lei _13_12

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LEI ORGÂNICA QUE APROVA O REGIMENTO DA ASSEMBLEIA NACIONAL ARTIGO 1.º (Aprovação) É aprovado o Regimento da Assembleia Nacional que é parte integrante da presente Lei Orgânica. ARTIGO 2.º (Disposição transitória) As Comissões de Trabalho Permanentes, criadas nos termos da Lei n.º 5/10, de 6 de Abril (Lei Orgânica do Funcionamento e do Processo Legislativo da Assembleia Nacional), mantêm-se em funcionamento até ao termo da presente legislatura 2008/2012. ARTIGO 3.º (Dúvidas e omissões) As dúvidas e as omissões resultantes da interpretação e da aplicação da presente lei são resolvidas pela Assembleia Nacional. ARTIGO 4.º (Revogação) É revogada a Lei n.º 5/10, de 6 de Abril (Lei Orgânica do Funcionamento e do Processo Legislativo da Assembleia Nacional), a Lei n.º 5/03, de 3 de Março (Lei dos Inquéritos Parlamentares), a Resolução n.º 29/09, de 24 de Junho (sobre as Visitas de Constatação, de Fiscalização e de Controlo) e demais legislação que contrarie o disposto na presente lei. ARTIGO 5.º (Entrada em vigor) A presente lei entra em vigor à data da sua publicação. ß»³¾´»·¿ Ò¿½·±²¿´ Lei n.º 13/12: Lei Orgânica que Aprova o Regimento da Assembleia Nacional. — Revoga a Lei n.º 5/10, de 6 de Abril (Lei Orgânica do Funcionamento e do Processo Legislativo da Assembleia Nacional), a Lei n.º 5/03, de 3 de Março (Lei dos Inquéritos Parlamentares), a Resolução n.º 29/09, de 24 de Junho (sobre as Visitas de Constatação, de Fiscalização e de Controlo) e demais legislação que contrarie o dis- posto na presente lei. ßÍÍÛÓÞÔÛ×ß ÒßÝ×ÑÒßÔ Lei n.º 13/12 de 2 de Maio O quadro político actual, resultante da aprovação da Constituição da República de Angola, impõe que se ade- que toda a legislação ordinária, para que as instituições e a sociedade em geral se organizem e funcionem conforme os ditames da Lei Magna. A Constituição da República de Angola estabelece no artigo 160.º a competência organizativa da Assembleia Nacional. Nesta conformidade, compete à Assembleia Nacional legislar sobre o regime de funcionamento dos seus órgãos Poder Executivo, com o Poder Judicial e demais órgãos da Administração Central e Local do Estado. A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das disposições combinadas da alínea a) do artigo 160.º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 166.º, ambos da Constituição da República de Angola, a seguinte: ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA ASSINATURA Ano Preço deste número - Kz: 400,00 Quarta-feira, 2 de Maio de 2012 I Série – N.º 82

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Lei que aprova o regimento da Assembleia nacional de Angola

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  • LEI ORGNICA QUE APROVA O REGIMENTO

    DA ASSEMBLEIA NACIONAL

    ARTIGO 1.

    (Aprovao)

    aprovado o Regimento da Assembleia Nacional que

    parte integrante da presente Lei Orgnica.

    ARTIGO 2.

    (Disposio transitria)

    As Comisses de Trabalho Permanentes, criadas nos

    termos da Lei n. 5/10, de 6 de Abril (Lei Orgnica do

    Funcionamento e do Processo Legislativo da Assembleia

    Nacional), mantm-se em funcionamento at ao termo da

    presente legislatura 2008/2012.

    ARTIGO 3.

    (Dvidas e omisses)

    As dvidas e as omisses resultantes da interpretao e

    da aplicao da presente lei so resolvidas pela Assembleia

    Nacional.

    ARTIGO 4.

    (Revogao)

    revogada a Lei n. 5/10, de 6 de Abril (Lei Orgnica

    do Funcionamento e do Processo Legislativo da Assembleia

    Nacional), a Lei n. 5/03, de 3 de Maro (Lei dos Inquritos

    Parlamentares), a Resoluo n. 29/09, de 24 de Junho (sobre

    as Visitas de Constatao, de Fiscalizao e de Controlo) e

    demais legislao que contrarie o disposto na presente lei.

    ARTIGO 5.

    (Entrada em vigor)

    A presente lei entra em vigor data da sua publicao.

    Lei n. 13/12:

    Lei Orgnica que Aprova o Regimento da Assembleia Nacional.

    Revoga a Lei n. 5/10, de 6 de Abril (Lei Orgnica do Funcionamento

    e do Processo Legislativo da Assembleia Nacional), a Lei n. 5/03,

    de 3 de Maro (Lei dos Inquritos Parlamentares), a Resoluo

    n. 29/09, de 24 de Junho (sobre as Visitas de Constatao, de

    Fiscalizao e de Controlo) e demais legislao que contrarie o dis-

    posto na presente lei.

    Lei n. 13/12de 2 de Maio

    O quadro poltico actual, resultante da aprovao da

    Constituio da Repblica de Angola, impe que se ade-

    que toda a legislao ordinria, para que as instituies e a

    sociedade em geral se organizem e funcionem conforme os

    ditames da Lei Magna.

    A Constituio da Repblica de Angola estabelece no

    artigo 160. a competncia organizativa da Assembleia

    Nacional.

    Nesta conformidade, compete Assembleia Nacional

    legislar sobre o regime de funcionamento dos seus rgos

    Poder Executivo, com o Poder Judicial e demais rgos da

    Administrao Central e Local do Estado.

    A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo,

    nos termos das disposies combinadas da alnea a) do

    artigo 160. e da alnea b) do n. 2 do artigo 166., ambos da

    Constituio da Repblica de Angola, a seguinte:

    RGO OFICIAL DA REPBLICA DE ANGOLA

    ASSINATURA

    Ano

    Preo deste nmero - Kz: 400,00

    Quarta-feira, 2 de Maio de 2012 I Srie N. 82

  • 1956 DIRIO DA REPBLICA

    ARTIGO 5.

    (Sede)

    A Assembleia Nacional tem a sua sede na capital da

    Repblica de Angola, podendo, por razes ponderosas, os

    seus trabalhos decorrerem noutro local do territrio nacional.

    ARTIGO 6.

    (Lnguas de trabalho)

    2. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior o

    em qualquer outra lngua angolana.

    3. As entidades estrangeiras convidadas a fazerem uso

    da palavra, podem dirigir-se Assembleia Nacional, usando

    4. Para efeitos do disposto nos nmeros anteriores, os

    servios competentes da Assembleia Nacional devem provi-

    denciar a interpretao e traduo simultneas das referidas

    TTULO II

    Reunio Constitutiva da Assembleia Nacional

    CAPTULO I

    Procedimento da Reunio Constitutiva

    ARTIGO 7.

    (Data da reunio)

    1. A Assembleia Nacional rene-se, para a abertura da

    legislatura, at ao dcimo quinto dia subsequente publica-

    o dos resultados eleitorais no Dirio da Repblica.

    2. Para efeitos do disposto no nmero anterior, at ao

    oitavo dia anterior data prevista para a reunio, a Mesa ces-

    sante da Assembleia Nacional d, do facto, conhecimento

    aos Deputados eleitos, fornecendo-lhes a legislao parla-

    mentar bsica e os elementos de informao necessrios

    sua efectiva participao na Assembleia Nacional.

    ARTIGO 8.

    (Presidncia da reunio constitutiva)

    1. Assume a direco dos trabalhos o Presidente da

    Assembleia Nacional cessante e, na sua ausncia, o Primeiro

    Vice-Presidente, o Segundo Vice-Presidente, o Terceiro

    Vice- Presidente ou o Quarto Vice-Presidente cessantes,

    sucessivamente.

    2. Na ausncia do Presidente e dos Vice-Presidentes

    cessantes, a presidncia assumida por um Deputado, desig-

    nado pelo partido poltico ou coligao de partidos polticos

    com mais assentos na legislatura cessante.

    ARTIGO 9.

    (Mesa provisria)

    Aberta a reunio o Presidente convida, de entre os

    Deputados, o mais jovem e o mais idoso, presentes na sala,

    Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,

    aos 28 de Fevereiro de 2012.

    O Presidente da Assembleia Nacional, Antnio Paulo

    Kassoma.

    Promulgada aos 18 de Abril de 2012.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, JOS EDUARDO DOS SANTOS.

    REGIMENTO DA ASSEMBLEIA NACIONAL

    TTULO IDisposies Gerais

    CAPTULO IObjecto e mbito

    ARTIGO 1.(Objecto)

    O presente regimento tem por objecto estabelecer as

    normas de organizao e de funcionamento dos rgos da

    Assembleia Nacional, do seu processo legislativo e da fun-

    termos da Constituio e da lei.

    ARTIGO 2.

    (mbito)

    1. O presente regimento aplica-se ao Plenrio da

    Assembleia Nacional, ao Presidente da Assembleia Nacional,

    Comisso Permanente, Mesa, s Comisses de Trabalho

    Especializadas, aos Grupos Parlamentares, aos Deputados

    no organizados em Grupos Parlamentares, representantes

    de partidos polticos ou coligao de partidos polticos com

    assento parlamentar, ao Grupo de Mulheres Parlamentares,

    s Comisses Eventuais, s Comisses Parlamentares de

    Inqurito e aos rgos da Administrao Parlamentar da

    Assembleia Nacional.

    presente regimento aplica-se, ainda, a todos os entes pbli-

    cos ou privados que utilizem recursos pblicos.

    CAPTULO II

    Assembleia Nacional

    ARTIGO 3.

    A Assembleia Nacional o Parlamento da Repblica

    de Angola, um rgo unicamaral, representativo de todos

    os angolanos, que exprime a vontade soberana do povo e

    exerce o poder legislativo do Estado.

    ARTIGO 4.

    (Composio)

    A Assembleia Nacional composta por Deputados elei-

    tos por sufrgio universal, livre, igual, directo, secreto e

    peridico, nos termos da Constituio e da lei.

  • 1957I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012

    para integrarem a Mesa Provisria que dirige os trabalhos

    da Mesa da Assembleia Nacional.

    ARTIGO 10.

    1. Constituda a Mesa Provisria, procede-se eleio de

    investidura, integrada proporcionalmente por representantes

    dos partidos polticos e das coligaes de partidos polticos

    com assento parlamentar, votados nas eleies legislativas

    acabadas de realizar.

    por um mnimo de cinco e um mximo de quinze Deputados

    da nova legislatura.

    por um representante do partido poltico ou da coligao de

    partidos polticos mais votado.

    ARTIGO 11.

    (Suspenso da reunio constitutiva)

    Presidente da Mesa manda proceder recolha dos proces-

    sos de apuramento geral das eleies, entregando-os, de

    seguida, Comisso, para anlise e parecer.

    2. Feita a entrega dos processos referidos no nmero

    anterior o Presidente suspende a reunio, pelo tempo neces-

    srio sua anlise e elaborao do parecer.

    ARTIGO 12.

    A anlise a que se refere o n. 2 do artigo anterior consiste

    na apreciao da elegibilidade dos Deputados cujo mandato

    seja susceptvel de impugnao por facto que tenha sido

    objecto de deciso judicial com trnsito em julgado ou por

    qualquer motivo de impedimento previsto na Constituio

    ou na lei.

    ARTIGO 13.

    (Legitimidade para impugnao)

    1. Qualquer Deputado pode exercer o direito de impug-

    nao de mandato at ao encerramento da discusso do

    2. O Deputado eleito, cujo mandato venha a ser impug-

    nado tem o direito de defesa perante a Comisso de

    a Comisso de Trabalho Especializada, competente em razo

    da matria ou, ainda, perante o Plenrio e exerce as suas fun-

    Plenrio, por votao secreta.

