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Page 1:  · lação e aumentar o coeficiente de ci-dadania dos locais onde as pessoas trabalham, estudam, produzem, con-somem e vivem: os municípios com suas características próprias e
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SUPERVISÃO GERAL E EDIÇÃO:Lucio Vaz - [email protected]

RELAÇÕES PÚBLICAS:Edison Castêncio - [email protected]

MTHMÍDIA MARKETING E COMERCIALIZAÇÃO:Nara Pinheiro - [email protected]é Luís Braga - 51 8465 51 71

SUCURSAL LITORAL NORTE:Carlos Menezes e Denise Coelho

SUCURSAL BOTUCARAÍ: Silvio Hendges - [email protected]

DESIGN E DIAGRAMAÇÃO: Jonas Furlan - [email protected]

ANUNCIE: 51 3012 7726 / 51 9266 5864 • www.revistaemevidencia.com.br

Vereadores sempre presentesEDITORIAL

No último pleito, os vereadores dos 497 municípios do RS foram eleitos representando mais de sete milhões de eleitores. Isto demonstra a impor-tância da representação política des-tes parlamentares, responsáveis pela fiscalização dos atos administrativos dos poderes executivos municipais e indispensáveis, como representantes populares na apresentação de proje-tos e emendas que podem melhorar muito a qualidade de vida da popu-lação e aumentar o coeficiente de ci-dadania dos locais onde as pessoas trabalham, estudam, produzem, con-somem e vivem: os municípios com suas características próprias e suas demandas específicas.

Nesta edição, os vereadores do RS es-tão Em Evidência através da entrevista com o presidente da União dos Verea-dores do Rio Grande do Sul (UVERGS), Antônio Inácio Baccarin, que fala sobre a missão institucional desta entidade, os serviços e convênios disponíveis aos associados e principalmente das ações realizadas e programadas para qualifi-car a atuação parlamentar através de seminários, palestras, encontros e cur-sos sobre gestão pública, possibilitan-do que as atividades diárias dos verea-dores sejam sempre orientadas para a resolução dos problemas e a adequação às exigências legais.

Indispensável destacar que os verea-

dores são os únicos agentes políticos sempre presentes e com os quais os eleitores podem interagir diretamen-te, tornando ainda mais importantes suas ações de integração no cotidiano das comunidades, sendo indispen-sáveis para fortalecer a democracia, estimular as soluções locais e o prota-gonismo comunitário. Em Evidência é solidária com as novas legislaturas e administrações municipais na divul-gação e defesa do municipalismo e das ações construídas pela atuação de seus representantes e agentes públicos.

Antonio Silvio HendgesProfessor e [email protected]

REVISÃO:Maria Becchi

FOTO DA CAPA: Edegar Cavalheiro

SITE: Bryan Meller - [email protected] Treptow - [email protected]

AGRADECIMENTOS: Bruno Monteiro

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OPINIÃO ................................................................................... 7Carvão Mineral: necessidade, não uma opção

IMAGENS DO MÊS .................................................................. 8TURISMO ...............................................................................10Gramado celebra seus 58 anos

CICS .......................................................................................14Programa Integra

SESI .......................................................................................15Sesi-RS busca atingir 10,7 milhões de atendimentos em 2013

FEDERASUL ...........................................................................18Tá na Mesa com o prefeito de Pelotas Eduardo Leite

MEIO AMBIENTE ...................................................................19“Pescando Lixo” oferece oportunidade para pescadores e promove conscientização ambiental

CAXIAS DO SUL ....................................................................20Tarso Genro e Dilma inauguram novo sistema de abastecimento de água de Caxias do Sul

INDÚSTRIA ............................................................................22Centro de Inovação e Tecnologia Braskem completa 10 anos

FCDL .......................................................................................28Ar Condicionado e Tablets foram os destaques de vendas do Natal

MATÉRIA ESPECIAL..............................................................29Pelo direito de plantar

FLASH ....................................................................................34Iargs homenageia bachareis

PARTIDOS..............................................................................36PSB reúne prefeitos e vereadores eleitos

OPINIÃO .................................................................................38Porto Alegre em transformação

OPINIÃO .................................................................................47Resíduos sólidos e sustentabilidade dos municípios

MUNICÍPIOS ..........................................................................50Rio Grande

39Antônio Inácio Baccarin

FEDERASUL

MERCADO FINANCEIRO

ENTREVISTA

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60Presidente da UVERGS

Federasul destaca que setor de serviços ameniza perdas do RS

Troféu O Equilibrista

Maria do Rosário, Ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

Ano 3 - Nº 27 - 2012

MÉRITO LOJISTA ..................................................................52Prêmio Mérito Lojista reconhece atuação de empresas e profissionais

FLASH ....................................................................................54Troféu Prêmio Mérito Lojista

DEFESA DO CONSUMIDOR ...................................................56Ernani Polo protocola projeto que proibe frisagem de pneus no RS

OPOSIÇÃO .............................................................................57PSDB projeta ações para 2013 no Legislativo

INFRAESTRUTURA ................................................................5819,1 bi para o Rio Grande do Sul

OPINIÃO .................................................................................59Não ao terrorismo contra nossos governantes políticos recém eleitos

INFRAESTRUTURA ................................................................65Ministério autoriza Termo AES Uruguaiana a operar com gás da Argentina

SAÚDE E BELEZA ..................................................................66Cabelos em paz com o verão

SAÚDE E BELEZA ..................................................................67Maquiagem especial valoriza o rosto de quem usa óculos

FARSUL ..................................................................................68Farsul projeta recuperação em 2013

ACONTECEU ..........................................................................70

FLASH ....................................................................................74

COMISSÕES DA ASSEMBLEIA.............................................76Comissão de Educação realizou 21 audiências públicas no ano

ASSEMBLEIA .........................................................................78Inspeção veicular

ARQUITETURA E ENGENHARIA ............................................79Utilização de telhas brancas auxilia na redução da temperatura em ambientes

ÚLTIMA PALAVRA ................................................................82“Parla” vereador

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7EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

OPINIÃO

Carvão Mineral: necessidade, não uma opçãoO Brasil desenvolveu um sis-tema energético consistente, embora as longas distâncias e as características regionais diversas. Baseada nas po-tencialidades, conectada ao constante avanço tecnológico e priorizando novas fontes de energia, de acordo com a competitividade adquirida, a União construiu a sua política para o setor.

Corretamente, a opção foi por uma matriz energética essen-cialmente renovável. Nos anos 70, as grandes hidro-elétricas foram priorizadas. Com o passar do tempo, produz-se cada vez mais energia por área alagada. Houve progresso na geração a partir da biomassa. A pesquisa e o desenvolvimento da produção do etanol e do biodiesel são referências mundiais. Criou-se um programa de incentivo à energia eólica, que amplia a sua participação continuadamente na matriz energé-tica. Observam-se, inclusive, as primeiras usinas de energia solar.

Prospectando e explorando as jazidas de petróleo e de gás, chegando com sucesso a camada do pré-sal, inves-tindo em tecnologia e construindo plataformas de ex-tração em alto mar, o Brasil aumentou sobremaneira a sua produção. Usinas nucleares se justificam mais pelo interesse de desenvolver conhecimento científico.

Construir um sistema predominantemente renová-vel é um avanço significativo. Mas, por outro lado, remete a um desafio para o setor elétrico brasileiro. A hidroenergia, a energia solar e a eólica são modais instáveis e dependentes do clima para uma geração constante. Logo, são necessários, também, investi-mentos em fontes complementares para assegurar a estabilidade e a eficiência energética.

Na Região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul,

o carvão mineral é uma alter-nativa legítima e oportuna de segurança.

Cabe lembrar que e a Revolu-ção Industrial e o crescimento econômico dos paises desen-volvidos tiveram como sus-tentação a energia gerada por combustíveis fósseis, especial-mente o carvão. À época, com um passivo ambiental consi-derável. Atualmente, novos processos reduzem a agressão ao ambiente e se projeta um

incremento do seu uso em escala global. Hoje, 41% da energia elétrica mundial tem origem no carvão. No Brasil, o mineral representa 1,4% da matriz energé-tica.

Dentro desta realidade, advogo a conveniência de uti-lizar o carvão como fonte complementar ao sistema elétrico. A utilização a pleno do potencial das reservas existentes elevaria a sua participação para 7%. Uma taxa modesta, que não traria maiores prejuízos ao ambiente.

Existem projetos outorgados com licença ambiental, investidores interessados e tecnologia para utilizar com lucratividade o carvão na geração de energia e na carboquímica.

No RS, particularmente, a inclusão do carvão mineral nos próximos leilões A-5 terá, ainda, um importante papel no desenvolvimento regional, gerando empre-go e renda em regiões deprimidas economicamente, além de reduzir a importação de energia.

O Brasil vai crescer, nisso todos cremos. Vai precisar de muita energia. E de qualidade. Portanto, é impera-tivo um aproveitamento racional dos recursos ener-géticos. Assim, utilizar o carvão mineral não é uma opção, mas uma necessidade.

Beto GrillVice-governador do Estado do RS

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8 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

IMAGENS DO MÊS

Flash

Edison Castêncio

As principais imagens do mês, através da lente de Edison Castêncio, o paparazzo gaúcho da política nacional

8 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Pelotas na Federasul

Luis Fernando Schmidt PSOL

A vice prefeita eleita, Paula Mascarenhas (PPS) e o novo prefeito de Pelotas, o jovem Eduardo Leite (PSDB), durante o Tá na Mesa na FEDERASUL

O novo prefeito de Lajeado, assinante e colaborador da Revista Em Evidência A bela vereadora Fernanda Melchionna e o vereador mais votado do estado, Pedro Ruas

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9EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012 9EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Vitor Koch e Carmen Flores Dr. Thiago Duarte e João Bosco Vaz

Diretor superintendente administrativo e financeiro da Assembleia

PTB

FCDL e AGAS

Agraciada com o prêmio Mérito Lojista, Carmen Flores recebe a revista com o presidente da FCDL, Vitor Augusto Koch

Colegas aproveitam a pausa na Câmara Municipal de Porto Alegre para conferir as últimas notícias da política gaúcha

Álvaro Panizza Salomon Abi Fakredin , assinante da revista Em Evidência, confere as notícias da revista política que mais cresce no estado

Deputados do PTB, Ronaldo Santini e Aloísio Classmann, durante intervalo do grande expediente na Assembleia Legislativa

Vitor Koch, presidente da FCDL com o presidente da AGAS, Antonio Cesa Longo, durante a entrega do troféu Destaque Mérito Lojista

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10 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Fotos: Leonid Streliaev

Gramado celebra seus 58 anosGlamourosa, charmosa, aconchegante e linda! Gramado, a pequena cidade serrana de pouco mais de 32 mil habitantes, e que reúne anualmente mais de cinco milhões de turistas, celebra seu aniversário. A cidade comemorou, no último dia15 de dezembro, 58 anos de emancipação política, motivo de orgulho para aqueles que fizeram e ainda fazem desta pequena terra, exemplo municipal e um ícone do turismo brasileiro

ramado foi criada pela Lei 2.522 em 15 de dezembro de 1954, após ser emancipada da cidade de Taquara. Hoje, o

município comemora 58 anos, mar-cados pelo desenvolvimento de seus empreendimentos, de seu povo e, principalmente, do setor turístico.

Dona de paisagens estonteantes, a cidade chama atenção também pela sua excelente infraestrutura. Grama-do oferece 137 hotéis, 10 mil leitos e 140 bares e restaurantes, capazes de atender 10 mil clientes simultane-

acreditaram no potencial de Grama-do. Poder público e comunidade sem-pre andaram juntos, transformando a cidade em modelo para muitos ou-tros municípios e destaque nacional em turismo”, destaca o Prefeito de Gramado, Nestor Tissot.

Dentre as principais conquistas de Gramado estão os títulos de Melhor Cidade Turística do Brasil, pelo se-gundo ano consecutivo, e Melhor Destino de Inverno do Brasil, pela terceira vez consecutiva, através do 12º Prêmio “O Melhor de Viagem e

GPaulo Batimanza

TURISMO

amente. A hospitalidade do grama-dense é outro fator que encanta visi-tantes, assim como a mesa farta, que conta também com a culinária típica dos povos que colonizaram a cidade: italianos, alemães e portugueses.

“Somos gratos a todos aqueles que aqui chegaram e colonizaram esta cidade, aqueles que tomaram Grama-do como lar e tornaram esta cidade o que é. Com a emancipação, há 58 anos, muito se conquistou. São dé-cadas marcadas pelo desenvolvimen-to e muito trabalho de pessoas que

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11EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012 11EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Turismo - A Escolha do Leitor”, con-sagrando Gramado marco e referên-cia do turismo no Brasil. O município é um dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico no país, indicado pelo Ministério do Turismo.

Gramado, considerada a capital do Chocolate e referência no setor Mo-veleiro, é a Cidade Mais Florida do Estado, título concedido pela Famurs em 2010. No segmento administrati-vo, a cidade também ganha destaque: a Prefeitura Municipal de Gramado é a primeira e única do Brasil a con-quistar a ISO 9001/2008.

Festival de Cinema, Festa da Colônia, Natal Luz, Gramado Aleluia, Grama-

do Fantasia, além dos eventos priva-dos: Festival do Turismo, Chocofest e Festival Internacional de Publicida-de, que fazem de Gramado referência na realização de eventos, garantem a grande movimentação na cidade o ano inteiro. Gramado oferece dois Centros de Convenções, Serra Park e a ExpoGramado, que juntos somam 35.000 m² de área e possuem infra-estrutura suficiente para abrigar grandes feiras.

