lei 11788 - estágio de estudantes

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Lei sobre estagio brasileira

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  • Presidncia da RepblicaCasa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    LEI N 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008.

    Dispe sobre o estgio de estudantes; altera a redaodo art. 428 da Consolidao das Leis do Trabalho CLT,

    aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de

    1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996;

    revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e8.859, de 23 de maro de 1994, o pargrafo nico do art.

    82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art.

    6o da Medida Provisria no 2.164-41, de 24 de agosto de2001; e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinteLei:

    CAPTULO IDA DEFINIO, CLASSIFICAO E RELAES DE ESTGIO

    Art. 1o Estgio ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa preparao para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqentando o ensino regular em instituies deeducao superior, de educao profissional, de ensino mdio, da educao especial e dos anos finais do ensinofundamental, na modalidade profissional da educao de jovens e adultos.

    1o O estgio faz parte do projeto pedaggico do curso, alm de integrar o itinerrio formativo doeducando.

    2o O estgio visa ao aprendizado de competncias prprias da atividade profissional e contextualizaocurricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidad e para o trabalho.

    Art. 2o O estgio poder ser obrigatrio ou no-obrigatrio, conforme determinao das diretrizescurriculares da etapa, modalidade e rea de ensino e do projeto pedaggico do curso.

    1o Estgio obrigatrio aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horria requisito paraaprovao e obteno de diploma.

    2o Estgio no-obrigatrio aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida carga horriaregular e obrigatria.

    3o As atividades de extenso, de monitorias e de iniciao cientfica na educao superior, desenvolvidaspelo estudante, somente podero ser equiparadas ao estgio em caso de previso no projeto pedaggico do curso.

    Art. 3o O estgio, tanto na hiptese do 1o do art. 2o desta Lei quanto na prevista no 2o do mesmodispositivo, no cria vnculo empregatcio de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos:

    I matrcula e freqncia regular do educando em curso de educao superior, de educao profissional, deensino mdio, da educao especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional daeducao de jovens e adultos e atestados pela instituio de ensino;

    II celebrao de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estgio e a instituio deensino;

    III compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estgio e aquelas previstas no termo decompromisso.

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  • 1o O estgio, como ato educativo escolar supervisionado, dever ter acompanhamento efetivo peloprofessor orientador da instituio de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos

    relatrios referidos no inciso IV do caput do art. 7o desta Lei e por meno de aprovao final.

    2o O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigao contida no termo decompromisso caracteriza vnculo de emprego do educando com a parte concedente do estgio para todos os finsda legislao trabalhista e previdenciria.

    Art. 4o A realizao de estgios, nos termos desta Lei, aplica-se aos estudantes estrangeiros regularmentematriculados em cursos superiores no Pas, autorizados ou reconhecidos, observado o prazo do visto temporrio deestudante, na forma da legislao aplicvel.

    Art. 5o As instituies de ensino e as partes cedentes de estgio podem, a seu critrio, recorrer a serviosde agentes de integrao pblicos e privados, mediante condies acordadas em instrumento jurdico apropriado,devendo ser observada, no caso de contratao com recursos pblicos, a legislao que estabelece as normasgerais de licitao.

    1o Cabe aos agentes de integrao, como auxiliares no processo de aperfeioamento do instituto doestgio:

    I identificar oportunidades de estgio;

    II ajustar suas condies de realizao;

    III fazer o acompanhamento administrativo;

    IV encaminhar negociao de seguros contra acidentes pessoais;

    V cadastrar os estudantes.

    2o vedada a cobrana de qualquer valor dos estudantes, a ttulo de remunerao pelos serviosreferidos nos incisos deste artigo.

    3o Os agentes de integrao sero responsabilizados civilmente se indicarem estagirios para arealizao de atividades no compatveis com a programao curricular estabelecida para cada curso, assim comoestagirios matriculados em cursos ou instituies para as quais no h previso de estgio curricular.

    Art. 6o O local de estgio pode ser selecionado a partir de cadastro de partes cedentes, organizado pelasinstituies de ensino ou pelos agentes de integrao.

