995). 10. No admitido o pagamento antecipado de contribuio para suprir o interstcio entre as classes. 11. Cumprido o interstcio, o segurado pode permanecer na classe em que se encontra, mas em nenhuma hiptese isto ensejar o acesso a outra classe que no a imediatamente superior, quando ele desejar progredir na escala. 12. O segurado em dia com as contribuies poder regredir na escala at a classe que desejar, devendo, para progredir novamente, observar o interstcio da classe para a qual regrediu e os das classes seguintes, salvo se tiver cumprido anteriormente todos os interstcios das classes compreendidas entre aquela para a qual regrediu e qual deseja retornar. CAPTULO X Da Arrecadao e Recolhimento das Contribuies Art. 30.A arrecadao e o recolhimento das contribuies ou de outras importncias devidas Seguridade Social obedecem s seguintes normas, observado o disposto em regulamento: Art. 30. A arrecadao e o recolhimento das contribuies ou de outras importncias devidas Seguridade Social obedecem s seguintes normas: (Redao dada pela Lei n 8.620, de 1993).I - a empresa obrigada a:a) arrecadar as contribuies dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu servio, descontando-as da respectiva remunerao; b) recolher o produto arrecadado na forma da alnea anterior, assim como as contribuies a seu cargo incidentes sobre as remuneraes pagas ou creditadas aos segurados empregados, empresrios, trabalhadores avulsos e autnomos a seu servio, na mesma data prevista pela legislao trabalhista para o pagamento de salrios e de contribuies incidentes sobre a folha de salrios; b) recolher o produto arrecadado na forma da alnea anterior, assim como as contribuies a seu cargo incidentes sobre as remuneraes pagas ou creditadas, a qualquer ttulo, inclusive adiantamentos, aos segurados empregados, empresrios, trabalhadores avulsos e autnomos a seu servio, at o oitavo dia do ms seguinte ao da competncia; (Redao dada pela Lei n 8.620, de 1993).b) recolher o produto arrecadado na forma da alnea anterior, assim como as contribuies a seu cargo incidentes sobre as remuneraes pagas ou creditadas, a qualquer ttulo, inclusive adiantamentos, aos segurados empregados, empresrios, trabalhadores avulsos a seu servio, no dia 2 do ms seguinte ao de competncia, prorrogado o prazo para o primeiro dia til subseqente se o vencimento cair em dia em que no haja expediente bancrio; (Redao dada pela Lei n 9.063, de 1995).c) recolher as contribuies de que tratam os incisos I e II do art. 23, na forma e prazos definidos pela legislao tributria federal vigente; II - os segurados trabalhador autnomo e equiparados, empresrio e facultativo esto obrigados a recolher sua contribuio por iniciativa prpria, no prazo da alnea b do inciso I deste artigo; III - o adquirente, o consignatrio ou a cooperativa so obrigados a recolher a contribuio de que trata o art. 25, at o 5 dia til do ms seguinte ao da operao de venda ou consignao da produo, ou no dia imediatamente anterior caso no haja expediente bancrio naquele dia, na forma estabelecida em regulamento; II - os segurados trabalhador autnomo e equiparados, empresrio e facultativo esto obrigados a recolher sua contribuio at o 15 (dcimo quinto) dia til do ms seguinte quele a que as contribuies se referirem; (Redao dada pela Lei n 8.444, de 1992).III - o adquirente, o consignatrio ou a cooperativa so obrigados a recolher a contribuio de que trata o art. 25 desta lei at o 15 (dcimo quinto) dia til do ms subseqente ao da operao de venda ou consignao da produo; (Redao dada pela Lei n 8.444, de 1992).II - os segurados trabalhador autnomo e equiparados, empresrio e facultativo esto obrigados a recolher sua contribuio por iniciativa prpria, at o dia quinze do ms seguinte ao da competncia; (Redao dada pela Lei n 8.620, de 1993).III - o adquirente, o consignatrio ou a cooperativa so obrigados a recolher a contribuio de que trata o art. 25, at o oitavo dia do ms seguinte ao da operao de venda ou consignao da produo, na forma estabelecida em regulamento. (Redao dada pela Lei n 8.620, de 1993).III - o adquirente, o consignatrio ou a cooperativa so obrigados a recolher a contribuio de que trata o art. 25, at o dia 2 do ms subseqente ao da operao de venda ou consignao da produo, na forma estabelecida em regulamento. (Redao dada pela Lei n 9.063, de 1995).IV - o adquirente, o consignatrio ou a cooperativa ficam sub-rogados nas obrigaes do segurado especial pelo cumprimento das obrigaes do art. 25, exceto no caso do inciso X deste artigo, na forma estabelecida em regulamento; IV - o adquirente, o consignatrio ou a cooperativa ficam sub-rogados nas obrigaes da pessoa fsica de que trata a alnea a do inciso V do art. 12 e do segurado especial pelo cumprimento das obrigaes do art. 25 desta lei, exceto no caso do inciso X deste artigo, na forma estabelecida em regulamento; (Redao dada pela Lei n 8.540, de 1992).V - o empregador domstico est obrigado a arrecadar a contribuio do segurado empregado domstico a seu servio e a recolh-la, assim como a parcela a seu cargo, no prazo referido na alnea b do inciso I deste artigo; V - o empregador domstico est obrigado a arrecadar a contribuio do segurado empregado a seu servio e a recolh-la, assim como a parcela a seu cargo, no prazo referido no inciso II deste artigo; (Redao dada pela Lei n 8.444, de 1992).VI - o proprietrio, o incorporador definido na Lei n 4.591, de 16 de dezembro de 1964, o dono da obra ou o condmino da unidade imobiliria, qualquer que seja a forma de contratao da construo, reforma ou acrscimo, so solidrios com o construtor pelo cumprimento das obrigaes para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou contratante da obra e admitida a reteno de importncia a este devida para garantia do cumprimento dessas obrigaes; VII - exclui-se da responsabilidade solidria perante a Seguridade Social o adquirente de prdio ou unidade imobiliria que realizar a operao com empresa de comercializao ou incorporador de imveis, ficando estes solidariamente responsveis com o construtor; VIII - nenhuma contribuio Seguridade Social devida se a construo residencial unifamiliar, destinada ao uso prprio, de tipo econmico, for executada sem mo-de-obra assalariada, observadas as exigncias do regulamento; IX - as