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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Ciências Contábeis Jaqueline Silva de Oliveira Letícia Lais do Carmo Melon Liniker Garcia Cava Marcela Pizani Ribeiro Dias LEASING Amigãolins Supermercados Ltda. Lins - SP LINS – SP 2011

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Ciências Contábeis

Jaqueline Silva de Oliveira

Letícia Lais do Carmo Melon

Liniker Garcia Cava

Marcela Pizani Ribeiro Dias

LEASING

Amigãolins Supermercados Ltda.

Lins - SP

LINS – SP

2011

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JAQUELINE SILVA DE OLIVEIRA

LETÍCIA LAIS DO CARMO MELON

LINIKER GARCIA CAVA

MARCELA PIZANI RIBEIRO DIAS

LEASING

Trabalho de Conclusão de Curso de apresentado á Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Ciências Contábeis sob a orientação do Profº. Me. Ricardo Yoshio Horita e orientação técnica da Profª. Ma. Heloísa Helena Rovery da Silva.

LINS – SP

2011

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Oliveira, Jaqueline Silva de; Melon, Letícia Lais do Carmo; Cava, Liniker Garcia; Dias, Marcela Pizani Ribeiro.

Leasing: Amigãolins Supermercados Ltda / Jaqueline Silva de Oliveira; Letícia Lais do Carmo Melon; Liniker Garcia Cava; Marcela Pizani Ribeiro Dias . – – Lins, 2011.

67p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Ciências Contábeis, 2011.

Orientadores: Ricardo Yoshio Horita; Heloisa Helena Rovery da Silva

1.Leasing. 2. Arrendamento Mercantil. 3. Normas Internacionais. 4. CPC 06(R1) I Título.

CDU 658

O48l

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JAQUELINE SILVA DE OLIVEIRA

LETÍCIA LAIS DO CARMO MELON

LINIKER GARCIA CAVA

MARCELA PIZANI RIBEIRO DIAS

LEASING

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovada em: ____/____/____

Banca Examinadora:

Profº. Orientador: Ricardo Yoshio Horita

Titulação: Mestre em Ciências da Computação pela Universidade Federal e

São Carlos.

Assinatura:____________________________

1º Prof(a):_______________________________________________________

Titulação:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

2º Prof(a):_______________________________________________________

Titulação:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

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Dedico este trabalho, primeiramente a Deus, pois sem ele, nada seria

possível, porque é a minha inspiração e me dá forças para lutar pelos meus

ideais.

À minha mãe, que é o alicerce da minha vida, pelo esforço, dedicação,

compreensão e amor com que me criou, e por estar sempre presente em todos

os momentos da minha vida. É a principal responsável pelas minhas vitórias.

Te amo Mãe.

Ao meu noivo, porque sempre me motivou e aconselhou, e

principalmente pela paciência que me dedicou todas as vezes que precisamos

deixar de lado nossos passeios e momentos de lazer, para estudar ou me

reunir com o grupo de monografia. Tudo isso, me fez querer ser uma pessoa

melhor e amar você ainda mais.

Ao meu sogro e minha sogra, que também estiveram sempre presentes,

e com muito carinho me ajudaram e incentivaram para que eu chegasse até

aqui.

Enfim, dedico aos meus companheiros do grupo, por todo esforço, garra

e determinação dedicados na construção e conclusão do trabalho. Obrigada

pela amizade e por mais uma etapa vencida.

Jaqueline Silva de Oliveira

Dedico este trabalho, primeiramente a Deus, pois foi ele que me ajudou

a ter forças para superar esse ano de muitos desafios.

A minha mãe, por sempre me apoiar, aconselhar e me orientar em todos

os momentos de dificuldade, sempre me motivando a ser perseverante e a não

desistir dos obstáculos. Ao meu namorado, Rodrigo, por sempre estar presente

em minha vida me apoiando. A eles meu imenso agradecimento por sempre

acreditar em mim e torcer por minhas vitórias.

Às minhas amigas, Vanessa, Marcela Demazi, Marcela Pizani, Luciane

por me ajudarem nos momentos de angústia e desespero, e também pelos

vários momentos de alegria que passamos juntas.

Enfim, dedico aos meus companheiros do grupo, pelo apoio e pela

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oportunidade de trabalharmos juntos nesse ano, dividindo conhecimentos e

experiências que serão levadas para sempre.

Letícia Lais do Carmo Melon

Dedico este trabalho ao meu pai, por ter me dado à oportunidade de

entrar para a contabilidade e ter contribuído efetivamente em minha formação

pessoal e profissional, me ensinado que acima de tudo devemos ser honestos.

À minha mãe, por dedicar-se de maneira exemplar na educação de seus

filhos, por me ajudar nos momentos em que mais precisei, por ter sido vital em

minha formação e ter agregado grandes valores em minha vida.

À minha irmã, por ter maturidade e competência suficientes para

influenciar em minha educação, mostrando sempre que o estudo, a dedicação

e a seriedade são chaves fundamentais para a realização de nossos sonhos.

À minha namorada, por ter entrado em minha vida acrescentando coisas

boas, proporcionando momentos inesquecíveis e se tornado fundamental em

meu amadurecimento humano.

Ao Professor Horita, pela paciência e dedicação dispensadas, confiando

no grupo ao sugerir um tema pouco discutido. Professor, obrigado por

compartilhar o seu vasto conhecimento conosco.

À Professora Helô, por passar tranquilidade e compartilhar

conhecimentos nos momentos de tensão, se tornando uma amiga e professora

inesquecível.

Ao grupo, pela convivência e experiências trocadas durante a realização

do trabalho. Sem vocês nada disso teria acontecido.

Liniker Garcia Cava

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois foi ele que esteve ao

meu lado durante estes quatro anos, comemorando junto momentos de vitórias

e dando força para superar momentos difíceis.

Aos meus pais, por estarem sempre ao meu lado, apoiando em

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quaisquer que fossem as minhas decisões.

Ao meu namorado, que sempre me motivou, ajudando a não desistir

perante os obstáculos, ensinando assim a ser perseverante em minhas

decisões.

As minhas amigas Letícia Melon, Luciane Mangolin, Marcela Demazi e

Vanessa Pinheiro, que estiveram comigo nos momentos mais importantes da

minha vida.

Dedico aos meus companheiros de monografia, pela compreensão, pelo

apoio, e pela oportunidade de trabalharmos juntos, onde fizemos descobertas,

dividimos conhecimentos e experiências, as quais levaremos para o resto de

nossas vidas.

A todos o meu eterno agradecimento, pela força, por acreditarem em

mim e por torcerem por minhas vitórias.

Marcela Pizani Ribeiro Dias

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, pois ele é a essência da nossa

vida e nos da força nos momentos de dificuldade.

Agradecemos aos nossos pais, que acreditaram em nosso potencial, nos

apoiaram ao máximo, e estiveram sempre presentes, nos ajudando a superar

cada obstáculo e nos incentivando para que chegássemos até aqui.

Ao nosso orientador, Professor Horita, pela disposição, dedicação, e

sabedoria com que nos orientou para construção deste trabalho, e também

pela paciência que nos dedicou, sempre com entusiasmo e motivação.

À Professora Helô, que nos acompanhou nessa caminhada, sempre nos

mostrando a melhor forma de realizarmos nosso trabalho, pelos ensinamentos

importantes nas orientações técnicas, e, sobretudo, pela atenção e amizade

que sempre nos dedicou.

À empresa Amigãolins Supermercados Ltda., em especial o Sr. Bressan,

por estar sempre disposto a nos ajudar, disponibilizando todas as informações

necessárias para o desenvolvimento deste trabalho.

Enfim, à todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram de

maneira significativa para a realização do trabalho.

Jaqueline, Letícia, Liniker e Marcela.

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RESUMO

A Lei nº. 11.638/07 foi um grande passo rumo à internacionalização da contabilidade, trazendo novas perspectivas ao mercado e às empresas. Com a padronização e a obrigatoriedade dos procedimentos contábeis em conformidade com as normas internacionais, o mercado fica cada vez mais globalizado. Devido à competitividade, as empresas devem analisar melhor as opções que o mercado financeiro oferece quanto à obtenção de recursos externos para financiar seus empreendimentos. Dentre essas opções encontra-se o Leasing, que é uma das fontes de opção para captação de recursos. No Brasil, a operação, também conhecida como Arrendamento Mercantil, apresenta algumas vantagens, como: não necessidade de grande investimento, utilização de bens com tecnologia atualizada, benefícios tributários e formas de pagamento bastante flexíveis. Assim como muitas outras operações, com o processo de internacionalização da contabilidade, o Leasing passou por algumas mudanças que são reguladas pelo CPC 06 (R1), que prescreve as políticas contábeis e as divulgações que deverão ser seguidas tanto pelos arrendatários, quanto pelos arrendadores. Nesse contexto, houve diferenças significativas no tratamento contábil das operações do Leasing financeiro, principalmente no que tange à imobilização do bem pelo arrendatário e o tratamento fiscal desta categoria de operação. O objetivo deste trabalho é apresentar as operações de Leasing financeiro perante as novas normas internacionais, demonstrando as alterações introduzidas pela normatização do CPC 06 (R1). Um estudo de caso na empresa Amigãolins Supermercados Ltda. é apresentado, onde foi analisado um contrato de Leasing Financeiro, buscando demonstrar e exemplificar a teoria explorada, evidenciando os impactos financeiros e tributários gerados pela operação. Palavras-chave: Leasing. Arrendamento Mercantil. Normas Internacionais. CPC 06(R1).

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ABSTRACT

The Brazilian law number 11.638/07 was a big step towards accountancy internationalization, it brought new perspectives to the business. The Accounting procedures’s standardization and obligation in accordance with international standards becomes the business market increasingly globalized. Due the competitiveness, companies must analyze the options that the financial market offers to external resources obtainment in order to finance their ventures. Among these options is the Leasing, which is one of the alternatives for fundraising. In Brazil, this operation has some advantages: major investment is not necessary, use of goods with updated technology, tax benefits and very flexible payment’s forms. Like other financial operations, considering the process of accounting internationalization, Leasing had been changed by the CPC 06 (R1) regulation, which prescribes the accounting policies and disclosures that must be followed by both lessee e lessor. In this context, significant differences in accounting treatment had been happened in Leasing operations, especially regarding the good immobilization for the lessee and the tax treatment of this operation. The aim of this paper is to present the operations of financial Leasing before the new international standards and to show the changes that had been introduced by the CPC 06 (R1) regulation. A case study in the company Lins Amigão Supermarket Ltda. will be shown, where a financial Leasing contract will be analyzed to demonstrate and exemplify the theory that was explored and finally it will evidence the financial and tax impacts generated by this operation. Key-words: Leasing. International Standards. CPC 06(R1).