    3. O prazo para a instruo do processo, no caso de ter

    havido impugnao, no deve exceder quinze dias, prorro-

    gveis uma vez por igual perodo.

    4. O Deputado cujo mandato tenha sido impugnado,

    tem o direito a dispor de um prazo de quinze dias para apre-

    sentar a defesa a que se refere o n. 2 do presente artigo,

    sendo que o correspondente processo assumido pela com-

    petente Comisso de Trabalho Especializada da Assembleia

    Nacional.

    CAPTULO IIProclamao e Constituio da Assembleia Eleita

    ARTIGO 14.

    (Proclamao solene dos Deputados)

    de Mandatos reunio constitutiva e sendo aprovado por

    esta, o Presidente da Mesa Provisria proclama Deputados

    os eleitos, cujos mandatos sejam considerados vlidos e d

    conhecimento Assembleia Nacional de eventuais reclama-

    es ou recursos existentes, com indicao dos Deputados

    abrangidos.

    ARTIGO 15.

    (Acto de investidura e juramento)

    1. Aps a proclamao todos os Deputados prestam jura-

    mento, o qual constitui a sua investidura.

    2. Os Deputados prestam juramento solene, de p e em

    voz alta, perante o Presidente da Assembleia Nacional ces-

    sante, ou na ausncia deste, perante o substituto previsto nos

    n.os 1 e 2 do artigo 8. da presente lei, nos seguintes termos:

    Juro, por minha honra, cumprir a Constituio e as

    demais leis da Repblica de Angola.

    Juro!

    Juro defender a unidade da Nao, a integridade ter-

    ritorial da Ptria, promover e consolidar a paz, a

    democracia e o progresso social.

    Juro!

    puderam estar presentes no acto de investidura, prestam

    juramento solene no incio da primeira reunio em que este-

    jam presentes.

    4. Os Deputados que no tomem posse, por qualquer incom-

    patibilidade prevista no artigo 149. da Constituio, podem

    tomar posse logo que cesse a causa da incompatibilidade.

    5. Os Deputados substitutos chamados efectividade de

    funes, prestam o juramento solene, previsto no n. 2 deste

    artigo, no incio da primeira reunio em que sejam convo-

    cados para o preenchimento das vagas, segundo a respectiva

    ordem de precedncia.

    ARTIGO 16.(Declarao de constituio da Assembleia Nacional

    e entrega de crachs de Deputado)

    1. Prestado o juramento o Presidente cessante manda dis-

    tribuir a todos os Deputados, os crachs e declara constituda

    a Assembleia Nacional.

    2. O crach a que se refere o nmero anterior cons-

    titudo pelos seguintes elementos: a Insgnia, a Bandeira

  • 1958 DIRIO DA REPBLICA

    tiva da Assembleia Nacional aps as eleies e cessa com a

    reunio constitutiva da Assembleia Nacional, resultante das

    eleies subsequentes.

    ARTIGO 22.

    (Suspenso, perda, substituio e renncia)

    A suspenso, a perda, a substituio de Deputados, bem

    como a renncia do mandato, efectuam-se nos termos da

    Constituio e do Estatuto do Deputado.

    SECO II

    Direitos e Deveres dos Deputados

    ARTIGO 23.

    (Direito do Deputado)

    Constituem direitos dos Deputados, a exercer singular ou

    colectivamente, nos termos do presente regimento e demais

    legislao aplicvel, os seguintes:

    a) Tomar assento nas salas do Plenrio e das Comis-

    ses de Trabalho Especializadas e usar da

    palavra, a seu pedido ou sempre que para tal for

    solicitado;

    b)

    Assembleia Nacional;

    c) apresentar projectos de leis de reviso constitucio-

    nal;

    d) apresentar projectos de lei, de referendo e de reso-

    lues;

    e) apresentar propostas de alterao de leis;

    f) requerer a apreciao de Decretos Legislativos

    Presidenciais provisrios e de Decretos Legisla-

    tivos Presidenciais autorizados;

    g) requerer a urgncia do processo de qualquer

    projecto de lei ou de resoluo, bem como da

    apreciao dos actos legislativos do Presidente

    da Repblica e do agendamento de qualquer

    assunto de relevante interesse nacional;

    h) participar das discusses e votaes de todas as

    matrias submetidas Assembleia Nacional

    para o efeito;

    i) dirigir perguntas aos Ministros de Estado, aos

    Ministros, aos Governadores Provinciais, aos

    rgos da Administrao Pblica e s demais

    entidades que administrem recursos pblicos;

    j) propor a constituio de Comisses Eventuais;

    k) propor a realizao de audies parlamentares;

    l) requerer e obter dos Ministros de Estado, dos

    Ministros e dos Governadores Provinciais ou

    de titulares de qualquer entidade pblica ou

    privada, que administrem recursos pblicos, ele-

    para o exerccio do seu mandato;

    Nacional, as palavras Assembleia Nacional e Deputado

    e o ano de investidura.

    3. As regras sobre a utilizao do crach de Deputado,

    so estabelecidas em diploma prprio.

    ARTIGO 17.

    1. Proclamados os Deputados, procede-se eleio do

    Presidente da Assembleia Nacional e dos demais membros

    da Mesa.

    2. A eleio do Presidente da Assembleia Nacional e dos

    demais membros da Mesa faz-se nos termos do presente

    regimento.

    ARTIGO 18.

    1. Eleitos o Presidente da Assembleia Nacional e os

    demais membros da Mesa, os mesmos ocupam os respecti-

    vos lugares na Mesa da Presidncia.

    2. Finda a reunio constitutiva, o Presidente da

    Assembleia Nacional d conhecimento do facto ao Presidente

    da Repblica e aos Presidentes do Tribunal Constitucional

    e do Tribunal Supremo e manda publicar, no Dirio da

    Repblica, a relao nominal dos Deputados investidos para

    o exerccio do mandato.

    ARTIGO 19.

    (Passagem de pastas)

    1. Constituda a Assembleia Nacional, o Presidente ces-

    sante e o Presidente eleito estabelecem o cronograma de

    passagem de pastas, acto extensivo a todos os titulares de

    rgos internos da Assembleia Nacional.

    2. O disposto no nmero anterior aplica-se, igualmente,

    quando a mudana de titular tiver lugar no decorrer do

    mandato.

    3. Os procedimentos para efectivao do que estabele-

    cem os nmeros anteriores, so aprovados por resoluo da

    Assembleia Nacional.

    TTULO III

    Deputados e Grupos Parlamentares

    CAPTULO I

    Deputados

    SECO I

    Mandato

    ARTIGO 20.

    (Durao)

    O mandato dos Deputados Assembleia Nacional tem a

    durao de cinco anos.

    ARTIGO 21.

    (Incio e termo do mandato)

    O mandato dos Deputados Assembleia Nacional inicia

    com a tomada de posse e a realizao da reunio constitu-

  • 1959I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012

    tas apresentadas por cada partido poltico ou coligao de

    partidos polticos, que transmitem e defendem a poltica do

    respectivo partido poltico ou coligao de partidos polticos.

    ARTIGO 27.

    (Constituio)

    1. A constituio de cada Grupo Parlamentar efectua-

    -se no prazo de 30 dias aps a constituio da Assembleia

    Nacional e formaliza-se mediante comunicao escrita diri-

    gida ao Presidente da Assembleia Nacional, assinada pelos

    Deputados que o compem, indicando a designao que

    adoptam, bem como os nomes do respectivo presidente, dos

    vice-presidentes e dos secretrios, se os houver.

    2. Cada partido poltico ou coligao de partidos polti-

    cos s pode constituir um Grupo Parlamentar.

    3. Nenhum Deputado pode fazer parte de mais do que

    um Grupo Parlamentar.

    4. Qualquer alterao na composio ou na direco do

    Grupo Parlamentar, deve ser comunicada ao Presidente da

    Assembleia Nacional.

    5. Sempre que um Grupo Parlamentar, normalmente

    constitudo nos termos do n. 1 do presente artigo, se venha

    a reduzir, durante a legislatura, a um nmero inferior a trs,

    termos do n. 1 do artigo 29. do presente regimento.

    6. As comunicaes a que se referem os n.os 1 e 4 deste

    artigo so publicadas no Dirio da Assembleia Nacional.

    ARTIGO 28.

    (Denominao)

    Cada Grupo Parlamentar, devidamente constitudo, nos

    termos do presente regimento, deve adoptar a mesma deno-

    minao com a qual o partido poltico ou coligao de

    partidos polticos concorreu s eleies, salvo o previsto no

    artigo 30.

    ARTIGO 29.

    (Representante de partido poltico ou coligao de partidos polticos)

    1. Ao Deputado ou Deputados representantes de partido

    poltico ou coligao de partidos polticos que no possam

    constituir Grupo Parlamentar, nos termos do artigo 27. do

    presente regimento, atribudo o direito de interveno, a

    efectivar-se nos termos do presente regimento e do Estatuto

    do Deputado.

    2. O disposto no nmero anterior aplica-se, com as devi-

    das adaptaes, aos Deputados que deixem de integrar algum

    Grupo Parlamentar, que no sejam representantes nicos de

    partido poltico ou de coligao de partidos polticos ou cujo

    partido poltico ou coligao de partidos polticos tenha sido

    extinto.

    ARTIGO 30.

    (Grupo Parlamentar misto)

    Os Deputados representantes de dois ou mais partidos

    polticos ou coligao de partidos polticos, resultantes das

    eleies gerais, que no possam constituir Grupo Parlamentar,

    m) requerer ao Tribunal Constitucional a declarao

    de inconstitucionalidade de normas, nos termos

    da Constituio e da lei;

    n) discutir todas as questes de interesse nacional,

    nos termos do presente regimento;

    o) manter vnculos de informao e auscultao com

    o eleitorado;

    p) Ser respeitado e tratado com deferncia por todas

    as instituies pblicas e privadas.

    ARTIGO 24.

    (Deveres do Deputado)

    Constituem deveres do Deputado:

    a) respeitar a Constituio e a lei;

    b) comparecer s reunies do Plenrio, das Comis-

    ses de Trabalho Especializadas e integrar

    Delegaes Parlamentares;

    c) desempenhar os cargos e as funes para que seja

    designado na Assembleia Nacional, sob proposta

    dos respectivos Grupos Parlamentares;

    d) participar das votaes;

    e) participar regularmente dos trabalhos da Comisso

    de Trabalho Especializada a que pertence;

    f) respeitar e preservar a dignidade da Assembleia

    Nacional e dos Deputados;

    g) manter sigilo sobre matria de circulao reser-

    vada;

    h) -

    lhos da Assembleia Nacional;

    i) -

    Nacional, com conhecimento ao Presidente da

    Comisso de Trabalho Especializada a que per-

    tence, no prazo mximo de 15 dias a contar do

    termo do facto impeditivo;

    j) promover a probidade, o civismo e o respeito pelas

    instituies.

    ARTIGO 25.

    (Direito a gabinete de trabalho)

    1. O Deputado tem direito a dispor de gabinete de traba-

    lho e de um nmero de assistentes para o exerccio das suas

    funes.

    Nacional, sob proposta do Conselho de Administrao.

    CAPTULO II

    Grupos Parlamentares

    ARTIGO 26.

    (Composio)

    O Grupo Parlamentar composto por um mnimo de

    trs Deputados em efectividade de funes, eleitos em lis-

  • 1960 DIRIO DA REPBLICA

    TTULO IV

    Organizao da Assembleia Nacional

    CAPTULO I

    Plenrio

    ARTIGO 33.

