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ANO 46 - Nº 10.439 www.ribeiraopreto.sp.gov.br Diário Oficial ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - SP Quinta-feira, 03 de Maio de 2018 LEI COMPLEMENTAR Nº 2.866 DE 27 DE ABRIL DE 2018 DISPÕE SOBRE A REVISÃO DO PLANO DIRETOR IM- PLANTADO PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 501, DE 31 DE OUTUBRO DE 1995 E MODIFICADO PELA LEI COMPLE- MENTAR Nº 1.573, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2003, NA FORMA QUE ESPECIFICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou o Projeto de Lei Complementar nº 68/2017, de autoria do Executivo Munici- pal eu promulgo a seguinte lei: CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO Artigo 1º - Fica, pela presente Lei Complementar, revisado o Plano Diretor do Município de Ribeirão Preto outrora instituí- do pela Lei Complementar nº 501, de 31 de outubro de 1995 e modificado pela Lei Complementar nº 1.573, de 21 de no- vembro de 2003, como instrumento normativo básico da po- lítica de desenvolvimento, que visa integrar e orientar a ação dos agentes públicos e privados na produção e gestão sus- tentável da cidade, de modo promover a prosperidade e o bem-estar individual e coletivo. Parágrafo Único - O Plano Diretor é parte integrante do pro- cesso contínuo de planejamento urbano construído com a participação da coletividade e engloba todo o território, for- mado pela parcela urbana e pela parcela rural. Artigo 2º - Entende-se por Desenvolvimento Urbano o pro- cesso de transformação das condições socioeconômicas, legais e físico-ambientais das áreas urbanas, a partir de ações promovidas por agentes públicos e privados, envolvendo a provisão de infraestrutura e melhoria dos serviços públicos e equipamentos urbanos, e a geração de emprego e renda com vistas à equidade social, à justa distribuição dos investimen- tos públicos na cidade, à sustentabilidade ambiental, à uni- versalização do acesso à terra urbanizada e bem localizada a todos e à criação de condições de moradia digna. CAPÍTULO II DOS OBJETIVOS E DAS DIRETRIZES GERAIS Artigo 3º - O Plano Diretor de Ribeirão Preto tem como prin- cípios básicos: I - a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes; II - a garantia da dignidade urbana e do bem-estar da so- ciedade; III - a preservação, conservação e recuperação do meio am- biente; IV - o ordenamento do desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana; V - a universalização do direito à cidade; VI - a universalização da mobilidade e acessibilidade; VII - a sustentabilidade financeira e socioambiental da polí- tica urbana; VIII - a gestão democrática e controle social; IX - o estabelecimento de critérios ecológicos e de justiça so- cial para a orientação do pleno desenvolvimento das diver- sas funções sociais da cidade e da propriedade; X - o estímulo ao desenvolvimento econômico, ao empreen- dedorismo e a geração de emprego e renda; XI - a busca pela eficiência e eficácia no uso dos recursos públicos, tendo como meta maximizar os serviços prestados aos cidadãos; XII - a busca pela permanente adequação dos serviços públicos às novas tecnologias, priorizando as que aumentam a eficácia da gestão municipal e as que democratizam o acesso dos cidadãos aos serviços e informações do poder público municipal; SR. DUARTE NOGUEIRA, PREFEITO MUNICIPAL DE RI- BEIRÃO PRETO, NA FORMA DA LEI, RESUMO DE PORTARIAS PORTARIA Nº 0493 DE 23 DE ABRIL DE 2018 Em virtude da manutenção de serviços, nomeia e empossa, os Senhores abaixo relacionados, no cargo efetivo de Médi- co Clínico Geral, nível 18.1.01 em virtude de suas aprova- ções no Concurso Público nº 001/16, homologado em 21 de dezembro de 2016, ficando lotados na Secretaria Municipal da Saúde, vinculados ao Regime Jurídico Estatutário, nos termos da Lei Complementar Municipal nº 140 de 22 de julho de 1992, que instituiu o Regime Jurídico Único para os ser- vidores da Administração Direta, Indireta e Autárquica, con- forme segue: NOME R.G. Nº PIS/PASEP Nº CL. A PARTIR DE FERNANDO AQUILINI 32.008.648-3 19055791353 015º 09/04/2018 DE AGUIAR SILVIA RENATA NISHIBE 26.485.978-9 19018011943 025º 16/04/2018 KAMIJO DA ROCHA LORNA LANNE 11.410.753 19032846119 030º 02/05/2018 CASTRO ALVES DANILO DE PADUA 5.355.134 17061376072 032º 16/04/2018 GRILLO PATRICIA SOARES 64.237.611-6 12699231586 034º 16/04/2018 PEREIRA LIMA Publicado novamente por incorreção. PORTARIA Nº 0526 DE 02 DE MAIO DE 2018 Altera, a partir da publicação desta, a portaria nº 0410 de 04 de abril de 2018, publicada no D.O.M. de 05 de abril de 2018, referente a composição do CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICA CULTURAL, conforme segue: I - Poder Público: Secretaria Municipal da Fazenda Onde se lê: Suplente: Claudia Benedini Strini Beja Leia-se: Suplente: Claudia Benedini Strini Portinari Beja III - Sociedade Civil Eletiva: Patrimônio Cultural Exclui: Suplente: Lilian Rodrigues de Oliveira Rosa Inclui: Suplente: Adriana Silva PORTARIA Nº 0527 DE 02 DE MAIO DE 2018 Concede afastamento, nos dias 02, 03, 04 e 07 de maio de 2018, ao Sr. CARLOS CEZAR BARBOSA, R.G. nº 13.072. 894, código funcional nº 41.982-3, ocupante do cargo de Se- cretário Municipal de Assistência Social, devendo ser subs- tituído pelo Sr. JOSÉ CARLOS MARTINS, R.G. nº 17.203.799- 2, código funcional nº 25.335-6, Técnico em Contabilidade, regido pelo regime jurídico estatutário, cumulativamente com o cargo de provimento em comissão de Diretor do Departa- mento de Gestão Administrativa e Financeira, da Secretaria Municipal de Assistência Social. CUMPRA-SE DUARTE NOGUEIRA Prefeito Municipal UE 02.06.40 Gabinete do Prefeito Gabinete do Prefeito Municipal PODER EXECUTIV PODER EXECUTIV PODER EXECUTIV PODER EXECUTIV PODER EXECUTIVO

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ANO 46 - Nº 10.439 www.ribeiraopreto.sp.gov.br

Diário OficialÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - SP

Quinta-feira, 03 de Maio de 2018

LEI COMPLEMENTAR Nº 2.866DE 27 DE ABRIL DE 2018

DISPÕE SOBRE A REVISÃO DO PLANO DIRETOR IM-PLANTADO PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 501, DE 31 DEOUTUBRO DE 1995 E MODIFICADO PELA LEI COMPLE-MENTAR Nº 1.573, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2003, NAFORMA QUE ESPECIFICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.Faço saber que a Câmara Municipal aprovou o Projeto de LeiComplementar nº 68/2017, de autoria do Executivo Munici-pal eu promulgo a seguinte lei:

CAPÍTULO IDA DEFINIÇÃO

Artigo 1º - Fica, pela presente Lei Complementar, revisado oPlano Diretor do Município de Ribeirão Preto outrora instituí-do pela Lei Complementar nº 501, de 31 de outubro de 1995e modificado pela Lei Complementar nº 1.573, de 21 de no-vembro de 2003, como instrumento normativo básico da po-lítica de desenvolvimento, que visa integrar e orientar a açãodos agentes públicos e privados na produção e gestão sus-tentável da cidade, de modo promover a prosperidade e obem-estar individual e coletivo.Parágrafo Único - O Plano Diretor é parte integrante do pro-cesso contínuo de planejamento urbano construído com aparticipação da coletividade e engloba todo o território, for-mado pela parcela urbana e pela parcela rural.Artigo 2º - Entende-se por Desenvolvimento Urbano o pro-cesso de transformação das condições socioeconômicas,legais e físico-ambientais das áreas urbanas, a partir de açõespromovidas por agentes públicos e privados, envolvendo aprovisão de infraestrutura e melhoria dos serviços públicos eequipamentos urbanos, e a geração de emprego e renda comvistas à equidade social, à justa distribuição dos investimen-tos públicos na cidade, à sustentabilidade ambiental, à uni-versalização do acesso à terra urbanizada e bem localizadaa todos e à criação de condições de moradia digna.

CAPÍTULO IIDOS OBJETIVOS E DAS DIRETRIZES GERAIS

Artigo 3º - O Plano Diretor de Ribeirão Preto tem como prin-cípios básicos:I - a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes;II - a garantia da dignidade urbana e do bem-estar da so-ciedade;III - a preservação, conservação e recuperação do meio am-biente;IV - o ordenamento do desenvolvimento das funções sociaisda cidade e da propriedade urbana;V - a universalização do direito à cidade;VI - a universalização da mobilidade e acessibilidade;VII - a sustentabilidade financeira e socioambiental da polí-tica urbana;VIII - a gestão democrática e controle social;IX - o estabelecimento de critérios ecológicos e de justiça so-cial para a orientação do pleno desenvolvimento das diver-sas funções sociais da cidade e da propriedade;X - o estímulo ao desenvolvimento econômico, ao empreen-dedorismo e a geração de emprego e renda;XI - a busca pela eficiência e eficácia no uso dos recursospúblicos, tendo como meta maximizar os serviços prestadosaos cidadãos;XII - a busca pela permanente adequação dos serviçospúblicos às novas tecnologias, priorizando as que aumentama eficácia da gestão municipal e as que democratizam oacesso dos cidadãos aos serviços e informações do poderpúblico municipal;

SR. DUARTE NOGUEIRA, PREFEITO MUNICIPAL DE RI-BEIRÃO PRETO, NA FORMA DA LEI,

RESUMO DE PORTARIASPORTARIA Nº 0493DE 23 DE ABRIL DE 2018

Em virtude da manutenção de serviços, nomeia e empossa,os Senhores abaixo relacionados, no cargo efetivo de Médi-co Clínico Geral, nível 18.1.01 em virtude de suas aprova-ções no Concurso Público nº 001/16, homologado em 21 dedezembro de 2016, ficando lotados na Secretaria Municipalda Saúde, vinculados ao Regime Jurídico Estatutário, nostermos da Lei Complementar Municipal nº 140 de 22 de julhode 1992, que instituiu o Regime Jurídico Único para os ser-vidores da Administração Direta, Indireta e Autárquica, con-forme segue:NOME R.G. Nº PIS/PASEP Nº CL. A PARTIR DEFERNANDO AQUILINI 32.008.648-3 19055791353 015º 09/04/2018DE AGUIARSILVIA RENATA NISHIBE 26.485.978-9 19018011943 025º 16/04/2018KAMIJO DA ROCHALORNA LANNE 11.410.753 19032846119 030º 02/05/2018CASTRO ALVESDANILO DE PADUA 5.355.134 17061376072 032º 16/04/2018GRILLOPATRICIA SOARES 64.237.611-6 12699231586 034º 16/04/2018PEREIRA LIMA

Publicado novamente por incorreção.

PORTARIA Nº 0526DE 02 DE MAIO DE 2018

Altera, a partir da publicação desta, a portaria nº 0410 de 04de abril de 2018, publicada no D.O.M. de 05 de abril de 2018,referente a composição do CONSELHO MUNICIPAL DEPOLÍTICA CULTURAL, conforme segue:I - Poder Público:Secretaria Municipal da FazendaOnde se lê: Suplente: Claudia Benedini Strini BejaLeia-se: Suplente: Claudia Benedini Strini Portinari BejaIII - Sociedade Civil Eletiva:Patrimônio CulturalExclui: Suplente: Lilian Rodrigues de Oliveira RosaInclui: Suplente: Adriana Silva

PORTARIA Nº 0527DE 02 DE MAIO DE 2018

Concede afastamento, nos dias 02, 03, 04 e 07 de maio de2018, ao Sr. CARLOS CEZAR BARBOSA, R.G. nº 13.072.894, código funcional nº 41.982-3, ocupante do cargo de Se-cretário Municipal de Assistência Social, devendo ser subs-tituído pelo Sr. JOSÉ CARLOS MARTINS, R.G. nº 17.203.799-2, código funcional nº 25.335-6, Técnico em Contabilidade,regido pelo regime jurídico estatutário, cumulativamente como cargo de provimento em comissão de Diretor do Departa-mento de Gestão Administrativa e Financeira, da SecretariaMunicipal de Assistência Social.

CUMPRA-SEDUARTE NOGUEIRA

Prefeito MunicipalUE 02.06.40

Gabinete do PrefeitoGabinete do Prefeito Municipal

PODER EXECUTIVPODER EXECUTIVPODER EXECUTIVPODER EXECUTIVPODER EXECUTIVOOOOO

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Diário Oficial22222 Quinta-feira, 03 de Maio de 2018RIBEIRÃO PRETO - SP

Diário OficialÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - SP

Lei nº 1.482 de 20/novembro/1964Lei nº 2.591 de 10/janeiro/1972

Imprensa Oficial doMunicípio de Ribeirão Preto

ANTÔNIO DUARTE NOGUEIRA JÚNIORPrefeito Municipal

Guatabi Bernardes Costa BortolinDiretora Superintendente Coderp

Antonio Augusto Sousa SilveiraJornalista Responsável - MTb 19.077-SP

Carlos Cesar Pires de Sant'AnnaGerente da Imprensa Oficial

Telefones

www.ribeiraopreto.sp.gov.br

PODER EXECUTIVO Gabinete do Prefeito (Portarias, Ofícios, Leis Ordinárias, Leis Complementares, Decretos, Resoluções.)ADMINISTRAÇÃO DIRETA Secretarias Municipais (Portarias, Ofícios, Resoluções)ADMINISTRAÇÃO INDIRETA Autarquias, Empresas Públicas, Fundações e Sociedade de Economia Mista. (Portarias, Ofícios, Resoluções)LICITAÇÕES E CONTRATOS (Atos da Administração Direta e Indireta)CONCURSOS PÚBLICOS (Atos da Administração Direta e Indireta)PODER LEGISLATIVO (Atos Gerais)INEDITORIAIS (Diversos de terceiros)

Índice sequencial

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Administração/EditoraçãoRua Saldanha Marinho, 834 - CentroCep 14010-060 - Ribeirão Preto - SP

Coderp PABX (16) 3977-8300Imprensa Oficial (16) 3977-8290

Pesquisa Ediçõeswww.coderp.com.br/J015/diario.xhtml

XIII - a proteção do direito constitucional à propriedade desdeque não entre em conflito com outras previsões legais queestabeleçam sua função social;XIV - a busca por soluções e parcerias que viabilizem inves-timentos privados que contribuam para o desenvolvimentoeconômico e social da cidade, inclusive para construção deaeroportos, observando os princípios da oportunidade econveniência.§ 1º - Para fins de aplicação desta lei, função social da cidadeé o direito de todo cidadão ter acesso à moradia, à mobilida-de urbana e ao transporte público, ao saneamento básico, àenergia elétrica, à iluminação pública, à saúde, à educação,à segurança, à cultura, ao lazer, à recreação e à preserva-ção, proteção e recuperação dos patrimônios ambiental, pai-sagístico, arquitetônico e cultural da cidade, assim como aodireito de empreender e às oportunidades de trabalho, em-prego e renda.§ 2º - A função social da cidade será garantida:I - pela promoção da qualidade de vida e do meio ambiente;II - pelo controle, preservação e recuperação e conservaçãodos bens socioambientais;III - pela geração de oportunidades de trabalho e renda quepermitam o acesso à moradia ou à terra, bem como aos bense serviços essenciais ao bem-estar familiar;IV - pelo controle público sobre o uso e a ocupação do espaçoda cidade;V - pela prioridade na elaboração e execução de programas,planos e projetos para grupos de pessoas que se encontremem situações de risco, vulneráveis e desfavorecidas;VI - pela integração das políticas públicas de desenvolvimen-to sustentável municipal e regional;VII - pela integração das políticas públicas de desenvolvi-mento sustentável urbano e rural;VIII - pela cooperação, diversificação e atratividade, visandoao enriquecimento cultural da cidade;IX - pela gestão democrática, participativa, descentralizadae transparente;X - pela integração de ações públicas e privadas.§ 3º - A função social da propriedade será cumprida quandoo exercício do direito a ela inerente se submeterem aos in-teresses coletivos.§ 4º - A propriedade urbana cumprirá sua função socialquando simultaneamente atender:I - às determinações constantes no Plano Diretor e demaislegislações correlatas;II - aos objetivos e estratégias de desenvolvimento definidosno Plano Diretor;III - à preservação, ao controle e à recuperação e conserva-ção do meio ambiente e do patrimônio cultural, histórico,paisagístico e arqueológico;IV - aos parâmetros urbanísticos definidos pelo ordenamentoterritorial determinado neste Plano Diretor e na Lei de Par-

celamento, Uso e Ocupação do Solo, garantindo que a inten-sidade de uso seja adequada à disponibilidade da infraes-trutura urbana, de equipamentos e serviços públicos.§ 5º - A propriedade rural cumprirá sua função social quandohouver a correta utilização econômica da terra, de modo aatender ao bem-estar social da coletividade, à promoção dajustiça social e à preservação do meio ambiente.Artigo 4º - O não cumprimento do disposto nos parágrafosanteriores, por ação ou omissão, configura descumprimentoda função social da cidade e da propriedade, sem prejuízo dodisposto na Lei Federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.Artigo 5º - São objetivos estratégicos do Plano Diretor e daPolítica de Desenvolvimento Municipal:I - respeitar o Macrozoneamento Ambiental e o Macrozonea-mento Urbanístico do município compatibilizando o uso e aocupação do solo com a proteção do meio ambiente naturale construído, propiciando melhores condições de acesso àterra, à habitação, ao trabalho, à mobilidade urbana, aos equi-pamentos públicos e aos serviços urbanos à população, evi-tando-se a ociosidade dos investimentos coletivos em infra-estrutura e reprimindo a ação especulativa;II - garantir a gestão democrática, assegurando a participa-ção da sociedade civil nos processos de planejamento, im-plementação, avaliação e revisão das diretrizes do Plano Di-retor e suas leis complementares por meio de audiências pú-blicas e eventos similares, bem como acesso às informações;III - eliminar o déficit quantitativo e qualitativo de habitabilidade,promovendo a inclusão socioterritorial e o acesso aos servi-ços básicos de infraestrutura urbana e aos equipamentossociais;IV - fortalecer o relacionamento e a gestão integrada com osmunicípios vizinhos, assim como a posição de Ribeirão Pretocomo polo da Região Metropolitana de Ribeirão Preto - RMRP,promovendo a cooperação e a articulação com a AgênciaMetropolitana de Ribeirão Preto e o fomento na participaçãoativa do município no processo de desenvolvimento regional;V - incentivar a preservação dos valores culturais da cidadepor meio da utilização dos recursos naturais, do uso e da ocu-pação do solo e da recuperação de áreas deterioradas e depatrimônio cultural, natural e paisagístico;VI - viabilizar a urbanização e a regularização fundiária deassentamentos irregulares consolidados com a consequentetitulação de seus ocupantes;VII - apoiar e incentivar o desenvolvimento e aperfeiçoamen-to das iniciativas individuais e coletivas, com o fim de desen-volver e consolidar a economia solidária e gerar emprego,trabalho e renda;VIII - incentivar a economia local em bases sustentáveis, sobdiversas formas e atividades, ampliando as oportunidadesde desenvolvimento econômico do município, fortalecendoas vocações atuais e atuando para ampliar a diversificaçãoda economia, com ênfase na expansão dos empreendimen-

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RIBEIRÃO PRETO - SP

tos já existentes e na atração de novos empreendimentosindustriais e de serviços, observadas as norma ambientais edando prioridade aos que tenham maior potencial de gera-ção de riqueza;IX - promover e incentivar o turismo, como fator de desenvol-vimento econômico e social, respeitando e valorizando o pa-trimônio cultural, o paisagístico e o natural do município, obser-vadas as peculiaridades locais e ambientais;X - implantar plano de mobilidade que estabeleça o sistemade circulação viária e de transportes coletivos, dando priori-dade aos modos de transporte não motorizados sobre os mo-torizados e dos serviços de transporte público sobre o trans-porte individual motorizado, assegurando a acessibilidadede todas as pessoas a todas as regiões da cidade;XI - utilizar o conceito de unidade de ocupação planejada,nos termos do art. 90 desta lei, como elemento orientador noplanejamento das ações e no desenvolvimento urbano;XII - garantir reserva de terras públicas municipais adequa-das para a implantação de equipamentos urbanos e comuni-tários, de áreas verdes e de programas habitacionais de in-teresse social;XIII - promover a distribuição dos equipamentos urbanos, as-sim como dos serviços públicos, de forma socialmente justa,espacialmente equilibrada e ambientalmente correta;XIV - consolidar o município como polo de educação, ciência,tecnologia, indústria e de prestação de serviços em saúde;XV - promover o desenvolvimento dos segmentos empresa-riais de grande concentração de conhecimento técnico e ar-tístico, como os setores da economia criativa, dentre eles osque envolve a gastronomia, a arquitetura, a publicidade, odesign, as artes em geral, o artesanato, a moda, o cinema evídeo, a televisão, a editoração e publicações, as artes cê-nicas, o rádio, o software de lazer, a música, atuando parafortalecer o município como polo regional e nacional de pres-tação de serviços e desenvolvimento de produtos;XVI - orientar a distribuição espacial da população, das ativi-dades econômicas, dos equipamentos e dos serviços públi-cos no território do município, conforme as diretrizes de cres-cimento, vocação, infraestrutura, recursos naturais e culturais;XVII - estimular e incentivar a distribuição geográfica de em-pregos e de equipamentos e serviços privados de saúde eeducação, de modo a reduzir o deslocamento dos habitantes;XVIII - preservar a importância institucional e econômica daRegião Central, que compreende o centro histórico da cida-de, o quadrilátero central e as áreas contíguas;XIX - fomentar a educação em todos os seus níveis comofator de desenvolvimento econômico-social, competitividadee empregabilidade;XX - aumentar a eficácia e a eficiência do setor público mu-nicipal mediante a adoção de novas tecnologias, treinamen-to e requalificação dos funcionários e adoção de ferramentasde gestão fundamentadas em metas e métricas.Artigo 6º - São Diretrizes Gerais da Política de Desenvolvi-mento Municipal, em consonância com as legislações Fede-ral e Estadual:I - O ordenamento do Município para o conjunto de toda a so-ciedade ribeirão-pretana, sem exclusão ou discriminação dequaisquer segmentos ou classes sociais, e sua valorizaçãocomo espaço coletivo;II - O tratamento do território rural e urbano do municípioatravés das ações integradas de planejamento urbano noprocesso de ordenamento territorial;III - O desenvolvimento e a utilização plena do potencial exis-tente no Município, assegurando seus espaços e recursoscomo bens coletivos;IV - A dotação adequada de infraestrutura urbana, especial-mente na área de saneamento básico, mediante a plena e ra-cional utilização, manutenção e recuperação dos sistemasde infraestrutura e dos equipamentos existentes;V - O desenvolvimento de tecnologias locais apropriadas àsolução dos problemas urbanos e ao uso dos recursos dis-poníveis;VI - A garantia da prestação de serviços urbanos, em níveisbásicos, a todos os segmentos sociais;VII - A preservação e conservação, proteção e recuperação

do meio ambiente, da paisagem urbana, dos mananciais erecursos hídricos, do patrimônio histórico, artístico e culturaldo Município;VIII - A apropriação coletiva da valorização imobiliária decor-rente dos investimentos públicos;IX - A adequação das normas de urbanização às condiçõesde desenvolvimento econômico, cultural e social do Município;X - A garantia de moradia digna;XI - A garantia na mobilidade urbana, com transporte públicode qualidade e trânsito seguro;XII - A garantia da acessibilidade das pessoas com deficiên-cia no acesso à moradia, aos serviços públicos e à mobilida-de urbana nos espaços de uso comum e coletivo;XIII - Ordenamento de áreas ocupadas exclusiva ou priorita-riamente para o desenvolvimento das atividades comerciais,de serviços, industriais e de logística e distribuição, preferen-cialmente nas proximidades do anel viário e das rodovias quecortam o município;XIV - A justa distribuição territorial dos empregos e serviçospúblicos e privados de forma a evitar ou minimizar os gran-des deslocamentos entre moradia, trabalho e serviços.

CAPÍTULO IIIDA POLÍTICA URBANA

Artigo 7º - O Município, por interesse público e na busca documprimento das funções sociais da cidade e da proprieda-de, implantará sua Política Urbana Municipal através:I - Das suas Leis de Regulamentação Complementar:a) Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo;b) Lei do Código do Meio Ambiente;c) Lei do Plano de Mobilidade Urbana e Transporte UrbanoIntegrado;d) Lei do Plano Viário; e,e) Lei do Código de Obras.II - Dos Instrumentos de Planejamento:a) Lei do Plano Plurianual;b) Lei de Diretrizes Orçamentárias;c) Lei Orçamentária;d) Lei do Plano de Metas;e) Lei do Plano Municipal de Saneamento Básico;f) Lei do Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos;g) Plano de Macrodrenagem;h) Lei do Código Sanitário Municipal;i) Lei do Código de Posturas Municipais;j) Lei do Mobiliário Urbano;k) Plano Local de Habitação de Interesse Social - PLHIS;l) Lei da Habitação de Interesse Social - HIS;m) Planos e Programas Setoriais;n) Projetos Especiais;o) Cadastro Técnico Municipal e Mapas de Informações Geo-processadas;p) Consórcio Imobiliário;q) Plano Estratégico Rural;r) Plano Estratégico do Sistema de Áreas Verdes e Arbo-rização Urbana;s) Plano Municipal da Mata Atlântica e do Cerrado;t) Plano Municipal de Mudança do Clima;u) Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico;v) Plano Municipal de Saúde;w) Plano Municipal de Educação;x) Plano Municipal de Assistência Social;y) Plano Municipal de Turismo;z) Plano Municipal de Cultura;aa) Plano Municipal de Educação Ambiental; e,ab) Plano Municipal de Esportes.III - Dos Instrumentos Fiscais:a) Imposto sobre a Propriedade Territorial e Predial Urbano;b) Imposto sobre a Propriedade Territorial e Predial UrbanoProgressivo;c) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza;d) Taxas;e) Contribuição de Melhoria;f) Preços Públicos;g) Incentivos e benefícios fiscais;h) Imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR);i) Imposto sobre transmissão de bens e imóveis (ITBI); e,

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Diário Oficial44444 Quinta-feira, 03 de Maio de 2018RIBEIRÃO PRETO - SP

j) Contribuição para o custeio da iluminação pública (COSIP/CIP).IV - Dos Instrumentos Financeiros:a) Fundo de Desenvolvimento Urbano;b) Fundo Municipal de Pavimentação;c) Fundo Pró Meio Ambiente;d) Fundo Municipal de Saneamento Básico e InfraestruturaUrbana;e) Fundo Municipal de Aquisição de Áreas Institucionais -FUNINST;f) Fundo de Incentivo à Construção de Moradia Popular -FINMORAR;g) Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural(FUNPPAC);h) Fundo Municipal de Cultura;i) Fundo do Bem-Estar Animal; e,j) outros fundos que venham a ser criados com destinaçãourbanística, ambiental, social, científica ou cultural.V - Dos Instrumentos Jurídicos e Políticos:a) Parcelamento, edificação ou utilização compulsória;b) Desapropriação por interesse social, necessidade ou uti-lidade pública;c) Desapropriação por descumprimento da função social dapropriedade mediante o pagamento com títulos da dívida pú-blica;d) Tombamento de imóveis, de mobiliário urbano ou patri-mônio imaterial;e) Transferência do direito de construir;f) Outorga onerosa do direito de construir e de alteração dosolo;g) Direito de preempção;h) Direito de superfície;i) Servidão administrativa;j) Operação urbana consorciada;k) Comodato, permuta ou dação em pagamento envolvendobens públicos;l) Concessão, permissão e autorização de uso de bens públicos;m) Permissão de serviços públicos;n) Contratos de gestão;o) Convênios, parcerias, cooperação institucional e acordostécnicos e operacionais;p) Parceria público-privada;q) Gestão Orçamentária Participativa;r) Estudo Prévio de Impacto Ambiental;s) Plano de Transporte Urbano Integrado;t) Estudo de Impacto de Vizinhança e Relatório de Impactode Vizinhança - (EIV/RIV);u) Usucapião especial de imóvel urbano;v) Instrumentos de regularização fundiária de interesse sociale específico;w) Autorização de fechamento precário parcial ou total deloteamentos;x) Exigência de compensações urbanísticas e ambientais;y) Regularização de edificações irregulares;z) Outorga onerosa ou gratuita do uso do subsolo e espaçoaéreo;aa) Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impactosobre o Meio Ambiente (EIA/RIMA);ab) Instituição de unidades de conservação;ac) Instituição de zonas especiais de interesse social;ad) Assistência técnica e jurídica gratuita para as comunida-des e grupos sociais menos favorecidos; e,ae) Referendo popular e plebiscito.VI - Dos Instrumentos de utilização de bens municipais:a) Concessão Urbanística;b) Requisição Urbanística;c) Reurbanização Consorciada;d) Concessão de uso especial para fins de moradia;e) Cessão de uso;f) Autorização de uso;g) Cessão temporária;h) Permissão de uso;i) Concessão de uso; e,j) Concessão de direito real de uso.Parágrafo Único - Os instrumentos mencionados neste arti-

go regem-se pela legislação que lhes é própria, observado odisposto neste Plano Diretor e no Decreto de regulamentação.Artigo 8º - A elaboração e/ou revisão das Leis Complemen-tares, dispostas no art. 7º, inciso I, desta lei, deverá ocorrermediante a criação de uma Comissão Especial de PolíticaUrbana, com vista ao planejamento e a gestão democráticos,participativos, descentralizados e transparentes.I - A Comissão Especial de Política Urbana deverá ser com-posta por:a) Representantes das universidades do município, nas áreasde Arquitetura e Urbanismo, Engenharia, Direito, Serviço So-cial entre outros;b) Representantes dos Conselhos competentes;c) Representantes da sociedade civil organizada;d) Técnicos da Prefeitura Municipal.

