laura e os dous pÁssarosmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1916_00565.pdf · casas que faziam para...

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Anno XI Rio de Janeiro, Quarta-feira, 2 de Agosto de 1916 N. 565 LAURA E OS DOUS PÁSSAROS ~\ ^^^v^'¦'m*\ \m\Wa^L. >. *v.*- t ^5ai»^wR\»tt »\m Wmn ?n ;-•s~-^^m\\v£ *"HE/ £¥*l\ AvVmIIvmM bSmÜY__/—"\_ f-a$(%r ffl, fS /) C*^^/^-"fit*'^ã^3l àfitfe&teS^l Em torno d'ella, em circulo, estavam todos os animaes que ella perseguia. {Vejam o conto na 5' pagina) REDACÇÁO E ADMINISTRAÇÃO : RUA DO OUVIDOR 164 RIO DE JANEIRO Publicarão «IO MALHO \iim«rü avulso. SOO rei»; atrazado, 500 réis

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  • Anno XI Rio de Janeiro, Quarta-feira, 2 de Agosto de 1916 N. 565

    LAURA E OS DOUS PÁSSAROS

    ~\ ^^^v ^'¦' m*\ \m\W a^L. >. *v .*- t ^5ai»^wR\»tt »\m Wmnn ;- •s~-^^ m\\v£ *" HE/ £¥*l\ AvVmIIvmM

    bSmÜ __/— "\_ f-a$(%r ffl, fS /) C*^^/^-"fit*'^ã^3l àfitfe&teS^l

    Em torno d'ella, em circulo, estavam todos os animaes que ella perseguia.{Vejam o conto na 5' pagina)

    REDACÇÁO E ADMINISTRAÇÃO : RUA DO OUVIDOR 164 — RIO DE JANEIROPublicarão «IO MALHO \iim«rü avulso. SOO rei»; atrazado, 500 réis

  • A FELICIDADE DO CAO O TICO-TICO

    1) Dous cães pequenos e irmãos viviam tranquillos e 2)_Nem prisão sofrrem, porque não^ UJ v.«^.. F^Hu -i estão sujeitos a corrente e sahem afelizes. Tinham bôa casa, bôa comida... passear quando querem.

    õ) Etn casa do novo dono deram-lhe um nicho muitobello e comida larta, mas. deram-lhe tambem umacorrente...

    0) Lm cão de luxo vale muitodinheiro e é por isso guardadocom zelo. Adeus liberdade,adeus passeios ao ar livre...

    7) FHc acabou por se aborrecer d'a-quella vida e um dia conseguiu fugir.Mas foi de novo apanhado para soflrero supplicio de..

    8) .. uma exposição canina,onde esteve fechado em umagaiola, durante quinze dias.Mas fu^iu novamente e vol-tou á companhia..

    9) ...de seu irmão. E asoracomprehende que a verdadeirafelicidade está na existênciamodesta.

  • O TICO-TICO#=••-»

    EXPEDIENTEPreços

    "Soedas assignaturas dos jornaes daIctlnUc A non vma O MALHO"

    Capital e Estados

    S$oooI i)$f oo»3$o ¦Jo$ooo

    5$000,--$00012$000l5$000

    3$5oo6$ooo0$oooII$000

    Exterior

    12 50$000 25$0OO 20$000 j6 3o$ooo 14*000 . ii*oco

    -reunir para conhecimento davida dos povos, quedesappare-ceram ha muitos annos.

    E, como vamos tratar espe-cialmente das casas em que seabrigavam os primeiros ho-mens, que organisaram acivi-lisação, devo dizer-lhes que essasciencia não é propriamente aIlisloiia é a Archeologi.i. quetrata das habitações e objectosde uso da antigüidade.

    O primeiro Lp°vo

    que cons-truiu propriamente casas, com

    Duas irregularidades se no-tavam nas contrucções feitaspelos antigos Egypcios. I-—to-das as demais obras de archite-clura eram systematicamentequadradas ou pyramidaes. 2- —Não resta um só vestígio dascasas que faziam para habita-ção dos vivos, ao passo que ostúmulos que elles construíamainda se man.êm sólidos e per-feitos. Isso prova que elles fa-ziam as casas para.os vivossempre ligeiras e frágeis, reser-

    Toda a correspondência, como toda aremessa de dinheiro, deve ser dirigida áSociedade Anonyma "O MALHO", ruado Ouvidor, 164 — Rio de Janeiro.

    Pedimos aos nossos assignantes, cujasassignaturas terminaram em 3° de junho,mandem reformal-as, para que não fi-quem com suas colle.cções desfalcadas.

    Os retratos publicados no Tico-Ticosó serão devolvidos dentro do prazo de 2mezes, depois de sua publicação; findoeste prazo, não serão absolutamente resti-tuidos.

    São nossos representantes exclusivosnos Estados Unidos e Canadá.

    "A Inter-national. Advertising Company", ParkRow Building, New York — U. S. A.

    As assignaturas começam em qualquertempo, mas terminam em Março, Junho,Setembro e Dezembro de cada anno. NãoSERÃO ACCEITAS POR MENOS DE TREZ MEZES.

    São nossos agentes no Estado doRio Grande do Sul, os Srs. li. 1».Marcellos »V C, Livraria do Globo,Andradas "í?"?, Porto llcgrc.

    -aa>-Pedimos aos nossos assignantes do IN-

    TERIOR, que quando fizerem qualquerreclamação, declarem o LOGAR e o ES-TADO para com segurança attendermosá mesma e não haver extravio.

    fls íições de ^ovô

    AS HABITAÇÕES IIUMA-NAS

    .Meus netinhos :Para variar, vamos hoje fallar

    de cousas antigas, dos vestígiosque a Historia tem conseguido

    P^ -:"""

    Vovô

    Typos dc construcções egypcias da antigüidade

    regras de solidez ede ejegancia, vando todos os recursos de so-foi o Egypto. Até então o ho- lidez para as habitações dosmem nãò fizera mais do que mortos.aproveitar abrigos naturaes —isso é, aquilloque lhes era offe-recido pela natureza, como gru-tas ou cavernas, arranjando-asde modo a tornal-as mais con-fortaveis.

    Mas isso obrigava a ter a ha-bitação onde havia grutas. OsEgypcios foram os primeiros aabrir, nas rochas ena terra, ca-vernas artificiaes nos logaresque lhes pareciam melhores.Depois elevaram nas planíciescabanas de bambus, cobertasde limo,que recolhiam nas mar-gens do rio Nilo e que, sec-'cando, tomava o aspeefo debarro.

    Mais tarde verificando a fra-gilidade d'essas cabanas, queo vertlo arrastava facilmente,começaram a empregar pe-dras nas construcçOes ; pedrasque cortavam em pedaços qua-draüos e lidavam com barro.

    V ^^^j^fcfc**^ \ "" J' sS^^Z^mmmmn^^Ti.

    Zéea, com um ''Tico-Tico" na mão'

    (Des. de Oscar Cardona)

    XAROPE PEITORAL OE ANGICO COMPOSTO CURA: Tosses, Bronchites,Catarrhos, Constipações,Iníluenza, Asthma e Coque-

    luche. Vende-se na PHARMACIA BRAGANTINA na rua Uruguayana n. 105.

  • O TICO-TICO

    ^i3a ^í^ocial'ANNJVERSARIOS

    Passou a 12 do corrente o anni-versario natalicio do nosso distinctoleitor José Apparecida, residente emMonte Alegre, Estado de S. Paulo.

    Occorreu a 24 de Julho o anni-versario natalicio do nosso jovenassignante Antenor C. Silva, residen-te em Roseira e filho do Sr. Bene-dicto Miguel da Silva.

    ¦— Maria Antoniettta Alves deFreitas, constante leitora do Tico-Tico, residente no Recife, completoua 13 de Julho o seu 12o anniversarionatalicio.

    A 13 do mez passado comple-tou mais um anniversario natalicioo estudioso Aleixo dos Santos Pau-Ia, residente no Realengo.

    Passou a 12 o anniversario na-talicio do menino Luiz Ernesto daCunha, residente em Barbacena.

    ' NASCIMENTOS

    Acha-se enriquecido o lar do Dr.Carlos de Oliveira e Silva e de suaesposa D. Maria da Gloria e Silva,

    com o nascimento de seu galante fi-lhinho Arthur, occorrido a 19 do mezpassado.BAPTISADOS

    Foi levado, no dia 24 de Junho, ápia baptismal, o menino Nelson, fi-lho do Sr. Otto de Azevedo Lima.Serviram de padrinhos o Sr. Vis-conde de Moraes e a Sra. viuva Dr.Azevedo Lima.

    Baptisou-se, ha dias, na pia ba-ptismal da matriz da Gloria, o inno-cente Antonio, filho do coronel Joãoda Silva Netto.

    RECEBEMOS EAGRADECEMOS

    O E'co —interessante jornal illus-trado, que se publica nesta capital,sob a direcção de A. Quintanilha.

    O Estudante — Revista mensalcritica-litteraria, dos alumnos do"Externato Paulista".

    A Alvorada — Órgão do corpodiscente do "Collegio Militar", deBarbacena e que está sob a direcçãodo Sr. Ramiro Souto Maior.

    O Bcija-Flôr — Interessantepublicação quinzenal, infantil, do"Centro da Bôa Imprensa", de Pe-tropolis.

    Policia — Guia pratica c fácil

    do delegado, sub-delegado, commis-sario de policia e escrivão da mesma,da autoria do Sr. Viriato Moreira,official do registro civil e escrivão doJuizo de Paz da cidade de Vassou-ras.

    Jê^F25ZSê^£^Z5iíSl15B52SZS25HSHSBSeSHS'i

    NOSSO ÁLBUM

    ^9B» ^V1 \*Hflhv^aL^I

    'a. íc w! MM ' vS;-

    Carmen. Leandro c Diva de Brito Bel-fort Roxo, fühos do illustrc professorda F. de Medicina Dr. Henrique Roxo.

    E ACABOU-SE 0 MAL—-i) ; 0 PROFESSOR: Olá! Até que

    afinal reapparece. Esteve doente ou-tra vez ?

    0 ILUMHO: Sim, senhor seu...fessô. Estive doente, mas agora jáestou bom.

    0 PROFESSOR: Ora, adeus! Istojá me tem dito você muitas vezes;depois adoece de novo e falta ásaulas semanas inteiras.

    0 ALUMNO: Ah! mas agora Issoacabou! Agora estou definitiva-mente bom, bom para sempre.Tomei o ELIXIR OE NOGUEIRA,que é o melhor depurativo para cre-ancas e estou curado para sempre.

  • O TICO-TICO

    mÊ0 AURA

    HTSTO^IflS E liECEpJt>fiS

    E OS DOUS PÁSSAROS

    A princeza Laura esperava todosos annos com emoção o mez de Se-tembro porque era em seu paiz a epo-cha das. caçadas de que ella tanto gos-tava, a epocha de colher o trigo e to-dos os demais productos da terra.