A cidade oferece atrativos para todas as idades. Entre eles, o visitante pode conhecer o Belvedere, Rua Coberta, Mini Mundo, Igreja Matriz São Pe-dro, Igreja do Relógio, Praça Major Nicoletti, Palácio dos Festivais, Par-

que Knorr – Aldeia do Papai Noel, Praça das Etnias, Casa do Colono, GramadoZoo, Kartódromo, Grama-do Golf Club, Mundo Encantado, Paintball Adventure, Vinícola Rava-nello, Passeios de Agroturismo, Par-que do Gaúcho, Lago Joaquina Rita Bier, Pórticos de entrada da cidade, Centro Municipal de Cultura, Rótula das Bandeiras, Lago Negro e diversos museus.

Habitantes: 32.273 milAltitude: 855 m acima do nível do marExtensão 237 Km²Distância de Porto Alegre: 115km

Dados de Gramado:

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14 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Programa IntegraSistema de qualificação para pequenos negócios é lançado na CICS

Rio Grande do Sul passou a contar, desde o último dia 06 de dezembro, com o Programa Integra, que tem o objetivo de

promover a capacitação de micro e pe-quenos empreendimentos. Elaborado para buscar a capacitação do pequeno negócio com a certificação de estabe-lecimentos empresariais e a inserção mercadológica com foco na susten-tabilidade, o programa é uma inicia-tiva da CACB (Confederação das As-sociações Comerciais e Empresariais do Brasil), desenvolvida em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “Muitas vezes as pequenas empresas não têm acesso à qualificação e é isto que vamos passar a oferecer. Os inte-ressados podem buscar junto à CICS a programação dos cursos que serão disponibilizados”, explica a presiden-te da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Canoas (CICS), Simone Diefenthaeler Leite. Com duração de um ano, o Integra será adotado, num primeiro passo, em Canoas, Esteio, São Leopoldo, Montenegro, Cachoeirinha e Grava-taí. Nestes municípios, o Integra vai capacitar quatro mil donos e funcio-nários de micro e pequenas empresas e 250 empreendedores individuais, além de formalizar 500 empreende-dores individuais e entregar o selo de Excelência em Gestão a 1.200 es-tabelecimentos. O objetivo do pro-grama é a capacitação gerencial e a formalização de empreendedores, além da certificação de estabeleci-mentos empresariais com o selo de excelência em gestão. “Ainda dentro

dos objetivos, a CACB quer incenti-var as práticas do associativismo e da inserção mercadológica em um am-biente de competitividade sustentá-vel”, assinala o presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli. “As ações do projeto serão estendidas a empreendedores informais para que sejam incluídos no mercado formal”, completa. Em todo o Brasil, a meta do Integra é capacitar 50 mil pessoas e certificar 15 mil estabelecimentos empresa-riais até dezembro de 2013. Para cer-tificar as empresas, a CACB criou um selo concedido aos estabelecimentos que seguirem uma série de regras voltadas a excelência em gestão. Esse trabalho é feito em parceria com as entidades associativas locais, entre

OPaulo Batimanza

O presidente da CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil), José Paulo Dornelles Cairoli assina contrato juntamente com a presidente da CICS ( Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Canoas ) Simone Diefenthaeler Leite

CICSFoto: De Zotti Assessoria de Com

unicação

elas a CICS. Também é meta nacio-nal do Integra a formalização de seis mil empreendedores individuais e a capacitação de três mil empresários desse segmento. A intenção é permitir que esse em-presário tenha, principalmente, acesso a crédito para investir e me-lhorar o seu negócio. O Integra vai preparar o empreendedor individual para aproveitar as oportunidades de negócios dos grandes eventos que o país receberá nos próximos anos. Hoje, existem cerca de 10 milhões de empreendimentos informais que, em geral, estão nessa situação pela ausência de mecanismos adequados ao seu desenvolvimento, assim como pelo desconhecimento dos benefí-cios da formalização.

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15EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Sesi-RS busca atingir 10,7 milhões de atendimentos em 2013

SESI

Seguindo sua missão de buscar a melhoria da qualidade de vida para o trabalhador e sua família, o Serviço Social da Indústria (Sesi-RS) pretende em 2013 aumentar a participação em educação e saúde

ontinuar o crescimento do número de atendimentos, assim como de indústrias atendidas, atuando sem-

pre em ações de estilo de vida saudável do trabalhador, que permitam a redu-ção de acidentes de trabalho e preven-ção de doenças são os nossos objetivos”, afirma o diretor superintendente do Sesi-RS, Edison Lisboa. “Também esta-mos atentos aos aspectos complemen-tares de educação. Preparar os jovens para, na medida em que se aproxima a idade de ingressar no mundo do traba-lho, terem a possibilidade de acesso ao Senai-RS e à educação profissional que lhes permita integrar uma nova geração de profissionais da indústria, conecta-dos com as inovações da sociedade e com estilo de vida saudável”. A estima-tiva é de que o Sesi atinja 10,7 milhões de atendimentos em 2013.

Em 2012, o Sesi-RS teve um cresci-mento de 4% no volume dos atendi-mentos às indústrias. Contabilizou 9,9 milhões, sendo 4,2 milhões na área de saúde, 2,4 milhões em educação, 2,1 milhões em lazer, 260 mil em respon-sabilidade social empresarial, 94 mil para mobilização social e cidadania, 88 mil em Sesimax e 750 mil em centros esportivos.

Para 2013 a intenção é alcançar 100 mil trabalhadores vacinados, além da ampliação do Programa Empresa

Sorriso, da aplicação do Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida junto às in-dustriais de pequeno e médio porte da construção civil. Além disso, a ideia é implantar o diagnóstico de prevenção de queda e condições do ambiente do trabalho e de sensibilização e treina-mento na prevenção de acidentes do trabalho na construção civil, os planos da área de educação do Sesi são passar de 91 mil matrículas em educação con-tinuada este ano para 96 mil em 2013.

No lazer, a intenção é chegar a 14,6 mil matrículas no Programa Atleta do Futuro, que em 2012 teve 14,1 mil. O esporte contabilizou 1,1 milhão de atendimentos. As oficinas culturais, com 5,8 mil matrículas, foram um dos

Paulo Batimanza

Ação Global, uma parceria da Rede Globo com o Sesi, levou atendimento de saúde, cultura, lazer e serviços gratuitos à população

Foto: Divulgação“C

destaques da cultura, que atingiu 331 mil ações. O Crescendo com Arte com-pletou 15 anos e o Sesi Arte e Cultura levou 3,6 mil trabalhadores ao teatro.

A realização do 3º Seminário Estadual Crack Não Condene sua Vida, do 2º Se-minário Prato Popular e o 1º Seminá-rio de Serviço Social Internacional, são alguns dos eventos de 2013 na área de responsabilidade social empresarial. Em 2012, além dos 260 mil atendi-mentos em responsabilidade social empresarial, se destaca a realização do Congresso Internacional de Responsa-bilidade Social Empresarial, que teve 429 congressistas, 231 indústrias par-ticipantes, e cinco palestrantes inter-nacionais.

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16 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 201216 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Federasul destaca que setor de serviços ameniza perdas do RSNo tradicional almoço de final de ano, Ricardo Russowsky salientou também que educação e inovação são pilares importantes para o crescimento sustentável do estado

o fazer um balanço do desem-penho da economia em 2012, o presidente da Federasul, Ri-cardo Russowsky, afirmou que

apesar do quadro desfavorável para o Rio Grande do Sul, o setor de serviços e, especialmente, o comércio tem evitado um desempenho ainda pior. Com base na retrospectiva elaborada pelo econo-

mista da Federasul, André Azevedo, ele mostrou que o Rio Grande do Sul é o es-tado brasileiro que apresentou o menor crescimento na última década, entre 2002 e 2010.

Enquanto o crescimento do Brasil foi, em média, 4% anualmente, o estado cresceu apenas 2,8% ao ano. Russo-wsky salientou que se apenas tivesse

APaulo Batimanza

Ricardo Russowsky, presidente da Federasul

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mantido a sua participação no PIB brasileiro (crescendo a mesma taxa do país), o estado teria produzido R$ 22 bilhões a mais em 2010. O cenário fica ainda pior se forem considerados os úl-timos dois anos (2011-2012), já que o crescimento médio gaúcho foi de ape-nas 2,5% ao ano.

“Estamos crescendo menos não só que

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17EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012 17EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

o país, mas menos do que o mundo. Nessa última década, a economia glo-bal expandiu-se 3,5% em média ao ano. Portanto, continuamos perdendo espa-ço no cenário nacional e internacional”. A boa notícia vem do setor de serviços. Em 2012, enquanto a economia gaúcha deve encolheu cerca de 2%, o setor de comércio registrou uma expansão de 8%. O comércio gaúcho também apre-senta evolução acima da média nacio-nal, crescendo 8,1% no acumulado dos últimos 12 meses, até outubro. Nesse mesmo período, o volume de vendas do país aumentou 7,6%.

O desempenho de setores que depen-dem da renda e do emprego, como os bens de consumo não duráveis, tem se mostrado melhor no período recente.

Alimentos, bebidas e fumo já estão aci-ma do pico de vendas anterior, registra-do em fevereiro de 2011. Nos últimos 12 meses, as vendas do setor elevaram--se em 14% no estado, acima da média nacional, de 8,1%, e quase o dobro em relação a fevereiro de 2011. Já os bens de consumo duráveis, que dependem mais do crédito, estão mostrando uma recuperação mais lenta, resultado da própria desaceleração do crescimento do crédito. Apesar do alento trazido pelo setor de serviços, Russowsky enfatizou que é preciso tomar providências para evitar que o estado continue a perder espaço no cenário nacional. “Não podemos fi-car dependendo de um clima ameno, de uma taxa de câmbio desvalorizada e das

benesses do governo federal”. Ele acres-centou que é preciso agir para estimular novos investimentos, especialmente em setores intensivos em tecnologia, mais propensos à inovação e, portan-to, capazes de gerar um ciclo virtuoso e sustentável de desenvolvimento.

É nesse aspecto que Russowsky re-forçou a posição adotada desde que assumiu a presidência da Federasul, elegendo a educação e a inovação como pilares importantes para o crescimento do estado. Ele alertou, por exemplo, que o Brasil investe pouco em P&D, ape-nas 1,16% do PIB em 2012, enquanto a maioria dos países desenvolvidos e emergentes investe acima de 2% do PIB. O presidente da Federasul lembrou ainda que o Brasil apresenta uma das menores médias de anos de es-colaridade entre os países emergen-tes, chegando a apenas 7,2 anos em 2010. Nos Estados Unidos a média é de 12,4 anos, na Argentina fica em 9,3 anos e no Chile é de 9,7 anos. Além disso, a qualidade da educação deixa a desejar e o país, em 2009, ocupava a 53ª posição entre 65 pa-íses analisados no PISA – teste que mede conhecimento e qualificação de alunos de 15 anos. A escassez de investimentos tem como consequência, entre outros fatores, um baixo número de pedidos de paten-tes, um dos limitadores da expansão da produtividade da economia. Para compensar essas carências, Russowsky considerou que é preciso adotar uma es-tratégia ativa, compensando a escassez de investimentos públicos estaduais em educação, infraestrutura. Com investi-mentos privados por meio de parcerias, utilizando os poucos recursos dispo-níveis para estimular setores-chave da nova economia (intensivos em tecno-logia).

Educação

“Não podemos ficar dependendo de um

clima ameno, de uma taxa de câmbio desvalorizada e das benesses do governo

federal”Ricardo Russowsky, presidente da Federasul

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18 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Tá na MesaEduardo Leite defende renovação nas relações políticas

refeito eleito mais jovem da história do município de Pelo-tas, Eduardo Leite defendeu, no último dia 12 de dezembro,

em Porto Alegre, a necessidade de re-novação nas relações políticas e a ado-ção de mecanismos que tornem a má-

quina pública mais eficiente. Durante palestra no Tá na Mesa, da Federasul, ele apresentou os pontos principais que nortearão a reforma adminis-trativa da Prefeitura de Pelotas que anunciará na próxima semana. Parte das ações virá de inspiração da inicia-tiva privada, por meio da implantação

PPaulo Batimanza

Aos 27 anos, Leite será responsável por administrar um orçamento municipal de cerca de R$ 650 milhões

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de metas a serem alcançadas pelas se-cretarias e da transparência de gestão.

Aos 27 anos, Leite será responsável por administrar um orçamento municipal de cerca de R$ 650 milhões e contornar as dificuldades relacionadas às perspec-tivas de queda nos repasses e no reco-lhimento de impostos. Segundo ele, neste ano Pelotas deixará de receber, por exemplo, R$ 20 milhões referentes ao Fundo de Participação dos Municí-pios (FPM).

“...vamos apertar o cinto em outras áreas

administrativas. Trabalharemos para

tornar a máquina pública mais eficiente”

Eduardo Leite, prefeito de Pelotas (PSDB)

Uma das primeiras medidas da nova gestão será o corte de 20% nos cargos de confiança, o que deve gerar economia de R$ 2 milhões. “Parece pouco diante do orçamento total, mas vamos apertar o cinto em outras áreas administrativas. Trabalharemos para tornar a máquina pública mais eficiente”, afirmou. Outra ação será o estabelecimento de parcerias público-privadas e de concessões de ser-viços públicos. “Queremos estabelecer parcerias com a iniciativa privada, mas claro que com regulação. É preciso falar em privatização e concessão sem melin-dres e acabar com o discurso ideológico que durante anos atrasou o desenvolvi-mento do país”, destacou.