SEÇÃO IDO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO

COMPULSÓRIOSArtigo 9º - Serão compulsórios o parcelamento, a edificaçãoou a utilização dos imóveis urbanos não edificados, subuti-lizados ou não utilizados, incluídos nas áreas internas ao Pe-rímetro Urbano do Município.§ 1º - Considerar-se-á:I - imóveis não edificados: aqueles que não possuem áreaconstruída;II - imóveis subutilizados: imóveis que tenham coeficiente deaproveitamento inferior a 0,1;III - imóveis não utilizados: são aqueles que possuam todasas edificações em ruínas ou em estado de abandono;IV - VETADO.§ 2º - Imóveis subutilizados de propriedade do poder públicofederal, estadual e municipal também será objeto de políti-cas de incentivo quanto a sua utilização, com o propósito deincorporá-los ao desenvolvimento urbano da cidade obser-vadas as diretrizes desta Lei no que se aplicar.Artigo 10 - Lei municipal específica, a ser encaminhada àCâmara Municipal em até um (1) ano a partir da promulgaçãodesta lei, determinará as condições, os prazos e demais pro-cedimentos para o parcelamento, a edificação ou a utilizaçãocompulsória do solo urbano não edificado, subutilizado ounão utilizado, em atendimento ao Plano Diretor e ao Estatutoda Cidade.

SEÇÃO IIDO IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO

PROGRESSIVO NO TEMPOArtigo 11 - Na área interna ao Perímetro Urbano do Municí-pio, os imóveis que se enquadrarem na Seção anterior, apósos regramentos complementares previstos, estarão sujeitosao pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano Pro-gressivo no Tempo, mediante a majoração da alíquota peloprazo de 5 (cinco) anos consecutivos, mantendo o Municípioa cobrança pela alíquota máxima até que se cumpra a re-ferida obrigação, nos termos e limites fixados em lei específica.Parágrafo Único - Os valores das alíquotas, prazos e demaisprocedimentos para a aplicação do IPTU Progressivo noTempo serão definidos na lei que trata o Artigo 10, observadoo art. 150, inciso III, alíneas “b” e “c” da Constituição Federal.

SEÇÃO IIIDA DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO EM TÍTULOSArtigo 12 - Decorridos 5 (cinco) anos de cobrança do IPTUProgressivo no Tempo, nos termos do artigo anterior, semque o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelar,edificar ou utilizar o imóvel, ficará sujeito à desapropriaçãodo mesmo, cuja indenização será paga com títulos da dívidapública, nos termos previstos pelo Artigo 8º, da Lei Federalnº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade).Parágrafo Único - Os procedimentos para a aplicação dos ter-mos a que se refere o caput serão definidos na lei que tratao art. 10.

SEÇÃO IVDO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO

Artigo 13 - O Poder Público municipal poderá facultar aoproprietário de área atingida pela obrigação de que trata oart. 12 desta Lei, ou objeto de regularização fundiária urbana,o estabelecimento de consórcio imobiliário como forma de

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RIBEIRÃO PRETO - SP

viabilização financeira do aproveitamento do imóvel, respei-tadas as demais condições a serem definidas na Lei de Par-celamento Uso e Ocupação do Solo e/ou na Lei de Habitaçãode Interesse Social, quando se tratar de empreendimentoshabitacionais de interesse social ou empreendimentos demercado popular.§ 1º - Entende-se por Consórcio Imobiliário a forma de via-bilização de planos de urbanização, de regularização fundiáriaou de reforma, conservação ou construção de edificação pormeio da qual o proprietário transfere ao Poder Público Mu-nicipal seu imóvel e, após a realização das obras, recebe, co-mo pagamento, unidades imobiliárias devidamente urba-nizadas ou edificadas, ficando as demais unidades incorpo-radas ao patrimônio público.§ 2º - Os valores das unidades imobiliárias e demais proce-dimentos para a aplicação do que trata o “caput” serão de-finidos em lei específica, respeitadas as posturas estabe-lecidas no Estatuto da Cidade.

SEÇÃO VDA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Artigo 14 - Entende-se por Transferência do Direito de Cons-truir a autorização outorgada pelo Poder Executivo Municipalao proprietário de imóvel urbano, privado ou público, a exer-cer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, seudireito de construir, quando este não puder ser exercido nasituação do bem, quando o referido imóvel for consideradonecessário para fins de:I - preservação e conservação, quando o imóvel for conside-rado de interesse histórico, ambiental, paisagístico, social oucultural;II - implantação de equipamentos urbanos;III - implantação de equipamentos comunitários; ouIV - servir a programas de regularização fundiária e urbani-zação de áreas ocupadas por população de baixa renda;V - atender programas específicos ou produção independen-te de habitação de interesse social.§ 1º - As condições e termos relativos à aplicação da Trans-ferência do Direito de Construir serão estabelecidas por meiode legislação municipal, conforme o caso.§ 2º - A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprie-tário que doar ao Poder Público seu imóvel, ou parte dele,para os fins previstos nos incisos I a V do caput.§ 3º - A Transferência do Direito de Construir a que se refereeste artigo poderá ser aplicada em toda a área urbana e deexpansão urbana.

SEÇÃO VIDA OUTORGA ONEROSA

Artigo 15 - O Poder Executivo Municipal poderá autorizar, pormeio da Outorga Onerosa do Direito de Construir, a constru-ção de edificação que ultrapasse o coeficiente de aproveita-mento básico, igual a uma vez a área do terreno ou gleba,único em toda a zona urbana e de expansão urbana do Mu-nicípio, desde que o beneficiário preste contrapartida a serdefinida em lei específica.§ 1º - Entende-se por coeficiente de aproveitamento a rela-ção entre a área edificável e a área do terreno ou gleba.§ 2º - A fórmula para o cálculo da cobrança da contrapartida,os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga e acontrapartida do beneficiário serão definidos na lei de Par-celamento, Uso e Ocupação do Solo e/ou na Lei de Habita-ção de Interesse Social.§ 3º - A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e/oua Lei de Habitação de Interesse Social definirão os coeficien-tes de aproveitamento máximo para cada região da cidadeou gleba, que serão limitados:I - pelo controle do adensamento ocupacional que poderá serdiferenciado em áreas especiais de ocupação planejada,definidas por lei específica devendo ser considerado:a) o adensamento populacional habitacional medido pelarelação da quantidade de habitantes pela área onde residemou possam ter o uso residencial;b) o adensamento populacional não residencial medido pelarelação da ocupação das edificações não residenciais, deacordo com tabela específica, pela área onde ocupam oupossam ter o uso não residencial;

c) o adensamento construtivo pelas taxas de ocupação;d) o regramento dos adensamentos citados acima podemser estabelecidos em seus valores máximos e mínimos.II - nos estudos da estrutura viária da região envolvida, con-sideradas as unidades de ocupação planejada, nos termosdo art. 90 desta lei;III - nos estudos das demais infraestruturas, assim como dosequipamentos urbanos de atendimento à unidade de ocupa-ção planejada, os termos do art. 90, que envolve a região;IV - pela faixa perimetral de crescimento a que pertence aregião, considerando os parâmetros estabelecidos pela leique tratar da matéria.§ 4º - Os estudos a que se refere o parágrafo anterior deverãopriorizar o uso misto com uso habitacional nas unidades deocupação planejada, definida no art. 90 desta lei, assim co-mo as áreas de interesse histórico, cultural, ambiental ou pai-sagístico, por meio de incentivos a estas atividades.§ 5º - As referidas leis do parágrafo 3º poderão estabelecercoeficientes diferenciados para as diversas áreas demarcadascomo ZEIS, assim como para qualquer imóvel que seja uti-lizado para empreendimentos de interesse social, podendoconceder outorga gratuita mediante produção de habitaçãode interesse social conforme parâmetros específicos defini-dos nestas leis.§ 6º - O coeficiente de aproveitamento máximo na área ur-bana e de expansão urbana não poderá ultrapassar o índicecinco (5).Artigo 16 - O Poder Executivo Municipal poderá autorizar, pormeio da Outorga Onerosa, a alteração de uso rural para usourbano nas áreas urbanas e de expansão urbana, desde queo beneficiário preste contrapartida a ser definida em lei es-pecífica.Parágrafo Único - Fica o Poder Executivo Municipal autoriza-do a promover a regularização de obras existentes ou emconstrução que não tenham observado os requisitos urba-nísticos previstos no Plano Diretor ou legislação urbanísticavigente na época do início da construção, mediante a outor-ga onerosa.Artigo 17 - A fórmula para o cálculo e a forma da cobrança dacontrapartida, assim como, os casos passíveis de isenção dopagamento serão definidos na Lei de Parcelamento, Uso eOcupação do Solo e/ou na Lei de Habitação de InteresseSocial.§ 1º - As receitas auferidas com a adoção da outorga onerosaserão mantidas em conta própria, no Fundo de Desenvolvi-mento Urbano, as quais deverão ser aplicadas para o desen-volvimento urbano do município, observando as regras con-tidas no artigo 31 da Lei nº 10.257/2001 Estatuto da Cidade.§ 2º - A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo re-grará os parâmetros para a aplicação da Outorga Onerosaestabelecidos nesta Seção.

SEÇÃO VIIDO DIREITO DE PREEMPÇÃO

Artigo 18 - Por meio do direito de preempção, o Município tempreferência para aquisição de imóvel localizado internamen-te ao Perímetro Urbano, objeto de alienação onerosa entreparticulares, desde que o imóvel esteja incluído em área aser delimitada em lei específica e o Poder Público delenecessite para:I - regularização fundiária;II - uso institucional;III - execução de programas e projetos habitacionais de in-teresse social e moradia digna;IV - constituição de reserva fundiária;V - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;VI - implantação de equipamentos públicos e comunitários,especialmente unidades de escolas, de saúde e de assistên-cia social;VII - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;VIII - criação de unidades de conservação ou proteção de ou-tras áreas de interesse ambiental;IX - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou pai-sagístico.§ 1º - Lei específica delimitará área em que incidirá o direitode preempção, com o enquadramento de cada imóvel sobre

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Diário Oficial66666 Quinta-feira, 03 de Maio de 2018RIBEIRÃO PRETO - SP

o qual incidirá o direito de preempção em uma ou mais dasfinalidades enumeradas no caput deste artigo e fixará tam-bém seu prazo de vigência, que não será superior a 5 (cinco)anos, renovável a partir de um ano após o decurso do prazoinicial de vigência.§ 2º - Os procedimentos e regramentos para a aplicação doDireito de Preempção serão definidos em lei específica a serelaborada pelo Executivo tendo como base o Estatuto daCidade, Lei nº 10.257/2001.

SEÇÃO VIIIDAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS

Artigo 19 - Considera-se Operação Urbana Consorciada oconjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Po-der Público Municipal em toda a Zona Urbana e de ExpansãoUrbana, com a participação dos proprietários, moradores,usuários permanentes e investidores privados, com o obje-tivo de alcançar em uma área transformações urbanísticasestruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.Parágrafo Único - Poderão ser previstas nas operações ur-banas consorciadas, dentre outras medidas:I - a modificação de parâmetros e características de par-celamento, uso e ocupação do solo e subsolo, bem como al-terações dos índices urbanísticos e demais normas edilícias,considerando o impacto ambiental delas decorrentes;II - a regularização de construções, reformas ou ampliaçõesexecutadas em desacordo com a legislação vigente.III - a concessão de incentivos a operações urbanas queutilizam tecnologias visando a redução de impactos am-bientais, e que comprovem a utilização, nas construções euso de edificações urbanas, de tecnologias que reduzam osimpactos ambientais e economizem recursos naturais, es-pecificadas as modalidades de design e de obras a seremcontempladas.Artigo 20 - Em cada lei que aprovar uma operação urbanaconsorciada constará seu plano, contendo, no mínimo:I - definição da área a ser atingida;II - programa básico de ocupação da área, com medidasprevistas nos incisos I, II e III do parágrafo único do artigoanterior, que serão incluídas, definindo-se o potencial adicio-nal de construção que a área poderá receber e os gabaritosmáximos que deverão ser respeitados;III - programa de atendimento econômico e social para apopulação diretamente afetada pela operação;IV - finalidades da operação;V - estudo prévio do impacto de vizinhança, com parecerconclusivo;VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuáriospermanentes e investidores privados em função da utiliza-ção dos benefícios previstos no parágrafo único do artigoanterior;VII - forma de controle da operação, obrigatoriamente com-partilhado com representação da sociedade civil;VIII - natureza dos incentivos a serem concedidos aos pro-prietários, usuários permanentes e investidores privados,uma vez atendido o disposto no inciso III do Parágrafo únicodo artigo anterior.§ 1º - Os recursos obtidos pelo Município, na forma do incisoVI deste artigo, serão aplicados exclusivamente na própriaoperação urbana consorciada.§ 2º - A partir da aprovação da lei específica de que trata ocaput, serão nulas as licenças e autorizações emitidas pelaPrefeitura Municipal, que estejam em desacordo com o planode operação urbana consorciada.§ 3º - A lei, prevista no “caput”, poderá prever a emissão peloMunicípio de quantidade determinada de certificados depotencial adicional de construção, que serão alienados emleilão ou utilizados diretamente no pagamento das obras ne-cessárias à própria operação e poderão ser negociados li-vremente, mas conversíveis em direito de construir unicamen-te na área objeto da operação e até o limite fixado pela men-cionada lei.§ 4º - Apresentado pedido de licença para construir, o cer-tificado de potencial adicional será utilizado no pagamentoda área de construção que supere os padrões estabelecidospela legislação de uso e ocupação do solo, até o limite fixado

pela lei específica que aprovar a operação urbana consorciada.Artigo 21 - Será possível a realização de operações urbanasconsorciadas interfederativas envolvendo os municípios daRegião Metropolitana de Ribeirão Preto nos termos de lei es-tadual específica, aplicando as disposições desta Seção, noque couber.

SEÇÃO IXDO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Artigo 22 - O interessado em obter junto à Prefeitura Munici-pal licenças ou autorizações de construção, ampliação oufuncionamento de empreendimento de grande impacto urba-nístico e ambiental, deverá apresentar Estudo de Impacto deVizinhança (EIV) que conterá, no mínimo, análise dos se-guintes aspectos:I - adensamento populacional;II - equipamentos públicos e comunitários, especialmenteunidades escolares, de saúde e de assistência social;III - uso e ocupação do solo;IV - possível valorização ou desvalorização imobiliária;V - geração de tráfego e demanda por transporte público;VI - serviços de saneamento;VII - demanda de atividades de comércio e prestação de ser-viços;VIII - ventilação e iluminação;IX - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural;X - infraestrutura pública disponível e estimativa de atendi-mento da demanda futura;XI - impacto socioeconômico na população residente ouatuante no entorno;XII - impactos sonoros, viário e de segurança, em razão daatividade que se pretende desenvolver;XIII - interferências ou impacto na paisagem;XIV - riscos ambientais;XV - geração de resíduos sólidos.§ 1º - A definição do grande impacto urbanístico e ambiental,a que se refere o caput, será estabelecida pela Lei de Par-celamento, Uso e Ocupação do Solo, assim como os proce-dimentos de aplicação do Estudo de Impacto de Vizinhançanestes empreendimentos.§ 2º - Os Estudos de Impacto de Vizinhança (EIV) deverãoser mantidos disponíveis para consulta pública no sítio ele-trônico da Prefeitura Municipal, para conhecimento de qual-quer interessado.§ 3º - A elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança nãosubstitui a elaboração e a aprovação dos demais estudos elevantamentos ambientais requeridos nos termos da legisla-ção ambiental e em respeito a este Plano.§ 4º - A análise de outros aspectos poderá ser solicitadaconforme regulamentação proposta pela Secretaria de Pla-nejamento e Gestão Pública.§ 5º - As mitigações e contrapartidas resultantes do Relatóriodo Estudo de Impacto de Vizinhança poderão ser revertidaspara o Fundo de Desenvolvimento Urbano para aplicação,preferencialmente, na proximidade da área estudada, con-forme termos estabelecidos na Lei de Parcelamento, Uso eOcupação do Solo.

SEÇÃO XDA CONCESSÃO URBANÍSTICA

Artigo 23 - O Poder Executivo fica autorizado a delegar, me-diante licitação ou chamamento público, à empresa, socie-dade empresarial ou simples, associação ou fundação, iso-ladamente, ou em consórcio, a realização de obras de urba-nização ou de reurbanização de região da cidade, inclusiveloteamento, reloteamento, demolição, reconstrução e incor-poração de conjuntos de edificações para implementação dediretrizes do Plano Diretor.§ 1º - A concessionária obterá sua remuneração medianteexploração, por sua conta e risco, dos terrenos e edificaçõesdestinados a usos privados que resultarem da obra realiza-da, da renda derivada da exploração de espaços públicos,nos termos que forem fixados no respectivo edital de licita-ção e no contrato de concessão urbanística.§ 2º - A concessionária ficará responsável pelo pagamento,por sua conta e risco, de todos os custos e todas as indeni-zações devidas em decorrência das desapropriações e pela

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RIBEIRÃO PRETO - SP

aquisição dos imóveis que forem necessários à realizaçãodas obras concedidas, inclusive o pagamento do preço deimóvel no exercício do direito de preempção pela Prefeituraou o recebimento de imóveis que forem doados por seusproprietários para viabilização financeira do seu aproveita-mento, nos termos do artigo 46 da Lei Federal nº 10.257, de10 de julho de 2001, cabendo-lhe também a elaboração dosrespectivos projetos básico e executivo, o gerenciamento ea execução das obras objeto da concessão urbanística.§ 3º - Poderão ser objetos de concessão urbanística as re-formas, adequações, construções e melhorias no mobiliáriourbano e bens de proteção histórica, cultural ou ambiental,mediante possibilidade de exploração publicitária e econô-mica, nos termos que forem fixados no respectivo edital delicitação e no contrato de concessão urbanística.

SEÇÃO XIDA REQUISIÇÃO URBANÍSTICA

Artigo 24 - A Prefeitura Municipal poderá requisitar, ocupan-do por prazo determinado, um ou mais imóveis contíguos ounão, situado em zona urbana ou de expansão urbana, parapromover loteamentos ou obras de urbanização e reurba-nização, devolvendo, após o prazo fixado, o imóvel devida-mente urbanizado ou outro de valor equivalente aos respec-tivos proprietários.§ 1º - A requisição urbanística poderá ser solicitada à Pre-feitura Municipal por proprietários de terrenos eventualmen-te interessados, cabendo ao Poder Público a definição darealização ou não.§ 2º - A Prefeitura Municipal reservará para si, a título deressarcimento, determinada quantidade de imóveis de valorequivalente à totalidade do custo público do empreendimen-to urbanístico.§ 3º - Além da reserva de imóveis prevista no parágrafo an-terior, a Prefeitura Municipal requisitante reservará dez porcento da área total de terrenos ou gleba sujeita à requisiçãourbanística, para implantação de programas habitacionaispúblicos, destinados a famílias de baixa renda.§ 4º - Na execução do empreendimento urbanístico, a Prefei-tura Municipal observará os preceitos do Plano Diretor e pro-videnciará o respectivo registro no cartório da circunscriçãoimobiliária competente.Artigo 25 - Para proceder à requisição, a Prefeitura Municipalou entidade de sua Administração Indireta notificará o proprie-tário, cientificando-o dos termos e condições em que execu-tará o empreendimento urbanístico.§ 1º - No instrumento de notificação deverá constar, no mí-nimo, o seguinte:I - declaração de que o projeto e demais documentos perti-nentes encontram-se à disposição dos interessados paraexame;II - intimação para que o imóvel seja desocupado no prazo deaté sessenta dias, contado da data de recebimento da no-tificação;III - valor atribuído ao imóvel;IV - prazo de execução do empreendimento, com cronogramadiscriminando as respectivas etapas;V - indicação precisa dos lotes e edificações urbanizados, aserem devolvidos com a respectiva área, localização e valor;VI - indicação dos lotes urbanizados reservados para o re-quisitante;VII - solução de moradia para a população residente na área.§ 2º - Caso o imóvel não seja desocupado no prazo estipu-lado no inciso II do parágrafo anterior de forma consensual,a Prefeitura Municipal ocupará o imóvel requisitado, dandoinício às obras previstas, mediante imissão de posse defini-da pelo Poder Judiciário.Artigo 26 - O termo definitivo firmado pela Prefeitura Munici-pal, contendo os termos, cláusulas, condições relativas aoempreendimento, descrição completa dos lotes urbanizadoscom indicação dos respectivos proprietários, será reduzido atermo por meio de escritura pública, para fins e efeitos dedireito, devendo ser registrada no cartório da circunscriçãoimobiliária competente, para transmissão do domínio sobreos lotes urbanizados.Artigo 27 - Qualquer atraso ou interrupção na execução do

empreendimento urbanístico, salvo caso fortuito, força maior,fato de terceiro ou culpa exclusiva do particular, obriga aPrefeitura Municipal a indenizar o proprietário pelos prejuí-zos causados.Artigo 28 - Fica permitida a requisição urbanística para finsde reurbanização, desde que o empreendimento seja aceitopor dois terços dos proprietários atingidos, aplicando, no quecouberem, as disposições contidas nesta Seção.Parágrafo Único - Os proprietários de imóveis da área atin-gida por reurbanização, deverão ser consultados mediante:I - publicação prévia no Diário Oficial Municipal dos estudosque deram base à requisição urbanística;II - audiência pública com os interessados, que serão notifi-cados pessoalmente e por meio de edital publicado no DiárioOficial Municipal.

SEÇÃO XIIDA REURBANIZAÇÃO CONSORCIADA

Artigo 29 - A Prefeitura Municipal, com base no Plano Diretor,poderá declarar de interesse social, para fins de desapropria-ção, imóvel urbano improdutivo ou subutilizado na forma daConstituição Federal e legislação municipal, sem correspon-der às necessidades de habitação ou trabalho da populaçãoa que deve ou possa suprir com nova destinação de uso.§ 1º - O imóvel desapropriado, mediante prévia licitação e au-torização legislativa específica, poderá ser objeto de venda,incorporação, concessão real de uso, locação ou outorga dodireito de superfície a quem estiver em condições de dar-lhea destinação social prevista no Plano Diretor.§ 2º - O poder público poderá exigir no edital que o licitantevencedor promova a desapropriação em nome da Adminis-tração Municipal e se responsabilize pelo pagamento inte-gral da justa indenização do expropriado e demais custos doprocedimento expropriatório.§ 3º - No edital, a Prefeitura Municipal estabelecerá as con-dições e os termos de ressarcimento ao licitante vencedor,mediante a exploração econômica temporária ou definitiva ea transferência de parte dos imóveis vinculados ao empreen-dimento.

SEÇÃO XIIIDA CESSÃO DE USO

Artigo 30 - Poderá a Prefeitura Municipal, a título precário,onerosamente ou gratuitamente, ceder o uso de imóvel mu-nicipal, edificado ou não, por prazo indeterminado ou deter-minado, a outro órgão ou entidade da própria Prefeitura Mu-nicipal, da Administração Pública Federal, Estadual ou Mu-nicipal, na esfera direta ou indireta, incluindo fundação, au-tarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista,a fim de que o cessionário o utilize nas condições estabele-cidas no respectivo termo de cessão.§ 1º - A cessão deverá ser precedida de avaliação prévia eda demonstração de interesse público, devidamente justifi-cado, sendo dispensada a concorrência e a autorização le-gislativa quando a cessão envolver órgãos ou entidades noâmbito municipal.§ 2º - A cessão para órgãos ou entidades federais, estaduaisou de outros municípios necessitará de autorização legislativa,sendo dispensada a concorrência.§ 3º - A cessão de uso implica somente na transferência deutilização do bem público municipal, em caráter exclusivo,não transmitindo a propriedade ou domínio do bem, que per-manece com a Prefeitura Municipal.§ 4º - A cessão de uso será formalizada por meio de termo decessão de uso, cujo extrato deverá ser publicado no DiárioOficial do Município no prazo de até 30 dias corridos e con-tados da assinatura de todos os signatários.§ 5º - O bem municipal cedido não poderá ser utilizado em fimdiverso do previsto no termo de cessão sem autorização daPrefeitura Municipal.§ 6º - Deve ser disponibilizado no sítio eletrônico da Prefei-tura Municipal as cessões autorizadas de áreas públicas,com suas principais informações.Artigo 31 - Não será considerada utilização em fim diferentedo previsto no termo elaborado, a cessão, a título gratuito ouoneroso, de áreas para exercício das seguintes atividadesde apoio necessárias ao desempenho da atividade do órgão

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Diário Oficial88888 Quinta-feira, 03 de Maio de 2018RIBEIRÃO PRETO - SP

a que o imóvel foi cedido:I - posto bancário;II - posto dos correios e telégrafos;III - posto de atendimento de serviço público diverso;IV - restaurante e lanchonete;V - central de atendimento à saúde;VI - creche ou centro educacional; eVII - outras atividades similares que venham a ser considera-das necessárias pelos Secretários Municipais ou autorida-des responsáveis pela administração do imóvel.Parágrafo Único - As atividades previstas neste artigo desti-nar-se-ão ao atendimento das necessidades do órgão ce-dente, cessionário e de seus servidores e usuários.Artigo 32 - A cessão de que trata o artigo anterior será for-malizada pela autoridade responsável pelo bem, observa-dos os procedimentos licitatórios previstos em lei e as se-guintes condições:I - disponibilidade de espaço físico, de forma que não venhaa prejudicar a atividade-fim do órgão;II - inexistência de qualquer ônus para a Prefeitura Municipal,sobretudo no que diz respeito aos empregados da cessionáriae encargos civis, tributários, trabalhistas, previdenciários eambientais;III - compatibilidade de horário de funcionamento da ces-sionária com o horário de funcionamento do órgão cedente;IV - obediência às normas relacionadas com o funcionamen-to da atividade e às normas de utilização do imóvel;V - aprovação prévia do órgão cedente para realização dequalquer obra de adequação do espaço físico a ser utilizadopela cessionária;VI - precariedade da cessão, que poderá ser revogada aqualquer tempo, havendo interesse do serviço público, inde-pendentemente de indenização por acessões, construções,benfeitorias ou direito de retenção;VII - participação proporcional da cessionária no rateio dasdespesas com manutenção, conservação e vigilância doprédio;VIII - quando destinada a empreendimento de fins lucrativos,a cessão deverá ser sempre onerosa e sempre que houvercondições de competitividade deverão ser observados osprocedimentos licitatórios previstos em lei; eIX - outras que venham a ser estabelecidas no termo decessão.Artigo 33 - A Prefeitura Municipal poderá retomar o bem a qual-quer tempo, unilateralmente, desde que notificado o cessio-nário para desocupação no prazo de 30 dias contados dorecebimento da notificação, não sendo devida indenizaçãopor acessões, construções, benfeitorias ou direito de retenção.§ 1º - O cessionário é responsável pela manutenção do bemcedido e pela sua devolução à Prefeitura Municipal em con-dições iguais ou superiores de conservação em que foi ce-dido.§ 2º - O cessionário é responsável pela manutenção estrutu-ral e física, além do pagamento de todos os tributos e ônusde qualquer natureza incidentes sobre o imóvel no prazo dacessão de uso, incluindo energia elétrica, água e esgoto.§ 3º - Ao término do prazo da cessão o bem retornará à posseda Prefeitura Municipal, independentemente de notificação.§ 4º - A Prefeitura Municipal poderá renovar o prazo de ces-são, dando-se a devida publicidade no Diário Oficial Munici-pal.