    Isso não significa que a princeza,autoritária e egoísta, tivesse muitorespeito pelos bens de seus subditos ;ao contrario, mas gostava de ver opovo trabalhador recolher os fructosde seu trabalho porque d'esse traba-lho ella recebia a melhor parte.

    Assim desde que o mez de Setem-bro se approximava todo o palácio seanimava com os preparativos para odivertimento favorito da princeza.

    Aceravam-se as flechas, renova-vam-se as cordas dos arcos e arbale-tas, traziam os cães e exercitavam oslacaios armados de lanças massiças.

    Todas as manhãs, a princeza, in-cansavel, partia a cavallo para oscampos e florestas; um verdadeiroexercito de criados e pagens, batia osarredores e tocava toda a caça paraseu lado e Laura fazia uma grandematança, com fléchadas certeiras, deque tinha grande orgulho.

    Mas de todos os gêneros de caçadaos que ella mais apreciava era o dei,rilgos, que perseguiam as lebres apa-voradas e a de falcão, a cruel ave derapina, que se atira ferozmente sobreas outras aves sem defeza.

    Um dia, a princeza Laura partiuao amanhecer para caçar com falcão.

    Foi a cavallo acompanhada apenaspor um pagem fiel, andarilho infra-tigavel, que conduz o" cavallo pelarédea, para que a princeza, tendo asmãos livres, possa á sua vontade le-var o falcão pousado sobre sua mãodireita.

    Nesse dia Laura levou Abul, seufalcão favorito, que está também an-cioso por caçar, despedeçar com obico e as garras corpos palpitantes.Alas por emquanto tem que se man-ter immovel porque a princeza aindamantém sobre sua cabeça o capuz develludo vermelho, que o impede dever.

    Chegando a uma planicie a prince-za Laura fez um signal ao pagem quedeteve o cavallo.

    Laura tira o capuz do falcão e sol-ta-o.

    Abul eleva-se no ar descrevendograndes círculos e mantem-se a gran-de altura esperando que appareça ou-tro pássaro mais fraco sobre o qualelle se possa atirar.

    Passa-se assim quasi meia hora;impaciente e irritada a princeza tocaem uma trompa de caça, cujo som éconhecido pelo falcão. A ave compre-hende esse chamado, desce e ven!pousar na mão da princeza, que dénovo galopa, furiosa.

    Pois que ? Nem uma ave appareecnaquelle campo sempre tão cheio decaça ?

    Vai a outro campo distante e soltanovamente o falcão. D'esta vez pare-ce que será mais feliz. Apenas ga-nhou altura Abul começa a dar sig-naes de agitação.

    — Já viu caça — exclama a prin-ceza radiante.

    De repente o falcão deixa-se ca-hir e precipita-se num impeto feroz,descendo obliquamente em direcção a

    j êr^^Zàíi&kO falcão jazia no solo, ferido e o

    joven camponês acariciava umpombo branco.

    uma clareira, que Laura não poudevêr porque ha algumas arvores depermeio. A princeza galopa para ahianciosa por vêr o falcão estrangulara avesinha que descobriu.

    Chega e vê um rapazola quasi desua edade. brandindo um cacete. Nochão, diante delle o falcão está cahi-do e o rapaz acariava um pombobranco.

    Miserável !—exclama a prince-za.

    Sim — diz o joven camponez—

    Esta miserável ave de rapina ia ma-tar este pobre pombinho, um pomboque eu criei e é o meu melhor amigo.— Não — exclamou Laura — omiserável és tu que por uma ave or-dinaria ousaste ferir o mais nobrefalcão de caça de tua soberana. Or-deno-te que estrangules immediata-mente este pombo e soecorras o fal-cão ferido.

    O camponez sorriu e continuandoa acariciar o pombo empurrou des-denhosamente, com o pé, o falcãoinerte.

    Laura, indignada, ergueu a chiba-ta e golpeou o rapaz em pleno rosto.

    Elle não soltou um grito, não semoveu, e não fosse o sulco verme-lho deixado pela chibata em seu ros-to, dir-se-hia que o golpe não o haviaalcançado. Apenas ergueu os olhoscalmos para a princeza e cruzou so-bre o peito os braços robustos.

    Mas o cavallo, ouvindo o ruido dachicotada, deu um pulo, que atirouao chão o pagem e, como que tomadode pavor, sahiu a correr. O cavallogalopava furiosamente, saltando cer-cas e vallados. Atravessou todo umcampo e uma- aldeia, sem diminuir avelocidade e no mesmo galope met-teu-se por uma floresta.

    Laura tentava detel-o, ou dar-lheoutra direcção,-puxava as rédeas comtodas as suas forças, mas o cavalloa nada obedecia. Depois de percorreruma alameda bastante longa, aber-ta entre as arvores da floresta, met-teu-se por um atalho e antes que aprinceza pudesse resguardar o rosto,um galho fino e flexivel, estendidoatravez do atalho, bateu-lhe na facecom a violência de uma chicotada,marcando-a com um sulco idênticoao que ella fizera no rosto do cam-ponez.

    Laura sentiu uma dór tão aguda,que fechou os olhos e recordou seugesto, chibateando o rosto do jovencamponez. Pelo que soffria, calculouo soffrimento do rapaz e lamentou-o.Com o terror, um pouco de remorsocomeçava a entrar cm seu coração.

    Mas o cavallo proseguia em seugalope desatinado. A princeza jánão pôde resistir á fadiga, faz esfor-ços sobre-humanos para se manterna sélla, mas, a um salto mais rudeda montaria, perde o equilíbrio e éprecipitada ao solo.

  • O TICO-TICO

    O cavallo continua a galopar e des-apparece.

    Laura levanta-se estonteada. E'quasi noite. Tem que voltar a pé...sozinha... Que horror ! Mãs tudoprefere a ficar só durante a noitenaquellà floresta mysteriosa, ondetodos os rumores lhe parecem amea-ças.

    Cambaleando, apoiando-se ás ar-vores, dá alguns passos, mas, poucodepois, ouve um estalido metálico,sente-se brutalmente segura por umaperna e cahe de novo.

    Puzéra o pé sobre uma armadilhapara lobos e ficara presa .

    Felizmente, seu tornozelo, que éfino e delicado, ficou exactamenteentre dous dentes do rijo apparelho.Se assim não fosse, ella teria a per-na partida. Mas está presa; por maisque tente não consegue abrir a ar-madilha; está presa, condemnada aficar alli immovel, só Deus sabe por-quanto tempo. Não pôde fugir nempoderá defender-se de animaes bra-vios que vierem atacal-a.

    — Soccorro ! Soccorro ! — gritaa princeza.

    Mas ninguém lhe responde. Nin-guem pôde ouvir-lhe os gritos.

    Ainda que nenhuma fera ataqueLaura, é bastante que o acaso nãofaça alguém passar por alli durantealguns dias e ella morrerá de fome.

    Laura terme de medo, desespera-se, chora.

    E' já noite fechada.De súbito, a princeza cala-se, ge-

    lada de horror. Ouviu um ruido sus-peito. Será algum lobo faminto ?...Sim, não ha duvida; está ouvindopassos, muitos passos... dir-se-hiaque uma multidão innumeravel seapproximava.

    E na allucinação do medo, Lauravê em torno de si todos os animaes,

    que matou ou mandou matar em suascaçadas. Todos aquelles animaes alliestão, em circulo, em torno d'ella.

    Que noite de angustia !...Mas, afinal, a princeza vê entre

    as victimas de sua crueldade umaave que reconhece. E' o pombo todobranco que ella vira entre as mãosdo joven camponez. E ella lembra-se de que conhece aquelle rapaz.Sim... elle c'iama-se Almeryl, éhonesto, trabalhador, estudioso...Dizem que elle é muito mais ins-truido do que o geral dos campone-zes.

    Será com effeito aquelle o pomboque elle defendeu contra o falcão ?

    ^m ^

    Almeryl offcrcccu a mão á princezapara que se levantasse

    Sim. Já rompia o dia; a allucinaçãopassou e Laura vê nitidamente tudoem torno de si. Vê o pombo branco,que anda pelo chão e vem até juntod'ella. A princeza estende a mão eacaricia-o. O pombo acostumado acarinhos sobe para seu hombro e,com o bico, puxa uma fita de seu ca-bello.

    Laura comprehende a lembrança edesatando a fita, amarra-a ao pes-coco do pombo, o delicado pescoçoque o falcão qúizera romper com seubico cruel.

    O pombo bate as azas e parte numvôo largo.

    * * *Duas horas depois a princeza ouve

    passos apressados e vê apparecerAlmeryl, que, sem uma palavra,ajoelha-se a seu lado e, com forçapouco commum, abre a armadilha.

    A princeza está livre; mas enver-gonhada, abatida por aquella liçãodo destino, não tem coragem para selevantar. E' preciso que Almeryl securve para ella e estenda-lhe a mãopara auxilial-a.

    Então, desatando em soluços,Laura murmura :

    — Perdão... perdão...Ergueu-se, mas conservou entre

    as suas as mãos de Almeryl; seurosto, junto ao d'elle, faz com queos sulcos vermelhos, semelhantes, seapproximcm.

    Laura encosta a cicatriz de suaface á que marca o rosto de Almeryle beija-o.

    O rapaz leva-a á orla da floresta,onde tem sua casinha, modesta, masmuito limpa, com livros e instrumen-tos de lavoura egualmente bem tra-tados.

    O cavallo alli está e foi por vèro animal abandonado, que Almerylteve a idéia de mandar o pombo áprocura da princeza. Promette-íheque nada contará do que se passara.Laura pôde voltar para seu palácio,mantendo perante os fidalgos a alti-vez do costume.

    Mas, nunca mais foi orgulhosa emá para com os humildes. E ao fimde poucos annos, tendo completadoseus estudos, Almeryl tornou-se seuprimeiro ministro, seu marido, seumelhor conselheiro, e a princeza Lau-ra teve um reinado digno de todasas bênçãos.

    õ] I9\ Iõj Iõl I

    Saúde, Vivacidade,Boas Cores,

    formam o attractivo queencerra a felicidade damulher. Conseguem-secom a legitima

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  • O TICO-TICO

    O nosso «folk-lore»A lenda do "genio do mal" tem en-

    riquecido o folk-lore de muitos po-vos, d'ahi tratarmos ainda hoje dassuperstições e crendices que a ella seprendem.

    Prohibem os velhos que as crean-ças brinquem com a sua sombra por-que dizem que é o mesmo que brin-car com o diabo. Assim como das pes-soas que têm o habito de fallar sósi-ilhas- dizem que faliam com o demo-nio.

    Affirma ainda o povo que os mcm-bros da maçonaria, sociedade secreta.

