lei 10_99-utilizacao sustentavel dos recursos florestais e faunisticos

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Seg4nda-feira, 12 de Julho de 1999 I SERlE - Numero 27 PUBLICACAO OFICIAL. DAREPUBLICA DE MOCAMBIQUE 42. SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL DE MOCAMBIQUE AV I SO A materia a publicar no «Boletlm da Republica» dave ser remetida em c6pia devldamente-autentieada.. uma por cada assunto, donde conste, alem daslndicaCQes neceesanas para esse efeito, 0 averbamentosequlnte.asejnado e autentlcado: Para publicacao no da Republica» ••••••••••••••••••••••••••••••• SU MARIO Assembleia da Republica: -Lei n° 10/99: Estabelece os princfpios e normas basicos sobrea protec9iio, conservacao e sustentavel dos recursos florestais e faunisticos. • Lei n" 1l/99: Rege a Arbitragem, a e a Media9ao como meios altemativos de de conflitos. ••••••••••••••••••••••••••••••••• A8SEMBLEIA DA REPUBLICA Lei n" 10/99 de 7 de Julho A Importancia economics, social, cultural e cientffica dos recursos florestais e faunfsticos para a socicdade mocambicanajusdflcaque se estabelecauma legislayao adequada, que promova a sua utilizayao sustentlivel, bern como a promocao de iniciativas para garantir a proteccaocconservacao dos recursos florestaise faunfsticos, visando a melhoria da qualidade de vida dos cidadaos. Nestes termos e ao abrigo do.preceituade non." Ldo artigo 135da Constituiyao, a AssembleiadaRepublicadetermipa: CAPITuLo I Gerais ARTIGO 1 Para efeitos da presenteLei, entende-sepor: 1. Areasdegradadas: areas com alterayOes adversas das caracterfsticas.do ambiente.que inelui,entreoutras,a poluiyao, a desertificacao, a perda dehabitat. a erOS80 e0 desflorestamento. 2. AvaUafiio do impacto ambiental: instrumento preventivo de gestao ambiental.·que. consiste naidentifieacjo eanalise previa,qualitative e quantitativa.dos efeitosambientais benefices e perniciososdeuma actividadeproposta, 3. Biodiversidade: varledadede organismos vivos, incluindo ,genotipos,especiese seusagrupamentos,ecossistemas teuestres e aquaticose processosecol6gicosexistentesnumadeterminada regiao, 4.:Cafa: a espera, perseguiy80,captura, apanha, mutila y80, abate. destruiy80ou utilizay80 de especiesde faunabravia, em qualquer fasedoseu desenvolvimento, ou a COndUy80 de expedicoespara aqueles fins. 5. Comunidqde local: agrupamento de famflias e indivfduos, - vivendonuma circunscricaoterntorial de nfvel de localidade ou ,. "inferior. que visa a salvaguardadeinteresses comunsattav6sda protecyaodeareashabitacionais, areasagrfcolas, sejamcultivadas ou em pousio,florestas,sftiosde importlinciacultoral, pastagens, fontes deagua, areas de'caya e de expans80. 6. Conservaeao: gestaosustentavel dos recursos florestais e faunfsticos, sem colocar em risco a biodiversidade. 7. Concessao florestal: do domfnio publico deIimitada, concedida a urn determinado operador, atraves do contratode concessao,destinada a exploracaoflorestal para0 abastecimento daindustria,medianteurnplanodemaneiopreviamenteaprovado.

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LEI 10/99

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  • Seg4nda-feira, 12 de Julho de 1999 I SERlE - Numero 27

    PUBLICACAO OFICIAL. DAREPUBLICA DE MOCAMBIQUE

    42. SUPLEMENTO

    IMPRENSA NACIONAL DE MOCAMBIQUE

    AV I SOA materia a publicar no Boletlm da Republica dave ser

    remetida em c6pia devldamente-autentieada.. uma por cadaassunto, donde conste, alem daslndicaCQes neceesanas paraesse efeito, 0 averbamentosequlnte.asejnado e autentlcado:Para publicacao no ~oletim da Republica

    SU MARIOAssembleia da Republica:

    -Lei n 10/99:

    Estabelece os princfpios e normas basicos sobrea protec9iio,conservacao e utiliza~iio sustentavel dos recursos florestais efaunisticos.

    Lei n" 1l/99:Rege a Arbitragem, a Concilia~iio e a Media9ao como meios

    altemativos de resolu~ao de conflitos.

    A8SEMBLEIA DA REPUBLICA

    Lei n" 10/99de 7 de Julho

    A Importancia economics, social, cultural e cientfficados recursos florestais e faunfsticos para a socicdademocambicanajusdflcaque se estabelecauma legislayaoadequada, que promova a sua utilizayao sustentlivel, berncomo a promocao de iniciativas para garantir aproteccaocconservacao dos recursos florestaise faunfsticos,visando a melhoriada qualidadede vida dos cidadaos.

    Nestes termos e ao abrigo do.preceituade non." Ldoartigo135daConstituiyao, aAssembleiadaRepublicadetermipa:

    CAPITuLo I

    Disposi~Oes GeraisARTIGO1

    (Det1ni~oeS)Para efeitos da presenteLei, entende-sepor:1. Areasdegradadas: areas com alterayOes adversas das

    caracterfsticas.do ambiente.que inelui,entreoutras,a poluiyao, adesertificacao, a perda dehabitat. a erOS80 e 0 desflorestamento.

