lc002402-código de obras

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZ ALTA SECRETARIA MUNICIPAL DA ADMINISTRAÇÃO * CRUZ ALTA UNIDA E FORTE * LEI COMPLEMENTAR Nº. 0024/02 De 20 de novembro de 2002. INSTITUI O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE CRUZ ALTA E OUTRAS PROVIDÊNCIAS. ****************************************** ********* O Sr. Dr. JOSÉ WESTPHALEN CORRÊA, Prefeito Municipal de Cruz Alta - RS, faz saber que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e ele sanciona a presente Lei, que naquela casa como Projeto de Lei Complementar tomou o n.º 034/2002; TÍTULO I CONSIDERAÇÕES GERAIS CAPÍTULO I Dos Objetivos Art. 1º- Fica instituído o Código de Edificações que estabelece as normas e os procedimentos administrativos para o controle das obras no Município de Cruz Alta. §1º- Toda construção, reforma, ampliação de edifícios, bem como demolição parcial ou total, efetuadas por particulares ou entidade pública, a qualquer título, é regulada pela presente lei, obedecidas, no que couber, as disposições federais e estaduais relativas à matéria e as normas vigentes da ABNT. §2º- Visando exclusivamente a observância das prescrições urbanísticas e edilícias do município, e legislação correlata pertinente, a Prefeitura, através do seu órgão competente, licenciará e fiscalizará a execução, utilização e manutenção das condições de estabilidade, segurança e salubridade das obras, edificações e equipamentos. §3º- É responsabilidade do possuidor ou proprietário do imóvel, ou seu sucessor a qualquer título, a manutenção das condições de estabilidade, segurança e salubridade do imóvel, suas edificações e equipamentos, bem como pela observância das prescrições desta lei e legislação correlata. AVENIDA GENERAL OSÓRIO 533 CENTRO - CRUZ ALTA - RS - CGC 88.775.390.0001-12 FONE 0xx 55 322 7777 FAX 0xx 55 322 78 50 CEP 98005-150 CP 335 [email protected] “DOE SANGUE, DOE ÓRGÃOS, SALVE UMA VIDA” “DIGA NÃO ÀS DROGAS” “QUEM FAZ CRUZ ALTA SOMOS NÓS” 1

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZ ALTA SECRETARIA MUNICIPAL DA ADMINISTRAO

* CRUZ ALTA UNIDA E FORTE *

LEI COMPLEMENTAR N. 0024/02

De 20 de novembro de 2002.

INSTITUI O CDIGO DE OBRAS E EDIFICAES DO MUNICPIO DE cruz alta E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

***************************************************

O Sr. Dr. JOS WESTPHALEN CORRA, Prefeito Municipal de Cruz Alta - RS, faz saber que a Cmara Municipal de Vereadores aprovou e ele sanciona a presente Lei, que naquela casa como Projeto de Lei Complementar tomou o n. 034/2002;

TTULO IConsideraes Gerais

CAPTULO IDos Objetivos

Art. 1- Fica institudo o Cdigo de Edificaes que estabelece as normas e os procedimentos administrativos para o controle das obras no Municpio de Cruz Alta.

1- Toda construo, reforma, ampliao de edifcios, bem como demolio parcial ou total, efetuadas por particulares ou entidade pblica, a qualquer ttulo, regulada pela presente lei, obedecidas, no que couber, as disposies federais e estaduais relativas matria e as normas vigentes da ABNT.

2- Visando exclusivamente a observncia das prescries urbansticas e edilcias do municpio, e legislao correlata pertinente, a Prefeitura, atravs do seu rgo competente, licenciar e fiscalizar a execuo, utilizao e manuteno das condies de estabilidade, segurana e salubridade das obras, edificaes e equipamentos.

3- responsabilidade do possuidor ou proprietrio do imvel, ou seu sucessor a qualquer ttulo, a manuteno das condies de estabilidade, segurana e salubridade do imvel, suas edificaes e equipamentos, bem como pela observncia das prescries desta lei e legislao correlata.

4- (So) responsabilidade(s) do(s) autor(es) do(s) projeto(s), o(s) contedo(s) da(s) pea(s) grfica(s), memorial(ais) descritivo(s), especificao(es) e execuo(es) de seu(s) trabalho(s).

5- (So) responsabilidade(s) do(s) responsvel(eis) tcnico(s), nos termos do Cdigo Civil, a observncia das normas tcnicas que garantam a solidez e segurana da construo ou instalao, alm da observncia na execuo, da legislao pertinente, normas tcnicas e do(s) projeto(s) aprovado(s).

CAPTULO II

Definies

Art. 2- Para efeito deste Cdigo so adotadas as seguintes definies:

ACRSCIMO - Aumento de rea feita durante ou aps a concluso da mesma.

ALINHAMENTO - Linha que limita o lote e o logradouro pblico ao qual faz frente.

ALVAR - Documento expedido pelas autoridades Municipais, que autoriza a execuo de obras particulares ou pblicas sujeitas fiscalizao.

ANDAIME - Obra provisria, constituindo plataforma elevada, destinada a suster os operrios e os materiais durante a execuo das obras.

ALVENARIA - Obra composta de blocos, naturais ou artificiais, ligados ou no por meio de argamassa.

APROVAO DE PROJETO - Ato administrativo, que precede a expedio de alvar.

AR CONDICIONADO - Ar a que se impe condies de temperatura e umidade e que insuflado nos compartimentos ou recintos, depois de convenientemente filtrado.

REA DE ILUMINAO E VENTILAO - rea atravs da qual se obtm a iluminao e ventilao de compartimentos.

REA DE ILUMINAO E VENTILAO ABERTA - rea cujo permetro aberto em um dos seus lados para o logradouro pblico, sendo formada pelo afastamento do prdio s divisas.

REA DE ILUMINAO E VENTILAO FECHADA - rea guarnecida em todo o seu permetro por paredes ou linha lateral ou fundo de divisa de lote.

REA DE ILUMINAO E VENTILAO SECUNDRIA - rea atravs da qual se verifica a iluminao e ventilao de compartimentos de utilizao transitria.

REA REAL DE CONSTRUO - Soma das reas de todos os pavimentos.

REA TIL - Superfcie utilizvel de uma edificao excludas as paredes.

AUMENTO - O mesmo que acrscimo.

BALANO - Avano da construo sobre o pavimento trreo e acima deste.

BEIRAL OU BEIRADO - Parte da cobertura que faz salincia sobre o prumo das paredes.

CASA - Residncia, edificao de carter privado.

CASA DAS MQUINAS Local onde se instalam as mquinas comuns das edificaes.

CASA DAS BOMBAS - Compartimento em que se instalam as bombas de recalque.

COMPARTIMENTO PRINCIPAL - So os de permanncia prolongada noturna, quarto, sala. So os de permanncia prolongada diurna, sala jantar, visitas, jogos, msica, costura, estudo, leitura, salas e gabinetes trabalho, cozinha, copa.

So de permanncia Transitria vestbulos hall, corredores, passagens, caixa de escada, gabinete sanitrio, vestirios, despensas, depsitos, lavanderia de uso domstico.

CONSERTOS - Pequenas obras de substituio ou reparao de partes de edificao.

CONSTRUO - Ato de construir.

COZINHA - Compartimento em que se preparam os alimentos.

COTA - Indicao ou registro numrico de dimenses.

DEGRAU - Desnvel formado por duas superfcies de piso.

DEPSITO - Edificao destinada guarda prolongada de mercadorias.

ENTULHO - Materiais ou fragmentos restantes da demolio ou construo.

ESCADA - Elemento de construo formado por uma sucesso de degraus.

ESCADARIA - Srie de escadas dispostas em diferentes lances e separadas por patamares ou pavimentos.

ESGOTO - cano condutor a esgotar guas servidas e a lev-las para o destino final adequado.

ESPIGO - Aresta saliente e inclinada do telhado.

ESPELHO - Parte vertical do degrau da escada.

ESQUADRIA - termo genrico para indicar portas, caixilhos, venezianas, etc.

FACHADA - Elevao das partes externas de uma construo.

FILTRO ANAERBIO - Tanque de concreto ou de alvenaria revestido com finalidade de dar continuidade ao processo de depurao e filtragem das guas servidas.

FORRO - Revestimento da parte inferior do madeiramento do telhado. Cobertura de um pavimento.

FOSSA SPTICA - Tanque de concreto ou de alvenaria revestida, em que se depositam as guas do esgoto e onde as matrias slidas e em suspenso sofrem processo de decantao e mineralizao.

FUNDAO - Parte da construo que, estando geralmente abaixo do nvel do terreno, transmite ao solo as cargas da edificao.

GALPO DE OBRA - Dependncia provisria destinada guarda de materiais, escritrio da obra ou moradia do vigia enquanto durarem os servios de construo.

GALERIA DE LOJA - Pavimento que cobre parte da loja e destinado a uso exclusivo da mesma.

HALL - Dependncia de uma edificao que serve como ligao entre os outros compartimentos.

HOTEL - Prdio destinado a alojamento, sempre temporrio.

ILUMINAO - Distribuio de luz natural ou artificial num recinto ou logradouro.

JANELA - Abertura na parede de uma edificao, para dar entrada de luz ou do ar ao seu interior.

JIRAU - Plataforma intermediria entre o piso e o teto de um compartimento.

LOGRADOURO PBLICO - Parte da superfcie da cidade destinada ao trnsito e ao uso pblico.

LANCE - Parte da escada compreendida entre dois patamares.

LAVANDERIA - Oficina ou compartimento para lavagem de roupa

MARQUISE - Cobertura ou alpendre geralmente em balano. No rea til, no podendo ser confundida com varanda, balco ou sacada

MEIO FIO - Pedra de cantaria ou concreto que separa o passeio do leito das estradas e ruas.

MEMORIAL - Descrio completa dos servios a executar e especificaes de materiais de uma construo.

MURO - Macio de alvenaria que serve de vedao ou de separao entre terrenos contguos, entre edificaes ou entre ptios do mesmo terreno.

MURO DE ARRIMO - Obra destinada a sustar o empuxo de terras

NORMA BRASILEIRA REGULAMENTADORA - NBR

NORMAS TCNICAS BRASILEIRAS - Recomendaes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas, seguidas em cdigos tcnicos. Escreve-se abreviadamente como NB.

PRA-RAIOS - Dispositivo de proteo aos edifcios contra as descargas eltricas da atmosfera.

PARAPEITO - Resguardo de madeira, ferro ou alvenaria, colocado nos bordos das sacadas, terraos, pontes, etc., para proteo das pessoas. Guarda-Corpo.

PAREDE - Macio que forma a vedao externa ou as divises internas das edificaes.

PAREDE DE VEZ OU DE CUTELO Levantamento de alvenaria com tijolo em p.

PAREDE DE UMA VEZ OU SIMPLES Levantamento de alvenaria com tijolo deitado, no sentido longitudinal.

PAREDE DUPLA Levantamento de alvenaria com tijolos deitados no sentido transversal.

PASSEIO - a parte do logradouro destinado ao trnsito de pedestres.

PATAMAR - Superfcie da escada, de maior profundidade que o degrau.

PAVIMENTO - Plano que divide as edificaes no sentido da altura, Conjunto de dependncias situadas no mesmo nvel, compreendidas entre dois pisos consecutivos.

PAVIMENTO TRREO - o pavimento ao rs do cho.

PC - Compartimento de localizao dos relgios de medio de energia eltrica.

P DIREITO - a distncia vertical entre o piso e o forro de um compartimento.

PEITORIL - Coroamento da parede inferior do vo da janela.