SEÇÃO XIVDA AUTORIZAÇÃO DE USO

Artigo 34 - A Autorização de Uso, que poderá incidir sobrequalquer bem público a título precário, será feita por portariapublicada no Diário Oficial do Município, para atividades ouusos específicos e transitórios, pelo prazo máximo impror-rogável de noventa (90) dias, salvo quando para o fim de for-mar canteiro de obra pública, caso em que o prazo corres-ponderá ao de duração da obra.Parágrafo Único - A Secretaria ou órgão público municipalcuja atribuição legal corresponda à atividade preponderantedo objeto da autorização será responsável pela análise e porparecer conclusivo para apreciação e decisão do órgão com-petente pela gestão do patrimônio imobiliário municipal, que

formaliza o respectivo instrumento de autorização.Artigo 35 - A Autorização poderá ser onerosa ou gratuita,devendo ser precedida da demonstração de interesse públi-co devidamente justificado, sendo dispensada avaliaçãoprévia, concorrência e autorização legislativa.§ 1º - A autorização poderá ser concedida, dentre outroscasos a critério exclusivo do Município, para utilização priva-tiva de qualquer bem público municipal ou parte de suasdependências, inclusive via pública municipal, canteiros,teatros, centros culturais, próprios municipais, centros deeventos, escolas, quadras de esportes, ginásios, parques,áreas verdes ou praças para desenvolvimento de atividadesdestinadas ao fomento, execução ou promoção cultural,psicossocial, histórica, bem-estar, educacional, urbanística,viária, ambiental, social, esportiva, recreativa, religiosa, be-neficente ou direcionada à defesa de grupos étnicos, de gê-nero ou de grupos vulneráveis legalmente tutelados.§ 2º - A autorização não poderá prejudicar o serviço públicoprestado regularmente no espaço utilizado, devendo sercompatibilizado quanto ao horário, local e segurança, aten-didas as determinações dos órgãos pertinentes.§ 3º - A autorização será necessariamente precedida dasregulares autorizações dos órgãos públicos para realizaçãodas respectivas atividades ou eventos, quando assim exigi-do pela legislação, como forma de preservar a segurança eo bem-estar físico e psíquico dos participantes e de terceiros,bem como para defesa do meio ambiente.Artigo 36 - Os representantes legais da atividade ou eventoo serão pessoalmente responsáveis pela manutenção dobem e pela sua devolução à Prefeitura Municipal em condi-ções iguais ou superiores de conservação em que foi cedido,responsabilizando-se pela manutenção estrutural e física,além do pagamento de todos os tributos e ônus de qualquernatureza incidentes sobre o imóvel no prazo da autorização,incluindo energia elétrica, limpeza, água e esgoto, de formaproporcional ao tempo de uso.Parágrafo Único - Na autorização, mesmo quando gratuita,serão cobrados, a título de ressarcimento, os custos admi-nistrativos da Prefeitura Municipal, relacionados direta ouindiretamente com o evento ou atividade.Artigo 37 - A Prefeitura Municipal poderá retomar o bem aqualquer tempo, unilateralmente, independentemente deprévia notificação, não sendo devida indenização por aces-sões, construções, benfeitorias ou direito de retenção.

SEÇÃO XVDA CESSÃO TEMPORÁRIA

Artigo 38 - Poderá a Prefeitura Municipal, a título precário ediscricionário, onerosamente ou gratuitamente, ceder tem-porariamente o uso de imóvel municipal ou parte de suas de-pendências, edificado ou não, independentemente de suanatureza, desde que não prejudique o interesse público, parao exercício de atividades destinadas exclusivamente aofomento ou promoção de caráter cultural, recreativo, espor-tivo, psicossocial, histórico, bem-estar, habitacional, educa-cional, ambiental, social, beneficente ou direcionado à defe-sa de grupos étnicos, de gênero ou de grupos vulneráveislegalmente protegidos, como forma de permitir a maior ocu-pação dos espaços públicos pela sociedade civil.§ 1º - A cessão deverá ser precedida da demonstração deinteresse público devidamente justificado, sendo dispensa-da avaliação prévia e autorização legislativa.§ 2º - A cessão deverá ser precedida de chamamento públicoou qualquer outro processo seletivo idôneo que assegure aisonomia e igualdade de oportunidade entre os participantesinteressados na cessão.§ 3º - A Secretaria ou órgão público municipal cuja atribuiçãolegal corresponda à atividade preponderante do objeto dacessão será responsável pela análise, definição do prazo etermos da cessão e parecer conclusivo para apreciação edecisão do órgão competente pela gestão do patrimônio imo-biliário municipal, que formalizara o respectivo instrumento.§ 4º - A cessão será formalizada por meio de termo de cessãotemporária, cujo extrato deverá ser publicado no Diário Ofi-cial do Município no prazo de até 30 dias contados da assina-tura de todos os signatários.

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Quinta-feira, 03 de Maio de 2018 99999Diário Oficial

RIBEIRÃO PRETO - SP

§ 5º - A cessão temporária não poderá afetar o regular uso dobem público municipal, devendo as atividades desenvolvi-das serem abertas a toda a população interessada, observa-dos os termos da cessão.Artigo 39 - Os representantes legais da atividade ou eventoserão pessoalmente responsáveis pela manutenção do beme pela sua devolução à Prefeitura Municipal em condiçõesiguais ou superiores de conservação em que foi cedido, res-ponsabilizando-se pela manutenção estrutural e física, alémdo pagamento de todos os tributos e ônus de qualquer na-tureza incidentes sobre o imóvel no prazo da autorização, in-cluindo energia elétrica, limpeza, água e esgoto, de formaproporcional ao tempo de uso.Parágrafo Único - Na cessão temporária, mesmo quandogratuita, serão cobrados, a título de ressarcimento, os custosadministrativos da Prefeitura Municipal, relacionados diretaou indiretamente com o evento ou atividade.Artigo 40 - A Prefeitura Municipal poderá retomar o bem aqualquer tempo, unilateralmente, independentemente deprévia notificação, não sendo devida indenização por aces-sões, construções, benfeitorias ou direito de retenção.

SEÇÃO XVIDA PERMISSÃO DE USO

Artigo 41 - Poderá a Prefeitura Municipal, de modo discricio-nário e precário, onerosamente ou gratuitamente, permitir ouso individual de quaisquer bens municipais imóveis e mó-veis por terceiros ou entes públicos, por prazo indetermi-nado ou determinado, conforme o caso e quando houver in-teresse público relevante, devidamente justificado.Artigo 42 - A permissão de uso que poderá incidir sobre qual-quer bem público, dependerá de concorrência e far-se-á atítulo precário, mediante decreto.§ 1º - A concorrência a poderá ser dispensada, por lei, quan-do o uso se destinar à concessionária de serviço público, aentidades assistenciais ou quando houver interesse públicorelevante, devidamente justificado.§ 2º - Do decreto de outorga constarão as condições da per-missão, dentre as quais:I - a finalidade da sua realização;II - os direitos e obrigações do permissionário;III - o prazo de vigência ou se a permissão é por prazo inde-terminado;IV - o valor da garantia de cumprimento das obrigações,quando exigida, e a forma de seu recolhimento;V - especificações de compensações ambientais ou urbanís-ticas, conforme o caso;VI - as penalidades aplicáveis, nos casos de inadimplemento;eVII - o valor e a forma de pagamento quando onerosa a per-missão.Artigo 43 - A Prefeitura Municipal poderá retomar o bem aqualquer tempo, unilateralmente, independentemente deprévia notificação, não sendo devida indenização por aces-sões, construções, benfeitorias ou direito de retenção.

SEÇÃO XVIIDA CONCESSÃO DE USO

Artigo 44 - O uso de bens municipais imóveis por terceirospoderá ser feito mediante concessão, conforme o caso equando houver interesse público relevante, devidamentejustificado.§ 1º - A concessão de uso dependerá de autorização legis-lativa, avaliação prévia, concorrência e far-se-á mediantecontrato, sob pena de nulidade do ato.§ 2º - A concorrência poderá ser dispensada, por lei, quandose tratar de imóveis residenciais construídos, destinados ouefetivamente utilizados no âmbito de programas de provisãohabitacional ou de regularização fundiária de interesse so-cial ou quando o uso se destinar a concessionária de serviçopúblico, a projetos ou entidades assistenciais, culturais, am-bientais ou quando houver interesse público relevante, devi-damente justificado e ratificado pelo Prefeito Municipal.§ 3º - A concorrência também poderá ser dispensada, por lei,quando se tratar de bens imóveis de uso comercial de âmbitolocal com área de até 250 m² (duzentos e cinquenta metrosquadrados), inseridos no âmbito de programas de regulari-

zação fundiária de interesse social desenvolvidos ou aprova-dos por órgãos ou entidades da administração pública muni-cipal.Artigo 45 - O concessionário responderá por todos os encar-gos civis, trabalhistas, previdenciários, administrativos e tri-butários que venham a incidir sobre o imóvel e suas rendas.Artigo 46 - A Prefeitura Municipal poderá retomar o bem aqualquer tempo, unilateralmente, independentemente deprévia notificação, não sendo devida indenização por aces-sões, construções, benfeitorias ou direito de retenção.§ 1º - O concessionário é responsável pela manutenção dobem cedido e pela sua devolução à Prefeitura Municipal emcondições iguais ou superiores de conservação em que foicedido.§ 2º - O concessionário também é responsável pela manu-tenção estrutural e física, além do pagamento de todos os tri-butos e ônus de qualquer natureza incidentes sobre o imóvelno prazo da concessão de uso, incluindo energia elétrica,água e esgoto.§ 3º - Ao término do prazo da concessão o bem retornará àposse da Prefeitura Municipal, independentemente de noti-ficação.§ 4º - A Prefeitura Municipal poderá renovar o prazo de con-cessão.

SEÇÃO XVIIIDA CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO

Artigo 47 - Pode a Prefeitura Municipal, por meio de contrato,transferir o uso, oneroso ou gratuito, de terreno público aparticular ou ente público, por tempo certo ou indeterminado,como direito real resolúvel, para fins específicos de urbani-zação, industrialização, regularização fundiária, aproveita-mento sustentável do meio ambiente, preservação das co-munidades tradicionais e seus meios de subsistência, edi-ficação, cultivo da terra, ou outra utilização de interesse so-cial, ambiental ou cultural.§ 1º - É permitida a concessão de uso de espaço aéreo,subsolo e a superfície de terrenos públicos municipais, to-mada em projeção vertical, nos termos e para os fins capute na forma que for regulamentada.§ 2º - Poderá ser objeto de concessão de direito real de usobem imóvel tombado pela Prefeitura Municipal, medianteprévio parecer técnico do Conselho de Preservação do Pa-trimônio Cultural do Município de Ribeirão Preto - CONPPAC-RP quanto à viabilidade da concessão.§ 3º - A concessão dependerá de autorização legislativa,avaliação prévia, concorrência e far-se-á mediante contrato,sob pena de nulidade do ato.§ 4º - A concorrência poderá ser dispensada, por lei, quandoo uso se destinar à concessionária de serviço público, a en-tidades assistenciais ou quando houver interesse público re-levante, devidamente justificado.Artigo 48 - A concessão de direito real de uso é transferívelpor ato intervivos ou por sucessão legítima ou testamentária,a título gratuito ou remunerado, como os demais direitosreais sobre coisas alheias, revertendo o imóvel à PrefeituraMunicipal concedente se o concessionário ou seus sucesso-res não lhe derem o uso definido ou o desviarem de sua fi-nalidade contratual.Artigo 49 - O concessionário responderá por todos os encar-gos civis, trabalhistas, previdenciários, administrativos e tri-butários que venham a incidir sobre o imóvel e suas rendas.Artigo 50 - A concessão de direito real de uso observará,naquilo que não for incompatível, as disposições previstaspara a concessão de uso.

SEÇÃO XIXDO FUNDO DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Artigo 51 - Fica instituído o Fundo de Desenvolvimento Ur-bano, cuja receita será formada pelos recursos oriundos daoutorga onerosa da alteração de uso, das mitigações e con-trapartidas dos procedimentos de licenciamentos, de doa-ções e de multas e taxas emitidas pela Fiscalização do mu-nicípio decorrentes de temas e questões ligadas ao desen-volvimento urbano do município.§ 1º - O Poder Executivo Municipal regulamentará os proce-dimentos para o recebimento dos recursos deste Fundo que

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Diário Oficial1010101010 Quinta-feira, 03 de Maio de 2018RIBEIRÃO PRETO - SP

deverá ser mantido em conta própria, podendo ser utilizado,nas finalidades abaixo relacionadas:I - regularização fundiária;II - execução de programas e projetos habitacionais de in-teresse social e moradia adequada;III - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;IV - implantação ou adequação de equipamentos públicos ecomunitários, especialmente unidades escolares, de saúdee de assistência social;V - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;VI - criação de unidades de conservação ou proteção de ou-tras áreas de interesse ambiental;VII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural, ar-quitetônico, paisagístico e ambiental;VIII - acessibilidade;IX - mobilidade urbana e transporte integrado;X - mobiliário urbano;XI - apoio à formulação de normativos legais e estudos téc-nicos relacionados ao Plano Diretor, suas leis de regulamen-tação complementar e seus instrumentos;XII - modernização tecnológica da gestão do território e dodesenvolvimento urbano;XIII - outros que se mostrarem necessários para a qualifica-ção da gestão e do espaço urbano;XIV - apoio à fiscalização e ao controle do uso e ocupação dosolo.

CAPÍTULO IVDA PRODUÇÃO E DA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO

FÍSICO MUNICIPALSEÇÃO I

DOS OBJETIVOS ESPECÍFICOSArtigo 52 - A política da produção e da organização do es-paço físico territorial do município será orientada pelos se-guintes objetivos:I - aumentar a eficiência dos serviços públicos municipais, re-duzindo os custos de urbanização, otimizando os investimen-tos públicos realizados e estimulando os empreendimentosimobiliários nas áreas onde a infraestrutura básica estejasubutilizada;II - estimular a ocupação dos vazios urbanos internos ao pe-rímetro urbano e desestimular a expansão urbana distante e/ou sem conectividade direta com a área urbanizada;III - garantir a proteção do aquífero Guarani disciplinando ouso e ocupação do solo na zona de recarga e viabilizando aimplantação de sistemas de infiltração que garantam a qua-lidade e a quantidade da água infiltrada;IV - compatibilizar a expansão da ocupação e a ampliação doespaço construído à capacidade de atendimento da infraes-trutura básica;V - garantir a preservação e conservação do patrimônio na-tural do município;VI - garantir a preservação e conservação do patrimônio his-tórico e cultural, representativo e significativo da memóriaurbana e rural;VII - garantir a implantação de projetos que visem a produçãoe a melhoria de habitação de interesse social, a recuperaçãourbanística, a provisão de equipamentos sociais e culturaise a regularização fundiária nas áreas de interesse social.VIII - disciplinar o desenvolvimento construtivo garantindo aqualidade na paisagem urbana;IX - promover o equilíbrio entre a densidade populacionalcom a infraestrutura urbana e os equipamentos sociais;X - estimular a distribuição geográfica de empreendimentosgeradores de empregos e serviços de saúde e educação emconformidade com o conceito das unidades de ocupaçãoplanejada, definido no art. 90 desta lei.

SEÇÃO IIDAS DIRETRIZES GERAIS

Artigo 53 - Constituem diretrizes gerais da produção e orga-nização do espaço físico:I - planejar adequada ocupação do espaço físico, disciplinan-do o seu uso, com a indicação da orientação de crescimentoe adensamento, definição de parâmetros urbanísticos, emfunção de política urbana compatível com a vocação e oscondicionantes físicos e ambientais do município;

II - estabelecer as relações entre a área urbanizada e a árearural, de forma a implantar um modelo urbanístico flexível eadaptativo ao processo de desenvolvimento econômico, so-cial e ambiental do município;III - garantir que o processo de produção do espaço construídoseja adequado à capacidade de atendimento da infraestruturabásica e sistema viário do município, a mobilidade urbanasustentável e preservação e conservação do meio ambiente;IV - promover a descentralização das atividades econômicase sociais, através da criação de novos polos de desenvolvi-mento e respectivo fortalecimento dos subcentros urbanos;V - preservar e estimular a característica de uso misto da es-trutura urbana existente, na busca de uma ocupação equili-brada que reduza as distâncias de deslocamentos na cidade;VI - estimular a preservação das comunidades tradicionais,características da história dos bairros, com vistas a garantire ampliar as unidades ambientais de moradia;VII - estimular a integração social do município, através deuma legislação urbanística democrática, sobretudo a utiliza-ção dos espaços públicos;VIII - estimular a consolidação de uma zona aeroportuária elogística no entorno do Aeroporto Dr. Leite Lopes, medianterealização de estudos técnicos e discussão social;IX - estimular o uso industrial e empresarial especialmenteno entorno do Distrito Empresarial Ribeirão Preto (DERP) enas margens das rodovias que cortam o município;X - promover a proteção do aquífero Guarani com a possibi-lidade de ocupação planejada e usos adequados da zona derecarga, potencializando a infiltração de água por meios tec-nológicos eficientes e projetos eficazes de captação, filtrageme absorção;XI - garantir nas leis complementares a este plano, especial-mente a de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, que azona de recarga do aquífero Guarani tenha tratamento dife-renciado, regrando sua ocupação, usos permitidos e índicesurbanísticos compatíveis com cada zona, definidas por meiode estudos técnicos, de forma a se manter na área a ser par-celada, no mínimo, a reserva de 35% (trinta e cinco por cen-to) de áreas públicas destinadas à recomposição florestal esistemas de lazer;XII - garantir a realização de estudos técnicos que subsidiemos parâmetros e regramentos do uso e da ocupação do solodos Setores Norte, Sul, Leste e Oeste, cujas áreas não foramcontempladas no inciso anterior, de forma a estabelecer ospotenciais de adensamento destas regiões considerando asinfraestruturas e os equipamentos sociais e comunitáriosexistentes e previstos pelo Poder Público;XIII - incentivar que os vazios urbanos existentes internos aoPerímetro Urbano sejam ocupados preferencialmente comhabitações de interesse social e suas respectivas infraes-truturas e equipamentos sociais;XIV - garantir a preservação e conservação de reservas mi-nerais conhecidas, visando o suprimento adequado de insu-mos minerais vitais para o crescimento econômico e garan-tindo as condições de qualidade às atividades no entorno aestas áreas de exploração de lavras regulamentados porinstâncias federais, com disciplinamento dos usos lindeirosque minimizem os impactos de vizinhança, os quais são de-finidos na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo.§ 1º - Todas as áreas que forem urbanizadas, sejam sob aforma de loteamento, desmembramento, fracionamento, con-domínio, chácaras ou sítios de recreio ou similares, localiza-das na zona de expansão urbana, ficarão sujeitas às mes-mas imposições urbanísticas da zona urbana.§ 2º - O uso e a ocupação do solo das áreas lindeiras àsrodovias, ao distrito empresarial e ao sítio aeroportuário quedelimita o Aeroporto Leite Lopes serão definidos na Lei deParcelamento, Uso e Ocupação do Solo e considerarão ospossíveis impactos de vizinhança que estes empreendimen-tos podem ocasionar e a necessidade de dispor de zonas dedesenvolvimento empresarial no município próximos à estru-tura de sistema viário, rodoviário e ferroviário existentes eseu caráter regional e metropolitano.§ 3º - O uso e a ocupação do solo na área de entorno ao Aero-porto Leite Lopes deverá respeitar o Plano Básico de Prote-

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RIBEIRÃO PRETO - SP

ção de Aeródromo definido pelo Departamento Aeroviário doEstado de São Paulo e demais normativos regulados por ins-tâncias superiores de forma a garantir a segurança e a regu-laridade das operações áreas no município.§ 4º - A viabilidade e aprovação de parcelamento do solo nazona de recarga do aquífero Guarani ficará condicionada àcomprovação, por meio de estudos e projetos, de uma recar-ga do manancial subterrâneo superior à condição natural dagleba, bem como a qualidade da água infiltrada.§ 5º - Os impactos urbanísticos, ambientais e sociais geradospor empreendimentos de qualquer natureza deverão seravaliados e definidos na forma da regulamentação do Execu-tivo Municipal onde se vinculará as compensações miti-gatórias às dimensões proporcionais do empreendimentopretendido de forma a se equilibrar igualitariamente as con-trapartidas devidas.

SEÇÃO IIIDO PERÍMETRO URBANO E DE EXPANSÃO URBANA

Artigo 54 - O território do Município de Ribeirão Preto fica di-vidido em zona urbana, zona de expansão urbana e zonarural, demarcadas no mapa que compõe o Anexo I desta lei,e estão assim definidos:I - Zona Urbana é a parcela do município que possui conso-lidação de serviços urbanos, mesmo que parciais, e abrangeárea urbanizada com edificações que atendem atividadesurbanas como residência, comércio e serviços essenciaispara o funcionamento do local.II - Zona de Expansão Urbana é a parcela do município ex-terna ao perímetro urbano constituindo faixa do território domunicípio em condições de receber empreendimentos comcaracterísticas urbanas, mediante aprovação do poder públi-co, seguindo as diretrizes ambientais e urbanísticas que pre-zam pela proteção do patrimônio natural, qualidade de vidados futuros usuários do espaço e garantem as condiçõesprevisíveis de habitabilidade quanto aos serviços urbanos ea oferta dos equipamentos de uso público e comunitário.III - Zona Rural é a parcela do município onde não é permitidoo parcelamento do solo para fins urbanos devendo seu usoe ocupação atender aos preceitos das atividades rurais eafins.Parágrafo Único - As Zonas acima descritas ficam assimsituadas:I - A Zona Urbana está delimitada pelo perímetro urbano queé a linha divisória entre a zona urbana e a zona de expansãourbana, nos termos da descrição perimétrica no Anexo IIdesta lei.II - A Zona de Expansão Urbana está localizada entre a ZonaUrbana e Zona Rural, nos termos da descrição perimétricano Anexo III, desta lei.III - A Zona Rural está localizada entre a Zona de ExpansãoUrbana e os limites territoriais do município.Artigo 55 - O perímetro urbano e de expansão urbana domunicípio poderá ser redefinido na Lei de Parcelamento, Usoe Ocupação do Solo.

SEÇÃO IVDA ORIENTAÇÃO DO CRESCIMENTO

Artigo 56 - O crescimento físico da cidade de Ribeirão Pretorespeitará os Macrozoneamentos Ambiental e Urbanístico.I - Macrozoneamento Ambiental apresenta, conforme AnexoIII, a macro divisão do município dentro do conceito ambientalde uso e ocupação do solo com identificação das:a) Zona de Uso Disciplinado - ZUD, que é a região do mu-nicípio onde o uso e a ocupação do solo deverão ser disci-plinados com o principal objetivo de reduzir o impacto das en-chentes urbanas;b) Zona de Uso Especial - ZUE, que é a região do municípiosobre a zona de recarga do aquífero Guarani onde o controledo uso e da ocupação do solo busca garantir a proteção econservação deste manancial, especialmente no tocante àsua recarga e à prevenção a contaminações; e;c) Zonas de Proteção Máxima - ZPM, que são as áreas domunicípio submetidas a regime de proteção especial comvistas à preservação, conservação e recuperação do meioambiente.II - Macrozoneamento Urbanístico apresenta, conforme Ane-

xo IV, a macro divisão do município dentro do conceito ur-banístico de uso e ocupação do solo urbano com a identifi-cação das:a) Zona de Urbanização Preferencial - ZUP, que é a regiãodo município onde o uso e a ocupação do solo urbano de-verão ser incentivados considerando o potencial de sua in-fraestrutura urbana existente ou a implantar;b) Zona de Urbanização Controlada - ZUC, que é a região domunicípio onde o uso e a ocupação do solo deverão ter aten-ção especial, considerando a baixa densidade de urbaniza-ção e reduzida infraestrutura existentes e seu potencial deimpacto na Zona de Urbanização Preferencial;c) Zona de Urbanização Restrita - ZUR, que é a região do mu-nicípio onde as restrições urbanísticas devem promover am-plo controle sobre o uso e a ocupação do solo considerandosua configuração geofísica e seu potencial impacto ambiental;d) Zona de Amortecimento da Estação Ecológica de RibeirãoPreto - Mata de Santa Tereza (ZMT), que é composta pelaárea localizada no entorno da Estação Ecológica de RibeirãoPreto - EERP, onde a urbanização está sujeita a normas quevisam preservar a paisagem e o ecossistema existentes;e) Zona de Proteção Máxima - ZPM, que são as áreas do mu-nicípio submetidas a regime de proteção especial com vistasà preservação, conservação e recuperação do meio ambiente;f) As Zonas Especiais de Interesse Social, conhecidas comoZEIS, é a identificação de áreas especiais cuja destinaçãodeve contemplar a produção de moradia voltada à populaçãode baixa renda, conforme definição estabelecida na Lei deHabitação de Interesse Social, estimulando-se mecanismospara as melhorias urbanísticas no local e entorno, as recupe-rações ambientais e regularização fundiária de assentamen-tos precários e irregulares, a provisão e o incentivo para em-preendimentos de novas habitações de interesse social(HIS) e garantindo-se a dotação de equipamentos sociais, in-fraestrutura, áreas verdes e de comércio e serviços locais,necessários para a sustentabilidade dos moradores da área,cujas localizações estão definidas conforme Anexo V e as-sim subdivididas:1. ZEIS 1 - Áreas internas ao Perímetro Urbano desocupa-das, subutilizadas ou então glebas ainda não parceladas, cu-jo entorno está servido de equipamentos e infraestrutura, comgrande potencial para produção de habitação de interessesocial.2. ZEIS 2 - Áreas ocupadas por comunidades em assenta-mentos precários e irregulares, com grande potencial de ur-banização e produção de habitação de interesse social.g) Zona Rural que compreende todo o restante do territóriodo município excluídas as Zonas Urbana e de Expansão Ur-bana definidas nesta lei e na Lei de Parcelamento, Uso eOcupação do Solo e cujas ações estão definidas no PlanoEstratégico Rural.§ 1º - A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e/oua Lei de Habitação de Interesse Social (HIS) estabelecerãoregramento para a política de utilização das ZEIS como ga-rantia de produção e oferta de habitação destinada à popu-lação de baixa renda, conforme definição estabelecida na Leide Habitação de Interesse Social.§ 2º - Os empreendimentos protocolados até a aprovaçãodesta lei que estão inseridos nas ZEIS demarcadas nestePlano Diretor poderão continuar sua tramitação com base nalegislação em vigor quando de sua inicial.§ 3º - As regras definidas na legislação citada no parágrafoprimeiro devem viabilizar a regularização fundiária dos assen-tamentos precários existentes e consolidáveis ao mesmotempo em que devem facilitar a produção de moradias de in-teresse social, mediante padrões urbanísticos e edilíciosmais populares, sempre com o cuidado de garantir condi-ções de moradia adequada.§ 4º - Será possível a utilização de imóveis edificados não uti-lizados ou subutilizados, internos ao Perímetro Urbano, paraa promoção de empreendimentos habitacionais de interessesocial ou de mercado popular conforme definição na Lei deHabitação de Interesse Social.§ 5º - Qualquer área, mesmo não demarcada como ZEIS, po-derá ser utilizada como tal por proposta do seu proprietário/

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empreendedor, desde que o empreendimento proposto seenquadre nas normas estabelecidas pela Lei de Habitaçãode Interesse Social.§ 6º - Novas áreas poderão ser identificadas como ZEIS 1 eZEIS 2 na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo(LPUOS), na Lei de Habitação de Interesse Social (LHIS) ouem outra lei específica, considerando sua diversidade de po-tencial expansivo da estrutura urbana e o interesse socialdestas áreas.Artigo 57 - A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solodeve contemplar plano estratégico de uso e de ocupação dosolo de forma sustentável na região definida como Zona deUso Especial (ZUE), atendendo estudos técnicos específi-cos, a fim de garantir:I - a criação de um sistema de áreas verdes formado por par-ques, parques lineares e remanescentes florestais interliga-dos por meio de corredores ecológicos e de fauna;II - o estudo e o gerenciamento dos passivos ambientais exis-tentes;III - a solução de passivo urbanístico relacionado ao sistemaviário;IV - a solução dos passivos relacionados ao saneamento bá-sico, especialmente coleta de esgoto e drenagem urbana;V - o disciplinamento das atividades antrópicas;VI - a preservação e conservação da foz do córrego do Es-goto com vistas a implantação de sistema de captação e tra-tamento de água do rio Pardo para abastecimento público;VII - a implantação de sistemas de detenção, filtragem e infil-tração de águas pluviais, potencializando a recarga do aquí-fero Guarani;VIII - o controle da quantidade e da qualidade da água infil-trada;IX - o saneamento ambiental nas áreas urbanas e rurais;X - o controle e monitoramento da ocupação das áreas agrícolas.Artigo 58 - O parcelamento do solo para fins urbanos na ZUE,tanto na Zona Urbana quanto na Zona de Expansão Urbana,respeitará a reserva mínima de 35% (trinta e cinco por cento)do total a ser parcelado como áreas livres de uso público des-tinado à recomposição florestal e sistemas de lazer.§ 1º - Nos casos em que os estudos técnicos não comprovema eficácia do sistema de infiltração de águas pluviais a Admi-nistração Municipal poderá exigir percentual maior do queaquele definido no “caput”. O percentual excedente poderáser compensado fora do perímetro parcelado, em área deinteresse ambiental localizada na zona de recarga do aquíferoGuarani, respeitado o interesse público e justificado pelo ór-gão ambiental competente.§ 2º - Será obrigatória, a expensas do empreendedor, a res-tauração ecológica, o tratamento paisagístico e a implanta-ção de infraestruturas de lazer no total de áreas livres pú-blicas, em conformidade com projetos aprovados pela Se-cretaria Municipal do Meio Ambiente e pela Secretaria dePlanejamento e Gestão Pública, bem como sua manutençãopelo período mínimo de cinco (5) anos.Artigo 59 - São tidas como preferenciais as ocupações dasáreas vazias contidas no interior do Perímetro Urbano.Artigo 60 - A orientação do crescimento físico da área urba-nizada sobre a Zona de Expansão Urbana dar-se-á de formahomogênea em todas as direções a partir do Perímetro Ur-bano, considerando o interesse público na urbanização pró-xima à infraestrutura existente e com capacidade de utiliza-ção dos serviços públicos e equipamentos sociais e comuni-tários já implantados.§ 1º - Haverá outorga onerosa e/ou contrapartida em bene-fícios urbanísticos decorrentes da aprovação de empreendi-mentos que ultrapassem o Coeficiente de Aproveitamento(CA) básico igual a uma vez a área do terreno, que necessi-tem de alteração de uso do solo ou por ação de mitigação dosimpactos a serem gerados no entorno.§ 2º - A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo regu-lamentará os procedimentos decorrentes dos termos no pa-rágrafo anterior considerando, no mínimo:a) Densidade populacional;b) Proximidade com as áreas urbanizadas;c) Disponibilidade de equipamentos públicos e infraestrutura;

d) Interesse social.§ 3º - A orientação de crescimento, a que se refere o caput,deverá respeitar as restrições de uso e ocupação do solo,assim como a política urbana de expansão do território, es-tabelecidas na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação doSolo, em especial ao descrito nas definições dos Macrozo-neamentos Ambiental e Urbanístico, assim como no Códigodo Meio Ambiente do Município e no Plano de Macrodre-nagem.