    'ÍêÊÒ

    ligioso d aquelle convento, chamadofrei Pantaleão de Santa Catharina ;echegando o frade aonde estava a en-ferma, e mandando ao demônio quesahisse do seu corpo, sahiu elle logo.Porém dahi a algum tempo tornou avoltar á dita moça, repetindo que le-vassem de novo o mesmo frade parao lançar fora-

    Conduziram a endemoniada á egre-ja do convento, e achando-se presen-tes alguns dos hollandezes que esta-vam de guarda em Ipojuca, começouo demônio a fallar a lingua hollan-deza pela bocea da moça, e a paten-tear os peccados que tinham ellescommattido aqui no Brazil e na suaterra, de que ficaram mui admirados,e disseram que, sem duvida alguma,era o diabo que assim fallava.

    Depois d'isto chegou o frade á egre-ja, e perguntando ao demônio porquetomara a entrar naquelle corpo, res-pondeu que tornara a entrar pelo pou-co caso que se fizera d'aquella obrade Deus,e lhe não pediram signal ai-

    se pôz no altar de Nossa Senhora daConceição,em memória d'aquelle mi-lagre; e o demônio sahiu fora do cor-po da moça, e nunca mais tornou aelle, e d'ahi por diante tiveram oshollandezes grande veneração e res-peito pelos nossos religiosos."

    A respeito das suas manhas diz opovo que o diabo tem sete capas, mastambem não se devem fiar nelle,porque "tanto encapa que um diadesencapa"; o que quer dizer que osnegócios feitos na sombra e prote-gidos por elle, ou com um máu in-tuito, acabam por ser descobertos edesmascarados.

    São muitos os provérbios, — essassentenças ou máximas da sabedoriapopular — em que entra o diabo.

    A começar do que diz : "o diabo

    não é tão feio como o pintam", paradar a entender que qualquer mal ain-da podia ser peor, lembramo-nos dosseguintes :

    . "Vintém mal ganhado o diabo le-va", o que indica que o dinheiro mal

    Acccndcr unia vela a Deus e outra aodiabo

    2l quem chamam pedreiros livres têmpartes ou pacto com o diabo comquem conversam á meia-noite e têmcheiro de breu ou de... bode.

    Quando uma pessoa está exacer-bada ou pratica actos desatinados, di-zcm que

    "está com o diabo no couro",ou endemoniadas, sendo precisosexorcismos, preces, etc, para que ellese afaste do "possesso", sahindo-lhe do corpo. Neste momento ouve-seum estoiro e sente-se forte cheiro dcenxofre.

    Raramente o diabo sae de uma vezdo corpo de uma creatura, conformeainda diz o povo. E* seu costume vol-tar.

    Nas nossas chronicas vamos encon-trar vários casos de "possesos do de-monio", e entre elles citaremos unirelatado convictamente pelo. chronis-ta Jaboatão e que remonta ainda aotempo da invasão hollandeza no Bra-zil :

    "No tempo em que os hollandezesoccuparám esta terra de Pernambuco,suecedeu no convento de Santo An-tonio de Ipojuca um caso notável, oqual foi estando uma moça endemo-niada, dizia o demônio, que estavanella, que não havia de sahir do seucorpo.scm o lançar d'elle fora um re-

    , ___—-_________-______________-_------iii !¦¦ ' _¦- — i . — ¦—

    S(_-Y ^^^^^___b_ 1 -__r \ ^^"_____

    V VO"/ _/ /" f/'-'^^^

    vi_ °/o/ í,ol ^V _________& *-^__r__l^tr__r tv- —"^______y ° \° ° /______-'_>-"^^"i 8__r___r_-%JÍL ^y^m \ ¦ _¦—m

    As velhas cheias de crendice dizem que é peccado brincar com a própriasombra

    gum para o porem em, memória no ai- adquirido não aproveita a ninguém,tar de N. Senhora ;o que ouvindo assim como que

    "da pataca do sovinareligioso disse que, se assim era, sa- o diabo tem três tostões e dez réis", ohisse logo d'aquelle corpo e desse sig- que quer dizer que ao avarento sónal; e immediatamente a moça lançou restam dez réis, pois a pataca valepela bocea um annel de azeviche,que 320 réis.

  • O TICO-TICO

    Para condcmnar as questões foren-ses diz o povo que "quem anda emdemanda, com o diabo anda", e, paralembrar o castigo dos peccados no in-ferno accrescenta que

    "quem deve aDeus paga ao Diabo."

    Para mostrar que 0 genio do malvive forgicando intrigas entre vizi-nhos, inventou o rifão : "cada um emsua casa, o diabo não tem eme fazer".

    Das pessoas que vivem bem entredous inimigos, adulando ora um, oraoutro, diz-se que têm "uma velaaccesa a Deus e outra ao diabo".

    () povo desconfia de negócios emquê entrem trez pessoas porque diz :"negócios de trez o diabo os fez", equando quer significar uma ogeri. aconstante e immediata, costuma di-zer: "foge d'isso como o diabo dacruz".

    Em todos os povos se nota esse me-do do genio do mal, que é como umfreio dos maus instinetos, ou um in-centivo á pratica do bem. Os nossosamiguinhos, porém, devem praticar obem por um dever natural e não pormedo do diabo...

    A COROA DE OURO(Dk Chakus Sécard)

    (Traducção)

    Um avô tinha por seu netinho Luciano aaffeição mais viva que se pôde ter : en-chia-o de presentes e caricias.

    Todos os dias elle o conduzia á portada escola e, antes de se separarem, o me-nino promettia ter muito juizo e ser muitoattento.

    Certamente, Luciano estimava muitoseu avô, mas infelizmente era-lhe muitodifficil ter juizo, sendo como era um ra-paz turbulento.

    lecia muitas vezes suas promessase o pobre avô vivia então bem de

    ¦ porque seu netinho havia merecidonotas más na escola.

    Um dia vieram avisar a LuciapSeu avô eslava muito mal. e que cintes demi irrer queria vêl-o.

    O velho morreu com effeito ; mas, suasultimas palavras e seu ultimo olhar, ca-hiram sobre o netinho.

    De volta á escola, Luciano não poude-.r as promessas, que havia feito aseu avô. Dedicou-se com ardor ao traba-lho, venceu corajosamente todas as dif-fieuldades, e quando veiu a distribuição deprêmios obteve o primeiro e a coroa deouro, que o acompanhava.

    Naquella tarde mesmo, acompanhadopor sua mãi, Luciano dirigiu-se ao cemi-terio onde repousava o pobre avô e. de-pondo sua bella coroa sobre a tumba :

    — "Acceita-a, vovô — disse elle — épara te ser fiel que eu tenho trabalhadotanto. "

    Vau rio Paes de Ai,mi

    PARA NOSSAS LEITORASPARA NÃO SE ENGORDAR DEMASIADAMENTE

    As senhoras americanas têm hor- Nos Estados Unidos, em todos osror a obesidade e procuram por to- boteis, por cima dos prédios, existemdos os meios, a seu alcance, sobre- terraços destinados a diversões detudo se apreciam o sport, fazer guer- todo o gênero, sendo de notar que ara á... gordura. Procuram, nos distracção mais commum, este anno,

    tem sido o exercicio de "saltar nacorda", brinquedo esse usado em to-dos os collegios e que constitue omartyrio dos pais por causa do calça-do que se estraga.

    Este exercicio, feito com certa cal-ma, é tão gracioso como qualquer ot1-tro, tanto que as meninas, mesmo jáde certa edade, .buscam os jardins desuas residências para saltar na corda.

    Agora, em Nova York, um grupode senhoras das mais "chies" e ele-gantes organisou um curso — de re-ducção de peso e, diariamente, sobemao terraço do "Majestic Hotel" parase entregarem ao prazer de "saltar nacorda", como qualquer menina.

    A directora do curso, miss Roe,uma saltadora eximia, senhora deelegância e belleza pouco communs,dirige os exercicios, distribuindo ostempos, contando o numero de pu-los e ensinando a melhor fôrma deevitar o cansaço ás senhoras, que sefatigam facilmente-

    E' um encanto assistir, ás encondi-das, a esses exercicios.

    E' excusado dizer que o grupo que.Miss Roe dirige _- composto das maislindas damas da roda "chie" de No-va York, que vestem com o maiorapuro, Caprichando tanto na "toilet-te", quanto... nos saltos.

    Após os exercicios, a professorae as alumnas se distraem com pratosde "sandwichs" que desapparecempara consolidar os estômagos anima-dos pelo exercicio.

    As sessões de "salto na corda"são diárias e muito freqüentadas. -

    Em outras cidades americanas essedivertimento está na moda, assim co-mo em Buenos Aires.

    Capa c chapéu serviu {ultima moda)para senhoritas

    pontos em que podem patinar, essadistracção fatigante, convencidas deque esse exercio além de muito sau-davel... conserva a regularidadedas linhas, impedindo em absolutoque appareça a ^gordura tão detes-tada.

    O Chiquinho, para bemgeral de loJos os seusamiguinhos, aconselha-osa fazerem como elle, quesó usa o CHOCOLA-TE c os finos BON-BONS ANDALUZAos melhores e ineguala-veis produetos.

    SANAGRYPPE ;;(Cura oonstipações)

    ALMEIDA CARDOSO

  • 108 BIBLIOTHECA D'"O TICO-TICO" O REI DO EGYPTO 105

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    CAPITULO XVIIA FOGUEIRA

    Ao que parece os dingos tinham inquietadores symptomas de febre,Soffrido muitas perdas, porque du- um principio de delírio..ante toda a noite não appareçèrara Outros desatinados pela fome,fal-tnais. lavam em realizar uma sortida,

    Reappareceu o sol e o dia passou- abrir caminho por entre o bando dese todo em calma. Mas os refugia- dingos. ..dos da caverna estavam profunda- Por mais que o Sr. Parker lhesmente abatidos por aquella situação, fizesse vêr que isso seria uma lou-Os cães não se approximavam, mas cura inútil, elles diziam :mantinham constante vigilância nos __ Morrer por morrer — antesarredores. Como arranjar alimen- cahir lutando do que rebentar deíos fome aqui preso.

    Nenhum recurso parecia possível, — Só haveria um meio — disse oEstariam irremediavelmente con- Sr. Parker.—Arranjar uma foguei-demnados a morrer de fome ? ra que attrahisse a attenção dos que

    Era já o quarto dia que termi- devem andará minha procura...nava depois que alli estavam aprisio- — Mas accender uma fogueiranados quando os dingos deram novo como?—exclamou um, impaciente—-assalto ainda mais furioso. Aqui dentro ? Que adiantaria isso ?