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19EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

“Pescando Lixo” oferece oportunidade para pescadores e promove conscientização ambientalCampanha recolheu mais de 27 toneladas de lixo em 114 barcos

o lugar dos peixes, estavam toneladas de lixo. A pesca, que traz o sustento de cente-nas de famílias das ilhas do

Guaíba ao longo do ano, promoveu dessa vez uma verdadeira aula de conscientização ambiental. O proje-to “Pescando Lixo” oferece aos pes-cadores a chance de atuar no reco-lhimento de lixo jogado nas águas do Guaíba e no Delta do Jacuí, em troca do recebimento de cestas básicas. A ação é realizada no período em que a pesca é proibida na região.

A iniciativa é apoiada pela Associa-ção Gaúcha dos Produtores de Brita, Areia e Saibro (Agabritas) e Sindicato da Indústria da Mineração de Bri-ta, Areia e Saibro do Estado do Rio Grande do Sul (Sindibritas). O pesca-dor João Luiz Nascimento comenta os prejuízos causados pelo lixo:

“É um trabalho difícil e a gente pede que isso faça com que aumen-te a consciência de todo mundo. Claro que a cesta básica é impor-tante, mas o fundamental é que as pessoas aprendam que ao invés de lixo a gente precisa pegar os peixes. São coisas que atrapalham a pesca e danificam o nosso material de tra-balho”, disse.

A chegada do material recolhido nas águas foi realizada na manhã do últi-mo dia 19 de dezembro, na Colônia de Pescadores Z5. Foram aproxima-damente 140 famílias beneficiadas. O presidente da Colônia de Pescado-res Z5, Vilmar Coelho, comemora e ao mesmo tempo lamenta que tanto

NMarcelo Matusiak

Durante a ação, até sofás foram recolhidos do rio

MEIO AMBIENTEFoto: Playpress

lixo tenha sido retirado das águas.

“Com esse trabalho queremos ajudar o pescador e sensibilizar a comunida-de em geral de que o meio ambiente é de todos nós. Eu só estaria plena-mente satisfeito se tivéssemos meia dúzia de sacos. Se isso acontecesse eu diria que a gente está ganhando a guerra. Por enquanto estamos bata-lhando e retirando isso tudo do rio, mas é uma quantidade que em me-nos de 100 anos não se desmancha” disse.

O “Pescando Lixo” é promovido pelas empresas: Aro Mineração, Smarja e Somar e pelo SindiAreia-RS. Essa foi a 6ª edição do projeto.

“Claro que a cesta básica é importante, mas o fundamental

é que as pessoas aprendam que ao invés de lixo a gente precisa

pegar os peixes”João Luiz Nascimento,

pescador

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20 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Tarso Genro e Dilma inauguram novo sistema de abastecimento de água de Caxias do Sul

CAXIAS DO SUL

O governador Tarso Genro destacou a importância da nova estação de tratamento de água do município e falou dos novos investimentos que serão feitos na metade sul do estado

presidente Dilma Rousseff e o governador Tarso partici-param, no último dia 22 de dezembro, da inauguração do

novo sistema de tratamento de água do município de Caxias do Sul, na ser-ra gaúcha. A solenidade também con-

tou a presença do presidente da Câma-ra Federal, deputado Marco Maia, de ministros, secretários de Estado, vere-adores, empresários e a comunidade.

“22 de dezembro de 2012 é uma data para ficar na história do município”, afirmou o então prefeito de Caxias

Paulo Batimanza

Da esquerda: prefeito eleito, Alceu Barbosa Velho; governador, Tarso Genro; ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro; presidente da República, Dilma Roussef e o então prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori

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Ado Sul, José Ivo Sartori. “É uma gran-de obra que vai servir para cuidar das pessoas e das futuras gerações”. Ope-rários, técnicos e engenheiros que construíram a barragem foram para-benizados pela presidente Dilma.

No seu discurso, a presidente disse

20 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

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21EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Governador Tarso Genro participa com a Presidente Dilma Rousseff da inauguração do Sistema de Abastecimento de Água Marrecas

que veio ao Rio Grande do Sul por-que a obra do Sistema Marrecas é um exemplo para o país, que está crescen-do economicamente com uma taxa de desemprego de 4,9%, uma das meno-res dos últimos dez anos. Dilma disse ainda que o Brasil está diminuindo as desigualdades sociais: “Conseguimos reduzir de 36 milhões para 18 milhões o número de pessoas quie vivem na linha de pobreza. O Bolsa Família im-plantado no governo Lula tem contri-buído para combater a fome e a misé-ria”. Dilma aproveitou a oportunidade para anunciar que a aviação regional vai ser retomada no país e que Caxias do Sul está incluída nesta rota.

O governador Tarso Genro destacou a importância da nova estação de tra-tamento de água do município e falou dos novos investimentos que serão feitos na metade sul do estado: “Em São José do Norte, o polo naval de Rio Grande, que tem aquele braço para lá e para o Rio Jacuí, conquistou perante a Petrobras investimentos para a cons-

trução de duas plataformas de petró-leo, o que será mais uma revolução para a metade sul. Isso significa um esforço comum da iniciativa privada, do Governo Federal e do Governo do Estado, onde lá nós criaremos entre empregos diretos e indiretos, ao lon-go dos investimentos de R$ 3 bilhões, aproximadamente 10 mil empregos, numa das áreas de maior dificuldade econômica e distributiva de renda do Rio Grande do Sul”.

Na ocasião, o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro, e o diretor presiden-te da Trensurb, Humberto Kasper, assinaram uma ordem de serviço que prevê a compra de quinze novos va-gões para o Trensurb da região me-tropolitana de Porto Alegre. O inves-timento é de R$ 260 milhões.

O Sistema Marrecas, que levou três anos para ficar pronto, é composto por barragem, estação de bombe-

amento de água bruta, 7,2 km de adutora de água bruta, estação de tratamento de água, 19 quilômetros de adutora de água tratada e centro de reservação, este com capacidade para armazenar 5 milhões de litros de água para distribuição à cidade. O Sistema vai beneficiar 250 mil pes-soas pelos próximos 30 anos, o que corresponde a 40 por cento da popu-lação de Caxias do Sul.

A barragem foi construída em concreto compactado a rolo, tem 435 metros de comprimento e 60 metros de altura. O lago, em 215 hectares, terá 33 bilhões de litros de água represada. A estação de tratamento de água é modulada e terá capacidade para tratar mil litros de água por segundo, podendo ser am-pliada em até três mil litros para rece-ber os futuros mananciais de Piaí, Se-pultura e Mulada. O investimento foi de R$ 400 milhões, parte do PAC 2 e a outra parte da prefeitura de Caxias do Sul e do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae).

Sistema Marrecas

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Centro de Inovação e Tecnologia Braskem completa 10 anosBraskem comemora os avanços na unidade gaúcha

Centro de Tecnologia e Ino-vação Braskem, localizado no Polo Petroquímico de Triunfo (RS), completou 10

anos em dezembro, consolidado como um dos mais modernos da América Latina e com a missão de estar sempre buscando inovação e novas aplicações para o plástico em

750 milhões e mais de 330 paten-tes. O Centro lançou, nos últimos 3 anos, cerca de 64 novos produtos, que juntos representam 18% do volume apurado com a comerciali-zação de resinas termoplásticas da Braskem. Desde sua inauguração, o local já re-cebeu mais de 5,3 mil visitantes de

22 países. Possui 14 laboratórios de pesquisa e supor-te a clientes, além das sete Plantas Piloto, as quais têm a finalidade de reduzir riscos no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. Conta com 165 profissionais, en-tre pesquisadores, engenheiros, quí-micos e técnicos, sendo que 21 são mestres e 20 são doutores. O Centro possui uma mo-derna metodologia de gestão de proje-tos, o Programa de Inovação Braskem (PIB), que já pro-porcionou à em-presa a conquista

OPaulo Batimanza

Alinhado com a visão 2020 da Braskem de ser Líder Mundial da Química Sustentável, o centro desenvolverá a nova linha de produtos Maxio, formado por resinas de PP e PE que proporcionam aos clientes ganhos como economia no consumo de energia, redução de peso, maior produtividade e redução de perdas

INDÚSTRIA

um mercado que exige renovação cada vez mais constante. Nesta dé-cada, o Centro já implementou mais de 300 projetos com um VPL (valor presente líquido) de US$ 1,2 bilhão. Atualmente, possui uma carteira atual de 200 projetos de Inovação para os clientes, com previsão de terminar o ano com um VPL de US$

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de cinco prêmios FINEP. “Toda essa estrutura de Ino-vação possibilita o desenvolvimento de projetos de ino-vação com foco na diferenciação em produtos, novas aplicações e com-petitividade em custos. A Braskem é a escolha dos clientes pela exce-lência em produtos e serviços, desem-penhando um pa-pel importante no bem estar das pes-soas e no progres-so e fortalecimen-to de toda a cadeia plástica”, afirma Patrick Teysson-neyre, diretor do Centro de Tecnologia da Braskem. Neste período, o Centro lançou pro-dutos inéditos que melhoraram a vida das pessoas, como resinas de polipro-pileno (PP) específicas para o setor automotivo para uso em para choques e saias laterais com propriedades que oferecem maior segurança e a linha de produtos Flexus de polietilenos com a tecnologia metaloceno, que torna as embalagens para alimentos mais re-sistentes, brilhosas e transparentes. Também inovou com a criação de resinas especiais de PP para reves-timento de tubos metálicos de uso offshore no transporte marítimo de gás e petróleo, que proporcionam revestimento térmico e anticorrosi-vo para o segmento de óleo e gás, e com novas soluções em PVC para a construção civil, tais como o sistema construtivo Concreto-PVC, formado por perfis leves e modulares de sim-ples encaixe e preenchidos com con-

creto, e as telhas de PVC, mais leves, mais resistentes e mais duráveis, quando compara-das aos materiais tradicionais. Outro momen-to marcante foi a partida da planta piloto de Eteno Verde, que defla-grou uma era de desenvolvimento da tecnologia de produção do PE verde (I’m Gre-en). A planta in-dustrial de eteno verde partiu em 2010, com uma capacidade insta-lada de 200 mil toneladas/ano e investimento de R$ 500 milhões. Alinhado com a visão 2020 da

O Centro lançou nos últimos 3 anos cerca de 64 novos produtos, que juntos representam 18% do volume apurado com a comercialização de resinas termoplásticas da Braskem

Braskem de ser Líder Mundial da Química Sustentável, o centro de-

senvolverá a nova linha de produtos Maxio, formado por resinas de PP e PE que propor-cionam aos clien-tes ganhos como economia no con-sumo de energia, redução de peso, maior produtivi-dade e redução de perdas.

“Uma empresa lí-der de mercado e inovadora como a Braskem precisa estar na vanguar-da e antecipar as soluções para seus clientes e para o universo do plásti-

co, que se renova com velocidade cada vez maior”, diz Teyssonneyre.

“A Braskem é a escolha dos clientes pela excelência em

produtos e serviços, desempenhando um

papel importante no bem estar das pessoas e

no progresso e fortalecimento de toda a cadeia

plástica”Patrick Teyssonneyre,

diretor do Centro de Tecnologia da Braskem

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24 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 201224 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Troféu O EquilibristaMERCADO FINANCEIRO

O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Rio Grande do Sul (IBEF-RS) elegeu os profissionais do mercado financeiro que se destacaram em 2012

sócio da KPMG Auditores Independentes, Wladimir Omiechuk recebeu, no úl-timo dia 11 de dezembro, o

troféu O Equilibrista, prêmio máxi-mo do Instituto Brasileiro de Execu-

tivos de Finanças do Rio Grande do Sul (Ibef-RS). O Equilibrista 2011, Cláudio Mauch, destacou que para que um empresário de finanças seja agraciado com o troféu, é preciso apresentar, acima de tudo, um bom desempenho profissional também

OPaulo Batimanza em períodos de grandes dificulda-

des no cenário econômico. Confor-me Omiechuk, a KPMG tem “acom-panhado este período de mudanças e de extrema turbulência, onde são muitos os desafios profissionais, como a interferência dos órgãos re-guladores na atividade”. Durante a cerimônia, realizada no Hotel Plaza São Rafael, foram entregues tam-bém diplomas de mérito ao diretor--presidente do Grupo Competence, João Satt Filho; ao presidente do Grupo Bettanin, Eduardo Bettanin; e ao diretor financeiro da G4 Solu-ções em Gestão, Luiz Fernando Al-tieri Fassina.

Wladimir Omiechuk, sócio da KPMG Auditores Independentes, recebeu o troféu “O Equilibrista”

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Ademar Schardong, presidente Executivo do Sicredi; César Luiz Salazar Saut, presidente do IBEF e presidente do Banrisul Túlio Zamin

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25EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012 25EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

João Satt Filho, diretor presidente do Grupo Competence, com família é agraciado como destaque IBEF-RS 2012

A história da escultura que home-nageia o Executivo de Finanças co-meçou quando o então presidente do IBEF/São Paulo, Renato Frascini, conheceu o escultor Osni Branco.

Foi uma dessas felizes coincidên-cias, sobre as quais se pode dizer

que “o destino pousou a mão”, pois não precisou muito para que ambos se vissem entregues à tarefa de criar o troféu.

Logo que se reuniram para iniciar o trabalho, Renato passou a discorrer

sobre as atividades do profissional de finanças. Impressionado com o que ouvia, Osni soltou a frase que inspirou a escultura.