    2. AvaUafiio do impacto ambiental: instrumento preventivode gestao ambiental.que. consiste naidentifieacjo eanaliseprevia,qualitativeequantitativa.dosefeitosambientaisbeneficese perniciososdeuma actividadeproposta,

    3. Biodiversidade: varledadede organismos vivos,incluindo, genotipos,especiese seusagrupamentos,ecossistemas teuestrese aquaticose processosecol6gicosexistentesnumadeterminadaregiao,

    4.:Cafa: a espera, perseguiy80,captura, apanha, mutilay80,abate. destruiy80 ou utilizay80de especiesde faunabravia, emqualquer fasedoseu desenvolvimento, ou a COndUy80 deexpedicoespara aqueles fins.

    5. Comunidqde local: agrupamento de famflias e indivfduos,- vivendonuma circunscricaoterntorial de nfvel de localidade ou,. "inferior. que visa a salvaguardade interesses comunsattav6sda

    protecyaodeareashabitacionais, areasagrfcolas, sejamcultivadasouem pousio,florestas,sftiosde importlinciacultoral, pastagens,fontes deagua, areas de'caya e de expans80.

    6. Conservaeao: gestaosustentavel dos recursos florestais efaunfsticos, sem colocar em risco a biodiversidade.

    7. Concessao florestal: ~a do domfnio publico deIimitada,concedida a urn determinado operador, atraves do contrato deconcessao,destinadaaexploracaoflorestal para0 abastecimentodaindustria,medianteurnplanodemaneiopreviamenteaprovado.

  • 126.(32)

    8, Coutadas oficiais: areas delimitadas de domfnio publico,destinadas a caca desportiva, foinento do turismo cinegetico e

    protec~aodasespeCies,oasquaisodireitodeca~ars6ereconhecidd'por via de umcontratoqe concessae.celebrado entre 0 operador

    '.. . \

    e 0 Estado, ' ,9.Cons~moproprio: aexploracaoflorestal efaunfsticaexercida

    pelascomunidades loeais semfinslucrativosparaa satisfac;ao das-suas necessidades de consumo e artesanato, com base nasrespectivas praticascostumeiras,

    10. Desenvolvimento sustentavel: desenvolvimento baseadonuma gestae ambiental ques!,\tisfaz as necessidades da gerar;aopresente semcomprometer a,equilibriodo ambiente, permitindoqueas geracoes futuras tambem satisfacam as suasnecessidades.

    11. Despojos: a carne,a gordura, aspelesverdes,0 sangue-e asrestantes partesdo animal, nao considerados trofeus., 12. Ecossistemas: complexo dinamico de comunidades

    vegetais, animais e de microorganismos e 0 seu ambiente naovivo, que interagecomo uma unidadefuncional.

    13.Ecossistemafragil: aqueleque, pelas suas caracterfsticasnaturais e localizacao .geografica, e susceptfvel de rapidadegradaeaodos seus.atributos ede diffcilrecomposicao.

    14. Erosiio: desprendimento da superffcie do solo pela acc;aonatural dosventos oudasaguas, intensificado porpraticas humanas

    -deretiradade vegetacao.15. Especie: qualquer especie, subespecie ou uma das suas-

    populacoes geograficamente isoladas.16. Defesogeral: perfododoanoquecoincidecomareproducao

    e crescimento dasespeciesfaunfsticas e florestais, durante0 qualas actividades de caca e de exploracaoflorestal sao proibidasemtodo e pals.

    17. Defeso especial.penodo .doano que coincide com areproducao florestal e, crescimento de determinadas especiesfaunfsticas eflorestais,durante0 qualsaoproibidasasactividadesde caca ou exploracao florestal em determinados locais ou paracertasespeciesflorestais ou faunfsticas.

    18. Explorac:ao florestal. conjunto demedidas e operac;oesligadas.a extrac9ao dosprodutos florestais para asatisfa~ao dasnecessidades humanas;designadamente a~ate, transporte,serragem de materiallenhoso, extrac~ao, secagem, incluindofabrico de carvao, bem como a actividadede processamento demadeira equaisquer outrasquea evolu9ao t6cnicavenhaa indicarcomotais, independentemente da sua finalidade., '

    19. Explorac:ao sustentdvel. utilizac;ao racional e controladados recursos florestais e faunlsticos, mediante aaplicayao deconhecimentoscientfficose tecnicos, visando atingirosobjectivosde conserva~ao dos recursos para a presentee futuras gerac;oes.

    , 20. Fauna bravia. conjuntode animais terrestres, anffbios e,avifauna selvagens. e lOdos os mamfferos aqUliticos. de qualqueresplkie, em qualquer rase do seu desenvolvimento, que vivemnaturalmente. bern como as especies selvagens capturadasparafins de pecuariza~ao, excluindoos recursos pesqueiros. ,

    21.Fazendasdobravio. areasdelimitadas;com ousemvedar;oesmasdevidamellte'sinalizildas, emque0 direitodecac;arelimitadpaos respectivos titulares do direito de uso eaproveitamento daterra,ou aquelesque deleshouverem autoriiac;ao, sel\doque unse ol,ltros carecem da respectiva licen~a emitidapela!autoridadeeompetente.

    I SERlE- NOMERO 27,

    22. Floresta: coberturavegetal capll.~ de fornece,r madeiraouprodutosvegetais, albergara faunae-exercerumefeitodirecto ou'indirectosobre 0 solo.clima, ou regime hldrico.. .