    O Plenrio o rgo supremo e soberano da Assembleia

    Nacional para o exerccio da funo poltico-legislativa e

    composto pela totalidade dos Deputados em efectividade de

    funes.

    ARTIGO 34.

    (Funcionamento)

    O Plenrio da Assembleia Nacional pode funcionar com

    um quinto dos Deputados em efectividade de funes.

    ARTIGO 35.

    (Deliberaes)

    As deliberaes do Plenrio so tomadas por maio-

    ria absoluta dos Deputados presentes, desde que superior

    metade dos Deputados em efectividade de funes, salvo

    quando a Constituio e a lei estabeleam outras regras de

    deliberao.

    CAPTULO II

    Presidente e Mesa

    SECO I

    Presidente

    SUBSECO I

    Estatuto e Eleio

    ARTIGO 36.

    (Estatuto)

    1. O Presidente da Assembleia Nacional o Deputado

    que preside Mesa do Plenrio, representa a Assembleia

    Nacional, vela pela sua salvaguarda e dignidade, dirige e

    coordena os seus trabalhos e exerce autoridade administra-

    tiva sobre todos os funcionrios parlamentares.

    2. O Presidente da Assembleia Nacional goza de privil-

    gios, direitos e regalias previstos por lei.

    ARTIGO 37.

    (Eleio)

    1. O Presidente da Assembleia Nacional eleito pelo

    Plenrio.

    2. A candidatura para o cargo de Presidente da Assembleia

    Nacional deve ser apresentada pelo partido poltico ou coli-

    gao de partidos polticos, que tenha obtido maior nmero

    de assentos na Assembleia Nacional, devendo ser subscrita

    por um mnimo de um dcimo e um mximo de um quinto

    nos termos do n. 1 do artigo 27. do presente regimento,

    podem, entretanto, constituir um Grupo Parlamentar misto,

    devendo, para o efeito, fazer uma declarao ao Presidente

    da Assembleia Nacional no prazo de 30 dias aps consti-

    tuio da Assembleia Nacional e adoptar uma denominao

    ARTIGO 31.

    (Organizao)

    1. Cada Grupo Parlamentar estabelece livremente a sua

    organizao interna.

    2. As funes de membro de direco do Grupo

    Parlamentar so incompatveis com as de membro da Mesa

    da Assembleia Nacional.

    ARTIGO 32.

    (Poderes e direitos dos grupos parlamentares)

    1. Constituem poderes e direitos de cada Grupo

    Parlamentar:

    a) fazer-se representar nas Comisses de Trabalho

    Especializadas, Comisses Eventuais ou nas

    Comisses Parlamentares de Inqurito, em fun-

    o do nmero dos seus membros;

    b) indicar, de acordo com a distribuio proporcional,

    o nome do Presidente ou Vice-Presidente da

    Comisso de Trabalho Especializada, Comisso

    Eventual ou Comisso Parlamentar de Inqurito;

    c)

    a ordem do dia de um certo nmero de reunies,

    nos termos do n. 2 do artigo 95. do presente

    regimento;

    d) requerer a interrupo da reunio plenria, nos

    termos do artigo 122. do presente regimento;

    e) solicitar Comisso Permanente que promova

    a convocao extraordinria da Assembleia

    Nacional;

    f) requerer a constituio de Comisses Parlamenta-

    res de Inqurito;

    g) exercer a iniciativa legislativa;

    h) ser informado, regular e directamente, pelo

    Executivo, sobre o andamento dos principais

    assuntos de interesse nacional;

    i) propor ao Presidente da Repblica, por via do Pre-

    sidente da Assembleia Nacional, a convocao

    do referendo, nos termos da Constituio.

    2. O direito previsto na alnea h) do n. 1 do presente

    artigo exercido, nos termos acordados entre o Executivo e

    os Grupos Parlamentares.

    3. Cada Grupo Parlamentar tem direito a dispor de local

    de trabalho na Sede da Assembleia Nacional, bem como de

    -

    mos em que a lei determine.

  • 1961I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012

    d) admitir ou rejeitar propostas de lei, projectos de

    lei, projectos de resoluo e os requerimentos,

    e) apreciar as reclamaes a si endereadas e subme-

    ter ao Plenrio os recursos que, para este forem

    interpostos;

    f) submeter s Comisses de Trabalho Especializadas,

    em razo da matria, para efeito de apreciao,

    os textos de projectos legislativos e de tratados

    internacionais;

    g) promover a constituio das Comisses e velar

    pelo cumprimento dos prazos que lhe sejam

    h) admitir e encaminhar para as Comisses de Tra-

    balho Especializadas, em razo da matria, as

    peties, reclamaes e sugestes dos cidados

    e, se necessrio, submet-las ao Plenrio.

    i) propor ao Plenrio a suspenso de uma reunio

    plenria da Assembleia Nacional;

    j) presidir Conferncia dos Presidentes dos Grupos

    Parlamentares;

    k)

    l) designar as delegaes parlamentares;

    m) manter a ordem, bem como garantir as condi-

    es de segurana da Assembleia Nacional,

    durante as sesses e no intervalo das mesmas,

    podendo, para o efeito, requisitar e usar os meios

    necessrios e tomar as medidas que entender

    convenientes;

    n) mandar publicar as iniciativas legislativas do

    Presidente da Repblica, dos Deputados e dos

    Grupos Parlamentares, bem como as matrias

    aprovadas pela Assembleia Nacional e ordenar

    o) superintender o pessoal ao servio da Assembleia

    Nacional;

    p) apreciar a regularidade das candidaturas para

    cargos electivos, internos e externos, bem como

    anunciar os resultados das eleies e proclamar

    os candidatos eleitos;

    q) assegurar o cumprimento do regimento e das deli-

    beraes da Assembleia Nacional.

    ARTIGO 41.

    (Competncias quanto aos trabalhos da Assembleia Nacional)

    1. Compete ao Presidente, nomeadamente:

    a) presidir ao acto de investidura dos Deputados em

    conformidade com o presente regimento;

    b) conceder autorizao aos Deputados para se

    ausentarem no decorrer das reunies plenrias,

    excepto no decurso de votaes;

    c) cumprir e fazer cumprir o presente regimento;

    de Deputados do respectivo partido poltico ou coligao de

    partidos polticos.

    3. A candidatura apresentada ao Presidente cessante at

    cinco dias antes da data marcada para a eleio.

    4. Considera-se eleito o candidato apresentado, caso

    obtenha maioria absoluta dos votos dos Deputados em efec-

    tividade de funes.

    5. No havendo maioria absoluta, o partido poltico ou

    a coligao de partidos polticos mais votado nas eleies

    gerais deve apresentar dois candidatos, considerando-se

    eleito, o candidato que obtiver o maior nmero de votos.

    6. A eleio tem lugar na reunio constitutiva da

    Assembleia Nacional.

    ARTIGO 38.

    (Mandato)

    1. O Presidente da Assembleia Nacional eleito por

    legislatura, sem prejuzo da possibilidade de substituio no

    decurso desta, por iniciativa do partido poltico ou da coliga-

    o de partidos polticos, por cuja lista foi eleito.

    2. O Presidente pode renunciar ao cargo mediante comu-

    nicao escrita Comisso Permanente que a submete

    apreciao do Plenrio.

    3. A renncia torna-se efectiva a partir da sua apreciao

    pelo Plenrio, sem prejuzo da sua ulterior publicao nos

    Dirios da Repblica e da Assembleia Nacional.

    4. No caso de renncia ao cargo, suspenso ou cessa-

    o do mandato de Deputado, procede-se eleio do novo

    Presidente no prazo de quinze dias, nos termos previstos no

    artigo anterior.

    5. A eleio do novo Presidente da Assembleia Nacional

    vlida pelo perodo restante da legislatura.

    ARTIGO 39.

    (Substituio)

    O Presidente da Assembleia Nacional substitudo,

    nas suas ausncias ou impedimentos, por um dos Vice-

    Presidentes, de acordo com a ordem de precedncia.

    SUBSECO II

    Competncias do Presidente

    ARTIGO 40.

    (Competncias genricas)

    Compete ao Presidente da Assembleia Nacional,

    nomeadamente:

    a) representar a Assembleia Nacional, presidir Mesa

    e Comisso Permanente;

    b) superintender a actividade de gesto administra-

    com os planos aprovados pelo Plenrio;

    c)

    nos termos do presente regimento;

  • 1962 DIRIO DA REPBLICA

    e) submeter discusso e votao os projectos, as

    propostas de alterao e os requerimentos admi-

    tidos;

    f) autorizar os Deputados a falarem do seu lugar;

    g) advertir o orador quanto ao tempo de que dispe,

    h) advertir o orador que se desvie do assunto em

    discusso e, em caso de insistncia, retirar-lhe

    a palavra;

    i) convidar o orador a declarar, se necessrio, se vai

    falar a favor ou contra;

    j) convidar o Deputado a retirar-se da sala do Ple-

    nrio, sempre que perturbe a ordem e o bom

    andamento dos trabalhos;

    k)

    necessrio;

    l) autorizar a publicao de informaes ou de

    documentos na ntegra, em resumo ou apenas

    mediante breve referncia na acta;

    m) decidir as questes de ordem e as reclamaes;

    n) submeter ao Plenrio as concluses dos processos

    disciplinares instaurados contra os Deputados;

    o) divulgar as decises do Plenrio, das reunies da

    Mesa, da Conferncia dos Presidentes dos Gru-

    pos Parlamentares e das comisses;

    p) mandar proceder distribuio de documentos s

    Comisses de Trabalho Especializadas ou Even-

    tuais;

    q) deferir a retirada de propostas da ordem do dia;

    r) devolver ao proponente o projecto ou a proposta

    de lei que incorra no disposto no n. 4 do artigo

    175. do presente regimento.

    ARTIGO 43.

    (Competncias quanto aos Deputados)

    1. Compete ao Presidente da Assembleia Nacional,

    nomeadamente:

    a)

    dos Deputados s reunies plenrias;

    b) deferir os pedidos de substituio temporria dos

    Deputados, em conformidade com a Constitui-

    o da Repblica de Angola e com a lei;

    c) receber e mandar publicar nos Dirios da Rep-

    blica e da Assembleia Nacional as declaraes

    de renncia do mandato;

    d) dar seguimento dos requerimentos apresentados

    pelos Deputados ao abrigo do disposto no artigo

    132. do presente regimento e outros previstos

    por lei;

    e) aplicar, aos Deputados, as sanes disciplinares

    previstas no estatuto do Deputado;

    f)

    sanes do Plenrio;

    g) conceder licenas de frias disciplinares, bem como

    autorizar as deslocaes dos Deputados para o

    d) assinar as leis e resolues da Assembleia Nacio-

    nal e as deliberaes da Mesa;

    e) convocar e reunir periodicamente, sob sua presidn-

    cia, os Presidentes das Comisses de Trabalho

    Especializadas para avaliao dos trabalhos da

    Assembleia, exame das matrias em trmite e a

    adopo das providncias julgadas necessrias

    ao bom andamento das actividades legislativas

    f) zelar pelo prestgio e decoro da Assembleia Nacio-

    nal, bem como pela dignidade e respeito s

    prerrogativas constitucionais dos seus membros,

    em todo o territrio nacional;

    g) encaminhar Mesa e aos rgos ou entidades

    competentes as concluses das Comisses Par-

    lamentares de Inqurito;

    h) superintender a polcia adstrita Assembleia

    Nacional, em cooperao com as autoridades

    competentes;

    i) promover as relaes com outras instituies nacio-

    nais e estrangeiras;

    j) estabelecer acordos com instituies nacionais,

    outros parlamentos e organizaes parlamenta-

    res, ouvido o Plenrio;

    k) autorizar a realizao de conferncias, exposies,

    palestras ou seminrios no edifcio da Assem-

    ressalvada a competncia das Comisses.