    CAPTULO IIDA INSTITUIO DE ENSINO

    Art. 7o So obrigaes das instituies de ensino, em relao aos estgios de seus educandos:

    I celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ou assistente legal, quandoele for absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte concedente, indicando as condies de adequao doestgio proposta pedaggica do curso, etapa e modalidade da formao escolar do estudante e ao horrio ecalendrio escolar;

    II avaliar as instalaes da parte concedente do estgio e sua adequao formao cultural e profissionaldo educando;

    III indicar professor orientador, da rea a ser desenvolvida no estgio, como responsvel peloacompanhamento e avaliao das atividades do estagirio;

    IV exigir do educando a apresentao peridica, em prazo no superior a 6 (seis) meses, de relatrio dasatividades;

    V zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagirio para outro local em caso dedescumprimento de suas normas;

    VI elaborar normas complementares e instrumentos de avaliao dos estgios de seus educandos;

    VII comunicar parte concedente do estgio, no incio do perodo letivo, as datas de realizao de

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  • avaliaes escolares ou acadmicas.

    Pargrafo nico. O plano de atividades do estagirio, elaborado em acordo das 3 (trs) partes a que se

    refere o inciso II do caput do art. 3o desta Lei, ser incorporado ao termo de compromisso por meio de aditivos medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.

    Art. 8o facultado s instituies de ensino celebrar com entes pblicos e privados convnio de concessode estgio, nos quais se explicitem o processo educativo compreendido nas atividades programadas para seus

    educandos e as condies de que tratam os arts. 6o a 14 desta Lei.

    Pargrafo nico. A celebrao de convnio de concesso de estgio entre a instituio de ensino e a parte

    concedente no dispensa a celebrao do termo de compromisso de que trata o inciso II do caput do art. 3o destaLei.

    CAPTULO IIIDA PARTE CONCEDENTE

    Art. 9o As pessoas jurdicas de direito privado e os rgos da administrao pblica direta, autrquica efundacional de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, bem comoprofissionais liberais de nvel superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalizaoprofissional, podem oferecer estgio, observadas as seguintes obrigaes:

    I celebrar termo de compromisso com a instituio de ensino e o educando, zelando por seu cumprimento;

    II ofertar instalaes que tenham condies de proporcionar ao educando atividades de aprendizagemsocial, profissional e cultural;

    III indicar funcionrio de seu quadro de pessoal, com formao ou experincia profissional na rea deconhecimento desenvolvida no curso do estagirio, para orientar e supervisionar at 10 (dez) estagiriossimultaneamente;

    IV contratar em favor do estagirio seguro contra acidentes pessoais, cuja aplice seja compatvel comvalores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de compromisso;

    V por ocasio do desligamento do estagirio, entregar termo de realizao do estgio com indicaoresumida das atividades desenvolvidas, dos perodos e da avaliao de desempenho;

    VI manter disposio da fiscalizao documentos que comprovem a relao de estgio;

    VII enviar instituio de ensino, com periodicidade mnima de 6 (seis) meses, relatrio de atividades, comvista obrigatria ao estagirio.

    Pargrafo nico. No caso de estgio obrigatrio, a responsabilidade pela contratao do seguro de quetrata o inciso IV do caput deste artigo poder, alternativamente, ser assumida pela instituio de ensino.

    CAPTULO IVDO ESTAGIRIO

    Art. 10. A jornada de atividade em estgio ser definida de comum acordo entre a instituio de ensino, aparte concedente e o aluno estagirio ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso sercompatvel com as atividades escolares e no ultrapassar:

    I 4 (quatro) horas dirias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educao especial e dosanos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educao de jovens e adultos;

    II 6 (seis) horas dirias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, daeducao profissional de nvel mdio e do ensino mdio regular.

    1o O estgio relativo a cursos que alternam teoria e prtica, nos perodos em que no esto programadasaulas presenciais, poder ter jornada de at 40 (quarenta) horas semanais, desde que isso esteja previsto noprojeto pedaggico do curso e da instituio de ensino.

    2o Se a instituio de ensino adotar verificaes de aprendizagem peridicas ou finais, nos perodos deavaliao, a carga horria do estgio ser reduzida pelo menos metade, segundo estipulado no termo decompromisso, para garantir o bom desempenho do estudante.

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  • Art. 11. A durao do estgio, na mesma parte concedente, no poder exceder 2 (dois) anos, excetoquando se tratar de estagirio portador de deficincia.

    Art. 12. O estagirio poder receber bolsa ou outra forma de contraprestao que venha a ser acordada,sendo compulsria a sua concesso, bem como a do auxlio-transporte, na hiptese de estgio no obrigatrio.

