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LOTEAMENTO RESIDENCIAL OURO VERDE CNPJ: 06.053.231/0001-40 LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL 2011 Ref.: Notificação nº 61/12 MARCOS MORI Engenheiro Agrônomo CREA/SP 5061317180

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LOTEAMENTO RESIDENCIAL OURO VERDE

CNPJ: 06.053.231/0001-40

LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL

2011

Ref.: Notificação nº 61/12

MARCOS MORI Engenheiro Agrônomo CREA/SP 5061317180

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LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL

LOTEAMENTO RESIDENCIAL OURO VERDE 2011

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Índice

1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ......................................................... 3

2. ACOMPANHAMENTO MENSAL ................................................................ 3

3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ...................................................................... 3

3.1. Identificação .......................................................................................... 4

3.2. Ocupação do Solo ................................................................................. 4

3.3. Caracterização ...................................................................................... 4

3.3.1. Área Particular .............................................................................. 4

3.3.1.1. Terrenos Residenciais ............................................................. 4

3.3.2. Área Comum ................................................................................. 5

3.3.2.1. Ruas e Passeios ...................................................................... 5

3.3.3. Arborização Viária ......................................................................... 6

3.3.4. Áreas Verdes ................................................................................ 7

3.3.5. Flora .............................................................................................. 9

3.3.6. Abastecimento de Água .............................................................. 11

3.3.7. Rede de Captação de Águas Pluviais ......................................... 11

3.3.8. Rede de Esgoto .......................................................................... 12

3.3.9. Fauna .......................................................................................... 12

3.3.10. Recursos Naturais ....................................................................... 12

3.3.11. Obras e Terraplenagens ............................................................. 13

4. SUPRESSÃO DE ÁRVORES ................................................................... 13

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 14

6. ASPECTOS LEGAIS INCIDENTES .......................................................... 14

7. ENCERRAMENTO .................................................................................... 15

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LOTEAMENTO RESIDENCIAL OURO VERDE 2011

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1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

Em atenção à Notificação nº 61/12, expedida pela Prefeitura do Município

de Valinhos, por intermédio do Departamento de Meio Ambiente / Secretaria de

Planejamento e Meio Ambiente, em 16 de janeiro de 2012 para o

LOTEAMENTO RESIDENCIAL OURO VERDE, situado à Avenida doutor

Eraldo Aurélio Franzese, nº 389, elaborou-se o presente documento que visa

atender as exigências da Lei Municipal nº 4.123, de 04 de maio de 2007, que

dispõe sobre a necessidade de caracterização e monitoramento ambiental dos

recursos naturais incidentes em loteamentos fechados e condomínios

horizontais residenciais do município de Valinhos.

Todas as informações constantes desse relatório foram obtidas em visitas

ao referido loteamento e descrevem a atual situação do empreendimento.

O Loteamento Residencial Ouro Verde está em conformidade com os

artigos 1º e 2º da Lei Municipal nº 4.123/2007, por apresentar laudo técnico

ambiental anualmente à Prefeitura do Município de Valinhos.

Laudo Técnico referente ao ano 2011.

2. ACOMPANHAMENTO MENSAL

O Loteamento Residencial Ouro Verde atende ao disposto nos artigos 4º e

5º da Lei Municipal nº 4.123/2007, pois este laudo técnico é baseado nos

relatórios mensais de monitoramento do ano de 2011.

Durante visitas técnicas ao local, objeto do presente documento, foram

coletadas informações sobre as alterações na estrutura imobiliária (início e

término de obras de edificação) e observados os procedimentos adotados para

preservação e recuperação dos recursos naturais.

3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

O Diagnóstico Ambiental descreve a ocupação e uso do solo e trata da

identificação, caracterização e avaliação dos recursos naturais existentes no

empreendimento, conforme segue.

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3.1. Identificação

O Loteamento Residencial Ouro Verde está situado à Avenida Doutor

Eraldo Aurélio Franzese, nº 389, e foi instalado em um terreno de

51.603,15.m², geograficamente posicionado sob as coordenadas

Sx22°.59'.10.18" e Ox47°.00'.46.17", tendo como marco a portaria principal.

3.2. Ocupação do Solo

O loteamento está dividido em Área Particular e Área Comum, distribuídas

da seguinte forma:

• Área Particular:

i. Terrenos Residenciais: ................................25.581,30 m²;

• Área Comum:

i. Ruas e Passeios: .......................................... 8.535,87 m²;

ii. Áreas Verdes: .............................................. 11.616,38 m²;

iii. Área Institucional:............................................5.398,57 m²;

iv. Faixa de Desaceleração:....................................186,47 m²;

v. Área Reservada (portaria):..................................172,28 m²;

vi. Área Reservada (lixeira):.....................................112,28 m².