    2. O Presidente da Assembleia Nacional no pode, seno

    na qualidade de membro da Mesa, fazer propostas, nem

    votar em Plenrio, excepto no caso de votao secreta ou

    para desempatar o resultado de votao aberta.

    3. O Presidente pode, em qualquer momento, do seu

    lugar, fazer ao Plenrio comunicao de interesse da

    Assembleia Nacional ou do pas.

    4. O Presidente pode delegar nos Vice-Presidentes com-

    petncias que lhe sejam prprias.

    ARTIGO 42.

    (Competncias quanto s reunies)

    Compete ao Presidente da Assembleia Nacional,

    nomeadamente:

    a) convocar e presidir s reunies plenrias e outras

    reunies da Assembleia Nacional, declarar a sua

    abertura, suspenso, interrupo e encerramento,

    bem como dirigir os respectivos trabalhos;

    b) conceder a palavra aos Deputados e aos represen-

    tantes do Poder Executivo presentes;

    c) assegurar a ordem dos debates;

    d) dar oportuno conhecimento aos Deputados das

    mensagens, das informaes e dos convites que

    lhe sejam dirigidos;

  • 1963I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012

    2. Nas reunies plenrias a Mesa constituda pelo

    Presidente, dois Vice-Presidentes e dois Secretrios.

    3. Na ausncia do Presidente, as reunies plenrias so

    presididas, sucessivamente, por um dos Vice-Presidentes, de

    acordo com a ordem de precedncia ou, na falta ou impedi-

    mento destes, pelo Deputado designado pelo partido poltico

    ou coligao de partidos polticos mais votado.

    4. Os Secretrios da Mesa so substitudos nas suas

    ausncias ou impedimentos, por ordem de precedncia ou,

    na falta ou impedimento destes, pelos Deputados que o

    Presidente da Assembleia Nacional designar ouvido o res-

    pectivo Presidente do Grupo Parlamentar.

    ARTIGO 47.

    (Eleio)

    1. Os Vice-Presidentes e os Secretrios da Mesa so

    eleitos pelo Plenrio sob proposta dos partidos polticos ou

    coligao de partidos polticos, obedecendo o princpio da

    representao proporcional.

    2. Para a eleio do quarto Vice-Presidente ou quarto

    Secretrio da Mesa havendo um quinto partido com o

    mesmo nmero de Deputados, os candidatos so indicados

    por aquele que obteve o maior nmero de votos nas eleies.

    3. Consideram-se eleitos os candidatos que obtiverem a

    maioria absoluta dos votos dos Deputados em efectividade

    de funo.

    4. Finda a Reunio e eleitos os Vice-Presidentes e os

    Secretrios da Mesa, o Presidente da Assembleia Nacional

    comunica ao Presidente da Repblica e ao Presidente do

    Tribunal Constitucional, a composio da Mesa.

    ARTIGO 48.

    (Mandato)

    1. Os Vice-Presidentes e os Secretrios da Mesa so

    eleitos por legislatura, sem prejuzo da possibilidade de

    substituio no decurso desta, por iniciativa do partido pol-

    tico ou da coligao de partidos polticos por cuja lista foram

    eleitos.

    2. Os Vice-Presidentes e os Secretrios da Mesa podem

    renunciar ao cargo mediante declarao escrita e dirigida ao

    Presidente da Assembleia Nacional, tornando-se a renncia

    imediatamente efectiva, sem prejuzo da sua ulterior publi-

    cao no Dirio da Repblica e Dirio da Assembleia.

    3. No caso de renncia ao cargo, suspenso ou cessao

    do mandato de Deputado procede-se, no prazo de trinta dias,

    eleio do novo titular, nos termos do artigo anterior, pelo

    perodo restante da legislatura.

    SUBSECO II

    Competncia

    ARTIGO 49.

    (Competncias genricas da Mesa)

    1. Compete, em geral, Mesa da Assembleia Nacional:

    exterior do pas, mediante parecer favorvel do

    respectivo Presidente do Grupo Parlamentar.

    2. Das decises do Presidente da Assembleia Nacional,

    cabe recurso para o Plenrio.

    ARTIGO 44.

    (Competncia quanto s relaes institucionais com os outros rgos)

    Compete ao Presidente da Assembleia Nacional,

    nomeadamente:

    a) Remeter ao Presidente da Repblica os diplomas

    legislativos, aprovados pela Assembleia Nacio-

    b) Marcar, em coordenao com o rgo competente

    do Executivo, as reunies plenrias em que os

    seus representantes devam estar presentes para

    responder s perguntas e interpelaes dos

    Deputados;

    c) Assinar os documentos expedidos em nome da

    Assembleia Nacional.

    ARTIGO 45.

    (Presidente da Assembleia Nacional e a Conferncia dos Presidentes

    dos Grupos Parlamentares)

    1. A Conferncia dos Presidentes dos Grupos

    Parlamentares o rgo de consulta do Presidente da

    Assembleia Nacional, para apreciar matrias e assuntos rela-

    tivos ao regular funcionamento da Assembleia Nacional.

    2. O Presidente da Assembleia Nacional rene-se com

    os Presidentes dos Grupos Parlamentares, para marcar as

    assuntos, sempre que o entender necessrio para o regular

    funcionamento da Assembleia Nacional.

    3. Os Presidentes dos Grupos Parlamentares ou os seus

    substitutos tm, na conferncia, um nmero de votos igual

    ao nmero de Deputados que representam.

    4. O Executivo pode fazer-se representar na Conferncia

    dos Presidentes dos Grupos Parlamentares, pelo titular do

    departamento ministerial competente, usar da palavra, mas

    sem direito a voto.

    5. As decises da Conferncia, na falta de consenso, so

    tomadas por votao, desde que esteja representada a maio-

    ria absoluta dos Deputados em efectividade de funes.

    6. Os Presidentes das Comisses de Trabalho

    Especializadas e outras entidades podem ser convidadas a

    participar das reunies da Conferncia dos Presidentes dos

    Grupos Parlamentares, sem direito a voto.

    SECO II

    Mesa

    SUBSECO I

    Composio e Eleio

    ARTIGO 46.

    (Composio)

    1. A Mesa da Assembleia Nacional composta pelo

    Presidente, quatro Vice-Presidentes e quatro Secretrios.

  • 1964 DIRIO DA REPBLICA

    devendo para o efeito faz-lo segundo as regras estabeleci-

    das para os demais Deputados.

    ARTIGO 50.

    (Competncia quanto s reunies plenrias)

    1. Compete Mesa quanto s reunies plenrias:

    a) enquadrar nas formas previstas no presente

    regimento, as iniciativas orais e escritas dos

    Deputados e dos Grupos Parlamentares;

    b) decidir as questes de interpretao e integrao de

    lacunas do presente regimento;

    c) apreciar e decidir sobre as reclamaes relativas

    aos Dirios da Assembleia Nacional.

    2. Das deliberaes da Mesa cabe recurso ao Plenrio.

    ARTIGO 51.

    (Reunies e votaes da Mesa)

    1. A Mesa rene-se ordinria e extraordinariamente sem-

    pre que convocada pelo Presidente Nacional.

    2. Em caso de votao os representantes dos parti-

    dos polticos ou de coligao de partidos polticos tm um

    nmero de votos correspondente ao nmero de assentos na

    Assembleia Nacional.

    ARTIGO 52.

    (Competncia dos Vice-Presidentes)

    Compete aos Vice-Presidentes:

    a) coadjuvar o Presidente da Assembleia Nacional no

    exerccio das suas funes;

    b) substituir o Presidente da Assembleia Nacional nas

    suas ausncias ou impedimentos;

    c) cumprir as funes que lhes sejam delegadas pelo

    Presidente;

    d) representar o Presidente da Assembleia Nacional

    sempre que sejam indicados para o efeito.

    ARTIGO 53.

    (Competncia dos Secretrios)

    Compete aos Secretrios:

    a)

    e do qurum e registar o resultado das votaes;

    b) proceder leitura do expediente durante as reuni-

    es plenrias;

    c) organizar a inscrio dos oradores que pretendam

    usar da palavra;

    d) ordenar as matrias a submeter votao;

    e) promover, a redaco, reviso e correco do Di-

    rio das reunies plenrias;

    f) servir de escrutinadores, salvo nos casos em que

    seja nomeada uma Comisso Eleitoral;

    g) desempenhar outras tarefas que lhes sejam indi-

    cadas pelo Presidente da Assembleia Nacional.

    a) decidir sobre as reclamaes acerca das inexac-

    actas da Assembleia Nacional;

    b) enquadrar as iniciativas do Presidente da Repblica,

    dos Deputados e dos Grupos Parlamentares;

    c) assegurar o cabal desempenho dos servios da

    Secretaria da Mesa;

    d) coadjuvar o Presidente da Assembleia Nacional no

    exerccio das suas funes;

    e) dirigir os trabalhos legislativos da Assembleia

    Nacional;

    f) tomar as providncias necessrias regularidade

    dos trabalhos legislativos;

    g) delegar aos seus membros tarefas ou cargos refe-

    rentes aos servios legislativos;

    h)

    da Assembleia Nacional;

    i) adoptar medidas adequadas para promover e valo-

    rizar o poder legislativo;

    j) adoptar as providncias necessrias para a defesa

    judicial e extrajudicial de Deputados contra a

    ameaa ou a prtica de acto atentatrio do livre

    exerccio e das prerrogativas constitucionais do

    mandato parlamentar;

    k) propor ao Plenrio, no incio da Primeira Ses-

    so Legislativa, aps audio da Conferncia

    dos Presidentes dos Grupos Parlamentares, o

    nmero de Deputados por Grupo Parlamentar,

    por partido poltico ou por coligao de partidos

    polticos, que integram cada Comisso de Traba-

    lho Especializada;

    l) anunciar a perda de mandato de Deputado, nos

    casos previstos no Estatuto do Deputado;

    m) aps deliberao do Plenrio e o respectivo despa-

    cho do Presidente da Assembleia Nacional neste

    sentido, velar pelo encaminhamento ao Tribunal

    de Contas do Relatrio de Execuo e Contas da

    -

    ceiro, nos termos da lei;

    n) encaminhar ao Presidente da Assembleia Nacional

    as concluses dos relatrios das Comisses Par-

    lamentares de Inqurito;

    o) apresentar ao Plenrio na reunio de encerramento

    da Sesso Legislativa, uma resenha dos traba-

    lhos realizados, precedida de sucinto relatrio

    sobre o seu desempenho.

    2. Os membros da Mesa no podem fazer parte da

    Direco de qualquer Grupo Parlamentar, de Comisso

    Eventual ou de Comisso Parlamentar de Inqurito.

    3. Os membros da Mesa, exceptuando-se o seu

    Presidente, podem, desde que inscritos, tomar a palavra,

  • 1965I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012

    ARTIGO 55.

    (Subsistncia da Mesa)

    No termo da legislatura, a Mesa mantm-se em funes

    at investidura dos novos Deputados eleitos.

    CAPTULO III

    Comisso Permanente

    ARTIGO 56.

    A Comisso Permanente o rgo da Assembleia

    Nacional que funciona:

    a) fora do perodo de funcionamento efectivo da

    Assembleia Nacional;

    b) entre o termo de uma legislatura e incio de nova

    legislatura;

    c) nos intervalos e suspenses, previstos no presente

    regimento.

    ARTIGO 57.

    (Composio)

    1. A Comisso Permanente da Assembleia Nacional

    presidida pelo Presidente da Assembleia Nacional e integra

    as seguintes entidades:

    a) Vice-Presidentes;

    b) Secretrios da Mesa;

    c) Presidentes dos Grupos Parlamentares;

    d) Presidentes das Comisses de Trabalho Especia-

    lizadas;

    e) Presidente do Conselho de Administrao da

    Assembleia Nacional;

    f) Presidente do Grupo de Mulheres Parlamentares;

    g) Doze Deputados designados na proporo dos

    assentos de cada partido poltico ou coligao

    de partidos polticos.

