lei 11.441/2007 e resoluÇÃo nº 35 conselho nacional de justiÇa

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LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

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Page 1: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

LEI 11.441/2007

E

RESOLUÇÃO Nº 35

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

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Lei 11.441/2007

Altera dispositivos da Lei nº. 5.869/1973 do Código de Processo Civil, possibilitando a realização de

inventário, partilha, separação consensual e divórcio consensual por via administrativa.

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Resolução nº 35/2007 CNJ

Disposições de caráter geral:

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“Art. 1º Para lavratura dos atos notariais de que trata a Lei 11.441/2007, é livre a escolha do tabelião de notas, não se

aplicando as regras de competência do Código de Processo Civil.” (Res. 35)

Regras de competência da Lei 8.935/1994

arts. 8º e 9º

1. COMPETÊNCIA:

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2. Via judicial /Via administrativa: opção dos interessados

“Art. 2º É facultada aos interessados a opção pela via judicial ou extrajudicial; podendo ser solicitada, a qualquer momento, a suspensão, pelo prazo de 30 dias, ou a desistência da via judicial, para a promoção da via extrajudicial.” (Res. 35)

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3. HOMOLOGAÇÃO E REGISTRO

“Art. 3º As escrituras públicas de inventário e partilha, separação e divórcio consensuais não dependem de homologação judicial e

são títulos hábeis para o registro civil e o registro imobiliário, para a transferência de bens e direitos, bem como para promoção de

todos os atos necessários à materialização das transferências de bens e levantamento de valores (DETRAN, Junta Comercial, Registro Civil de Pessoas Jurídicas, instituições financeiras,

companhias telefônicas, etc).” (Res. 35)

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4. EMOLUMENTOS

“Art. 4º O valor dos emolumentos deverá corresponder ao efetivo custo e à adequada e suficiente remuneração dos serviços prestados, conforme estabelecido no parágrafo

único do art. 1º da Lei 10.169/2000, observando-se quanto a sua fixação, as regras previstas no art. 2º da citada lei.”

(Res. 35)

“Art. 5º É vedada a fixação de emolumentos em percentual incidente sobre o valor do negócio jurídico objeto dos serviços notariais e de registro (Lei 10.169, de 2000, art. 3º, inciso II).” (Res. 35)

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EMOLUMENTOSLEI 10.169, 20/12/2000

“Art. 1º ...

Parágrafo único. O valor fixado para os emolumentos deverá corresponder ao efetivo custo e à adequada e suficiente remuneração dos serviços prestados.”

“Art. 2º Para a fixação do valor dos emolumentos, a Lei dos Estados e do Distrito Federal levará em conta a natureza pública e o caráter social dos serviços notariais e de registro, atendidas ainda as seguintes regras:

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EMOLUMENTOSLEI 10.169, 20/12/2000

I – os valores dos emolumentos constarão de tabelas e serão expressos em moeda corrente do País;

II – os atos comuns aos vários tipos de serviços notariais e de registro serão remunerados por emolumentos específicos, fixados para cada espécie de ato;

III – os atos específicos de cada serviço serão classificados em:

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EMOLUMENTOSLEI 10.169, 20/12/2000

a) atos relativos a situações jurídicas, sem conteúdo financeiro, cujos emolumentos atenderão às peculiaridades socioeconômicas de cada região;

b) atos relativos a situações jurídicas, com conteúdo financeiro, cujos emolumentos serão fixados mediante a observância de faixas que estabeleçam valores mínimos e máximos, nas quais enquadrar-se-á o valor constante do documento apresentado aos serviços notariais e de registro.

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EMOLUMENTOSLEI 10.169, 20/12/2000

Parágrafo único. Nos casos em que, por força de lei, devam ser utilizados valores decorrentes de avaliação judicial ou fiscal, estes serão os valores considerados para os fins do disposto na alínea b do inciso III deste artigo.”

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5. GRATUIDADE

Res. 35 - CNJ

“Art. 6º. A gratuidade prevista na Lei 11.441/07 compreende as escrituras de inventário, partilha, separação e divórcio consensuais.”