PI - Compartimento de localizao dos botijes ou dos medidores de consumo de gs

PILAR - Elemento constitutivo de suporte nas edificaes.

PILOTIS - Pavimento aberto de um prdio sobre pilares cuja rea de uso comum, podendo conter rea fechada desde que esta no ultrapasse a 30% da rea do pavimento.

PISO - Cho, pavimentao, parte horizontal do degrau das escadas. Pavimento.

PLATIBANDA - Coroamento superior das edificaes, formada pelo prolongamento das paredes externas acima do forro.

PORO - Pavimento de edificao que tem mais da metade do p direito abaixo do nvel mdio da rua, e uma altura mxima de 2.30m do piso ao forro e que no se destine a habitao.

PRDIO - Construo destinada a moradia, depsito ou outro fim similar.

RECONSTRUO - Ato de construir novamente, no mesmo local e com as mesmas dimenses, uma edificao ou parte dela e que tenha sido demolida.

SACADA - Varanda sada para fora da parede, com balaustrada ou outro tipo de guarda-corpo.

SALINCIA - Elemento da construo que avana alm dos planos das fachadas.

SOLEIRA - Parte inferior de vo de porta.

SUBSOLO - Pavimento situado abaixo do piso trreo de uma edificao e de modo que o respectivo piso esteja, em relao ao terreno circundante, a uma distncia maior do que a metade do p direito.

TERRAO - Cobertura de uma edificao ou parte da mesma, consistindo piso acessvel.

TESTADA OU FRENTE - Distncia medida entre divisas lindeiras segundo a linha que separa o logradouro de propriedade privada e que coincide com o alinhamento.

UNIDADE RESIDENCIAL AUTNOMA - Conjunto de dependncias constituindo habitao distinta, com, ao menos, um compartimento principal e um banheiro.

VESTBULO - Entrada de uma edificao.

VISTORIA ADMINISTRATIVA - Diligncia efetuada por profissionais habilitados do rgo municipal competente, tendo por fim verificar as condies de uma construo, de uma instalao ou de uma obra existente, em andamento ou paralisada, no s quanto resistncia e estabilidade como quanto regularidade.

VISTORIA SANITRIA - Diligncia efetuada por funcionrios do rgo municipal competente com o fim de verificar se a edificao satisfaz s condies de higiene para a concesso de "habite-se".

VISTORIA TCNICA PARA HABITAR - Diligncia efetuada por funcionrios do rgo municipal competente com o fim de constatar a concluso de uma obra para a concesso do "habite-se".

CAPTULO III

Dos Projetos

Seo I

Normas Administrativas

Art. 3- A execuo de qualquer edificao ser precedida dos seguintes atos administrativos:

I - Aprovao de projetos;

II - Licenciamento da Construo.

1- A aprovao de Projeto Arquitetnico libera a construo das fundaes.

2- A aprovao do projeto prescrever em um ano, caso no for licenciada a obra ou no estiverem concludas as fundaes.

3- Licenciada a obra, o proprietrio dever concluir as fundaes em seis meses, sob pena de prescrio da aprovao e do Licenciamento.

Seo II

Da aprovao do projeto, do licenciamento das construes e da regularizao de obra.

Art. 4- O processo de aprovao de projeto arquitetnico e/ou do licenciamento da construo, ser instrudo das seguintes peas:

I - requerimento solicitando aprovao de projeto e/ou licenciamento ou de regularizao de obra;

II - certido original atualizada da matrcula do registro de imveis;

III- planilhas aplicveis da NBR-12721, quando for o caso;

IV- Anotao de Responsabilidade Tcnica - ART do projeto (Cd. 12) para o caso de aprovao e de execuo (Cd. 53) para o caso de licenciamento da obra;

V) projeto arquitetnico;

VI) projeto das instalaes de abastecimento de gua;

VII) projeto das instalaes de esgoto sanitrio domstico e/ou industrial;

VIII) projeto de esgoto pluvial;

IX) projetos especiais, decorrentes do uso ou atividades a que se destine o prdio.

X - clculo de trfego de elevadores quando for o caso de uso de elevadores;

XI-- Projetos de Instalaes Eltricas;

XII- Memorial Descritivo para aprovao e licenciamento de obras novas;

1- Os documentos grficos e os memoriais descritivos dos projetos arquitetnicos das instalaes sanitrias e demais projetos complementares podem ser apresentados em um nico projeto geral.

2- Os documentos relacionados nos itens I e X sero assinados pelo(s) responsvel(eis) tcnico(s) correlatos, sendo facultativa(s) a(s) assinatura(s) do(s) proprietrio(s). Nos demais, so compulsrias as assinaturas do(s) profissional(ais) e proprietrio(s) ;

3- Na apresentao do documento I, quando o requerente no for o proprietrio, dever ser apresentada autorizao ou procurao. Quando o requerente for o profissional responsvel, signatrio da ART correlata, fica dispensado esta apresentao.

4- A escala no dispensar a indicao de cotas, que prevalecero no caso de divergncia sobre as medidas tomadas nos desenhos.

5- Tratando-se de edifcios de acentuada superfcie horizontal, resultando impraticveis as escalas indicadas, ficar a critrio do profissional a escolha de outras;6- As cpias do projeto, independente do tipo de graficao ou reproduo, devero ser completamente legveis.

7- O Processo que der origem aprovao do projeto servir ao licenciamento, aos pedidos de renovao, de alvar e de habite-se.

8- Para a REGULARIZAO DE OBRAS sero necessrios somente os seguintes documentos:

I - requerimento solicitando aprovao de projeto e/ou licenciamento ou de regularizao de obra;

II - certido original atualizada da matrcula do registro de imveis;

III- planilhas aplicveis da NBR-12721, quando for o caso;

IV- Anotao de Responsabilidade Tcnica - ART (Cd. 85) para o caso de regularizao da obra;

V) projeto arquitetnico;

Art 5- Da apresentao dos projetos:

I- O projeto arquitetnico deve ser constitudo de:

a) planta de situao do lote ou terreno que receber a obra, em escala 1:1000 (um por mil), na qual devem ser indicadas as ruas do quarteiro, dimenses, orientao, denominao do logradouro pblico para o qual faz frente, distncia da esquina do logradouro mais prximo;

b) planta de situao e localizao do prdio no lote ou terreno, na escala de 1:250 (um por duzentos e cinqenta) ou 1:500 (um por quinhentos), deve caracterizar a posio do lote, indicando-se a distncia da esquina mais prxima, dimenses do lote e orientao magntica, posio de meio fio (quando existente), entradas de veculos a serem feitas, posio de postes, arborizao ou hidrantes no trecho fronteiro a testada do lote, bem como, deve registrar a posio da edificao relativamente s linhas de divisas do lote e as outras construes nele existentes.

c) planta baixa de todos os pavimentos, na escala de 1:50 (um por cinqenta) ou 1:100 (um por cem), onde devem ser indicados o uso, a rea, as dimenses, o tipo de piso em cada compartimento, as dimenses de vos, as dimenses e tipo de parede, as dimenses e tipo de piso nas reas livres de ventilaes e insolao, as posies dos cortes longitudinais e transversais. Tratando-se de edifcios que apresentem andar tipo, bastar a apresentao de uma s planta do pavimento tipo alm das demais plantas baixas;

d) planta de cortes longitudinal e transversal ser apresentada em nmero suficiente a um perfeito entendimento do projeto. Sero convenientemente cotados, na escala 1:50 (um por cinqenta) ou 1:100 (um por cem), com andares numerados registrando ainda, o perfil do terreno. Quando tais cortes resultarem muito extensos em virtude de pavimentos repetidos, podero ser simplificados, omitindo-se na forma convencional, a representao dos pavimentos iguais desde que seja cotada a altura total da edificao. Devem ser indicados o tipo de fundao, o p direito, a altura de vos e esquadrias, peitoris e dintis ou vergas, detalhes de esquadrias, da estrutura da cobertura ou telhado, altura de barras de revestimentos especiais das paredes;

e) plantas de elevao das fachadas para os logradouros pblicos, no escala 1:50 (um por cinqenta) ou 1:100 (um por cem), onde deve ser indicada a altura do prdio;

f) memorial descritivo sobre o uso, sobre os materiais a serem empregados e equipamentos a serem instalados, a Taxa de Ocupao (TO) e o ndice de Aproveitamento (IA) a ser dado ao prdio ou obra.

II- O projeto das instalaes de abastecimento de gua deve constituir-se de:

a) planta baixa de todos os pavimentos do prdio, em escala 1:50 (um por cinqenta) ou 1:100 (um por cem), onde deve ser indicado o uso e a rea de cada compartimento, a posio dos aparelhos a serem abastecidos, o traado da rede de distribuio de gua, a localizao e a capacidade de reservatrios, sistema de recalque e, quando a fonte de suprimento for domstica, detalhes e localizao da mesma e da aduo rede predial;

b) memorial descritivo das instalaes e especificaes dos materiais e equipamentos a serem empregados.

III- O projeto das instalaes de esgoto sanitrio deve constituir-se de:

a) planta baixa de todos os pavimentos, em escala conveniente, onde devem ser indicados o uso e a rea de cada compartimento, a posio de cada aparelho sanitrio a ser esgotado, o traado da rede coletora. Quando a edificao no for atendida por rede pblica de esgoto cloacal, dever ser assinalado na Planta de Situao e Localizao o local onde ser construda a fossa sptica, filtro anaerbio e o poo do sumidouro (NBR 7229) ou qualquer outro sistema de tratamento dos dejetos cloacais marcando as dimenses e afastamentos das divisas. (Vide Lei Municipal 0636 de 06 dez 88)b) planta de localizao do prdio no terreno, na escala 1:250 (um por duzentos e cinqenta) ou 1:500 (um por quinhentos), onde deve ser indicada a localizao da ligao rede pblica ou, quando adotado sistema de tratamento e disposio domstico, a localizao do dispositivo de tratamento;

c) memorial descritivo das instalaes e especificaes dos materiais a serem empregados e equipamentos a serem instalados.

d) projeto do destino final dos efluentes lquidos, resduos areos e slidos resultante do processo industrial e outro, se for o caso.

IV - O projeto das instalaes de esgoto pluvial deve constituir-se de:

a) planta baixa do telhado ou cobertura do prdio e do pavimento ao nvel do solo, em escala conveniente, onde devem ser indicados o traado da rede coletora e a disposio final das guas pluviais;

b) memorial descritivo das instalaes e especificaes dos materiais empregados e equipamentos a serem instalados.

V - O projeto de prdio para instalao de indstrias de qualquer natureza, alm do projeto arquitetnico e dos projetos das instalaes sanitrias, deve conter:

a) localizao, em planta baixa, de mquinas, motores, caldeiras, chamins e outros equipamentos fixos;

b) fluxograma das operaes industriais;

c) memorial descritivo das operaes industriais, com especificao do tipo e consumo de matria-prima e produtos qumicos; tipo e quantidade de produto final; consumo mdio de gua; tipo, volume e caractersticas dos resduos industriais; tipo e consumo de combustveis e nmero de empregados.

Art. 6- Nas obras de reforma, reconstruo ou acrscimo, os projetos sero apresentados, com indicaes precisas e as convenes sero as seguintes: amarelo para as partes a demolir; trao vermelho para as partes novas ou a renovar e trao fino para o existente.

Art. 7- O pedido de aprovao de projeto dever ser instrudo com a apresentao de, no mnimo, trs jogos de cpias do projeto e caderno de Memorial Descritivo.

