lei 13.019/2014 implementação por estados e municípios · 2017-08-04 · ... e tabela padrão...

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LEI 13.019/2014 Implementação por Estados e Municípios Paula Raccanello Storto

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LEI 13.019/2014 Implementação por Estados e

Municípios

Paula Raccanello Storto

LEI 13.019/2014

Análise de Decretos e Editais

Pesquisa de iniciativa da ABONG – Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais

MARCOS NORMATIVOS DAS RELAÇÕES ENTRE ESTADO E ORGANIZAÇÕES DA

SOCIEDADE CIVIL

• Liberdade

• Participação

• Contratualização

• Controle

• Organização

PROGRAMA “MARCO REGULATÓRIO DAS OSCS”

• perspectiva normativa• Certificação

• Parceirização

• Sustentabilidade

• perspectiva de conhecimento (estudos, pesquisas, capacitação)

LEI 13.019/2014

• Criação de padrões• Abrangência nacional• Organização administrativa da atividade de

fomento e colaboração da Administração Pública brasileira

• Planejamento para estas atividades, por meio da chamada “Política de Fomento e Colaboração”

LEI 13.019/2014 • Diretrizes para a política de fomento e de colaboração com

as OSCs• Obrigatoriedade de chamamento público prévio• Vedação à exigência de contrapartida financeira • Regulamentação do trabalho em rede de OSCs; • Autorização para pagamento de salários, encargos

trabalhistas e verbas rescisórias para a equipe de trabalho da OSC que atue na implementação das atividades ou projetos (Previsão nos planos de trabalho das parcerias é fundamental!)

• Autorização de pagamento de despesas indiretas• Conselho Fomento e Colaboração• Procedimento de Manifestação de Interesse Social” - PMIS

LEI 13.019/2014

• “Convênios” não mais serão aplicáveis às relações jurídicas entre Estado e OSCs

• Exceção às parcerias entre entes e estatais e às entidades de saúde na utilização de recursos do SUS, nos termos do art. 84 da lei.

• A proibição da celebração de convênios entre OSCs e a Administração Pública e o afastamento da Lei 8.666/93 constituem, sem sombra de dúvidas, um grande destaque da lei

LEI 13.019/2014

Diante das profundas e inéditas transformaçõesque a Lei 13.019/14 traz para a lógica dasrelações de parceria entre a AdministraçãoPública e as Organizações da Sociedade Civil, éfundamental neste memento uma atentaobservação das OSCs com relação àslegislações locais (de Estados e especialmentedos Municípios) sobre a matéria.

Decretos RegulamentadoresParticipação na Regulamentação

ABONG. BOLETIM 5 - Projeto Orientação Jurídica. Programa Compartilhar Conhecimento

http://www.abong.org.br/final/download/boletim5.pdf

Dicas, articulação, boas práticas e temas importantes na regulamentação da Lei

Decretos RegulamentadoresSelecionados para Análise – União, Estados e

Capitas • Federal

• Bahia • Distrito Federal • Mato Grosso • Mato Grosso do Sul • Minas Gerais • Paraná • Rio Grande do Sul• Rondônia• São Paulo

• Belo Horizonte• Campo Grande • Curitiba• Rio de Janeiro • São Paulo

Decretos RegulamentadoresAspectos Selecionados para Análise

• Possibilidade de atuação em rede

• Participação das OSCs: • Experiência prévia

• Desvinculação a títulos e certificados

• Inexigência contrapartida financeira

• Liberdade políticas de compras e contratações da OSC

• Conselho de Fomento e Colaboração

• Prestação de contas financeira conforme a Lei• Envio de notas e recibos comprobatórios das despesas ocorrerão

somente após análise técnica, na hipótese de descumprimento de metas e resultados estabelecidos no plano de trabalho

Decretos RegulamentadoresAtuação em Rede

Dos 15 Decretos analisados:

• Apenas 5 autorizam a formação da Rede independentemente da autorização expressa no edital (MT, MS, PR, RS, SP).

• 10 Decretos não fazem esta exigência

• Sendo que 2 Decretos municipais (Curitiba e Rio de Janeiro) não trata da atuação em Rede

Decretos RegulamentadoresParticipação das OSCs

Dos 15 Decretos analisados:• Nenhum traz a exigência de títulos e certificados *• Apenas 2 limitam a exigência de contrapartida em bens e serviços a parcerias

acima de determinado valor (Federal e Bahia)• Decreto do Paraná e do Município de São Paulo estabelecem que a exigência

de contrapartida deve ser necessária e justificada pela Administração • Decreto de Rondônia estabelece que a NÃO EXIGÊNCIA de contrapartida deve

ser necessária e justificada pela Administração• Decreto do Município do Rio de Janeiro traz condições para formato da

proposta (papel formato A4, com margem esquerda igual a 3cm, margem direita igual a 1cm e margens superior e inferior iguais a 3cm, com espaçamento 1,5 entre as linhas e em fonte verdana, tamanho 10) e tabela padrão para critérios de julgamento (Grau de adequação dos objetivos - até 10%; Experiência da OSC - até 10%; Capacidade Operacional – até 60% e preço – até 20%).