    23. Gestao integrada: administrac;ao dos recursos florestaisem co~j\.!nto com a'respectiva faunl:l,incluindoocontrolo e usodesses recursos ern conformidade com. a Iegislayao e suaregulamentacao, assegurandoa participa~iio efectiva das .institui9oes, comunidades-locais, associacee edosectorprivado.

    24.Inwmtdrioflor~stal; recolha,media~aoe registode dadossobre a qualidadee 0 volumede recursosflorestais, 0 estadodesuadinamica, a regeneracaoe osprodutos quesepodemobterporunidade de superffcie, de forma a fornecer informacao para 0maneiosustentavel de umadadaregiaooufloresta, emparticular.

    25.1nventdriofaunistico: reeolha,mediac;ao eregistodedadossobre a composicso por especie 'ou animais, a densidade porunidadede superffcie, a densidadepor grupoetario e par sexoeoestadodadensidadedapopulacao, deformaafomecer informayaopara 0 maneio sustentavel da Fauna Bravia,

    26.Monitorar: processo de observacoes e medieces repetidasde umou maiselementosou indicadoresda qualidadeambiental,deacordocomprogramas preestabelecidos, notempoenoyspa90,para avaliar 0 impacto de actividades humanas nos recursosnaturals OU no meioambiente.

    27. Operadares nacionais.pess6assirtgulares nacionais e aspesseas colectivas constitufdas.iexclusivamente, por cidadaosmocambicanos.

    28. Parque nacional: espar;o territorial'delimitadoquesedestinaapl'eservayao de'ecossistemasnaturais, emgeral degrandebelezacenica, e representativos do patrimonionacional,

    29; Plano de maneio. documento tecnico onde constam asactividades e outras medidas tecnicasa .serem implementadaspelos varies intervenientes na conservacao; gest~o e uti1iza~aodos recursosflorestais e faunfstieos.

    30. Plantac:{}es florestais: estabelecitnentode uma coberturavegetal arb6rea, continua, n0rtllalmente .'atraves do plantiodearvores de especiesnativas ou ex6ticas.

    31.Recursosflorestais efaunlsticos. florestas edemaisform:asde vegetac;ao, incluindoos produtosflorestais, a faunabravia, ostrofeusedespojos, que tenham ounao sido processados.

    32. ~eserva nacional:espa~o territorial que se destina apreservac;ao de certasespeciesde florae faunararas.endemicas,amear;adas ou em viasdeextinr;ao,ou quedenunciem declfnio, eos ecossistemas frageis.

    33. Responsabilidade objectfva. obrigar;ao legal imputadaaquelequecausal' dana para,independentemente daexistenciadeculpa ou dolo, repara-lo, compensa-lo e fazer Oll deixarde fazeralguma coisa.

    34. Trofeu.as partes duraveisdos animais bravios,nomeadamente a cabe~a, cr~nio, cornos, dentes,. coiros,pelos ecerdas, unhas, garras, cascos e ainda cascos deovos, ninhos e

    p~nas desde que nao tenham.perdido 0 aspecto original porqualquerprocessodemanufactura. .

    35. Turismo cinegti(:o; actividade de ca9a, )ncluindoafotografiaoufilmagem de animais bravioscom fins recreativosou comerciais.

  • 12 DE JULHO DE 1999

    36. Uso altemativo da terra: designacaode areascobertasporflorestas e outras formas de vegeta9aonatural para a agricultura,pecuariaou outra utilizacao estabelecidaem zon~aJQentoou em Aplano de uso da terra que as descaracterizem da suaco~di9aooriginal, incluindo obras publicas de grande impacto.jais como'estradas, caminhos de ferro, represase passagens para torresdetransmissao de energia electrica.

    37. Zonas de uso e de valorhistorico cultural: espaco terri-torialdelimitado com a finalidade de proteger florestassagradase outros sftiosde importancia historicae de uso cultural para acomunidade local.

    38. Zona tampdo: porcso territorial circunvizinhaduma zonade proteccao, que formauma faixa de transiclio entre a areaprotegidae areas de: utilizacao multiplas, com objectivo decontrolare reduzir os impactosdecorrentesda aCylio humana nazonade protecy~o respectiva,

    39. Zoneamento: divisaoeclassificayao dopatrimonio flor~stale faunlstico de acordocom otipo de vegetayao e uso alternativoda terra.,

    ARTIG02

    (Ambito)ApresenteLeiestabeleceosprincfpiose nonnas basicossobre

    a proteccao, conservacao e utilizayao sustentavel dosrecursosflorestais e faunfsticos no quadrode uma gestae integrada,para ~desenvolvimento economico e social do pais.