Art. 8- Os desenhos dos projetos devero obedecer aos tamanhos, margens e dobraduras indicadas pela ABNT a saber:

A0: 841 x 189 mm Tamanho Mximo

A4: 210 x 297 mm Tamanho Minimo

nico: No canto inferior direito de cada prancha, ser desenhado o carimbo de informaes sobre o projeto, com as seguintes informaes mnimas:

Nome do escritrio, Firma, etc...;

Ttulo(s) do(s) projeto(s);

Nome(s) do(s) profissional(ais) responsvel(eis);

Nome(s) do(s) proprietrio(s);

Data e nome do desenhista;

Assinaturas dos proprietrio(s) e responsvel(eis) tcnico(s):

Modificaes, localizando na parte superior do carimbo e por fora deste.

Art. 9- Quando se tratar de construes destinadas s indstrias ou manipulaes de gneros alimentcios, frigorficos e matadouros, bem como estabelecimentos hospitalares e congneres, dever ser ouvida a Secretaria Municipal FEPAM de Agricultura e/ou a Secretaria Municipal de Sade e Meio Ambiente conforme for o caso, antes da aprovao do projeto. (Vide 2 do Art 94 do Dec Lei Estadual 23430 de 24 out 74)

Art. 10- As obras de qualquer natureza a serem efetuadas no patrimnio Municipal, Estadual ou Federal ou no entorno dele, bem como, reas de preservao ambiental, rios, crregos, nascentes, cone de aproximao area de aeroclubes e aeroportos, e de torres de transmisso de microondas de telefonia devero ser executadas aps o pronunciamento e a aprovao dos projetos pelo rgo competente correlato. (Vide Lei Municipal 744 de 04 mai 90; Vide 1 do Art 25 da Lei Federal 7565 de 19 dez 86 Cdigo Brasileiro de Aeronutica)

Art. 11- As obras de construo e reconstruo de muros para sustentao ou proteo de terras bem como obras de canalizao, revestimento e sustentao de margens, pontes, pontilhes, bueiros, ficam sujeitas a apresentao de projeto e a respectiva aprovao pelo rgo competente do Municpio.

Art. 12- Para a aprovao dos projetos em geral, os rgos competentes faro um exame detalhado dos elementos do projeto e local da edificao, se for o caso, a fim de verificar se os mesmos esto enquadrados dentro das normas do presente Cdigo.

1- Em caso de erro ou insuficincia de elementos, o requerente ser notificado dentro do prazo de dez dias contados da data de entrada do projeto no rgo competente a fim de satisfazer as exigncias formuladas ou dar esclarecimentos necessrios.

2- As exigncias a que se refere o artigo 10 devero ser sempre que possvel feitas de uma s vez a cada rgo em que se encontrar o projeto.

Art. 13- Sero permitidas, diretamente em todas as cpias dos projetos e em tinta indelvel, pequenas correes que podero ser feitas pelo profissional responsvel, que as rubricar juntamente com a autoridade que tiver permitido a correo.

nico: Atendendo-se a exigncia prevista no ltimo tpico do nico do Art 8.

Art. 14- O prazo para a aprovao dos projetos pela Municipalidade ser de quinze dias teis.

1- No caso de solicitao do comparecimento da parte interessada o prazo acima ficar dilatado do tempo que decorrer entre a data da notificao e o do comparecimento da parte interessada.

2- Nos casos em que a solicitao de aprovao do projeto for acompanhada de outras solicitaes, bem como nos casos previstos no art. 9, o prazo referido no "caput" deste artigo ser de trinta dias teis, desde que atendida as solicitaes adicionais.

3.- Solicitado o comparecimento da parte interessada para providncias necessrias ao andamento de sua solicitao, se no atendida a solicitao em at noventa dias partir da data de comunicao, o processo ser arquivado.

Art. 15- Uma vez aprovado o projeto, o rgo competente do Municpio far a entrega parte interessada de duas cpias do mesmo, mediante o pagamento das taxas correspondentes, ficando uma cpia arquivada no processo.

Art. 16- O Municpio tem o prazo de no mximo 07 (sete) dias teis para analise e emisso de parecer, expedir o alvar de licena para construo, aps a aprovao do projeto em todas as instncias.

Art. 17- Se dentro do prazo fixado no Alvar de Licena a construo no for concluda, dever ser requerida prorrogao do prazo e pagas as taxas de licena correspondentes sua prorrogao.

Art. 18- Ser possvel a regularizao mediante laudo tcnico de parte ou de toda a edificao que tenha sido construda sem a licena do Poder pblico, desde que esta atenda s disposies legais vigentes do municpio, bem como s disposies deste Cdigo.

nico: No caso de cedncia de direitos de propriedade entre lindeiros, esta escriturao dever ser feita conforme Art. 168 do Inciso III do 1 e Art. 169 da Lei Federal 6015 de 31 dez 73.

Seo III

Destino do alvar e do projeto aprovado

Art. 19- Para comprovar o licenciamento da obra e para os efeitos de fiscalizao, a cpia do alvar dever estar disponvel no local da obra, juntamente com cpia do projeto aprovado, devendo ser acessvel fiscalizao a qualquer momento, dentro do horrio de trabalho.

Art. 20- As obras devero ser executadas de acordo com o projeto aprovado, nos seus elementos geomtricos essenciais, quais sejam:

a altura da edificao;

o p direito;

a espessura das paredes mestras, as sees das vigas, lajes e pilares;

a rea dos pavimentos e compartimentos;

as dimenses das reas e passagens;

a posio das paredes externas;

a rea e a forma da cobertura;

a posio e as dimenses dos vos externos;

as dimenses das salincias e balanos;

as linhas e detalhes da fachada;

as circulaes verticais de uso comum.

1- As alteraes que tiverem de ser feitas nos elementos geomtricos essenciais, ressalvado o disposto no 2 deste artigo podero ser iniciadas independente de despacho da respectiva licena, desde que tenha sido apresentado ao rgo competente o requerimento, acompanhado dos desenhos com a condio de que essas alteraes no importem em infrao s disposies deste Cdigo.

2- As alteraes posteriores concluso da obra, que no importem em modificao da rea construda e/ou da estabilidade fsica e sanidade da obra, no dependero de licena desde que observem as determinaes deste Cdigo.

Seo IV

Do cancelamento e revalidao do projeto aprovado

Art. 21- A aprovao de um projeto ter validade por dois anos. Findo este prazo e no tendo sido requerido o licenciamento da construo nem executadas as fundaes, o processo ser arquivado. Poder ser solicitada a revalidao do projeto aprovado pela parte interessada nos termos do presente Cdigo sujeitando-se s determinaes legais vigentes.

1- O Municpio fixar as taxas a serem cobradas pela revalidao dos projetos.

2- Aprovado o projeto e pagas as taxas, no sendo iniciada a construo, por motivo de contenda Judicial, aps transitado em julgado com parecer favorvel, o proprietrio, querendo construir, no pagar nova taxa.

Seo V

Da iseno de projetos

Art. 22- Independem de apresentao de Projeto, ficando sujeito contudo concesso de licena, as seguintes obras e servios:

I - Muros com altura de at 1.80m, desde que no sejam de arrimo;

II - Substituio de revestimentos da edificao;

III - Reparos internos e substituio de aberturas;

IV - Construo de passeio pblico.

Art. 23- Independem de projeto e de licena, os servios de pintura, substituio de telhas, substituio de condutores pluviais e construo de caladas no interior do terreno.

nico: A iseno prevista neste artigo, pela Prefeitura Municipal, no exime de outras obrigaes inerentes aos processos de execuo previsto em outros rgos de fiscalizao.

Seo VI

Da concluso das obras HABITE-SE

Art. 24- Para requerer o Habite-se, dever ser juntado ao processo inicial o pedido de vistoria acompanhado de:

nico: O requerimento de vistoria ser assinado pelo proprietrio e ou pelo profissional responsvel.

Art. 25- Requerido o Habite-se o rgo municipal competente proceder a vistoria. Caso as obras estejam de acordo com o projeto aprovado fornecer ao proprietrio a carta de Habite-se no prazo mximo de quinze dias teis a contar da sua data de entrada do requerimento.

Art. 26- Nenhuma edificao poder ser ocupada, sem que seja procedida a vistoria pelo rgo municipal competente e expedida a carta de Habite-se.

nico: A infrao do presente artigo importar na aplicao de multa ao proprietrio, de acordo com as disposies deste Cdigo.

Art. 27- Se, por ocasio da vistoria, for constatado que a edificao foi construda, aumentada, reconstruda ou reformada em desacordo com o projeto aprovado, o proprietrio ser notificado, de acordo com as disposies deste Cdigo e intimado a regularizar as obras caso as alteraes possam ser executadas ou a fazer a demolio ou modificaes necessrias para repor a obra de acordo com o projeto.

Art. 28- Ser concedido Habite-se parcial a juzo do rgo competente, nos seguintes casos:

I - quando se tratar de prdio composto de parte comercial e parte residencial e puder cada uma ser utilizada independente da outra;

II - quando se tratar de mais de um prdio construdo no mesmo lote;

III - quando se tratar de prdio de apartamentos ou escritrios, e as unidades possam ser ocupadas independentemente.

nico: Nas obras construdas parcialmente em desacordo com o projeto aprovado, ser fornecido o respectivo Habite-se, para as unidades autnomas, em situao regular, salvo se a construo em desacordo comprometer as reas de uso comum.

Seo VII

Das demolies

Art. 29- A demolio de qualquer edificao, excetuando apenas os muros de fechamento at trs metros de altura, s poder ser executada mediante licena expedida pelo rgo municipal competente.

1- O requerimento de licena para a demolio, dever ser assinado pelo proprietrio do imvel.

2- Em qualquer demolio, o profissional responsvel ou o proprietrio, conforme o caso, por em prtica todas as medidas necessrias e possveis para garantir a segurana dos operrios, do pblico, das benfeitorias lindeiras e dos logradouros.

3- O rgo municipal competente poder, sempre que julgar conveniente, estabelecer horrio dentro do qual uma demolio deva ou possa ser feita.

4- No pedido de licena para a demolio, dever constar o prazo de durao dos trabalhos, o qual poder ser prorrogado, atendendo solicitao justificada do interessado e a juzo do rgo municipal competente.

5- Os trabalhos de demolio devero ser precedidos da construo de tapumes.

CAPTULO IV

Execuo das Obras

Seo I

Das observaes gerais

Art. 30- Durante a execuo das obras o proprietrio dever por em prtica todas as medidas possveis para garantir a segurana dos operrios, do pblico e das propriedades vizinhas e providenciar para que o leito do logradouro, no trecho compreendido pela mesma obra, seja mantido em estado de permanente limpeza e conservao.

Seo II

Dos Tapumes, protees e andaimes

Art. 31- Os andaimes devero satisfazer as seguintes condies:

I - apresentar perfeitas condies de segurana e observar distncias mnimas em relao rede de energia eltrica de acordo com as Normas Brasileiras, devendo, quando necessrio, ser consultada a concessionria de energia eltrica para eventual desligamento ou isolamento temporrio da rede;

II - ocupar no mximo a largura do passeio menos 0.50m, quando com menos de 4.00m de altura em relao a este.

III - observar a passagem livre de 2.50m de altura;

IV - ser dotado de proteo em todas as faces livres para impedir a queda de materiais;

V - ser executado de forma tal a no prejudicar a arborizao ou iluminao pblica.

Art. 32- Os pontaletes de sustentao de andaimes, quando formarem galerias, devem ser colocadas prumo e afastados no mnimo 0.50m do meio fio.

nico: Os andaimes armados de cavalete ou escadas:

a) devero somente ser utilizados para servios at a altura de 5.00m.

b) no podero impedir, por meio de travessas que o limitem, o trnsito de pessoas sob as peas que os constituem.