empresas que integram grupo econmico de qualquer natureza respondem entre si, solidariamente, pelas obrigaes decorrentes desta lei; X - o segurado especial obrigado a recolher a contribuio de que trata o art. 25 no prazo estabelecido no inciso III deste artigo, caso comercialize a sua produo no exterior ou diretamente no varejo, ao consumidor. X - a pessoa fsica de que trata a alnea a do inciso V do art. 12 e o segurado especial so obrigados a recolher a contribuio de que trata o art. 25 desta lei no prazo estabelecido no inciso III deste artigo, caso comercializem a sua produo no exterior ou, diretamente, no varejo, ao consumidor. (Redao dada pela Lei n 8.540, de 1992).Pargrafo nico. Fica autorizado o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a firmar convnio com os sindicatos de trabalhadores avulsos, para que, na forma do regulamento desta lei, possam funcionar como coletores intermedirios de contribuies descontadas da remunerao dos seus representados pelas empresas requisitantes de servios, observados os prazos e procedimentos estabelecidos neste artigo para recolhimento do produto arrecadado ao rgo competente. 1 Fica autorizado o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) firmar convnio com os sindicatos de trabalhadores avulsos para que, na forma do regulamento, possam funcionar como coletores intermedirios de contribuies descontadas da remunerao dos seus representados, pelas empresas requisitantes de servios, observados os prazos e procedimentos estabelecidos neste artigo, para recolhimento do produto arrecadado ao rgo competente. (Includo pela Lei n 8.620, de 1993). (Revogado pela Lei n 9.032, de 1995). 2 Se no houver expediente bancrio nas datas indicadas na alnea b do inciso I e nos II, III, IV, e X, o recolhimento dever ser efetuado at o dia til imediatamente anterior. (Includo pela Lei n 8.620, de 1993).Art. 31.O contratante de quaisquer servios executados mediante cesso de mo-de-obra, inclusive em regime de trabalho temporrio, responde solidariamente com o executor pelas obrigaes decorrentes desta lei, em relao aos servios a ele prestados, exceto quanto ao disposto no art. 23. 1 Fica ressalvado o direito regressivo do contratante contra o executor e admitida a reteno de importncias a este devidas para a garantia do cumprimento das obrigaes desta lei, na forma estabelecida em regulamento. 2 Entende-se como cesso de mo-de-obra a colocao, disposio do contratante, em suas dependncias ou nas de terceiros, de segurados que realizem servios contnuos cujas caractersticas impossibilitem a plena identificao dos fatos geradores das contribuies, tais como construo civil, limpeza e conservao, manuteno, vigilncia e outros assemelhados especificados no regulamento, independentemente da natureza e da forma de contratao. 2 Entende-se como cesso de mo-de-obra a colocao disposio do contratante, em suas dependncias ou nas de terceiros, de segurados que realizem servios contnuos relacionados direta ou indiretamente com as atividades normais da empresa, tais como construo civil, limpeza e conservao, manuteno, vigilncia e outros, independentemente da natureza e da forma de contratao. (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995). 2 Entende-se como cesso de mo-de-obra a colocao disposio do contratante, em suas dependncias ou nas de terceiros, de segurados que realizem servios contnuos no relacionados diretamente com as atividades normais da empresa, tais como construo civil, limpeza e conservao, manuteno, vigilncia e outros, independentemente da natureza e da forma de contratao. (Redao dada pela Lei n 9.129, de 1995). 3 A responsabilidade solidria de que trata este artigo somente ser elidida se for comprovado pelo executor o recolhimento prvio das contribuies incidentes sobre a remunerao dos segurados includa em nota fiscal ou fatura correspondente aos servios executados, quando da quitao da referida nota fiscal ou fatura. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995). 4 Para efeito do pargrafo anterior, o cedente da mo-de-obra dever elaborar folhas de pagamento e guia de recolhimento distintas para cada empresa tomadora de servio, devendo esta exigir do executor, quando da quitao da nota fiscal ou fatura, cpia autenticada da guia de recolhimento quitada e respectiva folha de pagamento. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995).Art. 32.A empresa tambm obrigada a: I - preparar folhas de pagamento das remuneraes pagas ou creditadas a todos os segurados a seu servio, de acordo com os padres e normas estabelecidos pelo rgo competente da Seguridade Social; II - lanar mensalmente em ttulos prprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuies, o montante das quantias descontadas, as contribuies da empresa e os totais recolhidos; III - prestar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e ao Departamento da Receita Federal (DRF) todas as informaes cadastrais, financeiras e contbeis de interesse dos mesmos, na forma por eles estabelecida, bem como os esclarecimentos necessrios fiscalizao. Pargrafo nico. Os documentos comprobatrios do cumprimento das obrigaes de que trata este artigo devem ficar arquivados na empresa durante 10 (dez) anos, disposio da fiscalizao. Art. 33.Ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) compete arrecadar, fiscalizar, lanar e normatizar o recolhimento das contribuies sociais previstas nas alneas a, b e c do pargrafo nico do art. 11; e ao Departamento da Receita Federal (DRF) compete arrecadar, fiscalizar, lanar e normatizar o recolhimento das contribuies sociais previstas nas alneas d e e do pargrafo nico do art. 11, cabendo a ambos os rgos, na esfera de sua competncia, promover a respectiva cobrana e aplicar as sanes previstas legalmente. 1 prerrogativa do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Departamento da Receita Federal (DRF) o exame da contabilidade da empresa, no prevalecendo para esse efeito o disposto nos arts. 17 e 18 do Cdigo Comercial, ficando obrigados a empresa e o segurado a prestar todos os esclarecimentos e informaes solicitados. 