    2. Os partidos polticos e coligao de partidos polticos

    com representao na Comisso Permanente devem indicar

    os seus suplentes em nmero no superior ao de efectivos,

    de forma a assegurar o qurum.

    3. Das reunies da Comisso Permanente so lavradas

    actas por um dos Secretrios designado pelo Presidente da

    Assembleia Nacional.

    ARTIGO 58.

    (Ausncias ou impedimentos do Presidente)

    Nas ausncias ou impedimentos do Presidente da

    Comisso Permanente, as reunies so presididas por um

    dos Vice- Presidentes pela ordem de precedncia.

    ARTIGO 59.

    (Competncia)

    1. Compete Comisso Permanente:

    a) exercer os poderes da Assembleia Nacional relati-

    vamente ao mandato dos Deputados;

    b) preparar a abertura das Sesses Legislativas;

    ARTIGO 54.

    (Secretaria da Mesa)

    1. A Secretaria da Mesa o rgo administrativo da Mesa

    da Assembleia Nacional, ao qual compete coordenar e orga-

    nizar todo o processo legislativo da Assembleia Nacional.

    2. Secretaria da Mesa, compete:

    a) -

    cial da Assembleia Nacional;

    b) publicar os dirios e as actas da Assembleia Nacio-

    nal;

    c)

    legislativos aprovados pelo Plenrio;

    d) receber as peties, reclamaes e sugestes de

    qualquer cidado, instituio pblica ou pri-

    vada, contra acto ou omisso das autoridades e

    entidades pblicas, ou imputadas a Deputados

    e encaminh-las, por escrito, s Comisses

    competentes em razo da matria para anlise,

    no sendo permitido o anonimato do autor ou

    autores;

    e) receber a participao da sociedade civil exercida

    atravs do oferecimento de pareceres tcnicos,

    exposies e propostas, nomeadamente, prove-

    associaes e sindicatos e demais instituies

    representativas e encaminh-las ao Presidente

    da Assembleia Nacional;

    f) regulamentar e organizar as visitas e a assistncia

    do pblico s reunies da Assembleia Nacional e

    das suas Comisses de Trabalho Especializadas;

    g) executar as directrizes emanadas pelo Presidente

    da Assembleia Nacional e da Mesa.

    3. Ao Primeiro Secretrio da Mesa cabe superintender

    os servios da Secretaria da Mesa da Assembleia Nacional.

    4. A Secretaria da Mesa dirigida por um Director e

    rege-se por um regulamento interno a aprovar pelo Plenrio

    da Assembleia Nacional.

    5. Integra a Secretaria da Mesa da Assembleia Nacional

    um rgo de natureza tcnico-administrativa competindo-

    -lhe respectivamente:

    a) preparar e garantir a distribuio da documentao

    das reunies plenrias da Assembleia Nacional;

    b) acompanhar e secretariar o desenrolar das reunies

    plenrias da Assembleia Nacional;

    c) inserir nos diplomas, em colaborao com as

    comisses competentes em razo da matria, as

    alteraes e emendas introduzidas pelo Plenrio;

    d) preparar o expediente aprovado para remisso ao

    gabinete do Presidente da Assembleia Nacional;

    e) realizar estudos de interesse parlamentar e demais

    tarefas tcnicas orientadas pelos rgos compe-

    tentes da Assembleia Nacional.

  • 1966 DIRIO DA REPBLICA

    sob proposta do Presidente, ouvida a Conferncia dos

    Presidentes dos Grupos Parlamentares.

    5. As Comisses no exerccio das suas atribuies,

    so apoiadas por tcnicos e especialistas contratados pela

    Assembleia Nacional.

    ARTIGO 63.

    (Indicao dos membros das Comisses)

    1. A indicao dos Deputados para as Comisses compete

    aos respectivos Grupos Parlamentares, partidos polticos ou

    coligao de partidos polticos e deve ser efectuada no prazo

    2. Se algum Grupo Parlamentar, partido poltico ou coli-

    gao de partidos polticos no quiser ou no puder indicar

    representantes, no h lugar ao preenchimento das vagas por

    Deputados de outros partidos polticos ou coligao de par-

    tidos polticos.

    3. Os Deputados na situao prevista no n. 2 do artigo

    29. do presente regimento, indicam, eles prprios, as opes

    sobre as Comisses que desejam integrar e o Presidente da

    Assembleia Nacional, ouvida a Conferncia dos Presidentes

    dos Grupos Parlamentares, designa aquela ou aquelas a que

    o Deputado deve pertencer, acolhendo, na medida do poss-

    vel, as opes apresentadas.

    ARTIGO 64.

    (Formas de deliberao)

    1. As deliberaes das Comisses so tomadas por con-

    senso ou, na sua falta, por maioria absoluta dos votos dos

    membros presentes.

    2. As votaes so feitas pelo sistema de mo levantada,

    excepto quando disposio especial determine o contrrio.

    SECO II

    Comisses de Trabalho Especializadas

    ARTIGO 65.

    (Denominao e durao)

    1. A denominao das Comisses de Trabalho

    Especializadas decidida pelo Plenrio em cada Legislatura

    e em funo da matria e das convenincias de interveno

    da Assembleia Nacional.

    2. As Comisses de Trabalho Especializadas, cria-

    das nos termos do presente regimento, duram o perodo da

    legislatura.

    ARTIGO 66.

    (Alterao da denominao)

    -

    minao referida no artigo anterior ou a repartio de

    competncias entre as Comisses de Trabalho Especializadas

    c) convocar extraordinariamente a Assembleia Nacio-

    nal, face a necessidade de se analisar assuntos

    d) emitir parecer no mbito do processo de declarao

    de estado de guerra e de feitura da paz;

    e) emitir parecer no mbito do processo de declarao

    de estado de stio ou de estado de emergncia;

    f) elaborar o seu regulamento;

    g) submeter ao Plenrio o seu relatrio de actividades,

    no incio da Sesso Legislativa seguinte.

    2. No caso da alnea e) do nmero anterior, a Comisso

    Permanente promove a convocao extraordinria da

    Assembleia Nacional no mais curto prazo possvel, por

    quaisquer meios de comunicao que assegurem o seu efec-

    tivo conhecimento e publicidade.

    CAPTULO IV

    Comisses de Trabalho

    SECO I

    Disposies Gerais

    ARTIGO 60.

    (Tipos)

    A Assembleia Nacional pode constituir, nos termos da

    alnea c) do artigo 160. da Constituio da Repblica de

    Angola, as seguintes Comisses de Trabalho:

    a) comisses de Trabalho Especializadas;

    b) comisses Eventuais;

    c) comisses Parlamentares de Inqurito.

    ARTIGO 61.

    (Constituio e aprovao)

    As Comisses de Trabalho, referidas no artigo anterior,

    so constitudas e aprovadas, por resoluo da Assembleia

    Nacional, conforme o previsto na alnea f) do n. 2 do artigo

    166. da Constituio da Repblica de Angola.

    ARTIGO 62.

    (Composio)

    1. A composio das Comisses de Trabalho corresponde

    representatividade dos partidos polticos ou de coligao

    de partidos polticos na Assembleia Nacional.

    2. As Direces das Comisses de Trabalho so, no con-

    junto, repartidas pelos Grupos Parlamentares na proporo

    do nmero dos seus Deputados.

    3. Para efeitos do nmero anterior e sem prejuzo do

    princpio da proporcionalidade, os Grupos Parlamentares

    escolhem as presidncias que lhes caibam, por ordem de

    prioridade, a comear pelo maior Grupo Parlamentar.

    4. O nmero de membros de cada Comisso e a sua

    distribuio pelos diversos partidos polticos ou coligao

  • 1967I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012

    ARTIGO 69.

    (Participao dos Deputados nas Comisses de Trabalho

    Especializadas)

    1. Os Deputados participam em todas as actividades das

    Comisses de Trabalho Especializadas em que estiverem

    integrados, nos termos do artigo 63. do presente regimento.

    2. O Grupo Parlamentar, partido poltico ou a coligao

    de partidos polticos, a que o Deputado pertence, pode pro-

    mover a sua substituio na comisso, a todo o tempo.

    3. Perde a qualidade de membro da Comisso de Trabalho

    Especializada:

    a) o Deputado que deixe de pertencer ao Grupo Parla-

    mentar, partido poltico ou coligao de partidos

    polticos pelo qual foi indicado;

    b) que solicite a sua movimentao para outra Comis-

    so de Trabalho Especializada.

    4. Compete aos Presidentes das Comisses de Trabalho

    membros, nos termos da alnea j) do artigo 24. do presente

    regimento.

    5. A falta do Deputado reunio da Comisso de Trabalho

    Especializada a que pertence considera-se automaticamente

    estado presente noutra actividade da Assembleia Nacional.

    6. A execuo de programas da Assembleia Nacional,

    especialmente concebidos para os Deputados residentes fora

    de Trabalho Especializadas.

    7. Nenhum Deputado pode ser indicado para mais de

    uma Comisso de Trabalho Especializada, salvo se o par-

    tido poltico ou a coligao de partidos polticos de que faa

    parte, em razo do nmero dos seus Deputados, no tiver

    representantes em todas as comisses e, neste caso, nunca

    em mais de duas, sem prejuzo da sua participao, sem

    direito a voto nos trabalhos de outras Comisses.

    ARTIGO 70.

    (Direco)

    1. Cada Comisso de Trabalho Especializada tem uma

    direco, composta por:

    a) um Presidente designado segundo o preceituado na

    alnea b) do artigo 32. do presente regimento;

    b) um vice-presidente e dois secretrios eleitos, se

    possvel, na primeira reunio da Comisso de

    Trabalho Especializada, sob proposta do Grupo

    Parlamentar, partido poltico ou coligao de

    partidos polticos;

    c) coordenadores das Subcomisses de Trabalho

    Especializadas, previstas no artigo 160. do pre-

    sente regimento.

    pode ser alterada, sob proposta do Presidente da Assembleia

    Nacional ou dos Grupos Parlamentares e mediante delibera-

    o do Plenrio.

    ARTIGO 67.

    (Actividades)

    1. As Comisses de Trabalho Especializadas realizam a

    sua actividade com carcter permanente e de acordo com os

    planos de trabalho aprovados pelo Plenrio da Assembleia

    Nacional.

    2. As Comisses de Trabalho Especializadas reme-

    tem, trimestralmente, um relatrio da sua actividade ao

    Presidente da Assembleia Nacional, que o submete apre-

    ciao do Plenrio.

    ARTIGO 68.

    (Competncias gerais)

    Compete s Comisses de Trabalho Especializadas:

    a) apreciar as propostas de lei, os projectos de lei,

    os projectos de resolues, as propostas de

    alterao e os tratados submetidos Assembleia

    Nacional e produzir os correspondentes relat-

    rios e pareceres;

    b) votar, na especialidade, os textos aprovados, na

    generalidade, pelo Plenrio, nos termos e com os

    limites estabelecidos pelo presente regimento;

    c) emitir pareceres sobre os pedidos de interpretao,

    esclarecimentos, dvidas ou omisses solicita-

    dos por diversas entidades ou individualidades,

    quanto a aplicao das leis aprovadas pela

    Assembleia Nacional;

    d) apreciar as peties, as reclamaes e as sugestes

    dirigidas Assembleia Nacional e a si enca-

    minhadas pela Secretaria da Mesa, nos termos

    da alnea d) do n. 2 do artigo 54. do presente

    regimento;

    e) inteirar-se dos assuntos polticos e administrativos

    que sejam do seu mbito e fornecer, Assem-

    bleia Nacional, quando esta julgar conveniente,

    os elementos necessrios apreciao dos actos

    do Executivo e da Administrao Pblica;

    f)

    Administrao Pblica, das leis e das resolues

    da Assembleia Nacional e sugerir a esta, as

    medidas consideradas convenientes;

    g) propor, ao Presidente da Assembleia Nacional, a

    realizao de debates no Plenrio, sobre mat-

    rias da sua competncia;

    h) elaborar e aprovar o seu regulamento;

    i) contribuir para o cumprimento do regimento e das

    deliberaes da Assembleia Nacional.