Inicialmente, Osni pensou num equilibrista na corda bamba, mas a montagem da peça em metal era in-viável. Depois, teve a idéia de colo-cá-lo em pé sobre uma moeda, base-

A história do troféu “O Equilibrista”

“Vocês são uns equilibristas!”

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26 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

ando-se no fato de que economia é dinheiro e que a função do executivo de finanças é manter o equilíbrio da moeda da sua empresa.

O prêmio “O Equilibrista” passou a

atrair muitos profissionais de finan-ças para as seccionais do IBEF em todo o Brasil. É reconhecido como o “Oscar” do executivo de finanças.

Os profissionais de finanças agra-ciados com “O Equilibrista”, prêmio hoje conhecido internacionalmente,

têm seus currículos reforçados de forma convincente.

A estatueta só poderá ser recebida por mérito. É um prêmio e, como tal, não apenas garante como sobretudo re-força a imagem positiva do executivo de finanças que o recebe.

Símbolo de sucesso

Victor Betanin; Eduardo Bettanin, presidente do Grupo Bettanin (agraciado com diploma de mérito) e esposa Gislaine Bettanin

MERCADO FINANCEIRO

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28 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Ar Condicionado e Tablets foram os destaques de vendas do NatalLevantamento da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) mostrou aumento de 9,7% nas vendas

Natal de 2012 foi marcado por recordes de temperatura e o fenômeno impactou posi-tivamente as vendas em um

período que já é movimentado para o comércio do Rio Grande do Sul. Levan-tamento da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) mostra que houve um acréscimo de 9,7% nas vendas totais do período na comparação com o mesmo período do ano passado.

Em termos reais - ou seja, descontando a inflação - (o que é coerente, por con-ta de crescimento acumulado do varejo gaúcho de 8% até setembro) a entidade avalia que o faturamento do setor no Estado alcance o patamar de R$ 3,6 bi-lhões em dezembro de 2012. Conside-rando a inflação (IPCA) esperada para 2012 - de 5,48% - o crescimento (no-minal) deverá ficar em 15% (projeção exata: 14,97%).

“O consumidor foi às compras, porém de um modo consciente. Houve aumen-to no volume de pagamentos à vista, o que mostra a preocupação do consumi-dor com as suas contas. Os efeitos do IPI reduzido no varejo do RS também foram evidentes”, explica o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.

Com recordes de temperatura, o grande destaque do Natal desse ano foram equipamentos de climatização como ventiladores e aparelhos de ar condicionado. Em algumas lojas hou-

ve falta no estoque, que estão sendo repostos a todo momento. Entre ou-tros presentes preferidos, estiveram os eletrônicos que incluem televisões de LED, Tablets e Smartphones. As confecções, como sempre, trouxeram grande faturamento. As vendas rea-lizadas no período nesse segmento ficaram 9% acima da média percebi-da no ano de 2011. O mesmo cresci-mento foi observado no segmento de brinquedos.

As perspectivas para o ano de 2013 são excelentes, segundo o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.

“As quebras de safra causadas pela

OMarcelo Matusiak

Coletiva do presidente da FCDL-RS Vitor Augusto Koch

FCDLFoto: Divulgação

seca não deverão se repetir e isso aca-ba influenciando no desenvolvimento econômico de cidades do interior. A expectativa para 2013 é a que os espe-cialistas chamam de ‘padrão neutro’, ou seja com a inexistência de El Niño ou La Niña”, explicou.

Apesar do cenário internacional apre-sentar dificuldades, estima-se que o PIB do Rio Grande do Sul irá crescer entre 4 a 4,5%.

Os dados foram apresentados em en-trevista coletiva realizada na manhã do último dia 27 pelo presidente da FCDL--RS, Vitor Augusto Koch, na sede da entidade.

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29EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012 29EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Pelo direito de plantarProdutores rurais na justiça pelo fim dos royalties da Monsanto

MATÉRIA ESPECIAL

Introduzida no Brasil no final da déca-da de 1990 a partir do Rio Grande do Sul, a soja Round-up Ready é resisten-te aos herbicidas formulados à base de glifosato, utilizados para manter as plantações livres de invasoras e fa-cilitar o aumento da produtividade. A Monsanto, que desenvolveu e in-troduziu no mercado estas sementes com tecnologia transgênica, assim como o herbicida Round-up, visando obter proteção da patente pela criação das sementes, estabeleceu um siste-ma de cobrança baseado em royalties, taxas tecnológicas e indenizações pela sua utilização.

Ao venderem a produção das semen-tes da soja Round-up Ready, os pro-

Antônio Silvio Hendges dutores devem repassar diretamen-te à multinacional, 2% do preço da soja produzida com estas sementes. A cobrança é feita desde a safra de 2003/2004. Importante destacar que atualmente a soja é uma moeda com a qual são realizados negócios futuros, inclusive de propriedades rurais e que o pagamento de 2% do valor da soja comercializada é uma transferência direta do capital dos sojicultores para a Monsanto.

A ação coletiva foi proposta por sindi-catos rurais que entendem que a ques-tão deveria ser analisada pela Lei de

A soja RR

A ação coletiva

Cultivares e não pela Lei de Patentes. Com isso, é permitido aos produtores, independentemente do pagamento de qualquer taxa à Monsanto, a reser-va de sementes para replantio, a ven-da de produtos como alimento, e aos pequenos produtores, a multiplicação de sementes para doação e troca. Arti-go 10 da Lei de Cultivares: “Não fere o direito de propriedade sobre a cultivar protegida aquele que reserva e planta sementes para uso próprio”.

Os agricultores acusam a Monsanto de abusos nas cobranças e argumen-tam que os direitos de propriedade intelectual somente são efetivos na aquisição das sementes originais. Na ação, pediram liminar para pos-sibilitar o depósito judicial das taxas tecnológicas e indenizações (2%) e a

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publicação em edital no Diário Ofi-cial e na grande imprensa, alertando os compradores da soja RR para que promovessem o depósito dessa taxa em juízo. A decisão pela suspensão da cobrança foi do juiz Giovani Conti da 15ª Vara Civil de Porto Alegre no início de abril de 2012 e os sindicatos foram representados pelo advogado Néri Perin, de Passo Fundo/RS, au-xiliado pelo advogado Décio Erpen e pela advogada Jane Berwanger, da Federação dos Trabalhadores na Agri-cultura (FETAG/RS).

A vitória dos sojicultores foi ampliada com a decisão da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que decidiu que a decisão de Porto Alegre é válida em todo o país. A relatora da ação, mi-nistra Nancy Andrighi ressaltou que não é possível conceber tutela jurídica que isente apenas os produtores do Rio Grande do Sul do pagamento dos royal-ties. A eventual isenção destinada ape-nas a um grupo de produtores causaria

desequilíbrio substancial no mercado atacadista de soja”. Com esta decisão, os produtores de outros estados como MS também estão isentos do pagamen-to. Os valores podem chegar a R$ 15 bilhões, recursos que certamente são importantes para o desenvolvimento da agricultura e do agronegócio.

Mesmo com a decisão do Superior Tri-bunal de Justiça favorável aos produto-res, a Monsanto informa que “enquanto durar o andamento da ação e não hou-ver uma decisão definitiva da justiça so-bre o mérito, o sistema de cobrança de royalties pelo uso da tecnologia Round--up Ready continuará funcionando normalmente com base nas garantias legais estabelecidas”. Samir Lamaison, presidente do Sindicato Rural de Sole-dade/RS afirma que “os 2% que estão sendo destinados à Monsanto são fun-damentais para que os produtores pos-sam melhorar a infraestrutura de suas propriedades e ampliarem seus inves-timentos, inclusive na recuperação de áreas degradadas e de preservação”.

Decisão valerá para todo o país

Samir Lamaison, presidente do Sindicato Rural de Soledade/RS afirma que “os 2% que estão sendo destinados à Monsanto são fundamentais para que os produtores possam melhorar a infraestrutura de suas propriedades e ampliarem seus investimentos, inclusive na recuperação de áreas degradadas e de preservação

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o “... não é possível conceber tutela

jurídica que isente apenas os produtores do Rio Grande do Sul

do pagamento dos royalties. A eventual

isenção destinada apenas a um grupo

de produtores causaria desequilíbrio

substancial no mercado atacadista de soja”

Nancy Andrighi, ministra da da 3ª Turma do Superior

Tribunal de Justiça

MATÉRIA ESPECIAL

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31EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012 31EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Elton Weber, presidente da fetag: “É inconstitucional a cobrança sobre a produção”

Fetag é contra cobrança de royalties sobre a produçãoFederação tem orientado produtores sobre a questão

presidente da Fetag, Elton Weber, disse que a Federação é contrária ao pagamento de royalties sobre a produção,

devido à Lei de Cultivares. Ele expli-ca que o agricultor não pode pagar por parte da produção e, portanto, a Federação é contra o formato de co-brança pretendido pela Monsanto, exceto ao pagamento da tecnologia no início do processo. “É inconstitu-cional a cobrança sobre a produção”, reitera o dirigente. A assessora jurí-dica da Fetag, Jane Berwanger, conta que a ação está em fase de recurso, pois a Monsanto recorreu da decisão que condenou a devolução dos valo-res cobrados dos agricultores. O pro-cesso encontra-se na 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do RS.

Em Evidência - Há uma decisão judicial determinando que a Monsanto suspenda a cobrança dos royalties da soja Round--up Ready, inclusive devolva os valores já cobrados. Esta decisão é baseada em ação coletiva da Fetag e dos sindicatos rurais do RS. Porque esta cobrança é ilegal?Jane Berwanger - São basicamente três razões:As patentes registradas pela Mon-santo já ingressaram em domínio público. As patentes têm prazo de vencimento de 20 anos, a partir do

primeiro depósito, o que ocorreu em 1990. Assim, a partir de 2010, já estão vencidas.Os agricultores têm direito, pela Lei de Cultivares, a re-produzirem as sementes. Aliás, isso ocorre desde que existe a agricultura. E a Monsanto quer retirar esse direi-to. Em nenhuma hipótese a Monsan-

Izabel Rachelle

O

to pode cobrar royalties na venda da produção. Se fosse possível cobrar, isso só poderia ocorrer sobre a se-mente e jamais na comercialização.

Em Evidência - Qual o impacto da cobran-ça de 2% dos royalties da soja RR para a agricultura gaúcha?

Jane Berwanger, assessora jurídica da Fetag

Foto: Luiz Fernando Boaz

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Jane Berwanger - Além de ilegal é abu-siva a cobrança. Primeiro, porque se fosse pago na semente, o valor seria menos de 30% do valor cobrado na venda. Segundo, porque muitas ve-zes o lucro fica com a Monsanto. Usa-mos como exemplo o ano de 2012, em que várias regiões foram assola-das pela estiagem e os agricultores tiveram prejuízo. A Monsanto não. Recebeu o valor de 2%, independen-temente do resultado da safra para o produtor.

Em Evidência - No processo está demons-trada uma tripla cobrança pela tecnolo-gia, inclusive valores sobre a produção. Como isto é realizado pela Monsanto?Jane Berwanger - A Monsanto co-bra, com a ajuda das cooperativas e empresas adquirentes, na venda da produção. Desde 2102, os agriculto-res estão notificando as empresas e cooperativas de que não autorizam esse desconto. Isso porque não há lei nenhuma obrigando eles a pagar, muito menos na safra.

Em Evidência - E em relação ao impedi-mento de reservarem-se sementes para safras futuras, como isto afeta a produ-ção e a autonomia dos agricultores?Jane Berwanger - Uma empresa mul-tinacional vem, com sua tecnologia, e atropela a legislação e a história dos agricultores, que sempre repro-duziram as suas sementes. Com cer-teza isso afeta os agricultores, no seu direito de produzir, que sempre foi autônomo.

Em Evidência - Como está atualmente este processo judicial e quais são as perspectivas?Jane Berwanger - Há uma sentença de primeiro grau. A Monsanto recorreu e agora o processo encontra-se no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, para julgamento. O relator que inicialmente atuou no processo se aposentou logo em seguida. Agora o processo aguarda relator. Certamen-te esse processo vai para os tribunais superiores.

Jane Berwanger, assessora jurídica da Fetag

“Usamos como exemplo o ano

de 2012, em que várias regiões

foram assoladas pela estiagem e os

agricultores tiveram prejuízo. A Monsanto

não. Recebeu o valor de 2%,

independentemente do resultado da safra

para o produtor”Jane Berwanger,

assessora jurídica da Fetag

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FLASH

Iargs homenageia bachareis

Edison Castêncio

Nos 86 anos do IARGS, presidente da OAB/RS recebe Comenda de Advogado Emérito

Presidente da IARGS, Alice Grecchi (ao centro) e os homenageados da noite

Homenageado Claudio Lamachia, desembargadora Tânia Regina Silva Reckziegel e presidente do TJ-RS, desembargador Marcelo Bandeira Pereira na qualidade de Magistrado Exemplar

Presidente do TJRS, desembargador Marcelo Bandeira com a esposa Naele Ochoa Piazzeta e o novo presidente da OAB/RS Marcelo Bertoluci

34 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 26 - 2012

Solenidade realizada no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael homenageou ainda, o presidente do TJ-RS, desem-bargador Marcelo Bandeira Pereira, na qualidade de Magistrado Exemplar; o advogado Humberto Ávila na qualidade de Jurista Eminente e a desembargadora Elaine Harzheim Macedo, na qualidade de Professor Insigne

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Cladio Lamachia e sua esposa Clarissa Lamachia

Presidente da IARGS, Alice Grecchi, entrega comenda de magistrado exemplar presidente do TJRS, desembargador Marcelo Bandeira Pereira

Vereador Alberto Kopittke e esposa

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PSB reúne prefeitos e vereadores eleitos

PARTIDOS

Socialistas eleitos se preparam para os mandatos em encontro estadual

s 18 prefeitos, 30 vice-prefeitos e 205 vereadores eleitos pelo PSB do Rio Grande do Sul em 2012 se reuniram na última se-

mana de novembro, para ouvir expe-riências exitosas e receber orientações sobre a atuação dos mandatos socialis-tas. Os eleitos, dirigentes e lideranças do PSB gaúcho lotaram o Plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre durante o encontro estadual “Boas Gestões: a marca do PSB”. A atividade foi aberta pelo presidente estadual da sigla, Caleb de Oliveira, que falou so-bre o esforço da Direção Estadual em integrar os eleitos e garantir o contato entre os mandatários e as secretarias de movimentos do PSB.