    ARTIG03

    (Principios)Os dispositivos da presente.Lei e da sua regulamentacao

    reger-se-ao deacordo com os seguintes princfpios:a) do dominio publico do Estado; os recursos florestaise

    faunfsticos naturais existentes rio territ6rio nacionalsao propriedadedo Estado;

    b) do equilibrio: as polfticas dedesenvolvimento econ6-mico e .social e de preservacao e conservacao dabiodiversidade, devem envolver as comunidades\ocais,o sector privadoe a sociedade civil em.geral,com 0 objective de se alcancar um desenvolvimentosustentavel no presente e para as gerac;oes vindouras;

    c) da preven~ao e da prudeucia. a introducaode especiesanimaise 'vegetais e de tecnologiasmodernasno sectorflorestale faunfstlco devem ser precedidosde estudosde avaliac;ao do seu impacto sobre os mesmos comvista agarantir a sua sustentabilidade;

    d) da responsai>i1idade obJectiva: todo aqueleque causardanosem recursos florestaise faunfsticos eobrigadoaproceder arespectiva recomposicao ou compensar adegradacao, bem como os prejufzos causados aterceiros, independentemente de outrasconsequencias 'legais; ,

    e) .da harmonia com as comunidades locais os 6rgaoslocaisdoEstadoe promocao da conservacao.igestao eutilizac;ao dos recursos florestais e faunfsticos semprejufzodas praticas costumeiras e em confonnidadecom os princfpios da conservacao e dautilizacao

    126--(33)

    sustentilveldos -recursos florestaise faunfsticos, noquadro(ia'descentraliza9ao;

    f) da participa~aodosectorprivado:envolvimentodo sectorprivadollagestno,conserva~ao eexploracaodosrecursosflores.taise faunfsticos,.visandoatribuir maior valoraorescentado, e imprimirmaiordesenvolvimento paraas comunidades locais; ,

    g) do principio do estudo e investiga~ao: promoyAodeinvestigayao sobre as especiesnativaspor formaa quetodosos utilizadorese intervenientes na conservayao,gestae e utilizlI.c;aodestes recursos desenvolvarn umarecolha de dados e medidas a serem psterionnenteprocessadasporentidades competentes;

    h) da educa~aCl aIPbientalformal e informal: educayao etrocade experienoiasentre as comunidades locaisvisandocapacita-las sobreo maneioe conservacjo dosrecursos.florestais e faunfsticos;

    i) da coopera~ao internacional: a concertayaode soluyoescom outros pafses ~ organizacoes intemacionais naproteccao,conservacaoe gestaedos recursos florestaise faunfsticos.

    ARTIGQ4(ObJectivos)

    Constituem objectivos a 'prosseguir, nos tennos da presenteLei, proteger, conservar, desenvolver e utilizer de uma formaracional e sustentavel os tecursos florestais e faunfsticos para 0beneffcioeconomico, socialeecol6gicodaactualefuturagerayaodos mocambicanos.

    ARTIG05

    (Patrimonio ftorestal)oPatrim6nionacionalflorestal, deacordo com0seupotencial,

    localizayao e forma deutilizayao, tem a seguinteclassttlcacao:a) ftorestas de conserva~iio: constitufdas por formacoes

    vegetaislocalizadasnaszonasde proteccao e sujeitas aum regime de maneio especial;

    b) ftorestas produtivas: constitufdasporfotmac;oes vegetaisde elevado potencialflorestal, localizadas fora daszonas de proteccao:

    c) florestas de lltiliza~iio mtiltipla; constitufdas porformacbes vegetais .localizadas fora das zonas deprotec:c;8.0 e com baixo potencialflorestal.

    ARTIG06

    (Patrlmonio fallnistico)opatrim6nlofaunfsticoeconstiundopelafaunabraviaexistente

    no territ6rio nacional e classifica-se em{un98.oda sua raridade,valor economico e socio-cultural por listas de especies a seremestabelecidaspor diploma pr6prio.

    ARTIG07(Participa~aodo secter-prlvedo nacional)

    Na aplicac;ao de medidas regulamentares da presenteLei, 0Conselho de Ministros deve incluir medidas que estimulem0

  • 126--(34)sectorprivado nacional a participarna explorar;ao, gestao econservacao dos recursos florestais e faunfsticos, '"

    ,ARTIG08

    (Exporta~iodeprodutos tlorestais e fau~isticos)o Estado promove o estabelecimento de indiistrias de

    processamento de produtos florestais e faunfsticos, visandoaumentar, gradualmente, as exportacoes de produtosmanufacturados, atravesde medidasregulamentares especfficas.

    I SERlE.:.... NUMERO 27

    "., ARTlG09

    (Titular de uso e aproveitamento de terra)Ao titular do direito de uso e aproveitamentoda terra, quer

    adquirido porocupacao, quer por autQrizar;ao de umpedido,carece de licence paraexploracao dos recursos florestais efaunfsticos naturais existentes nasuarespectivaarea,salvoquandofor para consumo proprio.

    CAPfTULOII

    Protec~io dos Recursos Florestais e FaunisticosARTIGO 10

    (ZOllaS de protec~io)1. As zonas de protecr;ao sao areas territoriais dellmitadas,

    representativas dopatrimonio natural nacional, destinadas aconservacaodabiodiversidade e de ecossistemas frageis ou deespecies animals ouvegetais,

    2. Consideram-se zonasde proteccao:a) parques nacionais;b) reservas nacionais;c) zonasdeuso e de valor hist6ricocultural.

    3. Compete ao Conselho de Ministros estabelecer uma zonatampao emredordequaisquerzonasde proteccao, naqualpodemser permitidos usos multiplescom as restrir;oes que vierema serestabelecidas pelo respective planode maneio.

    4. Compete ao Conselho de Ministros criar, modificar ouextinguir as zonasde proteccao referidasnas alfneas a) e b) don." 2.

    5.Agestaodas zonasde.proteccao referidasnasalfneas a) e b)don." 2deveserfeita deacordo com0 planodemaneioelaboradocomaparticipacao dascomunidades locaise aprovado pelosectorde tutela.