SEÇÃO VDO MEIO AMBIENTE

Artigo 61 - Cabe ao Poder Público e à coletividade garantir omeio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à sa-dia qualidade de vida e ao bem-estar da população, para aspresentes e futuras gerações, e essencial à manutenção dasdemais formas de vida.Artigo 62 - A Política Municipal do Meio Ambiente abrange aGestão Ambiental, que é regida por princípios, objetivos, nor-mas gerais e instrumentos, de modo a promover a conserva-ção, preservação, uso sustentável, recuperação e restaura-ção do ambiente natural e garantindo a qualidade dos recur-sos naturais e serviços dos ecossistemas, além da proteçãodas espécies, habitats e ecossistemas e da manutenção dosprocessos ecológicos.Parágrafo Único - O Poder Executivo Municipal, na implanta-ção da Política Municipal de Meio Ambiente, considerará asdiretrizes definidas pelos órgãos municipais competentes edeliberações do Conselho Municipal de Defesa do Meio Am-biente (COMDEMA).Artigo 63 - A Gestão Ambiental de que trata o artigo anteriorterá por base:I - as bacias hidrográficas do Município como unidades fí-sico-territoriais de planejamento;II - o diagnóstico ambiental;III - a avaliação da capacidade de suporte dos ecossistemas;IV - o zoneamento ambiental.Artigo 64 - São instrumentos da Política Municipal de MeioAmbiente, além de outros previstos na legislação:I - Código Municipal do Meio Ambiente e demais leis comple-mentares a este Plano Diretor;II - Sistema de Informação para Proteção Ambiental (SIAPA),um banco de dados com informações sobre fatores e fenô-menos físicos, biológicos e antrópicos do meio, baseado prin-cipalmente num Sistema de Informações Geográficas (SIG);III - diagnósticos ambientais, relativos aos ecossistemas, àfauna e à flora, aos recursos hídricos, às áreas naturais pro-tegidas, aos espaços livres de uso público, etc.;IV - planejamento ambiental, com respectivos programas eprojetos;V - Plano Estratégico do Sistema de Áreas Verdes e Arbo-rização Urbana;VI - Plano Municipal da Mata Atlântica e do Cerrado;VII - Avaliação de Impacto Ambiental - AIA;VIII - zoneamento ambiental;IX - gerenciamento ambiental;X - diretrizes ambientais, diretrizes de construção e parece-res técnicos para parcelamento do solo, edificações e ativi-dades;XI - licenciamento ambiental de empreendimentos e ativida-des efetiva ou potencialmente poluidoras ou que possam,sob qualquer forma, causar degradação ambiental;XII - controle, monitoramento e fiscalização de atividadesefetiva ou potencialmente poluidoras, com poder de políciaadministrativa;XIII - compensação ambiental pelo dano ao meio ambiente epelo uso de recursos naturais;XIV - penalidades administrativas;XV - Fundo Pró Meio Ambiente;XVI - pagamento por serviços ambientais e outros mecanis-mos de estímulo e incentivo à preservação e conservação,recuperação e melhoria do meio ambiente;XVII - medidas destinadas a promover a pesquisa e a capa-citação tecnológica orientadas para a preservação e conser-vação, recuperação e melhoria do meio ambiente;XVIII - Plano Municipal de Educação Ambiental e meios des-

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RIBEIRÃO PRETO - SP

tinados à conscientização pública;XIX - fomento ao uso de tecnologias ambientais sustentá-veis, medidas que preservem, protejam, recuperem e melho-rem o meio ambiente, concedendo, para tanto, incentivos fis-cais no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) com odenominado IPTU VERDE.Artigo 65 - O Planejamento Ambiental do Município será ela-borado de forma integrada com as diversas áreas da Admi-nistração Municipal, em especial com os órgãos municipaiscompetentes para desenvolver o Planejamento Urbano.Artigo 66 - As diretrizes gerais da produção e da organizaçãodo espaço físico do Município deverão ser compatibilizadascom o Planejamento e o Zoneamento Ambientais.Artigo 67 - O Município passa a ser subdividido, de acordocom o Zoneamento Ambiental, considerados os aspectosgeológicos, geotécnicos, hidrogeológicos, pedológicos, bió-ticos, antrópicos e riscos potenciais, nas seguintes zonas:I - Zona de Proteção Máxima (ZPM): Áreas de PreservaçãoPermanente, nas dimensões previstas no Código Florestalou no Código Municipal do Meio Ambiente, este quando maisrestritivo; planícies aluvionares (várzeas); Reservas Legais;áreas recobertas por vegetação natural; demais áreas espe-cialmente protegidas no Município.II - Zona de Uso Especial (ZUE): área de afloramento dasFormações Botucatu e Pirambóia (aquíferos), corresponden-te à zona de recarga do Aquífero Guarani, onde são identifi-cáveis diferentes setores com características específicas emfunção das suas condições naturais (geologia, topografia,hidrografia, etc.) ou das características do entorno, e seráobjeto de subdivisões (zoneamento) e diretrizes específicas;III - Zona de Uso Disciplinado (ZUD): compreendendo a áreada Formação Serra Geral (basalto), subdivida em:a) ZUD 1: área interna ao anel viário;b) ZUD 2: área externa ao Anel Viário, nos sentidos Norte eNoroeste do Município;c) ZUD 3: área externa ao Anel Viário, no sentido Sul e Su-deste do município, até o divisor das bacias hidrográficasMogi-Pardo;d) ZUD 4: área situada a Sul do Município, na bacia hidrográficado rio Mogi Guaçu.§ 1º - Inseridas nas zonas ambientais, determinadas áreasespeciais podem ser objeto de diretrizes específicas, quan-do consistirem em áreas vulneráveis, críticas, seja em ter-mos de capacidade de suporte (natural ou de infraestrutura),passivos ambientais, relevância ambiental.§ 2º - As subdivisões e diretrizes específicas citadas no incisoII serão definidas no Plano Estratégico de Uso e OcupaçãoSustentável da ZUE.Artigo 68 - A fim de garantir o meio ambiente ecologicamenteequilibrado, cabe ao Poder Público e à coletividade conside-rar, necessariamente, as seguintes ações:I - desenvolver instrumentos e programas visando à recupe-ração ambiental de Áreas de Preservação Permanente e deReservas Legais, sobretudo daquelas localizadas na Zonade Urbanização Especial, no entorno de Unidades de Con-servação e em áreas especiais;II - criar Unidades de Conservação municipais em áreas deespecial interesse ambiental, considerando os diagnósticosambientais, a importância ecológica do ecossistema, sua lo-calização, uso do solo no entorno, etc.;III - estabelecer zonas de amortecimento disciplinando o usoe a ocupação do solo no entorno das Unidades de Conser-vação municipais e dos fragmentos de vegetação natural;IV - desenvolver diretrizes municipais de conectividade eco-lógica entre fragmentos de vegetação natural e outras Zonasde Proteção Máxima, de modo a possibilitar um maior fluxogênico e uma maior movimentação da biota, favorecendo apreservação e conservação e a recuperação de ecossistemasnaturais;V - implementar uma rede de parques lineares priorizando aconectividade e integração entre espaços livres de uso pú-blico;VI - assegurar a preservação da fauna regional, garantindoa qualidade ambiental do meio urbano e principalmente dosecossistemas que constituem seu habitat natural;

VII - garantir a qualificação dos espaços livres de uso públicoe sua função social, considerando as demandas sociais, osaspectos ambientais e os processos ecológicos;VIII - promover a gestão ambiental integrada, inclusive coma integração do Código do Meio Ambiente com os planos derecursos hídricos, tais como os Planos de Bacias das Unida-des de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Pardo e doMogi-Guaçu;IX - garantir a proteção e a conservação do Aquífero Guaraninos diversos setores da Zona de Uso Especial, disciplinandoo uso e a ocupação do solo, sobretudo no tocante às áreaspermeáveis e às fontes potenciais de contaminação, obje-tivando a manutenção do abastecimento público em termosquantitativos e qualitativos, para as presentes e futuras ge-rações;X - realizar o levantamento e o cadastramento das fontes po-tenciais de contaminação e dos passivos ambientais locali-zados na Zona de Uso Especial, além de promover ações decontrole para os impactos ambientais potenciais e de re-mediação para o passivo identificado, garantindo a qualida-de e a potabilidade da água do manancial subterrâneo, paraas presentes e futuras gerações;XI - promover convênios com os Estados, Municípios e ór-gãos responsáveis pela gestão dos recursos hídricos, comvistas ao uso sustentável do Aquífero Guarani;XII - estabelecer critérios e incentivar o manejo racional eeficiente dos recursos hídricos utilizados no setor produtivo(industrial, agropecuário) através do reuso e ou utilização deágua de superfície;XIII - estabelecer critérios e executar programas de controlede fontes poluidoras do solo, bem como atuar no controle erecuperação de áreas degradadas;XIV - garantir e controlar a destinação final ambientalmenteadequada dos resíduos sólidos;XV - estabelecer zonas de amortecimento disciplinando ouso e a ocupação do solo no entorno de zonas de uso em-presarial exclusivo ou prioritário;XVI - estimular nas obras de requalificação de edificações an-tigas ou em novos empreendimentos, residenciais ou não, ouso de tecnologias que beneficiem o meio ambiente, tais comoreuso de água, coleta e uso de águas pluviais, aquecimento eenergia solar e geração de energia limpa, dentre outros.Artigo 69 - O Poder Público elaborará o Plano Municipal deMudança do Clima, com os objetivos de mitigar as emissõesde gases do efeito estufa (GEE), contribuindo na escala localcom os propósitos da “Convenção-Quadro das Nações Uni-das sobre Mudança do Clima”, e adaptar-se às alteraçõesambientais provocadas pelas mudanças climáticas.Parágrafo Único - O plano será regido por princípios, diretri-zes, metas, programas e ações restritivas ou incentivadoras,envolvendo compromissos e atitudes voluntárias entre ór-gãos públicos, sociedade civil organizada, empresas priva-das, terceiro setor e a coletividade.Artigo 70 - As estratégias de mitigação e de adaptação àsmudanças climáticas deverão ocorrer, sobretudo, nos seto-res de transportes, energia, gerenciamento de resíduos,construção civil, uso do solo, agropecuária, saúde, conser-vação da biodiversidade, gestão de espaços livres públicose arborização, comunicação social, entre outros.Parágrafo Único - O planejamento e a implementação dasestratégias previstas no “caput” deverão priorizar a manuten-ção e o acréscimo de umidade nos ecossistemas urbanos,rurais e naturais, visando evitar a aridização desses ambien-tes e o reequilíbrio do ciclo hidrológico.Artigo 71 - No âmbito de proteção, controle e melhoria do meioambiente do Município, o Poder Executivo Municipal deverá:I - articular a participação da Sociedade Civil organizada nasações de controle e valorização do meio ambiente do Muni-cípio, particularmente na iniciativa privada, em empreendi-mentos de interesse comum;II - propiciar a organização e integração das ações dos di-ferentes setores do Poder Executivo Municipal e do PoderLegislativo, buscando a colaboração do Ministério Públicodo Estado de São Paulo;III - assegurar a participação democrática das entidades am-

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Diário Oficial1414141414 Quinta-feira, 03 de Maio de 2018RIBEIRÃO PRETO - SP

bientalistas e da Sociedade Civil, através de seus Conse-lhos, na formulação da política ambiental.Artigo 72 - As bases normativas da política municipal do meioambiente, bem como os instrumentos e as normas para aadministração, proteção e controle dos recursos ambientaise da qualidade do meio ambiente no Município de RibeirãoPreto, em complemento ao Plano Diretor, ficam definidas noCódigo Municipal do Meio Ambiente.

SEÇÃO VIDO SANEAMENTO BÁSICO

Artigo 73 - A Política Municipal de Saneamento Básico, ins-tituída por lei complementar, observará o estabelecido nestePlano Diretor e leis superiores que definam o marco regulatórioobrigatório para o saneamento básico municipal, ponderan-do soluções de saneamento em âmbito de região metropo-litana, considerando bacias hidrográficas como unidades fí-sico territoriais de planejamento.Artigo 74 - Para os efeitos desta Lei, considera-se sanea-mento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e insta-lações operacionais de:I - abastecimento de água potável: constituído pelas ativida-des, infraestruturas e instalações necessárias ao abasteci-mento público de água potável, desde a captação até as li-gações prediais e respectivos instrumentos de medição;II - esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, in-fraestruturas e instalações operacionais de coleta, transpor-te, tratamento e disposição final ambientalmente adequadados esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seulançamento final no meio ambiente;III - limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjuntode atividades, infraestruturas e instalações operacionais decoleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação finalambientalmente adequada dos resíduos sólidos urbanos ori-ginários dos serviços públicos de limpeza urbana e de ati-vidades domésticas, além de outros determinados por nor-ma administrativa de regulação;IV - drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjun-to de atividades, infraestruturas e instalações operacionaisde drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, deten-ção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheiase a recarga do manancial subterrâneo, tratamento e disposi-ção final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.Artigo 75 - O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB)será elaborado com horizonte de 30 (trinta) anos e será atua-lizado no final de cada período previsto em lei, ou, a qualquertempo, determinado por novas diretrizes da Legislação Na-cional de Saneamento.Parágrafo Único - O PMSB definirá prazos para elaboraçãodos planos setoriais de Abastecimento de Água Potável, deEsgotamento Sanitário, de Drenagem e Manejo das ÁguasPluviais Urbanas, de Limpeza Urbana e Manejo de ResíduosSólidos e de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.Artigo 76 - A Política Municipal de Saneamento e o PMSB,assim como a prestação dos serviços públicos de sanea-mento básico, serão baseadas nos seguintes princípios:I - universalização do acesso aos serviços de saneamentobásico, mediante tecnologias apropriadas à realidade so-cioeconômica e ambiental;II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas asatividades e componentes de cada um dos serviços de sa-neamento básico, propiciando à população o acesso na con-formidade de suas necessidades e maximizando a eficáciadas ações e resultados;III - direito à salubridade e sustentabilidade ambiental;IV - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpezaurbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formasadequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;V - disponibilidade, em todas as áreas urbanizadas, de ser-viços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequa-dos à saúde pública e à segurança da vida e do patrimôniopúblico e privado;VI - adoção de métodos, técnicas e processos que conside-rem as peculiaridades locais e regionais;VII - eficiência e sustentabilidade econômica, com uso detecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pa-

gamento dos usuários e a adoção de soluções graduais eprogressivas;VIII - direito à informação e transparência das ações baseadaem sistemas de informações e processos decisórios institu-cionalizados;IX - participação e controle social, entendido como o conjuntode mecanismos e procedimentos que garantem à sociedadeinformações, representações técnicas e participações nosprocessos de formulação de políticas, de planejamento e deavaliação relacionados aos serviços públicos de saneamen-to básico;X - segurança, qualidade e regularidade;XI - integração das infraestruturas e serviços com a gestãoeficiente dos recursos hídricos.XII - titularidade municipal, tendo o município autonomia ecompetência para organizar, regular, controlar e promover arealização dos serviços de saneamento ambiental, direta-mente ou sob regime de concessão ou permissão, associadocom outros municípios ou não;XIII - direito à educação sanitária e ambiental continuada, in-corporada na gestão dos serviços de saneamento de modoa permitir a difusão de comportamentos responsáveis emrelação ao uso dos recursos naturais e a correta utilizaçãodos serviços.Artigo 77 - A fim de garantir o alcance de níveis crescentesde salubridade ambiental, cabe ao Poder Público e à coleti-vidade considerar as seguintes ações e diretrizes:I - detecção e controle de perdas com redução do desperdí-cio de água potável disponibilizada na rede de distribuição eimplantação de melhorias de rede;II - estímulo, através de programas de consumo adequado,à redução dos desperdícios de água potável;III - implantação de um sistema de reserva de água potávele setorização do sistema de distribuição;IV - controle especial sobre grandes consumidores;V - interação permanente do operador dos serviços de abas-tecimento de água com o Sistema Municipal de Informaçõesem Saneamento Básico;VI - criação e manutenção do Sistema Municipal de Informa-ções em Saneamento Básico, que reunirá todas as informa-ções dos serviços de saneamento planejado e em operação,para disponibilizá-las aos usuários e aos demais sistemas deinformações de outros níveis de governo;VII - identificação de retenções inadequadas de águas plu-viais que contribuam com os vetores perniciosos à saúde,com sua devida adequação;VIII - redução das deposições em locais inadequados, públi-cos ou privados, de resíduos de qualquer natureza;IX - uso econômico dos resíduos sólidos urbanos e do esgototratado, mediante técnicas de reciclagem, compostagem egeração de energia;X - adoção de parâmetros e metas baseadas em indicadoresdisponíveis, por todos os níveis de governo, sobre o sanea-mento básico e áreas afins, assim como nos demais índicesde qualidade de vida que possam garantir o atendimento es-sencial à saúde pública;XI - estabelecimento de metas de curto, médio e longo pra-zos para a educação sanitária e ambiental, além da norma-tização e celebração de convênios e acordos com a União,Estados, outros Municípios, empresas privadas e institui-ções de ensino e pesquisas para atingir os objetivos;XII - planejamento apoiado nos indicadores de desenvolvi-mento econômico e social, de expansão urbana, do cresci-mento demográfico, de meio ambiente e das fontes possí-veis de captação de água para abastecimento público;XIII - cadastramento físico permanentemente atualizado dasredes de abastecimento de água no município; das redes degalerias e demais equipamentos de drenagem de água plu-vial existentes no território, assim como das áreas de riscos;e das redes de esgotamento sanitário;XIV - Incentivo à coleta e reuso das águas pluviais nas edi-ficações;XV - obrigatoriedade, em parcelamentos do solo sobre a zo-na de recarga do aquífero Guarani, de sistemas de drena-gem associados a técnicas de recarga artificial de aquíferos,

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a ser analisada e aprovada pela Secretaria Municipal deMeio Ambiente;XVI - incentivar o reuso de água proveniente de Estações deTratamento de Esgoto Sanitário, atendendo a padrões de qua-lidade e fins previstos em normativas estaduais e federais;XVII - adoção de tecnologia e soluções de eficiência energéticaem todo o sistema de bombeado de água.

SUBSEÇÃO IABASTECIMENTO DE ÁGUA

Artigo 78 - O abastecimento de água potável no municípioserá considerado serviço essencial e terá no planejamento or-çamentário anual suas dotações como prioritárias para in-vestimentos e garantia do atendimento mínimo à população.§ 1º - A operação do serviço de abastecimento de água ficarásubordinada às metas estabelecidas no PMSB.§ 2º - Para garantir a distribuição universal e viabilidade deacesso ao serviço de abastecimento domiciliar de água paratoda a população o Poder Público Municipal poderá adotarmecanismos de financiamento do custo de implantação edos serviços medidos.Artigo 79 - A gestão dos recursos hídricos para abastecimen-to público deverá considerar, necessariamente, planos eações que visem a redução do consumo, redução de perdase implantação de sistema de coleta e tratamento de águassuperficiais.

SUBSEÇÃO IIESGOTAMENTO SANITÁRIO

Artigo 80 - A prestação dos serviços de esgotos é de com-petência do Município, que poderá exercê-la diretamente oumediante concessão.§ 1º - O Município deverá buscar a totalidade do tratamento doesgoto sanitário, dentro dos padrões técnicos recomendados.§ 2º - O Poder Executivo Municipal poderá promover articu-lações, celebrar convênios, se necessários, com outros mu-nicípios que pertençam a Bacia do Pardo ou Mogi para rea-lização de ações de interesse comum.Artigo 81 - Os efluentes industriais ou outros efluentes nãodomésticos, que contenham substâncias tóxicas ou caracte-rísticas agressivas, ou que apresentem uma Demanda Bio-química de Oxigênio - DBO5 - superior a 300 mg/l (trezentosmiligramas por litro), somente poderão ser lançados no sis-tema de esgoto, após tratamento adequado que assegure aesses efluentes, características semelhantes às dos esgotosdomésticos.§ 1º - O tratamento referido no “caput” será de responsabili-dade do gerador, a quem caberá todo o ônus da elaboraçãodo plano de gestão integrada (PGI), licenciamento e execu-ção do planejado e questões dele decorrente.§ 2º - A análise e aprovação dos processos de tratamento dosesgotos para lançamento no sistema público de coleta, nosolo ou nos corpos d’água, serão realizadas pelo órgão com-petente de controle ambiental.

SUBSEÇÃO IIIDRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANASArtigo 82 - O PMSB estabelecerá as diretrizes para o plane-jamento e definirá suas metas a partir das prioridades deinvestimentos em equipamentos de infraestruturas, por micro-bacias, para contenção de águas pluviais prevendo o aprovei-tamento ou escoamento controlado e garantindo vazão edispersão adequada tanto na microdrenagem como na ma-crodrenagem.Parágrafo Único - Todas as obras definidas no PMSB, paraatender o eixo drenagem, serão hierarquizadas obedecendoa critérios técnicos e de riscos às populações das respecti-vas microbacias e as execuções poderão ser diretas ou porconcessões.Artigo 83 - O serviço urbano de drenagem pluvial deveráassegurar, através de sistemas físicos naturais e construídos,o escoamento das águas pluviais em toda a área do municí-pio, de modo a propiciar segurança, prevenção de doençase conforto a todos os seus habitantes.§ 1º - O Poder Executivo Municipal poderá promover articu-lações, celebrar convênios, se necessários, com outros mu-nicípios que pertençam a Bacia do Pardo ou Mogi para rea-lização de ações de interesse comum.

§ 2º - O Poder Público Municipal promoverá articulações comos municípios integrantes da Região Metropolitana que con-tribuem com o aumento da vazão do fluxo de drenagenspluviais nos córregos que passam pelo Município, prevendoações e projetos em conjunto para mitigar situações adversas.§ 3º - O Poder Executivo Municipal deverá definir as servi-dões das galerias de águas pluviais e das suas contenções,de modo a garantir que sejam protegidas e permaneçamlivres e desimpedidas para eventuais manutenções e con-sertos.Artigo 84 - O Poder Executivo Municipal planejará a execu-ção, manutenção e fiscalização de todos os serviços públi-cos de limpeza do Sistema Público de Drenagem, que po-derão ser executados de forma direta ou através de concessão.Parágrafo Único - A manutenção do sistema de drenagem in-clui a limpeza e desobstrução das galerias, reservatórios dedetenção/infiltração e cursos d’água e as obras civis de recu-peração dos elementos de canalização construídos.

SUBSEÇÃO IVDOS RESÍDUOS SÓLIDOS E DA LIMPEZA URBANA

Artigo 85 - Os serviços de limpeza urbana e o manejo dosresíduos sólidos serão planejados e executados em todo oterritório municipal, seguindo as diretrizes e metas estabe-lecidas no Plano Municipal de Saneamento Básico.§ 1º - O Poder Executivo Municipal elaborará o Plano Muni-cipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos (PGIRS)que estabelecerá todos os serviços disponíveis para atenderàs necessidades de coleta, transportes, processamentos edestinação final dos resíduos.§ 2º - O Poder Executivo Municipal deverá estimular o ge-rador do resíduo à segregação da parcela reciclável comotambém o reaproveitamento da parcela orgânica.§ 3º - Cabe ao Poder Executivo Municipal contratar, subem-preitar ou conceder a prestação dos serviços nos termos dalegislação específica, ficando responsável pelo gerencia-mento e fiscalização dos mesmos.Artigo 86 - A coleta, transporte, processamento e destinaçãofinal dos resíduos industriais e da construção e demolição deobras civis, assim como os de serviços de saúde e demaisresíduos perigosos são de responsabilidade dos geradores,estando sujeitos à orientação, regulamentação e fiscaliza-ção do Poder Executivo Municipal.Parágrafo Único - O Poder Executivo Municipal promoverápor meio de normatização específica o acondicionamentoseletivo do lixo na fonte produtora, de acordo com o tipo deresíduo, tendo em vista simplificar a operação dos serviços,viabilizar o reaproveitamento econômico e propiciar umadestinação ambientalmente equilibrada.