Os participantes do encontro ressalta-ram o êxito das administrações socia-

listas e a responsabilidade do partido em responder às expectativas da po-pulação. “O PSB tem os governos me-lhor avaliados, é o partido que mais re-elege seus governantes e é também o que mais cresce. A que se deve isto? Ao acúmulo, à construção dos nossos go-vernos, que sabem ouvir a população e trabalhar para desenvolver os estados e municípios que administra”, afirmou o vice-governador, Beto Grill. Mari Trindade, dirigente nacional do PSB, lembrou que o partido reelegeu 71% dos seus gestores nas últimas eleições, número muito superior à média nacio-nal, que ficou em torno de 50%.

O deputado federal, Beto Albuquer-que, apresentou o painel central do evento, abordando a construção da marca da boa gestão. Beto lembrou que o crescimento do PSB coloca a si-

Ana Luiza Godoy

Os 18 prefeitos, 30 vice-prefeitos e 205 vereadores eleitos pelo PSB do Rio Grande do Sul em 2012 se reuniram na Câmara Municipal de Porto Alegre

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Ogla em um novo patamar e que é ne-cessário apresentar propostas para a população. “Temos que transformar este crescimento numérico em uma proposta que mobilize a sociedade. A possibilidade de em 2014 sermos pro-tagonistas existe, sim, porque temos todas as condições necessárias para isto”, afirmou o parlamentar, lembran-do que sua missão em 2013 na Câmara dos Deputados será fortalecer o debate de ideias, de projetos para o Brasil.

Com relação aos mandatos socialistas, Beto Albuquerque destacou a respon-sabilidade de todos com o fortaleci-mento do partido, pois é ele quem dá sustentação aos parlamentares e ges-tores. Beto elencou quatro diretrizes que devem ser seguidas para o sucesso das gestões: garantir o controle inter-no para evitar a corrupção, estabelecer metas e, com base nas mesmas, a me-todologia para cumpri-las; valorizar a participação popular e manter diálo-go permanente com a sociedade e in-vestir na elaboração de bons projetos para buscar recursos junto à União.

Os cases de administrações de suces-so foram apresentados pelo prefeito de Cachoeirinha, Vicente Pires, que se reelegeu com mais de 70% dos votos válidos, e pelo prefeito de Jú-lio de Castilhos, João Véstena, que encerrou em dezembro oito anos de mandato à frente do município. Para Vicente Pires, o maior objetivo de um

Prefeitos reeleitos apresentaram suas gestões

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Deputado federal, Beto Albuquerque

prefeito “é o resgate da vida, da dig-nidade humana”. Vicente citou ações fundamentais, como manter o con-tato permanente com a população, divulgando as dificuldades e as rea-lizações da administração; construir a credibilidade pelo cumprimento da palavra, nunca prometendo o que a prefeitura não tem recurso para cumprir e montar uma equipe quali-ficada e comprometida.

Relatando sua experiência, João Vés-tena lembrou que o PSB venceu pela primeira vez em um município com tendência tradicionalmente de direita e que construiu como marca “a melho-ria da vida das pessoas”. “Para nós, a gestão precisa trazer resultados para a população”, afirmou. Como principais resultados, Véstena destacou o equi-líbrio das finanças, a valorização do servidor público e o investimento em obras que melhoram a vida do cidadão e elevam a autoestima da população.

O vereador Savinho, de Eldorado do Sul, destacou a importância do parla-mentar manter a presença na comu-nidade, a assiduidade nas sessões da Câmara, e usar sempre que possível a tribuna, abordando assuntos na-cionais, estaduais e principalmente

relativos ao município. “O vereador é liderança partidária natural, portan-to deve ter vida ativa no partido, já que todos os militantes esperam sua participação”, afirmou, lembrando a importância do diálogo com o parti-do. Savinho ainda ressaltou a neces-sidade de manter contato permanen-te com a população través das mídias existentes.

A vereadora Anabel Lorenzi, de Gra-vataí, disse que o foco dos seus dois mandatos foi garantir melhorias para as pessoas que mais precisam. “Fi-zemos planejamento e avaliação dos resultados todos os anos”, destacou. Anabel organizou o mandato em ei-xos: criança e adolescente, mulheres,

idosos, negros, PCDs e a popula-ção mais empo-brecida. A parla-mentar também destacou o con-tato direto com a população através das redes sociais, imprensa, mate-riais informativos e a presença na comunidade. “A representação da

comunidade, levando suas demandas aos órgãos públicos, também é funda-mental”, afirmou.

Airto Ferronato, vereador reeleito de Porto Alegre, abordou a importância de atuar em sintonia com os anseios da sociedade. Para ele, a população reconhece os mandatos atuantes e os reconduz ao parlamento.

Os representantes das secretarias de movimentos do PSB (mulheres, juven-tude, negritude, LGBT, sindical e po-pular) apresentaram suas propostas de atuação para os mandatos socialis-tas e destacaram que as secretarias são a porta de entrada do partido, já que mantêm contato permanente com os movimentos sociais da sociedade e estão sintonizadas com as principais reivindicações de cada segmento. Os participantes do encontro receberam a primeira edição do informativo PSB em Movimento, com a síntese das pro-postas que podem ser implementadas nos mandatos, aproximando os socia-listas eleitos dos movimentos sociais e das necessidades da população.

Vereadores falaram sobre os mandatos socialistas nas Câmaras Municipais Movimentos organizados

apresentaram suas pautas

Vice-governador, Beto Grill e deputado estadual, Miki Breier

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Porto Alegre em transformação

OPINIÃO

Nossa capital vive um mo-mento de grandes mudan-ças. A reaproximação com o Guaíba, um sonho antigo dos porto-alegrenses, está perto de ser realizado.

A revitalização da orla é uma meta prioritária da atual ad-ministração e integra as pro-postas para preparar a cidade para a Copa 2014. A recupe-ração da orla será executada em etapas até o Barrashop-ping. Terá início com o pro-jeto do Cais Mauá, que uniu prefeitura, governo estadual e iniciativa privada, e seguirá com o Par-que Urbano da Orla do Guaíba. Os dois projetos, de autoria do arquiteto Jaime Lerner, têm como conceito valorizar as características de cada local. A fase inicial do parque será executada no trecho entre o Gasômetro e a primeira curva da avenida Beira-Rio, com quase um quilômetro de extensão e 6,7 hectares de área.

O Projeto Integrado Socioambiental (Pisa), a maior obra de saneamento da história da cidade, também vai estimular o reencontro do porto-alegrense com o Guaíba por meio da recuperação da balneabilida-de das praias com o aumento do índice de trata-mento de esgotos de 27% para 77% até o final de 2012.

Outra grande conquista será a conclusão de dez obras para solucionar os gargalos viários da cidade prevista para daqui a um ano e meio. Essas inter-venções são consideradas “obras para preparar ci-dade para a Copa de 2014”, mas, na realidade, vão facilitar o dia a dia da população.

A duplicação e prolongamento da avenida Tronco e a duplicação da Edvaldo Pereira Paiva, rotas de acesso ao estádio Beira Rio, beneficiarão a zona Sul.

Na área central, será elimi-nado um problema antigo, conhecido como o “X da Ro-doviária”, com a construção de um viaduto, que ligará as avenidas Júlio de Castilhos e Castelo Branco, e de uma estação especial Bus Rapid Transit (BRT).

A avenida Voluntários da Pátria, importante ligação entre o centro e a zona Nor-te, será duplicada entre a Rodoviária e a avenida Ser-

tório, permitindo maior fluidez ao trânsito.

Também serão realizadas cinco intervenções viárias em cruzamentos da Terceira Perimetral, benefician-do toda a cidade: quatro passagens subterrâneas (nos cruzamentos com as avenidas Ceará, Cristóvão Colombo, Plínio Brasil Milano, e Anita Garibaldi) e um viaduto estaiado na Bento Gonçalves.

É preciso citar ainda a Rodovia do Parque (BR 448) e a Rodovia do Progresso (RS 010) que agre-garão qualidade ao trânsito na entrada da cidade.

Outras melhorias previstas para a mobilidade urba-na estão relacionadas com os modais de transporte. O sistema Bus Rapid Transit (BRT) será implanta-do em quatro avenidas: Bento Gonçalves, João Pes-soa, Padre Cacique e Protásio Alves. É importante ainda relacionar o catamarã e as ciclovias.

A Linha 2 do Metrô, entre a zona Norte e o Cen-tro Histórico, já está garantida.

Todas essas grandes obras e a revitalização do Centro Histórico, da orla do Guaíba, a ampliação do aeroporto, o aeromóvel e os BRTs resultarão em melhorias para Porto Alegre e, principalmen-te, para a qualidade de vida das futuras gerações.

Márcio Bins Elyvereador de Porto Alegre (PDT/RS)

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O vereador é o agente político mais próximo do cidadão. E, geralmente, também é o primeiro cargo da maioria dos políticos. Muitos governadores e deputados federais tiveram seu caminho trilhado a partir da Câmara Municipal. A importância da figura do vereador para a constituição da democracia é incomensurável. Porém, a grande maioria dos edis parece que ainda não percebeu o valor de sua existência dentro do processo eleitoral. A União dos Vereadores do Rio Grande do Sul (UVERGS), tem se

destacado nesta missão. Presidida atualmente, pelo vereador de Entre –Ijuis, Antônio Inácio Baccarin, a entidade

promove frequentemente cursos e congressos com o intuito de aperfeiçoar o desempenho dos vereadores em todo estado. Baccarin concedeu entrevista exclusiva à revista Em Evidência, onde falou sobre este e outros assuntos, confira abaixo

Antônio Inácio Baccarin,Presidente da UVERGS

ENTREVISTA

Antonio Silvio Hendges

Em Evidência - Qual a missão institucional da União dos Vereadores do Rio Grande do Sul?

Antônio Inácio Baccarin - A União dos Vereadores do Rio Grande do Sul é uma associação civil que congrega todas as Câmaras Municipais

e os Vereadores do Estado do Rio Grande do Sul. Tem por objetivo precípuo desenvolver a cultura, a educação, o civismo e o aprimoramen-

to das atividades técnico-científicas afins ao poder legislativo municipal. Tem como deveres, sempre que possível, atuar na cooperação com as

entidades congêneres e afins, como entidades públicas, pri-vadas, autárquicas, empresas de economia mista e os

entes federados, tendo como finalidade:

Desenvolver o espírito associativo entre os ve-readores e as Câmaras Municipais do Estado do Rio Grande do Sul; promover estudos dos problemas sócio-político-econômicos e cien-

tíficos dos municípios gaúchos e colaborar para o seu equacionamento; difundir e incentivar o espírito do municipalismo, visando a revitalização das prerrogativas e competências das Câmaras Municipais

Presidente Antônio Inácio Baccarin

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UVERGS homenageada na Assembleia Legislativa

ENTREVISTA

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e dos Vereadores;defender os prin-cípios do Estado Democrático de Direito, a forma representativa e outras alternativas de participação do povo no exercício, controle e fis-calização da gestão pública, pugnan-do por sua transparência,defender a democracia como regime político e o pleno exercício das liberdades

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de expressão, tendo como base os preceitos constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos ;solidarizar-se e participar de todas as lutas democráticas de interes-se dos municípios, dos estados, do país e defender o direito dos povos à autodeterminação;propiciar o in-tercâmbio de experiências técnico-

-legislativas, através de encontros, seminários, congressos, simpósios, boletins informativos, jornais, re-vistas e criação de escolas de ges-tão e do legislativo, propiciando capacitação e especializações ;pro-mover congressos a nível estadual e regional, para estudos de moções e teses dos municípios gaúchos, que possam ser levadas a futuros encontros nacionais e aos órgãos governamentais;encaminhar reivin-dicações de interesse municipalista às autoridades estaduais e federais; representar os vereadores do Rio Grande do Sul quando de suas rei-vindicações e interesses comuns e da coletividade;propiciar assistên-cia técnico-jurídica aos Vereadores e Câmaras Municipais, visando o aprimoramento das atividades le-gislativas; promover ações culturais, educacionais e sociais que conside-rem, promovam e integrem os as-pectos sócio-regionais e estaduais entre os associados e comunida-des abrangidas; desenvolver ações sócio-educativas que visem a qua-lificação e aperfeiçoamento dos as-sociados e da comunidade com ên-fase nas áreas da cultura, educação, esporte, lazer e sua interação com o meio ambiente e mobilizar e di-namizar recursos socioeconômicos para a viabilização de sua missão, objetivos e finalidades.