    6. Compete, aos respectivos Governadores Provinciais,declarar a zona referida na alfnea c) do n,02, nos termos e nascondicoes a serem definidas por decreta doConselho deMinistros.

    7. A delimita~ao das zonasde proteccaoe. obrigatoriamente,registada no Cadastre Nacional de Terras.

    8. Por razoes de necessidade, utilidadeou interessepublicos0Conselho de Ministros pode, excepoionalmente, autorizar 0exercfciodecertasactividades naszonasdeprotec~ao referidasnapresente Lei.

    (Reservas nacionais)1.Asreservasnacionaissaozonasdeproteccao totaldestinadas

    aproteccao de certas especiesde flora e faunararas, endemicas,emviasdeextineaoou quedenunciemdecllnioe os ecossistemasfrageis, tais como zonas humidas, dunas, mangaise corais, berncomo a conservacao da flora e fauna presentes no mesmoecossistema.

    2.Aplicam-seasreservasnacionais as.permissoes eproibicoesprevistas para os parques nacionaisComas excepr;oes previstasnestaLei.

    3. Os recursos existentes nasreservas nacionais podem serutilizados, mediante licenca, nos termos aregulamentar, desdequenaoprejudiquem afinalidade especffica quedeterminoua suacriar;ao e estejamdeacordo comosrespectivos planosdemaneio.

    ARTIGO 13(Zonas de uso e de valorhist6rico.cult~ral)

    1. As zonas de usoe de valor historico-cultural sao areasdestinadasaproteccaode florestasde interessereligioso e outrossftiosde importanciahist6ricae deusocultural, deacordocomasnormas epraticas eostumeirasdasrespectivas comunidades locais., 2. Os recursos florestais e faunfsticos existentesnas zonasreferidasno mimero anteriorpodem ser utilizadosde acordocomas mesmaspraticas costumelras das respectivas.comunidades,

    CAPfTULOIiIRegimes de Explora~io Sustentavel dosRecursos Florestais

    ARTIGO 14(Regimes de explora~io florestal)

    1.Aexploracao dopatrim6nionacional florestal deveobservaros seguintesregimes:

    a) exploracaopor licenca simples;b) exploracaopor contratode concessaoflorestal,

  • 12 DEJULHO DE 1999

    2. Por decreta doConselho de Ministrossao fixados os tennos , .e condicoes para a exploracao dos recursos florestais nos regimesprevistos no mimero anterior.

    ARTIGO 15

    (Exploraeao sob 0 regime de liceosa simples)1. A exploracao sob 0 regime de Iicenca simples esujeita a

    quantidades e prazos limitados e eexercida, exclusivamente, P9foperadores nacionais e pelas comunidades Iocais nas.florestas .produtivase nas de utilizacao multipla, para fins comerciais,industriais e energeticos, com observancia do plano de maneiopreviamente aprovado.

    2. Os titulares da licence referida no mimero anterior devemcomprovar, no acto dopedido, ter capacidade tecnica decorte e

    , de transporte, bern como 0 destino dos produtos florestaisrequeridos.

    3. A exploracao florestal exercida pelos membros dascomunidades locais para 0 con sumo proprioefeito de acordo comas nonnas e praticas costumeirasdas respectivas comunidades.

    ARTIGO 16

    (Exploracao sob 0 regime de contrato de concessactlorestal)

    1. A exploracao sob 0 regime de contrato de concessaoflorestal eexercida por pessoas singulares ou colectivas e pelascomunidades locais nas florestas produtivas e nas de utilizaeaomultipla, para 0 abastecimento a industria de processamento ouenergetica com observamciado plano de maneio previamenteaprovado pelo sector. ,

    2. 0, titular da exploracao sob 0 regime referido no numeroanterior, deve garantir 0 processamento dos produtos florestaisobtidos, nos tennos a regulamentar.

    3. 0 titular da exploracao por contratode concessao podeprocessar os produtos florestaisextrafdos pelos operadoresemregime de licenca simples mediante contrato a ser celebrado entreestes,

    4.0 contrato de concessao referidona presente Lei estasujeitoa urn prazo maximode 50 anos, renovavel por iguais perfodos apedido do interessado,

    ARTIGO 17

    (Area da concessao tlorestal) .1. Na determinacao da area da concessao florestal deve-se ter

    em conta, entre outros criterios a fixar por regulamento, acapacidade tecnica de processamento da 'industria florestalinstal ada.

    . 2. A atribuicao da areadeconeessao florestal esempreprecedidade uma auscultacao ou renegociacao junto das comunidadeslocais abrangidas narespectiva area, atraves dos orgaos da

    . administracao local do Estado.'

    ARTIGO'18

    (Direitos de tercelros)A exploragao florestal e faunistica para fins comerciais,

    industriais ou energeticos deve salvaguardar todos os direitos deterceiros existentes dentro da areade exploragao, bemcomo 0 livre

    126~-(35)

    acesso das comunidades locals dentro damesma, ineluindo osdireitos de utilizagaodpsrecursos naturais de que estes necessitam Jpara a sua subsistencia,

    ARTIG019.

    (Explora~aonorestalpara fins en.ergeticos)1.Por diplomaproprio sao estabelecidas as especies de produtos

    florestais destinadas aproducao de lenha e de carvao vegetal.2. Os titulares da exploragiio em regime de licencasimples e em

    regime decontrato de cencessao florestal, para a exploraga6 demadeira, gozam de preferenciana aquisigiio de .licenca paraproducao de lenhaecarvao, atraves dos subprodutos da exploracao,nos termos a regulamentar.