Art. 33- Nenhuma construo ou demolio poder ser feita recuada ou no alinhamento da via pblica ou dos lotes lindeiros sem que haja em todo o seu permetro, bem como em toda a sua altura, um tapume ou proteo provisria acompanhando o andamento da construo ou da demolio.

1- Nas fachadas voltadas para a via pblica, os tapumes ocuparo, no mximo, a metade da largura do passeio, cujas condies de trafegabilidade devero ser permanentemente mantidas.

2- Quando a obra atingir o segundo pavimento, o tapume no pavimento trreo dever ser recuado para alinhamento do lote construindo-se uma cobertura, em forma de galeria, com p direito de 2.50m.

3- Na parte externa dos tapumes no ser permitida a ocupao de qualquer parte da via pblica, devendo o responsvel pela execuo da obra manter o espao do passeio livre e em perfeitas condies de trnsito para os pedestres.

4- Devero ser observadas as determinaes previstas na NR-18 Portaria 3214 do Ministrio do Trabalho.

Art. 34- Havendo riscos comprovados segurana, o rgo municipal competente poder autorizar a ocupao total do passeio, sob responsabilidade do proprietrio e do responsvel tcnico.

nico: Na ocorrncia do fato previsto neste artigo, exigir-se- construo de passarelas com um metro de largura livre, coberta, com guarda-corpo de 0.90m (noventa centmetros) de altura.

Art. 35- O responsvel pela construo e o proprietrio do imvel ficam obrigados, sob pena de multa, a conservar o passeio entre o meio-fio e o tapume, sempre em bom estado, sendo vedado o depsito de materiais ou execuo de servio no mesmo.

nico: O depsito de materiais de construo no passeio s ser permitido para carga e descarga.

Art. 36- Aps o trmino das obras, os tapumes devero ser retirados no prazo mximo de 15 (quinze) dias.

nico: Findo esse prazo, se a providncia no for tomada o rgo municipal competente o far, correndo as despesas por conta do proprietrio, se for o caso, sem prejuzo da multa correspondente.

Art. 37- As galerias e passarelas devero ter, noite, iluminao de perigo em funcionamento nas extremidades, a fim de advertir o pblico que utiliza o passeio.

Seo III

Obras paralisadas

Art. 38- No caso de se verificar a paralisao de uma construo, por mais de 60 (sessenta) dias, a construo dever ter:

I - todos os vos, poos e buracos de fundaes fechados de maneira apropriada e segura;

II - seus andaimes removidos e tapumes recuados, quando construdos sobre passeio.

III notificao aos rgos competentes sobre a paralisao da mesma.

CAPTULO V

Das Condies Gerais Relativas as Construes

Seo I

Das observaes gerais

Art. 39- Os materiais de construo devero satisfazer as normas de qualidade e segurana compatveis com seu destino na obra.

I - Os materiais devem satisfazer o que dispem as Normas e Especificaes Brasileiras.

II- Em se tratando de novos materiais para os quais no tenham sido estabelecidas normas, os ndices qualificativos sero fixados mediante o estudo e orientao de entidade oficialmente reconhecida.

Art. 40- O rgo competente reserva-se o direito de impedir o emprego de qualquer material que julgar imprprio e, em conseqncia, exigir seu exame s expensas do proprietrio.

Seo II

Dos Recuos e Desenho Urbano

Sobre recuos e alturas dos prdios (escalonados) para proporcionar cones de iluminao e ventilao.

Estudar caso por caso em funo do zoneamento do plano diretor.

Captulo VII

Dos Tipos de Materiais Empregados

Art. 41- As edificaes de madeira devero preencher os seguintes requisitos:

I - Devero observar o afastamento mnimo de 1.50m de qualquer divisa do terreno, e 3.00m de outra economia;

II - Serem construdas sobre pilares de madeira ou alvenaria tendo 0.60m (sessenta centmetros), pelo menos de altura acima do terreno;

III - Apresentar cobertura impermevel e incombustvel;

IV - Terem as paredes da cozinha e do sanitrio, impermeabilizados pelo menos at 1.50m (um metro e cinqenta centmetros) de altura;

V - Terem os pisos da cozinha e sanitrios revestidos com material impermevel;

Captulo VIII

Elementos Bsicos dos Terrenos e Fundaes

Art. 42- Sem preparo conveniente, no ser permitido construir edificao alguma em terreno que aparente as seguintes condies; devendo obedecer normas da FEPAM:

I - terrenos alagadios e sujeitos inundaes, antes de tomadas as providncias para assegurar o escoamento das guas;

II - terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo sade.

III - reas de preservao ecolgica fixadas em lei ou naquelas onde a poluio impea condies sanitrias suportveis, at a sua correo.

IV - a menos de 15 metros de cada lado das margens das guas correntes e dormentes e das faixas de domnio pblico das rodovias, ferrovias, linhas de transmisso eltricas e dutos.

Art. 43- As fundaes das novas construes devero ser executadas de tal forma que:

I - no prejudiquem os imveis lindeiros;

II - fiquem completamente independentes das vizinhas j existentes e integralmente situadas dentro dos limites de lote.

III - assentarem sobre o terreno preparado de modo a evitar estagnao de guas de qualquer natureza;

IV - serem isoladas do solo por camada impermevel e resistente, cobrindo toda a superfcie das fundaes;

Seo I

Das paredes

Art. 44- As paredes das edificaes em geral, quando executadas em alvenaria, devero ter as seguintes espessuras mnimas:

I 0.20m (vinte centmetros), em blocos cermicos, nos seguintes casos:

a) paredes que constituam divisrias entre unidades autnomas.

b) paredes externas em geral

II 0.15m (quinze centmetros), em blocos cermicos, nos seguintes casos:

a) paredes que constituam divisrias entre rea de uso comum;

b) paredes de dutos;

c) paredes externas de lavanderias e sanitrios

d) paredes que constituam divisrias entre reas privativas e reas de uso comum.

e) paredes de estacionamento e locais no habitveis.

f) as residncias unifamiliares.

1- Quando tiverem funo "corta-fogo" devero ser projetados e executados de acordo com a NB-503 e NBR 5627 ou outras normas que a substituam.

2- Ser admitida parede externa com espessura de 0.15m (quinze centmetros) em tijolos de seis furos de vez ou cutelo com massa de assentamento e argamassadas com produtos hidrfugos, para residncias unifamiliares isoladas.

3- As paredes divisrias podero ser construdas de gesso acortonado ou frmica ou madeira com ou sem vidro, na espessura de 5 15 cm, com caractersticas de parede divisria leve para interiores.

Seo II

Das escadas

Art. 45- Em qualquer edificao as escadas principais, incluindo as externas, devero atender as seguintes condies:

I - serem construdas em material resistente ao fogo quando servirem a mais de dois pavimentos;

II - terem os pisos dos degraus e patamares revestidos com materiais antiderrapantes;

III- terem seu desenvolvimento em partes retas, podendo tambm ser construdas em estilo mais requintado, tais como em arco, em curva, sextavada, em leque, etc., em qualquer formato desde que observadas as dimenses minimas dispostas na presente Lei..

IV- serem, quando o desnvel a vencer for superior a 1.20m, dotadas de guarda-corpos com altura mnima de 0.92m (medida acima da quina do degrau), os quais quando constitudos por balaustrada, tero espaamentos horizontais ou verticais entre seus elementos de forma a oferecer adequada proteo, devendo estes guarda-corpos terem altura mnima de 1.05m quando em patamares, passagens, rampas, etc.

V - serem dotadas, em ambos os lados, de corrimos situados entre 0.90 e 0.95m acima do nvel da superfcie superior do degrau, afastado 0.04 a 0.05m das paredes ou guarda-corpos, devendo prolongar-se horizontalmente, no mnimo 0.30m nas duas extremidades dos lances da escada.

VI - serem dotadas de corrimo intermedirio quando com mais de 2.20m de largura, afastados, no mnimo, 1.10m e no mximo, 1.80m, exceto as externas de carter monumental;

VII - terem passagem com altura mnima no inferior a 2.10m;

1- Em hospitais e escolas, devero ter ventilao e iluminao natural em cada pavimento, salvo nos casos de escadas de emergncia, nos termos das Normas Brasileiras.

2- Nas escolas, devero distar no mximo 30.00m das salas de aula.

3- Nos hospitais, devero localizar-se de maneira que nenhum enfermo necessite percorrer mais de 40.00m para alcan-las.

Art. 46- As larguras das escadas devem atender aos seguintes requisitos:

I - quando for de uso coletivo, ter largura mnima de 1.20m, devendo ser dimensionada de acordo com a formula abaixo e em funo do pavimento de maior populao, o qual determinar as larguras mnimas para os lances correspondentes aos demais pavimentos, considerando-se o sentido de sada; N=P/C na qual:

N = Nmero de unidades de passagem, arredondado para nmero inteiro.

P= Populao do pavimento de maior lotao.

C= Capacidade da unidade de passagem de acordo com a NBR 9077/93.

II - ter, quando se desenvolver em lances paralelos, espao mnimo de 0.10m entre lances, para permitir localizao da guarda ou fixao de corrimo.

1- A largura mnima das escadas principais nos hospitais e clnicas com internao em geral, ser de 2.20m, e nas galerias e centros comerciais ser de 1.65m.

2- As escadas de residncias unifamiliares, devero ter no mnimo 1.00m de largura cada lance.

3-Nas edificaes unifamiliares ser permitida a construo de escada com degraus em seus patamares, obedecendo as dimenses arbitradas no presente artigo.

Art. 47- As escadas de uso secundrio ou eventual, tais como as de acesso a depsitos e mezaninos com at 30.00m de rea, garagens, terraos de cobertura, adega, etc., ficaro dispensados das exigncias previstas nos artigos precedentes e podero ser do tipo caracol e com dimetro mnimo de 1.30m.

Art. 48- Os degraus devem obedecer aos seguintes requisitos:

I- ter altura "h" compreendida entre 0.15 e 0.20m;

II- ter profundidade "P" dimensionada pela frmula de Blondel: 0.63m < (2h + P) < 0.65m, onde P=Piso; h=altura.

III- ter, no mesmo lance, larguras e alturas iguais, e em lances sucessivos de uma mesma escada, diferenas entre as alturas dos degraus de no mximo 0.05m (cinco centmetros);

Art. 49- O lance mximo, entre dois patamares consecutivos, no ultrapassar 16 alturas de degrau.

Art. 50- Os patamares devero ter comprimento, no mnimo, igual largura da escada.

Art. 51- A existncia de elevador em uma edificao no dispensa a construo de escada.

Art. 52- A existncia de escada rolante no dispensa nem substitui qualquer escada ou elevador exigido pela legislao.

Art. 53- As edificaes que por caractersticas de ocupao, rea e altura requeiram sada de emergncia, devero atender as disposies de norma NBR - 9077.

Seo III

Dos corredores

Art. 54- A largura mnima para os corredores internos ser de 1.00m (um metro) e para os de uso comum a mais de uma habitao ser de 1.20m (um metro e vinte centmetros).

1- Os corredores devero ter ventilao para trecho mximo de 15.00m de extenso, podendo ser por meio de chamin, poo de ventilao ou duto horizontal.

2- O p direito mnimo para os corredores internos ou de uso comum ser de 2.20m (dois metros e vinte centmetros).

Art. 55- Os corredores de entrada, para prdios comerciais ou residenciais, devero ter largura mnima de 1.20m (um metro e vinte centmetros).