“Art. 7º. Para obtenção da gratuidade de que trata a Lei nº 11.441/07, basta a simples declaração dos interessados de que não possuem condições de arcar com os emolumentos, ainda que as partes estejam assistidas por advogado constituído.”

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6. ADVOGADO

“Art. 8º. É necessária a presença do advogado, dispensada a procuração, e do defensor público, na lavratura das escrituras decorrentes da Lei 11.441/07, nelas constando seu nome e registro na OAB.” (Res. 35)

“Art. 9º. É vedada ao tabelião a indicação de advogado às partes, que deverão comparecer para o ato notarial acompanhadas de profissional de sua confiança. Se as partes não dispuserem de condições econômicas para contratar advogado, o tabelião deverá recomendar-lhes a Defensoria Pública, onde houver, ou na sua falta, a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.” (Res. 35)

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7. UNIFICAÇÃO DOS DADOS

“Art. 10. É desnecessário o registro da escritura pública decorrentes da Lei 11.441/07 no Livro “E” do Ofício de Registro Civil das Pessoas Naturais, entretanto, o Tribunal de Justiça deverá promover, no prazo de 180 dias, medidas adequadas para a unificação dos dados que concentrem as informações dessas escrituras no âmbito estadual, possibilitando as buscas, preferencialmente, sem ônus para o interessado.” (Res. 35)

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DISPOSIÇÕES RELATIVAS AO INVENTÁRIO E

À PARTILHA

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INVENTÁRIO

Art. 1o  Os arts. 982 e 983 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art.982 Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial; se todos forem

capazes e concordes, poderá fazer-se o inventário e a partilha por escritura pública, a qual constituirá título

hábil para o registro imobiliário.”

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Legislação aplicável:

- Art. 982 e ss. CPC;- Art. 1.031 e ss. CPC;

- Art. 1.784 e ss.CC- Art. 2.015 CC;

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INVENTARIANTE

Res. 35 – CNJ = Art. 11

- obrigatória a nomeação de interessado para representar o espólio, com poderes de inventariante, no

cumprimento de obrigações ativas ou passivas pendentes, não sendo necessário seguir a ordem do art.

990 CPC.

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REPRESENTAÇÃO

Res. 35 – CNJ = Art. 12.

- admite a representação por procuração formalizada por instrumento público com poderes especiais. (Arts. 657 4 661 CC).

- veda a acumulação de funções de mandatário e assistente das partes.

- admite a emancipação.

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RETIFICAÇÃO

Res. 35 – CNJ = Art. 13.

- admite retificação, desde que haja consenso de todos os interessados.

- correção de ofício, ou por requerimento, dos erros materiais. Feita por averbação na margem, ou escrituração própria com anotação remissa.

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VERBAS FGTS

Res. 35 – CNJ = Art. 14.

- Admite escritura pública para levantamento das verbas relativas ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

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TRIBUTOS

Res. 35 – CNJ = Art. 15.

- recolhimento prévio dos tributos que incidirem no ato notarial.

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Res. 35 – CNJ – art. 16 e 17- possibilita a promoção do inventário pelo cessionário,

mesmo na hipótese de cessão de parte, desde que todos os herdeiros estejam presentes e de acordo.

- Cônjuges dos herdeiros devem comparecer ao ato quando houver renúncia ou transmissão na partilha, salvo se o regime for o da separação absoluta.

CESSÃO DE DIREITOSE

RENÚNCIA

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Res. 35 – CNJ – arts. 18 e 19

- necessidade de ação judicial para reconhecimento da união estável se o falecido não deixou sucessores ou não houver consenso entre os herdeiros.

- meação do companheiro(a) pode ser reconhecida na escritura, desde que haja consenso.

COMPANHEIRO(A)

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Res. 35 – CNJ – arts. 20, 21, 22, 23, 24

- Nomeação e qualificação das partes e seus cônjuges;- Qualificação completa do autor da herança, regime de bens

casamento, pacto antenupcial e registro, dia e lugar do óbito, data expedição certidão óbito, livro, fl., nº termo ou unidade serviço onde consta o registro do óbito, declaração herdeiros de que o falecido não deixou testamento.

