lei _13_12
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Lei que aprova o regimento da Assembleia nacional de AngolaTRANSCRIPT
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LEI ORGNICA QUE APROVA O REGIMENTO
DA ASSEMBLEIA NACIONAL
ARTIGO 1.
(Aprovao)
aprovado o Regimento da Assembleia Nacional que
parte integrante da presente Lei Orgnica.
ARTIGO 2.
(Disposio transitria)
As Comisses de Trabalho Permanentes, criadas nos
termos da Lei n. 5/10, de 6 de Abril (Lei Orgnica do
Funcionamento e do Processo Legislativo da Assembleia
Nacional), mantm-se em funcionamento at ao termo da
presente legislatura 2008/2012.
ARTIGO 3.
(Dvidas e omisses)
As dvidas e as omisses resultantes da interpretao e
da aplicao da presente lei so resolvidas pela Assembleia
Nacional.
ARTIGO 4.
(Revogao)
revogada a Lei n. 5/10, de 6 de Abril (Lei Orgnica
do Funcionamento e do Processo Legislativo da Assembleia
Nacional), a Lei n. 5/03, de 3 de Maro (Lei dos Inquritos
Parlamentares), a Resoluo n. 29/09, de 24 de Junho (sobre
as Visitas de Constatao, de Fiscalizao e de Controlo) e
demais legislao que contrarie o disposto na presente lei.
ARTIGO 5.
(Entrada em vigor)
A presente lei entra em vigor data da sua publicao.
Lei n. 13/12:
Lei Orgnica que Aprova o Regimento da Assembleia Nacional.
Revoga a Lei n. 5/10, de 6 de Abril (Lei Orgnica do Funcionamento
e do Processo Legislativo da Assembleia Nacional), a Lei n. 5/03,
de 3 de Maro (Lei dos Inquritos Parlamentares), a Resoluo
n. 29/09, de 24 de Junho (sobre as Visitas de Constatao, de
Fiscalizao e de Controlo) e demais legislao que contrarie o dis-
posto na presente lei.
Lei n. 13/12de 2 de Maio
O quadro poltico actual, resultante da aprovao da
Constituio da Repblica de Angola, impe que se ade-
que toda a legislao ordinria, para que as instituies e a
sociedade em geral se organizem e funcionem conforme os
ditames da Lei Magna.
A Constituio da Repblica de Angola estabelece no
artigo 160. a competncia organizativa da Assembleia
Nacional.
Nesta conformidade, compete Assembleia Nacional
legislar sobre o regime de funcionamento dos seus rgos
Poder Executivo, com o Poder Judicial e demais rgos da
Administrao Central e Local do Estado.
A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo,
nos termos das disposies combinadas da alnea a) do
artigo 160. e da alnea b) do n. 2 do artigo 166., ambos da
Constituio da Repblica de Angola, a seguinte:
RGO OFICIAL DA REPBLICA DE ANGOLA
ASSINATURA
Ano
Preo deste nmero - Kz: 400,00
Quarta-feira, 2 de Maio de 2012 I Srie N. 82
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1956 DIRIO DA REPBLICA
ARTIGO 5.
(Sede)
A Assembleia Nacional tem a sua sede na capital da
Repblica de Angola, podendo, por razes ponderosas, os
seus trabalhos decorrerem noutro local do territrio nacional.
ARTIGO 6.
(Lnguas de trabalho)
2. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior o
em qualquer outra lngua angolana.
3. As entidades estrangeiras convidadas a fazerem uso
da palavra, podem dirigir-se Assembleia Nacional, usando
4. Para efeitos do disposto nos nmeros anteriores, os
servios competentes da Assembleia Nacional devem provi-
denciar a interpretao e traduo simultneas das referidas
TTULO II
Reunio Constitutiva da Assembleia Nacional
CAPTULO I
Procedimento da Reunio Constitutiva
ARTIGO 7.
(Data da reunio)
1. A Assembleia Nacional rene-se, para a abertura da
legislatura, at ao dcimo quinto dia subsequente publica-
o dos resultados eleitorais no Dirio da Repblica.
2. Para efeitos do disposto no nmero anterior, at ao
oitavo dia anterior data prevista para a reunio, a Mesa ces-
sante da Assembleia Nacional d, do facto, conhecimento
aos Deputados eleitos, fornecendo-lhes a legislao parla-
mentar bsica e os elementos de informao necessrios
sua efectiva participao na Assembleia Nacional.
ARTIGO 8.
(Presidncia da reunio constitutiva)
1. Assume a direco dos trabalhos o Presidente da
Assembleia Nacional cessante e, na sua ausncia, o Primeiro
Vice-Presidente, o Segundo Vice-Presidente, o Terceiro
Vice- Presidente ou o Quarto Vice-Presidente cessantes,
sucessivamente.
2. Na ausncia do Presidente e dos Vice-Presidentes
cessantes, a presidncia assumida por um Deputado, desig-
nado pelo partido poltico ou coligao de partidos polticos
com mais assentos na legislatura cessante.
ARTIGO 9.
(Mesa provisria)
Aberta a reunio o Presidente convida, de entre os
Deputados, o mais jovem e o mais idoso, presentes na sala,
Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,
aos 28 de Fevereiro de 2012.
O Presidente da Assembleia Nacional, Antnio Paulo
Kassoma.
Promulgada aos 18 de Abril de 2012.
Publique-se.
O Presidente da Repblica, JOS EDUARDO DOS SANTOS.
REGIMENTO DA ASSEMBLEIA NACIONAL
TTULO IDisposies Gerais
CAPTULO IObjecto e mbito
ARTIGO 1.(Objecto)
O presente regimento tem por objecto estabelecer as
normas de organizao e de funcionamento dos rgos da
Assembleia Nacional, do seu processo legislativo e da fun-
termos da Constituio e da lei.
ARTIGO 2.
(mbito)
1. O presente regimento aplica-se ao Plenrio da
Assembleia Nacional, ao Presidente da Assembleia Nacional,
Comisso Permanente, Mesa, s Comisses de Trabalho
Especializadas, aos Grupos Parlamentares, aos Deputados
no organizados em Grupos Parlamentares, representantes
de partidos polticos ou coligao de partidos polticos com
assento parlamentar, ao Grupo de Mulheres Parlamentares,
s Comisses Eventuais, s Comisses Parlamentares de
Inqurito e aos rgos da Administrao Parlamentar da
Assembleia Nacional.
presente regimento aplica-se, ainda, a todos os entes pbli-
cos ou privados que utilizem recursos pblicos.
CAPTULO II
Assembleia Nacional
ARTIGO 3.
A Assembleia Nacional o Parlamento da Repblica
de Angola, um rgo unicamaral, representativo de todos
os angolanos, que exprime a vontade soberana do povo e
exerce o poder legislativo do Estado.
ARTIGO 4.
(Composio)
A Assembleia Nacional composta por Deputados elei-
tos por sufrgio universal, livre, igual, directo, secreto e
peridico, nos termos da Constituio e da lei.
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1957I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012
para integrarem a Mesa Provisria que dirige os trabalhos
da Mesa da Assembleia Nacional.
ARTIGO 10.
1. Constituda a Mesa Provisria, procede-se eleio de
investidura, integrada proporcionalmente por representantes
dos partidos polticos e das coligaes de partidos polticos
com assento parlamentar, votados nas eleies legislativas
acabadas de realizar.
por um mnimo de cinco e um mximo de quinze Deputados
da nova legislatura.
por um representante do partido poltico ou da coligao de
partidos polticos mais votado.
ARTIGO 11.
(Suspenso da reunio constitutiva)
Presidente da Mesa manda proceder recolha dos proces-
sos de apuramento geral das eleies, entregando-os, de
seguida, Comisso, para anlise e parecer.
2. Feita a entrega dos processos referidos no nmero
anterior o Presidente suspende a reunio, pelo tempo neces-
srio sua anlise e elaborao do parecer.
ARTIGO 12.
A anlise a que se refere o n. 2 do artigo anterior consiste
na apreciao da elegibilidade dos Deputados cujo mandato
seja susceptvel de impugnao por facto que tenha sido
objecto de deciso judicial com trnsito em julgado ou por
qualquer motivo de impedimento previsto na Constituio
ou na lei.
ARTIGO 13.
(Legitimidade para impugnao)
1. Qualquer Deputado pode exercer o direito de impug-
nao de mandato at ao encerramento da discusso do
2. O Deputado eleito, cujo mandato venha a ser impug-
nado tem o direito de defesa perante a Comisso de
a Comisso de Trabalho Especializada, competente em razo
da matria ou, ainda, perante o Plenrio e exerce as suas fun-
Plenrio, por votao secreta.
3. O prazo para a instruo do processo, no caso de ter
havido impugnao, no deve exceder quinze dias, prorro-
gveis uma vez por igual perodo.
4. O Deputado cujo mandato tenha sido impugnado,
tem o direito a dispor de um prazo de quinze dias para apre-
sentar a defesa a que se refere o n. 2 do presente artigo,
sendo que o correspondente processo assumido pela com-
petente Comisso de Trabalho Especializada da Assembleia
Nacional.
CAPTULO IIProclamao e Constituio da Assembleia Eleita
ARTIGO 14.
(Proclamao solene dos Deputados)
de Mandatos reunio constitutiva e sendo aprovado por
esta, o Presidente da Mesa Provisria proclama Deputados
os eleitos, cujos mandatos sejam considerados vlidos e d
conhecimento Assembleia Nacional de eventuais reclama-
es ou recursos existentes, com indicao dos Deputados
abrangidos.
ARTIGO 15.
(Acto de investidura e juramento)
1. Aps a proclamao todos os Deputados prestam jura-
mento, o qual constitui a sua investidura.
2. Os Deputados prestam juramento solene, de p e em
voz alta, perante o Presidente da Assembleia Nacional ces-
sante, ou na ausncia deste, perante o substituto previsto nos
n.os 1 e 2 do artigo 8. da presente lei, nos seguintes termos:
Juro, por minha honra, cumprir a Constituio e as
demais leis da Repblica de Angola.
Juro!
Juro defender a unidade da Nao, a integridade ter-
ritorial da Ptria, promover e consolidar a paz, a
democracia e o progresso social.
Juro!
puderam estar presentes no acto de investidura, prestam
juramento solene no incio da primeira reunio em que este-
jam presentes.
4. Os Deputados que no tomem posse, por qualquer incom-
patibilidade prevista no artigo 149. da Constituio, podem
tomar posse logo que cesse a causa da incompatibilidade.
5. Os Deputados substitutos chamados efectividade de
funes, prestam o juramento solene, previsto no n. 2 deste
artigo, no incio da primeira reunio em que sejam convo-
cados para o preenchimento das vagas, segundo a respectiva
ordem de precedncia.