3.3. Caracterização

3.3.1. Área Particular

3.3.1.1. Terrenos Residenciais

O loteamento é formado por 49 lotes, sendo que atualmente 39 possuem

construções de alvenaria já finalizadas, 3 em fase de construção e 7 lotes

permanecem vazios.

0

25

50

Construídos Em Obras Vazios

29

713

38

2

9

39

37

Estrutura Imobiliária

2009 2010 2011

Comparativo da ocupação do solo entre os anos 2009, 2010 e 2011.

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LOTEAMENTO RESIDENCIAL OURO VERDE 2011

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Os terrenos vazios estão recobertos com vegetação rasteira que é

controlada periodicamente por meio de roçadas e o material resultante

espalhado em sua superfície. Para evitar acidentes e prejuízos ao meio

ambiente, e atendendo à legislação ambiental de Valinhos, Lei Municipal

nºx2.953, de 24 de maio de 1996, artigo 56 do Código de Posturas, é

expressamente proibido o método de queimadas para limpeza dos terrenos.

A vegetação em lotes vazios é mantida roçada.

Cada condômino é responsável pela manutenção e conservação da

estrutura imobiliária existente ou em construção no lote de sua propriedade,

assim como o controle periódico da vegetação dos terrenos sem edificações.

São de responsabilidade do loteamento as estruturas da área comum.

3.3.2. Área Comum

3.3.2.1. Ruas e Passeios

A rede viária do loteamento é formada por duas ruas pavimentadas com

asfalto e delimitadas com guias de concreto. Os reparos, quando necessários

são realizados por empresas especializadas que se responsabilizam pelo

descarte correto das sobras dos materiais utilizados.

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Nos lotes edificados os passeios são recobertos geralmente por grama

esmeralda (Zoysia japonica), que permitem a infiltração da água da chuva.

Para facilitar o trânsito de pedestres, alguns são cortados longitudinalmente em

sua porção central por caminhos construídos de alvenaria ou pedra, em

conformidade com a Lei Municipal

nº 3.320/99, a qual determina que

todos os terrenos que tenham guias e

sarjetas devem ter passeio público.

Nas áreas localizadas em frente às

residências é permitida a

impermeabilização do acesso de

veículos às garagens. Os

proprietários de imóveis em fase de

construção estão atendendo às

normas para adequação e construção

de calçadas. Nos terrenos

particulares vazios, grande parte dos

passeios apresenta-se recoberto por

capim e são roçados sempre que

necessário.

3.3.3. Arborização Viária

A arborização viária pouco interfere nas redes de energia elétrica e de

telefonia que atendem o loteamento. Do lado da via sob as fiações foram

plantados exemplares de quaresmeira (Tibouchina granulosa). Do lado oposto

à rede elétrica e telefônica, estão distribuídos exemplares de aroeira salsa

(Schinus molle). Todas as plantas apresentam bom estado fitossanitário. Em

2011 foram realizadas podas de limpeza e de conformação de copas.

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As plantas do sistema viário apresentam bom estado fitossanitário, livres de pragas e doenças

3.3.4. Áreas Verdes

No Loteamento existem duas áreas verdes:

• Área Verde 1:

Área verde de 6.861,76 m² que contém Área de Preservação Permanente

(APP), com faixa de 30 metros de proteção a recursos naturais respeitada e

protegida, delimitada por um córrego. A área é isolada do loteamento através

de muro de blocos de cimento.

Vista geral da Área Verde 1, a partir da rua.

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A Área Verde 1 localiza-se ao lado direito da portaria.

• Área Verde 2:

Área verde de 4.754,62 m² que contém Área de Preservação Permanente

(APP), com faixa de 30 metros de proteção a recursos naturais respeitada e

protegida, delimitada pelo mesmo córrego que margeia a Área Verde 1. Está

instalado nesta área um playground de madeira e o passeio é totalmente

recoberto por grama esmeralda (Zoysia japonica), que permite a infiltração da

água da chuva e evita a formação de processos erosivos.

Um playground de madeira está instalado na área verde 2.

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A Área Verde 2 localiza-se atrás da portaria do loteamento. Comparando-se esta foto de 2010...

...com esta de 2011, é possível observar as mudanças na portaria e manutenção da vegetação.

3.3.5. Flora

A flora existente no Loteamento Residencial Ouro Verde está distribuída

nos terrenos residenciais, nos passeios e áreas verdes e encontra-se descrita

no item “Caracterização”.

São encontradas diversas espécies arbóreas nas áreas verdes 1 e 2. Não

foi realizado um inventário florestal com quantificação de indivíduos, mas um

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estudo qualitativo das espécies que compõem as matas existentes no

perímetro do empreendimento.