- Apresentação dos seguintes documentos:

REQUISITOS DA ESCRITURA

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- Certidão óbito;

- Identidade e CPF partes e falecido;

- Certidão comprovando vínculo de parentesco dos herdeiros;

- Certidão casamento do cônjuge sobrevivente e dos cônjuges dos herdeiros e pacto antenupcial, se houver;

- Certidão de propriedade bens imóveis e direitos a eles relativos;

- Docs para provar a titularidade dos bens móveis e direitos, se houver;

- Certidão negativa de tributos;

- CCIR, se houver imóvel rural;

REQUISITOS DA ESCRITURA...continuação...

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Res. 35 – CNJ

“Art. 23. Os documentos apresentados no ato da lavratura da escritura devem ser originais ou em cópias autenticadas, salvo os de identidade das partes, que sempre serão originais.”

“Art. 24. A escritura pública deverá fazer menção aos documentos apresentados.”

REQUISITOS DA ESCRITURA...continuação...

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SOBREPARITLHA

Res. 35 – CNJ – art. 25

- Admite sobrepartilha, inclusive de inventário e partilha judiciais já findos, mesmo que o herdeiro hoje capaz fosse incapaz ao tempo do óbito ou do processo judicial.

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ADJUDICAÇÃO

Res. 35 – CNJ – art. 26

- Possibilidade, quando for um único herdeiro

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CREDORES DO ESPÓLIO

Res. 35 – CNJ – art. 27

- A existência de credores do espólio não impede a realização do inventário e partilha ou adjudicação.

- Exceção: dívidas fiscais

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INVENTÁRIO NEGATIVO

Res. 35 – CNJ – art. 28

- Admite o inventário negativo.

- Mesmo procedimento, com a declaração de que o falecido não deixou bens a inventariar.

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BENS LOCALIZADOS NO EXTERIOR

Res. 35 – CNJ – art. 29

- É vedada a lavratura de escritura pública de inventário e partilha referente a bens localizados

no exterior.

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VIGÊNCIA DA LEIRes. 35 – CNJ – art. 30

- Aplicação aos óbitos ocorridos antes de sua vigência. - Norma de caráter procedimental, com aplicação imediata,

inclusive aos fatos anteriores. art. 1211 do CPC.

OBS: Hipótese distinta daquela ocorrida com a vigência do CC/2002, cujo art. 2.041 previa a aplicação das regras sobre a ordem de vocação hereditária do revogado Código para todos os óbitos até então ocorridos.

Page 34: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Parágrafo único.  O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem assistidas por advogado comum ou advogados de cada uma delas, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.” (NR)

Ver arts. 8º e 9º da Res. 35 - CNJ

Page 35: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

“Art. 983.  O processo de inventário e partilha deve ser aberto dentro de 60 (sessenta) dias a contar da abertura da sucessão, ultimando-se

nos 12 (doze) meses subseqüentes, podendo o juiz prorrogar tais prazos, de ofício ou a

requerimento de parte.Parágrafo único.  (Revogado).”

Page 36: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

- O artigo se refere ao processo de inventário, ou seja, ao inventário judicial, e não se aplica para o inventário extrajudicial. - Res. 35 – CNJ “Art. 31. A escritura pública de inventário e partilha pode ser lavrada a qualquer tempo, cabendo ao tabelião fiscalizar o recolhimento de eventual multa, conforme previsto em legislação tributária estadual e distrital específicas.”

Page 37: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

“Art. 1.031.  A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos do art. 2.015 da Lei

nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, será homologada de plano pelo juiz, mediante a prova da quitação dos tributos

relativos aos bens do espólio e às suas rendas, com observância dos arts. 1.032 a 1.035 desta

Lei.”

Page 38: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Contradição entre o art. 982 e o 1.031 do CPC?

A aparente contradição, de fato, não existe. O art. 1.031 do CPC foi modificado para contemplar as hipóteses do art.

2.015 do CC/2002, que permanecem vigentes.