Em Evidência - Como está organizada a UVERGS para representar todos os Vereadores do Rio Grande do Sul, prin-cipalmente dos pequenos municípios e suas especificidades?Antônio Inácio Baccarin - A UVERGS está organizada de maneira a pro-piciar, não somente aos pequenos municípios, todos os meios de de-fesa de modo corporativo, para pre-servar os seus fins, que a partir das emancipações passaram a deter o papel preponderante na consecução do Estado Democrático de Direi-

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Baccarin recebe o vice-governador, Beto Grill, durante evento da UVERGS

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to, tanto que é reconhecida por Lei Estadual com entidade pública, e através de moções e iniciativas con-cretas. Ao longo da história, buscou sempre o fortalecimento das prer-rogativas constitucionais, fomento a sua autonomia política e adminis-trativa, como princípio precursor das garantias já conquistadas, a par-tir da Constituição Federal de 1988, mas que necessitam de vigilância permanente, uma vez que todas e

quaisquer mazelas das políticas es-taduais e federais, voltam-se contra a edilidade como “bode expiatório”, que no passado próximo levou a os-tentação das bandeiras de batalhas como a reconquista do número de vagas, a manutenção do repasse constitucional, e no momento a ma-nutenção dos subsídios, mercê da Emenda Constitucional nº35, que levianamente subscritas por parla-mentares, inclusive gaúchos, cujo

desiderato é ceifar a prática efetiva da vereança, prevalecendo as vagas na edilidade, para os cidadãos des-comprometidos com o fomento da efetiva democracia municipal, mas que untarão o ego, enquanto que aqueles que se aventurarem em car-gos eletivos, na câmara municipal, ficarão fragilizados, porque depen-derão dos favores dos prefeitos, para a consecução da atuação em prol do coletivo. Enfim, temos que

Foto: Claudio Fachel

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ENTREVISTA

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combater a desprofissionalização da vereança, para que tenhamos a efe-tiva independência entre os poderes do município.

Em Evidência - Quais os benefícios, ser-viços e convênios que os associados da UVERGS podem dispor?Antônio Inácio Baccarin - Efetivamen-te, o maior benefício é o corporati-vismo na defesa de suas competên-cias e prerrogativas, estandartes constitucionais do municipalismo, e ainda, os serviços de assessora-mento técnico nas áreas adminis-trativas, contábeis e jurídica, man-tendo acessoriamente os convênios com telefonia, seguro de vida, e na

área de formação com a Escola do Legislativo da Câmara Municipal de Porto Alegre e a Escola Superior do Ministério Público, sem esquecer que em vias de tratativas busca os convênios com assistência médica e cartões de créditos.

Em Evidência - Em relação às comissões técnicas, como a UVERGS tem desen-volvido este trabalho de assessoria às Câmaras de Vereadores?Antônio Inácio Baccarin - As comissões técnicas e temáticas da UVERGS de-têm a competência de aperfeiçoar os assuntos de interesse publico e coletivo focados nos princípios pre-conizados na Constituição Federal,

fomentando de forma interativa com as câmaras municipais, para o apri-moramento de sua operacionalidade, produzindo a excelência e a eficácia do fortalecimento do pacto fede-rativo, sedimentando o município como ente federado. As comissões temáticas e técnicas são as que pro-porcionam as práticas de forma dife-renciada, buscando as peculiaridades regionais, onde o Rio Grande do Sul é múltiplo por influência de suas et-nias, as quais produziram economias diversas, como a vinícola, a fumagei-ra, a região celeiro, notabilizada pela cultura de grãos do seco, e as várzeas das regiões centro-oeste e sul, com seus arrozais, que antes significavam

Congressos e cursos pontuais têm sido as principais ferramentas da atual gestão da UVERGS para aperfeiçoar o trabalho dos vereadores gaúchos

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Foto: Divulgação

o ouro de nosso lóbulo estrelado.

Em Evidência - Em 2012, a UVERGS re-alizou diversos seminários sobre temas importantes, incluindo-se o 57º Encon-tro Estadual e três seminários sobre Gestão Pública Contemporânea. Qual sua avaliação sobre estas e outras ati-vidades que visam qualificar a atuação parlamentar dos vereadores?Antônio Inácio Baccarin - Os vereado-res como agentes políticos que são tem o dever do aprimoramento por

imposição constitucional de produ-zir a magnitude da eficiência, e para a sua efetivação, conforme faculta o art.39, §2º da CF/88, os entes fede-rados podem manter escolas de go-verno, ou conveniar-se para tal fim. Assim, a UVERGS, a exemplo de encontros estaduais, regionais, con-gressos e seminários, além de cursos de capacitação busca proporcionar o aparelhamento das câmaras muni-cipais, através de seus vereadores e assessores, para o fulgor e fortaleci-

mento do Poder Legislativo.

Em Evidência - E para 2013, quais as ações previstas para qualificar os no-vos vereadores?Antônio Inácio Baccarin - A UVERGS, historicamente, nos meses de ja-neiro, promove curso técnico para as Mesas Diretoras, as quais, via de regra, assumem em primeiro de ja-neiro, principalmente, em 2013, que se inicia nova legislatura, muitos dos vereadores são estreantes em manda-

Presidente Baccarin discursa durante o 35° aniversário da UVERGS

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ENTREVISTA

44 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

“Temos que combater a

desprofissionalização da vereança, para que

tenhamos a efetiva independência

entre os poderes do município”

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Secretário Afonso Motta e presidente Dilma Rousseff

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tos eletivos, que encontrarão na sua entidade estadual a representação autêntica da edilidade, que colocará todas as ferramentas anteriormente elencadas, à disposição daqueles que realmente se imbuirão do espírito municipalista e exercerão o poder le-gislativo, na busca do limite dos seus fins, através do manancial oferecido, embora a grande maioria não se sen-sibilize para o exercício pleno, quan-do na verdade, a busca incessante dos objetivos deveria ser de todos: vereadores e assessores, para a de-volução em serviços as apostas que a população sobre eles creditaram.

Em Evidência - Como a UVERGS analisa a proposta de Emenda Constitucional nº35/2012 que pretende acabar com os subsídios dos vereadores de cidades com menos de cinquenta mil habitantes?Antônio Inácio Baccarin - Com muita tristeza. Entre as principais ban-deiras de fortalecimento do Poder Legislativo, para uma efetiva inde-pendência dos poderes, que ante a eliminação dos subsídios nos muni-cípios restará fragilizada, porquan-to esses vereadores que exercerão a vereança, representando mais de 90% do universo estadual, não rece-berão a contrapartida por sua dedi-cação, que é o auxilio ou ajuda, re-presentados pelos subsídios, que há muito deixou de assim ser, porque na verdade, nas lições do Eminente Desembargador Genaro José Baro-ni Borges, subsídio dissociou-se do termo anteriormente oriundo do latim, para que seja atualmente uti-lizado hermeneuticamente como re-muneração. Por outro lado, a vingar esta fatídica emenda constitucional, passaremos a ter vereadores man-tidos unicamente pela vaidade pes-soal, ou asseclas dos prefeitos, que para retribuir algum trabalho para a sociedade se manterão por favores, praticando a mercancia de cargos em comissão, ou por “mensalinhos”

mantidos pelo Poder Executivo, e dele se tornando dependente, mi-norando ou apagando os efeitos do princípio constitucional da inde-pendência entre os poderes, porque em harmonia sequer poderemos fa-lar, já que um lado sucumbe diante do outro. Por tais razões, nossa luta será desenfreada no combate a esta proposta de emenda constitucional, e por certo, a edilidade trabalhará para responder nas urnas, na mes-ma proporção de seus efeitos, con-tra os políticos que a ela anuíram.

Em Evidência - Sua mensagem como presidente da UVERGS aos novos vere-adores do RS?Antônio Inácio Baccarin - Assumam de forma altaneira e destemida a defe-sa das prerrogativas e competências do Poder Legislativo, produzindo Câmaras Municipais autônomas, buscando sempre a excelência do interesse público e coletivo, enfren-tando sempre que necessário os mo-vimentos e ações que demandam contra a edilidade, a exemplo da nefasta proposta de Emenda Cons-titucional nº35/2012, e sejam vigi-lantes da conduta dos parlamentares estaduais e federais, que possam se comportar em desfavor do munici-palismo, utilizando de sua entidade estadual, a UVERGS, como se fosse a lança utilizada no passado pelos heróis farroupilhas, defendendo-se com a altivez epopeica que consa-grou o Rio Grande do Sul como ícone da boa política nacional, servindo de paradigma para os demais estados da federação. Mas, enfim, a verdadeira independência é aquela que emer-ge das ações praticadas nas câmaras municipais com relação ao poder executivo, que culturalmente sempre buscou o engessamento dos poderes legislativos, mas que se confira em conduta vedada por todos quantos defendem o Estado Democrático de Direito.

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Resíduos sólidos e sustentabilidade dos municípios

OPINIÃO

As novas administrações municipais têm uma opor-tunidade concreta para tor-narem as áreas urbanas e rurais de seus municípios muito mais sustentáveis em relação à coleta e destino final dos resíduos sólidos originados nas várias ativi-dades indispensáveis ao de-senvolvimento econômico e social. A Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 12.305/2010 e Decreto 7.404/2010 estabelece que os municípios devem elabo-rar, debater com a sociedade, aprovar e implantar os planos de gerenciamento de resíduos sólidos municipais ou intermunicipais nos casos de con-sorciação.

Esta legislação da PNRS prevê a eliminação dos lixões e aterros controlados até 2014, substituin-do-os por aterros sanitários, incentiva a coopera-tivação e associação dos trabalhadores com ma-teriais recicláveis/reutilizáveis, implantação de programas de coleta seletiva e a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, distribuidores, importadores, comerciantes, consumidores e po-deres públicos para minimizarem os volumes de resíduos sólidos e rejeitos, reduzindo os impactos ambientais e à saúde pública decorrentes da ges-tão e gerenciamento inadequados. Nas metas do Plano Nacional de Resíduos Sólidos está prevista uma redução de 70% na quantidade de resíduos recicláveis destinados para aterros sanitários.

Mas a maioria dos municípios brasileiros ainda não está con-forme a legislação: dos 5.565, somente 283 apresentaram no prazo – até agosto/2012 os seus planos de gerenciamen-to de resíduos. Isto significa que 95% das administrações não podem acessar recursos institucionais federais desti-nados aos setores de limpeza pública, sendo indispensável à adequação para que possam participar dos editais e pro-jetos relacionados à gestão e gerenciamento dos seus resí-

duos. Este atraso certamente terá efeitos negativos sobre as atividades relacionadas e pode comprometer as metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Os prefeitos reeleitos e os novos administradores de-vem priorizar o planejamento da gestão e gerencia-mento dos resíduos em seus municípios, assim como os vereadores devem estar conscientes da importân-cia deste tema e mobilizarem suas bases e mandatos para debates e sugestões construtivas, a aprovação da política municipal de resíduos sólidos e a participação cidadã de todos os munícipes. O estabelecimento de departamentos ou secretarias específicas relaciona-das ao meio ambiente, a fiscalização adequada e a im-plantação de um sistema municipal de informações sobre a gestão dos resíduos sólidos são instrumentos fundamentais. O Ministério do Meio Ambiente atra-vés da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano é o principal articulador institucional da Polí-tica Nacional de Resíduos Sólidos.

Antonio Silvio HendgesProfessor, jornalista e analista em Gestão

Sustentável de Resíduos Sólidos

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MUNICÍPIOS

Alexandre Lindenmeyer, prefeito de Rio Grande

Rio GrandeAlexandre Lindenmeyer se prepara para ser prefeito de Rio Grande, 4ª maior economia do RS

omo a maioria dos advoga-dos bem-sucedidos na pro-fissão, ele poderia “ter um carrão e apenas curtir a vida.

Mas eu não consigo.” O deputado Alexandre Lindenmeyer (PT) trocou o conforto da realização profissio-nal pela política e o sonho de “fazer mais crianças sorrirem e dar espe-rança aos idosos”. Com essa motiva-ção, o parlamentar prepara-se para tomar posse em seu primeiro cargo no Executivo: será o próximo pre-feito de Rio Grande, cidade com a

quarta maior economia do estado e um PIB de R$ 6,2 bilhões.

As principais atividades econômi-cas de Rio Grande atualmente são a pesca e a tecelagem, mas a indústria naval está retornando com toda a força desde 2010, quando houve a inauguração do Polo Naval, voltado à construção de plataformas para exploração petrolífera. Segundo Alexandre, a atividade é capaz de fazer o município galgar ao posto de segunda economia do estado. A população, que hoje é de 198 mil

Paulo Batimanza

Chabitantes, também deve aumentar vertiginosamente. “Mas não quero ficar refém da indústria naval, va-mos trabalhar para criar também um parque tecnológico”, adianta.

Alexandre voltou sua atuação par-lamentar para a diminuição das de-sigualdades sociais, especialmente na sua região, tendo promovido e participado de diversas audiências públicas para o desenvolvimento de Rio Grande.

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Em nome de Rio Grande

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Alexandre Lindenmeyer durante a campanha

O parlamentar é o autor da Lei 13.798/2011, que instituiu a Sema-na Estadual do Autismo, realizada anualmente na primeira semana de abril, acompanhando as atividades da Organização das Nações Unidas. “Faltam políticas para essas pessoas e seus familiares; é preciso avançar na legislação, no acolhimento”, la-menta. Mesmo depois que se afastar do Parlamento, ele pretende con-tinuar acompanhando o assunto, como a tramitação do projeto de lei do senador gaúcho Paulo Paim sobre o mesmo tema, que tramita no Con-gresso Nacional.