    CAPfTULOIV

    Regimes de Explora~ao Sustenmvel dos RecursosFaunlsticos

    ARTIG020

    (Regimes de explora~ao da fauna bravia)1. A exploragao da fauna braviaexistente no pals deve observar

    as seguintes modalidades:

    a) caca por licenca simples;b) ca9a desportiva;c) cacacomercial.

    2. Por diploma proprio, siio fixados os termos e condicoes, e asquotas anuais de abate de animais bravios, bern como osinstrumentospermitidos para a pratica de ca~a nas modalidadesreferidas no numero anterior.

    ARTIG021

    (Caca por licen~a:simples)1. A clu;a por licenca simples eexercidaporpessoas singulares

    nacionais e pelas 'comunidades locias.nas florestasde utilizacaomultipla e nas zonas de uso e de valor historico-cultural, com 0objeetivo de satisfazer necessidades de eonsumo proprio.

    2. 0 licenciamento da caca paraos membros das comunidadesloeais, nos.termos do numero anterior, e feito pelos conselhoslocaisde acordoeom as normas e praticas eostumeiras e emcoordenacao com 0 sector de tutela.

    ARTIG022

    (Ca~a desportiva)I.A eayadesportivaeexercidaporpessoas singulares nacionais

    ,ou estrangeirasvatraves do turismocinegetico, nascoutadasoficiais e nas fazendas do bravio.

    2. As pessoas singulares nacionaispodem exereera modalidadede caca referida no numero anterior pas zonas de utilizagaormiltipla, nos termos a regulamentar, .

    ARTIG023

    (Ca~a eomerclal). A caca eomercial e exercida porpessoas singulares ou

    colectivas nas fazendas do bravio, visando a obtetigiiode despojos

  • 126--(36)oudetrofeus paracomercializacao, atraves dacria~iio de animaisbravios nostermos dapresente Leie demais legisla~ao aplicavel,

    ARTIG024

    (Instrumento e meiosde ca~a) .Asrestri~oes apratiea de cacasaoobjecto de regulamenta~ao

    especfflca, naosendo permitidaautiliza9aode:meioselnstrumentosqueresultem naapanha ouabate lndiscriminado deespecies, taiscomo' queimadas, explosivos, laces, armadilhas mecanicas,substancias .venenosas e armas automaticas.

    ARTIG025

    (Ca~a em defesa de pessoas e bens)1.A cacaforadasmodalidades previstas napresenteLei s6e

    permitida emdefesadepessoas e bens, contraataques actuais ouiminentes de animais bravios quando nao seja possfvel 0afugentamento ou.captura,

    2. A cacareferida nopresente artigoe exercida prontamente,ap6s0 conhecimento dosfactos, pelasbrigadas especlalizadas doEstado ou pelo sector privado e. pelas comunidades locaisdevidamente autorizadas.

    ARTIG026

    (Trofeus)Por diploma proprio sao estabelecidos os trofeus sujeitos a

    manifesto e aqueles considerados patrimonio do Bstado,

    CAPfTULOV

    Repovoamento dOB Reeursos Florestais e Faunisticos

    ARTIG027

    (Planta~oest1orestaispara fins de conserva~ao)1. 0 Estado promove a recupera9ao de areas degradadas

    atraves de planta~oes florestais, preferencialmente, nas dunas,bacias hidrograficas enos ecossistemas frageis,

    2. Quando a degradaejo for provocada por desflorestamento,incendio ou quaisquer outrosactos voluntaries, 0 infractor eobrigado a efectuar a recuperacao' da areadegradada nos termose nas condicoes a serem definidos por regulamento pr6prio, 'independentememnte de outros procedimentos civis e criminaisquecouberem.

    3.Naszonas deproteccao, naoepermitida a transformacao daarea degradadapara outra finalidade de usc, devendo esta ser 'recuperada asuacondi~ao anterior.

    ARTIG028

    (Planta~est10restaispara fins comerciais,,industriaiseenergetices) .

    1.0Estado promoveodesenvolvimentodeplantaccesflorestaispara fins comerciais, industriais ouenergeticos, consoante as'caracterfsticas ecol6gicas de cada zona, nos termos aregulamentar.

    ISERIE-NOMERO 27

    2.Aactividade deplanta~~odeespecies florestaisexercida porqualquer pessoa singular oucolectiva, nostermos dapresentel.ei,beneficia de incentivos especiais, a seremdefinidos pordiplomaproprio.

    ARTIG029

    (Repovoamentoda fauna bravia)1. 0 Estado promove 0 repovoamento da fauna bravia de

    acordo comosplanesdemaneio previamente aprovados e comaobservancia da legisla~ao sobre a materia.

    2.Aquele que,dequalquer forma.provocar 0 declfnio dafaunabravia fica obrigado a efectuar 0 repoavoamento das especiesafectadas, nostermose condicoes a seremdefinidos pordiplomaproprio, independentemente deeutrassancoeshquederemlugar.

    3.A actividade derepovoamento dafauna braviaexercida porqualquer pessoasingularoucolectiva, nostermos dapresente Lei,beneficiade incentivesespeciais a seremdefinidos pordiplomapr6prio.

    ARTIG03Q(Cria~io e explora~ao de ani,mais bravlos)

    1.A cria~aoe explora9iiode animais bravios deveserfeitaemareasconvenientemente vedadas.observando 0 PlanodeManeioaprovado.