Espécies presentes nas matas das áreas verdes 1 e 2:

Açoita-cavalo (Luehea grandiflora), Amora-de-árvore (Morus nigra), Angico

(Anadenanthera spp), Aroeira-branca (Lithraea molleoides), Aroeira-mansa

(Schinus terebinthifolius), Aroeira-salsa (Schinus molle), Bambu comum

(Bambusa vulgaris), Cambará (Gochnatia polymorpha), Camboatã (Cupania

vernalis), Canela-fedorenta (Nectandra rigida), Canelinha (Nectandra

megapotamica), Canjarana (Cabralea canjerana), Capixingui (Croton

floribundus), Cedro (Cedrela fissilis), Embaúba (Cecropia glaziovi), Goiabeira

(Psidium guajava), Jacarandá-de-espinho (Machaerium nyctitans), Jacarandá-

mimoso (Jacaranda mimosifolia), Jacarandá-paulista (Machaerium villosum),

Leucena (Leucaena leucocephala), Paineira (Chorisia speciosa), Palmeira

jerivá (Syagrus romanzoffiana), Pata-de-vaca (Bauhinia forticata), Pau-d'óleo

(Copaifera langsdorffii), Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha), Pau-pólvora

(Trema micrantha) e Pitangueira (Eugenia uniflora).

Nas dependências do loteamento existem árvores que necessitam de

autorização do Departamento de Meio Ambiente para a realização de podas

rasas ou supressão.

As áreas verdes 1 e 2 apresentam vegetação secundária em estágio médio

de regeneração (RESOLUÇÃO CONAMA nº 001, de 31 de janeiro de 1994),

com fisionomia florestal, apresentando árvores de variados tamanhos.

As áreas verdes 1 e 2 apresentam vegetação secundária em estágio médio de regeneração.

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3.3.6. Abastecimento de Água

As necessidades hídricas do empreendimento são supridas por ligação

direta das residências à rede municipal de abastecimento.

3.3.7. Rede de Captação de Águas Pluviais

A captação de águas pluviais é

feita através de bueiros localizados

ao longo das ruas internas do

loteamento, que se interligam a

galerias subterrâneas construídas

com tubos de concreto, exclusivas

para este fim e que deságuam na

área verde 1 através de escadas

hidráulicas (foto ao lado) antes de

chegar ao córrego. A estrutura foi

devidamente calculada em função da

área de drenagem e da declividade

do terreno. Com o sistema de

escadas hidráulicas diminui-se a

velocidade da água, evitando o

surgimento de processos erosivos.

Em 2011 foi construído o sistema

de captação de águas pluviais de um

loteamento vizinho (foto ao lado), que

deságua no interior da área verde 2,

a aproximadamente 30 metros do

córrego. Será necessária a adoção

de alguma medida para diminuir a

velocidade destas águas, para se

evitar a instalação de processos

erosivos no trajeto entre a saída da

tubulação e o leito do córrego.

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3.3.8. Rede de Esgoto

Todo o esgoto gerado pelas residências é coletado através de sistema

canalizado exclusivo para este fim e direcionado para a rede pública de coleta

de esgotos.

3.3.9. Fauna

No perímetro do loteamento existe fauna permanente. Observa-se com

freqüência a presença de bem-te-vis, sanhaços, beija-flores, maritacas,

corruíras, gaviões e pardais. Entre os mamíferos encontram-se pequenos

roedores e gambás. Os répteis, raramente observados, estão representados

por calangos e outras espécies de lagartos de menor porte. Não há registro da

ocorrência de cobras. Nenhuma das espécies citadas consta no Decreto

Estadual 42.838 de 04 de fevereiro de 1998 que “declara as espécies da fauna

silvestre ameaçadas de extinção e as provavelmente ameaçadas de extinção

no Estado de São Paulo e dá providências correlatas” e na Instrução Normativa

nº 3, de 27 de maio de 2.003, do Ministério do Meio Ambiente, que em seu

anexo fornece as listas das espécies da fauna brasileira ameaçadas de

extinção.

3.3.10. Recursos Naturais

Existem duas APP’s com limites respeitados, sem construções, com trechos

reflorestados e enriquecidos com plantas nativas e algumas exóticas,

principalmente frutíferas. A ação antrópica é praticamente nula, devido ao

isolamento das matas por muro de alvenaria (Área Verde 1) e por alambrado

(Área Verde 2), com acesso controlado para garantir que não haja intervenções

não planejadas.

O acesso é restrito e as áreas isoladas por muro e alambrado.

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O loteamento é servido por um córrego que delimita as duas áreas verdes

e foi respeitado o estabelecido na Lei Federal nº 4771/65, que prevê faixa ciliar

de 30 metros de largura ao longo de curso d’água com menos de 10 metros de

largura.