    Foram repellidos, mas o esforço Demais nem lenha temos mais...deixou os viajantes extenuados. Pri- — E' verdade ! — murmurou ovados de alimento havia já 48 horas, Sr. Parker, até a lenha acabou !não poderiam talvez resistir a novo E elle próprio parecia desespera-combate. Alguns apresentavam já do.:

    riG¦—-

    ¦*-»

  • tor. BIBLIOTHECA D'"0 TICO-TICO"

    O espcctaculo era surprehcndentc.Sobre o plató, os dingos andavam

    aos saltos. Eram trezentos ou quatro-centos, talvez... Todos os demais bi-chos haviam desapparecido ; tinhamsido devorados ou tinham fugido anado, preferindo a morte pelo afoga-mento á fúria dos dingos.' A chuva cessara e os cães selva-gens, não tendo fome mantinham-secalmos.

    Assim se passou todo o dia; só-mente á tarde os dingos começarama manifestar alguma agitação. Paracumulo, a chuva recomeçou com vio-lencia. Foi preciso manter vigilan-cia na gruta não só para tocar a águaque cabia pelo orifício superior dagruta, como paia prevenir qualquerataque. Os dingos uivavam com talalarido que era absolutamente impôs-sivel dormir.

    A impressão entre os sitiados eraquasi dc desanimo. O que restava dokangurú só daria para uma refeição:a falta de alimento euíraqueccl-os-hia de tal modo que nem poderiamimpedir a invasão da caverna pelosdingos e seriam devorados..a

    Somente Ulysses Asteros pareciaalheio ás preoecupações geraes. F(Vasentar-se ao lado da seutinella na bar-rieada e alli desenhava um quadrocheio de signaes extravagantes.

    — Isso servirá para distrahir Mai-va — murmurava ellc^— com isso ellaaprenderá a ler e a pronunciar asleltras ao mesmo tempo.

    Mais uma vez o eterno distraindoesquecera a situação em que se en-contrava.

    Somente ás cinco horas do outrodia é que a chuva se interrompeu no-vãmente. «-»•»*

    Mas, como se só esperassem essa

    tranquillidade da natureza,os dingosuivando ainda mais furiosos, precipi-taram-se para a entrada da gruta.A's armas ! — gritou a senti-nella.

    Todos empunharam as carabinas ecorreram á barricada.

    Os dingos atiravam-se como umaonda furiosa em assalto á barricada.

    Uma descarga geral seguida dc ti-ros esparsos mas constantes fel-osuivàr de dôr, mas nem por isso oscães selvagens desanimaram. Muitoscahiram feridos ou mortos mas ou-tros atiraram-se com redobrado fu-ror.

    Eram em tal numero e atiravam-se com tal rapidez sobre a barricadatentando galgal-a que ao fim dc pou-cos instantes os defensores da grutanão tiveram mais tempo para carre-gar as carabinas e serviram-se d'ellascomo "maças d'armas" segurando-as pelo cano e repellindo a onda as-saltahte a bordoada.

    Durou cerca de uma hora o com-bate. De repente os dingos recuaramcm desordem e desappareceram, oc-cultando-se para os lados.

    Uma cousa então despertou a eu-riosidade de Roberto.

    Ora essa ! — exclamou elle —Ferimos e matámos tantos dingos eafinal elles retiraram-se sem deixarnem um morto nem um ferido...

    O terreno ficou absolutamentelimpo diante da barricada.

    O Sr. Parker explicou-lhe :—O senhor admira-se, porque não

    conhece os costumes dos dingos. Eelles são de tal glutoneria que, numasituação como esta,—desde que umcabe morto ou ferido é logo devora-do pelos companheiros, que lhe estãomais perto.

    O REI DO EGYPTO 107

    Roberto cocou a cabeça num gestode máu humor, murmurando :

    E eu que contava com as victi-mas de nossos tiros, para o jantar...

    De facto, o que restava do kangu-ru', só dava para uma refeição.

    Foi servido, todos comeram e dei-taram-se profundamente abatidospela perspectiva da fome que os es-perava no dia seguinte.

    Apenas Ulysses Asteros pareciaalheio a essas preoecupações. Senta-ra-se a um canto com Maiva, tirarado bolso um carbono, um lápis e, áluz de um archote, conversava com ajoven escrava animadamente, traçan-do signaes mysteriosos.

    Encantado com os progressos desua graciosa discípula, que já conse-guira pronunciar varias consoantes, o-astrônomo resolvera ensinar-lhe alêr.

    Roberto ainda mais triste ao vêráquella felicidade tão serena, que es-quecia todos os alarmes do momento,começou a passeiar pela gruta, semperder de vista a princeza Locia, querecostada a um canto mantinha-seimmovel, com os olhos fechados.

    Estaria mesmo adormecida ? Ro-berto approximou-se pouco a pouco,cautelosamente, para ter ao menos oprazer de comtempla-a.

    Mas apenas elle se deteve dianted'ella, Locia abriu os olhos.

    Com uma expressão indefinivel,no olhar, contemplou seu marido, pe-rante a religião egypcia. Depois teveum sorriso cruel e disse com voz iro-nica :

    Vês, Thanic ? A cobardia é máconselheira. Se tivesse cumprido teu

    dever serias acclamado e abençoadopor um povo inteiro, mas preferistefugir como um cão. Para teu casti-go, são os cães que te vão castigarcom a morte mais horrível.

    Roberto, dolorosamente ferido emsua affeição c em sua dignidade, fi-cou cm silencio. Então Locia fez umgesto de impaciência.

    Vai-tc... Afasta-te Thanie.Tua presença é o maior soffrimentoipie podes infligir á minha vida.

    De cabeça baixa, humilhado, des-esperado, Roberto afastou-se.Áquella creatura, (pie elle adorava,não lhe dirigia a palavra uma só vezque nâo fosse para insultal-o,para lhemanifestar seu ódio e seu desprezo.Entretanto elle só tinha uma idéia ;salval-a.

    E murmurava :Um meio, um só meio de lhe

    salvar a vida. Ainda que para issoseja preciso sacrificar-me. Se ellame visse morrer para restituir-lhe afelicidade, talvez não me odiassemais.

    0St

  • O TICO-TICO

    SPORTS D'O "TICO-TICO"Órgão offíclal da Liga Infanfl de Sporfs ftthleflcos

    CAMPEONATO INFANTIL DE FOOT-BALL PARA 1916FOOT-BALL

    • A FESTA DA FEDERAÇÃO DOREMO

    O America derrotou o liangúO Flamengo c o Fluminense empata-' ram

    America tversus» BangtlRevestiu-se de grande brilho a•esta commemorativa do anniversa-

    rio da «Federação Brazileira das So--iedadedo Remo», realisada domin-^o, no lindo e confortável ground do

  • O TiCÓ-TICO

    TURFNO JOCKEV-CLUB

    Por um bello dia foi realizada acorrida de domingo no prado Flumi-nense.

    Os pareôs bem disputados, deramo seguinte resultado :

    r pareô—l.450 metros—Correram:Trunfo, 1. Carneiro; Golden Spurs,Aggêo de Souza, Miss Linda, II.'Coelho; Qavid, A. Vaz; Naida, J. Es-cobar e Make Monev, João Liar.

    Venceu Golden Spurs, em 2- Davide em 3" Ma"e Monev.

    Tjmro: Vi Sió"Depois de varias sabidas falsas,

    Golden Spurs pulou na ponta, abiin-Jo grande luz. A segunda collocaçãofoi de Trunfo e a terceira de Naida.Na recta fina! Miss Linda bateu Nai-Ja e atacou Trunfo Golden Spursvenceu facilmente, por vários corposde Davíd. que con.-eguiu a segundacollocação quasi no posto do vence-dor, a um corpo de Make Monev,quetambém conquistou esta collocaçãoa chegada.

    _¦ pareô—1.450 metros—Correram:D.namite, F. Barroso; Conquistado-ra, E. Rodriguez; Espoleta, D. Vaz;Lohengrin, D. Suarez; Pitangueira,L. Arava; e Le Voiiá, Le Mener.

    Venceu Espoleta, em 2- Pitanguei-ra e em 3# Lohengrin.

    Tempo 97 2i5.Pulou na ponta Conquistadora.se-

    guida de Lohengrin, logo por ellespassando como uma bala Pitanguei-ra, que abriu luz de um corpo. Noantigo areai Lohengrin bateu Con-

    quistadora e foi em perseguição dePitangueira. No meio da recta finalEspoleta investiu por dentro e der-rotou os competidores da frente.paravencer firme por dois corpos. Pitan-gueira conservou a segunda colloca-ção, derrotando Lohengrin que foiterceiro, por cabeça.

    3- pareô—1.009 metros—Correram :Margot, L. Arava; Mont Blanc, Mar-cellino; Fidalgo", E. Rodriguez, Dio-néa, Zabala e Alliado, A. Fernandez.

    Venceu Fidalgo, em 2- Mont Blance em 3' Dionéa.

    Tempo 102"Excellente partida. Sahiu na ponta

    Dionéa, seguida de Fidalgo e MontBlanc, este tropeçando. Pouco de-pois Manrot investiu e bateu MontBlanc e Fidalgo, indo em persegui-ção de Dionéa. No começo da rectafinal Fidalgo bateu Márgot e invés--tiu sobre Dionéa, que subjugou nos2.000 metros, rara vencer firme pormeio corpo. No final Mont Blanctambém derrotou Dionéa, conse-guindo o segundo logar por pescoço.

    4" pareô— 1.G03 metros—Correram:Patrono (Le Mener;, Mvsterioso (L.Araya), Cangussú (E. Rodriguez),Samaritano :^

  • UM SALTEADOR DO SÉCULO XVII ( Coiit imi—>çã.o "V) O TICO-TICO

    a') Patrick explicou-me então que^uelle pequeno cofre negro continhae Papeis referentes a meu nascimentoa° casamento de meu pai.

    2) Pouco depois checou a todo o ga-lope um mensageiro. Vinha annunciar-meque meu pai, com o auxilio do generalMonk, subiria ao throno da Inglaterra.

    3) F. mandava buscar-me. Fui levadoa Londres e recebido como príncipe. Meupai deu-me o titulo de duque de Mon-mouth (pronuncia-se momaucej mas nãome podia fazer herdeiro do throno sem...

    ligara ii- ii, i .a .;_g____ã5_^V- >v-§B m "ri" ™?//s^^S>l ...que apparecessem os papeis con-."Os no cofre negro. Mas mandou pro-ürar esse cofre por toda a parte, encar-^gando d'esse trabalho seu próprio ir-m*o. o duque de York.

    5) Passaram-se vários annos, eu tor-nara-me um homem, tendo sempre ameu serviço o fiel e dedicado Patrick,que não perdia a esperança de encon-trar o cofre. Lm dia Patrick confiou-me...