  • 1968 DIRIO DA REPBLICA

    2. A iniciativa de constituio de Comisses Eventuais

    pode ser exercida por um mnimo de dez Deputados.

    3. A composio das Comisses Eventuais deve respeitar

    o princpio da representao proporcional, nos termos pre-

    vistos no presente regimento.

    ARTIGO 73.

    (Competncias)

    1. As competncias das Comisses Eventuais so limi-

    tadas ao objecto para o qual so constitudas, devendo, nos

    -

    sentar os relatrios da sua actividade.

    2. Compete s Comisses Eventuais apreciar os assun-

    tos, objecto da sua constituio, apresentando os respectivos

    Nacional.

    3. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, as

    Comisses Eventuais podem requerer ao Plenrio a prorro-

    SECO IV

    Comisses Parlamentares de Inqurito

    ARTIGO 74.

    Inqurito)

    1. As Comisses Parlamentares de Inqurito so instru-

    2. A constituio e o regime das Comisses Parlamentares

    de Inqurito encontram-se regulados nos artigos 274. e

    seguintes do presente regimento.

    CAPTULO VDelegaes Parlamentares

    ARTIGO 75.

    (Natureza das delegaes parlamentares)

    1. Podem ser constitudas delegaes parlamentares,

    internas ou externas.

    2. So delegaes parlamentares internas, aquelas que

    representam a Assembleia Nacional em actividades e even-

    tos parlamentares de mbito nacional.

    3. So delegaes Parlamentares externas, aquelas

    que representam a Assembleia Nacional em actividades e

    eventos parlamentares no domnio das relaes bilaterais,

    multilaterais e internacionais.

    ARTIGO 76.

    (Constituio das delegaes parlamentares)

    1. As Delegaes Parlamentares so constitudas pelo

    Presidente da Assembleia Nacional, ouvidos os Presidentes

    dos Grupos Parlamentares ou, na falta destes, os repre-

    sentantes dos partidos polticos ou coligao de partidos

    2. Os Presidentes das Comisses no podem, cumulati-

    vamente, presidir mais do que uma Comisso de Trabalho

    Especializada.

    ARTIGO 71.

    (Relatrios, pareceres e relatores)

    1. Os relatrios e os pareceres previstos nos n.os 1 e 2 do

    artigo 179. do presente regimento devem conter, em rela-

    o matria que lhe deu causa e na medida do possvel, os

    seguintes dados:

    a) a indicao da iniciativa e o nome do relator ou

    relatores designados;

    b) a anlise sucinta dos factos, das situaes e das

    realidades que lhes digam respeito;

    c) o esboo histrico das questes suscitadas;

    d) o enquadramento legal e doutrinrio do tema em

    debate;

    e) as consequncias previsveis da aprovao e dos

    eventuais encargos com a respectiva aplicao;

    f) a referncia aos contributos recebidos de associa-

    es, de sindicatos ou de outras entidades que

    tenham interesse nas matrias em apreciao;

    g) as concluses e o parecer.

    2. Para cada assunto a submeter ao Plenrio, a Comisso

    pode designar um ou mais relatores, podendo, ainda, desig-

    nar relator prprio para cada uma das respectivas partes,

    quando o assunto referido aconselhe a sua diviso.

    3. Os Deputados tm o direito e o dever de elaborar

    relatrios e pareceres, competindo direco da Comisso

    promover a sua distribuio de modo a que esta se processe

    com equilbrio entre os Deputados.

    4. Sempre que um Deputado deseja assumir a feitura de

    um relatrio/parecer, pode faz-lo, sem prejuzo da aplica-

    o do disposto no nmero anterior.

    5. No caso do nmero anterior, havendo vrios candida-

    tos, o relatrio/parecer atribudo a quem menos relatrios

    tenha produzido, procedendo-se, em caso de empate, vota-

    o secreta.

    6. Os relatrios e pareceres podem ser elaborados por

    uma ou mais Comisses de Trabalho Especializadas, con-

    forme o despacho do Presidente da Assembleia Nacional.

    SECO III

    Comisses Eventuais

    ARTIGO 72.

    (Constituio)

    1. A Assembleia Nacional pode constituir Comisses

    -

    lhes forem atribudas.

  • 1969I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012

    4. O Grupo Inter-Parlamentar, os Grupos Nacionais e os

    Grupos de Amizade e Solidariedade so dotados de regula-

    mento prprio.

    CAPTULO VI

    Grupo de Mulheres Parlamentares

    ARTIGO 79.

    O Grupo de Mulheres Parlamentares, abreviadamente

    GMP, o rgo da Assembleia Nacional que visa o inter-

    cmbio interno e externo das Parlamentares e constitudo

    por todas as Deputadas Assembleia Nacional.

    ARTIGO 80.

    (Objectivos)

    O Grupo de Mulheres Parlamentares tem como objectivo

    garantir a promoo da mulher e a adopo de mecanismos

    institucionais para o tratamento das questes relacionadas

    com a promoo da igualdade de gnero.

    ARTIGO 81.

    (Direco)

    1. A direco do Grupo de Mulheres Parlamentares tem

    a seguinte composio:

    a) uma Presidente;

    b) duas Vice-Presidentes;

    c) duas Secretrias.

    2. A direco do GMP eleita, por maioria absoluta das

    Deputadas em efectividade de funes, sob proposta dos par-

    tidos polticos ou coligao de partidos polticos, tendo em

    considerao a sua representao na Assembleia Nacional e

    no estrito respeito pelo princpio da proporcionalidade.

    ARTIGO 82.

    (Mandato)

    O mandato da direco do Grupo de Mulheres

    Parlamentares de dois anos e meio, sem prejuzo de poss-

    veis alteraes, sempre que se mostre necessrio.

    ARTIGO 83.

    (Funcionamento)

    O Grupo de Mulheres Parlamentares funciona com base

    em regulamento prprio, a ser aprovado pelo Plenrio da

    Assembleia Nacional.

    TTULO VFuncionamento

    CAPTULO ILegislatura

    SECO I

    Sesses Legislativas

    ARTIGO 84.

    (Legislatura, Sesso Legislativa e perodo de funcionamento efectivo)

    1. A Legislatura compreende cinco Sesses Legislativas

    ou anos parlamentares.

    polticos e tendo em conta, sempre que possvel, a compo-

    sio dos Grupos Nacionais e dos Grupos de Amizade e de

    Solidariedade.

    Presidente da Assembleia Nacional da sua exclusiva

    competncia.

    3. A constituio das Delegaes das Comisses

    de Trabalho Especializadas e do Grupo das Mulheres

    Parlamentares da competncia do Presidente da Assembleia

    Nacional, sob proposta dos respectivos Presidentes.

    4. As delegaes devem respeitar, na sua composio, o

    princpio da representao proporcional e da representativi-

    dade, nos termos do presente regimento.

    ARTIGO 77.

    (Mandato e relatrio)

    1. As Delegaes Parlamentares so constitudas por

    despacho do Presidente da Assembleia Nacional com uma

    2. As Delegaes Parlamentares devem elaborar um

    relatrio com as informaes necessrias avaliao do seu

    desempenho.

    3. O relatrio deve ser submetido ao Presidente da

    artigo 115. do presente regimento, no prazo de quinze dias

    -

    o tenha participado.

    ARTIGO 78.

    (Cooperao inter-parlamentar)

    1. Para assegurar as relaes de cooperao inter-parla-

    mentar, o Plenrio da Assembleia Nacional constitui o Grupo

    Inter-Parlamentar, que atravs de Delegaes Parlamentares

    externas estabelece e dinamiza as relaes de coopera-

    o bilateral e multilateral, com outros parlamentos e

    organizaes inter-parlamentares internacionais e regio-

    nais, sobretudo por meio de participao em Organizaes

    Inter-Parlamentares de vocao universal, regional ou

    especializada.

    2. Para os efeitos constantes do nmero anterior o Grupo

    Inter-Parlamentar pode constituir Grupos Nacionais e

    Grupos de Amizade e de Solidariedade.

    3. O Grupo Inter-Parlamentar, os Grupos Nacionais e os

    Grupos de Amizade e de Solidariedade devem elaborar, tri-

    mestralmente, um relatrio com as informaes necessrias

    avaliao do desempenho das suas actividades, a ser sub-

    metido ao Presidente da Assembleia Nacional, que decide da

    sua apresentao ao Plenrio, sem prejuzo de, em qualquer

    caso, ser publicado no Dirio da Assembleia Nacional.

  • 1970 DIRIO DA REPBLICA

    das imunidades dos Deputados, nos termos do presente regi-

    mento ou do Estatuto do Deputado.

    SECO II

    Trabalhos Parlamentares

    ARTIGO 87.

    1. So considerados trabalhos parlamentares as reuni-

    es do Plenrio, da Comisso Permanente, da Conferncia

    dos Presidentes dos Grupos Parlamentares, do Conselho de

    Administrao da Assembleia Nacional, das Comisses de

    Trabalho Especializadas, das Subcomisses e dos Grupos de

    Trabalho, criados no mbito das Comisses e das Delegaes

    Parlamentares.

    2. , ainda, considerado trabalho parlamentar:

    a) as actividades junto do eleitorado;

    b) a elaborao de pareceres, propostas e relatrios;

    c) as reunies dos Grupos Parlamentares e as jorna-

    das promovidas por estes;

    d) a participao de Deputados em seminrios, confe-

    rncias e outras actividades formativas;

    e) a participao de Deputados em actividades de

    cooperao bilateral e multilateral;

    f) as demais tarefas e reunies convocadas pelo Presi-

    dente da Assembleia Nacional ou estabelecidas

    por lei.

    3. Os trabalhos dos Grupos Parlamentares realizam-se

    nos termos do regulamento prprio de cada grupo, a publi-

    car no Dirio da Assembleia Nacional.

    ARTIGO 88.

    (Organizao dos trabalhos)

    1. Os trabalhos parlamentares so organizados da

    seguinte forma:

    a) primeira semana do ms: trabalhos nas Comisses

    de Trabalho Especializadas;

    b) segunda semana do ms: trabalhos segundo os

    Programas dos Grupos Parlamentares;

    c) terceira semana do ms: realizao de Reunies

    Plenrias;

    d) quarta semana do ms: trabalho com o eleitorado

    e nos Gabinetes Locais de Apoio aos Crculos

    Eleitorais Provinciais de Deputados.

    2. Por solicitao da Conferncia dos Presidentes dos

    Grupos Parlamentares, o Presidente da Assembleia Nacional

    pode organizar os trabalhos da Assembleia Nacional de

    forma diferente prevista no nmero anterior para permitir

    que os Deputados realizem trabalho poltico junto dos elei-

    tores, sobretudo nos perodos que antecedem os processos

    -

    gao e discusso pblica de assuntos de especial relevncia.

    3. O Presidente pode, ainda, suspender os trabalhos da

    Assembleia Nacional quando solicitado por qualquer Grupo

    2. Cada Sesso Legislativa inicia a 15 de Outubro e tem

    a durao de um ano, sem prejuzo dos intervalos previstos

    no presente regimento e das suspenses que forem delibe-

    radas por maioria de 2/3 dos Deputados em efectividade de

    funes.