ARTIGO 16.(Declarao de constituio da Assembleia Nacional
e entrega de crachs de Deputado)
1. Prestado o juramento o Presidente cessante manda dis-
tribuir a todos os Deputados, os crachs e declara constituda
a Assembleia Nacional.
2. O crach a que se refere o nmero anterior cons-
titudo pelos seguintes elementos: a Insgnia, a Bandeira
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1958 DIRIO DA REPBLICA
tiva da Assembleia Nacional aps as eleies e cessa com a
reunio constitutiva da Assembleia Nacional, resultante das
eleies subsequentes.
ARTIGO 22.
(Suspenso, perda, substituio e renncia)
A suspenso, a perda, a substituio de Deputados, bem
como a renncia do mandato, efectuam-se nos termos da
Constituio e do Estatuto do Deputado.
SECO II
Direitos e Deveres dos Deputados
ARTIGO 23.
(Direito do Deputado)
Constituem direitos dos Deputados, a exercer singular ou
colectivamente, nos termos do presente regimento e demais
legislao aplicvel, os seguintes:
a) Tomar assento nas salas do Plenrio e das Comis-
ses de Trabalho Especializadas e usar da
palavra, a seu pedido ou sempre que para tal for
solicitado;
b)
Assembleia Nacional;
c) apresentar projectos de leis de reviso constitucio-
nal;
d) apresentar projectos de lei, de referendo e de reso-
lues;
e) apresentar propostas de alterao de leis;
f) requerer a apreciao de Decretos Legislativos
Presidenciais provisrios e de Decretos Legisla-
tivos Presidenciais autorizados;
g) requerer a urgncia do processo de qualquer
projecto de lei ou de resoluo, bem como da
apreciao dos actos legislativos do Presidente
da Repblica e do agendamento de qualquer
assunto de relevante interesse nacional;
h) participar das discusses e votaes de todas as
matrias submetidas Assembleia Nacional
para o efeito;
i) dirigir perguntas aos Ministros de Estado, aos
Ministros, aos Governadores Provinciais, aos
rgos da Administrao Pblica e s demais
entidades que administrem recursos pblicos;
j) propor a constituio de Comisses Eventuais;
k) propor a realizao de audies parlamentares;
l) requerer e obter dos Ministros de Estado, dos
Ministros e dos Governadores Provinciais ou
de titulares de qualquer entidade pblica ou
privada, que administrem recursos pblicos, ele-
para o exerccio do seu mandato;
Nacional, as palavras Assembleia Nacional e Deputado
e o ano de investidura.
3. As regras sobre a utilizao do crach de Deputado,
so estabelecidas em diploma prprio.
ARTIGO 17.
1. Proclamados os Deputados, procede-se eleio do
Presidente da Assembleia Nacional e dos demais membros
da Mesa.
2. A eleio do Presidente da Assembleia Nacional e dos
demais membros da Mesa faz-se nos termos do presente
regimento.
ARTIGO 18.
1. Eleitos o Presidente da Assembleia Nacional e os
demais membros da Mesa, os mesmos ocupam os respecti-
vos lugares na Mesa da Presidncia.
2. Finda a reunio constitutiva, o Presidente da
Assembleia Nacional d conhecimento do facto ao Presidente
da Repblica e aos Presidentes do Tribunal Constitucional
e do Tribunal Supremo e manda publicar, no Dirio da
Repblica, a relao nominal dos Deputados investidos para
o exerccio do mandato.
ARTIGO 19.
(Passagem de pastas)
1. Constituda a Assembleia Nacional, o Presidente ces-
sante e o Presidente eleito estabelecem o cronograma de
passagem de pastas, acto extensivo a todos os titulares de
rgos internos da Assembleia Nacional.
2. O disposto no nmero anterior aplica-se, igualmente,
quando a mudana de titular tiver lugar no decorrer do
mandato.
3. Os procedimentos para efectivao do que estabele-
cem os nmeros anteriores, so aprovados por resoluo da
Assembleia Nacional.
TTULO III
Deputados e Grupos Parlamentares
CAPTULO I
Deputados
SECO I
Mandato
ARTIGO 20.
(Durao)
O mandato dos Deputados Assembleia Nacional tem a
durao de cinco anos.
ARTIGO 21.
(Incio e termo do mandato)
O mandato dos Deputados Assembleia Nacional inicia
com a tomada de posse e a realizao da reunio constitu-
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1959I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012
tas apresentadas por cada partido poltico ou coligao de
partidos polticos, que transmitem e defendem a poltica do
respectivo partido poltico ou coligao de partidos polticos.
ARTIGO 27.
(Constituio)
1. A constituio de cada Grupo Parlamentar efectua-
-se no prazo de 30 dias aps a constituio da Assembleia
Nacional e formaliza-se mediante comunicao escrita diri-
gida ao Presidente da Assembleia Nacional, assinada pelos
Deputados que o compem, indicando a designao que
adoptam, bem como os nomes do respectivo presidente, dos
vice-presidentes e dos secretrios, se os houver.
2. Cada partido poltico ou coligao de partidos polti-
cos s pode constituir um Grupo Parlamentar.
3. Nenhum Deputado pode fazer parte de mais do que
um Grupo Parlamentar.
4. Qualquer alterao na composio ou na direco do
Grupo Parlamentar, deve ser comunicada ao Presidente da
Assembleia Nacional.
5. Sempre que um Grupo Parlamentar, normalmente
constitudo nos termos do n. 1 do presente artigo, se venha
a reduzir, durante a legislatura, a um nmero inferior a trs,
termos do n. 1 do artigo 29. do presente regimento.
6. As comunicaes a que se referem os n.os 1 e 4 deste
artigo so publicadas no Dirio da Assembleia Nacional.
ARTIGO 28.
(Denominao)
Cada Grupo Parlamentar, devidamente constitudo, nos
termos do presente regimento, deve adoptar a mesma deno-
minao com a qual o partido poltico ou coligao de
partidos polticos concorreu s eleies, salvo o previsto no
artigo 30.
ARTIGO 29.
(Representante de partido poltico ou coligao de partidos polticos)
1. Ao Deputado ou Deputados representantes de partido
poltico ou coligao de partidos polticos que no possam
constituir Grupo Parlamentar, nos termos do artigo 27. do
presente regimento, atribudo o direito de interveno, a
efectivar-se nos termos do presente regimento e do Estatuto
do Deputado.
2. O disposto no nmero anterior aplica-se, com as devi-
das adaptaes, aos Deputados que deixem de integrar algum
Grupo Parlamentar, que no sejam representantes nicos de
partido poltico ou de coligao de partidos polticos ou cujo
partido poltico ou coligao de partidos polticos tenha sido
extinto.
ARTIGO 30.
(Grupo Parlamentar misto)
Os Deputados representantes de dois ou mais partidos
polticos ou coligao de partidos polticos, resultantes das
eleies gerais, que no possam constituir Grupo Parlamentar,
m) requerer ao Tribunal Constitucional a declarao
de inconstitucionalidade de normas, nos termos
da Constituio e da lei;
n) discutir todas as questes de interesse nacional,
nos termos do presente regimento;
o) manter vnculos de informao e auscultao com
o eleitorado;
p) Ser respeitado e tratado com deferncia por todas
as instituies pblicas e privadas.
ARTIGO 24.
(Deveres do Deputado)
Constituem deveres do Deputado:
a) respeitar a Constituio e a lei;
b) comparecer s reunies do Plenrio, das Comis-
ses de Trabalho Especializadas e integrar
Delegaes Parlamentares;
c) desempenhar os cargos e as funes para que seja
designado na Assembleia Nacional, sob proposta
dos respectivos Grupos Parlamentares;
d) participar das votaes;
e) participar regularmente dos trabalhos da Comisso
de Trabalho Especializada a que pertence;
f) respeitar e preservar a dignidade da Assembleia
Nacional e dos Deputados;
g) manter sigilo sobre matria de circulao reser-
vada;
h) -
lhos da Assembleia Nacional;
i) -
Nacional, com conhecimento ao Presidente da
Comisso de Trabalho Especializada a que per-
tence, no prazo mximo de 15 dias a contar do
termo do facto impeditivo;
j) promover a probidade, o civismo e o respeito pelas
instituies.
ARTIGO 25.
(Direito a gabinete de trabalho)
1. O Deputado tem direito a dispor de gabinete de traba-
lho e de um nmero de assistentes para o exerccio das suas
funes.
Nacional, sob proposta do Conselho de Administrao.
CAPTULO II
Grupos Parlamentares
ARTIGO 26.
(Composio)
O Grupo Parlamentar composto por um mnimo de
trs Deputados em efectividade de funes, eleitos em lis-
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1960 DIRIO DA REPBLICA
TTULO IV
Organizao da Assembleia Nacional
CAPTULO I
Plenrio
ARTIGO 33.
O Plenrio o rgo supremo e soberano da Assembleia
Nacional para o exerccio da funo poltico-legislativa e
composto pela totalidade dos Deputados em efectividade de
funes.
ARTIGO 34.
(Funcionamento)
O Plenrio da Assembleia Nacional pode funcionar com
um quinto dos Deputados em efectividade de funes.
ARTIGO 35.
(Deliberaes)
As deliberaes do Plenrio so tomadas por maio-
ria absoluta dos Deputados presentes, desde que superior
metade dos Deputados em efectividade de funes, salvo
quando a Constituio e a lei estabeleam outras regras de
deliberao.
CAPTULO II
Presidente e Mesa
SECO I
Presidente
SUBSECO I
Estatuto e Eleio
ARTIGO 36.
(Estatuto)
1. O Presidente da Assembleia Nacional o Deputado
que preside Mesa do Plenrio, representa a Assembleia
Nacional, vela pela sua salvaguarda e dignidade, dirige e
coordena os seus trabalhos e exerce autoridade administra-
tiva sobre todos os funcionrios parlamentares.
2. O Presidente da Assembleia Nacional goza de privil-
gios, direitos e regalias previstos por lei.
ARTIGO 37.
(Eleio)
1. O Presidente da Assembleia Nacional eleito pelo
Plenrio.
2. A candidatura para o cargo de Presidente da Assembleia
Nacional deve ser apresentada pelo partido poltico ou coli-
gao de partidos polticos, que tenha obtido maior nmero
de assentos na Assembleia Nacional, devendo ser subscrita
por um mnimo de um dcimo e um mximo de um quinto
nos termos do n. 1 do artigo 27. do presente regimento,
podem, entretanto, constituir um Grupo Parlamentar misto,
devendo, para o efeito, fazer uma declarao ao Presidente
da Assembleia Nacional no prazo de 30 dias aps consti-
tuio da Assembleia Nacional e adoptar uma denominao
ARTIGO 31.
(Organizao)
1. Cada Grupo Parlamentar estabelece livremente a sua
organizao interna.