    6)...que desconfiava do duque de York.Se não apparecessem os papeis que pro-vavam ser eu filho do rei, o tnrono passa-ria ao duque. Por isso—dizia Patrick— oduque não pôde ter emj _nho em encon-trar o cofre, ao contrario..

    r*"s^——— i f— —^f*——7. 1 | , *^,_

    1S__pM[p !...ha de preferir que os papeis não^Pareçam, pois a^sim será elle o her-p,tlro do throno. Resolvi então mandarl^rtck á Hollanda fazer um inquérito°Dre o roubo do cofre. Patrick partiu et>& mez depois mandou-me uma carta.

    8j... dizendo que descobriAgora vinha elle revelar-me oquando foi assassinado, comosabe—Kstà muito bem—disseDuval...

    ra tudo.mysterio,o _e"n,horCláudio

    9|—Eu não tenhoduvidas sobre a culpa-bilidade do duiue de York. Fm todo ocaso, como nao temos ainda meios deprovar que foi elle quem mandou rou-bar o cofre, esperemos. Deixe esse ne-gocio por minha conta.

    iTr*""dgVi Ao fim de trez dias o joven duquei-ç,. "'nmoutli já completamente curado-u nova visita de Duval, que lhe— Venha commigo; já adiantei'io meu inquérito

    lt)Monmouth sesuiu-o e Duval narua, depois de trocar algumas palavrascom um mendigo...

    12) ...entrou em uma taverna de as-pecto miserável, situada alli perto. Oduque seguiu-o sem comrrehender oque iam fazer.

    (Continua)

  • o Tico-Tico UNI SALTEADOR DO SÉCULO XVII (Continuação ^

    1)A um signal que Duval lhe fez, elleeomprehendeu que não devia interrogal-o.Sentaram-se e beberam tranquillamente.Ouviam, de instante a instante, a voz domendigo interpellando os transeuntes.

    2| Em certo momento, ouviram omendigo dizer: —Mylord, quem dáaos pobres empresta a Deus. Issodevia ser um signal, porque.ouvindoessa phrase, Cláudio Duval...

    3| ... levantou-se a,, acompanhado ?°Monmouth,sahiu. Deu uma esmola ao m«^digo, que lhe disse: —O senhor é mais £•neroso do que aquelle fidalgo. E aponto"para o lado sul. Sem hesitar, Duval.

    4) ...caminhou nessa direcção. Mon-mouth acompanhou-o e pouco depoisviu que o salteador ia seguindo um vul-to.-Sabe quem|é?|-perguntou-lhs Duval,em voz baixa—éseu.tio o duque de Yorh.

    5|—Como.'—exclamou Monmouth—comaquella barba branca ? —Está disfarçado,explicou Duval—o mendigo é um de meusauxiliares, encarregado de vigiar o duque.Vejamos onde vai elle com esse disfarce.

    pouco. Dep0'':liante de «fl

    6) Caminharam mais umo duque de York parou dianpequena casa que só tinha uma P°r í»uma janella. Observando,cauteloso,?^»via alguém pelos arredores, o duque "York entrou nessa casa.-"1

    7[ — Lembfe-sedas palavras de Patri-ck—disse o salteador—O cofre está nopoço de uma casinha... oue !—excla-mou o moço. —Será meu tio o culpa-do r... E' o que vamos ver, entrando...

    8) .. .naquella casa —disse Duval —um sal-teador pode entrar onde quer...—Eeu ?—per-guntou Monmouth.—Tem razão—disse Duval—Ponha esta mascara para que não o reco-nheçam. Eu já me preveni com uma chave...

    ~|*...da casa. O mendigo tirou o ro0,,'iii-'da fechadura. E, abrindo tranq-1".^mente a porta, entrou. Seu Pr*irifviímovimento foi de surpreza. N.i- nnaquella casa pessoa alguma

    10] Havia moveis em perfeita ordem;mas nem vestígio de uma creatura —Ora, essa I —exclamou Duval — Eu o vientrar. . Onde se| metteria elle ? Bateuna parede e no assoalho sem descobrir...

    11) ... alçapão ou uma porta secreta.Começou então a revistar os moveispara ver se descobria em algum d elleso precioso cofre. Depois, voltando-se,viu o moço em comtemplação...

    12) ... diante do retrato de uma 'irça. Monmuutli fitava o retrato, com" *c}desse adivinhar que aquella meiça d"*-*vl*presentar importante papel em sua viJ*'

    (ConlmuJ)

  • tkm O TICO-TICO

    qoflenciaÒ&btludò

    Ojcor .1/aríiMí—Di-reito de que ? Suacarta não o diz.

    Yolanda D. da Silva — Nosso gentilamigo Antônio Faria, do Pará, envia-mea seguinte receita para rbanquear téçlasde piano, que se tenham tornado ama-rellas :" Com uma pequena pedra de campho-ra, bem lisa, molhada em álcool, friecio-nar a tecla durante meio minuto (30 se-gundos), passando em seguida qualquerpedaço de panno humedecido, também, noálcool.

    A tecla ficará alva, porém, sem brilho,o qual se obtém friecionando ainda comuma camurça. Para o polimento ser maisrápido, pode-se ajuntar um pouco decré (pó). Não garanto o êxito porqueainda não tive oceasião de experimentaresse processo; mas, também não tenhorazão para duvidar da palavra d'esseamável correspondente, a quem muitoagradeço.

    Braid — Rua Cesario Alvim n. II, ouescrevendo para o Senado Federal.

    Gaby — Fazer exercícios physicos, es-pecialmente com bicyclette.

    Vladimir de Faria (S. Paulo) — Ata-vismo é a lei pela qual as creaturas her-dam mais facilmente as qualidades physi-cas e moraes dos avós do que dos pro-prios pais. 2° — A differença é clara;sceptico é aquelle que duvida de tudo,que não tem fé; stoico é aquelle que re-siste ao soffrimento, como se o não sen-tisse. 3o — Trabalhadora. 40 — Ruim temo accento tônico no i.

    /. P. T. dos Santos Sobrinho — E' cia-ro que deverá escrever em inglez; mascertamente não obterá resultado.

    Constantina Luk (Paranaguá) e Cons-tante leitor (Mocóca) — Mandem-me di-zer suas edades, quanto pesam e qual ésua altura.

    Solindo Cunha (S. João d'El-Rey) —Foi ha cinco annos e não durou seis me-zes. Nunca atingiu o Tico-Tico. 2"—In-decisa. 3" — Está muito fraco. Devia.pesar mais 17 kilos.

    P.Iaine da Silva — Ora essa l E' possi-vel que não saiba que esse romance estásendo publicado cm fasciculos e vendidopelas ruas juntamente com todas as rc-vistas? 2" — Uma só vez por dia. 3° —Indecisa.

    R. P. (Pindamonhangaba—E eu affir-mo que só pode fazer bem.

    A. D. —Leia a resposta a Gaby. 2° —Vaselina pura ao deitar-se. 3° — Para en-crespar o.cabello : papelotes; para mu-dar-lhe acór, não ha remédio.

    Rouxinol da Floresta — Indecisa. 2°—A França.

    Francisco P. J. Costa (S. Paulo) — Sócom uma analyse z microscópio. 2* — In-decisa.

    Regina Helena — Precisarei de vêroutro escripto seu.

    Gastão Rodrigues Salto — Terá quefazer na própria escola exame de portu-guez, francez, inglez, historia do Brazil,

    Historia Universal, Geographia, Physica, pe. Só ha um remédio: usar óculos ouChimica, Historia Natural, Arithmetica, pince-nez. 2° e 3° — Só com exame.Álgebra, Geometria, Trignometria. 2" loão Bcrnardino da Silva — Desenhan-Engenharia Civil, Hydraulica, Electricista do mappas e annotando nelles todas ase de Minas. 3o — Todas, menos a de Mi- indicações. Esse é o melhor processo denas. 4° — A Polytechnica. estudar geographia.

    Julia C. B. — Chama-se a isso ser myo- DR. SASE TUDO

    A GUERRA ATRAVEZ DOS SÉCULOS

    r «•t-rjf-Jhêã wmsÊÊ£^g^=>r« *&%&

    A primeira guerra que houve foi entre Depois a humanidade adiantou-se e pas-Caim e Abel, a páu c pedra sou a se bater a espada

    Depois, com o progresso, chegou ao pinaculo e as guerras se fizeram a aeroplano,balões dirigiveis, submarinos, etc, ao mesmo tempo que uma dusia de sonha-dores fazem conferências de pas cm Haya.

    K 2> mp.

    -?:k* — vi"-»¦ -^m^ n n n rrn iDepois, provavelmente, quando a .guerra tiver destruído toda a humanidade, com-

    prehcnderá que isso ê uma tolice e resolverá que as guerras se decidam entreos diplomatas, a sóceo.

    Nas Tosses, Couslipaçòes, Ikon-cliites, Coqueluche e Resinado

    PREFIRAM IKA1TQ

  • O TICO-TICO

    AUljHAES GURIOSOSOs macacos

    Não ha animal mais engraçado porquenenhum ha que mais se pareça com ohomem.

    Tor causa d'essa semelhança o maça-co é uma caricatura viva e é isso que lhedá graça,

    Damos aqui, hoje, desenhos dos prin-cipaes typos de macacos, segundo suas

    Em nossa gravura estão os seguintes :i°—Orang-tang, grande macaco origi-

    ;iari da Malásia, especialmente das ilhasde Sumatra e Borneu. São enormes, ge-ralmente mais altos do que um homem,têm o pello arruivado e braços tão longos,que ei tando de pé suas mãos tocam no

    'himpazè, é o macaco mais cem-nium na África.

    3"—Gorilla—Pertence ao centro daÁfrica é o maior de todos os macacos, eum dos mais ¦'.' não só maior doque o homem, cimo muito mais forte ecorpulento. Tem o pello todo preto. E'muito estúpido e :ião tendo fome é muitomedroso; mas faminto, ferido ou irri-tado torna-se ferocissimo e é terrivel porsua força colossal.

    4°—Giblon—E' o macaco que pela cons-tituição physica mais se parece com ohomem. Tem os braços dc desmedidocomprimento.

    Muito coramuns na índia e em toda aMalásia.

    5°—Semnopitheco — Macaco do centroda Ásia. Tem o pello branco e viveem bandos.

    6"—Colobio—Macaco africanosingular, còr preta, pellos brancos nas bar-bas, sobrancelhas e nas costas, formandoum manto.

    7°—Ccrcopithéco—OvAro typo dc ma-caco africano, singular pela fôrma da ca-beca muito achatada e o comprimento dacauda.

    8"—Macachc (de onde proveio o nomegeral de macaco). Typo quasi desappa-recido; era muito commum na Europadurante a eda le média.

    gPr—CynooefhpIo—(O nome significamacaco com cabeça de cachorro i. Não sóna-cabeça como até nas attitudes pareceum cão: E' tatnbêm natural da África.

    io"—Alnata—Macaco muito commumna America Central e do Sul. Tem a par-ticularidade de guinchar de modo ensur-deceder.

    n"—Outro macaco peculiar á America,também chamado macaco-aranha por cau-sa do comprimento dos braços e das per-nas.

    u"-- Sapaju'—Outrn macacode cauda nu;

    a qual se segura ás arvores.13"—Saimiri—Typo do mesmo g

    um pouco ma14o—' co—Macaco americano.