“Art. 2.015. Se os herdeiros forem capazes, poderão fazer partilha amigável, por escritura pública, termo nos autos do

inventário, ou escrito particular, homologado pelo juiz.”

Page 39: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Homologação permanece quando a partilha amigável for:

- por termo nos autos do inventário;- por escrito particular;

- por escritura pública, nos casos em que houver testamento ou incapaz;

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RECUSA DO TABELIÃO

Res. 35 – CNJ

“Art. 32. O tabelião poderá se negar a lavrar a escritura de inventário ou partilha se houver fundados indícios de fraude ou caso de dúvidas sobre a declaração de vontade de algum dos herdeiros, fundamentando a recusa por escrito.”

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SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO CONSENSUAL

DISPOSIÇÕES COMUNS

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Legislação aplicável:

Art. 226, § 6º, CF;

Art. 1.571 e ss. que substituem a Lei 6.515/73, revogada pelo CC/2002;

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“Art. 1.124-A - A separação consensual e o divórcio consensual, não havendo filhos menores ou

incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, poderão ser realizados

por escritura pública, da qual constarão as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu

nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento.”

Page 44: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

§ 1o  A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para o registro civil e o registro de imóveis.§ 2o  O tabelião somente lavrará a escritura se os contratantes estiverem assistidos por advogado comum ou advogados de cada um deles, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.§ 3o  A escritura e demais atos notariais serão gratuitos àqueles que se declararem pobres sob as penas da lei.”

Page 45: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

- Certidão casamento;- Identidade e CPF; - Pacto antenupcial, se houver;- Certidão nascimento ou outro doc. dos filhos; - Certidão propriedade dos bens imóveis e direitos a eles relativos;- Docs. para comprovação dos bens móveis e direitos, se houver. Res. 35 – CNJ – art. 33

DOCUMENTOS PARA ESCRITURA PÚBLICA DE SEPARAÇÃO E DE DIVÓRCIO

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Res. 35 – CNJ – art. 34

- o casal deverá declarar que não têm filhos comuns, ou se houver, que são capazes, indicando seus nomes e datas de nascimento;

DECLARAÇÃO SOBRE OS FILHOS

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Res. 35 – CNJ – art. 35

- o casal deverá declarar que está ciente das conseqüências da separação e do divórcio;

- o casal deverá declarar que está firme no propósito de pôr fim à sociedade conjugal ou ao vínculo matrimonial, sem hesitação, com recusa de conciliação.

DECLARAÇÃO SOBRE CONSEQÜÊNCIAS

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Res. 35 – CNJ – art. 36

- o comparecimento do casal é dispensável sendo admitida a procuração por instrumento público, com poderes especiais, e prazo de validade de 30 dias.

REPRESENTAÇÃO

Page 49: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Res. 35 – CNJ – art. 37

- havendo bens para partilhar, deverão ser descritos os bens comuns e os particulares de cada cônjuge, conforme o regime de bens do casamento.

DESCRIÇÃO DO PATRIMÔNIO

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Res. 35 – CNJ

“Art. 38. Na partilha em que houver transmissão de propriedade do patrimônio individual de um cônjuge ao outro, ou a partilha desigual do patrimônio comum, deverá ser comprovado o recolhimento do tributo devido sobre a fração transferida.”

TRIBUTOS

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Res. 35 – CNJ - art. 39

- segue as mesmas regras da partilha em inventário extrajudicial

PARTILHA

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Res. 35 – CNJ - arts. 40 e 41

- traslado da escritura pública será apresentado para o Oficial de Registro Civil do casamento, para averbação, independente de autorização judicial ou audiência do Ministério Público.

- havendo alteração do nome, está também será anotada no assento de nascimento da unidade daquele Oficial de Registro Civil, e comunicado o Oficial competente, para necessária anotação.

REGISTRO CIVIL

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Res. 35 – CNJ

“Art. 42. Não há sigilo nas escrituras públicas de separação e divórcio consensuais.”

SIGILO

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Res. 35 – CNJ

“Art. 43. Na escritura pública deve constar que as partes foram orientadas sobre a necessidade de apresentação de seu traslado no registro civil do assento de casamento, para averbação devida.”