2. As funes de membro de direco do Grupo
Parlamentar so incompatveis com as de membro da Mesa
da Assembleia Nacional.
ARTIGO 32.
(Poderes e direitos dos grupos parlamentares)
1. Constituem poderes e direitos de cada Grupo
Parlamentar:
a) fazer-se representar nas Comisses de Trabalho
Especializadas, Comisses Eventuais ou nas
Comisses Parlamentares de Inqurito, em fun-
o do nmero dos seus membros;
b) indicar, de acordo com a distribuio proporcional,
o nome do Presidente ou Vice-Presidente da
Comisso de Trabalho Especializada, Comisso
Eventual ou Comisso Parlamentar de Inqurito;
c)
a ordem do dia de um certo nmero de reunies,
nos termos do n. 2 do artigo 95. do presente
regimento;
d) requerer a interrupo da reunio plenria, nos
termos do artigo 122. do presente regimento;
e) solicitar Comisso Permanente que promova
a convocao extraordinria da Assembleia
Nacional;
f) requerer a constituio de Comisses Parlamenta-
res de Inqurito;
g) exercer a iniciativa legislativa;
h) ser informado, regular e directamente, pelo
Executivo, sobre o andamento dos principais
assuntos de interesse nacional;
i) propor ao Presidente da Repblica, por via do Pre-
sidente da Assembleia Nacional, a convocao
do referendo, nos termos da Constituio.
2. O direito previsto na alnea h) do n. 1 do presente
artigo exercido, nos termos acordados entre o Executivo e
os Grupos Parlamentares.
3. Cada Grupo Parlamentar tem direito a dispor de local
de trabalho na Sede da Assembleia Nacional, bem como de
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mos em que a lei determine.
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1961I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012
d) admitir ou rejeitar propostas de lei, projectos de
lei, projectos de resoluo e os requerimentos,
e) apreciar as reclamaes a si endereadas e subme-
ter ao Plenrio os recursos que, para este forem
interpostos;
f) submeter s Comisses de Trabalho Especializadas,
em razo da matria, para efeito de apreciao,
os textos de projectos legislativos e de tratados
internacionais;
g) promover a constituio das Comisses e velar
pelo cumprimento dos prazos que lhe sejam
h) admitir e encaminhar para as Comisses de Tra-
balho Especializadas, em razo da matria, as
peties, reclamaes e sugestes dos cidados
e, se necessrio, submet-las ao Plenrio.
i) propor ao Plenrio a suspenso de uma reunio
plenria da Assembleia Nacional;
j) presidir Conferncia dos Presidentes dos Grupos
Parlamentares;
k)
l) designar as delegaes parlamentares;
m) manter a ordem, bem como garantir as condi-
es de segurana da Assembleia Nacional,
durante as sesses e no intervalo das mesmas,
podendo, para o efeito, requisitar e usar os meios
necessrios e tomar as medidas que entender
convenientes;
n) mandar publicar as iniciativas legislativas do
Presidente da Repblica, dos Deputados e dos
Grupos Parlamentares, bem como as matrias
aprovadas pela Assembleia Nacional e ordenar
o) superintender o pessoal ao servio da Assembleia
Nacional;
p) apreciar a regularidade das candidaturas para
cargos electivos, internos e externos, bem como
anunciar os resultados das eleies e proclamar
os candidatos eleitos;
q) assegurar o cumprimento do regimento e das deli-
beraes da Assembleia Nacional.
ARTIGO 41.
(Competncias quanto aos trabalhos da Assembleia Nacional)
1. Compete ao Presidente, nomeadamente:
a) presidir ao acto de investidura dos Deputados em
conformidade com o presente regimento;
b) conceder autorizao aos Deputados para se
ausentarem no decorrer das reunies plenrias,
excepto no decurso de votaes;
c) cumprir e fazer cumprir o presente regimento;
de Deputados do respectivo partido poltico ou coligao de
partidos polticos.
3. A candidatura apresentada ao Presidente cessante at
cinco dias antes da data marcada para a eleio.
4. Considera-se eleito o candidato apresentado, caso
obtenha maioria absoluta dos votos dos Deputados em efec-
tividade de funes.
5. No havendo maioria absoluta, o partido poltico ou
a coligao de partidos polticos mais votado nas eleies
gerais deve apresentar dois candidatos, considerando-se
eleito, o candidato que obtiver o maior nmero de votos.
6. A eleio tem lugar na reunio constitutiva da
Assembleia Nacional.
ARTIGO 38.
(Mandato)
1. O Presidente da Assembleia Nacional eleito por
legislatura, sem prejuzo da possibilidade de substituio no
decurso desta, por iniciativa do partido poltico ou da coliga-
o de partidos polticos, por cuja lista foi eleito.
2. O Presidente pode renunciar ao cargo mediante comu-
nicao escrita Comisso Permanente que a submete
apreciao do Plenrio.
3. A renncia torna-se efectiva a partir da sua apreciao
pelo Plenrio, sem prejuzo da sua ulterior publicao nos
Dirios da Repblica e da Assembleia Nacional.
4. No caso de renncia ao cargo, suspenso ou cessa-
o do mandato de Deputado, procede-se eleio do novo
Presidente no prazo de quinze dias, nos termos previstos no
artigo anterior.
5. A eleio do novo Presidente da Assembleia Nacional
vlida pelo perodo restante da legislatura.
ARTIGO 39.
(Substituio)
O Presidente da Assembleia Nacional substitudo,
nas suas ausncias ou impedimentos, por um dos Vice-
Presidentes, de acordo com a ordem de precedncia.
SUBSECO II
Competncias do Presidente
ARTIGO 40.
(Competncias genricas)
Compete ao Presidente da Assembleia Nacional,
nomeadamente:
a) representar a Assembleia Nacional, presidir Mesa
e Comisso Permanente;
b) superintender a actividade de gesto administra-
com os planos aprovados pelo Plenrio;
c)
nos termos do presente regimento;
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1962 DIRIO DA REPBLICA
e) submeter discusso e votao os projectos, as
propostas de alterao e os requerimentos admi-
tidos;
f) autorizar os Deputados a falarem do seu lugar;
g) advertir o orador quanto ao tempo de que dispe,
h) advertir o orador que se desvie do assunto em
discusso e, em caso de insistncia, retirar-lhe
a palavra;
i) convidar o orador a declarar, se necessrio, se vai
falar a favor ou contra;
j) convidar o Deputado a retirar-se da sala do Ple-
nrio, sempre que perturbe a ordem e o bom
andamento dos trabalhos;
k)
necessrio;
l) autorizar a publicao de informaes ou de
documentos na ntegra, em resumo ou apenas
mediante breve referncia na acta;
m) decidir as questes de ordem e as reclamaes;
n) submeter ao Plenrio as concluses dos processos
disciplinares instaurados contra os Deputados;
o) divulgar as decises do Plenrio, das reunies da
Mesa, da Conferncia dos Presidentes dos Gru-
pos Parlamentares e das comisses;
p) mandar proceder distribuio de documentos s
Comisses de Trabalho Especializadas ou Even-
tuais;
q) deferir a retirada de propostas da ordem do dia;
r) devolver ao proponente o projecto ou a proposta
de lei que incorra no disposto no n. 4 do artigo
175. do presente regimento.
ARTIGO 43.
(Competncias quanto aos Deputados)
1. Compete ao Presidente da Assembleia Nacional,
nomeadamente:
a)
dos Deputados s reunies plenrias;
b) deferir os pedidos de substituio temporria dos
Deputados, em conformidade com a Constitui-
o da Repblica de Angola e com a lei;
c) receber e mandar publicar nos Dirios da Rep-
blica e da Assembleia Nacional as declaraes
de renncia do mandato;
d) dar seguimento dos requerimentos apresentados
pelos Deputados ao abrigo do disposto no artigo
132. do presente regimento e outros previstos
por lei;
e) aplicar, aos Deputados, as sanes disciplinares
previstas no estatuto do Deputado;
f)
sanes do Plenrio;
g) conceder licenas de frias disciplinares, bem como
autorizar as deslocaes dos Deputados para o
d) assinar as leis e resolues da Assembleia Nacio-
nal e as deliberaes da Mesa;
e) convocar e reunir periodicamente, sob sua presidn-
cia, os Presidentes das Comisses de Trabalho
Especializadas para avaliao dos trabalhos da
Assembleia, exame das matrias em trmite e a
adopo das providncias julgadas necessrias
ao bom andamento das actividades legislativas
f) zelar pelo prestgio e decoro da Assembleia Nacio-
nal, bem como pela dignidade e respeito s
prerrogativas constitucionais dos seus membros,
em todo o territrio nacional;
g) encaminhar Mesa e aos rgos ou entidades
competentes as concluses das Comisses Par-
lamentares de Inqurito;
h) superintender a polcia adstrita Assembleia
Nacional, em cooperao com as autoridades
competentes;
i) promover as relaes com outras instituies nacio-
nais e estrangeiras;
j) estabelecer acordos com instituies nacionais,
outros parlamentos e organizaes parlamenta-
res, ouvido o Plenrio;
k) autorizar a realizao de conferncias, exposies,
palestras ou seminrios no edifcio da Assem-
ressalvada a competncia das Comisses.
2. O Presidente da Assembleia Nacional no pode, seno
na qualidade de membro da Mesa, fazer propostas, nem
votar em Plenrio, excepto no caso de votao secreta ou
para desempatar o resultado de votao aberta.
3. O Presidente pode, em qualquer momento, do seu
lugar, fazer ao Plenrio comunicao de interesse da
Assembleia Nacional ou do pas.
4. O Presidente pode delegar nos Vice-Presidentes com-
petncias que lhe sejam prprias.
ARTIGO 42.
(Competncias quanto s reunies)
Compete ao Presidente da Assembleia Nacional,
nomeadamente:
a) convocar e presidir s reunies plenrias e outras
reunies da Assembleia Nacional, declarar a sua
abertura, suspenso, interrupo e encerramento,
bem como dirigir os respectivos trabalhos;
b) conceder a palavra aos Deputados e aos represen-
tantes do Poder Executivo presentes;
c) assegurar a ordem dos debates;
d) dar oportuno conhecimento aos Deputados das
mensagens, das informaes e dos convites que
lhe sejam dirigidos;
-
1963I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012
2. Nas reunies plenrias a Mesa constituda pelo
Presidente, dois Vice-Presidentes e dois Secretrios.
3. Na ausncia do Presidente, as reunies plenrias so
presididas, sucessivamente, por um dos Vice-Presidentes, de
acordo com a ordem de precedncia ou, na falta ou impedi-
mento destes, pelo Deputado designado pelo partido poltico
ou coligao de partidos polticos mais votado.