1- Quando o prdio possuir elevador, devero ter largura mnima de 1.50m (um metro e cinqenta centmetros).

2- Em qualquer caso, a largura das circulaes dever ser dimensionada de acordo com o nmero de unidades de passagem necessrios para atender demanda da populao, utilizando-se a mesma frmula constante do item I do art. 54.

Seo IV

Hall dos elevadores

Art. 56- A distncia mnima permitida, para a construo de parede frente as portas dos elevadores medida perpendicularmente ao eixo das mesmas ser de 1.50m (um metro e cinqenta centmetros) para edifcios residenciais e 2.00 (dois metros) para edifcios comerciais.

Seo V

Das portas

Art. 57- As portas tero, no mnimo, altura de 2.10m e largura atendendo ao dimensionamento dado pela frmula: N=P/C na qual N= nmero de unidades de passagem, arredondada para nmero inteiro.

P= populao do pavimento de maior lotao.

C= capacidade da unidade de passagem de acordo com a NBR 9077/93.

I - Ser tolerado sobre a largura das portas, 0.10m de cada lado para os marcos, devendo a abertura da(s) folha(s) ser no sentido de escoamento e estar afastada 2.00m de qualquer anteparo;

II 0.90m para as portas de entrada principal de edifcios;

III 0.80m para as portas principais de acesso dormitrios, cozinhas, lavanderias e sanitrios de uso pblico e unidades autnomas.

1- Em qualquer outro caso, nenhuma porta poder ter largura inferior a 0.60m.

Art. 58- Nos locais de reunio de pblico, as portas devero ter a mesma largura dos corredores, tolerando-se 0.10m de cada lado para os marcos, com abertura no sentido de escoamento e estar afastadas 2.00m de qualquer anteparo.

Seo VI

Jiraus ou galerias internas

Art. 59- A construo de mezaninos e jiraus permitida desde que no sejam prejudicadas as condies de ventilao, iluminao e segurana, tanto dos compartimentos onde estas construes forem executadas, como do espao assim criado.

Art. 60- Os jiraus ou mezaninos devero atender as seguintes condies:

I - permitir passagem livre com altura mnima de 2.20m nos dois pavimentos;

II - no cobrir rea superior a 1/3 da rea do compartimento em que forem instalados, salvo no caso de constiturem passadios de largura no superior a 0.80m.

III- ter guarda-corpo com altura mnima de 1.05m.

Art. 61- Ser permitido o fechamento do mezanino com painis de vidro, mantendo os vos de ventilao dos Art 87 a 89.

Art. 62- Os entrepisos que constiturem passadios ou jiraus em edificaes destinadas reunio de pblico devero ser resistentes ao fogo.

Seo VII

Chamins

Art. 63- As chamins de qualquer espcie, nas edificaes em geral, sero executadas de maneira que o fumo, fuligem, odores ou resduos que possam expelir no incomodem os vizinhos ou prejudiquem o meio ambiente, devendo ser equipadas de forma a evitar tais inconvenientes.

nico: A qualquer momento, o Municpio poder determinar a modificao das chamins existentes, ou o emprego de dispositivos fumvoros, a fim de ser cumprido o que dispe o presente artigo.

Seo VIII

Das fachadas

Art. 64- As fachadas e demais paredes externas das edificaes, inclusive as das divisas do lote e seus anexos, devero ser convenientemente conservadas.

nico: Para cumprimento do presente artigo, a Secretaria competente poder exigir a execuo das obras que se fizerem necessrias.

Art. 65- Nos embasamentos das edificaes construdas no alinhamento, conforme determinaes do Art. 48, as janelas providas de venezianas ou gelosias de projetar, folhas ou caixilhos de projetar, devero guardar altura mnima destas, a contar do peitoril dessas, de 2.10m em relao ao nvel do passeio.

1- Nenhuma fachada poder exceder sobre as linhas divisrias do terreno onde esta sendo edificada, ao nvel do pavimento trreo.

2- Quando a edificao apresentar faces voltadas para mais de um logradouro com ou sem recuo do alinhamento, cada uma delas ser considerada isoladamente, para os efeitos do presente artigo.

Seo IX

Das sacadas

Art. 66- As sacadas devero ter peitoril com altura mnima de 1.05m e espaamento entre seus elementos horizontais e verticais inferiores a 0.15m, de forma a oferecer adequada proteo.

nico: Quando as sacadas se localizarem em frente a rede de energia eltrica, o proprietrio da obra dever providenciar o isolamento da referida rede, a fim de oferecer proteo e segurana.

Seo X

Das marquises

Art. 67- No ser obrigatria a construo de marquises em toda a extenso da fachada na testada das edificaes construdas no alinhamento dos logradouros, caso sejam construdas, atendero aos seguintes requisitos:

I - No excedam largura do passeio, deduzida de 0.30m, ficando sujeitas em qualquer caso ao balano mximo de 3.00m (trs metros).

II - Ter seu nvel inferior, altura mnima de 2.50m e mxima de 4.00m, em relao ao nvel do passeio.

III - Ter os elementos estruturais ou decorativos dimenso mxima de 2.00m no sentido vertical.

IV - No prejudiquem a arborizao e iluminao pblica e no ocultem placas de nomenclaturas e outras de indicaes oficiais dos logradouros.

V - Sejam construdas na totalidade de seus elementos de material impermevel e resistente ao do tempo.

VI - Sejam providas de dispositivo que impea a queda das guas sobre o passeio,

VII - Quando envidraadas, em acrlico, ou de outro material facilmente quebrvel, devero atender as condies de segurana, no que tange ao tipo e espessura dos materiais empregados, prova de estilhaamento.

VIII - Quando executadas em obras existentes, estas sero de obrigatoriedade de autorizao do rgo Pblico e ser necessria a apresentao de ART do profissional responsvel pelo projeto e execuo.

nico: Sobre as marquises no podero ser instalados quaisquer equipamentos.

IX -Periodicamente, a cada 5(cinco) anos, dever a secretaria Municipal de Obras realizar a vistoria das marquises existentes, emitindo laudo tcnico.

Art. 68- As marquises, quando construdas em logradouros inclinados, devero ser constitudas de tantos segmentos horizontais quantos forem convenientes a fim de que seja mantida altura adequada, previsto no item II do Artigo anterior.

Art. 69- Nos prdios trreos, a marquise poder ser substituda por toldo suspenso, obedecendo os limites de altura, estabelecidos no Inciso II do Art. 75

CAPTULO IX

Condies a que Devem Satisfazer os Compartimentos

Art. 70- Os pores e os compartimentos situados no subsolo podem ser utilizados desde que sejam dotados de instalao conveniente ou ventilao natural indireta que lhes assegure a renovao do ar.

Art. 71- Os compartimentos situados no sto, que tenham p direito mdio de 2.30m (dois metros e trinta centmetros) podero ser destinados permanncia prolongada diurna e noturna desde que sejam obedecidos os requisitos mnimos de ventilao e iluminao.

Art. 72- Em qualquer compartimento de utilizao prolongada noturna, diurna ou transitria, as paredes no podero formar ngulo diedro menor que 60.

Seo I

reas ou prismas de iluminao e ventilao

Art. 73- Todos os compartimentos, exceto os de residncias unifamiliares e os previstos no Art. 90, devero ventilar diretamente para o logradouro ou para reas de iluminao e ventilao, dimensionadas em funo do nmero de pavimentos que atendam.

Art. 74- Sempre que a rea se torne aberta a partir de um determinado pavimento, sero calculados dois dimetros:

I - o primeiro correspondendo a rea fechada, dimensionado pelo nmero de pavimentos servidos por esta rea at o ponto em que ela se torne aberta.

II - o segundo, correspondendo a rea aberta, dimensionado pelo nmero total de pavimentos da edificao.

nico: O dimetro maior dever ser observado em toda a extenso da rea.

Art. 75- Os compartimentos principais, salas, lojas, oficinas, escritrios, dormitrios, indstrias e outros similares devero ser ventilados por reas de iluminao e ventilao principais abertas ou fechadas.

1- As reas principais abertas devero permitir a inscrio de um crculo dado pela frmula D= N x 0.25m + 1.50m onde D=Dimetro Mnimo, N=N de pavimentos atendidos pela rea principal aberta.

2- Quando os compartimentos principais iluminarem e ventilarem por reas fechadas, devero permitir a inscrio de um crculo dado pela frmula D=N x 0.45m + 2.00m, onde: D= Dimetro Mnimo, N= N de pavimentos atendidos pela rea fechada.

3- As reas abertas devero manter a inscrio do dimetro mnimo em toda a sua extenso.

4- A rea fechada dever ter rea mnima calculada pela frmula: Am = D2, onde Am = rea mnima D=Dimetro Mnimo a ser inscrito na rea fechada.

Art. 76- Os compartimentos de uso secundrio, cozinhas, lavanderias, sanitrios, circulaes e outros similares podero ser iluminados e ventilados por reas secundrias atendendo aos seguintes requisitos:

a) permitirem a inscrio de um crculo cujo dimetro seja dado pela frmula D = N x 0.20m + 1.50m onde, D= Dimetro Mnimo, N= Nmero de pavimentos atendidos pela rea secundria.

b) ter a rea secundria, rea mnima dada frmula Am=D2 onde: Am= rea mnima D= Dimetro mnimo a ser inscrito na rea secundria.

Art. 77- Quando a edificao ficar completamente afastada das divisas, em todo o seu permetro, permitir-se- o clculo de afastamento para os compartimentos principais com a frmula de clculo das reas secundrias.

nico: O afastamento referido no "caput" deste artigo dever ser, no mnimo, o calculado com a frmula das reas secundrias.

Art. 78- Dentro de uma rea destinada a iluminao e ventilao com dimenses mnimas, no poder existir salincia de mais de 0.20m (vinte centmetros).

nico: Nas reas fechadas no sero permitidos beirados cuja projeo se sobreponha ao dimetro mnimo exigido

Seo II

Da iluminao e ventilao dos compartimentos

Art. 79- Salvo as residncias unifamiliares e os casos expressos, todos os compartimentos das edificaes devem ter janelas ou portas-janela voltadas para o exterior com tipo e dimenses adequadas ao uso ou finalidade a que se destinem e de acordo com as seguintes caractersticas:

a) terem superfcie iluminante igual a 1/8 (um oitavo) da rea de piso dos compartimentos de utilizao prolongada;

b) terem superfcie iluminante igual a 1/5 (um quinto) da rea de piso dos compartimentos destinados a domiclio, alojamento enfermaria e sala de aula;

c) terem superfcie iluminante igual a 1/12 (um doze avos) da rea de compartimentos de utilizao transitria;

d) terem dispositivo que permita abertura para ventilao de 1/2 (um meio) da superfcie iluminante considerada como mnima para o compartimento.

1- Em nenhum caso uma janela poder ter superfcie iluminante inferior a 0.40 m (quarenta decmetros quadrados).

2- As janelas, quando em compartimentos destinados a dormitrio, alojamento ou enfermaria, sero dotadas de veneziana ou persiana e, quando dotadas de bandeira, esta ter dispositivo que permita sua fcil abertura.

3- Em cada compartimento, uma das vergas de janela, no mnimo, deve ter altura igual a 1/7 (um stimo) do p direito.

4- Poder ser dispensada a exigncia de janela para o exterior nos seguintes compartimentos:

a) cinemas, teatros, auditrios, blocos cirrgicos ou obsttricos, laboratrios, salas de aula, estabelecimentos comerciais ou industriais, desde que dotados de instalao de ar condicionado e de sistema de iluminao artificial de acordo com a Norma Tcnica NB-57 da ABNT;

b) sanitrios, escadarias no pavimento trreo e corredores com comprimento de at 10.00 m (dez metros).