ADVERTÊNCIA AO CASAL

Page 55: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Res. 35 – CNJ

“Art. 44. É admissível, por consenso das partes, escritura pública de retificação das cláusulas de obrigações alimentares ajustadas na separação e no divórcio consensuais.”

- possibilidade de retificação unilateral da alteração do nome pelo interessado, mediante retificação, em nova escritura e com a assistência de advogado. (Res. 35 – art. 45)

RETIFICAÇÕES

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RECUSA DO TABELIÃO

Res. 35 – CNJ

“Art. 46. O tabelião poderá se negar a lavrar a escritura de separação ou divórcio se houver fundados indícios de prejuízo a um dos cônjuges ou em caso de dúvidas sobre a declaração de vontade de algum dos herdeiros, fundamentando a recusa por escrito.”

Page 57: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

DISPOSIÇÕES REFERENTES

À SEPARAÇÃO

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1) Põe termo aos deveres de coabitação e de fidelidade recíproca;

2) Põe termo ao regime de bens;

3) Não dissolve o casamento, apenas termina a sociedade conjugal.

EFEITOS DA SEPARAÇÃO

Page 59: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Res. 35 – CNJ – art. 47- 1 ano de casamento (art. 1.574 CC e art. 226, § 6º CF);- manifestação de vontade espontânea e isenta de vícios de não mais manter a sociedade conjugal e desejar a separação conforme as cláusulas ajustadas;- ausência de filhos menores não emancipados ou incapazes do casal;- assistência por advogado; ** demais requisitos genéricos das escrituras públicas – art. 215, § 1º CC/2002

REQUISITOS PARA ESCRITURA PÚBLICA DE SEPARAÇÃO

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Res. 35 – CNJ – arts. 48, 49, 50 e 51

- pode ser feita por escritura pública, mesmo se a separação foi judicial, mediante a apresentação de certidão da sentença de separação ou da averbação da separação no assento de casamento.

- as partes deverão ser orientadas sobre a necessidade de averbação do restabelecimento;

- o restabelecimento será anotado à margem da escritura pública ou comunicado o restabelecimento para anotação na serventia competente;

- comunicar ao juízo da separação judicial, se for o caso.

RESTABELECIMENTO

Page 61: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Res. 35 – CNJ – arts. 48, 49, 50 e 51

- a sociedade conjugal não pode ser restabelecida com modificações.(ao contrário do que dispõe o art. 1.577 CC)

- a averbação do restabelecimento somente poderá ser efetivada após a averbação da separação no registro civil, podendo ser simultâneas.

RESTABELECIMENTO

Page 62: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

DISPOSIÇÕES REFERENTES

AO DIVÓRCIO

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TIPOS DE DIVÓRCIO

Res. 35 – CNJ – art. 52

- tanto o divórcio consensual quanto o divórcio por conversão podem ser realizados por escritura pública.

- para tanto, é dispensável a apresentação de certidão atualizada do processo judicial, bastando a certidão da averbação da separação no assento de casamento.

Page 64: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

- Acordo (consenso) entre o casal; - Ausência de filhos menores ou incapazes do casal;* Comprovação do decurso de 2 anos de separação de fato – art. 1.580, §2º CC/2002 e art. 226, §6º CF;** Disposições sobre os bens comuns (descrição e partilha), pensão alimentícia, e nome;- Assistência de advogado;- Demais requisitos genéricos das escrituras públicas – art. 215, § 1º CC/2002

REQUISITOS PARA ESCRITURA PÚBLICA DE DIVÓRCIO DIRETO

Page 65: LEI 11.441/2007 E RESOLUÇÃO Nº 35 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Res. 35 – CNJ

* “Art. 53 A declaração dos cônjuges não basta para a comprovação do implemento do lapso de 2 anos de

separação no divórcio direito. Deve o tabelião observar se o casamento foi realizado há mais de 2 anos e a prova documental da separação, se houver, podendo colher declaração de testemunha, que consignará na própria

escritura pública.”

** A partilha poderá ser feita posteriormente – art. 1.581 CC