4. Os Secretrios da Mesa so substitudos nas suas
ausncias ou impedimentos, por ordem de precedncia ou,
na falta ou impedimento destes, pelos Deputados que o
Presidente da Assembleia Nacional designar ouvido o res-
pectivo Presidente do Grupo Parlamentar.
ARTIGO 47.
(Eleio)
1. Os Vice-Presidentes e os Secretrios da Mesa so
eleitos pelo Plenrio sob proposta dos partidos polticos ou
coligao de partidos polticos, obedecendo o princpio da
representao proporcional.
2. Para a eleio do quarto Vice-Presidente ou quarto
Secretrio da Mesa havendo um quinto partido com o
mesmo nmero de Deputados, os candidatos so indicados
por aquele que obteve o maior nmero de votos nas eleies.
3. Consideram-se eleitos os candidatos que obtiverem a
maioria absoluta dos votos dos Deputados em efectividade
de funo.
4. Finda a Reunio e eleitos os Vice-Presidentes e os
Secretrios da Mesa, o Presidente da Assembleia Nacional
comunica ao Presidente da Repblica e ao Presidente do
Tribunal Constitucional, a composio da Mesa.
ARTIGO 48.
(Mandato)
1. Os Vice-Presidentes e os Secretrios da Mesa so
eleitos por legislatura, sem prejuzo da possibilidade de
substituio no decurso desta, por iniciativa do partido pol-
tico ou da coligao de partidos polticos por cuja lista foram
eleitos.
2. Os Vice-Presidentes e os Secretrios da Mesa podem
renunciar ao cargo mediante declarao escrita e dirigida ao
Presidente da Assembleia Nacional, tornando-se a renncia
imediatamente efectiva, sem prejuzo da sua ulterior publi-
cao no Dirio da Repblica e Dirio da Assembleia.
3. No caso de renncia ao cargo, suspenso ou cessao
do mandato de Deputado procede-se, no prazo de trinta dias,
eleio do novo titular, nos termos do artigo anterior, pelo
perodo restante da legislatura.
SUBSECO II
Competncia
ARTIGO 49.
(Competncias genricas da Mesa)
1. Compete, em geral, Mesa da Assembleia Nacional:
exterior do pas, mediante parecer favorvel do
respectivo Presidente do Grupo Parlamentar.
2. Das decises do Presidente da Assembleia Nacional,
cabe recurso para o Plenrio.
ARTIGO 44.
(Competncia quanto s relaes institucionais com os outros rgos)
Compete ao Presidente da Assembleia Nacional,
nomeadamente:
a) Remeter ao Presidente da Repblica os diplomas
legislativos, aprovados pela Assembleia Nacio-
b) Marcar, em coordenao com o rgo competente
do Executivo, as reunies plenrias em que os
seus representantes devam estar presentes para
responder s perguntas e interpelaes dos
Deputados;
c) Assinar os documentos expedidos em nome da
Assembleia Nacional.
ARTIGO 45.
(Presidente da Assembleia Nacional e a Conferncia dos Presidentes
dos Grupos Parlamentares)
1. A Conferncia dos Presidentes dos Grupos
Parlamentares o rgo de consulta do Presidente da
Assembleia Nacional, para apreciar matrias e assuntos rela-
tivos ao regular funcionamento da Assembleia Nacional.
2. O Presidente da Assembleia Nacional rene-se com
os Presidentes dos Grupos Parlamentares, para marcar as
assuntos, sempre que o entender necessrio para o regular
funcionamento da Assembleia Nacional.
3. Os Presidentes dos Grupos Parlamentares ou os seus
substitutos tm, na conferncia, um nmero de votos igual
ao nmero de Deputados que representam.
4. O Executivo pode fazer-se representar na Conferncia
dos Presidentes dos Grupos Parlamentares, pelo titular do
departamento ministerial competente, usar da palavra, mas
sem direito a voto.
5. As decises da Conferncia, na falta de consenso, so
tomadas por votao, desde que esteja representada a maio-
ria absoluta dos Deputados em efectividade de funes.
6. Os Presidentes das Comisses de Trabalho
Especializadas e outras entidades podem ser convidadas a
participar das reunies da Conferncia dos Presidentes dos
Grupos Parlamentares, sem direito a voto.
SECO II
Mesa
SUBSECO I
Composio e Eleio
ARTIGO 46.
(Composio)
1. A Mesa da Assembleia Nacional composta pelo
Presidente, quatro Vice-Presidentes e quatro Secretrios.
-
1964 DIRIO DA REPBLICA
devendo para o efeito faz-lo segundo as regras estabeleci-
das para os demais Deputados.
ARTIGO 50.
(Competncia quanto s reunies plenrias)
1. Compete Mesa quanto s reunies plenrias:
a) enquadrar nas formas previstas no presente
regimento, as iniciativas orais e escritas dos
Deputados e dos Grupos Parlamentares;
b) decidir as questes de interpretao e integrao de
lacunas do presente regimento;
c) apreciar e decidir sobre as reclamaes relativas
aos Dirios da Assembleia Nacional.
2. Das deliberaes da Mesa cabe recurso ao Plenrio.
ARTIGO 51.
(Reunies e votaes da Mesa)
1. A Mesa rene-se ordinria e extraordinariamente sem-
pre que convocada pelo Presidente Nacional.
2. Em caso de votao os representantes dos parti-
dos polticos ou de coligao de partidos polticos tm um
nmero de votos correspondente ao nmero de assentos na
Assembleia Nacional.
ARTIGO 52.
(Competncia dos Vice-Presidentes)
Compete aos Vice-Presidentes:
a) coadjuvar o Presidente da Assembleia Nacional no
exerccio das suas funes;
b) substituir o Presidente da Assembleia Nacional nas
suas ausncias ou impedimentos;
c) cumprir as funes que lhes sejam delegadas pelo
Presidente;
d) representar o Presidente da Assembleia Nacional
sempre que sejam indicados para o efeito.
ARTIGO 53.
(Competncia dos Secretrios)
Compete aos Secretrios:
a)
e do qurum e registar o resultado das votaes;
b) proceder leitura do expediente durante as reuni-
es plenrias;
c) organizar a inscrio dos oradores que pretendam
usar da palavra;
d) ordenar as matrias a submeter votao;
e) promover, a redaco, reviso e correco do Di-
rio das reunies plenrias;
f) servir de escrutinadores, salvo nos casos em que
seja nomeada uma Comisso Eleitoral;
g) desempenhar outras tarefas que lhes sejam indi-
cadas pelo Presidente da Assembleia Nacional.
a) decidir sobre as reclamaes acerca das inexac-
actas da Assembleia Nacional;
b) enquadrar as iniciativas do Presidente da Repblica,
dos Deputados e dos Grupos Parlamentares;
c) assegurar o cabal desempenho dos servios da
Secretaria da Mesa;
d) coadjuvar o Presidente da Assembleia Nacional no
exerccio das suas funes;
e) dirigir os trabalhos legislativos da Assembleia
Nacional;
f) tomar as providncias necessrias regularidade
dos trabalhos legislativos;
g) delegar aos seus membros tarefas ou cargos refe-
rentes aos servios legislativos;
h)
da Assembleia Nacional;
i) adoptar medidas adequadas para promover e valo-
rizar o poder legislativo;
j) adoptar as providncias necessrias para a defesa
judicial e extrajudicial de Deputados contra a
ameaa ou a prtica de acto atentatrio do livre
exerccio e das prerrogativas constitucionais do
mandato parlamentar;
k) propor ao Plenrio, no incio da Primeira Ses-
so Legislativa, aps audio da Conferncia
dos Presidentes dos Grupos Parlamentares, o
nmero de Deputados por Grupo Parlamentar,
por partido poltico ou por coligao de partidos
polticos, que integram cada Comisso de Traba-
lho Especializada;
l) anunciar a perda de mandato de Deputado, nos
casos previstos no Estatuto do Deputado;
m) aps deliberao do Plenrio e o respectivo despa-
cho do Presidente da Assembleia Nacional neste
sentido, velar pelo encaminhamento ao Tribunal
de Contas do Relatrio de Execuo e Contas da
-
ceiro, nos termos da lei;
n) encaminhar ao Presidente da Assembleia Nacional
as concluses dos relatrios das Comisses Par-
lamentares de Inqurito;
o) apresentar ao Plenrio na reunio de encerramento
da Sesso Legislativa, uma resenha dos traba-
lhos realizados, precedida de sucinto relatrio
sobre o seu desempenho.
2. Os membros da Mesa no podem fazer parte da
Direco de qualquer Grupo Parlamentar, de Comisso
Eventual ou de Comisso Parlamentar de Inqurito.
3. Os membros da Mesa, exceptuando-se o seu
Presidente, podem, desde que inscritos, tomar a palavra,
-
1965I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012
ARTIGO 55.
(Subsistncia da Mesa)
No termo da legislatura, a Mesa mantm-se em funes
at investidura dos novos Deputados eleitos.
CAPTULO III
Comisso Permanente
ARTIGO 56.
A Comisso Permanente o rgo da Assembleia
Nacional que funciona:
a) fora do perodo de funcionamento efectivo da
Assembleia Nacional;
b) entre o termo de uma legislatura e incio de nova
legislatura;
c) nos intervalos e suspenses, previstos no presente
regimento.
ARTIGO 57.
(Composio)
1. A Comisso Permanente da Assembleia Nacional
presidida pelo Presidente da Assembleia Nacional e integra
as seguintes entidades:
a) Vice-Presidentes;
b) Secretrios da Mesa;
c) Presidentes dos Grupos Parlamentares;
d) Presidentes das Comisses de Trabalho Especia-
lizadas;
e) Presidente do Conselho de Administrao da
Assembleia Nacional;
f) Presidente do Grupo de Mulheres Parlamentares;
g) Doze Deputados designados na proporo dos
assentos de cada partido poltico ou coligao
de partidos polticos.
2. Os partidos polticos e coligao de partidos polticos
com representao na Comisso Permanente devem indicar
os seus suplentes em nmero no superior ao de efectivos,
de forma a assegurar o qurum.
3. Das reunies da Comisso Permanente so lavradas
actas por um dos Secretrios designado pelo Presidente da
Assembleia Nacional.
ARTIGO 58.
(Ausncias ou impedimentos do Presidente)
Nas ausncias ou impedimentos do Presidente da
Comisso Permanente, as reunies so presididas por um
dos Vice- Presidentes pela ordem de precedncia.
ARTIGO 59.
(Competncia)
1. Compete Comisso Permanente:
a) exercer os poderes da Assembleia Nacional relati-
vamente ao mandato dos Deputados;
b) preparar a abertura das Sesses Legislativas;
ARTIGO 54.
(Secretaria da Mesa)
1. A Secretaria da Mesa o rgo administrativo da Mesa
da Assembleia Nacional, ao qual compete coordenar e orga-
nizar todo o processo legislativo da Assembleia Nacional.