*Nota para a existência do Decreto de do Município de Feira de Santana, BA (que não estava entre os Decretos analisados no estudo) que exige a certificação prévia da entidade por Lei Municipal como de Utilidade Pública Municipal.

Decretos RegulamentadoresCompras e Contratações pelas OSCs

Dos 15 Decretos analisados:

• 5 estabelecem adoção de métodos usualmente utilizados pelo setor privado – Federal, DF, RO, Belo Horizonte e Campo Grande

• 2 dão preferência a sistemas eletrônicos – BA e RS

• 3 não tratam deste tema – MT, SP, e Curitiba

• 2 estabelecem obrigatoriedade de 3 cotações – MS e MG

• 2 prevêem obrigatoriedade de aprovação de regulamento pela Administração Pública – PR e Município do Rio de Janeiro

Decretos RegulamentadoresConselho de Fomento e Colaboração

Dos 15 Decretos analisados:

• 4 criam o Conselho – União, BA, MG e RS

• 1 estabelece que será criado - RO

• 10 não tratam deste tema – DF, MT, MS, PR, SP, Belo Horizonte, Campo Grande, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo

Decretos RegulamentadoresPrestação de Contas

Dos 15 Decretos analisados estabelecem:• 6 Prestação de contas financeira apenas de não

cumprimento de meta ou irregularidade, após avaliação do relatório técnico - Federal, DF, MS, RO, São Paulo e Campo Grande

• Município de Rio de Janeiro sinaliza alinhamento ao Decreto federal mas não é expresso sobre a apresentação do relatório financeiro apenas após análise do relatório técnico

• 2 Simplificada abaixo de determinado valor – BA e DF• 1 editará norma própria - MT • 2 não tratam deste tema - SP, Curitiba (seguir a lei)• 3 exigem documentos fiscais – MG, PR, RS, Belo Horizonte

Decretos RegulamentadoresOutros Pontos de Atenção

• Capacitação sobre a Lei 13.019/14• Julgamento das propostas • Autorização para remuneração de pessoal próprio e

para pagamento de custos indiretos • Monitoramento e Avaliação• Possibilidade de destinação de Bens Remanescentes• Regras de impedimento de participação de servidores

públicos e conflitos de interesse• PMIs - Procedimento de Manifestação de Interesse

Social - e transparência das ações• Criação de plataformas eletrônicas para gestão das

parcerias

Editais de Chamamento Aspectos Selecionados para Análise

• Requisitos de Participação

Quem pode (documentos)

• Critérios de Pontuação

Notas (experiência, projeto, equipe, etc)

• Minutas Termos, Anexos e Formulários

Editais de Chamamento

20 editais: 6 federais, 8 estaduais e 6 municipais.

Editais Federais:

• Ministério da Ciência e Tecnologia

• IPHAN

• Ministério da Justiça e Cidadania

• Conselho Nacional do Idoso

• CONFENEN – Conselho Federal de Enfermagem

• CAU – Conselho Federal de Arquitetura e Urbanismo

Editais de Chamamento

Editais Estaduais• Defensoria Pública do Estado de São Paulo• Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do

Estado de São Paulo• Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro• Secretaria de estado de Agricultura Familiar do

Maranhão, • Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Bahia• Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do

Estado de Rondônia• Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social do

Ceará

Editais de Chamamento

Editais Municipais:

• Secretaria de Saúde do Município de Nova Lima –MG

• Conselho dos Direitos do Idoso do Município de Caxias – RS

• Prefeitura de Rio Negro – PR, Prefeitura Municipal de Xanxeré – SC

• Secretaria Municipal de Educação de Belém – PA

• Fundação Cultural Dona Militana da Prefeitura de Amarante – RN

Editais de Chamamento Pontos de Atenção

• Exigência de certificação Utilidade Pública

- Rio Negro – PR

- Fundação Dona Militana – São Gonçalo do Amarante/RN

Ambos editais exigem a qualificação como entidade de utilidade pública, em clara afronta a Lei 13.019/2014 que veda a exigência de certificação como requisito para celebração de parcerias

Editais de Chamamento Pontos de Atenção

• Requisitos de Participação - Adaptação ao art. 33 da Lei 13.019: Requisito

estatutário X normas internas

- MINC/IPHAN - Requisito estatutário “promoção do Carimbó”