2 A empresa, o servidor de rgos pblicos da administrao direta e indireta, o segurado da Previdncia Social, o serventurio da Justia, o sndico ou seu representante, o comissrio e o liquidante de empresa em liquidao judicial ou extrajudicial so obrigados a exibir todos os documentos e livros relacionados com as contribuies previstas nesta lei. 3 Ocorrendo recusa ou sonegao de qualquer documento ou informao, ou sua apresentao deficiente, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Departamento da Receita Federal (DRF) podem, sem prejuzo da penalidade cabvel, inscrever de ofcio importncia que reputarem devida, cabendo empresa ou ao segurado o nus da prova em contrrio. 4 Na falta de prova regular e formalizada, o montante dos salrios pagos pela execuo de obra de construo civil pode ser obtido mediante clculo da mo-de-obra empregada, proporcional rea construda e ao padro de execuo da obra, cabendo ao proprietrio, dono da obra, condmino da unidade imobiliria ou empresa co-responsvel o nus da prova em contrrio. 5 O desconto de contribuio e de consignao legalmente autorizadas sempre se presume feito oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, no lhe sendo lcito alegar omisso para se eximir do recolhimento, ficando diretamente responsvel pela importncia que deixou de receber ou arrecadou em desacordo com o disposto nesta lei. 6 Se, no exame da escriturao contbil e de qualquer outro documento da empresa, a fiscalizao constatar que a contabilidade no registra o movimento real de remunerao dos segurados a seu servio, do faturamento e do lucro, sero apuradas, por aferio indireta, as contribuies efetivamente devidas, cabendo empresa o nus da prova em contrrio. Art. 34.As contribuies devidas Seguridade Social e outras importncias no recolhidas nas pocas prprias tero seus valores atualizados monetariamente, em carter irrelevvel, at a data do pagamento, de acordo com os critrios adotados para os tributos da Unio. (Revogado pela Lei n 8.218, de 1991).Art. 35.A falta de cumprimento dos prazos de que trata o art. 30, exceto quanto ao disposto na alnea c do seu inciso I, acarreta multa varivel, de carter irrelevvel, nos seguintes percentuais, incidentes sobre os valores das contribuies atualizadas monetariamente at a data do pagamento: (Revogado pela Lei n 8.218, de 1991).I - 10% (dez por cento) sobre os valores das contribuies em atraso que, at a data do pagamento, no tenham sido includas em notificao de dbito; II - 20% (vinte por cento) sobre os valores pagos dentro de 15 (quinze) dias contados da data do recebimento da correspondente notificao de dbito; III - 30% (trinta por cento) sobre todos os valores pagos atravs de parcelamento, observado o disposto no art. 38; IV - 60% (sessenta por cento).sobre os valores pagos em quaisquer outros casos, inclusive por falta de cumprimento de acordo para parcelamento. Pargrafo nico. facultada a realizao de depsito, disposio da Seguridade Social, sujeito aos mesmos percentuais dos incisos I e II acima, conforme o caso, para apresentao de defesa. Art. 36.Independentemente da multa varivel do artigo anterior, so devidos, de pleno direito, em carter irrelevvel, pela falta de cumprimento do disposto no art. 30 desta lei, juros de mora de 1% (um por cento) ao ms ou frao, calculados sobre o valor do dbito atualizado na forma prevista no art. 34. (Revogado pela Lei n 8.218, de 1991).Art. 37.Constatado o atraso total ou parcial no recolhimento de contribuies tratadas nesta lei, ou em caso de falta de pagamento de benefcio reembolsado, a fiscalizao lavrar notificao de dbito, com discriminao clara e precisa dos fatos geradores, das contribuies devidas e dos perodos a que se referem, conforme dispuser o regulamento. Pargrafo nico. Recebida a notificao do dbito, a empresa ou segurado ter o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar defesa, observado o disposto em regulamento. Art. 38.As contribuies devidas Seguridade Social, includas ou no em notificao de dbito, podero, aps verificadas e confessadas, ser objeto de acordo para pagamento parcelado em at 60 (sessenta) meses, observado o disposto em regulamento. 1 No podero ser objeto de parcelamento as contribuies descontadas dos empregados, inclusive dos domsticos, dos trabalhadores avulsos e as decorrentes da sub-rogao de que trata o inciso IV do art. 30, independentemente do disposto no art. 95. 2 No pode ser firmado acordo para pagamento parcelado se as contribuies tratadas no pargrafo anterior no tiverem sido pagas. 3 A empresa ou segurado que, por ato prprio ou de terceiros tenha obtido, em qualquer tempo, vantagem ilcita em prejuzo direto ou indireto da Seguridade Social, atravs de prtica de crime previsto na alnea j do art. 95, no poder obter parcelamentos, independentemente das sanes administrativas, cveis ou penais cabveis. 4 As contribuies de que tratam os incisos I e II do art. 23 sero objeto de parcelamento, de acordo com a legislao especfica vigente. 5 Ser admitido o reparcelamento, por uma nica vez, desde que o devedor recolha, no ato da solicitao, dez por cento do saldo devedor atualizado. (Includo pela Lei n 8.620, de 1993).Art. 39.O dbito original atualizado monetariamente na forma do art. 34, a multa varivel de que trata o art. 35, os juros de mora a que se refere o art. 36, bem como outras multas previstas nesta lei, devem ser lanados em livro prprio destinado inscrio na Dvida Ativa do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e da Fazenda Nacional. Art. 39. O dbito original atualizado monetariamente, a multa varivel e os juros de mora incidentes sobre o mesmo, bem como outras multas previstas nesta lei, devem ser lanados em livro prprio destinado inscrio na Dvida Ativa do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e da Fazenda Nacional. (Redao dada pela Lei n 8.620, de 1993). 1 A certido textual do livro de que trata este artigo serve de ttulo para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por intermdio de seu procurador ou representante legal, promover em juzo a cobrana da dvida ativa, segundo o mesmo processo e com as mesmas prerrogativas e privilgios da Fazenda Nacional. 