    3 apparece á noite.15o—Saki—Pequeno macaco dc pello

    grosso como o de uma rapoza. Peculiarao sul da Rus.-ia e á Pérsia.

    16o— Tui:nn';/, também chamado l 'is~

    teti ou Sagüi—E' muito pequeno e depello grosso.' Peculiar á America. Ha devarias cores.

    »K<Em um restaurante :Um fregue.-: : — O seu cão morde ?...Qual ! é um cordeiro...

    Que pena !...Hom'essa !Eu queria vêr se elle podia morder

    este bife.

    Simplório compra um vistoso guarda-chuva de sessenta mil réis. No dia se-guinte chove a cântaros.

    Voltando para casa, Simplório nota queo guarda-chuva ficou cor" r- seda todamanchada. Vai á loja o" !- ., comprara equeixa-se ao dono— Agora já sei .jjique aconteceu isto—responde o negociante, depois de um mi-nucioso exame — naturalmente o senhordestrahiu-se e deixou que este guarda-chuva apanhasse água.

    ¦r ' =__T '^ ____y^_5

    H_ ^ ^ JMtJB !_¦___¦___¦

    O jogo da bolinha(Des. de J.Osvaldo.Giirgei dc Mendonça)

    Menino que aos 8 annos começou a emmagrecer rapidamenteFASTIO E REPUGNÂNCIA A' COMIDA

    ATRASO NO CRESCIMENTOComo mãe verdadeiramente agradecida por ter conseguido depois de muito temp e

    de ter lançad) mão de muitos meios, curar meu filho com o IODOLINO DE ORH, venho1 .ublicamente agradecer e certificar que meu filho Carlos, que ate aos 8 annos tinha sidouma creança forte e sadia, começou nessa edade a emmagrecer rapidamente, recusandoalimentos, com grande repugnância á comida, aponto de vomitar muitas vezes depoisde comer. O seu estado de ane:nia c magreza nos fez temer pela sua vida, pois cada vezficava mais íraco, pallido, costas abauladasí cáhindo o cabelfo, desarranjos intestinaes eoutros svmptomas dc profunda anemia.

    Experimentando sempre novos tratamentos chegamos ao IODOLINO DE ORH quecomeçamos a dar sem connança, tal era o numero dos outros remédios que experimen-tamos sem resultado; porém d'csta ve/. tivemos o immen- > prazer de presenciar rápidos esegui os effeitos curativos, começando o menino a melhorar desde': a primeira semana ;animando-se, adquirindo expressão viva no olhai-, alimentando-se com menos repug-nanca ; sahiu do estado de abatimento em qúe estava ha tantos mezes e continuando atomar o IODOLINO DE ORH durante algum tempo está perfeitamente curado c sem ne-nhum vestígio da creança magra, doente e feia que por espaço de alguns mezes nos feztemer por sua vida. Além do bom appetitc engordou bastante, estando novamente nocollegio do Qual o afastara a terrivel anemia.

    Autorizando e desejando qne se taça desta declaração a máxima publicidade con-fesso-me mais uma vez extremamente grata ao IODOLINO DE ORH.LEONOR RODRIGUES MEIRELLES - S. Paulo.

    _ui ioda» a* drogaria* e pharniael—sA?™.™ gi-rnci: SILVA GOftl ES& C RU A DES. PEDRO 42 lüiixlo .Janeiro

  • ANIMAES CURIOSOS

    (Vejam o texto na pagina anterior)

  • O TICO-TICO

    (gaiola (f

    I .[IÉ^ÍVT II T4.W IEstes trez meninos, tendolido annuncios do Bromilno "Tico-Tico", tomaramo poderoso xarope e eu-ráram-se: o i° de bron-chite, o 2o de coqueluchee o 3o de tosse.

    BROMIL Ié o mais efficaz dos xaropes

    DAUDT & OLIVEIRA(Successores dc DAUDT A I.AGUNII.I.A)

    RIO DE JANEIRO

  • O TICO-TICO

    :J_jlPp*p9

    Resultado do Concurso n. 1.093Apresentamos abaixo o resultado do

    concurso de armar n. 1.093, cujo suecessodamos prova cabal, publicando a lista dosinnumeros leitores que nos enviaram so-soluções.

    Eil-a :Bertha Guilhcrmina Viard, Maria An-

    tonietta A. de Freitas, Heydemar Bran-dão, Cicero Guimarães, Sesostrio Isidoroda Costa, Irene de Barros, Stella Ro-drigues, Laerth Gonçalves Pinto, Estellita,Barbosa de Souza, Danuzia P j D. Pinheií"ro, Álvaro de Souza, Augusto ArnaldoPereira França, João Berchmans, Esme-ralda de O. Faria, Alberto Viggiano,Moacyr de Oliveira, Stella Ferro, Caeta-no Ferreira, José Oswaldo de Mendonça,Cid Rocha do Amaral, Zézé Corrêa, Car-men M. G. Jordão, Pedro Nunes Pires,Euripedes de Campos, Carlos Superti,Jocelina da Rocha Vieira, Sophia Gou-vêa,Gualter Mello Braga Oliveira. Ira-

    cema Senna, Lulu' Magalhães, DelormeBittencourt, Nancy Caire. Hebréa Cam-pos de Paiva, Lindolpho Alberto Barroso,José Viola, Zclim Condeixa Azevedo,Mercedes Corina Amorim, Paulo ValleVieira, Aloysio Cortez Oliveira, OndinaRodrigues, Waldemar Vieira da Cunha,Olginia durão, João Silva Balthalzar, Es-tlier Moreira da Costa, Armando Marin,Belmiro Moreira Cunha, Durval SantosBraga, Maria Haydée Feiras, JesuinoFernandes Prado, Waldemar Uzeda Aze-vedo, Heloisa Porto, Ernani Santos, Pau-Io Gomes Pereira, Henriqueta Teixeira,Marietta Teixeira, Antônio d'Appare-cida Camargo, Gesualdo Alvim. Júlio Ce-zar Leal, Analdina Soter, Jandyra Soter,Hernani Muller. Elza Vaes, Cerojueira,Maria Peixoto, Djalma C. Leite, Fiora-

    vante Scaldaferri .Carlos Marques da Ei-ra, Xelson de Almeida, Maria Judith Ber-nardino, Francisca Dyonisia, José AlvesPessoa, Maria Alzira Barbosa, OctavioA. Guimarães, Ophelia Travassos Monte-bello, Xair Souto Lima de Faria, HugoScausetti, Josuina Borges, Djalma Otto-mar Dufont, Murillo Lemos. Mario Ve-lez, Armando dos Reis Amaral, Nair

    Vasques de Miranda, José Nunes Ribeiro,Lalu' Lima. Anna Olympia de Freitas,Maria Rodrigues, Thereza D'Anito, An-tonina Flores de Oliveira, HueroclioGonçalves, Hercilia Arahy Gonçalves,Clovis N. de Cêmos, Alberto Avelino P.Guimarães, Oswaldo; Dealtry, MarioAghina, Judith de Queiroz, José Júlio da

    Silva, Amaury Rocha, Olyntho N. Cruz,João B. Oliveira, Maria Arlinda Walther,Adrienne Alexandrina Campos, Maria

    José Caribe Rocha, Nelson Schiber, Car-

    "!/ÍÍC~- IEsTIi

    A solução exacta do concurso n. 1.093

    los Scinlli, Blanquita Piegas Cunha, Al-berto Carvalho Silva, Wilson Pinto Ri-

    beiro, Lecticia Guimarães Fortes, HelsonAlmeida Guimarães, Maria Antonia daCunha, Manuel Pereira de Souza, Chris-tina Monetta, Álvaro Terra, Lydia Fer-reira Sanches, Adelina Menezes Assum-pção, Raul Blondet, Celso B. da Fonseca,Yara de Oliveira Quito, Jacques de Arau-jo, Armando Augusto Monteiro, CarlosAlberto Mesquita, Álvaro P. Siqueira,Maria C. Pinto, Carlos Guilherme Em-bach, Carlos Marques Leite, Dora Figuei-ras, Augusto José Domingues, GabrielFigueiredo, Emilia Nascimento Mesquita,Xathalia Hansen Costa, João Menezes,

    ; Annita Moniz Aragão, Avany R. Vidal.Maria Odette Freitas, Antônio Dias Re-bouças, Jaiza Pinto Gaspar, Arcyria Cas-tro Sócrates, Walter Allau, Cenira Fer-reira, Antonito Helsch, Leandro Salgado.Brigida Moura, J. G. Alvares Machado,Francisco Wilt, Maria das Dores Cunha,

    Romildo Gueiroga,' Antônio H. Andrade,Antenor Christino Silva, Alfredo Kalmer,Octavio Marques B. Luix, Ogaretho Cruz

    Messeder, Maria Sylvia Soares, IreneFonseca, Nicoláu Povoa Campos, Olivé-ro Leonardos, Elza Gomes Netto, CarmenBorges, Odette Rangel Forain, Martinho

    O. Azevedo, João Gualberto Corrêa, Fa-bio Villalva, Alexandrina Barone, MariaAbadia Campos, Esther Quirino Simões,Maria Lydia Camargo, Violeta Sodré, 01-dacina Ozorio, Ary Pessoa da Silveira,Maria do Carmo D. Leal, Raul PereiraSilva, Jorge Marques Pereira Júnior,Américo d'01iveira, Nair Rodrigues, Ma-ria Pereira Cunha, Arlette Mello, Gus-tavo Adolpho Penteado Stevenson, Bene-dieta Valladares Ribeiro, Oswalda Almei-da Vidigal, Nestor F. Ribeiro, ManuelFagundes Leal, Cora Andrade Lopes Mo-

    reira, Izabel Soares Guimarães, AffonsoJosé Mendonça, Hortencia da Cruz, Gus-tavo Nilson, Ângelo Castrovego, José-phina Vasconcellos, Elcy Ramos, AltinoCivedanes, Mauro de Barros, Abilio Mar-quês, José Souza Barros, Luiz Chaves

    Couto e Silva, Adalgiza O. Wild, Olga deO. Wild, Marietta Seixo, Ruth Menezesda Cunha, Jayme Augusto Amorim, Ma-rio Valle, Hugo Castro Faria, Moema Es-tevês, Celso Pinto Alandy, Maria Carme-lita Mello, Marilia do Rego Macedo, Ly-gia Maria Fernandes Oliveira, Aires Re-go Macedo, Salustiano José Sant'Anna,Annibal Quintanilha, Jorcina Duarte Pra-

    do Vargas, Brenno Rezende Pinto, Ezil-da Silva Moura, Laurentino Castro Net-to, Sylvio Souza Martins, Maria LourdesOliveira, Waldemar Lefévre, Emma Cor-rèa de Abreu, Abigail Ribeiro Paz, He-lena Barbosa, Corina Salles, Olga Zabbi,Lygia Munapopo, Maria Julia Camisão,Ondina Camisão, Irene Peres Miguel,Irene Firme, Delcio Goulart, Donasia Fa-ria, Manuel Maria Baptista Seve, HaydéeFrança, Lourdes Rapozo, Guanaira Wal-flor, José Carlos Leite, Esdras Queiroz,Aurélio B. da Costa, Jayme Borges, Pau-

    SALÃO INFANTILRUA DOS OURIVES N. 13

    —Em frente ao i" Barateiro—O primeiro salão na Cnpi-

    tal, organizado especialmen-te para creanças. Ao cortar oeabello a creança verá emsua frente um lindo e origi-nal aquário e viveiro. Cortesde cabellos a 1$000 e 1$500.