SEÇÃO VIIDA ESTRUTURA RURAL

Artigo 87 - O uso e ocupação do solo na Zona Rural serãodisciplinados no Plano Estratégico Rural, instrumento per-manente da política agrícola, segurança alimentar e nutri-cional, agronegócios, turismo e meio ambiente rural.Artigo 88 - O Plano Estratégico Rural deverá contemplar osseguintes objetivos:I - garantir e melhorar a sustentabilidade da população rural;II - incentivar as atividades agrícolas de pequeno porte e/oufamiliares;III - formular políticas e ações administrativas que harmoni-zem a economia rural com desenvolvimento socioambiental;IV - fortalecer os canais de distribuição e comercialização daprodução municipal e o controle de sua qualidade, bem comodifundir a cultura da produção agropecuária para toda a so-ciedade;V - incentivar a preservação e conservação das paisagensnaturais, dos remanescentes de vegetação natural e da qua-lidade dos recursos hídricos;VI - incentivar o turismo rural;VII - incentivar atividades agrícolas que não utilizem produ-tos tóxicos de grande mobilidade;VIII - garantir a proteção e a conservação do Aquífero Gua-rani;IX - incentivar as atividades agroflorestais;X - São diretrizes do Plano Estratégico Rural:

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Diário Oficial1616161616 Quinta-feira, 03 de Maio de 2018RIBEIRÃO PRETO - SP

XI - promover a assistência integral à saúde da populaçãorural e o acesso a soluções locais de saneamento básico;XII - fortalecer a segurança no meio rural;XIII - adotar manejo respeitando as boas práticas agrícolas;XIV - facilitar a interação dos elos das diversas cadeias pro-dutivas do município e seus respectivos agentes;XV - apoiar a recolocação profissional de trabalhadores ru-rais deslocados de suas propriedades em função da expan-são das áreas urbanas;XVI - preservar a memória e os valores culturais, artísticos earquitetônicos da zona rural;XVII - integrar às políticas de desenvolvimento rural de nívelestadual e federal;XVIII - priorizar as culturas de longo ciclo e evitar as práticasde agricultura mecanizada em áreas de maior declive, bemcomo incentivar atividades que agreguem valor ao agrone-gócio nestas áreas;XIX - estimular a qualidade ambiental das propriedades ru-rais, fortalecendo a relação protetor-recebedor, ressaltandoo papel do agricultor como prestador de serviços ambientaisvalorizando o trabalho ambiental do agricultor.Parágrafo Único - Boas Práticas Agrícolas (BPAs) constituemum conjunto de procedimentos e recomendações aplicadaspara garantir a qualidade do produto agrícola, assim como asaúde, o bem-estar e a segurança do trabalhador rural, alémde conservar o meio ambiente por meio da utilização susten-tável dos recursos naturais.Artigo 89 - O Plano Estratégico Rural desenvolverá políticaspara fortalecimento da cadeia produtiva, dos negócios, even-tos e estudos, aprimorando a cidade como polo contemporâ-neo e importante de serviços e atividades agroindustriais.Parágrafo Único - A política que trata o caput deverá incen-tivar:I - o potencial de ciência e tecnologia dos organismos públi-cos e privados do setor agrícola;II - potencial acadêmico para ciências agrárias e gestão deagronegócios;III - eventos agroindustriais.

SEÇÃO VIIIDA ESTRUTURA URBANA

Artigo 90 - A cidade será estruturada com base na organiza-ção de Unidades de Ocupação Planejada, que serão locali-zadas e subdivididas no tecido urbano, segundo os condi-cionantes impostos pelos fatores sociais, econômicos e am-bientais, pela mobilidade urbana e pelas facilidades para im-plantação das infraestruturas.Parágrafo Único - Constituem-se unidades de ocupação pla-nejadas porções de áreas intraurbanas dotadas de variadostipos de uso de solo, tais como, habitação horizontal, habita-ção vertical, comércio e serviços não incômodos ou perigo-sos, indústria não incômoda, lazer, educação e saúde, con-siderando que os deslocamentos entre as habitações e ou-tras atividades deverão perfazer em média 500 (quinhentos)metros, priorizando a mobilidade urbana acessível por modonão motorizados.Artigo 91 - Constituem diretrizes específicas da organizaçãofísico-territorial do município:I - promover, por meio de incentivos e parcerias com a inicia-tiva privada, instituições e órgãos públicos estaduais e fede-rais, a ocupação dos vazios urbanizáveis, coordenando e di-recionando a expansão urbana;II - criar e delimitar unidades de ocupação planejadas au-tossustentáveis do ponto de vista das necessidades básicasdo cidadão, caracterizadas pelo uso misto e densidades deocupação variadas em seu interior;III - estimular a oferta de áreas comerciais e de serviços dasunidades de ocupação planejadas, de modo a promover odesenvolvimento sustentável dos bairros, através da cons-tituição de subcentros urbanos, prevendo a instalação de in-fraestrutura adequada às densidades e tipos de uso almeja-dos, atraindo a concentração de atividades comerciais e deserviços, gerando assim novos polos de desenvolvimentopara a cidade;IV - incentivar a distribuição geográfica de empreendimentosgeradores de emprego e renda e de empreendimentos pro-

vedores de serviços de saúde e educação;V - na alteração do uso e ocupação do solo já consolidado dequalquer unidade de ocupação, deverá ser precedida de Es-tudo de Impacto de Vizinhança específico, que inclua o PlanoEstratégico e Financeiro, comprovando a sua viabilidade so-cioeconômica, a ser discutida previamente com toda a comu-nidade diretamente atingida, através de audiências públicas.§ 1º - Os subcentros urbanos deverão ser estruturados demodo a localizar as atividades periódicas e não periódicasdos munícipes e serem acessíveis prioritariamente aos meiosnão motorizados e ao transporte coletivo.§ 2º - As unidades de ocupação planejadas e os subcentrosurbanos serão localizados e subdivididos de acordo com aárea necessária para implantação dos usos e densidadesespecificados nos itens anteriores.§ 3º - Os usos residenciais distribuir-se-ão no tecido urbanode acordo com o zoneamento ambiental e deverão seguir àsdiretrizes e requisitos estabelecidos na lei de Parcelamento,Uso e Ocupação do Solo e na Lei de Habitação de InteresseSocial.§ 4º - Os usos não residenciais distribuir-se-ão no tecido ur-bano de acordo com o zoneamento ambiental e deverão se-guir às diretrizes e requisitos estabelecidos pela Lei de Par-celamento, Uso e Ocupação do Solo, sendo que as ativida-des de índice ambiental moderado e que sejam geradoras degrande volume de tráfego de cargas, preferencialmente de-verão ser localizados nas unidades de ocupação planejadaque margeiam o anel viário e as rodovias que cortam o mu-nicípio.Artigo 92 - A gleba inserida na área urbana em cuja região deentorno imediato (REI) se desenvolvam atividades predomi-nantemente urbanas, caracterizará área urbana para todosos fins.Parágrafo Único - A agricultura urbana e periurbana atendea função social e é admitida quando se destina ao autocon-sumo, trocas e doações ou comercialização, reaproveitando-se de forma eficiente e sustentável os recursos e insumoslocais, excetuando-se do enquadramento previsto no caputdeste artigo, desde que seja comprovada como atividadeprincipal de seu possuidor ou proprietário.Artigo 93 - Constituem condicionantes ambientais da organi-zação físico-territorial do município:I - a não urbanização das áreas demarcadas como Zonas deProteção Máxima (ZPM) pelo Macrozoneamento Ambiental;II - a formação de um sistema de parques lineares de fundosde vale para atividades culturais e de lazer;III - a promoção de incentivos para o recebimento de doaçãoe/ou permuta ao Município das áreas localizadas nas zonasde proteção máxima para implantação dos parques lineares;IV - o controle da densidade da ocupação do solo em áreasde vulnerabilidade ambiental ou limitações nas infraestruturasde saneamento básico;V - a reserva, na implantação de atividades ou parcelamentodo solo, de áreas permeáveis e áreas verdes públicas;VI - a manutenção e a preservação e conservação dos re-manescentes de vegetação e a promoção de restauraçãoecológica de locais degradados;VII - o incentivo à criação de áreas protegidas, de áreas ver-des e de equipamentos comunitários, visando a preservaçãoe conservação de áreas florestadas.Artigo 94 - Constituem condicionantes do sistema viário e demobilidade urbana da organização físico-territorial do muni-cípio:I - a interligação entre os setores e subsetores da cidade,bem como entre os subcentros urbanos e unidades de ocu-pação planejadas;II - a localização de subcentros urbanos ao longo dos eixosde circulação formados por vias principais, de acordo com ahierarquia viária;III - a acessibilidade urbana nos deslocamentos necessáriospara a utilização do transporte coletivo e de transporte nãomotorizado, assim como o acesso aos equipamentos sociaise coletivos.§ 1º - Quando da implantação de vias que compõem o PlanoViário as quais comportem o transporte coletivo e que defi-

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nem eixos de estruturação urbana for necessária a remoçãode famílias de baixa renda que moram nestas áreas deveráser promovida a transferência desta população afetada parasoluções habitacionais preferencialmente no entorno, emconformidade com os critérios da Política e dos Programasde Habitação.§ 2º - As questões que se remetem ao inciso II deste artigodevem compreender os parâmetros de seu planejamento ar-ticulado com o estabelecimento de incentivos aos imóveisenvolvidos, em especial os coeficientes de aproveitamento,estejam estes imóveis nas ZEIS ou não, com o objetivo deproduzir habitações de interesse social próximas a esseseixos viários estruturantes, atendendo ao conceito das Uni-dades de Ocupação Planejada.

SEÇÃO IXDO MOBILIÁRIO URBANO

Artigo 95 - Lei específica de iniciativa do Poder ExecutivoMunicipal tratará da definição, concepção, ordenamento eacessibilidade do mobiliário urbano a ser implantado no mu-nicípio de Ribeirão Preto.Parágrafo Único - Entende-se como mobiliário urbano todoelemento implantado no espaço público da cidade, integran-te da paisagem urbana, de natureza utilitária, publicitária oude interesse urbanístico, paisagístico, simbólico ou cultural,subdivididos em:I - anúncios - toda forma de transmissão de informações atra-vés de palavras, imagens, música, recursos audiovisuais e/ou efeitos luminosos visíveis de logradouros públicos, insta-lados em imóveis, edificados ou não, particulares ou públi-cos que indique a existência ou as qualidades de um deter-minado produto ou serviço;II - elementos de sinalização urbana - todo tipo de informaçãohorizontal ou vertical cujo objetivo seja informar, indicar, aler-tar ou orientar o usuário do espaço urbano quanto a circula-ção, transporte, localização de equipamentos urbanos ou si-milares;III - elementos aparentes da infraestrutura - todos elementosque são implantados para permitir serviços urbanos de ne-cessidade pública;IV - elementos de serviços de comodidade pública - todoselementos implantados na cidade que refletem no eficientee eficaz uso do espaço público pela sociedade, impondo-lhemaior conforto, fluidez, segurança, prazer, ambientação vi-sual e melhoria na qualidade de vida.Artigo 96 - A lei que dispuser sobre o mobiliário urbano terácomo principais objetivos:I - melhorar a qualidade de vida dos usuários do espaçourbano de Ribeirão Preto, contribuindo para o bem-estar dapopulação;II - respeitar e preservar a qualidade da paisagem urbana, noseu aspecto visual, sonoro e ambiental;III - garantir as condições de segurança, fluidez e conforto nodeslocamento de pedestres e pessoas com dificuldades delocomoção, de veículos não motorizados, de veículos moto-rizados coletivos e de veículos motorizados individuais, res-pectivamente nesta prioridade;IV - permitir a acessibilidade com autonomia e segurança atodos os usuários do espaço urbano, inclusive a pessoascom deficiência ou com mobilidade reduzida, em atendimen-to à legislação pertinente;V - estimular a parceria entre o Poder Executivo Municipal, ainiciativa privada e órgãos estaduais e federais na solução eimplantação de projetos de mobiliário urbano tendo comocontrapartida a qualidade ambiental da cidade, o bem-estarda sociedade e a comodidade pública;VI - ordenar o espaço da cidade, através da implantação domobiliário urbano desenvolvido com conceito de desenhouniversal;VII - garantir os padrões internacionais de cores e linguagemna sinalização urbana em consonância com o interesse noturismo internacionalizado.Artigo 97 - O mobiliário urbano a ser implantado deverá per-mitir a acessibilidade das pessoas com dificuldades de lo-comoção, seja por motivos físicos ou sensoriais, definitivosou transitórios, assim como não poderão impedir o livre aces-

so e a permanência nos espaços urbanos e sua justa e per-feita utilização.Artigo 98 - Deverão ser respeitadas as características devalor histórico, cultural e artístico do mobiliário urbano já exis-tente, priorizando sua implantação a uma padronização deelementos aprovados pela Prefeitura Municipal, através deseus órgãos técnicos competentes, podendo haver projetosespecíficos destinados a áreas especiais definidos por lei.

SEÇÃO XDOS PROGRAMAS DE REESTRUTURAÇÃO URBANA

Artigo 99 - Os programas de reestruturação urbana visam aredefinição das condições de uso e ocupação do solo, a im-plantação de infraestrutura básica e o estímulo à dinamizaçãodo espaço urbano degradado ou de baixo potencial de reno-vação.Parágrafo Único - Instrumentos de planejamento, fiscais, fi-nanceiros, jurídicos ou de utilização de bens municipais des-critos nesta lei podem ser utilizados para incentivar os pro-gramas a que se refere o “caput”.Artigo 100 - Os Programas de Reestruturação visam trazerqualidade aos espaços urbanos degradados e regiões dacidade que necessitam de programas específicos para reno-var e vitalizar os usos do local por meio de operações ur-banísticas que promovam a reabilitação, a revitalização e arenovação urbana.§ 1º - A reabilitação de áreas urbanas e de edificações desítios de valor cultural deverá contemplar a recomposição deatividades do local envolvido, habilitando este espaço físicoatravés de políticas públicas e de incentivos às iniciativasprivadas para o desenvolvimento das múltiplas funções so-ciais da propriedade.§ 2º - A revitalização do espaço urbano deverá contemplar aintervenção física e social necessária para resgatar a quali-dade ambiental da área envolvida, retroagindo situação queo local já tenha experimentado ou modernizado sua infra-estrutura de forma a incentivar novas atividades na região,desenvolvendo ações sociais e econômicas compatíveiscom o entorno.§ 3º - A renovação urbana deve ser implantada em áreas ouregiões da cidade onde o atual uso e/ou ocupação do soloiniciaram um processo de retrocesso de adensamento po-pulacional, o início da degradação urbana, o esvaziamentourbano ou a consolidação de usos em um determinado pe-ríodo do dia e o abandono em outros.§ 4º - A criação de áreas de equipamentos de uso públicodeve contemplar a atração da população, atendendo as de-mandas identificadas anteriormente e contribuam para a me-lhoria da qualidade de vida de todo o entorno envolvido.§ 5º - O incentivo do uso habitacional é compatível com todosos interesses descritos neste artigo e deve ser valorizado eprevisto na reestruturação, reabilitação e dinamização urbana.Artigo 101 - Para contemplar os Programas de ReestruturaçãoUrbana o Poder Público apresentará Projetos Especiais quecontemplem as políticas traçadas no artigo anterior, em es-pecial nas seguintes regiões:I - Quadrilátero Central: considerando questões de incre-mento para a habitação, incentivo à produção de emprego erenda, melhorias na mobilidade e acessibilidade urbana,incentivos a manifestações culturais e artísticas, proteção àpaisagem urbana e garantia à segurança;II - Centro Expandido: devendo apresentar os mesmos pa-râmetros previstos para o Quadrilátero Central, consideran-do franja urbana próxima formada pelos bairros dos CamposElíseos, Vila Tibério, Vila Seixas e Alto da Boa Vista;III - Bonfim Paulista: tratando da preservação e conservaçãodo núcleo histórico e de políticas de valorização do uso dodistrito e seu entorno;IV - Corredores Terciários: normalmente vias urbanas ondese concentram a predominância de usos comerciais e deprestação de serviços, prevendo a qualificação física e osnormativos que priorizam intervenções urbanísticas capa-zes de ampliar o uso do local de forma mais qualificada;V - Subcentros urbanos: após a identificação das unidadesde ocupação planejadas, nos termos do art. 90 desta lei,devem ser providenciados planos de ocupação e valorização

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dos subcentros destas regiões.SEÇÃO XI

DO TRANSPORTE E MOBILIDADE URBANAArtigo 102 - O município de Ribeirão Preto, de acordo com asdiretrizes da Lei Federal nº 12.587/12, formulará sua políticade mobilidade urbana e aprovará o Plano de Mobilidade Ur-bana seguindo os objetivos estabelecidos neste Plano Dire-tor e demais leis pertinentes à política de mobilidade urbana,de qualquer nível de governo.Parágrafo Único - O Plano de Mobilidade Urbana a que serefere o caput deverá atender às demandas atuais e futurasdo município, respeitando a dinâmica das centralidadesurbanas da Região Metropolitana e incluindo todos os modais,motorizados e não motorizados, individuais e coletivos.Artigo 103 - O Plano de Mobilidade tem como diretrizes:I - a universalização do acesso à cidade, a melhoria da qua-lidade ambiental e o controle dos impactos no sistema de mo-bilidade gerados pela ordenação do parcelamento e uso dosolo;II - estruturar o crescimento do município por meio das di-retrizes viárias;III - fortalecer as conexões entre o centro e os bairros, de mo-do a garantir a mobilidade intraurbana e valorizar os sub-centros;IV - promover a melhoria dos sistemas de circulação atravésda descentralização das atividades geradoras de tráfegoestimulando novas centralidades;V - estruturar e incentivar o transporte não motorizado no mu-nicípio;VI - priorizar as pessoas com deficiência, pedestres, ciclistase os passageiros de transporte coletivo no uso do espaçopúblico de circulação, garantindo acessibilidade aos meiosde transportes urbanos;VII - respeitar o direito fundamental do cidadão ao transporteseguro, rápido, acessível e confortável;VIII - promover ações de priorização ao transporte coletivo edos modos não motorizados;IX - adotar corredores preferenciais de mobilidade e de trans-porte coletivo como elementos estruturadores do modelo deocupação do território, respeitando o conceito das unidadesde ocupação planejada, conforme art. 90 desta lei;X - estruturar a intermodalidade no município.XI - O Plano de Mobilidade tem como objetivos específicos:XII - implantar vias de prioridade ao transporte coletivo;XIII - implantar redes de ciclovias, ciclofaixas e suas infraes-truturas auxiliares: paraciclos e sinalização;XIV - promover melhoria das condições físicas dos pavimen-tos das calçadas e de corredores prioritários de transportecoletivo;XV - implantar ações específicas para a mobilidade da Áreado Quadrilátero Central, priorizando o transporte coletivo eos não motorizados;XVI - ordenar a circulação do transporte de carga de maneiraa minimizar sua interferência na área urbanizada;XVII - fortalecer a participação da sociedade na formulaçãoe implementação da política do transporte e circulação;XVIII - melhorar o sistema de transporte coletivo e da mobi-lidade não motorizada com vistas à redução do uso do au-tomóvel.XIX - Desenvolver em conjunto com a autoridade metropoli-tana plano de acompanhamento e fiscalização dos serviçosde transporte de passageiros intermunicipais, coibindo veí-culos ilegais, de forma a garantir qualidade e segurança aosusuários.

SUBSEÇÃO IDOS SISTEMAS VIÁRIO, CICLOVIÁRIO

E DE CIRCULAÇÃOArtigo 104 - A função do sistema viário consiste em garantirlocomoção com segurança e fluidez priorizando o pedestre,o ciclista, o transporte público e demais meios de transporte.Artigo 105 - O Sistema Viário constitui-se de uma malha viá-ria definida e hierarquizada da seguinte forma:I - VIAS ARTERIAIS - São vias destinadas à interligação dosdiversos subsetores que compõem a cidade, permitindo o rá-pido deslocamento entre os mesmos e junto às quais deve-rão estar localizados futuros sistemas de transporte coletivode alta capacidade cujos dimensionamentos serão determi-

nados na Lei do Plano Viário subdivididas em:a) Via Expressa de Fundo de Vale ou não: é a de alta velo-cidade destinada somente a veículos motorizados, com fai-xas de segurança, proibido o trânsito de pedestres, seguindoas especificações da legislação estadual e margeada por viade trânsito local ou secundária para onde as propriedadeslindeiras poderão ter acesso;b) Via Expressa Fechada: é de alta velocidade, destinada so-mente a veículos motorizados e para onde as propriedadeslindeiras não têm saída de espécie alguma vedada ao trân-sito de pedestres, seguindo as especificações da legislaçãoestadual.II - VIAS PRINCIPAIS - São as vias que delimitam os subcen-tros fazendo a interligação entre os mesmos. São destinadasà circulação geral para velocidade média:a) Avenida Parque - localizada nos fundos de vales, ondenão tem Via Expressa, respeitadas as legislações Federais,Estaduais e Municipais de proteção do meio ambiente;b) Avenidas - com largura mínima nas áreas residenciais emistas e nas áreas predominantemente industriais, cujo di-mensionamento será definido na Lei do Plano Viário.III - VIAS SECUNDÁRIAS - Destinadas à circulação local,subdividindo-se em:a) Ruas de Distribuição ou Coletoras: são aquelas que dis-tribuem ou coletam o fluxo de trânsito, a partir de ou até asvias principais, para as vias de acesso, internamente aossubcentros;b) Ruas de Circulação Local: São as que dão acesso aos lo-tes, definidas de acordo com o loteamento, respeitando-sesempre a malha viária lindeira, dando-lhe continuidade;c) Ruas de Acesso: Destinadas, exclusivamente, ao acessoaos lotes, só podendo fazer a conexão entre vias de trânsitolocal;d) Vias Parques Lineares de Fundo de Vale: Vias marginaiscontínuas ou interrompidas, destinadas ao acesso local deparques lineares, respeitando-se as legislações Federais,Estaduais e Municipais de proteção do meio ambiente.§ 1º - O sistema de vias arteriais e principais está organizadopor meio de um sistema em malha de vias perimetrais e ra-diais.§ 2º - O Plano de Mobilidade Urbana, a ser aprovado, e a Leido Plano Viário, a ser revisada, definirão a organização e hie-rarquização da malha viária municipal.Artigo 106 - O sistema cicloviário constitui-se de ciclovias eciclofaixas, assim definidas:I - Ciclovias - São vias destinadas exclusivamente ao uso debicicletas, separadas das vias destinadas ao tráfego motori-zado;II - Ciclofaixas - São faixas destinadas exclusivamente ao usode bicicletas, contíguas às faixas de tráfego motorizado.Artigo 107 - Os sistemas viário, cicloviário e de circulaçãotêm os seguintes objetivos:I - assegurar o fácil deslocamento de pessoas e bens no mu-nicípio;II - garantir a segurança dos usuários, priorizando pedestres,ciclistas, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida;III - garantir a acessibilidade às diversas áreas da cidade,com especial atenção para os setores descentralizados decomércio e serviços que propicie a consolidação dos subcen-tros urbanos;IV - garantir a continuidade da malha viária, inclusive nasáreas de expansão urbana de modo a ordenar o seu cresci-mento;V - reduzir a necessidade de deslocamento, incentivando acriação de novas centralidades próximas a bairros residenciaise às redes de transporte coletivo;VI - estabelecer um sistema hierárquico das vias para a ade-quada circulação do tráfego e segura locomoção do usuário;VII - definir as características geométricas e funcionais das vias;VIII - estabelecer um sistema cicloviário que incentive e pro-porcione o uso da bicicleta como meio de transporte e lazer;IX - planejar uma rede de terminais de integração para otransporte coletivo, incentivando a intermodalidade;X - Incentivar a criação de terminais logísticos próximos àsrodovias que cortam o munícipio;XI - Elaborar e implantar projeto de melhoria da sinalizaçãoviária (ciclistas, pedestres e veículos);

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XII - Elaborar e implantar o Plano de Mobilidade Urbana quecontemplará um Plano de Circulação de Cargas no município.Parágrafo Único - Lei Municipal específica instituirá o Planode Mobilidade Urbana, como instrumento de política munici-pal de mobilidade e integração entre os diferentes modais detransporte, a melhoria da acessibilidade urbana e o desloca-mento de pessoas e cargas.Artigo 108 - Constituem diretrizes dos sistemas viário, ciclo-viário e de circulação:I - estruturar e hierarquizar o sistema viário através do Planode Mobilidade Urbana e do Plano Viário, permitindo condi-ções adequadas de mobilidade do cidadão nas vias confor-me o seu tipo;II - garantir o deslocamento seguro de pedestre com elimina-ção das barreiras físicas;III - desenvolver um programa cicloviário municipal que per-mita a utilização segura da bicicleta como meio de transporte;IV - desenvolver sistemas de transporte e de mobilidade ur-bana assegurando implantação de sistemas de transportecoletivo de média e grande capacidade;V - priorizar a circulação do transporte coletivo nos investi-mentos de expansão do sistema viário com a segregação emrelação ao transporte individual, quando necessário;VI - incentivar implantação de terminais de carga de forma apossibilitar a integração rodo-aéreo-ferroviário;VII - intensificar as ações de planejamento, educação, enge-nharia, operação e fiscalização de trânsito de forma integrada;VIII - direcionar as ações de engenharia, operação e fiscali-zação do trânsito para a priorização da circulação do trans-porte coletivo e para a segurança dos pedestres.Parágrafo único - As ações e intervenções nos sistemas viá-rio, cicloviário, de circulação, assim como no transporte cole-tivo de passageiros, deverão ser definidas pelo Plano de Mo-bilidade Urbana.

SUBSEÇÃO IIDO SISTEMA TRANSPORTE PÚBLICO DE PASSAGEIROS

E DE TRANSPORTE DE CARGASArtigo 109 - Constituem-se diretrizes do Sistema de Trans-porte Coletivo Urbano:I - conciliar os traçados das linhas de transporte coletivo àsvias com melhores condições de fluidez e segurança, menorintensidade de uso residencial e maior acessibilidade a co-mércio e serviços;II - compatibilizar os serviços de transporte intermunicipal emetropolitano ao sistema de transporte coletivo urbano doMunicípio;III - garantir condições de acesso a todas as pessoas comdeficiência;IV - obter tarifa socialmente justa que garanta a mobilidadee acessibilidade principalmente dos setores mais carentesda população.Artigo 110 - Constituem-se diretrizes do Sistema de Trans-porte de Cargas:I - normatizar a circulação e o funcionamento do transportede cargas visando minimizar seus efeitos nos equipamentosurbanos e na fluidez do tráfego;II - elaborar o Plano de Transporte de Cargas e de TerminaisMultimodais definindo rotas, tipo de veículos, horários de cir-culação e localização dos pontos de carga e descarga e dosterminais públicos e privados, inclusive para cargas perigo-sas, compatíveis com os sistemas viário e de circulação ecom as atividades geradoras de tráfego;III - incentivar a criação de terminais próximo a entroncamen-tos rodoviários ligados a zonas industriais e empresariais.

CAPÍTULO VDOS SERVIÇOS URBANOS DE PAVIMENTAÇÃO

E ILUMINAÇÃO PÚBLICASEÇÃO I

DA PAVIMENTAÇÃO URBANAArtigo 111 - A Administração Municipal ao executar os ser-viços de pavimentação e recuperação de pavimentos dete-riorados das vias públicas oficiais poderá efetuá-los direta-mente ou através da contratação de terceiros.§ 1º - Na implantação de novos parcelamentos do solo, oupor exigência do órgão competente na aprovação de empre-endimentos, caberá ao loteador/empreendedor a execuçãodos serviços de pavimentação e recuperação de pavimentos

deteriorados, obedecendo todas as diretrizes estabelecidasneste Plano Diretor e leis complementares, bem como as re-gulações emitidas pelos órgãos competentes e garantir a se-gurança ambiental, a saúde pública e a qualidade de vida.§ 2º - O Poder Executivo Municipal assegurará aos munícipesa manutenção das vias públicas oficiais não pavimentadas,em condições regulares de tráfego.Artigo 112 - A política de pavimentação deverá priorizar aexecução das vias de transporte coletivo, de escoamento daprodução agrícola, industrial e comercial, assim como os pro-jetos especiais e conjuntos habitacionais de interesse social.Parágrafo Único - Os empreendimentos destinados, parcialou integralmente, à habitação de interesse social devem serentregues com pavimentação em todas as vias destinadas àcirculação de veículos e pelo menos uma faixa contínua depasseio público na calçada com no mínimo 1,50 m (um metroe cinquenta centímetros) de largura, bem como as cicloviase as vias de circulação de pedestres, quando estas serviremcomo único acesso aos lotes.Artigo 113 - O planejamento viário e de pavimentação deve-rão considerar estudos baseados nos indicadores de cresci-mento urbano e econômico do Município, para cada região,visando hierarquizar o sistema de pavimentação através daclassificação das vias públicas conforme suas funções e in-teresse público, assim como a aplicação de padrões diferen-ciados de pavimentação, buscando maior racionalidade eeconomia.Parágrafo Único - Todos os sistemas de pavimentação de-verão ser compatíveis com as diretrizes de preservação econservação do meio ambiente.Artigo 114 - O Poder Executivo Municipal não admitirá a exe-cução e conclusão do asfaltamento das vias públicas de res-ponsabilidade do empreendedor sem a execução dos proje-tos de drenagem, água, esgoto e iluminação pública estaremconcluídos, sob controle e fiscalização pelo município.Artigo 115 - O Poder Executivo poderá utilizar-se dos FundosMunicipais de Desenvolvimento Urbano, de Pavimentação,de Saneamento Básico e lnfraestrutura Urbana, ou de outrosque venham a ser criados com destinação urbanística, paraviabilizar economicamente as pavimentações viárias comalcance social e do interesse da saúde pública ou de interes-se público, podendo ser repassado o encargo aos munícipesbeneficiados.