A paixão pelo Esporte Clube Rio Grande, do qual foi dirigente por seis anos, levou Alexandre a pensar nas dificuldades pelas quais passam os times de futebol do estado (com exceção da dupla Grenal) e propor o PL 52 2012, que institui a Política Es-tadual de Fomento à Reestruturação dos Clubes de Futebol Profissional, denominada “Jogo Aberto RS”. “No lugar de uma relação paternalista e assistencialista, quanto ao patrocí-nio público estatal do futebol profis-sional, propõe-se um novo modelo, baseado em contrapartidas e cor-responsabilidades. Atualmente, não existem critérios estabelecidos na distribuição de patrocínios aos clu-bes gaúchos”, justifica.

É de autoria de Alexandre o PL 145 2012, que cria as diretrizes para consolidar a Política Estadual de Atenção Integral às Pessoas com Diagnóstico de Obesidade e Sobre-peso. O projeto propõe a divulgação de informações sobre alimentação e a produção de alimentos saudáveis. Prevê ainda o atendimento inte-gral e regionalizado de diagnóstico e tratamento e o acesso a cirurgias, dentro dos critérios definidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O deputado também menciona a ne-

cessidade de projetos estratégicos, numa articulação do estado com as universidades, de forma a incentivá--las a realizar pesquisas e projetos com foco na melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Alexandre quer ver aprovado o PL 305 2011, que institui a Política Es-tadual de Emprego para o Egresso do Sistema Prisional. “A maior justifica-tiva da reincidência criminal de ex--detentos é a falta de oportunidades quando de sua volta à liberdade. En-tendemos que além de criarmos uma política que incentive a sua contrata-ção, devemos garantir que os apena-dos tenham a capacitação necessária para assumir as vagas oferecidas.” Dessa forma, o projeto prevê a ins-trução escolar, bem como a formação e capacitação profissional.

Também é de Alexandre o PL 327 2011, que inclui o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) em convê-

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nios do governo estadual. O deputa-do propôs ainda a Subcomissão do Polo Naval e a Subcomissão para a Ligação a Seco de Rio Grande a São José do Norte e participou do pro-cesso de criação da Câmara Setorial da Pesca no Conselho de Desenvolvi-mento Econômico e Social do Estado.

Alexandre Lindenmeyer nasceu em 23 de dezembro de 1963. A carreira política iniciou há quatro anos, quando concorreu pela primeira vez à câmara de vereadores e alcançou a marca de vereador mais votado da história de Rio Grande. Passados dois anos, foi eleito deputado estadual com 38.470 votos, sendo que quase 33 mil vieram das urnas de sua cidade. O futuro prefeito planeja investir na qualificação dos serviços públicos, como saúde e educação, principalmente na periferia da cidade.

Perfil

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Prêmio Mérito Lojista reconhece atuação de empresas e profissionais

MÉRITO LOJISTA

Em noite de gala, agraciados do ano de 2012 receberam a distinção no Hotel Plaza São Rafael

oi uma noite especial para o varejo do Rio Grande do Sul. Empresas e personalidades que se destacaram ao longo do

ano de 2012, foram agraciadas na noi-te do último dia 06 de dezembro, com o troféu Prêmio Mérito Lojista. O

evento promovido pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul, premiou 35 empresas e 10 personalidades de diferentes seg-mentos da sociedade como imprensa, política e empresarial.

“Estamos lisonjeados de prestar essa

FPaulo Batimanza homenagem. Nada é mais importan-

te do que a oportunidade de fortale-cer as micro e pequenas empresas. Essas que aqui estão um dia foram pequenas e com sua determinação e organização hoje se tornaram gran-des”, afirmou o presidente da FCDL--RS, Vitor Augusto Koch.

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Personalidades que receberam a distinção

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Jantar contou com a ilustre presença do presidente da Câmara Marco Maia

O presidente da Câmara dos Depu-tados, Marco Maia, foi um dos ho-menageados da noite e falou para a plateia sobre o orgulho de receber a distinção.

“Estamos aqui não só para home-nagear os fornecedores e as perso-nalidades agraciadas com o Prêmio Mérito Lojista, mas também para reconhecer as forças produtivas do Rio Grande do Sul. Esta cerimônia é um reconhecimento à capacidade de realização dos empresários e traba-lhadores gaúchos, que constroem a cada dia um Rio Grande mais forte,

mais dinâmico e mais desenvolvido”, afirmou.

O coordenador do Conselho de De-senvolvimento Econômico e Social do RS, Marcelo Danéris, representou o Governo do Estado no evento e ressaltou conquistas importantes do Rio Grande do Sul:

“É muito bom estar aqui ao lado de pessoas que acreditam no estado do RS. Somos o terceiro melhor es-tado em educação no Brasil. Vemos o que acontece na segurança pu-blica do pais inteiro e que aqui não

acontece. Enfrentamos estiagem e crise na agricultura, mas soubemos reagir”,destacou Daneris.

O jornalista, André Machado, falou em nome dos agraciados:

“É um orgulho muito grande estar ao lado de figuras tão expressivas na cena política e no comércio do Rio Grande do Sul. Acrescento que no jornalismo interessa, sim, fazer a crítica. Porém, mais do que isso, é nossa missão encontrar meios para a construção de uma sociedade melhor “, afirmou.

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FLASH

Maria Emma Mendes Lípollis e Marco Maia

Rede Pampa Em alta

Agraciados com destaques Personalidade Lojista e Personalidade Política, respectivamente

Alexandre Alvarez Gadret, diretor executivo da Rede Pampa, recebe o troféu Comunicação/ Jornal Especializado para o jornal O Sul

Prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, recebe o prêmio Personalidade Gestor Público

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Troféu Prêmio Mérito Lojista

Paulo Batimanza

O jantar do FCDL reuniu as personalidades de destaque na sociedade gaúcha

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Orgulho da Classe

Antonio Longo e Margot Longo Luiz Borges e Carmen Flores

Marcelo Danéris e Túlio Zamin

André Machado, da Rádio Gaúcha foi destaque Personalidade da Comunicação

O presidente da AGAS, juntamente com a esposa, recebeu o prêmio de Personalidade Líder Empresarial

Representando o Jornal do Comércio o diretor comercial recebe prêmio com a amiga Carmen Flores

Agraciados com os prêmios Personalidade Destaque Cidadania e Personalidade Destaque , respectivamente

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Ernani Polo protocola projeto que proibe frisagem de pneus no RSAdulteração do produto é considerada crime de acordo com Código de Defesa do Consumidor

deputado Ernani Polo (PP) protocolou na Assembleia Legislativa o projeto de lei nº 325/2012, que proíbe no

RS a pratica de frisagem em pneus, bem como a recapagem e a comer-cialização deste produto adulterado em revendas, oficinas de autopeças, borracharias e similares. De acordo com pesquisas, a má conservação de pneus é responsável por 20% dos aci-dentes nas rodovias de todo o Brasil, o que por si só, indica a necessidade de uma maior atenção fiscalizatória do poder público. “ Este tipo de ação irregular é muito usada e comprome-te toda a segurança dos pneus, que ficam com a aparência de novo, mas perdem em espessura de borracha. Nosso projeto está baseado no Códi-go de Proteção e Defesa dos Consu-midores, que a considera esta prática criminosa. É muito importante ela-borarmos uma legislação que coiba a frisagem pois ela expõe não só os motoristas, mas todos os que trafe-gam em rodovias, ruas ou avenidas e também os pedestres que transitam nas imediações”, diz Ernani Polo.

A proposta do deputado Ernani Polo está em consonância com o que vem sendo apresentado em outros Esta-dos da federação, proibindo a prática de frisagem em pneus e sua comer-cialização.

A frisagem de pneus tem sido feita como forma de deixar o produto com

melhor visual e, consequentemente, macular o seu real estado de conser-vação e utilização.

Trata-se de um procedimento alta-mente perigoso, que quando utili-zado, leva o pneu a uma diminuição na espessura da camada de borracha, expondo parte de sua estrutura for-mada de arame, podendo causar sé-rios acidentes, uma vez que o pneu perde toda sua sustentação e conse-qüentemente a capacidade de rodar, comprometendo sem dúvida alguma a segurança do veículo.

“ O comprador de um veículo, por falta de conhecimento ou pela falsa aparência do produto, acaba por ser enganado ao adquirir o bem, poden-do vir a sofrer sérios prejuízos, seja de acidentes, ou de ser flagrado por órgão fiscalizadores, usando pneus riscados, acarretando a este, multa gravíssima e o risco de ter até o seu veículo apreendido. Nada mais justo então do que uma atenção do poder público no sentido de coibir esta pra-tica enganosa e perigosa, proporcio-nando mais uma forma de proteção aos consumidores e salvando mui-tas vidas”, avalia o deputado Ernani Polo.

Cabe destacar ainda que a descon-formidade verificada muitas vezes entre o objeto contratado e a reali-dade apresentada posteriormente está prevista no Código de Defesa do Consumidor, que tem por objetivo o

atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua digni-dade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a me-lhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo.

Vale ressaltar que o mesmo Código estabelece constituir crime contra as relações de consumo “fazer afirma-ção falsa ou enganosa, ou omitir in-formação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantida-de, segurança, desempenho, durabi-lidade, preço ou garantia de produtos ou serviços”.

OPaulo Batimanza

Foto: Divulgação

Segundo o deputado: “a frisagem de pneus tem sido feita como forma de deixar o produto com melhor visual e, consequentemente, macular o seu real estado de conservação e utilização”

DEFESA DO CONSUMIDOR

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PSDB projeta ações para 2013 no LegislativoO objetivo é fazer com que o partido torne-se a voz da oposição

s tucanos vão aproveitar o recesso parlamentar para promover ações de reestrutu-ração na Bancada do PSDB na

Assembleia Legislativa. Além da co-ordenação, que passa a ser exercida pelo ex-prefeito de Nova Petrópolis, Luiz Irineu Schenkel, a deputada e

atual vice-presidente do Parlamento, Zilá Breitenbach, será a nova líder da bancada a partir do dia 31 de janeiro. O deputado Lucas Redecker deixa a liderança da bancada para assumir a função de líder partidário no Legis-lativo.

O trabalho da assessoria técnica tu-

cana permanecerá com foco na fis-calização dos atos políticos e admi-nistrativos do executivo estadual. O novo coordenador da bancada vai de-sempenhar uma função mais políti-ca complementando o trabalho bem estruturado dos técnicos do partido.

O compromisso da bancada tucana com os gaúchos no âmbito da oposi-ção será reforçado. O PSDB pretende fortalecer os conceitos já estabeleci-dos nos dois primeiros anos da legis-latura. A atuação será pautada pela responsabilidade dos atos parlamen-tares, considerando os interesses dos gaúchos, e coerência com o programa do partido.

Zilá afirma que o PSDB seguirá a linha propositiva no Legislativo, mas não deixará de ser enérgica com o gover-no Tarso quando houver necessida-de. “Nossa responsabilidade é com os gaúchos e com as ações que o partido já promoveu quando foi governo. Se-remos ainda mais incisivos quando entendermos necessário. Ao longo do último ano verificamos equívocos que podem inviabilizar o Estado”, aponta.

A deputada citou como exemplo a elevação do déficit nas contas pú-blicas, a baixa execução orçamentá-ria, em especial em áreas essenciais, como Segurança, Saúde e Educação, e a falta de compromisso com as de-mandas apontadas pela população por meio da Consulta Popular. “Va-mos seguir acompanhando de perto essas questões”, assegura.

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A deputada e atual vice-presidente do Parlamento, Zilá Breitenbach, será a nova líder da bancada a partir do dia 31 de janeiro

OPOSIÇÃO

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19,1 bi para o Rio Grande do SulMinistro das Cidades detalha aos industriais gaúchos a aplicação dos R$ 19,1 bilhões em infraestrutura

ministro Aguinaldo Ribeiro afirmou que “a infraestru-tura ainda precisa alcançar o mesmo nível da economia

brasileira”.

A aplicação dos R$ 19,1 bilhões de investimentos do Ministério das Ci-dades no Estado foi apresentada em encontro com industriais gaúchos e lideranças políticas no último dia 21 de dezembro na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). O ministro Aguinaldo Ri-beiro afirmou que “a infraestrutura

ainda precisa alcançar o mesmo nível da economia brasileira”, classificada entre as dez mais fortes do mundo. “Ao longo dos anos a falta de planeja-mento deixou essa área com muitos gargalos. Por isso, apesar dos avan-ços recentes, temos muito trabalho pela frente”, avaliou.

O presidente da FIERGS, Heitor José Müller, destacou que a entidade pro-move a interlocução com os governos estadual e federal “com o propósito de colaborar, sempre posicionando claramente os interesses do setor industrial no desenvolvimento sus-

tentado do Rio Grande do Sul e do País”. Salientou também que os fa-tos e os exemplos das nações hoje desenvolvidas mostram que não há competitividade sem investimentos na infraestrutura. “Há pouco tempo lançamos o estudo Sul Competitivo, resultado da união das três Federa-ções de Indústrias da Região Sul e da CNI. Mas para tornar realidade este documento, precisamos do esforço de toda a sociedade: entidades em-presariais, indústrias, governos fede-ral, estadual e municipal”, defendeu Müller.

Os recursos direcionados ao Estado, segundo Ribeiro, estão divididos em habitação (R$ 9,8 bilhões), sanea-mento (R$ 3,4 bilhões), mobilidade (R$ 4,7 bilhões) e Trensurb (R$ 1,2 bilhão). “O governo acredita nas Par-cerias Público-Privadas para levar o País a um patamar elevado de com-petitividade”, disse. Para o presiden-te da FIERGS, uma das preocupações do setor industrial com os investi-mentos anunciados é que as obras “sejam executadas plenamente”.