2. Secretaria da Mesa, compete:
a) -
cial da Assembleia Nacional;
b) publicar os dirios e as actas da Assembleia Nacio-
nal;
c)
legislativos aprovados pelo Plenrio;
d) receber as peties, reclamaes e sugestes de
qualquer cidado, instituio pblica ou pri-
vada, contra acto ou omisso das autoridades e
entidades pblicas, ou imputadas a Deputados
e encaminh-las, por escrito, s Comisses
competentes em razo da matria para anlise,
no sendo permitido o anonimato do autor ou
autores;
e) receber a participao da sociedade civil exercida
atravs do oferecimento de pareceres tcnicos,
exposies e propostas, nomeadamente, prove-
associaes e sindicatos e demais instituies
representativas e encaminh-las ao Presidente
da Assembleia Nacional;
f) regulamentar e organizar as visitas e a assistncia
do pblico s reunies da Assembleia Nacional e
das suas Comisses de Trabalho Especializadas;
g) executar as directrizes emanadas pelo Presidente
da Assembleia Nacional e da Mesa.
3. Ao Primeiro Secretrio da Mesa cabe superintender
os servios da Secretaria da Mesa da Assembleia Nacional.
4. A Secretaria da Mesa dirigida por um Director e
rege-se por um regulamento interno a aprovar pelo Plenrio
da Assembleia Nacional.
5. Integra a Secretaria da Mesa da Assembleia Nacional
um rgo de natureza tcnico-administrativa competindo-
-lhe respectivamente:
a) preparar e garantir a distribuio da documentao
das reunies plenrias da Assembleia Nacional;
b) acompanhar e secretariar o desenrolar das reunies
plenrias da Assembleia Nacional;
c) inserir nos diplomas, em colaborao com as
comisses competentes em razo da matria, as
alteraes e emendas introduzidas pelo Plenrio;
d) preparar o expediente aprovado para remisso ao
gabinete do Presidente da Assembleia Nacional;
e) realizar estudos de interesse parlamentar e demais
tarefas tcnicas orientadas pelos rgos compe-
tentes da Assembleia Nacional.
-
1966 DIRIO DA REPBLICA
sob proposta do Presidente, ouvida a Conferncia dos
Presidentes dos Grupos Parlamentares.
5. As Comisses no exerccio das suas atribuies,
so apoiadas por tcnicos e especialistas contratados pela
Assembleia Nacional.
ARTIGO 63.
(Indicao dos membros das Comisses)
1. A indicao dos Deputados para as Comisses compete
aos respectivos Grupos Parlamentares, partidos polticos ou
coligao de partidos polticos e deve ser efectuada no prazo
2. Se algum Grupo Parlamentar, partido poltico ou coli-
gao de partidos polticos no quiser ou no puder indicar
representantes, no h lugar ao preenchimento das vagas por
Deputados de outros partidos polticos ou coligao de par-
tidos polticos.
3. Os Deputados na situao prevista no n. 2 do artigo
29. do presente regimento, indicam, eles prprios, as opes
sobre as Comisses que desejam integrar e o Presidente da
Assembleia Nacional, ouvida a Conferncia dos Presidentes
dos Grupos Parlamentares, designa aquela ou aquelas a que
o Deputado deve pertencer, acolhendo, na medida do poss-
vel, as opes apresentadas.
ARTIGO 64.
(Formas de deliberao)
1. As deliberaes das Comisses so tomadas por con-
senso ou, na sua falta, por maioria absoluta dos votos dos
membros presentes.
2. As votaes so feitas pelo sistema de mo levantada,
excepto quando disposio especial determine o contrrio.
SECO II
Comisses de Trabalho Especializadas
ARTIGO 65.
(Denominao e durao)
1. A denominao das Comisses de Trabalho
Especializadas decidida pelo Plenrio em cada Legislatura
e em funo da matria e das convenincias de interveno
da Assembleia Nacional.
2. As Comisses de Trabalho Especializadas, cria-
das nos termos do presente regimento, duram o perodo da
legislatura.
ARTIGO 66.
(Alterao da denominao)
-
minao referida no artigo anterior ou a repartio de
competncias entre as Comisses de Trabalho Especializadas
c) convocar extraordinariamente a Assembleia Nacio-
nal, face a necessidade de se analisar assuntos
d) emitir parecer no mbito do processo de declarao
de estado de guerra e de feitura da paz;
e) emitir parecer no mbito do processo de declarao
de estado de stio ou de estado de emergncia;
f) elaborar o seu regulamento;
g) submeter ao Plenrio o seu relatrio de actividades,
no incio da Sesso Legislativa seguinte.
2. No caso da alnea e) do nmero anterior, a Comisso
Permanente promove a convocao extraordinria da
Assembleia Nacional no mais curto prazo possvel, por
quaisquer meios de comunicao que assegurem o seu efec-
tivo conhecimento e publicidade.
CAPTULO IV
Comisses de Trabalho
SECO I
Disposies Gerais
ARTIGO 60.
(Tipos)
A Assembleia Nacional pode constituir, nos termos da
alnea c) do artigo 160. da Constituio da Repblica de
Angola, as seguintes Comisses de Trabalho:
a) comisses de Trabalho Especializadas;
b) comisses Eventuais;
c) comisses Parlamentares de Inqurito.
ARTIGO 61.
(Constituio e aprovao)
As Comisses de Trabalho, referidas no artigo anterior,
so constitudas e aprovadas, por resoluo da Assembleia
Nacional, conforme o previsto na alnea f) do n. 2 do artigo
166. da Constituio da Repblica de Angola.
ARTIGO 62.
(Composio)
1. A composio das Comisses de Trabalho corresponde
representatividade dos partidos polticos ou de coligao
de partidos polticos na Assembleia Nacional.
2. As Direces das Comisses de Trabalho so, no con-
junto, repartidas pelos Grupos Parlamentares na proporo
do nmero dos seus Deputados.
3. Para efeitos do nmero anterior e sem prejuzo do
princpio da proporcionalidade, os Grupos Parlamentares
escolhem as presidncias que lhes caibam, por ordem de
prioridade, a comear pelo maior Grupo Parlamentar.
4. O nmero de membros de cada Comisso e a sua
distribuio pelos diversos partidos polticos ou coligao
-
1967I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012
ARTIGO 69.
(Participao dos Deputados nas Comisses de Trabalho
Especializadas)
1. Os Deputados participam em todas as actividades das
Comisses de Trabalho Especializadas em que estiverem
integrados, nos termos do artigo 63. do presente regimento.
2. O Grupo Parlamentar, partido poltico ou a coligao
de partidos polticos, a que o Deputado pertence, pode pro-
mover a sua substituio na comisso, a todo o tempo.
3. Perde a qualidade de membro da Comisso de Trabalho
Especializada:
a) o Deputado que deixe de pertencer ao Grupo Parla-
mentar, partido poltico ou coligao de partidos
polticos pelo qual foi indicado;
b) que solicite a sua movimentao para outra Comis-
so de Trabalho Especializada.
4. Compete aos Presidentes das Comisses de Trabalho
membros, nos termos da alnea j) do artigo 24. do presente
regimento.
5. A falta do Deputado reunio da Comisso de Trabalho
Especializada a que pertence considera-se automaticamente
estado presente noutra actividade da Assembleia Nacional.
6. A execuo de programas da Assembleia Nacional,
especialmente concebidos para os Deputados residentes fora
de Trabalho Especializadas.
7. Nenhum Deputado pode ser indicado para mais de
uma Comisso de Trabalho Especializada, salvo se o par-
tido poltico ou a coligao de partidos polticos de que faa
parte, em razo do nmero dos seus Deputados, no tiver
representantes em todas as comisses e, neste caso, nunca
em mais de duas, sem prejuzo da sua participao, sem
direito a voto nos trabalhos de outras Comisses.
ARTIGO 70.
(Direco)
1. Cada Comisso de Trabalho Especializada tem uma
direco, composta por:
a) um Presidente designado segundo o preceituado na
alnea b) do artigo 32. do presente regimento;
b) um vice-presidente e dois secretrios eleitos, se
possvel, na primeira reunio da Comisso de
Trabalho Especializada, sob proposta do Grupo
Parlamentar, partido poltico ou coligao de
partidos polticos;
c) coordenadores das Subcomisses de Trabalho
Especializadas, previstas no artigo 160. do pre-
sente regimento.
pode ser alterada, sob proposta do Presidente da Assembleia
Nacional ou dos Grupos Parlamentares e mediante delibera-
o do Plenrio.
ARTIGO 67.
(Actividades)
1. As Comisses de Trabalho Especializadas realizam a
sua actividade com carcter permanente e de acordo com os
planos de trabalho aprovados pelo Plenrio da Assembleia
Nacional.
2. As Comisses de Trabalho Especializadas reme-
tem, trimestralmente, um relatrio da sua actividade ao
Presidente da Assembleia Nacional, que o submete apre-
ciao do Plenrio.
ARTIGO 68.
(Competncias gerais)
Compete s Comisses de Trabalho Especializadas:
a) apreciar as propostas de lei, os projectos de lei,
os projectos de resolues, as propostas de
alterao e os tratados submetidos Assembleia
Nacional e produzir os correspondentes relat-
rios e pareceres;
b) votar, na especialidade, os textos aprovados, na
generalidade, pelo Plenrio, nos termos e com os
limites estabelecidos pelo presente regimento;
c) emitir pareceres sobre os pedidos de interpretao,
esclarecimentos, dvidas ou omisses solicita-
dos por diversas entidades ou individualidades,
quanto a aplicao das leis aprovadas pela
Assembleia Nacional;
d) apreciar as peties, as reclamaes e as sugestes
dirigidas Assembleia Nacional e a si enca-
minhadas pela Secretaria da Mesa, nos termos
da alnea d) do n. 2 do artigo 54. do presente
regimento;
e) inteirar-se dos assuntos polticos e administrativos
que sejam do seu mbito e fornecer, Assem-
bleia Nacional, quando esta julgar conveniente,
os elementos necessrios apreciao dos actos
do Executivo e da Administrao Pblica;
f)
Administrao Pblica, das leis e das resolues
da Assembleia Nacional e sugerir a esta, as
medidas consideradas convenientes;
g) propor, ao Presidente da Assembleia Nacional, a
realizao de debates no Plenrio, sobre mat-
rias da sua competncia;
h) elaborar e aprovar o seu regulamento;
i) contribuir para o cumprimento do regimento e das
deliberaes da Assembleia Nacional.
-
1968 DIRIO DA REPBLICA
2. A iniciativa de constituio de Comisses Eventuais
pode ser exercida por um mnimo de dez Deputados.
3. A composio das Comisses Eventuais deve respeitar
o princpio da representao proporcional, nos termos pre-
vistos no presente regimento.
ARTIGO 73.