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Logotipo do Amigão Supermercados ............................................ 17

Figura 2: Foto da Matriz do Amigaolins Supermercados Ltda ..................... 18

Figura 3: Organograma da Empresa ........................................................... 20

Figura 4: Foto da entrada do Amigãolins Supermercados Ltda de Assis .... 22

Figura 5: Foto da entrada do Amigaolins Supermercados de Araçatuba ..... 23

Figura 6: Foto do Amigaolins Supermercados Ltda de Promissão .............. 23

Figura 7: Foto da entrada do Amigaolins Supermercados Ltda de Lins, loja

da Avenida São Paulo ................................................................................. 24

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Demonstração dos impostos a recuperar 1 ................................ 47

Quadro 2: DRE (Demonstração do resultado do exercício) 1 ...................... 47

Quadro 3: Fluxo de caixa da operação 1 ..................................................... 48

Quadro 4: Demonstração dos impostos a recuperar 2 ................................ 50

Quadro 5: DRE (Demonstração do resultado do exercício) 2 ...................... 51

Quadro 6: Fluxo de caixa da operação 2 ..................................................... 52

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABEL: Associação Brasileira de Empresas de Leasing

ABRASCA: Associação Brasileira de Companhias Abertas

APIMEC: Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do

Mercado de Capitais

BM&F: Bolsa de Mercadorias & Futuros

BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

BOVESPA: Bolsa de Valores de São Paulo

CFC: Conselho Federal de Contabilidade

COFINS: Contribuição para Financiamento da Seguridade Social

CPC: Comitê de Pronunciamentos Contábeis

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CSLL: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

DOU: Diário Oficial da União

DRE: Demonstração do Resultado do Exercício

FIPECAFI: Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras

FRO: Ficha de Resumo de Operação

IBRACON: Instituto dos Auditores Independentes do Brasil

ICMS: Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços

IRPJ: Imposto de Renda Pessoa Jurídica

PASEP: Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público

PIS: Programa de Integração Social

RFB: Receita Federal do Brasil

SRF: Secretaria da Receita Federal

VRG: Valor Residual Garantido

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................. 14

CAPÍTULO I – AMIGÃOLINS SUPERMERCADOS LTDA. ........................ 16

1 SURGIMENTO DA EMPRESA ..................................................... 16

1.1 História .......................................................................................... 16

1.2 Sócios ........................................................................................... 18

1.3 Missão ........................................................................................... 19

1.4 Propósito ....................................................................................... 19

1.5 Visão ............................................................................................. 19

1.6 Organograma ................................................................................ 20

1.7 Valores .......................................................................................... 20

1.8 Objetivos ....................................................................................... 21

1.9 Meta .............................................................................................. 21

1.10 Expansão do negócio .................................................................... 21

1.11 Administração ............................................................................... 24

CAPÍTULO II – AS NOVAS PERSPECTIVAS DAS OPERAÇÕES D E

LEASING FRONTE AS NORMAS INTERNACIONAIS ............................... 26

2 LEASING ...................................................................................... 26

2.1 Origem das operações de Leasing ............................................... 26

2.2 Conceito ........................................................................................ 27

2.3 Modalidades do Leasing ............................................................... 29

2.3.1 Leasing financeiro ......................................................................... 29

2.3.2 Leasing operacional ...................................................................... 29

2.3.3 Leaseback ..................................................................................... 30

2.4 Vantagens e desvantagens ........................................................... 30

2.4.1 Vantagens ..................................................................................... 31

2.4.2 Desvantagens ............................................................................... 31

2.5 Leasing no Brasil ........................................................................... 32

2.5.1 Mercado de Leasing no Brasil ....................................................... 32

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2.5.2 Legislação do Leasing no Brasil .................................................... 33

2.6 CPC 06 (R1) .................................................................................. 34

2.6.1 CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis ............................. 34

2.6.3 Objetivo do CPC 06 (R1) .............................................................. 35

2.6.4 Alcance do CPC 06 (R1) ............................................................... 35

2.7 Contabilização ............................................................................... 36

2.7.1 Arrendamento mercantil financeiro ............................................... 36

2.7.2 Arrendamento mercantil operacional ............................................ 37

2.8 Aspectos tributários ....................................................................... 38

2.8.1 Créditos sobre o contrato de Leasing ........................................... 38

2.8.1.1 ICMS ............................................................................................ 38

2.8.1.2 Pis-Pasep e Cofins ........................................................................ 39

2.8.1.2.1 Crédito calculado sobre as contraprestações ............................... 39

2.8.1.3 Crédito de Pis-Pasep e Cofins sobre encargos de depreciação e

amortização ................................................................................................. 39

2.8.1.3.1 Crédito calculado à proporção de 1/48 (um quarenta e oito avos)

sobre o valor de aquisição do bem .............................................................. 40

CAPÍTULO III - CONTABILIZAÇÃO DE UM CONTRATO DE LEASING

FINANCEIRO DE ACORDO COM O CPC 06(R1) ...................................... 41

3 INTRODUÇÃO .............................................................................. 41

3.1 Contabilização de um contrato de Leasing financeiro ................... 41

3.1.1 Reconhecimento do bem .............................................................. 42

3.2 Aspectos tributários ....................................................................... 44

3.2.1 Crédito de ICMS sobre Ativo Imobilizado ...................................... 44

3.2.2 Depreciação .................................................................................. 44

3.2.3 Crédito de PIS-Pasep e Cofins calculado sobre os encargos de

depreciação e amortização .......................................................................... 45

3.3 Contabilização do primeiro mês do contrato ................................. 46

3.3.1 Pagamento da 1ª parcela referente à Janeiro de 2011 ................. 46

3.3.2 Apropriação dos encargos financeiros .......................................... 46

3.4 Impacto da operação estudada ..................................................... 46

3.4.1 Impostos a Recuperar ................................................................... 47

3.4.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ......................... 47

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3.4.3 Fluxo de Caixa da Operação......................................................... 48

3.5 Opção de calculo ao crédito de PIS/Pasep e Cofins. .................... 48

3.5.1 Impacto da opção na operação estudada ..................................... 50

3.5.1.1 Impostos a Recuperar ................................................................... 50

3.5.1.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ......................... 51

3.5.1.3 Fluxo de Caixa da Operação......................................................... 51

3.6 Análise da operação ..................................................................... 52

3.7 Considerações finais ..................................................................... 53

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ................................................................ 55

CONCLUSÃO .............................................................................................. 56

REFERÊNCIAS ........................................................................................... 57

APÊNDICES ................................................................................................ 59

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14

INTRODUÇÃO

Atualmente tem sido constante a preocupação das empresas em

enquadrar-se nas normas internacionais de contabilidade introduzidas a partir

da Lei 11.638/07.

Em 28 de dezembro de 2007, foi sancionada a Lei 11.638 que modificou a Lei das Sociedades por Ações, de nº 6.404/76, principalmente em suas disposições de natureza contábil. Alguns ajustes relativos à tributação e de outra natureza também foram inseridos. (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE, 2007, p.5)

Esta preocupação é válida devido à obrigatoriedade fiscal e a um

mercado que vem se tornando globalizado e cada vez mais competitivo.

Segundo Art. 9 da Lei 11.638/07, a lei entrou em vigor no primeiro dia do

exercício seguinte ao de sua publicação. Porém, há de se observar as

normatizações relacionadas.

Muitas normatizações precisam ser emitidas pelos órgãos próprios, a começar pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC); e, a seguir, esses pronunciamentos do CPC deverão ser aprovados pela Comissão de Valores Imobiliários (CMV), Banco Central do Brasil (BACEN), Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e outros órgãos reguladores para que se tenha um conjunto de regras homogenias nos diversos setores. (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE, 2007, p.5)

Dentre essas normatizações, foi emitida pelo Comitê de

Pronunciamentos Contábeis uma norma específica sobre as operações de

Leasing, chamada de CPC 06 - Operações de Arrendamento Mercantil.

A elaboração do Pronunciamento Técnico CPC 06 (R1) partiu da International Accounting Standard 17 (IAS 17)- Leases, norma essa emitida pelo International Accounting Standards Committee (Iasc), hoje International Accounting Standards Board (Iasb). (MIGUEL, 2011, p.19)

Miguel (2011) ainda reforça que a base para a elaboração do CPC 06 foi

o IAS 17 e que a aplicação do pronunciamento gera reflexos contábeis que

estão em harmonia com o documento editado pelo Iasb, ou seja, com as

normas internacionais de Contabilidade.

Neste sentido é importante analisar a nova tratativa de todas as

operações realizadas pelas empresas.

Considerando que o Leasing é uma destas operações de uso frequente,

o objetivo deste trabalho foi apresentá-lo perante as novas normas

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internacionais, evidenciando a estrutura, as classificações contábeis e seus

aspectos tributários.

Dessa forma, o presente trabalho teve o propósito de sintetizar e

demonstrar de forma clara e objetiva as alterações introduzidas pela

normatização do CPC 06.

Diante do exposto, surgiu o seguinte questionamento:

O conhecimento dos aspectos contábeis e tributários nas operações de

Leasing, com enfoque na normatização internacional introduzida a partir da lei

11.638/07, reflete na tomada de decisão no que concerne à forma de obtenção

de recursos financeiros externo para aquisição ou troca de um bem?

Diante deste questionamento, formulou-se a hipótese de que a avaliação

dos reflexos financeiros e tributários das operações de Leasing que incidem

sobre o resultado da empresa oferece uma importante fonte de informação que

contribui para a tomada de decisão dos gestores no que se refere à captação

de recursos externos para financiar suas operações.

A pesquisa foi realizada na empresa Amigãolins Supermercados Ltda.,

que obtém recursos através da modalidade de Leasing. O Amigãolins

Supermercados Ltda. atua no ramo mercadista desde o ano de 2003,

crescendo constantemente, assim, fortalecendo sua marca, com o objetivo de

cultivar o relacionamento saudável e eficiente com seus fornecedores e

colaboradores, para melhor atender as exigências dos clientes.

Os métodos e técnicas aplicados na pesquisa estão descritos no

Capítulo III.

O trabalho está estruturado da seguinte forma:

Capítulo I - Apresenta o histórico da empresa, sua expansão e sua

estrutura.

Capítulo II – Fundamenta o Leasing em sua essência teórica e os

aspectos contextuais perante o CPC 06 (R1).

Capítulo III - Demonstra a estrutura prática de contabilização das

operações de Leasing Financeiro e seus aspectos gerais, diante das

informações fornecidas pelo CPC 06 (R1).

Encerrando o trabalho, são apresentadas a proposta de intervenção e a

conclusão.

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CAPÍTULO I

AMIGÃOLINS SUPERMERCADOS LTDA

1 SURGIMENTO DA EMPRESA

1.1 História

Observando a lacuna existente no ramo mercadista e o potencial de

crescimento da cidade de Lins, os sócios decidiram a abertura da primeira loja.

Visando buscar informações sobre máquinas, equipamentos,

comunicação visual para adaptar tudo na empresa, para não correr riscos de

atraso ou má qualidade de serviços, pois não bastava apenas um espaço

físico, visitaram muitas lojas, tanto na Capital como no interior de São Paulo,

conhecidas como lojas modernas.

Tomada a decisão do ramo de atuação e, no anseio da abertura da

empresa, surgiu o questionamento quando a razão social, esta que pretendiam

usar também como nome fantasia. O nome da empresa foi fundamentado pela

amizade entre os sócios, desta forma surgiu a palavra AMIGOS, já havendo

registro da razão social AMIGÃO, optou-se por AMIGÃOLINS.

Foi realizado o levantamento das propostas de fornecimento de

equipamento e serviços, dando início ao processo de financiamento com o

BNDES, com o apoio do Banco do Brasil.

Após muitos obstáculos, em 30 de setembro de 2003, foi protocolado o

processo de abertura no Banco do Brasil S/A, agência de Lins SP.