SEÇÃO IIDA ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Artigo 116 - Toda intervenção realizada no Parque de Ilumi-nação Pública do Município de Ribeirão Preto tem comoobjetivos:I - orientar o planejamento do sistema de iluminação pública,visando a abrangência dos serviços a toda população;II - promover o uso racional e eficiente da energia elétrica nailuminação pública;III - conferir conforto e segurança à população, aos pedestrese do tráfego, assegurando adequada iluminação noturna nasvias de circulação, nos passeios e nos logradouros públicos,bem como nos espaços livres de uso público;IV - promover a compatibilização entre a arborização e a ilu-minação urbana;V - contribuir para o embelezamento da cidade, aprimorandoa iluminação em pontos turísticos, monumentos, obras eedificações culturais e históricas;VI - incentivar e criar mecanismos para utilização de energialimpa e autossustentável nos projetos de iluminação pública.

CAPÍTULO VIDO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, CIENTÍFICO

E TECNOLÓGICOArtigo 117 - As políticas públicas de desenvolvimento econô-mico do município terão como base a ciência, a tecnologia ea inovação, buscando a diversificação econômica, fortale-cendo a consolidação do município como coordenador daRegião Metropolitana de Ribeirão Preto de forma competiti-va, empreendedora e solidária, atendendo aos seguintesobjetivos:I - incrementar o potencial produtivo do município e fortalecere consolidar suas vocações nas áreas de pesquisa, ciênciae tecnologia, indústria, comércio, serviços, educação e cul-tura;

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Diário Oficial2020202020 Quinta-feira, 03 de Maio de 2018RIBEIRÃO PRETO - SP

II - promover o estímulo ao crescimento quantitativo e quali-tativo da economia local e regional;III - garantir a sustentabilidade e a preservação e conserva-ção ambiental por meio da infraestrutura e das capacidadesinstaladas de educação, ciência, tecnologia e inovação;IV - estimular as atividades geradoras de emprego e rendautilizando-se dos recursos naturais, humanos, paisagísticos,culturais e de infraestrutura do município;V - estimular a eficiência e a eficácia das atividades econô-micas fomentando o investimento produtivo do setor privado;VI - otimizar a distribuição espacial e regionalização das ati-vidades econômicas no território municipal fortalecendo asunidades de ocupação planejada e minimizando as distân-cias entre as residências e os locais de produção, consumoe emprego;VII - atrair investimentos públicos e privados, nacionais einternacionais, que contribuam e potencializem o crescimen-to e desenvolvimento da economia local e regional;VIII - criar procedimentos que estimule e agilize a abertura demicro, pequenas e médias empresas e expansão das exis-tentes, priorizando aquelas que gerem maior número de em-pregos e causem menor impacto ambiental;IX - fomentar a criação e o desenvolvimento dos distritos em-presariais, industriais e os de base tecnológica, destinadosà atração de empresas e empreendimentos para a economialocal, em especial os em regime de parceria;X - propiciar mecanismos econômicos e fiscais de incentivosao investimento, à produção, a geração de empregos e renda;XI - estimular a oferta local de formação, qualificação, reci-clagem e treinamento de mão de obra, apoiando investimen-tos e programas das diversas instituições públicas e privadasenvolvidas, incentivando sua descentralização espacial;XII - estimular o desenvolvimento e a aplicação de inovaçõescientíficas e tecnológicas, e a expansão da infraestrutura deapoio às atividades inovativas locais;XIII - desenvolver relações regionais, nacionais e internacio-nais com organizações, associações, instituições, empre-sas, institutos de Ciência e Tecnologia, instituições de ensi-no e universidades, dentre outros, sejam estes públicos e/ouprivados, no intuito de estabelecer parcerias e/ou programasde assistência técnica, para a inovação tecnológica e/oupara a organização de arranjos produtivos locais, parquestecnológicos e incubadoras de empresas;XIV - identificar, planejar, executar e orientar soluções tec-nológicas para proporcionar melhorias e modernização dosprocessos administrativos e dos serviços públicos municipais;XV - desenvolver sistema de acompanhamento e avaliaçãodas atividades produtivas, possibilitando a transferência detecnologia entre os diversos setores, a fim de agregar maiorvalor à produção local;XVI - incentivar o desenvolvimento do potencial turístico,especialmente o turismo de negócios, de eventos e rural;XVII - fomentar a renovação e a complementação das ca-deias produtivas, industriais e terciárias, a partir das voca-ções existentes;XVIII - integrar as atividades econômicas locais com merca-dos e atividades congêneres em nível regional e nacional;XIX - promover a renovação tecnológica e a expansão dainfraestrutura de apoio às atividades locais;XX - estimular os serviços de treinamento e capacitação pro-fissional, em especial nas atividades econômicas de interes-se especial, por seu caráter de complementação e diversifi-cação da economia local;XXI - estimular as atividades econômicas de distribuição elogística ligadas ao comércio exterior;XXII - estimular o associativismo, o cooperativismo e o em-preendedorismo como alternativas para a geração de traba-lho e renda;XXIII - estimular empreendimentos que gerem o maior núme-ro de empregos, que contribuam para o desenvolvimentotécnico e social e que promovam a inovação tecnológica eapoie a absorção da mão de obra residente no Município;XXIV - as políticas e as ações de desenvolvimento econômi-co do Poder Executivo municipal deverão estar articuladasàs esferas de governo estadual e federal a fim de tornar efi-cazes as ações do setor público e criação de um ambientefavorável ao desenvolvimento econômico e do equaciona-

mento dos problemas de caráter regional e metropolitano;XXV - o poder público municipal dimensionará sua estruturade fiscalização de modo a coibir as atividades econômicasilegais e a garantir o direito do consumidor a produtos de ori-gem lícita, com garantias e a alimentos saudáveis.Parágrafo Único - As políticas públicas municipais de desen-volvimento econômico, exercidas no espaço econômico domunicípio, compreendendo a íntegra do seu território, serãoplanejadas, desenhadas e implementadas, preferencialmen-te, em regime de parceria com outras instâncias do poderpúblico, com a iniciativa privada e, especialmente, com oapoio e participação da estrutura de pesquisa, desenvolvi-mento e inovação das entidades públicas e privadas, emespecial das universidades.

SEÇÃO IDAS DIRETRIZES

Artigo 118 - O conjunto de ações mencionado no artigo an-terior tem como princípio a elevação geral da qualidade devida das pessoas que vivem na cidade, mediante estímulo aoempreendedorismo e a inovação, ao investimento e a gera-ção de emprego e renda, contribuindo também para fortale-cer a posição do município como polo de desenvolvimentoeconômico, científico e tecnológico regional, estadual e na-cional e estimulando as seguintes atividades econômicas:I - a prestação de serviços em todas as áreas apoiando acapacitação da mão de obra e qualificação do serviço pres-tado;II - as empresas de base tecnológica, de alto valor agregado,com emprego de mão de obra qualificada, desde que aten-dam as exigências ambientais;III - as empresas nascentes de base tecnológica dos setoresde serviços e indústrias nos segmentos de biotecnologia,saúde, software, e outros de interesse municipal;IV - as agroindústrias, inclusive as artesanais, através deapoio tecnológico e estímulo à formação de parcerias, asso-ciações e cooperativas de produção e comercialização, prin-cipalmente de pequenas e microempresas familiares infor-mais, buscando seu ingresso na formalidade;V - o comércio e os centros de negócios;VI - o turismo, a cultura e o lazer;VII - os empreendimentos voltados à economia criativa esolidária;VIII - os empreendimentos que sejam geradores de grandenúmero de empregos de caráter permanente.Parágrafo Único - Constitui meta fundamental da política dedesenvolvimento econômico, científico e tecnológico para omunicípio a busca incessante da sustentabilidade, funda-mentado na ampliação da produtividade e do mercado inter-no, no potencial das compras públicas, na infraestrutura edu-cacional, científica e tecnológica instalada, e com base noaumento da produtividade e na diversificação da produçãodo espaço econômico municipal, com ganhos crescentes naqualidade de seu meio ambiente natural e construído, de talmodo que se amplie largamente a atratividade local para osinvestimentos públicos e privados, de forma moderna, com-petitiva e, preferencialmente, de fácil integração com a es-trutura produtiva local.

SEÇÃO IIDA POLÍTICA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO, CIENTÍFICO E TECNOLÓGICOArtigo 119 - A Política Municipal de Desenvolvimento Econô-mico, Científico e Tecnológico (PMDECT) será objeto de le-gislação complementar específica, contemplando:I - a economia solidária e as potencialidades do município;II - o mercado externo e grandes empresas, assim como osempreendimentos de micro e pequeno porte;III - a agricultura sustentável, a agricultura familiar, a agroin-dústria e a agroecologia;IV - os recursos naturais, o turismo, o setor terciário do muni-cípio e a atividade da construção civil;V - os mecanismos de incentivos físicos, tecnológicos, eco-nômicos, fiscais, à inovação e os financeiros de fomento eestímulo aos investimentos e às atividades produtivas exis-tentes e potenciais;VI - os mecanismos de integração, fomento e coordenaçãocom outras instâncias públicas e privadas, nacionais, esta-duais, locais e regionais;

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RIBEIRÃO PRETO - SP

VII - os instrumentos de relacionamento com a iniciativa pri-vada nas questões de investimentos, parcerias, concessõese outras de finalidade econômica;VIII - os mecanismos de coordenação e integração da ofertae da demanda por formação, qualificação, capacitação e trei-namento de mão de obra técnica e especializada;IX - os mecanismos de aferição, avaliação e mensuraçãoobjetiva dos efeitos dos investimentos e das atividades eco-nômicas, a nível local e regional;X - a articulação de ações permanentes para atração de no-vos investimentos e difusão das oportunidades e potenciaisdo município;XI - a criação de uma instância administrativa específica, vol-tada ao desenvolvimento econômico, científico e tecnológicoe responsável por executar as políticas municipais nestesetor e por desenvolver projetos para a captação de recursosdo Governo Federal, Estadual e de organismos locais, di-recionados a apoiar o empreendedorismo, a geração de ren-da, a formação de recursos humanos, a competitividade e ainovação e organização de Arranjos Produtivos Locais (APLs);XII - o estimulo ao turismo local e regional;XIII - o incentivo à cooperação técnica entre empresas, uni-versidades e organizações públicas e privadas, a nível local,regional, nacional e internacional, visando a pesquisa, o de-senvolvimento e a aplicação de inovações científicas e tec-nológicas, e o consequente incremento da competitividadedos atores locais;XIV - a obtenção, cadastramento e sistematização de dadossobre economia local, regional, nacional e mundial, possibi-litando a elaboração de análises, pareceres, projetos e pro-gramas;XV - o acesso do cidadão aos conhecimentos científicos etecnológicos e suas inovações;XVI - a valorização da Fundação Instituto Polo Avançado daSaúde - FIPASE, como instituição de Ciência e Tecnologia,participante da governança dos Arranjos Produtivos Locais(APLs) na área da Saúde e de Software, voltada ao avançotecnológico do município e promotora de tecnologia da infor-mação a serviço da administração municipal e do desenvol-vimento da Região Metropolitana de Ribeirão Preto;XVII - a parceria com instituições de ensino e pesquisa, pú-blicas ou privadas, para o desenvolvimento de parques tec-nológicos, incubadoras de empresas e aceleradoras de start ups;XVIII - a busca permanente por novos investimentos priva-dos no município, na ampliação de empresas já instaladasou em novos empreendimentos, priorizando os que tenhammaior potencial de geração de receita tributária e de empre-gos permanentes.

SEÇÃO IIIDO DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO DO MUNICÍPIO

Artigo 120 - O Poder Executivo Municipal, orientando-sepelas diretrizes estabelecidas e respeitando a vocação domunicípio já expressos na concepção da política urbanaconstantes deste Plano Diretor, em parceria com o setor pri-vado e a sociedade civil organizada, promoverá:I - o desenvolvimento do turismo de eventos, negócios, cul-tural, entretenimento e lazer, esportivo, saúde, rural, estudose intercâmbio, científico e tecnológico do município;II - a implantação de ação conjunta e permanente com asentidades privadas, as instituições de ensino, públicas e pri-vadas, visando o estímulo à pesquisa científica e consequentegeração de processos que possibilitem a sua indispensávelcontribuição ao progresso do município.Artigo 121 - A Política de Desenvolvimento Sustentável doTurismo constitui-se na aplicação de um conjunto de açõesdestinadas a proporcionar o desenvolvimento quantitativo equalitativo do segmento com os seguintes objetivos:I - promover a preservação e conservação e a valorizaçãodos recursos naturais, turísticos, culturais, esportivos, huma-nos, tecnológicos, religiosos, científicos, estruturais, paisa-gísticos do município;II - garantir a qualificação e capacitação dos agentes envol-vidos com a oferta de eventos no município e com os equipa-mentos turísticos existentes;III - estimular a realização de atividades geradoras de empre-go e renda, assim como a captação de eventos com poten-cial;

IV - estimular projetos de desenvolvimento turístico e o in-vestimento do setor privado, considerando a existência deatividades consideradas prioritárias para o desenvolvimentomunicipal;V - fortalecer Ribeirão Preto como destino turístico regional,nacional e internacional;VI - atrair investimentos privados e públicos nas instânciasestaduais, federais e internacionais que possibilitem a reali-zação de projetos turísticos no município;VII - valorizar todo o potencial turístico dos atrativos turísti-cos, culturais, esportivos nas dimensões regional, estaduale nacional;VIII - incentivar e apoiar as ações em especial as que ne-cessitam de infraestrutura urbana no entorno dos atrativos;IX - estimular ações que condicionem o município como Des-tino Indutor de Turismo almejando também a sua elevaçãopara Município de Interesse Turístico, nos termos da LeiComplementar nº 1.261 da Assembleia Legislativa de SãoPaulo de 29 de abril de 2015;X - estimular a implantação de políticas públicas de Regio-nalização do Turismo entre os municípios da região Metro-politana de Ribeirão Preto;XI - oficializar, manter e divulgar o Calendário de Eventos deRibeirão Preto como forma de divulgação da cidade e estra-tégia de valorização das manifestações municipais voltadasao turismo;XII - valorizar e incentivar o Conselho Municipal de Turismode Ribeirão Preto - COMTURP, com reuniões periódicas nostermos de seu estatuto;XIII - fomentar as ações da iniciativa privada na organizaçãode eventos indutores de turismo;XIV - apoiar a criação de Roteiros Turísticos municipais paraa comercialização pelas agências receptivas;XV - elaborar o Plano Municipal de Turismo com a garantiade organizar, analisar e divulgar dados relativos ao turismolocal;XVI - definir e implementar os procedimentos operacionaisnecessários para captação dos recursos financeiros para oFundo Municipal de Turismo - FMT;XVII - promover o município em Feiras de Turismo, regionais,nacionais e internacionais;XVIII - implantação de política de estímulo à produção as-sociada, cooperada ou em parceria com a sociedade civil or-ganizada, visando o incremento de novos eventos;XIX - propiciar mecanismos de incentivos à prestação deserviços como polo atrativo e exportador dessa atividade;XX - apoiar, patrocinar e receber eventos indutores de turis-mo que tragam benefícios para o desenvolvimento e econo-mia local;XXI - implantar, após a elaboração do Plano Municipal deTurismo, uma Política Pública de Desenvolvimento Susten-tável de Turismo em consonância com as Políticas PúblicasMunicipais, Estaduais e Federais e com os anseios com en-tidades privadas do setor, visando o crescimento do seg-mento e gerando maior qualidade nos serviços, nos equipa-mentos, na acessibilidade e na vida da população;XXII - implantar e estimular o uso de ferramentas de comu-nicação e informação digital, para promover e facilitar o aces-so aos atrativos turísticos do município, e a interação dosvisitantes e turistas com o trade turístico.

CAPÍTULO VIIDO DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Artigo 122 - A Política de Desenvolvimento Social visa opleno desenvolvimento das funções sociais do Município afim de proporcionar aos seus habitantes, com apoio às fa-mílias, vida produtiva, independente, autônoma, digna e sau-dável, facilitando o exercício de uma cidadania responsável.§ 1º - A política de Desenvolvimento Social também será pau-tada pelo apoio e qualificação das famílias e dos jovens eadultos em situação de risco, bem como das pessoas comdeficiência para a inclusão profissional e o pleno desenvol-vimento da capacidade de trabalho dos que tenham condi-ções, de forma a oferecer base para sua independênciaeconômica, propiciando-lhes liberdade e autonomia.§ 2º - Aos idosos sem familiares a política deverá preverapoio para a vida em comunidade.Artigo 123 - A Política de Desenvolvimento Social traduzida

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Diário Oficial2222222222 Quinta-feira, 03 de Maio de 2018RIBEIRÃO PRETO - SP

no seu elenco de diretrizes será implementada de formaglobal e integrada pelos setores específicos e permeará to-das as ações da Administração Municipal no seu objetivo dedesenvolver as funções sociais do Município, articulando asdemais instâncias de Governo e Sociedade Civil Organizada.Artigo 124 - Os planos setoriais serão elaborados pelos res-pectivos órgãos do Poder Executivo Municipal, observandoas diretrizes estipuladas neste Plano Diretor.Artigo 125 - A Política de Desenvolvimento Social será im-plementada com a ampla participação da Sociedade Civilorganizada, através da representação legal nos Conselhos,nos Fóruns, reuniões e demais canais existentes, garantindoa atuação democrática no processo político decisório de ela-boração e implementação do planejamento municipal.Artigo 126 - O cumprimento da Política de DesenvolvimentoSocial expressa nas diretrizes do Plano Diretor garantirá oprocesso de gestão participativa e a definição de pesquisase estudos para diagnosticar ofertas e demandas por serviçospúblicos.

SEÇÃO IDA POLÍTICA DE HABITAÇÃO

Artigo 127 - A política municipal de habitação tem por objetivos:I - assegurar à população ribeirão-pretana, sobretudo as demais baixa renda, moradia adequada, atendendo os padrõesde sustentabilidade, segurança e habitabilidade;II - amenizar o fenômeno da segregação econômico-social,especialmente no que se refere ao acesso à moradia e aouso do espaço urbano, estimulando a integração física e hu-mana no processo de desenvolvimento das funções sociaisda cidade utilizando, quando necessário, os instrumentos daLei Federal nº 10.257/01 (Estatuto da Cidade);III - garantir a diversidade de programas e recursos relacio-nados à produção e melhoria das habitações e dos agentespromotores da política de habitação de interesse social, bus-cando a diversificação de projetos de forma a atender à de-manda habitacional nas suas diferentes modalidades e ca-racterísticas;IV - estimular a produção de habitações de interesse social,para venda ou aluguel, dando preferência para o atendimen-to de famílias com renda de até 3 salários mínimos;V - consolidar a gestão democrática da política municipal dehabitação, garantindo a participação dos diferentes segmen-tos da sociedade civil organizada através do Conselho Mu-nicipal de Habitação;VI - promover o controle urbano com a finalidade de evitar no-vas ocupações e o adensamento dos assentamentos precá-rios existentes;VII - integrar a política habitacional a outros programas, pla-nos e ações públicas principalmente àqueles que promovamo desenvolvimento social;VIII - ampliar os recursos municipais e de contrapartidas parafundos que favoreçam a política de habitação de interesse social;IX - promover a redução do déficit habitacional e a melhoriada habitabilidade do espaço coletivo por meio de contra-par-tidas solidárias de empreendimentos que provocam impac-tos urbanístico, ambiental ou social, utilizando-se a relaçãoentre o dimensionamento do empreendimento e a contra-partida de interesse social, cujos instrumentos e procedimen-tos serão definidos na regulamentação específica.Artigo 128 - São diretrizes da Política de Habitação:I - a produção de unidades habitacionais de interesse socialem áreas consolidadas e dotadas de infraestrutura, assegu-rando a implantação de equipamentos sociais e dos serviçospúblicos necessários para o atendimento da população;II - a promoção do adequado aproveitamento dos vazios ur-banos ou terrenos ou edificações subutilizados, priorizandosua utilização para fins habitacionais, utilizando os instrumen-tos do Estatuto da Cidade, quando necessário;III - a articulação entre as instâncias municipal, estadual e fe-deral na implantação de políticas e programas que visem aprodução habitacional, garantindo a captação de recursos fi-nanceiros, institucionais, técnicos e administrativos;IV - a ampliação das modalidades de programas e de pro-jetos de habitação de interesse social para o atendimentodas diferentes demandas que melhor atendam aos usuários;V - a adoção de padrões diferenciados de exigências urba-nísticas desde que asseguradas as condições de seguran-

ça, higiene, habitabilidade e mobilidade dos empreendimen-tos de interesse social visando estimular e viabilizar a produ-ção de loteamentos e empreendimentos de interesse socialem ZEIS e, ainda, em outras áreas em que o uso residencialseja permitido;VI - o estabelecimento de procedimentos que facilitem aaprovação de projetos habitacionais de interesse social es-tabelecendo acordos de cooperação técnica entre os órgãosenvolvidos e o estímulo a medidas que impliquem em incen-tivos fiscais e redução de encargos para a produção destesprojetos;VII - o estímulo às iniciativas de associações ou cooperaçãoentre moradores para a efetivação de programas habita-cionais, incentivando a autogestão ou gestão compartilhadasobre o processo produtivo;VIII - a criação de um órgão técnico/administrativo na admi-nistração direta para gestão e implementação da Política deHabitação, adotando o Plano Local de Habitação de Interes-se Social como orientador das ações a serem realizadas,mantendo-o atualizado inclusive revisando metas, ações eestratégias;IX - a implantação de sistema de fiscalização e monitoramentodo município, no sentido de evitar novas ocupações e o aden-samento dos assentamentos existentes;X - o estímulo a programas de produção de habitações deinteresse social através de lotes urbanizados, unidade habi-tacional evolutiva, mutirões e financiamento de cestas bási-cas de materiais de construção;XI - a implantação do programa de assistência técnica nasáreas de arquitetura, urbanismo e engenharia, para constru-ção e melhoria de habitações de interesse social;XII - a priorização da utilização das áreas patrimoniais do mu-nicípio para programas de habitação de interesse social, secompatível para esta finalidade;XIII - a promoção da urbanização e da regularização fundiáriados assentamentos irregulares existentes e consolidados,sempre que possível, respeitando suas características, inte-grando-os física e socialmente à cidade, reforçando e apro-veitando os vínculos com a estrutura do entorno;XIV - a implementação do trabalho social pré e pós-ocupaçãonos programas habitacionais de interesse social e regulari-zação fundiária ou outros programas de habitação de inte-resse social;XV - adoção de procedimentos para priorização da análisede projetos para habitação de interesse social.

SEÇÃO IIDA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO

Artigo 129 - A Política Municipal de Educação visa garantirformação escolar de qualidade, gratuita e universal na edu-cação infantil e ensino fundamental, abrangendo as dimen-sões ética, social, ambiental cultural, política e formaçãopara o trabalho, respeitando as especificidades e as diversi-dades para que se efetue uma educação democrática, deacordo com as Constituições Federal e Estadual, com a LeiOrgânica do Município e demais legislações pertinentes.Artigo 130 - A responsabilidade pelo cumprimento da PolíticaMunicipal de Educação compete ao Município, em regime decolaboração com a União e o Estado de São Paulo.Artigo 131 - O Poder Executivo Municipal orientará sua Po-lítica de Educação por meio de gestão democrática, deacesso de todos à educação e da melhoria da qualidade deensino, consubstanciada nas seguintes diretrizes:I - aprovação do Plano Municipal de Educação em consonân-cia com as diretrizes do Plano Nacional, responsabilizando-se pelo acompanhamento de sua execução;II - participação do Conselho Municipal de Educação e im-plementação das diretrizes gerais da política educacional domunicípio;III - fortalecimento da função social das escolas por meio dosConselhos de Escola e das Associações de Pais e Mestres,com o objetivo de canalizar as expectativas concretas dosalunos, professores, funcionários e famílias, no que se refereà promoção do conhecimento, efetivada por uma gestão es-colar democrática;IV - atendimento universalizado à pré-escola e ao ensinofundamental consubstanciado no direito social à educaçãode qualidade, com ampliação progressiva da oferta da edu-

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RIBEIRÃO PRETO - SP

cação infantil em creches;V - implementação progressiva do atendimento à educaçãoinfantil e ao ensino fundamental em tempo integral;VI - articulação da oferta de matrículas gratuitas em escolasde educação infantil e vinculadas ao terceiro setor, com a ex-pansão de matrículas na rede escolar pública municipal;VII - adequação estrutural para o atendimento à educação dejovens e adultos, considerando a especificidade dos alunosatendidos, bem como alunos com deficiências, transtornosglobais do desenvolvimento e altas habilidades, garantindocondições de permanência que favoreçam a aprendizagemem todos os níveis da educação municipal;VIII - acessibilidade aos alunos com deficiências nos aspec-tos arquitetônico, comunicação, informação e transporte;IX - consolidação da proposta pedagógica nas escolas mu-nicipais de educação infantil e ensino fundamental, conce-bendo o aluno com um sujeito sócio-histórico e cultural e aaprendizagem como um processo que desafie o aluno a agire pensar, a refletir e interagir transformando e convertendoinformações em conhecimento;X - aperfeiçoamento constante do Projeto Pedagógico pelasEscolas Públicas Municipais que contemple ações concre-tas que considerem a relação entre a diversidade, identidadeétnico-racial, igualdade social, inclusão e direitos humanos;XI - concepção de avaliação como um processo diagnóstico,dinâmico, participativo e formativo que tem por objetivo dimen-sionar e redimensionar sistematicamente a ação pedagógica;XII - aprimoramento dos procedimentos técnicos de avalia-ção do Sistema de Ensino Municipal;XIII - na educação de jovens e adultos, em conjunto com oGoverno do Estado, deve implementar ações curriculares eextracurriculares que contribuam para o desenvolvimento daqualificação profissional e de competências comportamentaisque preparem para a adoção de novas tecnologias, para oempreendedorismo e para o trabalho;XIV - atenção especial ao ensino das disciplinas de lingua-gem, matemática e ciências, necessárias à chamada alfabe-tização funcional;XV - estabelecimento de metas e métricas, tendo como obje-tivo que todas as escolas municipais cumpram as metas deevolução do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica(IDEB);XVI - promover a elevação do nível de escolaridade da po-pulação;XVII - adotar política intersetorial para promover ações de in-clusão e permanência das crianças, adolescentes, jovens,adultos e idosos no ambiente escolar;XVIII - promover e desenvolver ações curriculares de cons-cientização dos malefícios e prevenção ao uso de drogas,envolvendo a escola, a família e a comunidade.Artigo 132 - São instrumentos básicos para a implementaçãoda Política de Educação, além de outros previstos nas Cons-tituições Federal, Estadual e na Lei Orgânica Municipal:I - o Plano Municipal de Educação como instrumento deapoio ao planejamento da Educação Municipal;II - a informatização da Rede Municipal de Ensino, com re-cursos tecnológicos que garantam a melhoria do ensino e aracionalização dos procedimentos e técnicas administrativas;III - realização anual do cadastramento geral de alunos paraa rede pública, objetivando a avaliação da demanda mani-festa, visando fundamentar tecnicamente as decisões a se-rem tomadas quanto à construção de escolas, reforma e am-pliação de salas de aula e a adequação de recursos humanos;IV - implementação de gestão educacional embasada emtransparência pública, agilidade no desenvolvimento dasações de governo e a perfeita sintonia com a Política Nacio-nal de Educação.Parágrafo Único - O planejamento das ações educacionaisobjetivará, sempre que possível, sua integração com as áreasda saúde, cultura, assistência social, esporte e meio ambiente.