- COFEN – veda participação de cooperativas

- CONDECA – SP - Exigência de cadastros locais –CRCE/SP, formulários, credenciamentos

- SAF/MA - Circunscreve o edital a entidades constituídas no Município de Itapecuru, localidade beneficiada pelo edital

Editais de Chamamento Pontos de Atenção

• Requisitos de Participação

- SEA/RJ – 5 anos de experiência com fundos, auditoria. Veda participação de “empresas” do mesmo grupo e que tenham mesmos “acionistas” e aqueles mencionados no art. 9o, da Lei 8666/93 -expressamente afastada pelo art. 84 da Lei 13.019/2014.

Editais de Chamamento Pontos de Atenção

• Requisitos de Participação- SEPROMI/BA e Fundação Dona Militana – São

Gonçalo do Amarante/RN – exigem Declaração de 3 autoridades locais atestando funcionamento e capacidade da OSC.

- Caxias/RS - veda despesas que se enquadram como custos indiretos, e prevê a obrigação da OSC indicar dirigente que será solidariamente responsável

Sobre o tema: BOLETIM 4 – Inconstitucionalidade do art.37 da redação original da lei (revogado): http://www.abong.org.br/final/download/boletim4.pdf

Editais de Chamamento Pontos de Atenção

• Requisitos de Participação- Rio Negro – PR:

- Veda participação de interessados que estejam cumprindo sansões impostas pela lei 8.666/93, - Exige a qualificação como entidade de utilidade pública municipal, em clara afronta a Lei 13.019/2014 que veda a exigência de certificação como requisito para celebração de parcerias - Exige plano de trabalho em conformidade om o artigo 116 da Lei 8666/93, expressamente afastada pelo art. 84 da Lei 13.019/2014 - Exige apresentação de regulamento de compras e contratações, conforme art. 33 da Lei 13.019/2014 que foi revogada neste aspecto.

Editais de Chamamento Pontos de Atenção

• Critérios de Pontuação - Pontuação a partir do grau de adequação da proposta e

das descrições dos elementos solicitados - O valor proposto pela OSC aparece em cerca da metade

dos editais como forma de pontuação – em geral 10 a 15% - ( ... ) mas oscila entre 2,5% (MJ, SAF/MA) e 30% (SEA/RJ)

- Tempo de existência e experiência também aparece como critério de pontuação (3, 5, 8 anos)

- Defensoria SP - Plano de Trabalho não pode incluir “encargos trabalhistas, que deverão ser pagos pela entidade a título de contrapartida financeira“

Editais de Chamamento Pontos de Atenção

• Critérios de Pontuação- ST – CE - Tem dispositivo que determina a pontuação

negativa (desconto na pontuação) de OSCs que tenham recebido advertência ou realizado rescisãoem convênios anteriores celebrados com a Administração Estadual.

- SEPROMI/BA - Dentre os critérios, há quesitos interessantes como a presença de negros, especialmente negros jovens ou mulheres negras, nos quadros diretivos e corpo técnico.

Editais de Chamamento Pontos de Atenção

• Critérios de Pontuação

- Cuidado e atenção para a etapa de "ajustes no Plano de Trabalho", após a seleção da OSC e antes da celebração do Termo de Colaboração, que deve ser a mínima possível a fim de não prejudicar o resultado da seleção.

Editais de Chamamento Pontos de Atenção

• Minutas, Termos e Anexos

- Defensoria SP - Plano de Trabalho prevê valores da remuneração de profissionais com base no piso da categoria

- Prevê formas de prestação de contas e entrega de relatórios com forma e/ou periodicidade diversa da Lei

- MJ - Minuta do Termo - prevê a obrigação da OSC indicar dirigente que será solidariamente responsável Sobre o tema: BOLETIM 4 – Inconstitucionalidade do art.37 da redação original da lei (revogado): http://www.abong.org.br/final/download/boletim4.pdf

Editais de Chamamento Pontos de Atenção

• Minutas, Termos e Anexos

- Caxias/RS – Minuta de CONVENIO - Estabelece em quadro anexo com parâmetros máximos

para remuneração da equipe

- Em geral editais prevêem regras especiais para prestação de contas não raro ultrapassando o disposto na Lei 13.019/2014.

Editais de Chamamento Pontos de Atenção

• Minutas, Termos e Anexos

- ST/CE: Minuta estabelece cláusulas contraditórias sobre aquisições e contratação a de bens e serviços pela OSC mediante cotação prévia de preços, mas também a obrigação de comprovar a realização de procedimento licitatório

- Estabelece ainda que a OSC deve arcar com os custos do procedimento de licitação

Clara afronta à lei 13.019 que afasta a aplicação da lei 8.666/93 e admite a inserção de custos indiretos no orçamento da parceria.