    3. Cada Sesso Legislativa inicia com uma Reunio

    Solene, durante a qual executado o Hino Nacional e o

    Presidente da Repblica profere um discurso sobre o Estado

    da Nao.

    4. O perodo de funcionamento efectivo da Assembleia

    Nacional de dez meses e termina a 15 de Agosto do ano

    seguinte.

    intervalo de 15 de Dezembro a catorze de Janeiro, e obser-

    vada pausa parlamentar no perodo de 16 de Agosto a 14 de

    Outubro.

    6. Cada Sesso Legislativa compreende tantas reuni-

    es plenrias ordinrias ou extraordinrias, quantas sejam

    necessrias, podendo cada reunio durar mais de um dia.

    ARTIGO 85.

    (Convocao fora do perodo de funcionamento efectivo)

    1. Fora do perodo de funcionamento efectivo, a

    Assembleia Nacional pode funcionar extraordinariamente

    por deliberao do Plenrio, por convocao da Comisso

    Permanente ou, por impossibilidade desta, e em caso de

    emergncia, por iniciativa de mais de metade dos Deputados

    em efectividade de funes.

    2. No caso de convocao por iniciativa de mais de

    metade dos Deputados, o anncio da convocao deve

    ser tornado pblico atravs dos meios de comunicao

    adequados.

    ARTIGO 86.

    (Reunio das comisses fora do perodo de funcionamento efectivo)

    1. Fora do perodo de funcionamento efectivo e durante

    as suspenses pode funcionar qualquer Comisso, desde

    que tal seja indispensvel ao bom andamento dos seus traba-

    lhos e mediante a concordncia da maioria dos membros da

    Comisso, desde que o Presidente da Assembleia Nacional

    o autorize.

    2. O Presidente da Assembleia Nacional pode promo-

    ver a convocao de qualquer Comisso para os 15 dias

    convenientemente os trabalhos desta.

    3. A Comisso, ou as Comisses de Trabalho

    Especializadas, que atendem s matrias relacionadas com

    os mandatos, a tica e o decoro parlamentar, podem reunir-se

    a todo o tempo, com dispensa dos procedimentos exigidos

    no n. 1 do presente artigo, quando tenham de se pronun-

  • 1971I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012

    diverso, podendo realizar-se, excepcionalmente, mais de

    uma reunio no mesmo dia.

    ARTIGO 93.(Reunies extraordinrias)

    A Assembleia Nacional rene-se extraordinariamente:

    a) por deliberao do Plenrio;

    b) por iniciativa da Comisso Permanente;

    c) por iniciativa de mais de metade dos Deputados em

    efectividade de funes;

    d) nos demais casos previstos na Constituio da

    Repblica de Angola e na lei.

    SUBSECO IIConvocao e Ordem do Dia

    ARTIGO 94.(Convocao)

    1. As reunies plenrias so convocadas pelo Presidente

    da Assembleia Nacional, por escrito.

    2. Da convocatria deve constar a data, a hora e o local

    da sua realizao, bem como a ordem do dia a ser desenvol-

    vida na reunio.

    3. A convocatria deve ser feita com, pelo menos, cinco

    dias teis de antecedncia.

    4. Sem prejuzo do nmero anterior, a distribuio das

    convocatrias deve ser feita de modo a que os Deputados

    delas tomem conhecimento, com a antecedncia mnima de

    quarenta e oito horas.

    5. A falta a uma reunio do Plenrio deve ser sempre

    comunicada, por escrito, pelo Deputado, nos oito dias sub-

    6. As reunies plenrias extraordinrias, no perodo de

    funcionamento efectivo, so convocadas com uma antece-

    dncia mnima de dois dias teis e fora desse perodo, com a

    antecedncia mnima de dez dias.

    7. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, extraor-

    dinariamente, os perodos de antecedncia para a convocao

    das reunies plenrias podem ser reduzidos, conforme a

    urgncia dos assuntos a tratar.

    8. As convocatrias so publicadas:

    a) No Dirio da Assembleia Nacional ou em folha

    avulsa;

    b) Nos rgos de comunicao social ou nos meios de

    comunicao electrnica.

    ARTIGO 95.(Ordem do dia)

    1. A ordem do dia das reunies plenrias da Assembleia

    -

    presente regimento.

    -

    cede audio dos Presidentes dos Grupos Parlamentares,

    atravs da respectiva Conferncia, que na falta de consenso

    decide nos termos dos n.s 3 e 5 do artigo 45. do presente

    regimento.

    Parlamentar, para efeito de realizao das suas jornadas par-

    lamentares e dos congressos do respectivo partido poltico.

    4. As Comisses de Trabalho Especializadas podem

    reunir-se durante o funcionamento do Plenrio, devendo

    interromper, obrigatoriamente, os seus trabalhos para que

    os respectivos membros possam exercer, no Plenrio, o seu

    direito de voto.

    5. Sempre que haja reunies de Comisses de Trabalho

    Especializadas, em simultneo com o Plenrio, o Presidente

    deve fazer o seu anncio pblico no Plenrio.

    ARTIGO 89.

    (Dias de trabalho)

    1. A Assembleia Nacional funciona durante os dias teis,

    podendo funcionar excepcionalmente em qualquer outro

    dia, quando assim seja deliberado pelo Plenrio ou pela

    Comisso Permanente.

    2. Quando o termo de qualquer prazo recaia em sbado,

    domingo ou feriado transferido para o dia til seguinte.

    ARTIGO 90.(Horrio de trabalho)

    1. Os Deputados esto isentos de horrio de trabalho.

    2. O horrio de trabalho das reunies plenrias e das

    Comisses de Trabalho Especializadas o seguinte:

    a) de segunda quinta-feira, perodo nico: das

    09.00h s 16.00h, com intervalo das 12:00 s

    13:00h;

    b) s sextas-feiras, perodo nico: das 9.00h s

    13.00h, com intervalo das 11:00 s 11:30.

    3. Sem prejuzo do disposto nos nmeros anteriores a

    Assembleia Nacional pode funcionar fora do referido hor-

    rio, mediante deliberao do Plenrio ou da Comisso

    Permanente.

    SECO III

    Reunies Plenrias

    SUBSECO I

    Disposies Gerais

    ARTIGO 91.

    (Tipos de reunies)

    As Reunies Plenrias podem ser ordinrias ou

    extraordinrias:

    a) so reunies plenrias ordinrias as que se realizam,

    de acordo com o calendrio do ano legislativo,

    previamente aprovado;

    b) so reunies plenrias extraordinrias as que no

    constando do calendrio previamente aprovado,

    so convocadas para tratamento de assuntos

    urgentes.

    ARTIGO 92.

    (Dias das reunies)

    As reunies plenrias realizam-se de tera-feira a sexta-

    -feira, salvo quando a Assembleia Nacional ou a Conferncia

    dos Presidentes dos Grupos Parlamentares delibere de modo

  • 1972 DIRIO DA REPBLICA

    m) aprovao de leis e tratados sobre as restantes

    matrias.

    3. O disposto no nmero anterior cede perante as mat-

    rias seguintes:

    a) mensagens do Presidente da Repblica Assem-

    bleia Nacional;

    b) parecer no mbito do processo de declarao de

    estado de guerra e de feitura da paz pelo Presi-

    dente da Repblica;

    c) parecer no mbito do processo de declarao de

    estado de stio ou de estado de emergncia, nos

    termos da Constituio da Repblica de Angola

    e da lei;

    d) aprovao do Oramento Geral do Estado;

    e) processos relativos auto-demisso, renncia e

    destituio do Presidente da Repblica ou Vice-

    -Presidente da Repblica;

    f) assuntos de interesse nacional de resoluo urgente

    cuja prioridade seja solicitada pelo Presidente da

    Repblica;

    g) aprovao de leis e tratados sobre matrias de

    reserva absoluta de competncia legislativa da

    Assembleia Nacional;

    h) apreciao de decretos legislativos presidenciais

    aprovados no uso de autorizao legislativa e de

    decretos legislativos presidenciais provisrios.

    ARTIGO 97.

    Tm prioridade sobre quaisquer outras matrias, com

    as que constam das alneas a) h) do n. 2 do artigo anterior.

    ARTIGO 98.(Anncio da ordem do dia)

    divulgada, pelo Presidente da Assembleia Nacional, na pri-

    em folha avulsa, aos Grupos Parlamentares.

    no podem ser alteradas, salvo o disposto nos termos dos

    artigos 96., 97. e 99. do presente regimento.

    ARTIGO 99.(Garantia de estabilidade da ordem do dia)

    1. A ordem do dia no pode ser preterida nem interrom-

    pida, a no ser nos casos expressamente previstos no presente

    regimento ou por deliberao da Assembleia Nacional, sem

    votos contra.

    -

    Assembleia Nacional.

    ARTIGO 100.(Prioridade solicitada pelo Presidente da Repblica)

    1. O Presidente da Repblica pode solicitar prioridade

    para assuntos de interesse nacional, de resoluo urgente.

    cabe recurso para o Plenrio, a interpor pelos Presidentes

    dos Grupos Parlamentares.

    do dia votado, sem precedncia de debate, podendo, que-

    rendo, o recorrente fundamentar verbalmente o seu pedido,

    por tempo no superior a trs minutos.

    ARTIGO 96.

    Presidente da Assembleia Nacional da prioridade aos assun-

    tos, respeitando sempre que possvel a ordem cronolgica da

    apresentao dos pedidos de agendamento.

    2. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, o

    Presidente da Assembleia Nacional na seleco das matrias

    precedncia:

    a) parecer no mbito do processo de declarao de

    estado de guerra e de feitura da paz pelo Presi-

    dente da Repblica, nos termos da Constituio

    da Repblica de Angola;

    b) parecer no mbito do processo de declarao de

    estado de stio ou de estado de emergncia, bem

    garantias constitucionais nos termos da Consti-

    tuio;

    c) aprovao do Oramento Geral do Estado;

    d) processos relativos auto-demisso, renncia ou

    destituio do Presidente da Repblica e do

    Vice-Presidente da Repblica;

    e) apreciao de decretos legislativos presidenciais

    aprovados no uso de autorizao legislativa e de

    decretos legislativos presidenciais provisrios;

    f) debate sobre poltica sectorial provocado por inter-

    pelao aos Ministros de Estado e Ministros, nos

    termos da Constituio da Repblica de Angola;

    g) aprovao de leis e tratados sobre matrias que

    constituam reserva absoluta de competncia

    legislativa da Assembleia Nacional;

    h) apreciao do relatrio de execuo trimestral do

    Oramento Geral do Estado;

    i) autorizao ao Presidente da Repblica para con-

    trair e conceder emprstimos e realizar outras

    operaes de crdito que no sejam de dvida

    a conceder em cada ano pelo Executivo;

    j) apreciao da Conta Geral do Estado e das demais

    entidades pblicas que a lei determine;

    k) concesso de amnistias e perdes genricos;

    l) aprovao de leis e tratados sobre matrias que

    constituam reserva relativa da competncia

    legislativa da Assembleia Nacional;

  • 1973I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012

    a) deliberaes sobre o mandato de Deputados;

    b) recursos de decises do Presidente da Assembleia

    Nacional;

    c) eleies suplementares da Mesa;

    d) constituio de comisses e de delegaes parla-

    mentares;

    e) comunicaes das comisses;

    f) reclamaes, nos termos dos artigos 176. e 198. e

    determinao da Comisso de Trabalho Especia-

    lizada competente, nos termos do n. 2 do artigo

    176., todos do presente regimento;

    g) inquritos, nos termos do artigo 277. do presente

    regimento;

    h) relatrio elaborado nos termos do artigo 268. do

    presente regimento;

    i) designao de titulares de cargos exteriores

    Assembleia Nacional;

    j) alteraes ao presente regimento;

    k) pronunciar-se sobre outras matrias no com-

    anteriores, sobre as quais a Assembleia Nacional

    deve pronunciar-se.