Art. 80- Os compartimentos sanitrios, quando no dotados de janela para o exterior, devem ter ventilao e iluminao nas seguintes condies:

a) ventilao atravs de duto para o exterior sobre o forro rebaixado de compartimento contguo ou atravs de chamin de tiragem de ar;

b) porta de acesso dotada de veneziana em, no mnimo, 1/3 (um tero) de sua superfcie;

c) iluminao artificial com nvel de iluminamento de 100 (cem) lux, no mnimo.

1- Quando a ventilao se fizer atravs de duto para o exterior sobre o forro rebaixado de compartimento contguo, devem ser atendidas as seguintes condies:

a) o rebaixo no poder ter altura inferior a 0.40 m (quarenta centmetros);

b) largura mnima de 1.00 m (um metro);

c) comprimento mximo de 5.00 m (cinco metros);

d) dispor de sistema de tiragem forada de ar, quando o comprimento for superior a 5.00 m (cinco metros);

e) abertura para o exterior da edificao dotada de veneziana e tela milimtrica;

f) abertura interna dotada de veneziana mvel ou removvel para permitir limpeza.

2- Quando a ventilao se fizer por meio de chamin de tiragem de ar, esta dever ter as seguintes caractersticas:

a) seco transversal no inferior a 0.40 m (quarenta decmetros quadrados);

b) extremidade superior dotada de chapu protetor;

c) abertura, no compartimento, dotada de veneziana.

Art. 81- As edificaes devem dispor de sistema de circulao compatvel com a finalidade a que se destinem, adequado sua capacidade de utilizao e por meio de:

a) corredores para circulao horizontal;

b) escadas, rampas ou elevadores para circulao vertical.

1- Os vos, quando dotados de esquadrias, devero permitir a renovao do ar, em pelo menos cinqenta por cento da rea mnima exigida.

2- A rea das aberturas destinadas ventilao em qualquer compartimento no poder ser inferior a 0.80m, excetuando-se:

a) os casos de ventilao por dutos;

b) os sanitrios dotados, exclusivamente de vaso sanitrio e lavatrio, em edifcios residenciais e de escritrios, caso em que a rea poder ser reduzida at 0.25m.

3- Sero tolerados compartimentos resultantes da subdiviso de salas, em edifcios de escritrios e lojas, que no atendam o disposto neste artigo.

4- Sempre que a ventilao e iluminao dos compartimentos efetivar-se por vos localizados em reentrncias cobertas, a profundidade destas no poder ser maior do que sua largura, nem superior a dimenso do seu p-direito, exceto nos casos de lojas e sobrelojas cujos vos se localizarem sob marquises ou galerias cobertas.

5- Quando os vos se localizarem sob qualquer tipo de cobertura, a poro de rea externa aos mesmos ser somado `a rea dos compartimentos que por eles ventilam, para fins de dimensionamento.

6- Em cada compartimento, uma das vergas das aberturas, pelo menos distar do teto, no mximo, 1/7 do p direito deste compartimento, no ficando nunca de altura inferior a 2.10m, a contar do piso deste compartimento.

7- O uso de tijolos de vidros no poder ser computado como rea de iluminao e sua utilizao proibida na divisa. Quando usado em recuo com menos de metro e meio do limite do terreno, obedecer a disposio da Smula 120 do STF: Parede de tijolos de vidro translcido pode ser levantada a menos de metro e meio do prdio vizinho, no importando servido sobre ele.

Seo III

Dos dutos

Art. 82- Podero ser ventilados por dutos:

I - sanitrios;

II - circulaes;

III - depsitos condominiais e pequenos depsitos no caracterizados como pavilho

Art. 83- A ventilao natural por dutos verticais ser constituda de duto de tiragem, devendo ter abertura de entrada de ar na base e ser dimensionada pela frmula:

A = v/1.200m, onde;

A = rea mnima da seo de duto, (m);

V = somatrio dos volumes dos compartimentos que ventilam pelo duto, (m);

1- A menor dimenso dos dutos de ventilao natural, bem como de sua abertura de ventilao, dever ser no mnimo, de 0.10m.

2- Quando os dutos servirem a unidades autnomas distintas, devero ser dotadas de dispositivos de proteo acstica (chicanas).

Art. 84- Os dutos horizontais para ventilao natural devero atender as seguintes condies:

I - ter rea mnima de 0.025m;

II - ter comprimento mximo de 6.00m, exceto no caso de ser aberto nas duas extremidades, quando no haver limitao para o seu comprimento.

Art. 85- Quando a ventilao se fizer por processo mecnico, os dutos devero ser dimensionados conforme especificaes do equipamento a ser instalado.

CAPTULO X

Instalaes

Seo I

Instalaes telefnicas

Art. 86- As edificaes devero ser providas de tubulao para rede telefnica, de acordo com as normas vigentes da empresa prestadora do servio telefnico, quando os lotes forem servidos de rede telefnica.

nico: Excetua-se do disposto no caput deste artigo, as residncias unifamiliares e de um pavimento, cuja implantao da tubulao e rede telefnica ser de livre opo do proprietrio. (Vide Lei Municipal 028 de 20 jun 78)

Seo II

Instalaes de eletricidade e gs

Art. 87- As edificaes devero ter suas instalaes eltricas executadas de acordo com as prescries das Normas Brasileiras (NBR 5354 e NBR 6689) e do Regulamento de Instalaes Consumidoras da empresa distribuidora de energia eltrica.

Art. 88- As instalaes de gs nas edificaes devero ser executadas de acordo com as Normas Brasileiras (NBR 8613) e da legislao municipal especfica.

nico: Quando a consumo necessrio ultrapassar a utilizao de botijes de gs de 13 Kg, ser exigida a instalao de central de gs, conforme NB 107.

Seo III

Instalaes hidro-sanitrias

Art. 89- As edificaes devero ter instalaes hidro-sanitrias executadas de acordo com as prescries das Normas Brasileiras, da legislao municipal especfica e das normas da empresa prestadora do servio de abastecimento.

Art. 90- Os prdios abastecidos pela rede pblica de distribuio de gua devero ser dotados de instalao sanitria tendo no mnimo, para cada economia residencial distinta, a seguinte aparelhagem: um vaso sanitrio e um lavatrio e pontos de espera para: um chuveiro, uma pia de cozinha, um tanque para lavagem de roupa.

nico: Para os demais tipos de economia, a aparelhagem mnima ser de uma pia, um vaso sanitrio e um ponto para chuveiro.

Art. 91- obrigatria a construo de reservatrio inferior e instalao de bombas de recalque na edificao que tiver mais de 4 pavimentos acima do nvel mdio do logradouro onde se localiza o distribuidor pblico ou onde a presso da rua no atingir o ltimo andar onde se localizam as caixas de reservao superior.

Art. 92- O reservatrio superior ter capacidade igual a 80% do volume do consumo dirio terico e o inferior volume igual a 120% do mesmo consumo.

Art. 93- Nas edificaes, nas reas onde so servidas por rede de esgoto cloacal pblico, sero obrigatoriamente ligados os aparelhos sanitrios mesma, devendo se instalado o filtro anaerbico.

Art. 94- A fossa sptica, o filtro anaerbio e o poo absorvente, devero ser dimensionados de acordo com a NBR 7229, em rea aberta e de uso comum, com fcil acesso, e nas edificaes que no tenham espao fsico disponvel ou caractersticas topogrficas dentro do terreno - casos em que declividade favorvel ao escoamento dos dejetos assim obriga, ser permitido construir a fosso sptica na calada e com o devido Projeto Hidro-Sanitrio prevendo todas as etapas do escoamento, filtragem e decantao do material slido cloacal.

1- No caso da necessidade da utilizao de fossa sptica, filtro anaerbio e sumidouro, o rgo municipal competente dever ser comunicado antes do fechamento definitivo dos mesmos para proceder a fiscalizao do sistema de tratamento, como um todo, sendo expedido laudo de vistoria especfico.

2- O dimensionamento mnimo ser para um volume de contribuio igual a 1350 litros.

Seo IV

Instalaes para o escoamento de guas pluviais e de infiltrao

Art. 95- Os lotes, ao terem suas condies naturais alteradas, devero ser convenientemente preparados para dar escoamento das guas pluviais com medidas de controle da eroso.

1- Em nenhum caso ser permitido que o escoamento de guas pluviais, recolhidas ou provenientes de telhados, terraos, marquises, sacadas e outras superfcies de captao de guas pluviais , seja feita sobre o passeio pblico, devendo haver canalizao subterrnea ligando o lote sarjeta ou rede pluvial.

2- Igualmente no ser permitido que as guas pluviais provenientes das superfcies de captao referidas no "caput" deste artigo sejam lanadas sobre os lotes e construes lindeiras.

3- Excetua-se da proibio do pargrafo anterior, o escoamento das guas pluviais dos lotes em declive que estejam impossibilitados de atingir naturalmente a sarjeta ou rede pblica podendo assim passar nos lotes lindeiros sem depender da autorizao dos proprietrios destes, desde que canalizadas.

4- Estes proprietrios, entretanto, devero ser previamente informados da passagem da canalizao ou drenagem, definindo, em comum acordo, a localizao mais adequada para as mesmas.

5- As guas de lavagem de pisos e as provenientes da coleta do condensador do aparelhos de ar condicionado devero ser convenientemente canalizadas de forma a no prejudicar os transeuntes.

6- expressamente proibida a ligao das canalizaes de esgotamento de guas pluviais no sistema de esgoto cloacal e do esgoto cloacal na rede pblica pluvial, seja ele isolado ou rede pblica.

7- Devero ser obedecidas as determinaes da NB-611.

Seo V

Rampas

Art.96- Devero ser usadas rampas de acesso de pedestres e/ou deficientes fsicos ao pavimento em que se caracterize o acesso principal da edificao, obrigatoriamente, nos seguintes casos:

I- Em todas as edificaes em que houver obrigatoriedade de elevador;

II- Nas edificaes sem elevador, como acesso ao pavimento trreo, quando destinadas ao uso ou visitao pblica, exceto quando se tratar de pilotis ou estacionamento.

1- Ficaro dispensados do atendimento dos incisos I e II deste artigo, os terrenos com testada inferior a 12m.

2- Os terrenos com testada superior a 12.00m e com acentuado desnvel, podero ser dispensados da construo de rampa, a critrio do municpio, desde que comprovada a impossibilidade de execuo de rampa.

Art. 97- A largura das rampas ser de no mnimo 1.50m.

Art. 98- A declividade mxima das rampas de acesso ao saguo do elevador ser de no mximo 8%.

Art. 99- O piso das rampas e patamares dever ser antiderrapante, ou provido de faixas antiderrapantes, com salincias inferiores a 0.001m (um milmetro).

Art. 100- As rampas devero ser dotadas de guardas e corrimos nas mesmas condies exigidas para escadas.

Art. 101- As rampas devero ser contnuas entre patamares e nveis, sem interrupo por degraus.

Art. 102- Quando as rampas mudarem de direo, deve haver patamares intermedirios, destinados a descanso e segurana, cuja profundidade deve ser no mnimo igual a largura da rampa.

Seo VI

Instalaes sanitrias para o deficiente fsico

Art. 103- As edificaes de uso e visitao pblica que tenham sanitrios coletivos devero atender as seguintes exigncias

I - Em cada conjunto de sanitrios deve haver pelo menos uma pea adequada ao uso da pessoa deficiente. Os boxes individuais para as bacias sanitrias devem ter, no mnimo 1.40m de largura por 1.60m de comprimento.