(Competncias)
1. As competncias das Comisses Eventuais so limi-
tadas ao objecto para o qual so constitudas, devendo, nos
-
sentar os relatrios da sua actividade.
2. Compete s Comisses Eventuais apreciar os assun-
tos, objecto da sua constituio, apresentando os respectivos
Nacional.
3. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, as
Comisses Eventuais podem requerer ao Plenrio a prorro-
SECO IV
Comisses Parlamentares de Inqurito
ARTIGO 74.
Inqurito)
1. As Comisses Parlamentares de Inqurito so instru-
2. A constituio e o regime das Comisses Parlamentares
de Inqurito encontram-se regulados nos artigos 274. e
seguintes do presente regimento.
CAPTULO VDelegaes Parlamentares
ARTIGO 75.
(Natureza das delegaes parlamentares)
1. Podem ser constitudas delegaes parlamentares,
internas ou externas.
2. So delegaes parlamentares internas, aquelas que
representam a Assembleia Nacional em actividades e even-
tos parlamentares de mbito nacional.
3. So delegaes Parlamentares externas, aquelas
que representam a Assembleia Nacional em actividades e
eventos parlamentares no domnio das relaes bilaterais,
multilaterais e internacionais.
ARTIGO 76.
(Constituio das delegaes parlamentares)
1. As Delegaes Parlamentares so constitudas pelo
Presidente da Assembleia Nacional, ouvidos os Presidentes
dos Grupos Parlamentares ou, na falta destes, os repre-
sentantes dos partidos polticos ou coligao de partidos
2. Os Presidentes das Comisses no podem, cumulati-
vamente, presidir mais do que uma Comisso de Trabalho
Especializada.
ARTIGO 71.
(Relatrios, pareceres e relatores)
1. Os relatrios e os pareceres previstos nos n.os 1 e 2 do
artigo 179. do presente regimento devem conter, em rela-
o matria que lhe deu causa e na medida do possvel, os
seguintes dados:
a) a indicao da iniciativa e o nome do relator ou
relatores designados;
b) a anlise sucinta dos factos, das situaes e das
realidades que lhes digam respeito;
c) o esboo histrico das questes suscitadas;
d) o enquadramento legal e doutrinrio do tema em
debate;
e) as consequncias previsveis da aprovao e dos
eventuais encargos com a respectiva aplicao;
f) a referncia aos contributos recebidos de associa-
es, de sindicatos ou de outras entidades que
tenham interesse nas matrias em apreciao;
g) as concluses e o parecer.
2. Para cada assunto a submeter ao Plenrio, a Comisso
pode designar um ou mais relatores, podendo, ainda, desig-
nar relator prprio para cada uma das respectivas partes,
quando o assunto referido aconselhe a sua diviso.
3. Os Deputados tm o direito e o dever de elaborar
relatrios e pareceres, competindo direco da Comisso
promover a sua distribuio de modo a que esta se processe
com equilbrio entre os Deputados.
4. Sempre que um Deputado deseja assumir a feitura de
um relatrio/parecer, pode faz-lo, sem prejuzo da aplica-
o do disposto no nmero anterior.
5. No caso do nmero anterior, havendo vrios candida-
tos, o relatrio/parecer atribudo a quem menos relatrios
tenha produzido, procedendo-se, em caso de empate, vota-
o secreta.
6. Os relatrios e pareceres podem ser elaborados por
uma ou mais Comisses de Trabalho Especializadas, con-
forme o despacho do Presidente da Assembleia Nacional.
SECO III
Comisses Eventuais
ARTIGO 72.
(Constituio)
1. A Assembleia Nacional pode constituir Comisses
-
lhes forem atribudas.
-
1969I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012
4. O Grupo Inter-Parlamentar, os Grupos Nacionais e os
Grupos de Amizade e Solidariedade so dotados de regula-
mento prprio.
CAPTULO VI
Grupo de Mulheres Parlamentares
ARTIGO 79.
O Grupo de Mulheres Parlamentares, abreviadamente
GMP, o rgo da Assembleia Nacional que visa o inter-
cmbio interno e externo das Parlamentares e constitudo
por todas as Deputadas Assembleia Nacional.
ARTIGO 80.
(Objectivos)
O Grupo de Mulheres Parlamentares tem como objectivo
garantir a promoo da mulher e a adopo de mecanismos
institucionais para o tratamento das questes relacionadas
com a promoo da igualdade de gnero.
ARTIGO 81.
(Direco)
1. A direco do Grupo de Mulheres Parlamentares tem
a seguinte composio:
a) uma Presidente;
b) duas Vice-Presidentes;
c) duas Secretrias.
2. A direco do GMP eleita, por maioria absoluta das
Deputadas em efectividade de funes, sob proposta dos par-
tidos polticos ou coligao de partidos polticos, tendo em
considerao a sua representao na Assembleia Nacional e
no estrito respeito pelo princpio da proporcionalidade.
ARTIGO 82.
(Mandato)
O mandato da direco do Grupo de Mulheres
Parlamentares de dois anos e meio, sem prejuzo de poss-
veis alteraes, sempre que se mostre necessrio.
ARTIGO 83.
(Funcionamento)
O Grupo de Mulheres Parlamentares funciona com base
em regulamento prprio, a ser aprovado pelo Plenrio da
Assembleia Nacional.
TTULO VFuncionamento
CAPTULO ILegislatura
SECO I
Sesses Legislativas
ARTIGO 84.
(Legislatura, Sesso Legislativa e perodo de funcionamento efectivo)
1. A Legislatura compreende cinco Sesses Legislativas
ou anos parlamentares.
polticos e tendo em conta, sempre que possvel, a compo-
sio dos Grupos Nacionais e dos Grupos de Amizade e de
Solidariedade.
Presidente da Assembleia Nacional da sua exclusiva
competncia.
3. A constituio das Delegaes das Comisses
de Trabalho Especializadas e do Grupo das Mulheres
Parlamentares da competncia do Presidente da Assembleia
Nacional, sob proposta dos respectivos Presidentes.
4. As delegaes devem respeitar, na sua composio, o
princpio da representao proporcional e da representativi-
dade, nos termos do presente regimento.
ARTIGO 77.
(Mandato e relatrio)
1. As Delegaes Parlamentares so constitudas por
despacho do Presidente da Assembleia Nacional com uma
2. As Delegaes Parlamentares devem elaborar um
relatrio com as informaes necessrias avaliao do seu
desempenho.
3. O relatrio deve ser submetido ao Presidente da
artigo 115. do presente regimento, no prazo de quinze dias
-
o tenha participado.
ARTIGO 78.
(Cooperao inter-parlamentar)
1. Para assegurar as relaes de cooperao inter-parla-
mentar, o Plenrio da Assembleia Nacional constitui o Grupo
Inter-Parlamentar, que atravs de Delegaes Parlamentares
externas estabelece e dinamiza as relaes de coopera-
o bilateral e multilateral, com outros parlamentos e
organizaes inter-parlamentares internacionais e regio-
nais, sobretudo por meio de participao em Organizaes
Inter-Parlamentares de vocao universal, regional ou
especializada.
2. Para os efeitos constantes do nmero anterior o Grupo
Inter-Parlamentar pode constituir Grupos Nacionais e
Grupos de Amizade e de Solidariedade.
3. O Grupo Inter-Parlamentar, os Grupos Nacionais e os
Grupos de Amizade e de Solidariedade devem elaborar, tri-
mestralmente, um relatrio com as informaes necessrias
avaliao do desempenho das suas actividades, a ser sub-
metido ao Presidente da Assembleia Nacional, que decide da
sua apresentao ao Plenrio, sem prejuzo de, em qualquer
caso, ser publicado no Dirio da Assembleia Nacional.
-
1970 DIRIO DA REPBLICA
das imunidades dos Deputados, nos termos do presente regi-
mento ou do Estatuto do Deputado.
SECO II
Trabalhos Parlamentares
ARTIGO 87.
1. So considerados trabalhos parlamentares as reuni-
es do Plenrio, da Comisso Permanente, da Conferncia
dos Presidentes dos Grupos Parlamentares, do Conselho de
Administrao da Assembleia Nacional, das Comisses de
Trabalho Especializadas, das Subcomisses e dos Grupos de
Trabalho, criados no mbito das Comisses e das Delegaes
Parlamentares.
2. , ainda, considerado trabalho parlamentar:
a) as actividades junto do eleitorado;
b) a elaborao de pareceres, propostas e relatrios;
c) as reunies dos Grupos Parlamentares e as jorna-
das promovidas por estes;
d) a participao de Deputados em seminrios, confe-
rncias e outras actividades formativas;
e) a participao de Deputados em actividades de
cooperao bilateral e multilateral;
f) as demais tarefas e reunies convocadas pelo Presi-
dente da Assembleia Nacional ou estabelecidas
por lei.
3. Os trabalhos dos Grupos Parlamentares realizam-se
nos termos do regulamento prprio de cada grupo, a publi-
car no Dirio da Assembleia Nacional.
ARTIGO 88.
(Organizao dos trabalhos)
1. Os trabalhos parlamentares so organizados da
seguinte forma:
a) primeira semana do ms: trabalhos nas Comisses
de Trabalho Especializadas;
b) segunda semana do ms: trabalhos segundo os
Programas dos Grupos Parlamentares;
c) terceira semana do ms: realizao de Reunies
Plenrias;
d) quarta semana do ms: trabalho com o eleitorado
e nos Gabinetes Locais de Apoio aos Crculos
Eleitorais Provinciais de Deputados.
2. Por solicitao da Conferncia dos Presidentes dos
Grupos Parlamentares, o Presidente da Assembleia Nacional
pode organizar os trabalhos da Assembleia Nacional de
forma diferente prevista no nmero anterior para permitir
que os Deputados realizem trabalho poltico junto dos elei-
tores, sobretudo nos perodos que antecedem os processos
-
gao e discusso pblica de assuntos de especial relevncia.
3. O Presidente pode, ainda, suspender os trabalhos da
Assembleia Nacional quando solicitado por qualquer Grupo
2. Cada Sesso Legislativa inicia a 15 de Outubro e tem
a durao de um ano, sem prejuzo dos intervalos previstos
no presente regimento e das suspenses que forem delibe-
radas por maioria de 2/3 dos Deputados em efectividade de
funes.
3. Cada Sesso Legislativa inicia com uma Reunio
Solene, durante a qual executado o Hino Nacional e o
Presidente da Repblica profere um discurso sobre o Estado
da Nao.
4. O perodo de funcionamento efectivo da Assembleia
Nacional de dez meses e termina a 15 de Agosto do ano
seguinte.
intervalo de 15 de Dezembro a catorze de Janeiro, e obser-
vada pausa parlamentar no perodo de 16 de Agosto a 14 de
Outubro.