    HI_S_SS^^____I PARA TALHOS ARRANHÕESE PISADURAS

  • O TICO-TICO

    '^'¦'Mkt- *

    ^^^^*B_____

    vv

    coli, Noemia Rodrigues. Américo deArai , Mercedes Sarmento,Fran-cisco Paino. Dagmar B. Almeida, Cario-ta Amélia Duarte Cardoso da Silva, Ru-bem Paes Leme, Reonida de Oliveira,Asdrubal Montenegro, Raymundo Nona-

    de Andrade, George Rosa, l-"clicianoM. de Gusmão, Djalma Ferreira Car-neiro. Laura Elcone de Almeida, Edgard

    Santos V,idal, Isaura Ferreira, Mariada Gloria Antunes,Gastão Tavares Drum-mond, Maria I. Castilho de Carvalho,Francisco Moreira Valle. Jayme Borges,Jupyra C. Teixeira, Duval Lopes, Juve-nal Santos de Mello, Olyntho Marcondes,Nicotina Bispo. Alayde da Silva Santos,Felicias Cranciardo, Nénô Dias, ÂngeloCouto, Angelina Costa. Catharina de An-gélis, José da Cunha Braga, Alfredo Cor-réa, Antônio Sayard, Pedro EspozitojoséPaulo Jardim, Irineu I. da Cruz, NimiaBicudc. José M. M. L. Naegéle, Maria

    Í_»é F. Soares, André Rosa, Sylvio D.

    loreira. Heloísa D. Moreira. KloahMonjardim, Leal Barroso. Joel Pleyl,

    O robusto Ilcrmi. filhinho do Sr. .Uva-ro da Costa e Silva

    lo Honorato da Luz, Nelson Faria Mo-reira, Francisco de Paula Abilio de An-drade, Adhemar Argemiro da Silva, An-

    lindia Duchena Wanderley, Alzira Lôbòdas Mercês, José da Silva Marinho, Elzirade Almeida, Liliza Navarro, EdmundoMendonça, Lourival de Almeida, HildaIglesias, Armando da Silva, JuscelinoBarbosa, Arthur Horta de Andrade, Juli-ta Ramos de Araújo Pereira, AntoniettaCastrioto P. Coutinho, Julieta da CostaMofado, Jandyra Pamplona, Luiz Gomesda Silva, Paulo Silva, Maurício Gabrigo,Luiz Caetano Martins, Sarah d'Ávila Car-

    doso, Laide Castro Primavera, RaymundoLefévre, José Augusto de Castro, AnnitaBraga, João Ferraz, Antônio Carepa daRosa, João Severino Duarte, Odette C.Monte, Galiléa Penha, Ernestina C. Mon-te, Overlach Antunes Lcsso, Oscar Can-sanção, Marina Monte, Maria José Ba-ptista dos Santos, Almira Povoas, Lindol-pho Tobias Pinto, Elvira Curzia, Rose-dette da Silva Nunes, Luiz Augusto daTrindade, Oswaldo de F. Marques, Ber-nadette Angela Naegcle, Henrique YVitt,Ida Hiecscrt, Lucy de Oliveira, JudithGomes, Pedro Cardoso da Cruz, HildaCruz, Adalgiza Vianna, José B. Corrêa,Leobardo R. de Carvalho. Maria JoséI.azary, Rosa Pinto Coelho, Zaida Bueno,

    Modesta dc Castro, João Oswaldo Souza.João Ellent, Bcnjamin Pessett, EnvelinaAmando, Margarida Vieira. Dagmar Bar-bosa de Almeida, Plinio Apollinario, Man-da Ângelo Amendola, Ambrozinã d'An-jou, Darcy Gomes de Lima, Orlando :to, Walter Bittencourt Passos, AnthenorMeyer, Carmen de Araújo, Nair Mara-nhão Guilherme Pinto Coelho, CarlosHenrique Costa, Jeronymo Paes de Cas-tilho Júnior, Antônio Raul de Almeida,Cccilia Bernardette de Salles. Amado Ni-

    /" mL ~- EÊ I¦ \¦ ¦____F___PÜ'___i

    10 ^ "^ ¦ °I ^M^C

    R. Baptista, João Pacifico F. dos San-tos Sobrinho, José Marques, Luiz Seve-rino Ribeiro, Xavier O. Guerino. Alberto^ofgren Netto, Marianna Sabbatine, Ma-gdalena Ribeiro Machado, Armando P.Coelho. Amelinha Silva, Virginio Alvesda Cunha. Alberto Costa, Edmir Pereira.

    lido Souza, Lindao Lima, Luiz Suzi.Antônio Ramos, Flõrzinha Santos. MariaCuida. Mario Villabôas, Dulce Cabral.Zulmira Simas, Marianna I-*aro, Florenti-no Bello, Dagmar Caramellos, CarvalhoMenezes, Mécia Barroso e Moema Prata.

    PUBLICAMOS ABAIXO O RESUL-TADO FINAL DO SORTEIO :

    Io prêmio — io$ooo.

    LE0P0LDIN0 AZEVEDOcom o annos dc edade, residente á ruada Constituição n. 403 — Santos, Estadode São Paulo.

    2° prêmio — Unia assignatura annuald'0 Tico-Tico.

    JOSÉ POGGI DE FIGUEIREDOde 8 annos de edade, residente á rua dosAndradas n. 117 — Porto Alegre, Estadodo Rio Grande do Sul.

    Resultado do Concurso r. 1.102SOLUÇÕES KXACTAS

    i*—Azevedo ou Azejedo—Azedo.2'—K-pote (capote).3°—Paranaguá.4'—Sá-Pá.

    Muitas soluções nos foram enviadas paraeste concurso, correndo assim animadis-simo o resultado final.

    Eis os nomes dos concorrentes :Joserina Borges, Murillo Lemos, Ondi-

    A galante Edith, filhinha do Sr. NicoláuGuimarães, importante comiucreianted'esta praça. Edith está como que adizer: "Papai, veja como estou !¦ta, no "Tico-Tico" 1.

    Laura de Araújo Alves, Ondina Gonçal-i >ias de Gouvêa, Prosperina

    Su/art, Rinaldo Alves de Brito, ManuelXavier Paes Barreto, Lygia Abreu, Ju-linha Vianna de Vasconcellos, AntônioDomirígues da Silva, Maria Couto Fran-

    Sylvio Drammond Azevedo Pinto,Jurai 'lo Rodrigues, Benedicta

    < rara. Zulmira Magalhães, Achillesteiro Netto, Alfredo X. Cheab, Euri-

    . de Campos, Paulo Ribeiro Lassara,Lopes, Lindolpha Xobrcga Filho,

    Walfrido Adriano Braga dc Oliveira, Re-Pires Ferreira, Carmen Fontana Pa-

    duci, Paulino Figueiredo, José ChagasSeixas, Victorio Guimarães, Dario Galvãode Queiroz, Leopoldino Azevedo, MariaIsabel da S. Figueiredo Lacerda, ZulmaBicudo de Mello, Expedita de Salles, Ma-ria Nicezia de C. Pentagna, José BonilhaRodrigues. François Paes Leme, Nicoláu

    O intétligente Fernando Garcia, de Sannos de edade c constante leitor do" Tico-T,

    Elixir anti-asthmatico deBRÜZZI

    Especifico vegetal eftieaz na cura daasthma e bronchlte

    asthmatlea

    GISELIA üoção para cabelloÚnica noBrazil, que tinge de preto, dando uma còr natural e brilhante.Única que não contém nitrato de prata ou os seus saes. Não man-cha a pelle nem suja as mãos

    I)tpo_ita.rioB — imUZZI _fc — C. Ruado IIoHpicio, I :I3

  • O TICO-TICO

    na Gonçalves, Fernando Pereira da Sil-va, Elza Nogueira da Gama, Hélio, MariaLuiza Lima, Olyropia de Lima Câmara,Onaldina Guimarães, Ophelia TravassosMontebello, Decio de Vasconcellos, Ru-bem Santos, Maria R. de Souza, LygiaB. S. Abreu, Mario Monjardim, Cecíliade Pinho Gomes, Carlos Alberto de Mes-quita, Maria Luiza da Costa Mattos, Dco-cleciano Alves de Azevedo, Lygia MariaFernandes de Oliveira, Stella de Almeida,Maria Beltrão de Faria. Odette Ribeiro deMoura, Salomão Xider Filho, Xair Mara-nhão, Francisco Martins de Almeida. Ra-miro Palma Dias Pinheiro, Belisa No-gueira de Vasconcellos, Juracy CalladoRodrigues, Mercedes Rodrigues Marques,João Baptista de Mello, Laura Rodrigues,Sebastião Martins Braga, Guiomar Gui-marães, Lauro Monteiro, Julieta M.Paim, Francisco de Azevedo Costa,Izaura Rezende, Olga de Oliveira Wild,Maria Abbadia Cunha Campos, ElzaY. nne Ferreira, Cecyra Pinheiro, Joãod'Almeida Brandão, Lauro Ribeiro Paz,Raul Blondet, Adalgiza de O. Wild, Luizde Moura, Odette Cavalcanti Monte, Del-cio Goulart, Alice Mattos da Costa, ZildaSantos, Augusto Antônio de Amorim,Paulo de Andrade Botelho, Manuel Can-dido de Gouvêa, Dalila Mattos da Costa,Ignacio, Lafayettc. Vara Leite, AnnibalQuintanilba, Nicotina Bispo, Marilia d*Al-ta de Oliveira Quintana, EIvira Aniyn-thas, Laura Pacheco Pimenta, Oscar Can-sanção, Octavio do Espirito Santo, Ma-gdalena Ribeiro Machado, Sylvio Lisboada Cunha, Emilia do Nascimento Mes-quita, Octacilio de Pinho Gomes, Angeli-na Costa. Maria E. Duarte, Ogarithe daCníz Messeder, Walter Allan, Gastão Le-mos Silva Jardim, Odette Rangel Foraim.Antonia Paula Barbara, Jandyra LoureiroPamplona, Ângelo Castroviejo, JandyraAlves Pereira. Ascendina R. Furtado,Maria Anna L. Naegele, Arthur Balater,Américo de Araújo Bastos, Ancyria deCastro Sócrates, José Jair Tibyriçá Pas-sos, Hernani Muller, Jorge Paulo deAraújo, lOctacília Chaves Dias, RaphaelCorrêa, Joaquim Muniz, Adalgiza Baptis-ta da Silva, José' Luiz de Campos, JoãoBaptista dc Castro Paes, Elza Christo,Lindolpho Alberto Barroso, Pedro Malletdc Lima. Jaiza Pinto Gaspar, Eunice Car-