2 Os rgos competentes podem, antes de ajuizar a cobrana da dvida ativa, promover o protesto de ttulo dado em garantia de sua liquidao, ficando, entretanto, ressalvado que o ttulo ser sempre recebido pro solvendo. Art. 40.VETADO. Art. 41.O dirigente de rgo ou entidade da administrao federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, responde pessoalmente pela multa aplicada por infrao de dispositivos desta lei e do seu regulamento, sendo obrigatrio o respectivo desconto em folha de pagamento, mediante requisio dos rgos competentes e a partir do primeiro pagamento que se seguir requisio. Art. 42.Os administradores de autarquias e fundaes pblicas, criadas e mantidas pelo Poder Pblico, de empresas pblicas e de sociedades de economia mista sujeitas ao controle da Unio, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios, que se encontrarem em mora, por mais de 30 (trinta) dias, no recolhimento das contribuies previstas nesta lei, tornam-se solidariamente responsveis pelo respectivo pagamento, ficando ainda sujeitos s proibies do art. 1 e s sanes dos arts. 4 e 7 do Decreto-Lei n 368, de 19 de dezembro de 1968. Art. 43.Em caso de extino de processos trabalhistas de qualquer natureza, inclusive a decorrente de acordo entre as partes, de que resultar pagamento de remunerao ao segurado, o recolhimento das contribuies devidas Seguridade Social ser efetuado incontinenti. Art. 44.A autoridade judiciria exigir a comprovao do fiel cumprimento ao disposto no artigo anterior. Art. 43. Nas aes trabalhistas de que resultar o pagamento de direitos sujeitos incidncia de contribuio previdenciria, o juiz, sob pena de responsabilidade, determinar o imediato recolhimento das importncias devidas Seguridade Social. (Redao dada pela Lei n 8.620, de 1993).Pargrafo nico. Nas sentenas judiciais ou nos acordos homologados em que no figurarem, discriminadamente, as parcelas legais relativas contribuio previdenciria, esta incidir sobre o valor total apurado em liquidao de sentena ou sobre o valor do acordo homologado. (Includo pela Lei n 8.620, de 1993).Art. 44. A autoridade judiciria velar pelo fiel cumprimento do disposto no artigo anterior, inclusive fazendo expedir notificao ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), dando-lhe cincia dos termos da sentena ou do acordo celebrado. (Redao dada pela Lei n 8.620, de 1993).Art. 45.O direito da Seguridade Social apurar e constituir seus crditos extingue-se aps 10 (dez) anos contados: I - do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que o crdito poderia ter sido constitudo; II - da data em que se tornar definitiva a deciso que houver anulado, por vcio formal, a constituio de crdito anteriormente efetuada. Pargrafo nico. A Seguridade Social nunca perde o direito de apurar e constituir crditos provenientes de importncias descontadas dos segurados ou de terceiros ou decorrentes da prtica de crimes previstos na alnea j do art. 95 desta lei. 1 No caso de segurado empresrio ou autnomo e equiparados, o direito de a Seguridade Social apurar e constituir seus crditos, para fins de comprovao do exerccio de atividade, para obteno de benefcios, extingue-se em 30 (trinta) anos. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995). 2 Para a apurao e constituio dos crditos a que se refere o pargrafo anterior, a Seguridade Social utilizar como base de incidncia o valor da mdia aritmtica simples dos 36 (trinta e seis) ltimos salrios-de-contribuio do segurado. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995). 3 No caso de indenizao para fins de contagem recproca de que tratam os arts. 94 e 99 da Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991, a base de incidncia ser a remunerao sobre a qual incidem as contribuies para o regime especfico de previdncia social a que estiver filiado o interessado, conforme dispuser o regulamento, observado o limite mximo previsto no art. 28 desta lei. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995).Art. 46.O direito de cobrar os crditos da Seguridade Social, constitudos na forma do artigo anterior, prescreve em 10 (dez) anos. CAPTULO XI Da Prova de Inexistncia de Dbito Art. 47. exigido documento comprobatrio de inexistncia de dbito relativo s contribuies sociais, fornecido pelos rgos competentes, nos seguintes casos: Art. 47. exigida Certido Negativa de Dbito (CND), fornecida pelo rgo competente, nos seguintes casos: (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995).I - da empresa: a) na contratao com o Poder Pblico e no recebimento de benefcios ou incentivo fiscal ou creditcio concedido por ele; b) na alienao ou onerao, a qualquer ttulo, de bem imvel ou direito a ele relativo; c) na alienao ou onerao, a qualquer ttulo, de bem mvel de valor superior a Cr$2.500.000,00 (dois milhes e quinhentos mil cruzeiros) incorporado ao ativo permanente da empresa; d) no registro ou arquivamento, no rgo prprio, de ato relativo a baixa ou reduo de capital de firma individual, reduo de capital social, ciso total ou parcial, transformao ou extino de entidade ou sociedade comercial ou civil; II - do proprietrio, pessoa fsica ou jurdica, de obra de construo civil, quando de sua averbao no registro de imveis, salvo no caso do inciso VIII do art. 30. 1 A prova de inexistncia de dbito deve ser exigida da empresa em relao a todas as suas dependncias, estabelecimentos e obras de construo civil, independentemente do local onde se encontrem, ressalvado aos rgos competentes o direito de cobrana de qualquer dbito apurado posteriormente. 2 A prova de inexistncia de dbito, quando exigvel ao incorporador, independe da apresentada no registro de imveis por ocasio da inscrio do memorial de incorporao. 3 Fica dispensada a transcrio, em instrumento pblico ou particular, do inteiro teor do documento comprobatrio de inexistncia de dbito, bastando a referncia ao seu nmero de srie e data da emisso, bem como a guarda do documento comprobatrio disposio dos rgos competentes. 4 O documento comprobatrio de inexistncia de dbito poder ser apresentado por cpia autenticada, dispensada a indicao de sua finalidade, exceto no caso do inciso II deste artigo. 5 O prazo de validade do documento comprobatrio de inexistncia de dbito de 3 (trs) meses contados da data de sua emisso. 5 O prazo de validade da Certido Negativa de Dbito (CND) de 6 (seis) meses, contados da data de sua emisso. (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995). 