Em sequência, ocorreram diversas correções em projetos e documentos

diversos. O processo foi definitivamente aprovado por todos os departamentos

do Banco do Brasil. Esta data foi motivo de muita comemoração, mas ainda

faltava a aprovação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e

Social (BNDES), que solicitou muitos acertos no projeto e, somente em 30 de

março de 2004, foi aprovada a Ficha de Resumo de Operação (F.R.O.). Após

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algumas etapas, com os pagamentos já realizados, confrontados com o

projeto, houve a liberação parcial em abril e maio de 2004 e a última parcela

para o início de julho de 2004.

Devido aos sócios estarem voltados para a construção e montagem da

loja, primeiramente foi decidido quem seria o gerente, que deveria ser da

cidade de Lins, por ter conhecimento da população, facilitando, assim,

possíveis contratações de funcionários. Também foi delegado ao gerente as

negociações de mercadorias que deveriam ser feitas antes da inauguração,

com prazo de aproximadamente 40 dias.

No mesmo período foi decidido quem seriam os responsáveis pela área

de controladoria e informática. Até este momento só foram contratados

profissionais com experiência no ramo mercadista.

Posteriormente foi planejada a relação da empresa com os futuros

funcionários, preocupando-se com o bem-estar e benefícios que poderiam ser

oferecidos.

Após todo o planejamento para a abertura da empresa, a primeira loja foi

inaugurada em 23 de dezembro de 2003, na Rua Olavo Bilac, 62, em Lins,

interior de São Paulo, com a área de 8.250 m² com visual moderno e espaço

bem distribuído. Atualmente conta com amplo estacionamento, farmácia, casa

lotérica, loja de artigos diversos, sorveteria, lanchonete, sapataria, cinema,

restaurante, caixas eletrônicos dos bancos Santander, Banco do Brasil e

agência do Banco do Bradesco propondo comodidade e praticidade aos seus

clientes.

Fonte: Amigãolins Supermercados Ltda, 2011.

Figura 1: Logotipo do Amigão Supermercados.

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Fonte: TRINDADE et al., 2010, p. 16.

Figura 2: Foto da Matriz do Amigãolins Supermercados Ltda.

1.2 Sócios

A sociedade é composta pelo Sr. Jorge Ignácio dos Santos Junior,

brasileiro, casado, administrador de empresas, desde 1978 atua no comércio

varejista. Esta atividade iniciou-se em uma empresa de sua família,

denominada Supermercados Luzitana de Lins S/A, cujos proprietários eram

seus pais e seu tio, ambos com 50% de participação.

O exercício de várias atividades dentro da empresa de seus familiares

lhe trouxe conhecimento e vasta experiência e também muita amizade com

clientes e fornecedores. Alem disso, exerceu vários cargos em áreas afins.

O segundo sócio é o Sr. Valdir da Silva Bressan, brasileiro, casado,

empresário, administrador de empresas, com vinte anos de experiência em

bancos (Garavelo, Bradesco, Santander). Acumulou sete anos de experiência

como gerente geral e após a sua saída do Banco Santander foi contratado pela

empresa Supermercados Luzitana de Lins iniciando na área financeira onde

exerceu o cargo de gerente geral em todas as filiais da empresa, acumulando

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experiência.

O Sr. Jorge Junior que tinha o desejo de expandir o negócio com

modernidade, encontrou limitação nas unidades de seus familiares, até mesmo

pela idade avançada dos sócios. Portanto, decidiu abrir o próprio negócio

contratando pesquisa de mercado que determinasse o local e as necessidades

da população.

Após a conclusão da pesquisa, em parceria com o Sr. Bressan, iniciou-

se o processo de abertura da empresa.

1.3 Missão

Comercializar produtos e serviços no ramo mercadista, gerando

empregos, impostos, lucros e desenvolvimento pessoal ou “oferecer à

população de Lins e região comodidade e qualidade buscando sempre adaptar-

se às expectativas dos clientes garantindo-lhes satisfação, valorizar essa

relação com os clientes, parceiros e colaboradores preservando sua

longevidade”.

1.4 Propósito

“Trazer nosso cliente a nossa casa, e que ele faça dela a sua casa,

oferecendo variedades em produtos, higiene e limpeza e atendimento com

qualidade e comodidade, buscando realizar sua satisfação.”

1.5 Visão

Ser empresa amiga da cidade e região, procurando sempre aprimorar

conceitos e serviços.

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1.6 Organograma

Fonte: TRINDADE et al., 2010, p. 25.

Figura 3: Organograma da Empresa.

1.7 Valores

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Trabalho, transparência, humildade, responsabilidade,

comprometimento, profissionalismo e amor.

1.8 Objetivos

Negociar com ética e agilidade produtos e serviços, para que cheguem

ao consumidor no melhor preço possível, atendendo a sua necessidade,

gerando uma relação de confiança e credibilidade, onde todos ganham.

1.9 Meta

Cultivar o relacionamento saudável e eficiente com seus fornecedores e

colaboradores, para atendermos as exigências dos clientes que são as

pessoas mais importantes do nosso negócio.

1.10 Expansão do negócio

Objetivando dar continuidade no investimento na cidade de Lins, os

sócios inauguraram em 06 de setembro de 2006 uma nova unidade, localizada

a Rua Paulo Aparecido Giraldi, 02, com uma área total de 1.100 m², área de

vendas de 1.030 m².

E ainda, está em execução o projeto que transforma o prédio do antigo

Cinelins que encontra-se em frente desta filial, em uma ampla área de

estacionamento coberto no piso inferior e uma galeria com diversas lojas no

piso superior.

Após o sucesso das lojas em Lins, os sócios decidiram expandir o

negócio em outras cidades, adquirindo, assim uma terceira loja, inaugurada em

30 de abril de 2007 na cidade de Assis, na Avenida Walter Antônio Fontana,

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1.300, Vila Claudia, no interior de São Paulo, com área total de 12.000 m²,

sendo 2.380 m² de área de vendas composta por 20 check-outs e dos diversos

departamentos, além disso, disponibiliza 206 vagas de estacionamento. Esta é

a maior planta até então.

Fonte: TRINDADE et al., 2010, p. 18.

Figura 4: Foto da entrada do Amigãolins Supermercados Ltda. de Assis.

A quarta loja foi inaugurada em 15 de novembro de 2007, na cidade

Birigui, estado de São Paulo, na Avenida Euclides Miragaia, 1.836, Jardim

Pérola, com 3.996 m² de área total, tendo o estacionamento 102 vagas e a

área de venda de 1700 m² composta por 16 check-outs e dos diversos

departamentos.

Em 28 de fevereiro de 2009 foi inaugurada em Araçatuba a quinta loja,

situada na Avenida Waldemar Alves, 1.646 B, Jardim Brasil. Foram geradas

180 vagas de trabalho com a abertura da nova loja que disponibiliza para a

população uma área total de 4.530 m², composta por 2.132 m² de área de

vendas, que conta com 20 check-outs e diversos setores, seguindo o mesmo

padrão das demais filiais e 206 vagas de estacionamento para clientes.

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Fonte: TRINDADE et al., 2010, p. 19.

Figura 5: Foto da entrada do Amigãolins Supermercados de Araçatuba.

Em Promissão, interior de São Paulo, localizada na rua Sassaichi

Massaki, 663, está situada a sexta loja, inaugurada em 05 de novembro de

2009, com 1.550 m² de área total, sendo 50 vagas de estacionamento e 1.230

m² de área de vendas composta por 10 check-outs e setores que acompanham

o padrão da rede.

Fonte: TRINDADE et al., 2010, p. 20.

Figura 6: Foto do Amigãolins Supermercados Ltda. de Promissão.

Em 1º de maio de 2010, com a aquisição do prédio de uma das filiais do

Supermercado Amália, foi inaugurada a sétima loja, localizada na Avenida São

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Paulo, 441, Vila Guararapes, na cidade de Lins, com 1.500 m², sendo 1.250 m²

de área de venda. Esta planta conta com um estacionamento para 90 veículos,

casa lotérica, restaurante por quilo, setor hortifruti, açougue, padaria, higiene e

limpeza e demais setores de conveniência.

Fonte: TRINDADE et al., 2010, p. 20.

Figura 7: Foto da entrada do Amigãolins Supermercados Ltda. de Lins, loja da

Avenida São Paulo.

1.11 Administração

O setor administrativo é dividido nos seguintes setores: contábil,

financeiro, recursos humanos, informática, tesouraria e departamento de

compras.

No departamento contábil há um contador, que tem o apoio de seus

auxiliares. Toda contabilidade da rede é feita na matriz, onde o movimento

diário é entregue à tesouraria, que elabora um mapa-resumo destinado à

contabilização, contendo a relação dos cheques à vista e a prazo, cartão de

crédito, dinheiro e ticketes.

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A escrita fiscal é realizada na matriz e na filial de Assis, onde são

elaborados relatórios mensais para análise e planejamento de novos projetos.

A escrituração fiscal origina para o setor financeiro, através da digitação de

notas e boletos bancários, as informações necessárias para o controle das

obrigações a pagar. A empresa é optante pelo regime de apuração Lucro Real,

gerando benefícios na carga tributária.

O setor de recursos humanos tem a função da seleção de pessoal,

admissão, folha de pagamentos, rescisão e treinamento.

Já departamento de informática conta com software terceirizado,

atualizado conforme as mudanças na legislação.

No setor de compras existe uma equipe que exerce a função de gerente

e que toma decisões através de relatório de estoque e vendas, feito

diariamente.

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CAPÍTULO II

AS NOVAS PERSPECTIVAS DAS OPERAÇÕES DE LEASING FRONTE AS

NORMAS INTERNACIONAIS

2 LEASING

2.1 Origem das operações de Leasing

Borelli e Coelho (2006) destacam que, desde a antiguidade foram

detectadas referências que caracterizavam uma operação de Leasing. O mais

antigo código comercial conhecido, Código de Hamurábi, fornecia semelhança

a esta operação, pois era basicamente um aluguel de equipamentos de

trabalho e de terras, oferecidos pelos senhores e nobres aos trabalhadores. Na

Idade Média, os nobres passaram a permitir o uso de suas propriedades sem

perder o direito de posse.

No governo ateniense também eram praticadas atividades semelhantes

ao Leasing. Nas minas de propriedade do estado o governo pagava uma

determinada quantia como garantia de exploração.

Segundo Agustini e Lima (2001) era pago ao Estado uma determinada

quantia como garantia de exploração e estabelecida uma renda anual como

porcentagem dos lucros. Consequentemente, com este lucro, o arrendatário

poderia vender o minério ou subarrendar o direito de exploração.

De acordo com Borelli e Coelho (2006), nos Estados Unidos, por volta

de 1700, a operação foi introduzida pelos colonos ingleses. O Leasing foi

registrado no início do século XX, por interferência de fabricantes, que tendo

dificuldade em vender, passaram a alugar seus produtos. Em março de 1941,

no decorrer da Segunda Guerra Mundial, o governo americano efetuou

empréstimos de equipamentos de guerra aos países aliados, que ao fim da

guerra seriam adquiridos ou devolvidos, ocorrendo assim a expansão do

Leasing.

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Na forma atual, os autores ainda complementam que Boothe Jr., por

volta de 1940/1950, instituiu uma empresa especializada no arrendamento.

Boothe Jr. era fornecedor de alimentos ao exército americano durante a

Segunda Guerra Mundial e por escassez de capital próprio ou capacidade de

financiamento, teve a ideia de alugar os equipamentos necessários à produção

de alimentos para suas fábricas.