    CAPTULO IIFuncionamento do Plenrio

    ARTIGO 103.(Lugares na sala das reunies)

    1. Os Deputados tomam lugar na sala conforme o

    nmero de assentos na Assembleia Nacional, pela forma

    acordada entre o Presidente da Assembleia Nacional e os

    representantes dos partidos polticos e coligao de parti-

    dos polticos, de modo que os da mesma formao partidria

    2. Os representantes do Poder Executivo e representantes

    do Poder Judicial e outras entidades equiparadas tm lugares

    reservados na sala do Plenrio.

    ARTIGO 104.

    A presena dos Deputados s reunies plenrias veri-

    ARTIGO 105.(Proibio da presena de pessoas estranhas)

    Durante o funcionamento das reunies plenrias no

    permitida a presena de pessoas que no tenham assento na

    Assembleia Nacional ou que no estejam em servio, dentro

    da rea reservada ao assento dos Deputados.

    ARTIGO 106.(Convite Individualidades)

    O Presidente da Assembleia Nacional pode, a ttulo

    excepcional ou a pedido do Presidente da Repblica, convi-

    dar individualidades nacionais e estrangeiras a tomar lugar

    na sala e a usar da palavra.

    2. A concesso de prioridade decidida pelo Presidente da

    Assembleia Nacional, ouvida a Conferncia dos Presidentes

    dos Grupos Parlamentares, podendo estes recorrer da deci-

    so, para o Plenrio da Assembleia Nacional.

    3. A prioridade solicitada pelo Presidente da Repblica

    no pode prejudicar o disposto no artigo anterior.

    ARTIGO 101.

    1. Os Grupos Parlamentares no representados no

    -

    es plenrias, durante cada Sesso Legislativa, nos termos

    seguintes:

    a) at 10 Deputados inclusive, uma Sesso;

    b) com mais dez e at um quinto do nmero de Depu-

    tados, inclusive, duas Sesses;

    c) por cada conjunto suplementar de um quinto do

    nmero de Deputados ou fraco, duas Sesses.

    2. Os Grupos Parlamentares representados no Executivo

    ordem do dia de uma reunio plenria por cada conjunto de

    um quinto do nmero de Deputados ou fraco.

    3. Os Deputados ou conjunto de Deputados que sejam

    nicos representantes de partido poltico ou coligao de

    uma reunio plenria em cada Sesso Legislativa.

    4. A cada uma das Sesses previstas nos nmeros ante-

    riores corresponde uma iniciativa legislativa, sem prejuzo

    de a Conferncia dos Presidentes dos Grupos Parlamentares,

    de acordo com o titular do respectivo direito, poder agendar

    outras do mesmo ou de outro Grupo Parlamentar que com

    aquela estejam relacionadas.

    5. O exerccio do direito previsto neste artigo anunciado

    ao Presidente da Assembleia Nacional, em Conferncia dos

    Presidentes dos Grupos Parlamentares, at ao dia quinze de

    cada ms, para que possa produzir efeitos no ms seguinte,

    em conformidade com o disposto no artigo 95. do presente

    regimento.

    6. O proponente do agendamento referido nos nmeros

    anteriores tem direito a requerer a votao na generalidade,

    no prprio dia.

    7. No caso previsto no nmero anterior, se o projecto

    for aprovado na generalidade, o Grupo Parlamentar ou o seu

    proponente tem o direito de obter a votao na especialidade

    8. Cada Deputado, na situao prevista no n. 2 do artigo

    29. do presente regimento, tem direito ao agendamento de

    um projecto de lei ou de resoluo em cada sesso legisla-

    tiva, quando a sua discusso e votao seja proposta pela

    Comisso de Trabalho Especializada competente em razo

    da matria.

    ARTIGO 102.(Apreciao de outras matrias)

    O Presidente da Assembleia Nacional inclui, na primeira

    parte da ordem do dia, a apreciao das seguintes matrias:

  • 1974 DIRIO DA REPBLICA

    3. Cada Deputado dispe de quinze minutos, por Sesso

    Legislativa, para efeitos de participao nos debates referi-

    dos nas alneas c) e d) do n. 1 do presente artigo.

    4. Compete ao Presidente da Assembleia Nacional, ouvida

    a Conferncia dos Presidentes dos Grupos Parlamentares, a

    organizao do perodo antes da ordem do dia nos termos

    do n. 2 do presente artigo, a qual pode abranger os pero-

    dos antes da ordem do dia de mais de uma reunio plenria.

    5. A inscrio dos Deputados para usar da palavra no

    perodo antes da ordem do dia pode ser efectuada pelas

    direces dos respectivos Grupos Parlamentares.

    6. Os tempos utilizados no perodo antes da ordem do

    dia, na formulao de protestos, contra-protestos, pedidos de

    esclarecimento, respectivas respostas e declaraes de voto

    orais so levados em conta no tempo global atribudo a cada

    Grupo Parlamentar, partido poltico ou coligao de parti-

    dos polticos.

    ARTIGO 111.(Perodo da ordem do dia)

    1. O perodo da ordem do dia tem por objecto o exerccio

    -

    vistas pela Constituio da Repblica de Angola.

    2. Sempre que a Assembleia Nacional deva apreciar

    matrias previstas no artigo 96. do presente regimento, o

    perodo da ordem do dia compreende uma primeira parte

    ARTIGO 112.(Expediente e informao)

    Aberta a reunio, a Mesa procede:

    a) meno sobre a presena de cidados ou represen-

    tantes de organizaes e instituies convidadas;

    b) meno ou leitura de qualquer reclamao,

    sobre omisses ou inexactides do Dirio da

    Assembleia Nacional, apresentada por qualquer

    Deputado interessado;

    c) meno, resumo ou leitura de correspondncia de

    interesse para a Assembleia Nacional;

    d) meno, resumo ou leitura de peties de cida-

    dos dirigidas Assembleia Nacional;

    e) meno dos relatrios apresentados pelos Depu-

    tados como resultado de misso interna ou

    internacional;

    f) meno ou leitura de qualquer pedido de infor-

    mao dirigido pelos Deputados aos rgos de

    qualquer entidade pblica, e das respectivas

    respostas;

    g) meno ou leitura de qualquer pergunta dirigida

    por escrito pelos Deputados aos Ministros de

    Estado ou Ministros;

    h) meno dos projectos de lei, de resoluo e de

    deliberao presentes na Mesa;

    i) comunicao das decises do Presidente da

    Assembleia Nacional e das deliberaes da

    ARTIGO 107.

    (Qurum)

    1. A Assembleia Nacional s pode funcionar em reu-

    nio plenria com a presena de, pelo menos, um quinto do

    nmero de Deputados em efectividade de funes.

    2. Para efeitos do nmero anterior, o Primeiro Secretrio

    da Mesa comunica o qurum ao Presidente da Assembleia

    Nacional.

    3. Sempre que no se verifique o qurum exigido no

    n. 1 do presente artigo, o Presidente da Assembleia Nacional

    o qual, se persistir a falta de qurum, declara que no pode

    haver reunio, determinando a atribuio de falta aos ausen-

    tes para os efeitos legais.

    ARTIGO 108.

    (Perodos das reunies)

    Em cada reunio plenria h um perodo designado de

    antes da ordem do dia e outro designado de ordem do dia,

    salvo quando a Assembleia Nacional ou a Conferncia dos

    Presidentes dos Grupos Parlamentares delibere de forma

    diversa.

    ARTIGO 109.

    (Abertura e encerramento)

    1. A abertura e o encerramento das reunies da Assembleia

    Nacional so feitos pelo seu Presidente, mediante a utiliza-

    o da batida de martelo.

    2. Antes do encerramento de cada reunio marcada

    a data e hora da reunio seguinte, nos termos do presente

    regimento.

    ARTIGO 110.

    (Perodo antes da ordem do dia)

    1. O perodo antes da ordem do dia destinado:

    a) apresentao de pontos prvios;

    b) leitura dos anncios e de expediente impostos

    pelo presente regimento;

    c) s declaraes polticas;

    d) ao tratamento pelos Deputados de assuntos de inte-

    resse poltico relevantes;

    e) apresentao de votos de congratulao, sauda-

    o, protesto ou pesar propostos pela Mesa ou

    por algum Deputado;

    f) realizao de debates de urgncia.

    -

    dos nas alneas b), c) e d) do nmero anterior, tem a durao

    de uma hora, podendo ser elevada para duas horas quando

    inclua o debate referido na alnea f) distribudo proporcional-

    mente ao nmero de Deputados de cada Grupo Parlamentar

    e aos representantes nicos ou conjunto de representantes de

    um partido poltico ou coligao de partidos polticos.

  • 1975I SRIE N. 82 DE 2 DE MAIO DE 2012

    c) o enquadramento legal e doutrinrio do tema em

    debate;

    d) as concluses.

    5. O relatrio referido no nmero anterior previamente

    distribudo aos Grupos Parlamentares.

    ARTIGO 116.(Debates de urgncia)

    1. O Presidente da Repblica e os Grupos Parlamentares

    podem requerer, fundamentadamente, ao Presidente da

    Assembleia Nacional, a realizao de debates de urgncia.

    2. Os debates previstos no nmero anterior tm lugar nos

    quinze dias teis posteriores aprovao da sua realizao

    pela Conferncia dos Presidentes dos Grupos Parlamentares.

    ARTIGO 117.(Votos de congratulao, protesto, saudao ou pesar)

    1. Os votos de congratulao, protesto, saudao ou pesar

    podem ser propostos pela Mesa, pelos Grupos Parlamentares

    ou por Deputados.

    2. Os Deputados que queiram propor qualquer dos votos

    previstos no nmero anterior devem comunicar Mesa a sua

    inteno at ao incio da reunio plenria.

    3. A discusso dos votos previstos no n. 1 do pre-

    sente artigo feita no tempo a que tm direito os Grupos

    Parlamentares dos Deputados que intervierem na discusso.

    4. Mediante requerimento de pelo menos dez Deputados,

    a discusso e votao podem ser adiadas para a reunio ple-

    nria seguinte.

    ARTIGO 118.(Organizao dos debates)

    1. A Conferncia dos Presidentes dos Grupos

    Parlamentares delibera, nos termos do artigo 188. do pre-

    sente regimento, sobre o tempo global de cada debate, bem

    como sobre a sua distribuio pelos Grupos Parlamentares,

    coligao de partidos polticos, representantes nicos de

    partidos polticos e Deputados na situao prevista no n. 2

    do artigo 29. do presente regimento.

    discusso, o tempo gasto com pedidos de esclarecimento

    e resposta, protestos e contra-protestos considerado no

    tempo atribudo ao Grupo Parlamentar ou ao partido pol-

    tico em causa a que pertence o Deputado, no caso de no

    constituir um Grupo Parlamentar.

    3. Na falta de deliberao da Conferncia dos Presidentes

    dos Grupos Parlamentares, aplica-se supletivamente o artigo

    seguinte e as demais disposies relativas ao uso da palavra.

    ARTIGO 119.(Tempo de interveno)

    1. No perodo da ordem do dia, o tempo de interven-

    o de cada Grupo Parlamentar proporcional ao nmero

    de assentos obtido por cada partido poltico ou coligao de

    partidos polticos, devendo o mesmo ser rateado de acordo

    Nacional, ouvida a Conferncia dos Presidentes dos Grupos

    Parlamentares.

    Mes