    Jayme Gonçalves, Orrdina Rodri-. Maria Nay de Pires Ferreira, Ezil-

    da da Silva Moura. Nadyda Evangelistade Almeida, Alice Rolim, Varia Carmeli-ta de Mello. Marina Mi inteiro I.emos,Binaldo Alves cie Drito. Irene Fonseca,

    a tnnocencia Castilho dc Carvalho,D naria Faria, Sj' . Jorde-lia Corrêa. Jupyra Campos Teixeira, Da-

    Paladini, Roger Lader, FranciscoMoreira Valle, Oscar Justen, IrineuGonçalves Pinto. Marietta da Silva No-gueira, Clarice Lilis, Edesio PestanaFranco, Constança de Alburque. nja'mad. Dupont, Ruth Braga, Irene P. Miguel,

    Prault Poria', Xair Rodrigues, JoãoLourenço Rodrigues, Maria do Carmo

    '. Homero Dias Leal, MariliaDias, Rubem Dias Leal, Heloísa PZuleika Vianna de Vasconcellos, MariaAdahyl Campos. Olga da Silveira Carun-

    Boro Boracica— Pomada milagrosa —

    cura feridas, assaduras,

    irritações da pelle, etc.

    cho, Paulo de Albuquerque, Daniel Fron-tinq da Costa, Domingos Mascarenhas,Oplielia P. Rodrigues, M. Adelaide L.,José Oswaldo Gurgel de Mendonça,Francisco Rodrigues Branco, HenriqueMendes de Oliveira, Carlos Marques daLyra, Daura de Souza e Mello, Antonie-ta Soares de Rezende. Georges Leonar-dos, Décio Moura, Ninette Barroso, Ho-racio Leite de Carvalho Júnior, YolandaMartins Barbosa, Bertha Guilhermina Vi-ard, José Luiz SanfAnna, HenriqueWitt Celestino Nascimento Costa, Romil-do Brivaldo, Aldayda e Wladmir Quei-roga, Maria do Carmo Padilha, ManuelRodrigues da Silva, Eliette Guimarães,

    Davi na Faria Moreira. Margarida Vieira,Ceciüa Taborda Teixeira. João da SilvaBalthazar. Nênê de Barros, Lubelia Pe-reira de Souza, Henrique Brunow, Orlan-do I.anzone, Alfredo Franco GabrielAchilles M. Xctto. Armando Pinto Coe-lho. Modesta de Ca>tro, João de DeusNoronha Menna Barreto, Heydanarbrandão. Zinl Firme. Irene Firme, 01ma Durão, Bernardino da Silva LiAmélia V. Maciel. Álvaro Terra. HabycthCosta. Maria de Lourdes Bonifácio, Os-wablo Cândido de Souza, Ary Barroso,

    FOI ESTE O RESULTADO DOSORTEIO :

    Io prêmio — lo$ooo.

    HELOÍSA PORTOde i.: annos de idade, residente nesta ca-

    pitai, á rua Prudente de Moraes n. 71,Ipanema.

    2° prêmio — Uma assignatura annuald'0 Tico-Tico.

    OSCAR JUSTENcom 9 annos de edade, residente á ruaXova n. 17 — Barbacena, Estado de Mi-nas Geraes.

    Concurso n. 1.110

    IARA OS LEITORES DOS ESTADOS PRO"XIMOS E d'esta CAPITAL

    Perguntas :Ia—Qual a cidade do Estado de

    São Paulo que sem a primeira lettrafica um pronome pessoal ?

    2 syllabas. -(José Estevam Teixeira Mendes)

    2"—Qual é o sobrenome que semuma lettra temos nos dedos ?

    syllabas.(Helena Mendes)

    3a—Sou captivo mas sem a pri-meira syllaba torno-me flor bemapreciada ?

    syllabas.(Clarice Lirio)

    4"—Com P sou sobrenomeCom C de mim fazem uso ;Com F passo calote,Com M não fallo verdade ?

    2 syllabas.(Ada Mury Netto)

    O encerramento deste concurso,composto apenas de quatro fáceisperguntinhas, será no dia 21 deAgosto. Como sempre, distribuire-mos em sorteio dous magníficos pre-mios, que são :

    Io prêmio—10$.2o prêmio—Uma assignatura an-

    nual d'0 Tico-Tico.Só entrarão em sorteio as solu-

    ções certas e que vierem acompanha-das do vale respectivo, trazendo ain-da a assignatura do próprio concor-rente e a declaração por extenso daresidência e edade.

    Este concurso deve vir separadode qualquer outre ou collaboração.

    para collegir.es,artigo de bôa qua-lidade e aprimora-do gosto. — Pr.--

  • O TICO-TICO

    CONCURSO N. i.iii

    TARA OS LEITORES DOS ESTADOS PRÓXIMOS E D'ESTA CAPITAL

    Depois, aquillo era rápido:Não mastigava, — engulia,Como essas aves aquáticasDeglutindo um sapo ou gia.

    Umas amigas lembraram-seDe lhe offertar um almoço,E a Thcrezinha—gastronoma,bicou num grande alvoroço.

    E commentava, alegrando-se :—Agora é que eu vou comer !...Vai ser um almoço esplendidoQue é preciso não perder...

    No dia sentou-se, lépida,A' mesa e foi devorandoAs iguarias do ágapeQuc em sua frente ia adiando.

    Depois do almoço ella queixa-seDe não passar muito bem :Dóe-lhe a cabeça, o estômago,Dóe-lhe a barriga também,

    i

    Trazem-lhe, então, um remédio,Um chá de louro e cidreira,Com elixir paregoricoE folhas de laranjeira.

    Therezinha arfando, em ancias,Naquella grande afflicção,Pergunta:—Só... meia chicara?!..Sem um pedaço... de pão ? !...

    Rio — Vil — 1916

    EUSTORGIO WANDERLEYO personagem de hoje é também 20 premio—Uma assignatura aium elegante, mas não está conver- nual ú'0 Tico-Tico.sando como o que aprestámos no As soluções devem vir assignadas UIücll Bcirâ 0 lU-UlOnumero anterior ; o nosso amigo de pelo punho do próprio concorrente,hoje está fazendo o seu passeio, ten- trazerem a declaração por extenso

    dos vossos filhos,do na mão uma interessante benga-linha. E eis ahi no que se resume asolução do presente concurso. Espe-ramos agora que as referidas solu-ções nos sejam enviadas até o dia25 de Setembro, data do encerra-mento d'este concurso.

    São estes os prêmios que temos adistribuir em sorteio :

    i° premio—10S.

    A GLUTONA(Monólogo)

    Eis uma historia verídicaQue eu vim, um dia, a saber;Parece um caso ancedotico,Mas eu garanto não ser.

    Tinha uma fome fantásticaA pequenina Thereza;O seu mais intenso júbiloEra ir sentar-se _ mesa.

    da residência e edade c ainda acompanbadas do vale respectivo que seacha numa das paginas a cores.

    AVISf»O numero do concurso de armar *

    do numero anterior deve ser 1.109 e .não 1.108, conforme sahiu publicado,servindo, no entretanto, para ser col-lado junto ás decifrações d'esse con-curso, o vale n. 1.109, que se achana capa.

    Comia alli coisas variasCom o mais voraz appctite;Parecia estar fameliea,Embora não se acredite.

    U>ui-lhes Pilorrhuiiin (principioactivo do

    óleo «le fígado de bacalhtiu.) de

    COELHO BARBOSA & C.RUA DOS OURIVES 38 e QUITANDA 104

    assim o* torn»reis fortese livrea de muitas moléstias najuventude

    I.' preciso grande cuidado comas l__B>ure__n oo-í $«>

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  • TICO-TICO

    w f ii%

    EBBUSTO

    &~'-xNI_.il

    *m i) Josina estava brincando nojardim e tendo subido a uma ar-vore para apanhar uma bola, quecahira sobre o rebordo da janella,viu atraz da vidraça...

    _/*—

    cgEEy2] ...que Eulalia, a cria-

    da, espanando os moveis dasala, quebrou um busto

    que papai tem em gran*^de apreço. Pouco...

    _ V.Mi

    1}4) ... também respondeu assim,

    por não saber que alguém assistiuá scena. Josina, ao vél-a mentir tãocynicamente, cora de vergonha eindignação, mas não tem coragemde denunciar a criada. Uma dela-ção parece-lhe um acto vil. Entre-tanto papai, notando a perturbaçãode Josina. pergunta-lhe: — Queremvôr que foi você ? Josina cora aindamais fortemente ao vér-se suspeita-da declara:—Não.papai não foi eu.

    3) . .depois descobriu-se o desastree papai interroga todos os criados. ¦__— (>uem quebrou o busto da sala ? To-™dos responderam não fui eu. Eulalia...

    :?m

    5) Ah I —diz sim-plesmente papai. Eretira-se. Josina fica muito perturba-

    ,da, pois compre-íende que papainão insistiu pa-ra não.

    Y

    a—

    2 6) .. .desmoralisal-a diante dos criados, mas continuaa desconfiar d'ella. Não sabendo como sahir d'aquellaaffiicção e hesitando ainda em denunciar Eulalia, Josinaescreve uma longa carta a vovó que e a sua melhor...

    7) ...confidente e nessa carta confia todos os seus segredos*No dia seguinte, entrando no gabinete de papai,tem a surprezade encontrar o busto concertado, sobre a mesa de trabalho. Epapai abraçando-a disse-lhe : — Mandei pór aqui este bustopara me lembrar sempre de que não devo duvidar da palavrade minha filhinha.

  • fWM _:r*TV_FÍf,S DO OV\\Q\J\T*Y*0 — o p««.©t Troea-to„ O T\CO-T\CO

    n o di K. *W\ :^_y\ A»w^^ JlJ* o

    CcT*

    OS

    1) Ha dias, papai, julgando necessário reformar a casa, que estava um pouc 2)...pintor decorador e foi encarregado de dar ummaltratada, mandou chamar um pintor e encarregou-o de pintar artisticamente S9las e corredores. Papai explicou : — N o quero figurasr> .=_= 3

    r-T r> \J? .—^ fM*».