6 Independe de prova de inexistncia de dbito: a) a lavratura ou assinatura de instrumento, ato ou contrato que constitua retificao, ratificao ou efetivao de outro anterior para o qual j foi feita a prova; b) a constituio de garantia para concesso de crdito rural, em qualquer de suas modalidades, por instituio de crdito pblica ou privada, desde que o contribuinte referido no art. 25 no seja responsvel direto pelo recolhimento de contribuies sobre a sua produo para a Seguridade Social; c) a averbao prevista no inciso II deste artigo, relativa a imvel cuja construo tenha sido concluda antes de 22 de novembro de 1966. 7 O condmino adquirente de unidades imobilirias de obra de construo civil no incorporada na forma da Lei n 4.591, de 16 de dezembro de 1964, poder obter documento comprobatrio de inexistncia de dbito, desde que comprove o pagamento das contribuies relativas sua unidade, conforme dispuser o regulamento. 8 No caso de parcelamento, a Certido Negativa de Dbito (CND) somente ser emitida mediante a apresentao de garantia, ressalvada a hiptese prevista na alnea a do inciso I deste artigo. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995).Art. 48.A prtica de ato com inobservncia do disposto no artigo anterior, ou o seu registro, acarretar a responsabilidade solidria dos contratantes e do oficial que lavrar ou registrar o instrumento, sendo o ato nulo para todos os efeitos. 1 Os rgos competentes podem intervir em instrumento que depender de prova de inexistncia de dbito, a fim de autorizar sua lavratura, desde que o dbito seja pago no ato ou o seu pagamento fique assegurado mediante confisso de dvida fiscal com o oferecimento de garantias reais suficientes, na forma estabelecida em regulamento. 2 O servidor, o serventurio da Justia e a autoridade ou rgo que infringirem o disposto no artigo anterior incorrero em multa aplicada na forma estabelecida no art. 92, sem prejuzo da responsabilidade administrativa e penal cabvel.TTULO VII Das Disposies Gerais Art. 49.A matrcula da empresa ser feita: I - simultaneamente com a inscrio, registro ou arquivamento de ato constitutivo na Junta Comercial, se for o caso; II - perante o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no prazo de 30 (trinta) dias contados do incio de suas atividades, quando no sujeita a Registro do Comrcio. 1 Independentemente do disposto neste artigo, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) proceder matrcula: a) de ofcio, quando ocorrer omisso; b) de obra de construo civil, mediante comunicao obrigatria do responsvel por sua execuo, no prazo do inciso II. 2 A unidade matriculada na forma do inciso II e do 1 deste artigo receber "Certificado de Matrcula" com nmero cadastral bsico, de carter permanente. 3 O no cumprimento do disposto no inciso II e na alnea b do 1 deste artigo sujeito o responsvel multa na forma estabelecida no art. 92 deste lei. 4 O Departamento Nacional de Registro do Comrcio (DNRC), atravs das Juntas Comerciais, bem como os Cartrios de Registro Civil de Pessoas Jurdicas prestaro, obrigatoriamente, ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) todas as informaes referentes aos atos constitutivos e alteraes posteriores relativos a empresas e entidades neles registradas, conforme o disposto em regulamento. Art. 50. obrigatria a apresentao de comprovante de matrcula no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no caso de obra de construo civil, quando do fornecimento de alvar , bem como de comprovante de inexistncia de dbito para com a Seguridade Social, quando da concesso de habite-se, por parte das prefeituras municipais. Art. 50. obrigatria a apresentao de comprovante de matrcula no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no caso de obra de construo civil, quando do fornecimento de alvar, bem como de comprovante de inexistncia de dbito para com a Seguridade Social, quando da concesso do habite-se, por parte das prefeituras municipais, salvo o disposto no inciso VIII do art. 30 desta lei. (Redao dada pela Lei n 8.620, de 1993).Art. 51.O crdito relativo a contribuies, cotas e respectivos adicionais ou acrscimos de qualquer natureza arrecadados pelos rgos competentes, bem como a atualizao monetria e os juros de mora esto sujeitos, nos processos de falncia, concordata ou concurso de credores, s disposies atinentes aos crditos da Unio, aos quais so equiparados. Pargrafo nico. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) reivindicar os valores descontados pela empresa de seus empregados e ainda no recolhidos. Art. 52. empresa em dbito para com a seguridade social proibido: I - distribuir bonificao ou dividendo a acionista; II - dar ou atribuir cota ou participao nos lucros a scio-cotista, diretor ou outro membro de rgo dirigente, fiscal ou consultivo, ainda que a ttulo de adiantamento. Pargrafo nico. A infrao do disposto neste artigo sujeita o responsvel multa de 50% (cinqenta por cento) das quantias que tiverem sido pagas ou creditadas a partir da data do evento, atualizadas na forma prevista no art. 34. Art. 53.Na execuo judicial da dvida ativa da Unio, suas autarquias e fundaes pblicas, ser facultado ao exeqente indicar bens penhora, a qual ser efetivada concomitantemente com a citao inicial do devedor. 1 Os bens penhorados nos termos deste artigo ficam desde logo indisponveis. 2 Efetuado o pagamento integral da dvida executada, com seus acrscimos legais, no prazo de 2 (dois) dias teis contados da citao, independentemente da juntada aos autos do respectivo mandado, poder ser liberada a penhora, desde que no haja outra execuo pendente. 3 O disposto neste artigo aplica-se tambm s execues j processadas. 4 No sendo opostos embargos, no caso legal, ou sendo eles julgados improcedentes, os autos sero conclusos ao juiz do feito, para determinar o prosseguimento da execuo. Art. 54.Os rgos competentes estabelecero critrio para a dispensa de constituio ou exigncia de crdito de valor inferior ao custo dessa medida. Art. 55.Fica isenta das contribuies de que tratam os arts. 22 e 23 desta Lei a entidade beneficente de assistncia social que atenda aos seguintes requisitos cumulativamente: I - seja reconhecida como de utilidade pblica federal e estadual ou do Distrito Federal ou municipal; II - seja portadora do Certificado ou do Registro de Entidade de Fins Filantrpicos, fornecido pelo Conselho Nacional de Servio Social, renovado a cada trs anos; III - promova a assistncia social beneficente, inclusive educacional ou de sade, a menores, idosos, excepcionais ou pessoas carentes; IV - no percebam seus diretores, conselheiros, scios, instituidores ou benfeitores remunerao e no usufruam vantagens ou benefcios a qualquer ttulo; V - aplique integralmente o eventual resultado operacional na manuteno e desenvolvimento de seus objetivos institucionais, apresentando anualmente ao Conselho Nacional da Seguridade Social relatrio circunstanciado de suas atividades. 