Em 1954, por intermédio do instituto do arrendamento mercantil, Boothe

Jr. cria a US Leasing, empresa americana de aluguel de equipamentos para

indústria, desencadeando um tipo de financiamento destinado a empresas com

dificuldades em captar recursos para aquisição de bens. No mesmo ano a

empresa chegou a movimentar cerca de US$ 3,5 milhões.

2.2 Conceito

Leasing é uma palavra de origem inglesa derivada do verbo to lease,

que significa aluguel. Esta operação no Brasil é mais conhecida como

arrendamento mercantil, sendo seu fundamento, o fato de os lucros de uma

empresa decorrer da utilização de um bem, não de sua propriedade, como

afirmam Borelli e Coelho (2006).

O arrendamento mercantil (Leasing, em inglês) é uma forma de financiamento de bens do ativo imobilizado. A ampla aceitação dessa modalidade de financiamento pelas empresas está baseada no princípio de que o lucro é gerado pela utilização do bem e não por sua propriedade. (HOJI, 2004, p.211).

Essa operação é constituída por um contrato onde uma empresa

transfere a terceiros o direito de utilizar bens que são de sua propriedade

durante um prazo determinado.

Arrendamento mercantil ou Leasing é contrato pelo qual uma pessoa jurídica arrenda a uma pessoa física ou jurídica um bem adquirido pela primeira, segundo especificação da segunda, cabendo ao arrendatário, ao final do contrato, a opção de adquirir o bem por preço preestabelecido. (FIUZA, 2010, p.691).

O mesmo autor descreve que, de acordo com a denominação oficial

brasileira, as partes de um contrato de Leasing são tituladas de arrendador e

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arrendatário.

De acordo com Miguel (2011), arrendador é uma pessoa física ou

jurídica, que arrenda seu patrimônio para outra parte.

O arrendador é uma sociedade empresária do tipo instituição financeira, constituída sob a forma de sociedade anônima, obrigatoriamente registrada no Banco Central, em cuja denominação deverá constar a expressão arrendamento mercantil. (FAZZIO JUNIOR, 2010, p.477-478).

Miguel (2011) ainda descreve que arrendatário é uma pessoa física ou

jurídica, que arrenda o bem de outra parte.

O arrendatário é titular do direito de uso e gozo do bem arrendado, mas não pode usufruir dele além da utilização normal da sua espécie, nem diversamente do contratado, pois o uso abusivo pode danificar o bem, reduzindo a sua eficácia enquanto garantia do contrato. (GICO JÚNIOR, 1999, p.293).

Já Borelli e Coelho (2006) explicam que, segundo as necessidades do

cliente, o bem é escolhido e, ao assinar o contrato, a empresa de Leasing

solicita ao fornecedor a entrega do bem ao cliente, que fará uso do bem e

pagará contraprestações por prazo acordado em contrato. Ao final do contrato

o cliente poderá optar por adquirir o bem arrendado pelo valor residual, sob

condições contratuais previamente estabelecidas.

A operação de arrendamento mercantil pode ser compreendida como uma forma especial de financiamento. Basicamente, essa modalidade é praticada mediante a celebração de um contrato de arrendamento (aluguel) efetuado entre um cliente (arrendatário) e uma sociedade de arrendamento mercantil (arrendadora), visando à utilização, por parte do primeiro, de certo bem durante um prazo determinado, cujo pagamento é efetuado em forma de aluguel (arrendamento). (ASSAF NETO, 2003, p. 126).

A dificuldade de obtenção de recursos tem transformado o Leasing em

uma importante ferramenta de investimento para pequenas e médias

empresas. (LEASING...,2009)

Segundo Meirelles (2010), ao longo dos anos, o Leasing vem se

consolidando, amadurecendo e incorporado pela sociedade. O momento é

favorecido para que o Leasing cresça ainda mais, devido à economia e os

investimentos estarem em expansão no país.

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2.3 Modalidades do Leasing

Segundo Fazzio Júnior (2010) existem duas modalidades de Leasing:

financeiro e operacional, que são regulamentadas pela Resolução do Banco

Central nº 2.309/96.

Observa-se que, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 06(R1), a classificação do arrendamento entre financeiro e operacional deverá ser efetuada na data de início do arrendamento. E, uma vez escolhido o tipo de arrendamento (financeiro ou operacional), este não poderá ser modificado, a não ser que haja alterações que resultem numa classificação diferente do arrendamento. Neste caso, o acordo revisto (alterado) é considerado como um novo acordo durante o seu prazo. (MIGUEL, 2011, p.26).

2.3.1 Leasing financeiro

Hoji (2004) salienta que o Leasing Financeiro é uma modalidade de

financiamento de médio a longo prazo, que normalmente é paga em

prestações mensais. Seu contrato não poderá ser rescindido antes do prazo e

o arrendatário poderá adquirir o bem no final do financiamento, saldando o

valor residual garantido (VRG). Nesta operação, a responsabilidade pela

manutenção e conservação do bem é do arrendatário.

De acordo com Miguel (2011), o Leasing Financeiro transfere

substancialmente os riscos e benefícios dos bens, podendo ou não passar a

ser de sua propriedade.

Esta operação se aproxima, no sentido financeiro, de um empréstimo que utilize o bem como garantia e que pode ser amortizado num determinado número de aluguéis periódicos, geralmente correspondente ao período de vida útil do bem. (MATIAS, 2007, p.77).

2.3.2 Leasing operacional

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Segundo Hoji (2004), uma operação é denominada Leasing operacional

quando o arrendatário paga um valor periódico para o arrendador, no qual o

pagamento pode ser semanal, mensal, trimestral ou da forma que estiver

estipulado em seu contrato. Nesta modalidade, a manutenção do bem é de

responsabilidade do arrendador.

Arrendamento mercantil operacional – é um arrendamento mercantil diferente de um arrendamento mercantil financeiro, ou seja, aquele em que a arrendadora mantém o bem arrendado em seu Ativo, onde seus riscos e benefícios permanecem no arrendador. (MIGUEL, 2011, p.26).

Fazzio Júnior (2010) destaca que não existe prazo mínimo para as

operações de Leasing operacional, a mesma pode ser de dias ou meses,

conforme estipulado em contrato. Ao término do mesmo, o arrendatário tem a

opção de devolver ou adquirir o bem locado, onde o preço de venda será

estipulado de acordo com o valor de mercado.

Não há necessidade de a empresa locadora ser uma sociedade de arrendamento mercantil para exercer as atividades de Leasing operacional, pois essa modalidade de arrendamento não está sujeita à regulamentação do Banco Central. A título de exemplo, as empresas de locação de veículos “adquirem” os veículos por meio de Leasing financeiros e os arrendam a seus clientes por meio de Leasing operacional. (HOJI, 2004, p.212).

2.3.3 Leaseback

Miguel (2011) defende que nesta modalidade o cliente atua também

como fornecedor, vendendo o seu bem para o arrendador que em seguida

arrenda o mesmo bem para este cliente, fazendo com que ele não perca o uso

do ativo.

2.4 Vantagens e desvantagens

As vantagens e desvantagens do Leasing, segundo Hoji (2004), variam

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de acordo com a situação financeira e lucratividade do arrendatário.

2.4.1 Vantagens

Matias (2007) destaca algumas vantagens do Leasing, como:

financiamento total do equipamento ou imóvel; liberação de capital de giro;

utilização de equipamento com tecnologia atualizada; prazo da operação

compatível com a amortização econômica do bem; encargos prefixados e

totalmente quantificáveis; conservação de linha de crédito e flexibilidade.

Para empresas de primeira linha, geralmente, o custo financeiro de Leasing é superior de um empréstimo tomado diretamente no mercado financeiro, pois as empresas de Leasing captam recursos nesse mesmo mercado para financiar a compra de bens e repassam o custo financeiro a arrendatária. Mas, em alguns casos, o benefício fiscal da operação de Leasing pode compensar o custo financeiro maior. (HOJI, 2004, p.215).

Segundo Diniz (2010), o arrendatário terá acesso aos bens necessários

para o funcionamento da empresa sem adquiri-los, possibilitando o uso de seu

capital circulante para outros fins.

Groppelli e Nikbakht (2006) descrevem que o risco da obsolescência é

transferido para o arrendador, tornando-se ainda mais vantajoso quando o bem

for relativo à tecnologia. Ainda destacam que arrendar não exige grande

investimento inicial.

Miguel (2011) destaca que o Leasing traz algumas vantagens tributárias,

como créditos de Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para

Financiamento da Seguridade Social (COFINS) sobre suas contraprestações.

2.4.2 Desvantagens

Venosa (2010) cita como inconveniente uma suposta inadimplência do

arrendatário, pois este pode ficar repentinamente sem os maquinários

indispensáveis para o funcionamento da empresa.

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Uma das inadequações do Leasing é que este pode ser um sinalizador da solidez financeira do arrendatário. Conforme Ross, Westerfield e Jaffe (2002), uma empresa que direcionar sua expansão com base exclusiva em operações de Leasing não terá condições de se apresentar fortalecida e confiável, o que provocará dificuldades futuras, como, por exemplo, contrair outras modalidades de crédito oferecendo o bem de capital em garantia colateral, pois não é de sua propriedade. (CHIMISSO, 2004, p.94).

2.5 Leasing no Brasil

2.5.1 Mercado de Leasing no Brasil

A partir da década de 1960, segundo Agustini e Lima (2001), empresas

locadoras realizaram no Brasil operações assemelhadas ao Leasing. Uma

pequena empresa independente localizada em São Paulo, Rent-A-Maq, foi

responsável pela realização dos primeiros contratos, porém houve vários

fatores, como inexistência de regulamentação específica quanto aos aspectos

fiscais, altos custos financeiros e uso de técnicas rudimentares que dificultaram

a expansão do Leasing.

De acordo com Borelli e Coelho (2006), no decorrer da expansão

industrial a partir da revolução de 1964, obteve-se maior participação do

Leasing no país. No entanto, na década de 1970, as operações ganharam

impulso, através de grupos financeiros, internacionais e nacionais.

Posteriormente, a operação foi legalizada através da promulgação da lei

nº 6.099/74.

Para disciplinar extralegalmente sua atividade, criou-se a Associação Brasileira de Empresas de Leasing (ABEL) e a Lei nº 6.099/74 (alterada pela Lei nº 7.132/83), com escopo de dispor sobre o tratamento tributário, designou-o arrendamento mercantil; com isso o Leasing passou a ser um contrato típico. Ante o fato de o Leasing envolver, direta ou indiretamente, uma operação de crédito, o Banco Central do Brasil controla-o (Res. nº 2.309/96 e 2.706/96), segundo normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional, aplicando, quando for o caso, a Lei nº 4.595/64, e a legislação posterior atinente ao sistema financeiro nacional. (DINIZ, 2010, p.732).

Agustini e Lima (2001) salientam que, a partir de 1974, o Leasing

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começou a ser praticado oficialmente no mercado financeiro, adequando-se ao

fluxo de caixa e de investimentos; a partir daí, tornou-se uma excelente

alternativa para financiamentos de longo prazo e alta flexibilidade.