SEÇÃO IIIDA POLÍTICA DE SAÚDE

Artigo 133 - A Política Municipal de Saúde, definida no PlanoMunicipal de Saúde, tem por objetivo proteger e promover asaúde, diminuindo o risco de doenças e outros agravos, bemcomo garantir a integralidade e equidade da atenção e o aces-so universal da população às ações e serviços de preven-

ção, diagnóstico, tratamento e reabilitação, consoantes àsConstituições Federal e Estadual e à Lei Orgânica do Município.Artigo 134 - A definição da Política de Saúde alinhar-se-á àPolítica Nacional e Estadual de Saúde, bem como as consi-derará as propostas do Conselho Municipal de Saúde e Con-ferência Municipal de Saúde.Artigo 135 - A Política Municipal de Saúde, como direito fun-damental, deve orientar-se segundo as seguintes diretrizes:I - organizar as ações de saúde considerando a realidade po-pulacional e epidemiológica do município, objetivando a efe-tividade e eficiência dos serviços;II - proporcionar o acesso da população aos equipamentosde saúde, que deverão estar distribuídos de forma regio-nalizada no espaço urbano da cidade;III - estimular e propiciar a ampla participação da comunida-de na elaboração, controle e avaliação da Política de Saúdedo Município;IV - as ações e serviços da saúde seguirão às deliberaçõesda Secretaria Municipal de Saúde, em consonância com oPlano Municipal de Saúde;V - desenvolver as ações de vigilância em saúde de acordocom as normas vigentes e pactuações estabelecidas nas es-feras estadual e federal;VI - propiciar o atendimento integral à saúde da população,com fortalecimento das ações de Atenção Básica à Saúde efomento às ações da Atenção Especializada, como estabe-lecido no Sistema Único de Saúde;VII - estimular e apoiar a descentralização físico-territorialdos empreendimentos privados de saúde, com destaque pa-ra hospitais e centros de saúde privados conveniados ao SUS;VIII - VETADO;IX - VETADO.Artigo 136 - São instrumentos básicos para a implantação daPolítica de Saúde, além de outros previstos nas legislaçõesFederal e Estadual:I - dotar a Secretaria Municipal da Saúde de uma estruturaadministrativa, gerencial e com tecnologia adequada ao de-senvolvimento do Sistema Único de Saúde;II - adotar o planejamento intersetorial governamental, ga-rantindo a participação da Sociedade Civil;III - aperfeiçoar Política de Recursos Humanos para aprimo-ramento e valorização profissional;IV - utilizar os recursos do Fundo Municipal de Saúde deacordo com a legislação pertinente.

SEÇÃO IVDA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Artigo 137 - A Política Municipal de Assistência Social, emconsonância com a Constituição Federal, com a Lei Orgâni-ca de Assistência Social (LOAS) e a Lei Orgânica do Muni-cípio, executará suas ações previstas no Sistema Único deAssistência Social (SUAS) como política de proteção socialarticulada com outras políticas públicas do campo social,voltadas à garantia de direitos sociais.Parágrafo Único - O Poder Executivo Municipal, através doórgão competente, executará a Política Municipal de Assis-tência Social em regime de pactuação com a União e Estado.Artigo 138 - A Política Municipal de Assistência Social seráapreciada pelo Conselho Municipal de Assistência Social(CMAS) e com a participação das Organizações da Socieda-de Civil (OSC) organizada, conforme diretrizes gerais es-tabelecidas neste Plano Diretor.Artigo 139 - A Política Municipal de Assistência Social obser-vará às diretrizes em conformidade ao estabelecido na LeiOrgânica de Assistência Social (LOAS), Política Nacional deAssistência Social (PNAS), Tipificação Nacional de ServiçosSocioassistenciais e Norma Operacional Básica do SistemaÚnico de Assistência Social (NOB/SUAS).Artigo 140 - São responsabilidades do município:I - destinar recursos financeiros para custeio dos benefícioseventuais de que trata a art. 22 da Lei Orgânica de Assistên-cia Social (LOAS), mediante critérios propostos pelo Conse-lho Municipal de Assistência Social - CMAS;II - executar os projetos de enfrentamento da pobreza, in-cluindo a parceria com organizações da sociedade civil;III - prestar os serviços socioassistenciais de que trata o art.23 da LOAS e os de caráter emergencial;IV - cofinanciar o aprimoramento da gestão e dos serviços,

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Diário Oficial2424242424 Quinta-feira, 03 de Maio de 2018RIBEIRÃO PRETO - SP

programas e projetos de assistência social, em âmbito local,e realizar o monitoramento e avaliação da assistência social;V - verificar e adequar os equipamentos sociais quanto a suaestrutura física e acessibilidade e nos desenvolvimentos dosserviços socioassistenciais;VI - organizar a oferta e distribuição de serviços pelo territóriomunicipal, priorizando áreas de maior vulnerabilidade e ris-co, de acordo com o diagnóstico socioterritorial;VII - organizar, coordenar, articular, acompanhar e monitorara rede de serviços da proteção social básica e especial;VIII - realizar a gestão local do Benefício de Prestação Con-tinuada (BPC), garantindo aos seus beneficiários e famíliaso acesso aos serviços, programas e projetos da rede so-cioassistencial;IX - prestar informações que subsidiem o acompanhamentoestadual e federal da gestão municipal;X - zelar pela execução direta ou indireta dos recursos trans-feridos pela União e pelo Estado ao Município, inclusive noque tange a prestação de contas;XI - proceder ao preenchimento do sistema de cadastro deentidades e organizações de assistência social de que tratao inciso XI do art. 19 da LOAS;XII - efetuar o mapeamento de moradores em situação de rua;XIII - implementar política pública intersetorial em relaçãoaos moradores em situação de rua;XIV - ampliar e fortalecer rede de proteção, inclusive por meiode construção de novos equipamentos públicos, às pessoasvitimizadas pela drogadição, por meio de políticas inclusivase de apoio terapêutico.

SEÇÃO VDA POLÍTICA DE CULTURA

Artigo 141 - O Município, em cooperação com a União e o Es-tado, garantirá a livre, plural e democrática manifestação dasciências, artes e letras, com amplo acesso às fontes da cul-tura estimulando a participação de todos os grupos, pessoas,em todos os níveis e em suas diversas formas de expressão,segundo a Política Municipal de Cultura.Artigo 142 - O cumprimento da Política Municipal de Culturacompete ao Poder Executivo Municipal, especialmente atra-vés da:I - manutenção da parceria com o Ministério da Cultura, pormeio do Sistema Nacional de Cultura, que norteia toda a po-lítica pública cultural do município, concebida por meio de le-vantamento e diagnóstico da produção local para gerar e darcontinuidade ao banco de informações e indicadores, quesubsidiarão as tomadas de decisão dos governos;II - preservação e conservação, promoção e valorização do pa-trimônio cultural material e imaterial do município e da região;III - instituição da Política de Valorização e Preservação deNúcleos Históricos, definida pelo Programa de ReestruturaçãoUrbana, cujo objetivo é a preservação e conservação das res-pectivas paisagens urbanas e da preservação e conserva-ção do patrimônio histórico, cultural e ambiental;IV - aquisição e manutenção dos mais diversos e variadosequipamentos culturais;V - informação, valorização e manutenção de arquivo culturalpróprio para formação dos valores culturais da Cidade, daRegião e do Estado, bem como dos nacionais e universais;VI - fomento à produção cultural nas suas manifestações deordem geral da cidade e da região;VII - proteção, em sua integridade e desenvolvimento, dasmanifestações de cultura popular, de origem étnica e de gru-pos participantes da constituição da nacionalidade brasileira.Artigo 143 - A Política Municipal da Cultura nortear-se-á pe-las seguintes diretrizes:I - Lei nº 12.253/2010 que institui o Plano Municipal de Cul-tura de Ribeirão Preto 2010-2020;II - garantir a transversalidade com as demais políticas públicas;III - fomentar parcerias com o Poder Público nas esferas es-tadual e federal e fazer gestão dos repasses financeiros me-diante projetos culturais aprovados por editais, no sentido defomentar os projetos nas mais diferentes áreas culturais, emquantidade e qualidade;IV - fomentar parcerias com a iniciativa privada e com as Or-ganizações Sociais (OSs), para possibilitar o repasse finan-ceiro via captação de recursos mediante a legislação em vi-gor, de incentivos fiscais, bem como para garantir a manuten-

ção de projetos já existentes e possíveis projetos novos nasáreas de dança, teatro, música, artes visuais, literatura, arte-sanato, cultura popular, audiovisual, museus e bens patri-moniais materiais e imateriais;V - reconhecer, proteger, valorizar e promover a diversidadedas expressões culturais presentes no município;VI - qualificar e garantir a transparência da gestão cultural,assegurando a participação democrática das entidades e or-ganizações culturais e da sociedade civil, através de seusconselhos;VII - estimular a criação de uma rede de centros culturaispara a produção e difusão das várias formas de expressãoartística e de valores culturais, visando também tornar-se umpolo exportador dessas atividades;VIII - estabelecer condições para o desenvolvimento da eco-nomia da cultura, considerando em primeiro plano o interes-se público e o respeito à diversidade cultural;IX - estimular e proporcionar a manutenção, a criação e a im-plantação de áreas culturais através de projetos específicos;X - atuar para o desenvolvimento do empreendedorismo cul-tural, mediante a qualificação dos agentes culturais para agestão do marketing, do financiamento econômico e estraté-gico de seus projetos.Artigo 144 - Os instrumentos básicos para o cumprimento dapolítica democrática cultural do Município, além de outrosprevistos na legislação Federal, Estadual e Municipal são:I - Sistema Municipal da Cultura;II - Sistema Municipal de Patrimônio;III - a manutenção e universalização do acesso aos bens eserviços culturais;IV - os contratos, convênios e acordos entre o Poder Públicoe outros agentes intervenientes no processo cultural;V - a utilização dos recursos do Fundo Municipal de Cultura;VI - a garantia de participação, através dos processos degestão, da Sociedade Civil em geral, nas ações culturais.§ 1º - As ações culturais no Município de Ribeirão Preto serãodesenvolvidas em integração com outros setores e órgãosmunicipais, especialmente os ligados à área social.§ 2º - O Município exercerá sua competência na área da cul-tura, através da Secretaria da Cultura.

SEÇÃO VIDA POLÍTICA DE ESPORTES E LAZER

Artigo 145. A Política Municipal de Esportes e Lazer deve serimplantada como processo complementar da formação e de-senvolvimento global do cidadão, incentivando a sociabiliza-ção e promovendo bem-estar e qualidade de vida.Parágrafo Único - O Município apoiará e incentivará as prá-ticas esportivas e de lazer como direito de todos, abrangendoos diferentes grupos da população, conforme a Lei Orgânicado Município.Artigo 146 - A Política de Esportes e Lazer nortear-se-á pelasseguintes diretrizes:I - dar ao esporte e ao lazer dimensão educativa, inclusiva ede formação do cidadão;II - sugerir, incentivar e promover competições esportivas,encontros, cursos e seminários sobre práticas de esporte, la-zer e paradesporto;III - identificar e analisar todos os espaços de utilização parao esporte e o lazer, a fim de dimensionar e orientar a im-plantação, o uso e zeladoria dos equipamentos necessáriospara atender à demanda existente no Município, normatizandoa implantação a ser executada pela Secretaria Municipalcompetente;IV - elaborar e executar calendário de atividades esportivase de lazer, com atividades em todos os bairros da cidade,apoiando e promovendo eventos que contribuam para proje-tar Ribeirão Preto no cenário estadual e nacional;V - envolver os diferentes segmentos da Sociedade Civil or-ganizada, entidades da indústria e do comércio, visando suacolaboração com o Poder Executivo Municipal na administra-ção e zeladoria de espaços e equipamentos, bem como napromoção dos eventos esportivos e de lazer;VI - fortalecer o Conselho Municipal de Esportes.Artigo 147 - Os instrumentos básicos para realização da Po-lítica Municipal de Esportes, além de outros previstos nas le-gislações Federal, Estadual e Municipal, são:I - o Plano Municipal de Esportes;

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RIBEIRÃO PRETO - SP

II - os programas de manutenção e ampliação dos serviçosenvolvidos nas atividades de esporte e de lazer;III - os contratos, convênios e acordos entre o Poder Execu-tivo Municipal e os outros agentes intervenientes no proces-so de esporte e de lazer;IV - os projetos vinculados ao Programa Esporte para Vencer;V - a utilização dos recursos do Fundo Pró-Esporte, de acor-do com o planejamento da Secretaria Municipal de Esportese conforme a legislação pertinente.§ 1º - As ações esportivas e de lazer do Município serão de-senvolvidas, sempre que possível, em integração com ou-tros setores e órgãos municipais, especialmente os ligadosà área social.§ 2º - O Município exercerá sua competência na área de es-porte e de lazer através de Secretaria Municipal de Esportese órgãos e instituições conveniadas.

SEÇÃO VIIDA POLÍTICA DE ABASTECIMENTO E DE SEGURANÇA

ALIMENTAR E NUTRICIONALArtigo 148 - O Abastecimento e a Segurança Alimentar eNutricional é a política pública que visa garantir o direito hu-mano de acesso regular e permanente a alimentos saudá-veis, de qualidade, em quantidade suficiente às necessida-des nutricionais saudáveis, advindos de produção social,econômica e ambientalmente sustentável, respeitando-sena oferta e consumo, as características, a diversidade e apluralidade cultural dos hábitos alimentares da população.Artigo 149 - O Município atuará, de acordo com o Sistema ea Política Pública Nacional de Segurança Alimentar e Nu-tricional definidos pela Lei Federal nº 11.346/06, regulamen-tada pelo Decreto Federal nº 7.272/10, na normatização epromoção direta ou indireta das atividades que estão relacio-nadas à segurança alimentar e nutricional da sua população,com as seguintes diretrizes:I - fortalecer as instâncias administrativas para modernizar apolítica de Abastecimento e Segurança Alimentar e Nutricionaldo Município;II - planejar e executar programas da política de segurançaalimentar e nutricional, de forma integrada com os progra-mas especiais de nível Federal, Estadual e Intermunicipal;III - atuar na cadeia produtiva e logística de modo a garantira qualidade sanitária nos processos de produção, armaze-nagem, manipulação, tratamento, distribuição, comercializa-ção, preparo e consumo;IV - criar um programa, em convênio com Órgãos Estaduaise Prefeituras da região, para assistência técnica, tecnológicae de transporte para o mini, pequeno e médio produtor rural;V - fortalecer as ações do Poder Executivo Municipal nasáreas de defesa sanitária, classificação de produtos, serviçode informações de mercado, controle higiênico das instala-ções públicas e privadas de comercialização de alimentos efiscalização em geral;VI - incentivar a implantação de hortas urbanas, especial-mente em áreas públicas e escolas municipais.Parágrafo Único - A Política Pública de Segurança Alimentare Nutricional deverá interagir com as outras políticas públi-cas de desenvolvimento econômico, social e planos setoriais.

SEÇÃO VIIIDA POLÍTICA DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL

Artigo 150 - A Proteção e Defesa Civil do Município deveráestar estruturada de acordo com a Política Nacional de Pro-teção e Defesa Civil (PNPDEC) e integrar o Sistema Nacionalde Proteção e Defesa Civil - SINPDEC, conforme Lei Federalnº 12.608/12.Parágrafo Único - A Coordenadoria Municipal de Proteção eDefesa Civil - COMPDEC, criada por lei municipal, será o ór-gão responsável por coordenar todas as ações de proteçãoe defesa civil, em nível municipal, integrada ao Sistema Na-cional de Proteção e Defesa Civil - SINPDEC.Artigo 151 - Decreto do Executivo municipal instituirá o Sis-tema Municipal de Proteção e Defesa Civil - SIMPDEC.Parágrafo Único - O SIMPDEC deverá adotar as Diretrizes eObjetivos da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil -PNPDEC.Artigo 152 - Compete ao SIMPDEC, entre outras atribuições:I - executar a PNPDEC em âmbito local;II - coordenar as ações do SINPDEC no âmbito local, em ar-

ticulação com a União e o Estado;III - incorporar as ações de proteção e defesa civil no pla-nejamento municipal;IV - identificar e mapear as áreas de risco de desastres;V - promover, em parceria com outros setores da administra-ção municipal, a fiscalização das áreas de risco de desastree vedar novas ocupações nessas áreas;VI - declarar, quando necessário, situação de emergência eestado de calamidade pública;VII - vistoriar edificações, estruturas urbanas e áreas de riscoe promover, quando for o caso, a intervenção preventiva e aevacuação da população das áreas de alto risco ou das edi-ficações vulneráveis;VIII - manter a população informada sobre áreas de risco eocorrência de eventos extremos, bem como sobre protoco-los de prevenção e alerta e sobre as ações emergenciais emcircunstâncias de desastres.

SEÇÃO IXDA POLÍTICA DE SEGURANÇA URBANA

E ORDEM PÚBLICAArtigo 153 - A Política de Segurança Pública, na esfera mu-nicipal, buscará o atendimento da segurança como direitoconstitucional de todos, garantindo a ordem democrática e oexercício pleno da cidadania atendendo, no que se aplicar,ao Plano Nacional de Segurança Pública.Artigo 154 - A Política de Segurança Municipal obedecerá àsseguintes diretrizes:I - atuação conjunta dos órgãos municipais e da Guarda CivilMunicipal com a Polícia Federal, Polícia Estadual Civil e Mi-litar e a Sociedade Civil organizada, criando mecanismosque visem a proteção da integridade física dos cidadãos e dopatrimônio público e privado;II - atuar de forma integrada, na segurança urbana, na pro-teção dos agentes públicos, no cumprimento da legislaçãode uso e ocupação do solo, na proteção das áreas de inte-resse ambiental, na segurança dos equipamentos públicos edos espaços de uso coletivo;III - desenvolver a consciência de segurança através de ins-trumentos educativos preventivos da violência urbana;IV - estimular operações conjuntas da comunidade, GuardaCivil Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal;V - implantar um sistema pedagógico a ser amplamente di-vulgado, que contemple a compreensão dos processos deviolência e as formas modernas de enfrentá-los, a fim de mi-nimizar a marginalidade social;VI - desenvolver programas, em trabalho conjunto com asdiversas secretarias Estaduais e Municipais, visando a com-preensão mais abrangente, por parte do sistema policial e dapopulação, do fenômeno da criminalidade e das diferentesformas de intervenção junto aos adolescentes e adultos quepassam pelo sistema de justiça, e das diferentes formas deplanejamento, ações e intervenções nos espaços públicosmunicipais;VII - promover gestões junto ao Governo do Estado, no sen-tido de obter equipamentos e qualificação profissional dosGuardas Civis Municipais e parceria na implantação deações preventivas no Município, mediante Convênios;VIII - modernização dos equipamentos de vigilância e inves-timentos na capacitação dos trabalhos de inteligência, novastecnologias, georreferenciamento e partilhamento de infor-mações com Estados e Municípios;IX - Integrar ações na Região Metropolitana de Ribeirão Pre-to com vistas à manutenção da Ordem Pública e controle dosindicadores criminais.

SEÇÃO XDA POLÍTICA DE ACESSIBILIDADE

Artigo 155 - Estabelecer a Política Municipal de Acessibilida-de em consonância com as legislações e os Programas Es-taduais e Federais que tratam das questões ligadas aos di-reitos das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida,incluindo-se os idosos, assim como com os normativos le-gais relativos ao tema.Artigo 156 - A Política de Acessibilidade visa promover, pro-teger e assegurar o exercício pleno e equitativo dos direitoshumanos e liberdades fundamentais por todas as pessoascom deficiência, assim como os idosos e as pessoas commobilidade reduzida, proporcionando o respeito pela sua

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Diário Oficial2626262626 Quinta-feira, 03 de Maio de 2018RIBEIRÃO PRETO - SP

dignidade inerente, estabelecendo metas, diretrizes e açõespara a garantia plena da inclusão social em todas as áreasde uso público e coletivo, e princípio básico da cidadania.Artigo 157 - Os procedimentos administrativos deverão ga-rantir na aprovação de projetos para construção, ampliaçãoou reforma de edifícios públicos ou privados destinados aouso coletivo, assim como no parcelamento do solo e na li-beração do termo de conclusão da obra (“habite-se”), a aces-sibilidade às pessoas com deficiência ou com mobilidadereduzida e aos idosos, sob pena das sanções administrati-vas estabelecidas em lei por este não cumprimento.§ 1º - Todos os imóveis construídos, locados ou utilizados poroutras formas para uso comum, público ou coletivo deverãoser acessíveis, respeitando a legislação.§ 2º - A autorização para construção ou reforma de calçadas,assim como a fiscalização destes serviços por parte do Po-der Público deve exigir do executor a responsabilidade noatendimento às questões de acessibilidade estabelecidasna legislação pertinente.§ 3º - A produção de habitação de interesse social deve ga-rantir as condições de acessibilidade previstas na legislaçãopertinente voltada à população com deficiência e os idosos.§ 4º - Todas as políticas públicas municipais devem incluirem seu público envolvido, direta ou indiretamente, as pesso-as com deficiência ou com mobilidade reduzida, incluindo-seos idosos, garantindo-se a acessibilidade, a participação, ainformação e o envolvimento social.Artigo 158 - São princípios da Política de Acessibilidade:I - o respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual,inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a in-dependência das pessoas;II - a não discriminação;III - a plena e efetiva participação e inclusão na sociedade;IV - o respeito pela diferença e pela aceitação das pessoascom deficiência como parte da diversidade humana e da hu-manidade;V - o respeito pela dignidade inerente à pessoa idosa;VI - a igualdade de oportunidades;VII - a acessibilidade em todos os ambientes de uso comum,público e coletivo;VIII - o respeito pelo desenvolvimento das capacidades dascrianças com deficiência e pelo direito das crianças com de-ficiência de preservar sua identidade;IX - o atendimento preferencial imediato e individualizadojunto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviçosà população;X - a viabilização de formas alternativas de participação, ocu-pação e convívio do idoso com as demais gerações.

CAPÍTULO VIIIDO PLANEJAMENTO E GESTÃO MUNICIPAL

Artigo 159 - A gestão municipal compreende a realização deatividades voltadas ao processo de planejamento do municí-pio e tem como objetivo o ordenamento das funções sociaisda cidade, visando o seu pleno desenvolvimento e a garantiacidadã de condições urbanas de bem-estar da população.Parágrafo Único - A gestão municipal deverá ter como obje-tivo a garantia dos serviços públicos prestados com padrõesadequados de qualidade, segurança, durabilidade, desem-penho, eficiência e eficácia, assim como deverá ser exigidaa racionalização e melhoria dos serviços públicos na prote-ção da saúde contra serviços mal prestados ou nocivos eainda para a prevenção de danos patrimoniais aos própriosmunicipais ou de terceiros.Artigo 160 - Para a implantação do planejamento e gestãomunicipal o Poder Executivo utilizar-se-á dos seguintes ins-trumentos:I - Modernização Administrativa;II - Sistema de Planejamento;III - Sistema de Informações para o Planejamento;IV - Observatório de Políticas Públicas;V - Sistema de Gestão Participativa;VI - Sistema de Fiscalização, e,VII - Sistema de Arquivamento e Guarda de DocumentaçãoPública.Artigo 161 - O processo de modernização da AdministraçãoMunicipal nortear-se-á pelas seguintes diretrizes:I - a integração dos serviços da Administração Direta e In-

direta, bem como dos órgãos estaduais e federais afinsatuantes no Município;II - o planejamento integrado da ação municipal;III - o treinamento, a capacitação e a melhoria da qualidadee da produtividade do seu quadro de pessoal;IV - a informatização de todos os serviços municipais;V - a padronização dos procedimentos administrativos, incluin-do a garantia ao munícipe de acesso e acompanhamento, pormeio eletrônico, de processos, obras e outros serviços urbanos;VI - o planejamento de política única de gestão de pessoal,que envolva estudos para melhor aproveitamento do quadroe eventual remanejamento entre áreas da administração;VII - revisão e automação de fluxos e processos e implanta-ção de processos eletrônicos em toda administração muni-cipal, objetivando maior eficiência, redução de desperdíciose sistematização simplificada dos procedimentos adminis-trativos em favor do melhor atendimento da população;VIII - a maximização do retorno aos habitantes, em serviçospúblicos e infraestrutura, dos recursos do orçamento muni-cipal, pelo aumento da eficiência e eficácia das áreas meio,de modo a reduzir os custos de intermediação;IX - transparência nas informações e nos processos de-cisórios, regras claras e objetivas, critérios de prioridade deprecedência na tramitação das demandas, uso de novas tec-nologias, ampliação do atendimento eletrônico e maior ce-leridade e resolutividade nas respostas;X - manutenção de uma área de controladoria e gestão deprocessos que atue em toda a administração municipal, comprofissionais próprios, na redução de desperdícios e na sis-tematização e simplificação dos processos administrativos;XI - disponibilização “on-line” do andamento dos processosadministrativos de natureza pública, de modo a facilitar aoscidadãos e empreendedores o controle de seus projetos etambém para dar transparência aos atos de poder público;XII - a realização de estudos técnicos de viabilização da in-tegração física entre secretarias municipais e outros entesda administração direta ou indireta, inclusive em outras es-feras administrativas no intuito de viabilizar um centro admi-nistrativo.Artigo 162 - Fica instituído o Sistema Municipal de Planeja-mento (SIMP) que será coordenado pelo órgão responsávelpelo planejamento municipal com os seguintes objetivos:I - integrar e coordenar o desenvolvimento urbano, articulan-do o planejamento dos diversos agentes públicos e privadosatuantes no Município de Ribeirão Preto;II - instrumentalizar o processo de planejamento municipal eelaborar e controlar os planos, programas, orçamentos eprojetos;III - integrar e coordenar o planejamento dos órgãos da Pre-feitura Municipal;IV - implantar o planejamento como processo permanente eflexível, capaz de se adaptar continuamente às mudançasexigidas pelo desenvolvimento do Município;V - criar e manter um sistema de análise de dados;VI - articular ações com os municípios vizinhos, visando agestão integrada e a sustentabilidade ambiental da região,se estendendo à região metropolitana;VII - garantir a participação da sociedade no debate dasquestões relevantes da gestão municipal;VIII - promover a participação dos Conselhos Municipais, En-tidades Profissionais, Sindicais e Empresariais, das Asso-ciações de Moradores e demais organizações representati-vas da população de Ribeirão Preto;IX - garantir a coordenação e a implementação do SMIP;X - terá sempre como meta garantir a cidadania e a dignidadeda pessoa humana.Artigo 163 - Decreto Municipal regulamentará o artigo ante-rior e definirá os critérios de participação dos Agentes do Sis-tema Municipal de Planejamento com representantes:I - da Administração Municipal;II - dos Conselhos municipais envolvidos com o desenvolvi-mento urbano;III - das Entidades Profissionais, Sindicais e Empresariais;IV - das Associações de Moradores; e,V - de outras organizações envolvidas com o desenvolvimen-to urbano.Artigo 164 - O Poder Executivo Municipal institucionalizará

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RIBEIRÃO PRETO - SP

um sistema de informações para o planejamento como ins-trumento fundamental de apoio ao Sistema Municipal de Pla-nejamento (SIMP), composto por 3 (três) subsistemas básicos:I - subsistema de indicadores socioeconômicos;II - subsistema de referências documentais;III - subsistema de acompanhamento das expectativas da so-ciedade.Parágrafo Único - Outros subsistemas poderão ser criados,por força de Decreto Municipal, desde que justificada a suaimportância no processo de planejamento e desenvolvimen-to do município.Artigo 165 - As principais funções do Sistema de Informaçõespara o Planejamento são:I - operação e manutenção dos três subsistemas de informa-ções, através do levantamento, processamento, armazena-mento e disseminação das informações específicas e dadosestatísticos a cada um;II - informatização das funções operacionais dos três subsis-temas;III - autodesenvolvimento do sistema de informações, res-ponsável pelo seu aperfeiçoamento, flexibilidade e adapta-ção às exigências do planejamento.Artigo 166 - O sistema de informações para o planejamento doMunicípio deverá dispor das seguintes informações básicas:I - Geoambientais, compreendendo o solo, o subsolo, relevo,hidrografia e cobertura vegetal;II - Cadastros Urbanos, em especial equipamentos sociais,equipamentos urbanos públicos, cadastro imobiliário, áreasvazias, sistema viário e rede de transporte público de passa-geiros, arruamento, infraestrutura de água, esgoto, energiaelétrica e telefonia, estabelecimentos industriais, de comér-cio e serviços;III - legislações urbanísticas, em especial uso e ocupação dosolo, zoneamento, parcelamento, código de obras, postura etributação e áreas especiais de atividades econômicas, pre-servação e conservação ambiental, histórica e cultural;IV - socioeconômicas, em especial demografia, emprego erenda e zoneamento fiscal imobiliário;V - operações de serviços públicos, em especial transportepúblico de passageiros, saúde, educação, segurança, habi-tação, cultura, esportes e lazer.Parágrafo Único - Os dados do sistema de planejamento domunícipio, incluindo mapas georreferenciados e tabelas, de-verão estar disponíveis para consulta pelos cidadãos, pes-quisadores, empreendedores e outros interessados, conten-do as informações de natureza pública de forma inteligível ecom facilidade de acesso.Artigo 167 - A Administração Municipal implementará Siste-ma de Arquivamento e Guarda de Documentação Públicaseguindo as diretrizes:I - manter arquivo municipal organizado, protegido e acessí-vel ao conhecimento e à consulta pública com documenta-ção da gestão administrativa e as relevantes ao interesse dasociedade e às futuras gerações, guardando documentaçãopública referente à história, à cultura, à política e às manifes-tações sociais que envolvem a cidade e sua população;II - definir tabelas de temporalidade para manutenção doarquivamento de documentos, critérios para digitalização,formação de documentação eletrônica e níveis de proteçãoe acesso, inclusive informatizado;III - regramento para a informatização de todos os procedi-mentos administrativos, inclusive processos de aprovaçãode projetos arquitetônicos e urbanísticos, com a finalidadede agilizar as tramitações, garantir a equidade de procedi-mentos e permitir a transparência das ações administrativas.