1 Ressalvados os direitos adquiridos, a iseno de que trata este artigo ser requerida ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que ter o prazo de 30 (trinta) dias para despachar o pedido. 2 A iseno de que trata este artigo no abrange empresa ou entidade que, tendo personalidade jurdica prpria, seja mantida por outra que esteja no exerccio da iseno.Art. 56.A inexistncia de dbitos em relao s contribuies devidas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a partir da publicao desta Lei, condio necessria para que os Estados, o Distrito Federal e os Municpios possam receber as transferncias dos recursos do Fundo de Participao dos Estados e do Distrito Federal (FPE) e do Fundo de Participao dos Municpios (FPM), celebrar acordos, contratos, convnios ou ajustes, bem como receber emprstimos, financiamentos, avais e subvenes em geral de rgos ou entidades da administrao direta e indireta da Unio. Pargrafo nico. Para o recebimento do Fundo de Participao dos Estados e do Distrito Federal (FPE) e do Fundo de Participao dos Municpios (FPM), bem como a consecuo dos demais instrumentos citados no caput deste artigo, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios devero apresentar os comprovantes de recolhimento das suas contribuies ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) referentes aos 3 (trs) meses imediatamente anteriores ao ms previsto para a efetivao daqueles procedimentos. Art. 57.Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios sero, igualmente, obrigados a apresentar, a partir de 1 de junho de 1992, para os fins do disposto no artigo anterior, comprovao de pagamento da parcela mensal referente aos dbitos com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), existentes at 1 de setembro de 1991, renegociados nos termos desta Lei. Art. 58.Os dbitos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios para com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), existentes at 1 de setembro de 1991, podero ser liquidados em at 240 (duzentos e quarenta) parcelas mensais. 1. Para apurao dos dbitos ser considerado o valor original, atualizado pelo ndice oficial utilizado pela Seguridade Social para correo de seus crditos. (Renumerado pela Lei n 8.444, de 1992). 2 As contribuies descontadas at 30 de junho de 1992 dos segurados que tenham prestado servios aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios podero ser objeto de acordo para parcelamento em at doze meses, no se lhes aplicando o disposto no 1 do art. 38 desta lei. (Includo pela Lei n 8.444, de 1992).Art. 59.O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) implantar, no prazo de 90 (noventa) dias a contar da publicao desta Lei, sistema prprio e informatizado de cadastro dos pagamentos e dbitos dos Governos Estaduais, do Distrito Federal e das Prefeituras Municipais, que viabilize o permanente acompanhamento e fiscalizao do disposto nos arts. 56, 57 e 58 e permita a divulgao peridica dos devedores da Previdncia Social. Art. 60.A arrecadao da receita prevista nas alneas a, b e c do pargrafo nico do art. 11 e o pagamento dos benefcios da Seguridade Social sero realizados atravs da rede bancria ou por outras formas, nos termos e condies aprovados pelo Conselho Nacional de Seguridade Social. Pargrafo nico. Os recursos da Seguridade Social sero centralizados em banco estatal federal que tenha abrangncia em todo o Pas. Art. 61.As receitas provenientes da cobrana de dbitos dos Estados e Municpios e da alienao, arrendamento ou locao de bens mveis ou imveis pertencentes ao patrimnio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) devero constituir reserva tcnica, de longo prazo, que garantir o seguro social estabelecido no Plano de Benefcios da Previdncia Social. Pargrafo nico. vedada a utilizao dos recursos de que trata este artigo, para cobrir despesas de custeio em geral, inclusive as decorrentes de criao, majorao ou extenso dos benefcios ou servios da Previdncia Social, admitindo-se sua utilizao, excepcionalmente, em despesas de capital, na forma da lei de oramento. Art. 62.A contribuio estabelecida na Lei n 5.161, de 21 de outubro de 1966 em favor da Fundao Jorge Duprat Figueiredo de Segurana e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO), ser de 2% (dois por cento) da receita proveniente da contribuio a cargo da empresa, a ttulo de financiamento da complementao das prestaes por acidente do trabalho, estabelecida no inciso II do art. 22. TTULO VIII Das Disposies Finais e Transitrias CAPTULO I Da Modernizao da Previdncia Social Art. 63.Fica institudo o Conselho Gestor do Cadastro Nacional do Trabalhador (CNT), criado na forma dos Decretos ns 97.936, de 10 de julho de 1989 e 99.378, de 11 de julho de 1990. Pargrafo nico. O Conselho Gestor do Cadastro Nacional do Trabalhador vinculado ao Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social, que assegurar condies para o seu funcionamento. Art. 64.Ao Conselho Gestor do Cadastro Nacional do Trabalhador incumbe supervisionar e fiscalizar os trabalhos de implantao do Cadastro Nacional do Trabalhador, bem como sugerir as medidas legais e administrativas que permitam, no prazo mximo de 4 (quatro) anos, a contar da data da publicao desta Lei, a existncia na Administrao Pblica Federal de cadastro completo dos trabalhadores e das empresas. Art. 65.O Conselho Gestor do Cadastro Nacional do Trabalhador ter 12 (doze) membros titulares e igual nmero de suplentes, nomeados pelo Ministro do Trabalho e da Previdncia Social para mandato de 4 (quatro) anos sendo: I - 6 (seis) representantes do Governo Federal; II - 3 (trs) representantes indicados pelas centrais sindicais ou confederaes nacionais de trabalhadores; III - 3 (trs) representantes das confederaes nacionais de empresrios. 