2.5.2 Legislação do Leasing no Brasil

Segundo Agustini e Lima (2001), a regulamentação específica sobre o

Leasing, é regida pela Lei nº 6.099 na data de 12 de setembro de 1974. Esta

foi a primeira lei a tratar especificamente sobre o tema no mercado tributário e

financeiro brasileiro. Os autores ainda salientam que esta lei é o maior pilar de

sustentação das operações de Leasing, tendo uma tratativa apenas quanto ao

caráter tributário.

A Lei nº 6.099 foi complementada e alterada pela Lei nº 7.132, de 26 de

outubro de 1983.

Esta lei trouxe como principais inovações: o Leasing para pessoas

físicas; a cessão de contratos às entidades no exterior; o subarrendamento

internacional e; a alíquota de imposto de renda sobre as remessas. (O

LEASING...,2005)

Como se vê, foi preciso quase uma década para que a legislação primária sobre operações de arrendamento mercantil sofressem alguma alteração. O tratamento financeiro adequado das operações de arrendamento mercantil veio a ocorrer praticamente 10 anos depois da promulgação da Lei nº 6.099. (AGUSTINI; LIMA, 2001, p. 31).

Posteriormente foi divulgada a Resolução nº 980 do Bacen de 13 de

dezembro de 1984.

Ainda Agustini e Lima (2001) afirmam que esta resolução veio

estabelecer diretrizes financeiras e operacionais específicas sobre o assunto,

tratando claramente dos conceitos básicos do Leasing Financeiro voltado para

aquisição do bem ao término do contrato.

Em 28 de agosto de 1996 foi revogada a Resolução nº 980 pela

Resolução nº 2.309 emitida pelo Bacen.

Tal regulamento tem como principal objetivo criar e disciplinar a

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operação de arrendamento mercantil operacional no Brasil, além de consolidar o arrendamento mercantil financeiro e autorizar a prática de arrendamento mercantil com pessoas físicas em geral. (AGUSTINI; LIMA, 2001, p. 33).

Consequentemente, em 19 de fevereiro de 1998, foi alterada a

Resolução nº 2.309 pela Resolução nº 2.465.

Agustini e Lima (2001) reforçam que essa resolução afetou em grande

proporção as operações de Leasing operacional, alterando exclusivamente o

art. 6º da Resolução nº 2.309.

Atualmente com a necessidade de padronização das normas

internacionais de contabilidade, foi elaborado o pronunciamento técnico CPC

06 que foi revisado e tornou-se o CPC 06(R1).

Esse processo de internacionalização das normas já foi iniciado no Brasil com a publicação da Lei 11.638/2007. Como já observado, a diferença entre as formas de contabilização nacionais e aquelas internacionalmente aceitas devem ser reduzidas e padronizadas. Desta forma, mudar o tratamento contábil das operações há tantos anos vigentes no país é um processo que demanda estudo, divulgação e regulamentação. (GREBINSKI; VESCO, 2010, p. 2).

Cabe salientar que foram abordadas nesse tópico apenas as principais

leis e regulamentações sobre a essência das operações de Leasing.

2.6 CPC 06 (R1)

2.6.1 CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis

Miguel (2011) destaca que o Comitê de Pronunciamentos Contábeis tem

a finalidade de estudar, preparar e emitir Pronunciamentos Técnicos a respeito

de assuntos de Contabilidade. O mesmo autor destaca ainda que o CPC busca

centrar e uniformizar os assuntos de acordo com os padrões da contabilidade

internacional, tendo em sua formação os seguintes membros: Associação

Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca); Associação dos Analistas e

Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec); Bolsa de

Mercadorias & Futuros (BM&F) e Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa);

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Conselho Federal de Contabilidade (CFC); Fundação Instituto de Pesquisas

Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi); e o Instituto dos Auditores

Independentes do Brasil (Ibracon).

2.6.2 CPC 06

Segundo Miguel (2011), o CPC 06 foi revisado, de acordo com a

Deliberação CVM nº 645/2010 publicada no Diário Oficial da União (DOU) de

03.12.2010, passando assim a ser designado de CPC 06(R1). Miguel salienta

que o “R1” denota que o pronunciamento passou por uma revisão.

2.6.3 Objetivo do CPC 06 (R1)

O intuito do Pronunciamento é demonstrar para as partes envolvidas na

operação, formas apropriadas de tratar o Leasing e as políticas contábeis.

(OPERAÇÕES...,2010)

O objetivo do Pronunciamento Técnico CPC 06 (R1) é o de prescrever, tanto para os arrendatários, como para os arrendadores, as políticas contábeis e as divulgações que deverão ser aplicadas às operações de arrendamentos mercantis. (MIGUEL, 2011, p.21).

2.6.4 Alcance do CPC 06 (R1)

De acordo com Miguel (2011), o CPC deve ser aplicado na

contabilização de todas as operações de arrendamento mercantil, exceto

quando forem: Leasing para explorar ou usar minérios, petróleo, gás natural e

recursos similares não regeneráveis; e acordos de licenciamento para fitas

cinematográficas, registros de vídeo, peças de teatro, manuscritos, patentes e

direitos autorais.

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Este pronunciamento aplica-se a acordos que transfiram o direito de usar ativos mesmo que existam serviços substanciais relativos ao funcionamento ou à manutenção de tais ativos prestados pelos arrendadores. Este pronunciamento não se aplica a acordos que sejam contratos de serviço que não transfiram o direito de usar os ativos de uma parte contratante para a outra. (OPERAÇÕES...,2010, p. 3).

2.7 Contabilização

2.7.1 Arrendamento mercantil financeiro

No início do prazo do arrendamento mercantil os arrendatários deverão

reconhecer estas operações em contas específicas, ou seja, no ativo e no

passivo de seus balanços, devendo ser registrados por quantias iguais ao valor

justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos

pagamentos mínimos, cada um determinado no início do arrendamento

mercantil. (OPERAÇÕES...,2010)

De acordo com Miguel (2011), deve ser lançado o registro do bem do

arrendamento mercantil da seguinte forma:

D Imobilizado – Leasing Financeiro (Ativo Não Circulante)

C Leasing financeiro a pagar (Passivo Circulante/ Passivo Não Circulante).

De acordo com o artigo 180 da lei nº 6.404/1976 (Lei das S.As.), as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do Ativo Não Circulante, serão classificadas no Passivo Circulante quando vencerem no exercício seguinte, e no Passivo Não Circulante se tiverem vencimento em prazo maior. (MIGUEL, 2011, p.68).

O encargo financeiro a apropriar deve ser registrado em conta

retificadora das contraprestações a pagar, no passivo. O valor registrado deve

ser a diferença entre o valor total das contraprestações, adicionado do valor

residual e o valor do bem arrendado. (ARRENDAMENTO...,2011)

De acordo com Miguel (2011), deve ser lançado o registro dos encargos

financeiros:

D Encargos Financeiros a Apropriar (Redutora do Passivo Circulante/

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Passivo Não Circulante)

C Leasing Financeiro a Pagar (Passivo Circulante/Passivo Não Circulante).

Segundo este mesmo autor, deve-se lançar o pagamento das parcelas

da seguinte forma:

D Leasing Financeiro a Pagar (Passivo Circulante)

C Banco Conta Movimento (Ativo Circulante).

O encargo financeiro mensal deve ser apropriado ao resultado na conta

de despesa financeira e em contrapartida a conta de encargos financeiros a

apropriar, de acordo com o regime de competência.

(ARRENDAMENTO...,2011)

Miguel (2011) descreve que a apropriação dos encargos financeiros

mensais é efetuada:

D Despesas com Encargos Financeiros (Conta de Resultado)

C Encargos Financeiros a Apropriar (Conta Redutora – Passivo

Circulante).

O arrendamento mercantil financeiro dá origem a uma despesa de

depreciação relativa a ativos depreciáveis e também uma despesa financeira

para cada período contábil. (OPERAÇÕES...,2010)

Miguel (2011) afirma que o lançamento da apropriação da depreciação

mensal será contabilizado do seguinte modo:

D Despesas com Depreciação (Conta de Resultado)

C Depreciação acumulada - Leasing Financeiro (Conta Redutora do Ativo

Não Circulante – Imobilizado).

Se não houver certeza razoável de que o arrendatário virá a obter a propriedade no fim do prazo do arrendamento mercantil, o ativo deve ser totalmente depreciado durante o prazo do arrendamento mercantil ou da sua vida útil, o que for menor. (OPERAÇÕES...,2010, p.12-13).

2.7.2 Arrendamento mercantil operacional

Os pagamentos da prestação do arrendamento mercantil operacional

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devem ser registrados como despesa durante o prazo do contrato.

(OPERAÇÕES...,2010).

Para Miguel (2011), os lançamentos do arrendamento mercantil

operacional podem ser feitos da seguinte forma:

Pelo reconhecimento da parcela mensal:

D Despesa com Leasing Operacional (Conta de Resultado)

C Leasing Operacional a pagar (Passivo Circulante).

Pelo registro do pagamento da parcela mensal:

D Leasing Operacional a pagar (Passivo Circulante)

C Banco Conta Movimento (Ativo Circulante).

2.8 Aspectos tributários

2.8.1 Créditos sobre o contrato de Leasing

2.8.1.1 ICMS

Desde 1º. 11.1996, por força do estabelecido na Lei Complementar nº 87/1996, artigo 20, caput, e artigo 33, III, é assegurado às pessoas jurídicas contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) o direito de creditar-se do imposto cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria para o antigo Ativo Permanente (hoje Ativo não Circulante). Atualmente, com as alterações promovidas no artigo 20 da Lei Complementar nº 87/1996 pela Lei Complementar nº 102/2000, a apropriação de créditos de ICMS relativos a esses bens ingressados na empresa devera ser efetuada à razão de 1/48 (um quarenta e oito avos) ao mês, sem atualização monetária. (MIGUEL, 2011, p.93).

Miguel (2011) descreve que: o crédito de ICMS somente será apropriado

no mês da entrada do bem. Se o bem for alienado e o prazo de quatro anos

não estiver encerrado, não será permitido o aproveitamento das frações

restantes, assim, o saldo remanescente torna-se custo de aquisição do bem; a

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partir do 48º mês, o eventual crédito restante deverá ser cancelado e

posteriormente, o valor remanescente, deverá ser incorporado ao custo de

aquisição do bem; e não será permitida a apropriação do crédito do ICMS em

relação à proporção das operações de saída ou prestações isentas ou não

tributadas sobre o total das operações de saída ou prestações efetuadas no

mesmo período.

2.8.1.2 Pis-Pasep e Cofins

2.8.1.2.1 Crédito calculado sobre as contraprestações

Miguel (2011) afirma que segundo os incisos V dos artigos 3º das Leis nº

10.637/2002 e 10.833/2003, a pessoa jurídica classificada como não

cumulativa, poderá apropriar os créditos mediante a aplicação das alíquotas de

1,65% para PIS-PASEP e de 7,6% para COFINS, sobre as contraprestações

do contrato de Leasing.

Observa-se que é vedado o crédito relativo à contraprestação de arrendamento mercantil de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa jurídica (Lei nº 10.865/2004, artigo 31, § 3º). Um exemplo disso é quando ocorre o leaseback, ou seja, quando uma empresa vende um bem de seu Ativo e arrenda esse mesmo bem. (MIGUEL, 2011, p.98).