Editais de Chamamento Outros Pontos de Atenção

• Utilização e menção expressa à Lei 8666/93 de forma direta ousubsidiária

• Confusão e/ou não diferenciação entre Termo de Fomento eTermo de Colaboração

• Prazos curtos – 2 meses, 6 meses, 1 e 2 anos – desproporçãoentre o investimento num modelo mais estruturado e o tipo deiniciativa

• Exigência de prestação de contas financeiro por meio daapresentação de notas fiscais e recibos, mesmo quando nãoprevisto em lei ou decreto

• Prazos para impugnação / recursos

Editais de Chamamento

Em caso de problemas nos editais:

• Oficiar a Administração Pública solicitando adequação

• Elaborar Impugnação – prazo no edital (ou 5 dias)

• Representação ao Tribunal de Contas / órgãos de controle

• Ajuizar medida judicial

• Articulação da sociedade para proposição de melhorias nos editais

REFERÊNCIAS

• ABONG. Projeto Orientação Jurídica. Programa Compartilhar Conhecimento. http://abong.org.br/ongs.php

• NEATS – Núcleo de Estudos Avançados em Terceiro Setor (PUC) www.pucsp.br/neats

• Comunidade OSC no Participa.br - www.participa.br/osc

• Mapa das OSCs - www.mapaosc.ipea.gov.br

• Curso “Gestão de parcerias com organizações da sociedade civil: nova Lei de Fomento e de Colaboração” http://www.participa.br/articles/public/0014/5429/29.09.15_Apresenta__o_Curso_SG_Enap_para_Participa.pdf

• Rede Siconv - https://portal.convenios.gov.br/pagina-inicial

REFERÊNCIAS

• JUNQUEIRA, Luciano Prates; FIGUEIREDO, Marcelo et alli. Modernização do sistema de convênio da Administração Pública com a sociedade civil. Série Pensando o Direito, vol. 41. Brasília: Ministério da Justiça, 2012. Disponível em http://pensando.mj.gov.br/publicacoes/ volume-41-modernizacao-do-sistema-de-convenios-da-administracao-publica-com-a-sociedade-civil/

• LOPES, Laís de Figueirêdo, SANTOS, Bianca dos e XAVIER, Iara Rolnik (orgs.) MARCO REGULATÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL: A CONSTRUÇÃO DA AGENDA NO GOVERNO FEDERAL – 2011 a 2014 Secretaria-Geral da Presidência da República,– Brasília: Governo Federal, 2014 Disponível em http://www.participa.br/articles/public/0016/8824/04.12.15_MROSC_ArquivoCompleto_Capa_Miolo.pdf

• LOPES, L. C. F. As parcerias entre o Estado e as Organizações da Sociedade Civil no Brasil: a formação de uma agenda de mudança institucional e regulatória. In: NOVENA CONFERÊNCIA REGIONAL THE INTERNATIONAL SOCIETY FOR THIRD-SECTOR RESEARCH. Santiago do Chile: 28-30 de agosto 2013.

• MENDONÇA, Patrícia; FALCÃO, Domenica Silva. Novo Marco Regulatório para a Realização de Parcerias entre Estado e Organizações da Sociedade Civil (OSC). Inovação ou peso do passado? Cadernos Gestão Pública e Cidadania. São Paulo, v. 21, n.68. Jan./Abr. 2016.

REFERÊNCIAS

• PAES, José Eduardo Sabo. Fundações e Entidades de Interesse Social: Aspectos Jurídicos, Administrativos e Tributários. 8. ed. Brasília: Brasília Jurídica, 2013.

• PEREIRA, Luiz Carlos Bresser; GRAU, Nuria Cunill. O público não-estatal na reforma do Estado. Rio de Janeiro: FGV, 1999.

• STORTO, Paula Raccanello. A incidência do Direito Público sobre as Organizações da Sociedade Civil sem Fins Lucrativos. In: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella; RIBEIRO, Carlos Vinícius Alves (coord.). Direito Privado Administrativo. São Paulo: Atlas, 2013.

• ______. Liberdade de Associação e os Desafios das Organizações da Sociedade Civil no Brasil. Dissertação de Mestrado defendida na área de concentração de Direitos Humanos, sob orientação da Profa. Dra. Eunice Aparecida de Jesus Prudente. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2014

• ______. Paula Raccanello. Questoes de Impacto Federativo Decorrentes do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil e a Lei 13.019/2014. In: Revista Brasileira de Direito do Terceiro Setor, ed. jul-dez/2016. São Paulo: Editora Forum, 2016.