6. Cada Sesso Legislativa compreende tantas reuni-
es plenrias ordinrias ou extraordinrias, quantas sejam
necessrias, podendo cada reunio durar mais de um dia.
ARTIGO 85.
(Convocao fora do perodo de funcionamento efectivo)
1. Fora do perodo de funcionamento efectivo, a
Assembleia Nacional pode funcionar extraordinariamente
por deliberao do Plenrio, por convocao da Comisso
Permanente ou, por impossibilidade desta, e em caso de
emergncia, por iniciativa de mais de metade dos Deputados
em efectividade de funes.
2. No caso de convocao por iniciativa de mais de
metade dos Deputados, o anncio da convocao deve
ser tornado pblico atravs dos meios de comunicao
adequados.
ARTIGO 86.
(Reunio das comisses fora do perodo de funcionamento efectivo)
1. Fora do perodo de funcionamento efectivo e durante
as suspenses pode funcionar qualquer Comisso, desde
que tal seja indispensvel ao bom andamento dos seus traba-
lhos e mediante a concordncia da maioria dos membros da
Comisso, desde que o Presidente da Assembleia Nacional
o autorize.
2. O Presidente da Assembleia Nacional pode promo-
ver a convocao de qualquer Comisso para os 15 dias
convenientemente os trabalhos desta.
3. A Comisso, ou as Comisses de Trabalho
Especializadas, que atendem s matrias relacionadas com
os mandatos, a tica e o decoro parlamentar, podem reunir-se
a todo o tempo, com dispensa dos procedimentos exigidos
no n. 1 do presente artigo, quando tenham de se pronun-
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1971I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012
diverso, podendo realizar-se, excepcionalmente, mais de
uma reunio no mesmo dia.
ARTIGO 93.(Reunies extraordinrias)
A Assembleia Nacional rene-se extraordinariamente:
a) por deliberao do Plenrio;
b) por iniciativa da Comisso Permanente;
c) por iniciativa de mais de metade dos Deputados em
efectividade de funes;
d) nos demais casos previstos na Constituio da
Repblica de Angola e na lei.
SUBSECO IIConvocao e Ordem do Dia
ARTIGO 94.(Convocao)
1. As reunies plenrias so convocadas pelo Presidente
da Assembleia Nacional, por escrito.
2. Da convocatria deve constar a data, a hora e o local
da sua realizao, bem como a ordem do dia a ser desenvol-
vida na reunio.
3. A convocatria deve ser feita com, pelo menos, cinco
dias teis de antecedncia.
4. Sem prejuzo do nmero anterior, a distribuio das
convocatrias deve ser feita de modo a que os Deputados
delas tomem conhecimento, com a antecedncia mnima de
quarenta e oito horas.
5. A falta a uma reunio do Plenrio deve ser sempre
comunicada, por escrito, pelo Deputado, nos oito dias sub-
6. As reunies plenrias extraordinrias, no perodo de
funcionamento efectivo, so convocadas com uma antece-
dncia mnima de dois dias teis e fora desse perodo, com a
antecedncia mnima de dez dias.
7. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, extraor-
dinariamente, os perodos de antecedncia para a convocao
das reunies plenrias podem ser reduzidos, conforme a
urgncia dos assuntos a tratar.
8. As convocatrias so publicadas:
a) No Dirio da Assembleia Nacional ou em folha
avulsa;
b) Nos rgos de comunicao social ou nos meios de
comunicao electrnica.
ARTIGO 95.(Ordem do dia)
1. A ordem do dia das reunies plenrias da Assembleia
-
presente regimento.
-
cede audio dos Presidentes dos Grupos Parlamentares,
atravs da respectiva Conferncia, que na falta de consenso
decide nos termos dos n.s 3 e 5 do artigo 45. do presente
regimento.
Parlamentar, para efeito de realizao das suas jornadas par-
lamentares e dos congressos do respectivo partido poltico.
4. As Comisses de Trabalho Especializadas podem
reunir-se durante o funcionamento do Plenrio, devendo
interromper, obrigatoriamente, os seus trabalhos para que
os respectivos membros possam exercer, no Plenrio, o seu
direito de voto.
5. Sempre que haja reunies de Comisses de Trabalho
Especializadas, em simultneo com o Plenrio, o Presidente
deve fazer o seu anncio pblico no Plenrio.
ARTIGO 89.
(Dias de trabalho)
1. A Assembleia Nacional funciona durante os dias teis,
podendo funcionar excepcionalmente em qualquer outro
dia, quando assim seja deliberado pelo Plenrio ou pela
Comisso Permanente.
2. Quando o termo de qualquer prazo recaia em sbado,
domingo ou feriado transferido para o dia til seguinte.
ARTIGO 90.(Horrio de trabalho)
1. Os Deputados esto isentos de horrio de trabalho.
2. O horrio de trabalho das reunies plenrias e das
Comisses de Trabalho Especializadas o seguinte:
a) de segunda quinta-feira, perodo nico: das
09.00h s 16.00h, com intervalo das 12:00 s
13:00h;
b) s sextas-feiras, perodo nico: das 9.00h s
13.00h, com intervalo das 11:00 s 11:30.
3. Sem prejuzo do disposto nos nmeros anteriores a
Assembleia Nacional pode funcionar fora do referido hor-
rio, mediante deliberao do Plenrio ou da Comisso
Permanente.
SECO III
Reunies Plenrias
SUBSECO I
Disposies Gerais
ARTIGO 91.
(Tipos de reunies)
As Reunies Plenrias podem ser ordinrias ou
extraordinrias:
a) so reunies plenrias ordinrias as que se realizam,
de acordo com o calendrio do ano legislativo,
previamente aprovado;
b) so reunies plenrias extraordinrias as que no
constando do calendrio previamente aprovado,
so convocadas para tratamento de assuntos
urgentes.
ARTIGO 92.
(Dias das reunies)
As reunies plenrias realizam-se de tera-feira a sexta-
-feira, salvo quando a Assembleia Nacional ou a Conferncia
dos Presidentes dos Grupos Parlamentares delibere de modo
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1972 DIRIO DA REPBLICA
m) aprovao de leis e tratados sobre as restantes
matrias.
3. O disposto no nmero anterior cede perante as mat-
rias seguintes:
a) mensagens do Presidente da Repblica Assem-
bleia Nacional;
b) parecer no mbito do processo de declarao de
estado de guerra e de feitura da paz pelo Presi-
dente da Repblica;
c) parecer no mbito do processo de declarao de
estado de stio ou de estado de emergncia, nos
termos da Constituio da Repblica de Angola
e da lei;
d) aprovao do Oramento Geral do Estado;
e) processos relativos auto-demisso, renncia e
destituio do Presidente da Repblica ou Vice-
-Presidente da Repblica;
f) assuntos de interesse nacional de resoluo urgente
cuja prioridade seja solicitada pelo Presidente da
Repblica;
g) aprovao de leis e tratados sobre matrias de
reserva absoluta de competncia legislativa da
Assembleia Nacional;
h) apreciao de decretos legislativos presidenciais
aprovados no uso de autorizao legislativa e de
decretos legislativos presidenciais provisrios.
ARTIGO 97.
Tm prioridade sobre quaisquer outras matrias, com
as que constam das alneas a) h) do n. 2 do artigo anterior.
ARTIGO 98.(Anncio da ordem do dia)
divulgada, pelo Presidente da Assembleia Nacional, na pri-
em folha avulsa, aos Grupos Parlamentares.
no podem ser alteradas, salvo o disposto nos termos dos
artigos 96., 97. e 99. do presente regimento.
ARTIGO 99.(Garantia de estabilidade da ordem do dia)
1. A ordem do dia no pode ser preterida nem interrom-
pida, a no ser nos casos expressamente previstos no presente
regimento ou por deliberao da Assembleia Nacional, sem
votos contra.
-
Assembleia Nacional.
ARTIGO 100.(Prioridade solicitada pelo Presidente da Repblica)
1. O Presidente da Repblica pode solicitar prioridade
para assuntos de interesse nacional, de resoluo urgente.
cabe recurso para o Plenrio, a interpor pelos Presidentes
dos Grupos Parlamentares.
do dia votado, sem precedncia de debate, podendo, que-
rendo, o recorrente fundamentar verbalmente o seu pedido,
por tempo no superior a trs minutos.
ARTIGO 96.
Presidente da Assembleia Nacional da prioridade aos assun-
tos, respeitando sempre que possvel a ordem cronolgica da
apresentao dos pedidos de agendamento.
2. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, o
Presidente da Assembleia Nacional na seleco das matrias
precedncia:
a) parecer no mbito do processo de declarao de
estado de guerra e de feitura da paz pelo Presi-
dente da Repblica, nos termos da Constituio
da Repblica de Angola;
b) parecer no mbito do processo de declarao de
estado de stio ou de estado de emergncia, bem
garantias constitucionais nos termos da Consti-
tuio;
c) aprovao do Oramento Geral do Estado;
d) processos relativos auto-demisso, renncia ou
destituio do Presidente da Repblica e do
Vice-Presidente da Repblica;
e) apreciao de decretos legislativos presidenciais
aprovados no uso de autorizao legislativa e de
decretos legislativos presidenciais provisrios;
f) debate sobre poltica sectorial provocado por inter-
pelao aos Ministros de Estado e Ministros, nos
termos da Constituio da Repblica de Angola;
g) aprovao de leis e tratados sobre matrias que
constituam reserva absoluta de competncia
legislativa da Assembleia Nacional;
h) apreciao do relatrio de execuo trimestral do
Oramento Geral do Estado;
i) autorizao ao Presidente da Repblica para con-
trair e conceder emprstimos e realizar outras
operaes de crdito que no sejam de dvida
a conceder em cada ano pelo Executivo;
j) apreciao da Conta Geral do Estado e das demais
entidades pblicas que a lei determine;
k) concesso de amnistias e perdes genricos;
l) aprovao de leis e tratados sobre matrias que
constituam reserva relativa da competncia
legislativa da Assembleia Nacional;
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1973I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012
a) deliberaes sobre o mandato de Deputados;
b) recursos de decises do Presidente da Assembleia
Nacional;
c) eleies suplementares da Mesa;
d) constituio de comisses e de delegaes parla-
mentares;
e) comunicaes das comisses;
f) reclamaes, nos termos dos artigos 176. e 198. e
determinao da Comisso de Trabalho Especia-
lizada competente, nos termos do n. 2 do artigo
176., todos do presente regimento;
g) inquritos, nos termos do artigo 277. do presente
regimento;
h) relatrio elaborado nos termos do artigo 268. do
presente regimento;
i) designao de titulares de cargos exteriores
Assembleia Nacional;
j) alteraes ao presente regimento;
k) pronunciar-se sobre outras matrias no com-
anteriores, sobre as quais a Assembleia Nacional
deve pronunciar-se.