    2. Os termos e eondicoes palia cria9ao e exploracao dosanimais, referidos nonumero anterior, saodefinidos pordiplomaproprio,

    CAPfTULOVI

    Gestiodos Recursos Flores,tais e Faunisticos

    ARTIGO 31

    (Gesti9 participlltiva)1. Sao criados conselhos locals de gestiio de recursos,

    constitufdos porrepresentantes dascomunidades locais.dosectorprivado, das associacoes e das autoridades locais do Estadovisando protec~ao,.conserva~iio e a promocao do usosustentaveldos recursos florestais e faunrsttcos.

    2.Asatribuicoesecompetencies dosconselhos locais, referidosno numero anterior, sao'definidos por decreto do Conselho deMinistros.

    3. Agestao deve assegurar a participa~ao dascomunidadeslocais na explora~ao dos recursos florestais e faunfsticos enosbeneffcios gerados pela sua utiliza~ao.

    ARTIG032 ,

    (Periodosde defeso)Compete aoConselho deMinistros estabelecer osperiodos de

    defesogerale especiais previstos na presente Lei.

    ARTIG033

    (Delega~iode poderes)o Estado pode delegar ,poderes de gestao dos recursos

    florestais e faunfsticos, incluindo parafins de repovoamento deespecies florestais efaunfsticas, as comunidadeslocais, associacoes

  • 12DEJULHO DE 1999

    ou ao sector privado, sem prejufzl)d~sua' f1SCall~ao pelasentidades competentes,

    ARTIG034

    (Obrlgatorledade deautoriZa~ao)E obrigatoriaa autoriza~ao ,para a explorayao, comercia-

    lizacao, utilizacao.bem como 0 transportede produtos florestaisefaunfsticos porviaterrestre, fluvial, maritimaouaerea,nostermosda presents Lei e demais legisla~ao aplicavel, salvo excepcoesprevistasna lei.

    ARTIG035'

    (Taxas)1. Sao devidas.ao Bstado taxas pelo acessoe utiliza~ao dos

    recursos florestaise faunfsticos, bemcomo pelo exercfcio doturismocontemplativo nos parquese reservas nacionais.

    2. Por decreto doConselho de Ministros, sao fixados osvalores das taxas referidasno ndmero anterior,berncomo para aemissao de licencas de actividades, guias de transito,certificados e demaisautoriza~Oes.

    3, Sao isentos do pagamentodetaxas as comunidadeslocais,pelautilizacaodosrecursosflorestaisefaunfsticos paraconsumoproprio, nas suas respectivas areas.

    4. Independentemente da taxa de licenca para a exploracjoflorestal e faunfstica, edevida uma sobretaxa para 0 respectivorepovoamento florestal e faunfstico,

    5. Por diploma especffico, sao fixadas as percentagens dosvalores provenientesdastaxasdeexploracaoflorestalefaunfstica,destinadas ao beneffcio das comunidades locais residentes nasrespectivas zonasde explora~~o.

    6. Competeao Conselhode Ministrosprocederaactualiza~aoperi6dicados valoresdas taxas.

    ARTIG036

    (Instrumentos da aplica~ao cia lei)1. Sao instrumentosfundarnentais de aplica~ao da presente

    Lei:

    a) acordosde cooperacaoinstitucional,tecnica e cientffica,de nfvelnacional;

    b) tratadose convencoesinternacionais;c)contratosde concessaoe auterizaccesde actividades, tais

    como licences, guias de transito e certificados: ,d) avaliacaodo impacto ambiental;e) fundo de desenvolvimento de florestas e.fauna bravia:f) regulamentos especfficose legisla~iio complementar:g).inventariosflorestais e faunfsticos;h) listas das especies de, flora e fauna;i} ,medidas eompensatoriase de recomposicao do dano

    ambiental;j)plano de maneio; .,k} programade prevencaocontra queimadas;I) zoneamento florestal efaunfstico;m) programa nacionalde florestas e fauna bravia,

    4126--(37)CAPITULo VII

    ,F~c~iza~lioARTla037

    ,'-'.- -.'- . "'.","

    ,...(~~~r~~i~.da .~c~~~O)1. Compete,acJ Conselho de Ministros, nos tettnos.aregulamentar,~arantirafiscalizayaoflorestal efaunfsti~, visandomonitorar, Qrielltare dlsciplinar as actividadesde consevayao,

    utiliza~aoemaneio dos recursos florestaisefaunisticqs.2..Todoucidadao, em especial osconselhos l()cais de gestiio

    derecursos,bemcomoOS portadoresdelicen~as,devemcolaborarno exercfcio davigilancia necessaria aprotec~li6 dos recursosflorestaise faunfsticos, participando.as infrac~oes dequetiveremconhecimentoa autoridademais proxima,

    3.No exercfciodas suas fun~oes, osfiscaisdeflorestas e faunabravia, .obrigatoriamente,devem usar uniformes devidamenteidentificadose terndireitode portee usode "arm,a de fogoe OU'trOequipamentoa ser definido por diploma pr6prio.

    4. A fiscalizacaoflorestal e faunfstica eexercidapelosfiscaisde florestas efauna bravia, pelos fiscais ajuramentados e pelosagentes comunitarios nos termos e condi~oes' a definir por di-ploma proprio.