SEÇÃO IDO SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE

Artigo 168 - Para garantir a gestão democrática da cidade,serão utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos:I - os Conselhos Municipais, em especial o Conselho Muni-cipal de Urbanismo - COMUR, e Conselho Municipal do MeioAmbiente - COMDEMA, Conselho Municipal de Habitaçãodentre outros;II - as Conferências Municipais;III - as audiências públicas e debates com participação dapopulação e de associações representativas dos vários segmen-tos da comunidade;

IV - a publicidade dos atos praticados;V - o acesso aos interessados dos documentos e informa-ções relativos aos atos praticados, inclusive com divulgaçãopela internet;VI - as conferências sobre assuntos de interesse urbano;VII - o Estudo de Impacto de Vizinhança;VIII - a iniciativa popular de projeto de lei, nos termos doArtigo 41 da Lei Orgânica do Município de Ribeirão Preto;IX - a iniciativa popular de planos, programas e projetos dedesenvolvimento urbano;X - o referendo popular e plebiscito, na forma da lei.Parágrafo Único - Os Conselhos Municipais reunir-se-ão or-dinariamente a cada trimestre e extraordinariamente quantasvezes forem necessárias em função da dinâmica dos seustrabalhos e das pautas que o justifiquem ou em razão de dis-posição de legislação federal.Artigo 169 - A gestão orçamentária participativa será garan-tida por meio a realização de debates, audiências e consul-tas públicas sobre as propostas do plano plurianual, da Leide Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Anual, comocondição obrigatória para sua aprovação pela Câmara Muni-cipal, conforme exigência da Lei Federal nº 10.257/01.Artigo 170 - O Poder Executivo Municipal manterá um Siste-ma de Fiscalização de caráter pedagógico, educativo, pre-ventivo, e punitivo, visando disciplinar os munícipes em rela-ção as suas responsabilidades na observação e cumprimen-to das legislações seja de âmbito Municipal, Estadual e Fe-deral.Parágrafo Único - O Sistema de Fiscalização exercerá a suafunção fiscalizadora de forma descentralizada, formado porum corpo técnico especializado e multidisciplinar, compatí-vel com as suas funções, disciplinado por decreto do Execu-tivo Municipal.Artigo 171 - A Administração Municipal disporá de colegiadosinternos para coordenar a avaliação das suas necessidadese possibilidades, subsidiar as decisões do chefe do Execu-tivo Municipal e orientar os procedimentos dos órgãos daadministração direta e indireta, destacando:I - colegiado para otimização do gasto público e ampliaçãodas oportunidades de receitas próprias e de terceiros;II - colegiado para coordenar a gestão das empresas muni-cipais, autarquias, fundações, institutos e similares, definin-do diretrizes, metas e instrumentos de avaliação e controle;III - colegiado para deliberar quanto às demandas e propos-tas na área de tecnologia e informática, visando potencializarseus usos para maior eficiência e transparência da gestãopública;IV - colegiado para orientar as decisões da administraçãopública para aplicação das diretrizes e instrumentos do Pla-no Diretor e da política de desenvolvimento urbano, meio am-biente e de habitação;V - o colegiado dos Secretários e demais órgãos da adminis-tração direta e indireta deve assegurar as diretrizes de go-verno para as políticas setoriais na formulação e cumprimen-to do Plano Plurianual de Investimento, do Plano de Metas,da Lei de Diretrizes Orçamentárias e das Leis OrçamentáriasAnuais.

SEÇÃO IIDO FINANCIAMENTO DOS SERVIÇOS URBANOS

Artigo 172 - O Poder Executivo Municipal buscará o equilíbriofinanceiro dos seus sistemas de proteção dos serviços ur-banos, visando torná-los autossustentáveis quanto aos in-vestimentos e aos custos operacionais necessários para oatendimento à população da cidade.Artigo 173 - Comporão as receitas dos serviços urbanosaquelas provenientes da cobrança de taxas, tarifas, receitasfinanceiras e patrimoniais, multas e as dotações orçamentá-rias específicas.Artigo 174 - O Poder Executivo Municipal controlará e super-visionará a prestação dos serviços urbanos executados atra-vés das suas entidades descentralizadas.Artigo 175 - O Poder Executivo Municipal expedirá regula-mento dos serviços urbanos, que disporá sobre os procedi-mentos, obrigações e sanções relacionadas à sua execução.

CAPÍTULO IXDAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 176 - A partir da promulgação desta lei, propostas de

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Diário Oficial2828282828 Quinta-feira, 03 de Maio de 2018RIBEIRÃO PRETO - SP

novos parcelamentos do solo levarão em conta os princípiosbásicos ambientais, notadamente aqueles afetos à precau-ção, à sustentabilidade e à supremacia do interesse público,assim como os conceitos urbanísticos defendidos neste Pla-no Diretor e em suas leis complementares.§ 1º - Nenhum Processo Administrativo com pedidos de di-retrizes, análises e aprovação de novos parcelamentos dosolo que estejam localizados na Zona de Expansão Urbanadefinida nesta lei poderá ser protocolado antes da aprovaçãoe promulgação da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação doSolo.§ 2º - Processos Administrativos com pedidos de diretrizes,análises e aprovação de novos parcelamentos do solo queestejam localizados internos ao Perímetro Urbano seguirãoa legislação ambiental e urbanística em vigor, devendo seenquadrar aos procedimentos solicitados pelas Secretariasde Meio Ambiente e de Planejamento e Gestão Pública.§ 3º - Os empreendimentos que se refere o parágrafo anteriorque estejam localizados, total ou parcialmente, na Zona deUso Especial - ZUE, poderão receber novas exigências am-bientais de acordo com estudos específicos a serem realiza-dos em cada área a ser empreendida, visando a conserva-ção do Aquífero Guarani.§ 4º - Os processos em andamento e os que foram proto-colados antes da aprovação desta lei continuarão sua tra-mitação administrativa considerando os regramentos am-bientais e urbanísticos em vigor, podendo ser enquadradosna nova legislação por solicitação do empreendedor.§ 5º - Após a aprovação e promulgação da Lei de Parce-lamento, Uso e Ocupação do Solo este artigo perderá seuvalor no que couber.Artigo 177 - O Poder Executivo Municipal encaminhará àCâmara Municipal, a seguinte legislação básica com os res-pectivos prazos:I - Em até um (1) ano após a promulgação da Lei de Revisãodo Plano Diretor:a) Revisão da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação doSolo;b) Revisão do Código Municipal do Meio Ambiente;c) Revisão do Código de Obras;d) Revisão do Plano Viário;e) Plano Municipal de Saneamento Básico;f) Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos;g) Código de Posturas Municipais;h) Plano de Macrodrenagem;i) Plano de Mobilidade Urbana;j) Plano Municipal de Turismo;k) Código Sanitário Municipal;l) Revisão do Plano Local de Habitação de Interesse Social- PLHIS; e,m) Lei de Habitação de Interesse Social.II - Em até dois (2) anos após a promulgação da Lei de Re-visão do Plano Diretor:a) Lei do Mobiliário Urbano;b) Plano Estratégico do Sistema de Áreas Verdes e Arbo-rização Urbana;c) outros planos e a regulamentação dos Instrumentos pre-vistos neste Plano Diretor.§ 1º - Os Projetos de Lei a que se refere o caput, bem comoos instrumentos complementares, antes de serem encami-nhados à Câmara Municipal, serão discutidos e apreciadosem audiências públicas com a participação da sociedadecivil e dos Conselhos Municipais.§ 2º - A revisão da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação doSolo deve contemplar, dentre outras disposições previstasnesta lei, os parâmetros e demais regramentos para o uso ea ocupação sustentável da Zona de Urbanização Especial -ZUE, assim como as estratégias para o uso da Zona Rural.§ 3º - Planos, leis e instrumentos urbanísticos mencionadosneste Plano Diretor poderão ser agrupados por decisão téc-nica quando de suas formulações legislativas ou respectivasrevisões, com o objetivo de viabilizar a produção da cidadee a otimização das políticas públicas.§ 4º - Até a aprovação da nova Lei de Parcelamento, Uso eOcupação do Solo o Executivo Municipal regulamentará oscritérios para dimensionamento das mitigações e contrapar-tidas decorrentes de empreendimentos que gerem impacto

ANEXO I - ZONA URBANA, DE EXPANSÃO URBANAE ZONA RURAL

ANEXO II - DESCRIÇÃO DA ZONA URBANA,DE EXPANSÃO URBANA E ZONA RURAL

PERÍMETRO URBANOTem início ao sul do município, em um ponto definido pelocruzamento entre as Rodovias José Fregonesi com AntônioMachado Sant’Anna; deste ponto segue pela Rodovia Antô-nio Machado Sant’Anna no sentido NE, em uma distância de1.300 metros; deste ponto segue no sentido NO até atingirum ponto na divisa do loteamento Alphaville Ribeirão; desteponto segue no sentido NO pela divisa do loteamento Alpha-ville Ribeirão e por seu prolongamento imaginário até atingira nascente do afluente da margem direita do córrego Serra-ria; deste ponto segue pelo afluente da margem direita docórrego Serraria , sentido águas abaixo, até atingir a sua fozno Córrego Serraria; deste ponto segue sentido NO peloafluente da margem esquerda do córrego Serraria, sentidoáguas acima, do afluente da margem esquerda do CórregoSerraria, com a distância de 1.650 metros; deste ponto segueno sentido NO até atingir a nascente do Córrego Vista Alegre;

significativo, respeitado o disposto neste Plano Diretor.§ 5º - Os prazos estabelecidos nos incisos deste artigo po-derão sofrer adequações, desde que consistentemente jus-tificado, decorrentes da impossibilidade de encerramentosde discussões técnicas e audiências públicas ou por força deações indiretas à Administração Municipal.Artigo 178 - O início do processo de revisão deste Plano Di-retor deverá ser iniciado até oito (8) anos da publicação dapresente lei complementar e será finalizado no prazo máxi-mo de dez (10) anos, conforme determinado pelo Artigo 40da Lei Federal nº 10.257/01 (Estatuto da Cidade), sob as pe-nas do Artigo 52, inciso VI da mesma lei.Parágrafo Único - Por necessidade de adequação deste Pla-no Diretor aos parâmetros estabelecidos pelo Plano de De-senvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitanade Ribeirão Preto - PDUI/RMRP, sua revisão pode ser inicia-da a qualquer momento por iniciativa do Poder Executivo,devendo ser aprovado dentro do prazo estabelecido pela Leido PDUI/PMRP.Artigo 179 - Esta lei complementar entra em vigor na data desua publicação, revogadas as disposições em contrário, emespecial a Lei Complementar nº 501, de 31 de outubro de 1995e a Lei Complementar nº 1.573, de 13 de novembro de 2003.

Palácio Rio BrancoDUARTE NOGUEIRA

Prefeito MunicipalNICANOR LOPES

Secretário da Casa CivilEDSOM ORTEGA MARQUES

Secretário de Planejamento e Gestão Pública

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Quinta-feira, 03 de Maio de 2018 2929292929Diário Oficial

RIBEIRÃO PRETO - SP

deste ponto segue pelo Córrego Vista Alegre, sentido daságuas, até atingir uma paralela de 500 metros da RodoviaPrefeito Duarte Nogueira; deste ponto deflete a esquerda esegue por esta paralela de 500 metros da Rodovia PrefeitoDuarte Nogueira até atingir a divisa do município de Sertão-zinho; deste ponto segue no sentido N até atingir a EstradaMunicipal RPR - 166; deste ponto segue pela referida estra-da municipal, sentido N até atingir a linha férrea; deste pontodeflete a direita e segue pela linha férrea, sentido NE, atéatingir a divisa do terminal da Petrobras; Deste ponto defletea direita e segue pela divisa do terminal da Petrobras, e seuprolongamento, até a margem esquerda do Córrego Macaúba;deste ponto deflete a esquerda e segue pelo Córrego Ma-caúba, sentido das águas, até atingir a sua foz junto ao Ri-beirão Preto em sua margem esquerda; deste ponto defletea direita e segue pelo Ribeirão Preto, sentido oposto aságuas, até atingir a divisa do Distrito Industrial “Prefeito Ro-berto Jábali”; deste ponto deflete a esquerda e segue por es-ta divisa, e seu prolongamento, até atingir a Estrada Munici-pal RPR - 148, junto a divisa das Chácaras Nosso Recanto;Deste ponto deflete a direita e segue por esta divisa até atin-gir a margem esquerda do Rio Pardo; deste ponto deflete adireita e segue, sentido águas a cima, até atingir a divisa doClube de Campo Recreativa; deste ponto deflete a direita esegue por esta divisa até atingir a linha férrea; deste pontodeflete a direita e segue pela linha férrea, sentido SO, atéatingir a Rodovia Anhanguera; deste ponto deflete a esquer-da e segue pela Rodovia Anhanguera, até atingir a RodoviaCandido Portinari; deste ponto deflete a esquerda e seguepela Rodovia Cândido Portinari atingir a divisa do município,no Rio Pardo, deste ponto deflete a direita e segue pelo RioPardo, sentido contrário as águas, até atingir o prolongamen-to da divisa do loteamento Jardim Antônio Palocci com a Fa-zenda da Barra; deste ponto deflete a direita e segue pela di-visa da Fazenda da Barra até atingir a linha férrea; deste pon-to deflete a esquerda e segue pela linha férrea até atingir aAvenida Alfredo Ravaneli; deste ponto deflete a esquerda esegue pela Avenida Alfredo Ravaneli até atingir a divisa doCondomínio Mil Pássaros; deste ponto deflete a esquerda esegue pela divisa do Condomínio Mil Pássaros até atingir oafluente da margem esquerda do Córrego do Esgoto; desteponto deflete a direita e segue pelo afluente da margem es-querda do Córrego do Esgoto até atingir a sua foz no Córregodo Esgoto; deste ponto deflete a direita e segue pelo Córregodo Esgoto até atingir a divisa do Condomínio Jardim Recreio;deste ponto deflete a esquerda e segue pelas divisas dosCondomínios Recreio Internacional e Chácaras Internacio-nal, continuando até o seu prolongamento, atingindo o pontodistante 500 metros da Rodovia Abrão Assed sentido Ribei-rão Preto - Serrana; deste ponto deflete a direita e segue nosentido SO até atingir a linha de alta tensão; deste pontodeflete e direita e segue pela linha de alta tensão até atingiruma paralela de 500 da Rodovia Anhanguera; deste pontodeflete a esquerda e segue por essa paralela de 500 metrosda Rodovia Anhanguera, numa extensão de 2.065 metros;deste ponto deflete a direita e segue no sentido SO, passan-do pelas divisas do loteamento Sitio São Bento II e do NúcleoSão Luiz; deste ponto deflete a esquerda e segue no sentidoSO até atingir a divisa do loteamento Jardim Reserva Impe-rial; deste ponto deflete a direita e segue em linha curva coma distância de 1.250 metros, até atingir a Rodovia AntônioMachado Sant’Anna; deste ponto deflete a esquerda e seguepela Rodovia Antônio Machado Sant’Anna, sentido RibeirãoPreto - Araraquara, até atingir o afluente da margem direitado Córrego Condanim; deste ponto deflete a esquerda e se-gue pelo afluente da margem esquerda do Córrego Condanimaté atingir a sua nascente; deste ponto deflete a direita e se-gue no sentido SO até atingir a divisa do condomínio Humaitá;deste ponto deflete a direita e segue pela divisa do condomí-nio Humaitá até atingir uma paralela de 1.140 metros da Ro-dovia Antônio Machado Sant’ Anna; deste ponto deflete aesquerda e segue por essa paralela de 1.140 metros da Ro-dovia Antônio Machado Sant’ Anna até atingir a divisa doCondomínio Recreio Panorama; deste ponto deflete a direitae segue pela divisa do Condomínio Recreio Panorama até

atingir a Rodovia Antônio Machado Sant’ Anna; deste pontodeflete a direita e segue pela Rodovia Antônio MachadoSant’ Anna, sentido Araraquara - Ribeirão Preto, até atingiro cruzamento entre as Rodovias José Fregonesi com Antô-nio Machado Sant’Anna, ponto onde teve início e tem fim estadescrição perimétrica.ZONA DE EXPANSÃO URBANAA Zona de Expansão Urbana está fragmentada em cinco zo-nas assim descritas:A) Zona de Expansão Urbana ITem início ao leste do município, em um ponto definido pelocruzamento entre o Córrego do Esgoto e a linha férrea; desteponto segue pelo Córrego do Esgoto e segue sentido águasabaixo, até atingir o cruzamento com a Avenida Alfredo Ra-vaneli; deste ponto deflete a direita e segue pela Avenida Al-fredo Ravaneli até atingir a divisa do Condomínio PatrimonialCampestre; deste ponto deflete a direita e segue pela divisado Condomínio Patrimonial Campestre até atingir a linha fér-rea; deste ponto deflete a direita e segue pela linha férreacom a distância de 1.650 metros; deste ponto deflete a es-querda e segue por uma linha perpendicular a linha férrea,até encontrar o outro ramal da linha férrea; deste ponto de-flete a esquerda e segue pela linha férrea até atingir a divisado município de Serrana; deste ponto deflete a direita e se-gue pela divisa do município, até atingir a Rodovia José Fre-gonezi; deste ponto deflete a direita e segue pela rodovia Jo-sé Fregonezi, até atingir uma paralela de 1.140 metros daRodovia Antônio Machado Sant’ Anna; deste ponto deflete adireita e segue por essa paralela de 1.140 metros da RodoviaAntônio Machado Sant’ Anna até atingir a divisa do Condo-mínio Humaitá; deste ponto deflete a direita e segue peladivisa do Condomínio Humaitá, sentido NE até atingir a nas-cente do afluente da margem esquerda do Córrego Condanim;deste ponto deflete a esquerda e segue pelo afluente da mar-gem esquerda do Córrego Condanim, sentido das águas, atéatingir a Rodovia Antônio Machado Sant’ Anna; deste pontodeflete a direita e segue pela Rodovia Antônio MachadoSant’ Anna, sentido Araraquara - Ribeirão Preto, até atingiro prolongamento da divisa do Condomínio Evidence; desteponto deflete a direita e segue sentido SE e segue em linhacurva com a distância de 1.250 metros, até atingir a divisa doloteamento Jardim Reserva Imperial; deste ponto deflete aesquerda e segue sentido NE até atingir a divisa do NúcleoSão Luiz; deste ponto deflete a direita e segue pelas divisasdo Núcleo Sã Luiz e do loteamento São Bento II, seguindopor esse alinhamento até atingir uma paralela de 500 metrosda Rodovia Anhanguera; deste ponto deflete a esquerda esegue por essa paralela de 500 metros da Rodovia Anhan-guera até atingir a linha de alta tensão; deste ponto deflete adireita e segue pela linha de alta tensão com a distância de2.000 metros; deste ponto deflete a esquerda e segue sen-tido NE até atingir uma paralela de 500 metros da RodoviaAbrão Assed; deste ponto deflete a esquerda e segue senti-do N até atingir a divisa do Condomínio Chácaras Internacio-nal; deste ponto segue por esta divisa, passando pela divisado Condomínio Recreio Internacional, sentido N, até atingiro Córrego do Esgoto; deste ponto segue pelo Córrego do Es-goto, sentido das águas, até atingir o cruzamento com a linhaférrea, ponto onde teve início e tem fim a presente descrição.B) Zona de Expansão Urbana IITem início ao sul do município, em um ponto definido pelocruzamento entre as Rodovias José Fregonesi com AntônioMachado Sant’Anna; deste ponto segue no sentido NO pelaRodovia José Fregonesi, até atingir o divisor de águas dasbacias do Ribeirão Preto e do Ribeirão da Onça; deste pontosegue por este divisor de águas das bacias do Ribeirão Pretoe do Ribeirão da Onça até atingir a divisa do município deSertãozinho; deste ponto deflete a direita e segue pela divisade município até atingir uma paralela de 550 metros da Ro-dovia Prefeito Duarte Nogueira; deste ponto deflete a direitae segue por esta paralela até atingir o Córrego Vista Alegre;deste ponto deflete a direita e segue pelo Córrego Vista Ale-gre, sentido oposto as águas, até atingir sua nascente; desteponto deflete a direita e segue em curva sentido SE, até atin-gir o afluente da margem esquerda do Córrego Serraria; des-

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Diário Oficial3030303030 Quinta-feira, 03 de Maio de 2018RIBEIRÃO PRETO - SP

te ponto deflete a esquerda e segue pelo afluente da margemesquerda do Córrego Serraria até atingir a sua foz junto aoCórrego Serraria; deste ponto deflete a direita e segue peloCórrego Serraria, sentido contrário as águas, com a distân-cia de 1.750 metros; deste ponto deflete a esquerda e seguesentido SE até atingir a divisa do loteamento Alphaville; des-te ponto deflete a esquerda e segue por esta divisa e seuprolongamento até atingir a Rodovia Antônio Machado Sant’Anna; deste ponto deflete a esquerda e segue pela RodoviaAntônio Machado Sant’ Anna, sentido Ribeirão Preto - Ara-raquara, até atingir o cruzamento com a Rodovia José Fre-gonezi, ponto onde teve início e tem fim a presente descrição.C) Zona de Expansão Urbana IIITem início ao norte do município, em um ponto definido pelocruzamento entre a divisa do distrito industrial Prefeito LuizRoberto Jábali com o Ribeirão Preto; deste ponto segue peloRibeirão Preto, sentido águas abaixo, até atingir a foz doCórrego Macaúba; deste ponto deflete a esquerda e seguepelo Córrego Macaúba, sentido águas acima, até atingir adivisa do Terminal da Petrobras; deste ponto deflete a direitae segue por esta divisa e até atingir o divisor de águas dosCórregos Macaúba e do Jatobá; deste ponto deflete a direitae segue pelo divisor de águas dos Córregos Macaúba e doJatobá até atingir a Estrada Municipal RPR - 350; deste pontodeflete a esquerda e segue por esta estrada municipal, sen-tido Ribeirão Preto - Cruz das Posses, até atingir a divisa domunicípio de Sertãozinho; deste ponto deflete a direita e se-gue pela divisa de município até atingir a margem esquerdado Rio Pardo; deste ponto deflete a direita e segue pelo RioPardo, sentido águas a cima, até atingir uma paralela de 500metros da Rodovia Anhanguera, sentido Ribeirão Preto - Jar-dinópolis; deste ponto deflete a direita e segue por esta pa-ralela de 500 metros da Rodovia Anhanguera até atingir umalinha imaginária do prolongamento da divisa do distrito in-dustrial Prefeito Luiz Roberto Jábali; deste ponto deflete adireita e segue por este alinhamento confrontando com adivisa da CEAGESP e do distrito industrial Prefeito Luiz Ro-berto Jábali, até atingir o Ribeirão Preto, ponto onde teveinício e tem fim a presente descrição perimétrica.D) Zona de Expansão Urbana IVTem início ao norte do município, em um ponto definido pelocruzamento entre a Rodovia Candido Portinari com o RioPardo; deste ponto segue pela Rodovia Candido Portinari,sentido Batatais - Ribeirão Preto, até atingir a RodoviaAnhanguera; deste ponto deflete a direita e segue pela Ro-dovia Anhanguera até atingir a divisa das Chácaras Rio Par-do; deste ponto deflete a direita e segue pelas divisas dasChácaras Rio Pardo, do Condomínio Recreativa e do Clubede Campo Recreativa, até atingir a margem esquerda do RioPardo; deste ponto deflete a esquerda, sentido águas abai-xo, até atingir a divisa do município de Jardinópolis; desteponto deflete a direita e segue pela divisa do município, sen-tido Rio Pardo águas acima, até atingir o pelo cruzamentoentre a Rodovia Candido Portinari com o Rio Pardo, pontoonde teve início e tem fim a presente descrição perimétrica.E) Zona de Expansão Urbana VTem início ao leste do município, em um ponto definido pelocruzamento entre a Avenida Alfredo Ravaneli com a linhaférrea; deste ponto segue pela linha férrea, sentido NO, atéatingir a divisa da Fazenda da Barra; deste ponde deflete adireita e segue pela divisa da Fazenda da Barra, até atingiro Córrego do Esgoto; deste ponto deflete a direita e seguepelo Córrego do Esgoto, sentido águas acima, até atingir oafluente da margem esquerda do Córrego do Esgoto; desteponto deflete a direita e segue pelo afluente da margem es-querda do Córrego do Esgoto, sentido águas acima, até atin-gir a divisa do Condomínio Mil Pássaros; deste ponto defletea esquerda e segue sempre pela divisa do Condomínio MilPássaros até atingir a Avenida Alfredo Ravaneli; deste pontodeflete a direita e segue pela divisa da Avenida Alfredo Ra-vaneli, até atingir o cruzamento com a linha férrea, ponto on-de teve início e tem fim a presente descrição perimétrica.F) Zona de Expansão Urbana VIUma gleba de terras situada neste município, no lugar de-nominado Águas Claras e Perenal e que tem início no marco

“0” cravado na divisa com as terras de Orestes Biagi e seguecom o rumo magnético de 54°28’NE numa distância de254,00 metros até encontrar o marco “1” cravado às margensdo Rio Pardo, daí deflete a esquerda e segue as margens doreferido Rio Pardo no sentido montante com o rumo de17°06’SE, numa distância de 453,00 metros até encontrar omarco “2” cravado às margens do Rio Pardo, onde defletenovamente à esquerda com rumo 65°24’SO numa distânciade 140,00 metros até encontrar o marco “3”; deste ponto de-flete ainda à esquerda e segue com rumo 17°06’SE numadistância de 60,00 metros até encontrar o marco “4”; desteponto deflete à direita e segue com o rumo 65°24’SO numadistância de 269,00 metros até o marco “5”, confrontandonestes três últimos seguimentos com a Associação dos Ser-vidores Municipais de Ribeirão Preto; deste ponto deflete àesquerda e segue com o rumo 17°06’SE numa distância de325,00 metros até encontrar o marco “0”, onde teve início efinda esta descrição perimétrica, confrontando nestes segui-mentos com Orestes Biagi, encerrando uma área de128.476,00 metros quadrados.G) Zona de Expansão Urbana VIIUma gleba de terras situada neste município com área de151.250,00 metros quadrados, destacada da Fazenda Piripau,com a seguinte descrição e divisas: Tem início no marco nº07-A, cravado na confrontação de João Paulino e FernandoAntônio Naime e Maria Lúcia Nayme de Vilhena; daí seguecom o rumo de 3°00‘NE até o marco nº 2-A , com a distânciade 610,30 metros, confrontando nesta parte com FernandoAntônio Naime e Maria Lúcia Nayme de Vilhena e do marconº 2-A deflete à direita até o marco nº 03, com a distância de219,40 metros, confrontando nesta parte com Humberto deAngelis, e do marco nº 03, segue à direita com o rumo de03°00‘SO até o marco nº 04, com a distância de 770,00 me-tros, confrontando nesta parte com Aldo Abdalla de Sairre, edeste marco segue ainda à direita com o rumo de 52°30’SEaté o marco nº 05, com a distância de 120,00 metros e domarco nº 05, deflete à direita com o rumo de 60°00‘SE até omarco nº 06, com a distância de 24,00 metros, e deste marcosegue com o rumo de 06°00’SE até o marco nº 07, com adistância de 48,00 metros, e do marco nº 07 segue ainda como rumo de 37°00‘SE até o marco nº 07-A, com a distância de61,00 metros, confrontando nesta parte, desde o marco nº 04,com João Paulino, onde teve início e fim esta descrição.ZONA RURALÉ considerado como Zona Rural o restante do município nãocontemplado na Zona de Perímetro Urbano nem nas cincoZonas de Expansão Urbana descritos neste Anexo.

ANEXO III - MACROZONEAMENTO AMBIENTAL

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Quinta-feira, 03 de Maio de 2018 3131313131Diário Oficial

RIBEIRÃO PRETO - SP

ANEXO IV - MACROZONEAMENTO URBANÍSTICO

ANEXO V - ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL (ZEIS)