2.8.1.3 Crédito de Pis-Pasep e Cofins sobre encargos de depreciação e

amortização

Miguel (2011) destaca que mediante a Lei nº 10.637/2002, artigo 3º,

inciso VI, e § 1º, inciso III e a Lei nº 10.833/2003, artigo 3º, inciso VI, e § 1º,

inciso III, a pessoa jurídica que estiver enquadrada na não cumulatividade das

contribuições de PIS-PASEP e COFINS poderá apropriar créditos dos mesmos

tributos, calculados sobre os encargos de depreciação e amortização de bens

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do Ativo Permanente, se os mesmos estiverem sendo utilizados na produção

de bens designados à venda ou prestação de serviços.

Os encargos de depreciação devem ser determinados mediante a aplicação da taxa de depreciação fixada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), em função do prazo de vida útil do bem, constante da Instrução Normativa SRF n° 162/1998. ( MIGUEL, 2011, p.101).

2.8.1.3.1 Crédito calculado à proporção de 1/48 (um quarenta e oito avos)

sobre o valor de aquisição do bem

Miguel (2011) destaca que, de acordo com o § 14 do artigo 3º e o artigo

15 da Lei nº 10.833/2003, existe uma opção na utilização dos créditos

mencionados no subtópico 2.8.1.3. O autor descreve que nesta opção o crédito

que é recuperado mediante a aplicação mensal das alíquotas de 1,65% para

PIS-PASEP e 7,6% para COFINS sobre o valor equivalente a 1/48 (um

quarenta e oito avos) do valor de aquisição do bem, de acordo com a Receita

Federal do Brasil (RFB).

Uma outra opção para o contribuinte é o calculo desse crédito, em relação a máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, relacionados em ato do Poder Executivo, no prazo de 2 anos, mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas de 1,65% (contribuição para o PIS-PASEP) e de 7,6% (COFINS) sobre o valor correspondente a 1/24 (um vinte e quatro avos) do valor de aquisição do bem (Instrução Normativa SRF nº 457/2004). (MIGUEL, 2011, p.104).

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CAPÍTULO III

CONTABILIZAÇÃO DE UM CONTRATO DE LEASING FINANCEIRO DE

ACORDO COM O CPC 06(R1)

3 INTRODUÇÃO

O presente capítulo tem como objetivo demonstrar a aplicação do CPC

06(R1) sobre as operações de Leasing Financeiro, em conformidade com as

normas internacionais da contabilidade. Diante do exposto, foi realizada uma

pesquisa de campo na empresa Amigãolins Supermercados Ltda., no período

de fevereiro a outubro de 2011.

Os métodos utilizados para a pesquisa foram:

Estudo de caso: utilizado a fim de apresentar as demonstrações

contábeis voltadas à análise das operações de Leasing Financeiro, bem como

demonstrar as novas tratativas contábeis da operação.

Observação sistemática: utilizado para observar e analisar as

demonstrações contábeis, as formas de contabilização da operação e seus

aspectos tributários, como apoio para o desenvolvimento do estudo de caso.

As técnicas empregadas na pesquisa foram:

Roteiro de Estudos de Caso (Apêndice A);

Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B);

Roteiro de Entrevistas para a Contadora e Gerente Administrativo

(Apêndice C);

Roteiro de entrevista para o Gerente Bancário (Apêndice D).

3.1 Contabilização de um contrato de Leasing financeiro

Para o estudo da contabilização de um contrato de Leasing Financeiro

da empresa analisada, foram analisadas as seguintes cláusulas:

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a) objetos adquiridos: três veículos da marca Hyundai, modelo HR 2.5

RD;

b) valor de aquisição dos bens: R$ 159.000,00 (R$ 53.000,00 cada

veículo);

c) prazo do arrendamento: 55 meses;

d) valor das contraprestações mensais: R$ 3.803,64;

e) valor residual: R$ 47.699,85 (valor pago mensalmente em 55

parcelas iguais de R$ 867,27);

f) data inicial do contrato: 1º de janeiro de 2011.

3.1.1 Reconhecimento do bem

Os procedimentos adotados foram adaptados de Miguel (2011). No

Leasing financeiro, o bem adquirido deve ser contabilizado no Ativo não

Circulante – Imobilizado. Com relação ao contrato estudado no presente

capítulo, o bem será contabilizado a débito da conta “Veículos – Leasing

Financeiro” e em contrapartida serão lançadas no Passivo, na conta “Leasing

Financeiro a Pagar – Passivo Circulante”, o valor referente às obrigações

vencíveis até o exercício seguinte, neste caso os primeiros 24 meses. No

Passivo não Circulante, na conta “Leasing Financeiro a Pagar”, serão lançadas

as demais obrigações.

D Veículos – Leasing Financeiro (Ativo não Circulante - Imobilizado)

..................................................................................R$ 159.000,00

C Leasing Financeiro a Pagar (Passivo Circulante)...R$ 69.381,82

C Leasing Financeiro a Pagar (Passivo não Circulante)....................

..................................................................................R$ 89.618,18

O valor contabilizado no passivo circulante refere-se a: R$ 159.000,00

(valor do bem) / 55 meses (prazo do arrendamento) x 24 meses (janeiro de

2011 a dezembro de 2012). O valor restante será integrado no passivo não

circulante.

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O valor total dos encargos financeiros vinculados à operação de Leasing

refere-se ao valor total das contraprestações somado ao valor residual a pagar

descontado o valor do bem:

a) Encargos Financeiros Totais = (valor da contraprestação) x (prazo do

arrendamento) + (valor residual total) – (valor de aquisição do bem)

= R$ 3.803,64 x 55 + R$ 47.699,85 - R$ 159.000,00

= R$ 97.900,05.

A apropriação dos encargos financeiros será feita seguindo o regime de

competência, registrando a obrigação a débito da conta redutora “Encargos

Financeiros a Apropriar (Passivo Circulante e Passivo não Circulante)” em

contrapartida a crédito de “Leasing Financeiro a Pagar (Passivo Circulante e

Passivo não Circulante)”.

a) Encargos Financeiros a Apropriar – Redutora do Passivo Circulante =

= (Encargos Financeiros Totais) / (prazo do arrendamento) x 24

meses (janeiro de 2011 a dezembro de 2012)

= R$ 97.900,05 / 55 meses x 24 meses

= R$ 42.720,02.

b) Encargos Financeiros a Apropriar - Redutora do Passivo não

Circulante =

= R$ 97.900,05 – 42.720,02

= R$ 55.180,03.

D Encargos Financeiros a Apropriar (Conta Redutora – Passivo

Circulante)...................................................................R$ 42.720,02

D Encargos Financeiros a Apropriar (Conta Redutora – Passivo não

Circulante)...................................................................R$ 55.180,03

C Leasing Financeiro a Pagar (Passivo Circulante)....R$ 42.720,02

C Leasing Financeiro a Pagar (Passivo não Circulante).....................

....................................................................................R$ 55.180,03

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3.2 Aspectos tributários

3.2.1 Crédito de ICMS sobre Ativo Imobilizado

Na operação houve uma incidência de ICMS a uma alíquota de 12%,

podendo a empresa creditar-se deste valor da seguinte forma:

D ICMS sobre Imobilizado Arrendado a Recuperar (Ativo Circulante)

......................................................................................R$ 9.540,00

D ICMS sobre Imobilizado Arrendado a Recuperar (Ativo não

Circulante).....................................................................R$ 9.540,00

C Veículos – Leasing Financeiro (Ativo não Circulante -

Imobilizado).................................................................R$ 19.080,00

A contabilização do referido crédito a apropriar deve ser feito em conta

do ativo (impostos a recuperar) e a crédito de imobilizado, já que o ICMS

recuperável é considerado como redutor do custo de aquisição. (ICMS, 2011)

O valor do ICMS a recuperar é R$ 159.000,00 (valor do bem) x 12%

(alíquota do ICMS na nota fiscal) = 19.080,00, que serão apropriados em 48

meses, em parcelas iguais. A primeira metade, no valor de R$ 9.540,00,

referente a janeiro de 2011 a dezembro de 2012, será contabilizada no Ativo

Circulante e o restante no Ativo não Circulante.

Mensalmente, deve-se apropriar o crédito referente à 1/48 (um quarenta

e oito avos) de R$ 19.080,00, equivalente a R$ 397,50.

3.2.2 Depreciação

No presente contrato, o valor total depreciável é equivalente ao valor de

aquisição do bem reduzido do valor do ICMS sobre Imobilizado Arrendado a

Recuperar. Considerando que a empresa ficará com o bem no final do contrato,

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a depreciação ocorrerá em 60 meses. Desta forma, a despesa mensal de

depreciação foi calculada da seguinte maneira:

a) (valor original bem – ICMS sobre Imobilizado Arrendado a

Recuperar) / (prazo de vida útil do bem)

= (R$ 159.000,00 – R$ 19.080,00) / 60

= R$ 2.332,00.

D Despesa com Depreciação (Conta de Resultado)........R$ 2.332,00

C Depreciação Acumulada de Veículos – Leasing Financeiro (Conta

Redutora do Ativo não Circulante – Imobilizado)..........R$ 2.332,00

3.2.3 Crédito de PIS-Pasep e Cofins calculado sobre os encargos de

depreciação e amortização

Para o cálculo do crédito de Pis-Pasep e Cofins, foram aplicadas suas

respectivas alíquotas não cumulativas sobre o valor da depreciação mensal:

a) PIS-Pasep a Recuperar

= (valor da depreciação mensal) x (alíquota do PIS/Pasep não

cumulativa);

= R$ 2.332,00 x 1,65%

= R$ 38,48.

b) Cofins a Recuperar

= (valor da depreciação mensal) x (alíquota da Cofins não

cumulativa);

= R$ 2.332,00 x 7,6%

= R$ 177,23.

D PIS-Pasep a Recuperar (Ativo Circulante).......................R$ 38,48

D Cofins a Recuperar (Ativo Circulante)..............................R$ 177,23

C Despesas com Depreciação (Conta de resultado)..........R$ 215,71

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3.3 Contabilização do primeiro mês do contrato

3.3.1 Pagamento da 1ª parcela referente à Janeiro de 2011

D Leasing Financeiro a Pagar (Passivo Circulante)........R$ 4.670,91

C Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)..................R$ 4.670,91

A importância de R$ 4.670,91 refere-se à contraprestação mensal (R$

3.803,64) mais a parcela mensal do valor residual (R$ 867,27).

3.3.2 Apropriação dos encargos financeiros

Mensalmente, deve-se apropriar os encargos financeiros a débito da

conta de resultado “Despesa com Encargos Financeiros” e a crédito da conta

redutora do Passivo Circulante “Encargos Financeiros a Apropriar”. No

presente contrato temos:

a) = (Encargos financeiros totais) / (prazo do arrendamento)

= 97.900,05 / 55 meses

= 1.780,00.

D Despesa com Encargos Financeiros (Conta de Resultado).............

......................................................................................R$ 1.780,00

C Encargos Financeiros a Apropriar (Conta Redutora – Passivo

Circulante).....................................................................R$ 1.780,00

3.4 Impacto da operação estudada

Para melhor entendimento deste subtopico, são apresentados os

razonetes no Apêndice E.

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3.4.1 Impostos a Recuperar

No demonstrativo a seguir são elencados os tributos recuperados no

decorrer do contrato estudado no presente capítulo.

Fonte: elaborado pelos autores, 2011.

Quadro 1: Demonstração dos impostos a recuperar 1.