    1o A eventual concesso de benefcios relacionados a transporte, alimentao e sade, entre outros, nocaracteriza vnculo empregatcio.

    2o Poder o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime Geral dePrevidncia Social.

    Art. 13. assegurado ao estagirio, sempre que o estgio tenha durao igual ou superior a 1 (um) ano,perodo de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas frias escolares.

    1o O recesso de que trata este artigo dever ser remunerado quando o estagirio receber bolsa ou outraforma de contraprestao.

    2o Os dias de recesso previstos neste artigo sero concedidos de maneira proporcional, nos casos de oestgio ter durao inferior a 1 (um) ano.

    Art. 14. Aplica-se ao estagirio a legislao relacionada sade e segurana no trabalho, sendo suaimplementao de responsabilidade da parte concedente do estgio.

    CAPTULO VDA FISCALIZAO

    Art. 15. A manuteno de estagirios em desconformidade com esta Lei caracteriza vnculo de emprego doeducando com a parte concedente do estgio para todos os fins da legislao trabalhista e previdenciria.

    1o A instituio privada ou pblica que reincidir na irregularidade de que trata este artigo ficar impedidade receber estagirios por 2 (dois) anos, contados da data da deciso definitiva do processo administrativocorrespondente.

    2o A penalidade de que trata o 1o deste artigo limita-se filial ou agncia em que for cometida airregularidade.

    CAPTULO VIDAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 16. O termo de compromisso dever ser firmado pelo estagirio ou com seu representante ouassistente legal e pelos representantes legais da parte concedente e da instituio de ensino, vedada a atuao

    dos agentes de integrao a que se refere o art. 5o desta Lei como representante de qualquer das partes.

    Art. 17. O nmero mximo de estagirios em relao ao quadro de pessoal das entidades concedentes deestgio dever atender s seguintes propores:

    I de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagirio;

    II de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: at 2 (dois) estagirios;

    III de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: at 5 (cinco) estagirios;

    IV acima de 25 (vinte e cinco) empregados: at 20% (vinte por cento) de estagirios.

    1o Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores empregadosexistentes no estabelecimento do estgio.

    2o Na hiptese de a parte concedente contar com vrias filiais ou estabelecimentos, os quantitativosprevistos nos incisos deste artigo sero aplicados a cada um deles.

    3o Quando o clculo do percentual disposto no inciso IV do caput deste artigo resultar em frao, poderser arredondado para o nmero inteiro imediatamente superior.

    4o No se aplica o disposto no caput deste artigo aos estgios de nvel superior e de nvel mdio

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  • profissional.

    5o Fica assegurado s pessoas portadoras de deficincia o percentual de 10% (dez por cento) das vagasoferecidas pela parte concedente do estgio.

    Art. 18. A prorrogao dos estgios contratados antes do incio da vigncia desta Lei apenas poderocorrer se ajustada s suas disposies.

    Art. 19. O art. 428 da Consolidao das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o

    de maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes alteraes:

    Art. 428. ......................................................................

    1o A validade do contrato de aprendizagem pressupe anotao na Carteira deTrabalho e Previdncia Social, matrcula e freqncia do aprendiz na escola, caso no hajaconcludo o ensino mdio, e inscrio em programa de aprendizagem desenvolvido soborientao de entidade qualificada em formao tcnico-profissional metdica.

    ......................................................................

    3o O contrato de aprendizagem no poder ser estipulado por mais de 2 (dois)anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficincia.

    ......................................................................

    7o Nas localidades onde no houver oferta de ensino mdio para o cumprimento do

    disposto no 1o deste artigo, a contratao do aprendiz poder ocorrer sem a freqncia escola, desde que ele j tenha concludo o ensino fundamental. (NR)

    Art. 20. O art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redao:

    Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecero as normas de realizao de estgio emsua jurisdio, observada a lei federal sobre a matria.

    Pargrafo nico. (Revogado). (NR)

    Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 22. Revogam-se as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de maro de 1994, o

    pargrafo nico do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisria no

    2.164-41, de 24 de agosto de 2001.

    Braslia, 25 de setembro de 2008; 187o da Independncia e 120o da Repblica.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVAFernando Haddad

    Andr Peixoto Figueiredo Lima

    Este texto no substitui o publicado no DOU de 26.9.2008

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