    5.E6brigat6riail apreensao,pelosfiscais de florestas e fauna'bravia, dos pro'dutosflorestais eifaunfsticos e dos instrumentosutilizados.napratica dainfraccao.

    6.asvefculos equaisqueroutrosmeiosutilizados notransporteilegal de recurses florestais e faunfsticos sao. consideradosinstrumentos,para os efeitos do mlmeroanterior.

    7. Osfiscais de florestase faunabravia.fiscais ejuramentadoseosagentescomunitarios, semprequenecessario, podemrequisitaro auxflio da autoridade mais pr6ximae reforcopolicial paragarantir 0 exercfciodas suas fun~oesi

    ARTIG038

    (Postos de tiscaliza~io)1.Sao.criadospostosfixos e m6veisde fiscalizacao florestal e

    .. faunfstica, devidamente sinalizados, para a verificacao dolicenciamentoflorestal e faunfstico.

    2.Eobrigat6riaa paragemde pessoase vefculos nospostosdefiscalizaeao florestale faunistica,sempreque solicitados pelosfiscaisde florestasefauna bravia, fiscaisajuramentados ou pelosagentes comunitarios.

    CAPiTULO VIII

    Infrac~oes e Pen81idadesARTI0039

    (Normas gerais)1. As infra~oes previstas na presente Lei saopunidas com

    multa e acompanhadaS dtr' medidasde' recuperacao ou decompensa~iiQobrigat6ria dos danos cau~ados,sem prejufzo deoutrassan~oesaque derem lugar,

    2.Compet~ ao ConselhodeMinistr()s procederaactualiza~iioperiodica dosvalores das mUltaspreyistasna presenteLei.

  • 126--(38)3.0 n!o pagamento voluntario da multa, sujeita0 infractor a

    consequencias previstas na legislar;ao penal, na jurisdir;!o ondefoi. cometida a infra

  • 12DEJULHO DE1999

    ARTIGQ(Destino dos bens apreeiiaid6S);;

    Osprodutos,objectose iristrunlentbsapre~iidid()s ed~claradosperdidos a favor do Estado, aoabrigo da'presdit&'t;ei, tern Qseguinte destino: '

    a) alienacao em hastapubli~a dos produtos, salvo as ex-cepcoes previstasnapre,sente Lei;

    b)doaCao dosprodutos perecfveis a institui9Qessociais e.organiza90es.sem fins lucrativos,.ap6s .a Suadisqriminl19aadetalhada em autoc)reencaminhamento dosexemplaresvivosdefloraefaunabravia a sua zona de origem,au as zonasde protec9,aomais proxima;

    d)devolu9aO'dos instrumentos ao infractorprimario.desdequenaosejamproibidos.apos 0 pagamentodarespectivamultae cumprimento dasoutrassan90es ouobrigacoeslegais.

    CAPfTULOIX

    Disposi~oes FlnaisARTIGp46

    (LegiSla~a()anterior)Saorevogados 0 n." 2doartigo464'40C6digo Penal, bem

    comoasdemaisdisposicoes legaisquecontrariemapresenteLei.

    ARTIG047

    (Regulamenta~ao)Cabe ao Conselhode. Ministros adoptar as medidas

    regulamentares necessaries ae.fectiva9ao da presenteLei.

    ARTIG048

    (Entrada em vigor)ApresenteLeientraemvigornoventadiasap6s a suapublicac;ao.

    Aprovada pela.Assembleiada Republica, ao.s 14deMaio de1999.

    o Presidente da AssembleiadaRepubliea, Eduardo .loaquimMulembwe.

    Promulgada, em 7 de Julhode 1999.

    Publique-se.

    OPresidente 'daRepublica, Joaquim AlbertoChissano.

    Lei n," 11199de 8 de Julho

    Verificando-se anece.ssidadedel'egular, actualizare melhoraroquadrolegalexistenteem M09ambique referenteaArbitragem,Conciliacao e .Mediacao comorneios altemativos ao sistemajudicial,de resoltl9ao de,conmtQs. e tetldo:em vistaresponderastransformacoes quese remvindoa operarnopais. decorrentesdodesenvolvimento.de uma economiade mercado e de rell19Qes

    126--(3.9)comerci!li~.internaci(mai~, aAslJemb~41.:da.R~pp.blitiajap\)brig()do n." ldo artigoI3~4~Con~tjtqi9~9;~t~fDl.ina:,,:

    ,....{:,::;"F>fII~~;j~;,(;;i,;;I}'f::;'.' ..~(i! i; ..f; I,'OISPf.)Si(!aES",(~ERAIS>c'

    'c,FMfTut.b~(;OARTIGOI

    (O~jectog~ialfA presenteI,.eirege a.Arbitrl:lgem,aOonciliI!C~9e,1:lMediacao

    comomeios,alternl;1pYos'4e;fesoluyaQd~ ~Qnflitos.gtleos sujeitosjurfdicos podem adoptar antes ou.emaltemalivaasubmeter osseus.litigiosao poderjudicial.' .

    ARTIG02

    . ....

    Para efeitosdapresente Lei:a) os termcs "ar"itrag~m" . ':concilil19ao" e "meciia9ao"

    designam tcm equaIquer arbitrll~egl. c()t1Ci1i~9~o emedi~~oquer asuaorgam~l19ao ~eja,.ounaoconfiadaa urn or~anismo instituciona1izad~lnQste11l).o,s.doartigo 69dapresenteLci;... .. .... .' '.

    b) l:l~xpressao"tripl1nalarbitral".