3.4.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

No demonstrativo a seguir são expostas as despesas geradas no

decorrer do contrato estudado no presente capítulo e a provável economia com

o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o

Lucro Líquido (CSLL).

Fonte: elaborado pelos autores, 2011.

Quadro 2: DRE (Demonstração do resultado do exercício) 1.

Observações:

Período (em meses) Pis/Pasep a Recuperar Cofins a Rec uperar ICMS a Recuperar

até o 12º mês R$ 461,76 R$ 2.126,76 R$ 4.770,00

do 13º ao 24º mês R$ 461,76 R$ 2.126,76 R$ 4.770,00

do 25º ao 36º mês R$ 461,76 R$ 2.126,76 R$ 4.770,00

do 37º ao 48º mês R$ 461,76 R$ 2.126,76 R$ 4.770,00

do 49º ao 60º mês R$ 461,76 R$ 2.126,76 -

TOTAL R$ 2.308,80 R$ 10.633,80 R$ 19.080,00

Total Geral R$ 32.022,60

1º ano -R$ 21.360,00 -R$ 25.395,48 R$ 7.013,32 R$ 4.207,99 -R$ 35.534,16

2º ano -R$ 21.360,00 -R$ 25.395,48 R$ 7.013,32 R$ 4.207,99 -R$ 35.534,16

3º ano -R$ 21.360,00 -R$ 25.395,48 R$ 7.013,32 R$ 4.207,99 -R$ 35.534,16

4º ano -R$ 21.360,00 -R$ 25.395,48 R$ 7.013,32 R$ 4.207,99 -R$ 35.534,16

5º ano -R$ 12.460,00 -R$ 25.395,48 R$ 5.678,32 R$ 3.406,99 -R$ 28.770,16

TOTAL -R$ 97.900,00 -R$ 126.977,40 R$ 33.731,61 R$ 20.238,97 -R$ 170.906,82

Período (em ano)

Economia no IRPJ

Economia na CSLL

Total

-R$ 224.877,40 R$ 53.970,58

TOTAL das Despesas TOTAL (IRPJ + CSLL)

Despesas com Depreciação

Despesas com Encargos

Financeiros

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a) o valor economizado com o IRPJ e CSLL pode variar de acordo com o

resultado da empresa em cada período;

b) na hipótese da empresa apresentar prejuízo, não existirá economia no

IRPJ e CSLL.

3.4.3 Fluxo de Caixa da Operação

Para o demonstrativo a seguir foram considerados os créditos tributários

obtidos no decorrer do contrato estudado no presente capítulo, adicionados das

possíveis economias de tributos, subtraídos das contraprestações e do valor

residual.

Fonte: elaborado pelos autores, 2011.

Quadro 3: Fluxo de caixa da operação 1.

3.5 Opção de calculo ao crédito de PIS/Pasep e Cofins.

Como mencionado no Capítulo II, subtópico 2.8.1.3.1, é opcional ao

até o 12º. mês

do 13º. ao 24º. mês

do 25º. ao 36º. mês

do 37º. ao 48º. mês

do 49º. ao 60º. mês

Pis/Pasep a Recuperar

R$ 461,76 R$ 461,76 R$ 461,76 R$ 461,76 R$ 461,76

Cofins a Recuperar

R$ 2.126,76 R$ 2.126,76 R$ 2.126,76 R$ 2.126,76 R$ 2.126,76

ICMS a Recuperar

R$ 4.770,00 R$ 4.770,00 R$ 4.770,00 R$ 4.770,00 -

Economia no IRPJ

R$ 7.013,32 R$ 7.013,32 R$ 7.013,32 R$ 7.013,32 R$ 5.678,32

Economia na CSLL

R$ 4.207,99 R$ 4.207,99 R$ 4.207,99 R$ 4.207,99 R$ 3.406,99

Contrapres- tações (-)

-R$ 45.643,68 -R$ 45.643,68 -R$ 45.643,68 -R$ 45.643,68 -R$ 26.625,48

Valor Residual (-)

-R$ 10.407,24 -R$ 10.407,24 -R$ 10.407,24 -R$ 10.407,24 -R$ 6.070,89

TOTAL -R$ 37.471,08 -R$ 37.471,08 -R$ 37.471,08 -R$ 37.471,08 -R$ 21.022,53

Total Geral

VPL -R$ 168.065,83

-R$ 170.906,87

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contribuinte utilizar o crédito de Pis/Pasep e Cofins sobre depreciação e

amortização, calculando a razão de 1/48 (um quarenta e oito avos) sobre o

valor de aquisição do bem. Considerando que a empresa optasse por essa

alternativa, o resultado seria:

D PIS-Pasep a Recuperar (Ativo Circulante)....................R$ 1.311,75

D PIS-Pasep a Recuperar (Ativo não circulante).............R$ 1.311,75

D Cofins a Recuperar (Ativo Circulante) ..........................R$ 6.042,00

D Cofins a Recuperar (Ativo não circulante) ...................R$ 6.042,00

C Veículos – Leasing Financeiro (Ativo não Circulante-Imobilizado)

....................................................................................R$ 14.707,50

Onde:

a) PIS-Pasep a Recuperar = R$ 159.000,00 x 1,65% = R$ 2.623,50 a

recuperar em 48 meses. A primeira metade, referente a janeiro de

2011 à dezembro de 2012, será contabilizada no Ativo Circulante e o

restante no Ativo não Circulante.

b) Cofins a Recuperar = R$ 159.000,00 x 7,6% = R$ 12.084,00 a

recuperar em 48 meses. A primeira metade, referente a janeiro de

2011 à dezembro de 2012, será contabilizada no Ativo Circulante e o

restante no Ativo não Circulante.

Mensalmente deverá ser apropriado em PIS-Pasep a Recuperar – Ativo

Circulante o valor correspondente a R$ 54,66, equivalente à 1/48 de R$

2.623,50. Em Cofins a Recuperar – Ativo Circulante será apropriado

mensalmente R$ 251,75, equivalente a 1/48 de R$ 12.084,00.

Este procedimento alterará o valor da quota mensal de depreciação

como segue:

a) Despesa com Depreciação (Conta de Resultado) =

= (valor original bem – ICMS a Recuperar – Pis/Pasep a Recuperar

– Cofins a Recuperar) / (prazo de vida útil do bem)

=(R$ 159.000,00 – R$ 19.080,00 – R$ 2.623,50 – R$ 12.084,00) / 60

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= (valor do bem) / (prazo de vida útil do bem)

= R$ 125.212,50 / 60 meses

= R$ 2.086,88.

Ao optar pela alternativa do subtopico anterior a apropriação da quota

mensal de depreciação será:

D Despesa com Depreciação (Conta de Resultado)........R$ 2.086,88

C Depreciação Acumulada de Veículos – Leasing Financeiro (Conta

Redutora do Ativo não Circulante – Imobilizado)..........R$ 2.086,88

3.5.1 Impacto da opção na operação estudada

Para melhor entendimento deste subtopico, são apresentados os

razonetes no Apêndice F.

3.5.1.1 Impostos a Recuperar

No demonstrativo a seguir são elencados os tributos recuperados no

decorrer do contrato estudado no presente capítulo, considerando a opção feita

no subtopico 3.5.

Fonte: elaborado pelos autores, 2011.

Quadro 4: Demonstração dos impostos a recuperar 2.

Período (em meses) Pis/Pasep a Recuperar Cofins a Rec uperar ICMS a Recuperar

até o 12º mês R$ 655,92 R$ 3.021,00 R$ 4.770,00

do 13º ao 24º mês R$ 655,92 R$ 3.021,00 R$ 4.770,00

do 25º ao 36º mês R$ 655,92 R$ 3.021,00 R$ 4.770,00

do 37º ao 48º mês R$ 655,92 R$ 3.021,00 R$ 4.770,00

TOTAL R$ 2.623,68 R$ 12.084,00 R$ 19.080,00

Total Geral R$ 33.787,68

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3.5.1.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

No demonstrativo a seguir são expostas as despesas geradas no

decorrer do contrato estudado no presente capítulo e a provável economia com

o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o

Lucro Líquido (CSLL), considerando a opção feita no subtopico 3.5.

Fonte: elaborado pelos autores, 2011.

Quadro 5: DRE (Demonstração do resultado do exercício) 2.

Observações:

a) o valor economizado com o IRPJ e CSLL pode variar de acordo com o

resultado da empresa em cada período;

b) na hipótese da empresa apresentar prejuízo, não existirá economia no

IRPJ e CSLL.

3.5.1.3 Fluxo de Caixa da Operação

Para o demonstrativo acima foram considerados os créditos tributários

obtidos no decorrer do contrato estudado no presente capítulo, adicionados das

possíveis economias de tributos, subtraídos das contraprestações e do valor

residual, considerando a opção feita no subtopico 3.5.

1º ano -R$ 21.360,00 -R$ 25.042,56 R$ 6.960,38 R$ 4.176,23 -R$ 35.265,95

2º ano -R$ 21.360,00 -R$ 25.042,56 R$ 6.960,38 R$ 4.176,23 -R$ 35.265,95

3º ano -R$ 21.360,00 -R$ 25.042,56 R$ 6.960,38 R$ 4.176,23 -R$ 35.265,95

4º ano -R$ 21.360,00 -R$ 25.042,56 R$ 6.960,38 R$ 4.176,23 -R$ 35.265,95

5º ano -R$ 12.460,00 -R$ 25.042,56 R$ 5.625,38 R$ 3.375,23 -R$ 28.501,95

TOTAL -R$ 97.900,00 -R$ 125.212,80 R$ 33.466,92 R$ 20.080,15 -R$ 169.565,73

Total

-R$ 223.112,80 R$ 53.547,07

TOTAL das Despesas TOTAL (IRPJ + CSLL)

Período (em ano)

Despesas com Encargos

Financeiros

Despesas com Depreciação

Economia no IRPJ

Economia na CSLL

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Fonte: elaborado pelos autores, 2011.

Quadro 6: Fluxo de caixa da operação 2.

3.6 Análise da operação

Pode-se notar que o total dos impostos recuperados na operação

estudada é: R$ 32.022,60, quando os créditos de Pis/Pasep e Cofins foram

recuperados sobre os encargos de depreciação; e R$ 33.787,52, considerando

a recuperação dos créditos de Pis/Pasep e Cofins calculados sobre 1/48 (um

quarenta e oito avos) do valor de aquisição do bem. Avaliando apenas as

opções de recuperação dos créditos tributários, a apuração do Pis/Pasep e da

Cofins calculada à razão de 1/48 (um quarenta e oito avos) sobre o valor de

aquisição do bem apresenta vantagens em relação ao cálculo apurado sobre

os encargos de depreciação, pois os impostos são totalmente recuperados

doze meses antes e ainda recupera-se R$ 1.764,92 a mais que a outra opção.