II - Havendo mictrio do tipo valeta, deve ser adotado dispositivo adequado ao uso da pessoa deficiente.

III - No box para chuveiro admite-se desnvel mximo 0.015m, as portas dos boxes devem deixar um vo livre para entrada de 0.80m e devem abrir para fora, levando tranquetas que possam ser acionadas tambm pelo lado externo, em caso de emergncia.

IV - As bacias sanitrias devem ser colocadas a uma distncia de 0.46m do eixo da bacia parede lateral do boxe.

V - Os assentos das bacias devem estar a 0.46m de altura do piso.

VI - Os boxes devem ter barras de apoio com comprimento mnimo de 0.65m e dimetro de 0,03m firmemente afixadas nas paredes laterais, dispostas segundo inclinao de 45 em relao altura da bacia; tambm na parede do fundo deve ser colocada barra; estas devem guardar distncia das paredes de 0.04m; a barra da parede do fundo deve ser afixada no eixo da bacia, a 0.30m acima do assento.

Seo VII

Sinalizao

Art. 104- Deve existir sinalizao nas entradas principais das edificaes de acesso pblico, identificando que o local acessvel para pessoas portadoras de deficincia, bem como nos seguintes locais:

I - Circulaes internas (corredores, passagens, rampas, escadas e elevadores);

a) corredores e passagens; - quando houver um caminho especfico para o deficiente fsico, este deve ser sinalizado com o smbolo internacional de acesso;

b) rampas, escadas e elevadores; - nos acessos a estas circulaes verticais, quando adaptadas ao uso do deficiente fsico, ser necessria a identificao com o smbolo internacional de acesso;

II - Sanitrios; - os sanitrios acessveis ao uso do deficiente fsico devem ter fixado s suas portas de acesso o smbolo internacional de acesso;

III - Estacionamento;

IV - Os bebedouros, telefones pblicos, caixas de correio e outros equipamentos adequados ao uso do deficiente, devem ser identificados com o smbolo internacional de acesso.

V - Acesso de veculos s edificaes; - as edificaes devero ter suas entradas e sadas de veculos sinalizadas de acordo com o Regulamento do Cdigo Nacional de Trnsito - RCNT e legislao complementar pertinente.

Seo VIII

Espaos externos

Art. 105- As caladas, sempre que possvel, devem ser revestidas com materiais firmes, estveis e no escorregadios, contnuas e no interrompidas por degraus ou juntas no niveladas que alterem a continuidade do piso.

1- Devem ser eliminadas inclinaes nas caladas que dificultem o trnsito de pessoas deficientes.

2- O meio-fio (guias) das caladas deve ser rebaixado com rampa ligada faixa de travessia.

3- Plos de atrao que possuam rea prpria para estacionamento, devero ter pelo menos uma vaga especial reservada, para o estacionamento de veculos de pessoas portadoras de deficincias fsicas motoras, identificada atravs do smbolo internacional de acesso, pintado no solo e de sinalizao vertical.

Seo IX

Instalaes de pra-raios

Art. 106- Ser obrigatria a instalao de pra-raios, de acordo com as Normas Brasileiras (NBR 165), nas edificaes em que se reunam grande nmero de pessoas, tais como escolas, fbricas, quartis, hospitais, cinemas e assemelhados, bem como torres e chamins elevadas, em construes elevadas e muito expostas, em depsitos de explosivos e inflamveis, e em locais que contenham objetos de valor inestimvel.

nico: obrigatria a instalao de pra-raios em toda edificao com mais de 3 pavimentos, ou altura superior a 10 metros ou rea de projeo horizontal maior que 3.000m, ou ainda, de qualquer rea desde que destinada a:

Loja;

Mercados;

Supermercados;

Escolas;

Locais de reunies;

Edifcios garagem;

Tanques de armazenamentos de combustveis ou explosivos;

Terminais rodo-ferrovirios

e Fbricas.

.

Seo X

Elevadores

Art. 107- Ser obrigatria a instalao de, no mnimo, um elevador, nas edificaes em geral, que apresentarem entre o piso de pavimento de menor cota e o piso do pavimento de maior cota, distncia vertical superior a 10.00m.

1- Os projetos de edificao com instalao de elevadores devero vir acompanhados do clculo de trfego, o qual determinar a necessidade de mais de um elevador.

2- Quando o pavimento de menor cota situar-se totalmente em nvel superior ao passeio, as distncias verticais de que trata o presente artigo tero como referncia o nvel do passeio no alinhamento no ponto que caracteriza o acesso principal edificao.

3- Essas distncias podero, no entanto, ser referidas superior e inferiormente a um pavimento intermedirio quando esse pavimento ficar caracterizado como acesso principal edificao, sem prejuzo, contudo, do que dispe o pargrafo anterior.

4- A referncia do nvel inferior ser o da soleira de entrada da edificao, e no do passeio, no caso de edificaes que fiquem suficientemente recuadas do alinhamento desde que, esta diferena de nvel possa ser vencida atravs de rampas, com declividade de at dez por cento.

5- Para efeito do clculo destas distncias verticais, os entrepisos sero considerados com uma espessura de 0.15m.

Art. 108- No clculo das distncias verticais no sero computados:

I - o ltimo pavimento quando for de uso exclusivo do penltimo ou destinado a dependncias de uso comum ou dependncias do zelador;

II - Os pavimentos em subsolo, desde que sejam garagem ou dependncias de uso comum.

Art. 109- Sempre que for necessria a instalao de elevadores, estes devero percorrer toda a distncia vertical que for medida para apurar-se a necessidade ou no de seu emprego.

Art. 110- Os elevadores no podero constituir o meio exclusivo de acesso aos diversos pavimentos de uma edificao.

Art. 111- A exigncia de instalao de elevadores, de acordo com o disposto nos artigos anteriores, extensiva s edificaes que forem acrescidas no nmero de seus pavimentos.

Art. 112- A instalao de elevadores, em qualquer caso, obedecer as Normas Brasileiras (NBR 7192).

Art. 113- Os edifcios mistos devero ser servidos por elevadores exclusivos para atividade residencial, e exclusivos para comercial e servios, devendo o clculo de trfego ser feito separadamente.

TTULO III

HABITAES COLETIVAS EM GERAL

Art. 114- Os prdios destinados habitao coletiva, como pensionatos, internatos, mosteiros, conventos, residenciais geritricos e assemelhados, alm das disposies do presente Cdigo que lhes forem aplicveis devero ter instalaes sanitrias, quando coletivas, separadas por sexo na proporo de um conjunto de vaso e lavatrio (e mictrio quando masculino) para cada 05 pessoas, e um local para chuveiro para cada 10 pessoas, calculados razo de uma pessoa para cada 4.00m de rea de dormitrio.

Captulo I

Prdios Residenciais Multifamiliares

Art. 115- Nos prdios residenciais multifamiliares s podero existir conjuntos comerciais (escritrios, consultrios), ocupando ou no pavimentos distintos desde que com acessos e circulaes independentes dos destinados aos conjuntos residenciais, salvo quando o hall de acesso ao conjunto residencial se der por galeria comercial.

Art. 116- Os edifcios residenciais devero ter:

I - estrutura e entrepisos resistentes ao fogo;

II - materiais e elementos da construo de acordo com os artigos n s 44 e 45;

III - circulao de uso condominial de acordo com os artigos ns 62 e 63;

IV - iluminao e ventilao de acordo com os artigos 81 ao 89;

V - instalao e equipamentos atendendo aos artigos ns 94 ao 114;

VI - instalaes sanitrias de servios composta de, no mnimo, vaso sanitrio, lavatrio e local para chuveiro dimensionado de acordo com o art. 127;

VII - no pavimento de acesso, caixa receptora de correspondncia de acordo com as normas da ECT;

VIII - Depsito para guarda de lixo ensacado, localizado no pavimento trreo.

IX - Garagens devero atender ao disposto no artigo 161.

Art. 117- Cada unidade autnoma ser constituda por compartimentos principais, um sanitrio, uma cozinha e uma lavanderia, cujas reas teis somadas determinaro a rea mnima til da unidade.

1- As unidades autnomas devero ter reas teis mnimas:

a) 1 (um) dormitrio com rea mnima de 12.00 m (doze metros quadrados);

b) 1 (uma) sala com rea mnima de 9.00 m (nove metros quadrados);

c) 1 (um) sanitrio com chuveiro para banho;

d) 1 (uma) cozinha com 1 (uma) pia de servio;

e) 1 (um) tanque para lavar roupas sob cobertura ou telheiro.

2- A sala e o dormitrio podero constituir um nico compartimento desde que este tenha rea mnima de 15.00 m (quinze metros quadrados).

3- Nas edificaes do tipo popular, denominadas habitao popular ou apartamento popular, quando integrarem conjunto habitacional, admitem-se reas mnimas de 9.00 m (nove metros quadrados) para o dormitrio e 3.00 m (trs metros quadrados) para a cozinha.

Art. 118- Os compartimentos principais devero ter p-direito mnimo de 2.60m.

Art. 119- Os sanitrios devero ter, no mnimo, o seguinte:

I - p-direito de 2.20m;

II - pisos e paredes revestidos at a altura de 1.50m com material liso, lavvel, impermevel e resistente;;

III - vaso sanitrio e lavatrio;

IV - dimenses tais que permitam a instalao dos aparelhos, garantindo:

a) acesso aos mesmos, com largura no inferior a 0.60m;

b) afastamento de 0.15m entre os mesmos;

c) afastamento de 0.20m entre a lateral dos aparelhos e a paredes,

1- Para fins do dimensionamento dos sanitrios sero consideradas as seguintes medidas mnimas:

Lavatrio

= 0.50m x 0.40m

Vaso e bid

= 0.40m x 0.60m

Local para chuveiro = 0.80m x 0.80m.

2- obrigatria a previso de local para chuveiro em, no mnimo, um dos sanitrios da unidade autnoma.

Art. 120- As cozinhas devero ter, no mnimo, o seguinte:

I - p-direito de 2.60m;

II - pisos e paredes revestidos at a altura de 1.50m com materiais lisos, lavveis, impermeveis e resistentes;

III - dimenses tais que permitam a instalao de um refrigerador, um fogo e um balco para pia, garantindo acesso aos mesmos com largura no inferior a 0.80m.

nico: Para fins do dimensionamento das cozinhas sero consideradas as seguintes medidas mnimas:

Refrigerador

= 0.70m x 0.70m

Fogo

= 0.65m x 0.65m

Balco para pia =1.20m x 0.60m

Art. 121- As lavanderias devero ter, no mnimo, o seguinte:

I - p-direito de 2.40m;

II - pisos e paredes revestidos at a altura de 1.50m com materiais lisos, lavveis, impermeveis e resistentes.

III - dimenses tais que permitam a instalao do tanque, mquina de lavar roupas e, quando no houver instalao centralizada, espao para 2 botijes de gs (13Kg), garantindo acesso aos mesmos com largura mnima de 0.60m.

1- Para fins de dimensionamento das lavanderias sero consideradas as seguintes medidas mnimas:

Tanque

=

0.70m x 0.50m

Mquina de lavar =

0.60m x 0.60m

Botijo de gs =

0.40m x 0.40m

2- Quando o vo para ventilao da lavanderia for provido de janela, esta dever ser dotada de ventilao superior, permanente, devendo apresentar abertura inferior.

Art. 122- A lavanderia poder ser substituda por espao, integrado cozinha, que comporte o total de aparelhos exigidos.

Art. 123- A cozinha poder ser integrada em um compartimento principal.

1- O espao reservado cozinha quando integrado a um compartimento principal dever ter ventilao natural ou por dutos, aceitando-se o processo mecnico.