1 A presidncia do Conselho Gestor ser exercida por um de seus membros, eleito para mandato de 1 (um) ano, vedada a reconduo. 2 O Conselho Gestor tomar posse no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da publicao desta Lei. 3 No prazo de at 60 (sessenta) dias aps sua posse, o Conselho Gestor aprovar seu regimento interno e o cronograma de implantao do Cadastro Nacional do Trabalhador (CNT), observado o prazo limite estipulado no art. 64. Art. 66.Os rgos pblicos federais, da administrao direta, indireta ou fundacional envolvidos na implantao do Cadastro Nacional do Trabalhador (CNT) se obrigam, nas respectivas reas, a tomar as providncias necessrias para o cumprimento dos prazos previstos nesta Lei, bem como do cronograma a ser aprovado pelo Conselho Gestor. Art. 67.At que seja implantado o Cadastro Nacional do Trabalhador (CNT), as instituies e rgos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais, detentores de cadastros de empresas e de contribuintes em geral, devero colocar disposio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mediante a realizao de convnios, todos os dados necessrios permanente atualizao dos cadastros da Previdncia Social. Art. 68.Os cartrios de registro civil que descumprirem a norma relativa comunicao de bitos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), conforme o disposto no Decreto n 92.588, de 25 de abril de 1986, sujeitar-se-o multa prevista no art. 92 desta Lei. Art. 68 O Titular do Cartrio de Registro Civil de Pessoas Naturais fica obrigado a comunicar, ao INSS, at o dia 10 de cada ms, o registro dos bitos ocorridos no ms imediatamente anterior, devendo da relao constar a filiao, a data e o local de nascimento da pessoa falecida. (Redao dada pela Lei n 8.870, de 1994). 1 No caso de no haver sido registrado nenhum bito, dever o Titular do Cartrio de Registro Civil de Pessoas Naturais comunicar este fato ao INSS no prazo estipulado no caput deste artigo. (Includo pela Lei n 8.870, de 1994). 2 A falta da comunicao na poca prpria, bem como o envio de informaes inexatas sujeitar o titular da Serventia multa de dez mil Ufir. (Includo pela Lei n 8.870, de 1994).Art. 69.O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) dever iniciar, a partir de 60 (sessenta) dias, e concluir, no prazo de at 2 (dois) anos, a contar da data da publicao desta Lei, um programa de reviso da concesso e da manuteno dos benefcios da Previdncia Social, a fim de apurar irregularidades e falhas porventura existentes. (Vide Lei n 8.902, de 1994). 1 O programa dever ter como etapa inicial a reviso dos benefcios concedidos por acidentes do trabalho. 2 Os resultados do programa de reviso a que se refere o caput deste artigo devero constituir fonte de informaes para implantao e manuteno do Cadastro de Beneficirios da Previdncia Social. 3 O programa de reviso da concesso e da manuteno dos benefcios poder contar com auxlio de auditoria independente. Art. 70.Os beneficirios da Previdncia Social, aposentados por invalidez, ficam obrigados, sob pena de sustao do pagamento do benefcio, a submeterem-se a exames mdico-periciais, estabelecidos na forma do regulamento, que definir sua periodicidade e os mecanismos de fiscalizao e auditoria. Art. 71.O Instituto do Seguro Social (INSS) dever rever os benefcios, inclusive os concedidos por acidente do trabalho, ainda que concedidos judicialmente, para avaliar a persistncia, atenuao ou agravamento da incapacidade para o trabalho alegada como causa para a sua concesso. Pargrafo nico. Ser cabvel a concesso de liminar nas aes rescisrias e revisional, para suspender a execuo do julgado rescindendo ou revisando, em caso de fraude ou erro material comprovado. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995).Art. 72.O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) promover, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da publicao desta Lei, a reviso das indenizaes associadas a benefcios por acidentes do trabalho, cujos valores excedam a Cr$1.700.000,00 (um milho e setecentos mil cruzeiros). Art. 73.O setor encarregado pela rea de benefcios no mbito do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) dever estabelecer indicadores qualitativos e quantitativos para acompanhamento e avaliao das concesses de benefcios realizadas pelos rgos locais de atendimento. Art. 74.Os postos de benefcios devero adotar como prtica o cruzamento das informaes declaradas pelos segurados com os dados de cadastros de empresas e de contribuintes em geral quando da concesso de benefcios. Art. 75.O pagamento mensal de benefcios de valores entre Cr$999.000,00 (novecentos e noventa e nove mil cruzeiros) e Cr$5.000.000,00 (cinco milhes de cruzeiros) sujeitar-se- a expressa autorizao das Direes Regionais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Pargrafo nico. Os benefcios de valores superiores ao limite estipulado no caput deste artigo tero seu pagamento mensal condicionado autorizao da presidncia do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Art. 76.O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) dever proceder ao recadastramento de todos aqueles que, por intermdio de procurao, recebem benefcios da Previdncia Social. Pargrafo nico. O documento de procurao dever, a cada semestre, ser revalidado pelos rgos de atendimento locais. Art. 77.Fica autorizada a criao de Conselhos municipais de Previdncia Social, rgos de acompanhamento e fiscalizao das aes na rea previdenciria, com a participao de representantes da comunidade. Pargrafo nico. As competncias e o prazo para a instalao dos Conselhos referidos no caput deste artigo sero objeto do regulamento desta lei. Art. 78.O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na forma da legislao especfica, fica autorizado a contratar auditorias externas, periodicamente, para analisar e emitir parecer sobre demonstrativos econmico-financeiros e contbeis, arrecadao, cobrana e fiscalizao das contribuies, bem como pagamento dos benefcios, submetendo os resultados obtidos apreciao do Conselho Nacional da Seguridade Social. Art. 79.O Conselho Nacional da Seguridade Social (CNSS) dever indicar cidado de notrio conhecimento na rea para exercer a funo de Ouvidor-Geral da Seguridade Social, a que ter mandato de 2 (dois) anos, sendo vedada a sua reconduo. 