CAPTULO IIFuncionamento do Plenrio
ARTIGO 103.(Lugares na sala das reunies)
1. Os Deputados tomam lugar na sala conforme o
nmero de assentos na Assembleia Nacional, pela forma
acordada entre o Presidente da Assembleia Nacional e os
representantes dos partidos polticos e coligao de parti-
dos polticos, de modo que os da mesma formao partidria
2. Os representantes do Poder Executivo e representantes
do Poder Judicial e outras entidades equiparadas tm lugares
reservados na sala do Plenrio.
ARTIGO 104.
A presena dos Deputados s reunies plenrias veri-
ARTIGO 105.(Proibio da presena de pessoas estranhas)
Durante o funcionamento das reunies plenrias no
permitida a presena de pessoas que no tenham assento na
Assembleia Nacional ou que no estejam em servio, dentro
da rea reservada ao assento dos Deputados.
ARTIGO 106.(Convite Individualidades)
O Presidente da Assembleia Nacional pode, a ttulo
excepcional ou a pedido do Presidente da Repblica, convi-
dar individualidades nacionais e estrangeiras a tomar lugar
na sala e a usar da palavra.
2. A concesso de prioridade decidida pelo Presidente da
Assembleia Nacional, ouvida a Conferncia dos Presidentes
dos Grupos Parlamentares, podendo estes recorrer da deci-
so, para o Plenrio da Assembleia Nacional.
3. A prioridade solicitada pelo Presidente da Repblica
no pode prejudicar o disposto no artigo anterior.
ARTIGO 101.
1. Os Grupos Parlamentares no representados no
-
es plenrias, durante cada Sesso Legislativa, nos termos
seguintes:
a) at 10 Deputados inclusive, uma Sesso;
b) com mais dez e at um quinto do nmero de Depu-
tados, inclusive, duas Sesses;
c) por cada conjunto suplementar de um quinto do
nmero de Deputados ou fraco, duas Sesses.
2. Os Grupos Parlamentares representados no Executivo
ordem do dia de uma reunio plenria por cada conjunto de
um quinto do nmero de Deputados ou fraco.
3. Os Deputados ou conjunto de Deputados que sejam
nicos representantes de partido poltico ou coligao de
uma reunio plenria em cada Sesso Legislativa.
4. A cada uma das Sesses previstas nos nmeros ante-
riores corresponde uma iniciativa legislativa, sem prejuzo
de a Conferncia dos Presidentes dos Grupos Parlamentares,
de acordo com o titular do respectivo direito, poder agendar
outras do mesmo ou de outro Grupo Parlamentar que com
aquela estejam relacionadas.
5. O exerccio do direito previsto neste artigo anunciado
ao Presidente da Assembleia Nacional, em Conferncia dos
Presidentes dos Grupos Parlamentares, at ao dia quinze de
cada ms, para que possa produzir efeitos no ms seguinte,
em conformidade com o disposto no artigo 95. do presente
regimento.
6. O proponente do agendamento referido nos nmeros
anteriores tem direito a requerer a votao na generalidade,
no prprio dia.
7. No caso previsto no nmero anterior, se o projecto
for aprovado na generalidade, o Grupo Parlamentar ou o seu
proponente tem o direito de obter a votao na especialidade
8. Cada Deputado, na situao prevista no n. 2 do artigo
29. do presente regimento, tem direito ao agendamento de
um projecto de lei ou de resoluo em cada sesso legisla-
tiva, quando a sua discusso e votao seja proposta pela
Comisso de Trabalho Especializada competente em razo
da matria.
ARTIGO 102.(Apreciao de outras matrias)
O Presidente da Assembleia Nacional inclui, na primeira
parte da ordem do dia, a apreciao das seguintes matrias:
-
1974 DIRIO DA REPBLICA
3. Cada Deputado dispe de quinze minutos, por Sesso
Legislativa, para efeitos de participao nos debates referi-
dos nas alneas c) e d) do n. 1 do presente artigo.
4. Compete ao Presidente da Assembleia Nacional, ouvida
a Conferncia dos Presidentes dos Grupos Parlamentares, a
organizao do perodo antes da ordem do dia nos termos
do n. 2 do presente artigo, a qual pode abranger os pero-
dos antes da ordem do dia de mais de uma reunio plenria.
5. A inscrio dos Deputados para usar da palavra no
perodo antes da ordem do dia pode ser efectuada pelas
direces dos respectivos Grupos Parlamentares.
6. Os tempos utilizados no perodo antes da ordem do
dia, na formulao de protestos, contra-protestos, pedidos de
esclarecimento, respectivas respostas e declaraes de voto
orais so levados em conta no tempo global atribudo a cada
Grupo Parlamentar, partido poltico ou coligao de parti-
dos polticos.
ARTIGO 111.(Perodo da ordem do dia)
1. O perodo da ordem do dia tem por objecto o exerccio
-
vistas pela Constituio da Repblica de Angola.
2. Sempre que a Assembleia Nacional deva apreciar
matrias previstas no artigo 96. do presente regimento, o
perodo da ordem do dia compreende uma primeira parte
ARTIGO 112.(Expediente e informao)
Aberta a reunio, a Mesa procede:
a) meno sobre a presena de cidados ou represen-
tantes de organizaes e instituies convidadas;
b) meno ou leitura de qualquer reclamao,
sobre omisses ou inexactides do Dirio da
Assembleia Nacional, apresentada por qualquer
Deputado interessado;
c) meno, resumo ou leitura de correspondncia de
interesse para a Assembleia Nacional;
d) meno, resumo ou leitura de peties de cida-
dos dirigidas Assembleia Nacional;
e) meno dos relatrios apresentados pelos Depu-
tados como resultado de misso interna ou
internacional;
f) meno ou leitura de qualquer pedido de infor-
mao dirigido pelos Deputados aos rgos de
qualquer entidade pblica, e das respectivas
respostas;
g) meno ou leitura de qualquer pergunta dirigida
por escrito pelos Deputados aos Ministros de
Estado ou Ministros;
h) meno dos projectos de lei, de resoluo e de
deliberao presentes na Mesa;
i) comunicao das decises do Presidente da
Assembleia Nacional e das deliberaes da
ARTIGO 107.
(Qurum)
1. A Assembleia Nacional s pode funcionar em reu-
nio plenria com a presena de, pelo menos, um quinto do
nmero de Deputados em efectividade de funes.
2. Para efeitos do nmero anterior, o Primeiro Secretrio
da Mesa comunica o qurum ao Presidente da Assembleia
Nacional.
3. Sempre que no se verifique o qurum exigido no
n. 1 do presente artigo, o Presidente da Assembleia Nacional
o qual, se persistir a falta de qurum, declara que no pode
haver reunio, determinando a atribuio de falta aos ausen-
tes para os efeitos legais.
ARTIGO 108.
(Perodos das reunies)
Em cada reunio plenria h um perodo designado de
antes da ordem do dia e outro designado de ordem do dia,
salvo quando a Assembleia Nacional ou a Conferncia dos
Presidentes dos Grupos Parlamentares delibere de forma
diversa.
ARTIGO 109.
(Abertura e encerramento)
1. A abertura e o encerramento das reunies da Assembleia
Nacional so feitos pelo seu Presidente, mediante a utiliza-
o da batida de martelo.
2. Antes do encerramento de cada reunio marcada
a data e hora da reunio seguinte, nos termos do presente
regimento.
ARTIGO 110.
(Perodo antes da ordem do dia)
1. O perodo antes da ordem do dia destinado:
a) apresentao de pontos prvios;
b) leitura dos anncios e de expediente impostos
pelo presente regimento;
c) s declaraes polticas;
d) ao tratamento pelos Deputados de assuntos de inte-
resse poltico relevantes;
e) apresentao de votos de congratulao, sauda-
o, protesto ou pesar propostos pela Mesa ou
por algum Deputado;
f) realizao de debates de urgncia.
-
dos nas alneas b), c) e d) do nmero anterior, tem a durao
de uma hora, podendo ser elevada para duas horas quando
inclua o debate referido na alnea f) distribudo proporcional-
mente ao nmero de Deputados de cada Grupo Parlamentar
e aos representantes nicos ou conjunto de representantes de
um partido poltico ou coligao de partidos polticos.
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1975I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012
c) o enquadramento legal e doutrinrio do tema em
debate;
d) as concluses.
5. O relatrio referido no nmero anterior previamente
distribudo aos Grupos Parlamentares.
ARTIGO 116.(Debates de urgncia)
1. O Presidente da Repblica e os Grupos Parlamentares
podem requerer, fundamentadamente, ao Presidente da
Assembleia Nacional, a realizao de debates de urgncia.
2. Os debates previstos no nmero anterior tm lugar nos
quinze dias teis posteriores aprovao da sua realizao
pela Conferncia dos Presidentes dos Grupos Parlamentares.
ARTIGO 117.(Votos de congratulao, protesto, saudao ou pesar)
1. Os votos de congratulao, protesto, saudao ou pesar
podem ser propostos pela Mesa, pelos Grupos Parlamentares
ou por Deputados.
2. Os Deputados que queiram propor qualquer dos votos
previstos no nmero anterior devem comunicar Mesa a sua
inteno at ao incio da reunio plenria.
3. A discusso dos votos previstos no n. 1 do pre-
sente artigo feita no tempo a que tm direito os Grupos
Parlamentares dos Deputados que intervierem na discusso.
4. Mediante requerimento de pelo menos dez Deputados,
a discusso e votao podem ser adiadas para a reunio ple-
nria seguinte.
ARTIGO 118.(Organizao dos debates)
1. A Conferncia dos Presidentes dos Grupos
Parlamentares delibera, nos termos do artigo 188. do pre-
sente regimento, sobre o tempo global de cada debate, bem
como sobre a sua distribuio pelos Grupos Parlamentares,
coligao de partidos polticos, representantes nicos de
partidos polticos e Deputados na situao prevista no n. 2
do artigo 29. do presente regimento.
discusso, o tempo gasto com pedidos de esclarecimento
e resposta, protestos e contra-protestos considerado no
tempo atribudo ao Grupo Parlamentar ou ao partido pol-
tico em causa a que pertence o Deputado, no caso de no
constituir um Grupo Parlamentar.
3. Na falta de deliberao da Conferncia dos Presidentes
dos Grupos Parlamentares, aplica-se supletivamente o artigo
seguinte e as demais disposies relativas ao uso da palavra.
ARTIGO 119.(Tempo de interveno)
1. No perodo da ordem do dia, o tempo de interven-
o de cada Grupo Parlamentar proporcional ao nmero
de assentos obtido por cada partido poltico ou coligao de
partidos polticos, devendo o mesmo ser rateado de acordo
Nacional, ouvida a Conferncia dos Presidentes dos Grupos
Parlamentares.
Mes