2- As unidades com um compartimento principal devero obedecer ao disposto nos incisos III e pargrafo nico do artigo 128 e, quando com lavanderia integrada, tambm ao disposto no inciso III do artigo 129.

3- No poder haver integrao da cozinha a um compartimento principal, quando esta contiver a lavanderia.

Art. 124- Em qualquer caso, as instalaes de gs nas unidades autnomas (botijes, foges, aquecedores, etc.) devero atender s disposies de legislao especfica.

Art. 125- As lavanderias das unidades autnomas podero ser substitudas por lavanderia coletiva, dimensionadas razo de um tanque para cada cinco unidades autnomas ou frao.

nico: Metade do nmero de tanques poder ser substituda por equivalente nmero de mquinas de lavar.

CAPTULO II

Edificaes No Residenciais

Seo I

Condies gerais

Art. 126- So edificaes no residenciais, aquelas destinadas instalao de atividades comerciais, de prestao de servios, industriais e institucionais.

Art. 127- As edificaes no residenciais devero ter:

I - p-direito mnimo de 3.00m no pavimento trreo e de 2.60m nos demais pavimentos.

II - estrutura e entrepisos resistentes ao fogo;

III - quando com mais de uma unidade autnoma e acesso comum:

a) vestirio com local para chuveiro, vaso sanitrio e lavatrio;

b) caixa receptora de correspondncia de acordo com as normas da ECT, localizada no pavimento de acesso.

IV - depsito para guarda de lixo ensacado, localizado no pavimento trreo.

nico: Sero dispensadas da exigncia do Art. 87 4, as edificaes dotadas de instalao central de ar-condicionado, com gerador eltrico prprio e iluminao artificial conveniente.

Art. 128- Nas edificaes em que houver atividades que incluam manipulao de leos e graxas, tais como servios de lavagem e/ou lubrificao, oficinas mecnicas em geral, retificadoras de motores, alm das disposies do artigo anterior, dever ser instalada caixa separadora de leo e gua.

1- As guas provenientes da lavagem de veculos e/ou lavagem de piso dos locais de abastecimento e troca de leo e de quaisquer locais que manipulem leos e graxas, devem ser canalizadas para a caixa separadora de leo e gua.

2- No permitida a ligao das redes pluvial e/ou cloacal nas canalizaes acima referidas, montante da caixa separadora de leo e gua.

3- A caixa separadora de leo e gua deve ter tampa de fcil remoo, que permita acesso a todos os compartimentos para vistoria e manuteno peridica, admitindo-se, em locais cobertos o uso de tampas vazadas.

Art. 129- Os sanitrios devero ter no mnimo:

I - p-direito mnimo de 2.20m;

II - piso e parede at a altura mnima de 1.80m, revestidos com material liso, lavvel, impermevel e resistente;

III - vaso sanitrio e lavatrio;

IV - quando coletivos, um conjunto de acordo com a norma NB-833 e NBR9050/85 ou outras que as vierem substituir;

V - incomunicabilidade direta com cozinhas;

VI - dimenses tais que permitam a instalao dos aparelhos garantindo:

a) acesso aos mesmos, com largura no inferior a 0.60m;

b) afastamento de 0.15m entre os mesmos;

c) afastamento de 0.20m entre a lateral dos aparelhos e paredes.

nico: Para fins do dimensionamento dos sanitrios sero consideradas as seguintes medidas mnimas:

Lavatrio

=

0.50m x 0.40m

Vaso e bid

=

0.40m x 0.60m

Local para chuveiro=

0.80m x 0.80m

Mictrio tipo calha=

0.60m por unidade

Art. 130- Refeitrios, cozinhas, copas, depsitos de gneros alimentcios (despensas), lavanderias e ambulatrios devero:

I - ser dimensionados conforme equipamento especfico;

II - ter piso e paredes at a altura mnima de 2.00m, revestidos com material liso, lavvel, impermevel e resistente;

Art. 131- As reas de estacionamento descobertas em centros comerciais, supermercados, pavilhes, ginsios e estdios devero:

I - ser arborizadas;

II - quando pavimentadas, ter sistema de drenagem pluvial;

Seo II

Escritrios, consultrios e congneres.

Art. 132- Os edifcios de escritrios, consultrios ou congneres, alm das disposies aplicveis deste Cdigo devero:

I - ter portaria quando a edificao contar com mais de 20 salas ou conjuntos;

II - ter, no mnimo, um compartimento principal com rea til de 12.00m por unidade autnoma;

III - ter em cada pavimento, sanitrio coletivo separado por sexo, sendo o nmero total calculado na proporo de um conjunto de vaso, lavatrio (e mictrio quando masculino), para cada grupo de 20 pessoas ou frao, na razo de uma pessoa para cada 20.00m de rea de sala.

1- Quando houver sanitrios privativos em todas as unidades autnomas sero dispensados os sanitrios coletivos.

2- Ser exigido apenas um sanitrio nos conjuntos e unidades autnomas com rea mxima de 150.00m.

Seo III

Lojas, galerias comerciais, centros comerciais e congneres.

Art. 133- As lojas, galerias comerciais, centros comerciais e congneres, alm de atenderem as demais disposies aplicveis deste Cdigo, devero ter instalaes sanitrias separadas por sexo, na proporo de um conjunto de vaso, lavatrio (e mictrio quando masculino), calculados na razo de um sanitrio para cada 20 pessoas ou frao, sendo o nmero de pessoas calculado razo de uma pessoa para cada 15.00m de rea de piso de salo;

nico: Ser exigido apenas um sanitrio nas lojas que no ultrapassarem 75.00 m.

Seo IV

Hotis e congneres

Art. 134- As edificaes destinadas a hotis e congneres, alm das determinaes aplicveis deste Cdigo, devero:

I - ter vestbulo com local para instalao de portaria;

II - ter local para guarda de bagagens;

III - ter elevador quando com mais de 3 pavimentos;

IV - ter os compartimentos destinados a alojamento atendendo:

a) quando na forma de apartamentos, ao prescrito no artigo 125, excluindo-se cozinhas e lavanderias;

b) quando na forma de dormitrios isolados, rea mnima de 9.00m;

V - ter em cada pavimento, instalaes sanitrias separadas por sexo, na proporo de um vaso sanitrio, um local para chuveiro e um lavatrio, no mnimo, para cada grupo de 03 dormitrios que no possuam sanitrios privativos;

VI - ter vestirios e instalaes sanitrias de servio, separadas por sexo, composta de, no mnimo, vaso sanitrio, lavatrio e local para chuveiro;

nico: Os dormitrios que no dispuserem de instalaes sanitrias privativas devero possuir lavatrio.

Seo V

Escolas

Art. 135- As edificaes destinadas a escolas, alm das determinaes aplicveis deste Cdigo, devero:

I - ter instalaes sanitrias obedecendo s seguintes propores:

a) masculino:

um vaso sanitrio e um lavatrio para cada 50 alunos;

um mictrio para cada 25 alunos;

b) feminino:

um vaso sanitrio para cada 20 alunas;

um lavatrio para cada 50 alunas;

c) funcionrios e professores:

um conjunto de lavatrio,

vaso sanitrio e

local para chuveiro para cada grupo de 20;

II - garantir fcil acesso para portadores de deficincia fsica s dependncias de uso coletivo, administrao e a 2% das salas de aula e sanitrios, devendo haver, no mnimo, um por sexo.

Art. 136- Nas escolas de 1 e 2 graus devero ser previstos locais de recreao descobertos atendendo ao seguinte:

I - local descoberto com rea mnima igual a duas vezes a soma das reas teis das salas de aula, devendo o mesmo apresentar perfeita drenagem;

II - local de recreao coberto com rea mnima igual a 1/3 da soma das reas teis das salas de aula.

nico: No sero considerados corredores e passagens como local de recreao coberto.

Art. 137- As escolas de 1 e 2 graus devero possuir, no mnimo, um bebedouro para cada 150 alunos.

Art. 138- As salas de aula devero satisfazer as seguintes condies:

I - p-direito mnimo de 3.00m;

II - nas escolas de 1 e 2 graus:

a) comprimento mximo de 8.00m;

b) largura no excedente a 2.5 vezes a distncia do piso verga das janelas principais;

c) rea calculada razo de 1.20m no mnimo, por aluno.

III - devero ter ventilao cruzada, ou seja, com janelas situadas em faces opostas, proporcionando a necessria troca de ar, dimensionada conforme anexo 1.

nico: Poder ser reduzido para 2.60m o p direito nas seguintes atividades:

I- Escolas de arte e artesanato, de idiomas, de cultura geral, de cultura estrangeira;

II- Escolas para excepcionais, deficientes visuais e auditivos, etc.

Seo VI

Creches, maternais e jardins de infncia.

Art. 139- As edificaes destinadas a creches, maternais e jardins de infncia, alm determinaes aplicveis deste Cdigo, devero atender ao seguinte: A instalao sanitria infantil obrigatria em todos os pavimentos em que houver salas de atividades, tendo acesso por circulao fechada.

Art. 140- As salas de atividades e berrio devero seguir as determinaes do art. 146 inciso III.

Art. 141- Dever ser garantido o acesso ao pavimento trreo, atravs de rampa, aos portadores de deficincia fsica.

Seo VII

Cinemas, teatros, auditrios e assemelhados.

Art. 142- As edificaes destinadas a cinemas, teatros, auditrios e assemelhadas, alm das determinaes aplicveis deste Cdigo, devero:

I - ter instalaes sanitrias separadas por sexo, com fcil acesso, atendendo as seguintes propores mnimas, nas quais "L" representa a lotao:

Homens :Vasos L/450

Lavatrios L/450

Mictrios L/550

Mulheres : Vasos L/450

Lavatrios L/450

II - a quantidade mnima de equipamentos sanitrios ser de duas unidades de cada.

III - ter instalao sanitria de servio composta, no mnimo, de vaso, lavatrio e local para chuveiro;

IV - ter os corredores completa independncia, relativamente s economias contguas e superpostas;

V - ter sala de espera contgua e de fcil acesso sala de espetculos com rea mnima de 0.20m por pessoa, calculada sobre a capacidade total;;

VI - ser equipados, no mnimo, com renovao mecnica de ar;

VII - ter instalao de energia eltrica de emergncia;

VIII - ter isolamento acstico;

IX - ter acessibilidade em 2% das acomodaes e dos sanitrios para portadores de deficincia fsica;

nico: Em auditrios de estabelecimentos de ensino, poder ser dispensada a exigncia dos incisos I, II, IV e VI devendo haver possibilidade de uso dos sanitrios existentes em outras dependncias do prdio.

Seo VIII

Templos

Art. 143- As edificaes destinadas a templos, alm das determinaes aplicveis deste Cdigo, devero:

I - ter vos que permitam ventilao atendendo o prescrito nos Art. 87 ao 89;

II - ter instalaes sanitrias para uso pblico, separadas por sexo, com fcil acesso, composta de vaso e lavatrio, na proporo do exigido nos incisos I e III do artigo 153.

Seo IX

Ginsios

Art. 144- Os ginsios, com ou sem arquibancadas, so edificaes destinadas prtica de esportes.

Art. 145- Os ginsios, alm das determinaes aplicveis deste Cdigo, devero:

I - ter instalao sanitria para uso pblica, separada por sexo, com fcil acesso, nas seguintes propores, nas quais "L" representa a lotao:

Homens Vasos L/450

Lavatrios L/400

Mictrios L/200

Mulheres Vasos L/400

Lavatrios L/400

II - ter instalaes sanitrias p