3.3.11. Obras e Terraplenagens

Apesar da reduzida dimensão do loteamento, encontramos duas situações

muito distintas no que diz respeito à terraplenagem. Tendo como referência a

portaria principal, na porção esquerda do empreendimento a declividade é

pequena, o que diminui a movimentação de terra. Já na porção direita a

declividade dos terrenos é maior e as obras que envolvam terraplenagem

devem ser bem avaliadas e executadas com precisão, afim de que a terra

resultante das atividades de corte e aterro não seja carreada pela água das

chuvas para a rede de captação pluvial, causando assoreamento em córregos

e represas à jusante do loteamento. A retirada das sobras de terra é de

responsabilidade do proprietário do lote. Em 2011, 2 terrenos tiveram suas

obras iniciadas.

Os procedimentos de terraplenagem foram realizados na estação seca do ano.

4. SUPRESSÃO DE ÁRVORES

Em atendimento ao disposto no artigo 8º da Lei Municipal nº 4.123/2007,

em 2010 foi requerida ao Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de

Valinhos, a autorização nº 57/2010, processo nº 13614/2010-PMV para o corte

de uma árvore isolada situada em terreno particular, fora de Área de

Preservação Permanente, com finalidade de edificação. Como forma de

compensação ambiental, o interessado se comprometeu a plantar 25 mudas de

espécies arbóreas nativas nas áreas verdes do loteamento.

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Em 2011 foi requerida autorização nº113/2011, processo nº 11007/2011-

PMV para a supressão de 2 individuos arbóreos nativos isolados (Cedro-

rosa/Cedrela fissilis) situados em terreno particular, fora de Área de

Preservação Permanente, com finalidade de construção residencial.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por apresentar 20% dos terrenos sem edificações ou em obras, o

Loteamento Residencial Ouro Verde é passível de geração de resíduos

impactantes, tais como restos de concreto e de materiais de construção e

sobras de terra provenientes de terraplenagem. Para que não haja prejuízos ao

meio ambiente, os responsáveis pelo empreendimento estabeleceram que os

resíduos são de responsabilidade dos proprietários dos lotes e devem ser

coletados e retirados da obra por empresas especializadas que garantam o

destino correto desses materiais.

As árvores do sistema viário estão em desenvolvimento e são necessárias

podas periódicas para uma boa conformação das copas.

O acesso restrito a mata que forma a APP garante que não haja intervenção

em seu desenvolvimento.

Durante as visitas de acompanhamento mensal não foram registrados

vazamentos nas redes de água e esgoto.

Existem pontos de erosão laminar no interior do loteamento, ocorrendo com

maior freqüência em lotes sem edificações e com maior declividade do terreno.

Não houve supressão de árvores nativas existentes nas áreas de uso

comum durante o ano de 2011.

6. ASPECTOS LEGAIS INCIDENTES

Os aspectos legais pertinentes ao cumprimento da Lei do Município de

Valinhos nº 4.123, de 04 de maio de 2007 e que nortearam a elaboração deste

estudo, estão inseridos nas seguintes normas ambientais:

• Lei Federal nº 4771/65 e suas alterações;

• Decreto Estadual nº 42838 de 04 de fevereiro de 1998 – Declara as

espécies da fauna silvestre ameaçadas de extinção e as

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provavelmente ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo e

dá providências correlatas;

• Instrução Normativa nº 3 de 27 de maio de 2003 / Ministério do

Meio Ambiente – Listas das espécies da fauna brasileira

ameaçadas de extinção;

• Resolução CONAMA nº 001, de 31 de janeiro de 1994;

• Lei Municipal nº 3.320, de 10 de junho de 1999, que dispõe sobre a

execução de muro de alinhamento e passeio-público;

• Resolução SMA nº 18, de 11 de abril de 2007 – Disciplina

procedimentos para a autorização de supressão de exemplares

arbóreos nativos isolados;

• Lei Municipal nº 2.953, de 24 de maio de 1996, Artigo 56 do Código

de Posturas.

7. ENCERRAMENTO

Nada mais havendo a esclarecer, encerro o presente laudo que consta de

15 (quinze) folhas impressas eletronicamente de um só lado, datado e

assinado. Acompanha um anexo com imagem de satélite detalhando o

perímetro do condomínio, uma cópia da Anotação de Responsabilidade

Técnica (ART) do engenheiro agrônomo responsável pelo laudo técnico e um

CD contendo arquivo digital do laudo, em atendimento ao artigo 2º da Lei

Municipal nº 4.123/2007, para ser disponibilizado no site da prefeitura para

consulta pública.

Valinhos, 21 de fevereiro de 2012.

__________________________

Marcos Mori

Engenheiro Agrônomo CREA 5061317180

ART nº 92221220120228492

__________________________

Luiz Marcelo Palmeira Rabello

Presidente Sociedade Residencial Ouro Verde