1 Caber ao Congresso Nacional aprovar a escolha do ouvidor referido no caput desta artigo. 2 As atribuies do Ouvidor Geral da Seguridade Social sero definidas em lei especfica. Art. 80.Fica o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) obrigado a: I - enviar s empresas e aos contribuintes individuais, quando solicitado, extratos de recolhimento das suas contribuies; II - emitir automaticamente e enviar s empresas avisos de cobrana de dbitos; III - emitir e enviar aos beneficirios o Aviso de Concesso de Benefcio, alm da memria de clculo do valor dos benefcios concedidos; IV - reeditar verso atualizada, nos termos do Plano de Benefcios, da Carta dos Direitos dos Segurados; V - divulgar, com a devida antecedncia, atravs dos meios de comunicao, alteraes porventura realizadas na forma de contribuio das empresas e segurados em geral; VI - descentralizar, progressivamente, o processamento eletrnico das informaes, mediante extenso dos programas de informatizao de postos de atendimento e de Regies Fiscais. Art. 81.O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) divulgar, trimestralmente, lista atualizada dos devedores das contribuies previstas nas alneas a, b e c do pargrafo nico do art. 11, bem como relatrio circunstanciado das medidas administrativas e judiciais adotadas para a cobrana e execuo da dvida. 1 O relatrio a que se refere o caput deste artigo ser encaminhado aos rgos da administrao federal direta e indireta, s entidades controladas direta ou indiretamente pela Unio, aos registros pblicos, cartrios de registro de ttulos e documentos, cartrios de registro de imveis e ao sistema financeiro oficial, para os fins do 3 do art. 195 da Constituio Federal e da Lei n 7.711, de 22 de dezembro de 1988. 2 O Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social fica autorizado a firmar convnio com os governos estaduais e municipais para extenso, quelas esferas de governo, das hipteses previstas no art. 1 da Lei n 7.711, de 22 de dezembro de 1988. Art. 82.A Auditoria e a Procuradoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) devero, a cada trimestre, elaborar relao das auditorias realizadas e dos trabalhos executados, bem como dos resultados obtidos, enviando-a apreciao do Conselho Nacional da Seguridade Social. Art. 83.O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) dever implantar um programa de qualificao e treinamento sistemtico de pessoal, bem como promover a reciclagem e redistribuio de funcionrios conforme as demandas dos rgos regionais e locais, visando a melhoria da qualidade do atendimento e o controle e a eficincia dos sistemas de arrecadao e fiscalizao de contribuies, bem como de pagamento de benefcios. Art. 84.O Conselho Nacional da Seguridade Social, no prazo mximo de 60 (sessenta) dias a partir de sua instalao, criar comisso especial para acompanhar o cumprimento, pelo Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social, das providncias previstas nesta Lei, bem como de outras destinadas modernizao da Previdncia Social. CAPTULO II Das Demais Disposies Art. 85.O Conselho Nacional da Seguridade Social ser instalado no prazo de 30 (trinta) dias aps a promulgao desta Lei. Art. 86.Enquanto no for aprovada a Lei de Assistncia Social, o representante do conselho setorial respectivo ser indicado pelo Conselho Nacional da Seguridade Social. Art. 87.Os oramentos das pessoas jurdicas de direito pblico e das entidades da administrao pblica indireta devem consignar as dotaes necessrias ao pagamento das contribuies da Seguridade Social, de modo a assegurar a sua regular liquidao dentro do exerccio. Art. 88.Os prazos de prescrio de que goza a Unio aplicam-se Seguridade Social, ressalvado o disposto no art. 46. Art. 89.No sero restitudas contribuies, salvo na hiptese de recolhimento indevido, nem ser permitida ao beneficirio a antecipao do seu pagamento para efeito de recebimento de benefcios. Pargrafo nico. Na hiptese de recolhimento indevido as contribuies sero restitudas, atualizadas monetariamente. Art. 89. Somente poder ser restituda ou compensada contribuio para a Seguridade Social arrecadada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na hiptese de pagamento ou recolhimento indevido. (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995). 1 Admitir-se- apenas a restituio ou a compensao de contribuio a cargo da empresa, recolhida ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que, por sua natureza, no tenha sido transferida ao custo de bem ou servio oferecido sociedade. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995). 2 Somente poder ser restitudo ou compensado, nas contribuies arrecadadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), valor decorrente das parcelas referidas nas alneas a, b e c do pargrafo nico do art. 11 desta lei. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995). 3 Em qualquer caso, a compensao no poder ser superior a 25% (vinte e cinco por cento) do valor a ser recolhido em cada competncia. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995). 4 Na hiptese de recolhimento indevido, as contribuies sero restitudas ou compensadas atualizadas monetariamente. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995). 5 Observado o disposto no 3, o saldo remanescente em favor do contribuinte, que no comporte compensao de uma s vez, ser atualizado monetariamente. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995). 6 A atualizao monetria de que tratam os 4 e 5 deste artigo observar os mesmos critrios utilizados na cobrana da prpria contribuio. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995). 7 No ser permitida ao beneficirio a antecipao do pagamento de contribuies para efeito de recebimento de benefcios. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995).Art. 89. Somente poder ser restituda ou compensada contribuio para a Seguridade Social arrecadada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, na hiptese de pagamento ou recolhimento indevido. (Redao dada pela Lei n 9.129, de 1995). 1 Admitir-se- apenas a restituio ou a compensao de contribuio a cargo da empresa, recolhida ao INSS, que, por sua natureza, no tenha sido trans