Na DRE, o resultado da operação após o IRPJ e a CSLL apresentou

uma diminuição de lucro nos cinco anos de R$ 170.906,82, quando os créditos

de Pis/Pasep e Cofins foram recuperados sobre os encargos de depreciação e

R$ 169.565,73, considerando a recuperação dos créditos de Pis/Pasep e

até o 12º. mês

do 13º. ao 24º. mês

do 25º. ao 36º. mês

do 37º. ao 48º. mês

do 49º. ao 60º. mês

Pis/Pasep a Recuperar

R$ 655,92 R$ 655,92 R$ 655,92 R$ 655,92 -

Cofins a Recuperar

R$ 3.021,00 R$ 3.021,00 R$ 3.021,00 R$ 3.021,00 -

ICMS a Recuperar

R$ 4.770,00 R$ 4.770,00 R$ 4.770,00 R$ 4.770,00 -

Economia no IRPJ

R$ 6.960,38 R$ 6.960,38 R$ 6.960,38 R$ 6.960,38 R$ 5.625,38

Economia na CSLL

R$ 4.176,23 R$ 4.176,23 R$ 4.176,23 R$ 4.176,23 R$ 3.375,23

Contrapres- tações (-)

-R$ 45.643,68 -R$ 45.643,68 -R$ 45.643,68 -R$ 45.643,68 -R$ 26.625,48

Valor Residual (-)

-R$ 10.407,24 -R$ 10.407,24 -R$ 10.407,24 -R$ 10.407,24 -R$ 6.070,89

TOTAL -R$ 36.467,39 -R$ 36.467,39 -R$ 36.467,39 -R$ 36.467,39 -R$ 23.695,76

Total Geral

VPL -R$ 166.704,98

-R$ 169.565,30

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Cofins calculados sobre 1/48 (um quarenta e oito avos) do valor de aquisição

do bem. Comparando as duas situações, a primeira opção apresentou uma

diminuição no lucro líquido após o IRPJ e CSLL de R$ 1.341,09 a mais que a

segunda opção, sendo mais interessante optar pela segunda opção.

Referindo-se ao fluxo de caixa da operação, que considera os impostos

a recuperar, adicionados das possíveis economias com IRPJ e CSLL,

subtraídos das contraprestações e do valor residual, o total do desembolso é:

R$ 170.906,87 quando os créditos de Pis/Pasep e Cofins forem recuperados

sobre os encargos de depreciação; e R$ 169.565,30 considerando a

recuperação dos créditos de Pis/Pasep e Cofins calculados sobre 1/48 (um

quarenta e oito avos) do valor de aquisição do bem. Conclui-se que na

comparação entre os demonstrativos de fluxo de caixa, a segunda opção leva

vantagem em relação à primeira, já que o desembolso será menor. Caso

considere uma taxa de desconto de 0,6% am o Valor Presente Líquido da

primeira opção é de R$ 168.065,83 e na segunda opção será R$ 166.704,08.

Sob ponto de vista do fluxo de caixa, a segunda opção leva uma pequena

vantagem em relação à segunda opção.

De acordo com todos os demonstrativos analisados, observa-se que no

contrato estudado a opção de recuperação de créditos de Pis/Pasep e Cofins

sobre 1/48 (um quarenta e oito avos) do valor de aquisição do bem é mais

vantajosa que a recuperação dos créditos de Pis/Pasep e Cofins calculados

sobre os encargos de depreciação.

3.7 Considerações finais

No presente capítulo, conclui-se que a operação de Leasing Financeiro

sofreu algumas mudanças, que são esclarecidas e evidenciadas pelo CPC 06

(R1). A maior relevância é que o arrendamento mercantil financeiro passa a

integrar o Ativo Imobilizado da empresa.

É de extrema importância a anáise de todos os aspectos do Leasing

Financeiro, pois, seu conhecimento possibilita ter uma visão dos impactos tanto

no resultado como no fluxo de caixa da empresa que obtém recursos

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financeiros através do Leasing.

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

A apresentação das estruturas contábeis conforme diretivas do CPC 06

(R1), demonstra como principal alteração da operação de Leasing financeiro a

integração do bem ao patrimônio do arrendatário.

Acredita-se na relevância do tema baseado na premissa de que as

empresas têm enfrentado dificuldades em identificar a melhor forma de obter

recursos externos proporcionados por uma economia cada vez mais

globalizada e competitiva. Diante disso, a operação de Leasing é uma das

opções existentes no mercado que traz consigo vantagens como: baixo

investimento inicial; créditos de PIS-Pasep e COFINS; aproveitamento de ICMS

e depreciação do bem.

Portanto, propõe-se à empresa uma análise e reflexão detalhada de

como essas alterações virão a afetar o resultado financeiro da organização,

possibilitando ações estratégicas que visem às elisões fiscais.

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CONCLUSÃO

Conforme visto nos capítulos II e III, pode-se concluir que o Leasing, no

mercado atual, deixou de ser visto como um simples aluguel, passando a ser

entendido como uma forma especial de financiamento. Destacam-se como

vantagens intrínsecas do Leasing: a não exigência de grande investimento

inicial; eliminação do risco da obsolescência do bem e a utilização de bens com

tecnologia atualizada.

A pesquisa descrita no capítulo III fez referência ao Leasing Financeiro,

demonstrando que os procedimentos do CPC 06 (R1) trouxeram mudanças

significativas tanto na estrutura quanto no reconhecimento contábil.

Observou-se que os bens oriundos dessas operações passaram a

integrar o imobilizado do arrendatário.

Em relação aos benefícios, pode-se dizer que a operação trouxe várias

opções quanto aos créditos tributários, como o aproveitamento de PIS-Pasep,

COFINS e ICMS.

O estudo esclareceu o princípio da harmonização e transparência

contábil, trazidas pelas normas internacionais, uma vez que a operação de

Leasing Financeiro obrigatoriamente incorpora o bem ao patrimônio do

arrendatário.

Acredita-se ser válida para as empresas a análise desta operação, não

só pela obrigatoriedade fiscal, mas também pela fonte de informação gerada,

auxiliando na tomada de decisão. Com um conhecimento mais aprofundado

dos procedimentos que envolvem a operação, bem como os seus reflexos, o

gestor pode buscar maior assertividade na obtenção de recursos.

Portanto, fica como sugestão para novos trabalhos, a análise dos

impactos das operações de Leasing, comparando-o a outras formas de

captação de recursos externos.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Roteiro de Estudos de Caso

1 INTRODUÇÃO

Será realizado estudo detalhado sobre as operações de Leasing

realizadas pela empresa, assim como a análise dos aspectos tributários

decorrentes dessas operações que poderão gerar impacto no resultado da

empresa. Serão descritos os objetivos do estudo de caso, os métodos e

técnicas utilizados na pesquisa assim como as dificuldades e facilidades

encontradas na coleta dos dados.

2 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado

Elaboração do estudo das demonstrações contábeis, voltado a análise

específica das operações de Leasing, bem como demonstrar os benefícios da

análise antecipada, objetivando o auxilio na tomada de decisão. Serão

coletados dados e informações através do Gerente Administrativo e da

Contadora com a finalidade de buscar informações e conhecimentos que

auxiliarão no processo da pesquisa.

3 Discussão

Através da pesquisa será realizado um confronto entre a teoria e a

prática utilizada pela empresa.

4 PARECER FINAL SOBRE O CASO E SUGESTÃO SOBRE

MANUTENÇÃO OU MODIFICAÇÃO DE PROCEDIMENTOS.

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APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:................................................................................................................

Localização:...........................................................................................................

Atividade Econômica:............................................................................................

Porte:.....................................................................................................................

Número de Lojas:...................................................................................................

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Operações de Leasing

2 Demonstrações Contábeis

3 Contabilização operações de Leasing

4 Aspectos tributários das operações de Leasing

5 Impacto das operações de Leasing no resultado líquido

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APÊNDICE C – Roteiro de Entrevistas para a Contador a e Gerente

Administrativo

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Tempo que exerce a função:.................................................................................

Formação acadêmica:...........................................................................................

Experiências profissionais:....................................................................................

Residência – Cidade:...............................................Estado:..................................

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 A empresa utiliza as operações de Leasing para a aquisição de quais

bens ?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

2 Qual sua opinião a respeitos das operações de Leasing?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

3 A empresa usufrui dos créditos concedidos às operações de Leasing?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

4 Qual a importância de uma análise financeira para a aquisição de um

bem?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

5 Os créditos gerados nas operações de Leasing causam impacto

significativo na empresa?

...............................................................................................................................

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...............................................................................................................................

6 A empresa utiliza o Leasing Operacional?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

7 Você acha viável a empresa ficar com o bem no final do contrato do

Leasing Financeiro?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

8 O que deve ser analisado antes de contratar uma operação de Leasing?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

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APÊNDICE D - Roteiro de entrevista para o Gerente B ancário

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Tempo que exerce a função:.................................................................................

Formação acadêmica:...........................................................................................

Experiências profissionais:....................................................................................

Residência – Cidade:...............................................Estado:..................................

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 O que é necessário para contratar uma operação de Leasing?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

2 O que o banco analisa para conceder uma operação de Leasing a uma

empresa?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

3 O banco pode avaliar se a operação de Leasing é mais vantajosa que

outra operação?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

4 Para o banco, a operação de Leasing é mais lucrativa que outras

operações?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

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APÊNDICE E – Razonetes 1

159.000,00 19.080,00 4.670,91 69.381,82 89.618,18

42.720,02 55.180,03

159.000,00 19.080,00 4.670,91 112.101,84 0,00 144.798,21

139.920,00 107.430,93 144.798,21

Veículos – Leasing Financeiro Leasing Financeiro a Pagar Leasing Financeiro a Pagar

(Ativo não Circulante - Imobilizado) (Passivo Circulante) (Passivo não Circulante)

42.720,02 1.780,00 55.180,03 4.670,91

42.720,02 1.780,00 55.180,03 0,00 0,00 4.670,91

40.940,02 55.180,03 4.670,91

Encargos Financeiros a Apropriar Encargos Financeiros a Apropriar Banco Conta Movimento

(Redutora – Passivo Circulante) (Redutora – Passivo não Circulante) (Ativo Circulante)

1.780,00 2.332,00 215,71 2.332,00

1.780,00 0,00 2.332,00 215,71 0,00 2.332,00

1.780,00 2.116,29 2.332,00

Despesas com Encargos Financeiros Despesas com Depreciação Depreciação Acumulada de Veículos

(Conta de Resultado) (Conta de Resultado) (Redutor Ativo ñ Circ.-Imobilizado)

9.540,00 9.540,00 38,48

9.540,00 0,00 9.540,00 0,00 38,48 0,00

9.540,00 9.540,00 38,48

ICMS s/ Imobilizado Arrendado ICMS s/ Imobilizado Arrendado PIS-Pasep a Recuperar

a Recupera (Ativo Circulante) a Recupera (Ativo não Circulante) (Ativo Circulante)

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177,23

177,23 0,00

177,23

Cofins a Recuperar

(Ativo Circulante)

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APÊNDICE F – Razonetes 2

1.311,75 1.311,75 6.042,00

1.311,75 0,00 1.311,75 0,00 6.042,00 0,00

1.311,75 1.311,75 6.042,00

PIS-Pasep a Recuperar PIS-Pasep a Recuperar Cofins a Recuperar

(Ativo Circulante) (Ativo não Circulante) (Ativo Circulante)

6.042,00 159.000,00 19.080,00 2.086,88

14.707,50

6.042,00 0,00 159.000,00 33.787,50 2.086,88 0,00

6.042,00 125.212,50 2.086,88

Cofins a Recuperar Veículos – Leasing Financeiro Despesas com Depreciação

(Ativo não Circulante) (Ativo não Circulante - Imobilizado) (Conta de Resultado)

2.086,88

0,00 2.086,88

2.086,88

Depreciação Acumulada de Veículos

(Redutor Ativo ñ Circ.-Imobilizado)