O ministro das Cidades destacou os investimentos para o transporte e as obras da Copa. “O metrô daqui, por exemplo, faz parte de uma PPP. É a primeira vez que o governo federal li-bera recursos para uma PPP”. Do to-tal de R$ 2,4 bilhões, R$ 718 milhões são da Prefeitura de Porto Alegre, R$ 750 milhões financiados e o restan-te do governo. Em relação à Copa do Mundo, relatou que das dez obras previstas, totalizando R$ 913,7 mi-lhões, oito já foram iniciadas.

OPaulo Batimanza

Aguinaldo Ribeiro, ministro das cidades

INFRAESTRUTURA

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OPINIÃO

Não ao terrorismo contra nossos governantes políticos recém eleitos

Sou bacharel da primeira turma nacional em ciências políticas, em 2000, sempre participei ativamente de eventos de formação e qua-lificação técnica de líderes políticos em geral, em alguns casos em seus bastidores. Em todos os casos, vi líderes assustados, pois, não só tais eventos não lhes trouxeram muitas informações técni-cas, como em grande parte das vezes ainda lhes apre-sentavam novos problemas, alguns quase que insolúveis, sem uma assessoria especializada que se promovia em tais situações, o que considero um verdadeiro terrorismo contra todas nossas lideranças políticas. Desaprovo total-mente tais ações e posturas!

Nada contra as assessorias e que desenvolvam seu trabalho junto as prefeituras, de fato, quando qua-lificadas são de extrema importância para o siste-ma. Complementando as Escolas Legislativas que já surgem como alternativa técnica para os profis-sionais mais especializados e assessores diretos das lideranças, assim como, para eles mesmos. O que sou contra é a política de “Tocar o terror!”, de ”Im-por o medo!”, como técnica de captação de clientes potenciais. Isto é, no meu entender, anti-ético e incorreto do ponto de vista moral!

Ajudo a desenvolver uma campanha na internet que considero a única oficial, pois foi criada pelos Ministérios Públicos dos Estados brasileiros e ini-ciada em Porto Alegre, no MP-RS: “O que você tem a ver com a Corrupção?”. Tudo! Todos nós temos tudo a ver com a corrupção sempre! O fim não jus-

tifica os meios e não se en-sina a ser correto sendo in-correto! Nada justifica uma ação incorreta, nem que esta ação seja a melhor intencio-nada e técnica possível, é sobre isto que me refiro aqui neste momento! Não pode-mos ensinar nossos líderes a agir corretamente quando dizemos para eles fazerem o que “mandamos”, não o que “fazemos”! Precisamos ser éticos em nossas posturas sempre, dar o bom exemplo,

principalmente na hora de formar estas lideranças em cursos, privados ou públicos.

Para servir de contraponto, um exemplo de como agir, lancei o site, o livro e o projeto: http://fuielei-toeagora.com.br. Espero assim mostrar o que con-sidero ético em forma de agir, na prática, espero que apreciem.

Aproveitando, não deixem de apoiar os Ministérios Públicos estaduais contra a PEC 37, que visa lhes retirar direitos de investigação, sem os quais eles perdem forças diretas contra a corrupção nacional. Para os políticos que possam pensar que isto seria uma vantagem para si, lembrem que sem um órgão independente como os Ministérios Públicos inves-tigando a verdade, a verdade terá só um lado e pode ser a do seu opositor político, não a sua, caso não exista um órgão isento e oficial com poder inves-tigativo nacional! O Equilíbrio das forças políticas nacionais traz a legitimidade democrática de um Estado, tanto quanto a alternância de poder, estes poderes são fundamentais para a saúde da nossa república, preserve-o, portanto!

Antonio Roberto VigneBacharel em Ciências Políticas

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Maria do Rosário,Ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

ENTREVISTA

Confira, com exclusividade, as principais ações da ministra frente à pasta que ganhou notoriedade em 2012

aria do Rosário Nunes nasceu dia 22 de novembro de 1966 no município de Veranópolis.

Casada, a professora tem formação em Pedagogia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e Mestrado em Educação e Violência Infantil (Univer-sidade Federal do Rio Grande do Sul).

Oriunda dos movimentos comunitário e estudantil e da militância sindical no

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Centro dos Professores do Rio Gran-de do Sul (Cpers/Sindicato), Maria do Rosário foi eleita vereadora de Porto Alegre em 1992, com 25 anos. Quatro anos mais tarde, foi reeleita, sendo a vereadora mais votada da história da Capital gaúcha até então. Na Câmara Municipal de Porto Alegre, presidiu as comissões de Educação e de Direitos Humanos. Também foi líder do PT e do Governo Municipal no Legislativo.

É autora de leis importantes no muni-

cípio, como a que criou o Conselho Mu-nicipal da Mulher, a que estabeleceu a eleição direta para diretor nas escolas municipais e a lei que adaptou o trans-porte coletivo da cidade para pessoas com deficiência.

Em 1998, conquistou mandato de de-putada estadual, sendo a segunda par-lamentar mais votada do Rio Grande do Sul. Na Assembleia Legislativa, foi presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos por dois anos (1999-2000), onde se destacou por uma inten-sa atuação na promoção e defesa das populações mais vulneráveis do estado. Foi responsável por duas edições do Re-latório Azul, publicação do parlamento gaúcho que oferece um panorama das violações e garantias dos Direitos Hu-manos no RS.

Aprovou, entre outras, a lei que esta-belece a busca imediata de crianças, adolescentes e pessoas com deficiência desaparecidos, a lei que criou o Dia Es-tadual de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e a lei que coíbe o assédio moral nas rela-ções de trabalho no estado. Foi também vice-presidente da Assembleia Legisla-tiva do RS (2001-2002).

No ano de 2002, Maria do Rosário foi Com a Presidenta eleita: . O talento e a dedicação com que Maria do Rosário conduz o Ministério, têm elevado o status da pasta, tornando os direitos humanos pauta rotineira nos principais jornais do país

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Evento no Grêmio Náutico União

eleita deputada federal, sendo recon-duzida ao cargo nas eleições de 2006 e 2010, sempre figurando entre os mais votados do estado. No Congresso Na-cional, foi relatora da Comissão Parla-mentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou as redes de exploração sexual de crianças e adolescentes. Representou a Câmara na Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos durante a Dita-dura Militar e foi presidente da Comis-são Especial da Lei Nacional da Adoção. Reativou e coordenou por oito anos a Frente Parlamentar de Defesa dos Di-reitos da Criança e do Adolescente, foi vice-presidente da Comissão de Direi-tos Humanos e Minorias, e presidiu, em 2009, a Comissão de Educação e Cultu-ra da Câmara Federal, se destacando, entre tantos temas, por coordenar uma série de debates em todo o Brasil sobre o novo Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020).

Apresentou e aprovou leis importan-tes para o país, como a que estabelece o direito das mães a terem acompa-nhante na hora do parto nos hospitais públicos e o reconhecimento da profis-são de intérprete da Língua Brasileira

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de Sinais (Libras). Propôs legislações que ampliam os direitos de estudan-tes, professores, trabalhadores, pessoas com deficiência e da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais).

Como relatora da CPMI da exploração sexual, propôs e aprovou a reformu-lação do Código Penal brasileiro, que tipificou o crime de exploração sexual infantil e aumentou as penas. Essa lei é reconhecida como um dos maiores instrumentos de enfrentamento da im-punidade contra os crimes sexuais que vitimam meninas e meninos no país. Também é autora do substitutivo que originou a nova legislação sobre o direi-to à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes, estabelecen-do prazos para a permanência em ins-tituições de abrigagem, para que todos tenham o direito a uma família.

Em 2008, foi candidata a prefeita de Porto Alegre, tendo chegado ao segundo turno das eleições e conquistado o voto de 41,05% dos eleitores da Capital gaú-cha. Nas eleições de 2010, coordenou o Programa de Governo da candidata

Dilma Rousseff nas áreas de Direitos Humanos, Educação e Políticas para as Mulheres. No dia 1º de janeiro de 2011, foi empossada como ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Pre-sidência da República. O talento e a de-dicação com que Maria do Rosário con-duz o ministério, têm elevado o status da pasta, tornando os direitos humanos pauta rotineira nos principais jornais do país. A ministra esteve em Porto Ale-gre no final de dezembro e, gentilmente, concedeu esta entrevista exclusiva à re-vista Em Evidência. Confira

Em Evidência - Quais são as atribuições da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República?Maria do Rosário - A Secretaria de Di-reitos Humanos é o órgão da Presi-dência da República responsável pela articulação e implementação de polí-ticas públicas voltadas para a promo-ção e defesa dos Direitos Humanos em todo o Brasil. Por estarmos na es-trutura da Presidência, temos a mis-são de orientar as ações do governo como um todo para que cada política desenvolvida pelos mais diferentes órgãos promova direitos, respeite a diversidade e atue para enfrenta-mento dos preconceitos e violência. Sob nossa responsabilidade estão po-líticas de diversos segmentos, como criança e adolescente, pessoas com deficiência, idosos, pessoas LGBT, pessoas em situação de rua, enfren-tamento ao trabalho escravo, comba-te à tortura, garantia do registro civil de nascimento, direito à memória e à verdade, diversidade religiosa e tan-tos outros. Também somos respon-sáveis por órgãos colegiados – con-selhos e comitês – de discussão das políticas entre os governos e a socie-dade civil. Em Evidência - Em relação à Política Na-cional de Direitos Humanos, como está o Programa Nacional de Direitos Huma-nos?

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos Maria do Rosário durante inauguração do monumento em homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, em Vitória, Espírito Santo

Foto: Divulgação

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ENTREVISTA

62 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Maria do Rosário - O PNDH-3 está estruturado em seis eixos orienta-dores, subdivididos em 25 diretri-zes e 82 objetivos estratégicos que incorporam as resoluções da 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos. O Programa inclui ainda, como alicerces de sua elaboração e implementação, as resoluções das Conferências Nacionais temáticas, os Planos e Programas do governo federal, os Tratados internacionais ratificados pelo Estado brasileiro e as Recomendações dos Comitês de Mo-nitoramento de Tratados das Nações Unidas e dos Relatores especiais.

Com inegável legitimidade para guiar nossas ações, o PNDH-3 dá continui-dade ao processo histórico de con-solidação das orientações para con-cretizar a promoção e a defesa dos Direitos Humanos no Brasil. E com ele avançamos ao incorporar o cará-ter de transversalidade às diretrizes

e aos objetivos estratégicos propos-tos, na perspectiva da universalida-de, indivisibilidade e interdependên-cia dos Direitos Humanos.

Para a nós a participação popular é essencial para delinear as políticas públicas, bem como para controlar as ações do Estado. Por esse motivo, nos dois anos da nossa gestão já re-alizamos quatro conferências nacio-nais: da Criança e do Adolescente, de LGBT, da Pessoa Idosa, e mais recen-temente, a Conferência dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Em Evidência - Como é realizada a articu-lação interministerial e intersetorial das políticas de promoção e proteção dos di-reitos humanos no Brasil?Maria do Rosário - As políticas de Di-reitos Humanos são, por definição, multifacetadas e transversais, e por este motivo demandam forte articu-lação entre as mais diversas áreas de

governo. A articulação interministe-rial e intersetorial ocorre de várias maneiras: por meio de uma ativa participação da sociedade, pelos co-mitês gestores de políticas - seja na SDH/PR ou em outros ministérios - compostos por representantes de se-tores do governo e da sociedade civil que se relacionam com a temática em questão; através da participação em conselhos de políticas públicas e de reuniões interministeriais frequen-tes que nos permitem ter uma visão global e apontar parcerias.

A presidenta Dilma é muito enfática ao orientar que o seu governo como um todo deve ser focado pelo respei-to aos Direitos Humanos. É a partir disso que nós da sua equipe trabalha-mos para imprimir a perspectiva dos Direitos Humanos em todas as polí-ticas de Estado, pois nosso histórico de violação dos mais básicos direitos da pessoa humana não nos permite

“Nossa perspectiva maior é conseguirmos avançar

no estabelecimento de uma verdadeira cultura de

Direitos Humanos no Brasil, onde prevaleça o respeito

à diversidade, ao outro, para vivermos em uma

sociedade onde todos e todas convivem com seus direitos

garantidos”

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63EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012 63EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

descansar e permitir que qualquer área de atuação de um governo de-mocrático e popular seja pensada sem levar em consideração esse as-pecto. Em Evidência - O que são os Centros de Referência em Direitos Humanos e quais as ações implementadas nestes espa-ços? Quantos estão em funcionamento?Maria do Rosário - O Centro de Re-ferência em Direitos Humanos são Casas de Direitos, de convivência entre pessoas. Um espaço físico onde são implementadas ações de defesa e promoção dos Direitos Humanos possibilitando o acesso da popula-ção a serviços essenciais como, por exemplo, assistência jurídica e docu-mentação civil básica. Sua principal tarefa é atuar como mecanismos de defesa, promoção e acesso à justiça, e estimular o debate sobre cidadania, influenciando positivamente na con-quista dos direitos individuais e co-letivos. São a nossa representação lá na ponta, promovendo direitos onde as pessoas estão.

As equipes envolvidas nos Centros de Referência em Direitos Huma-nos têm como ponto de partida ati-

vidades que visam à humanização, à emancipação do ser humano, à transformação social, construindo realidades mais justas e igualitárias. Atualmente existem 21 Centros de Referências espalhados por todas as regiões do país, e até o fim deste ano serão inaugurados mais oito. Em 2013 focaremos nossa atuação na avaliação e monitoramento das ativi-dades dos CRDHs, visando otimizar sua ação enquanto uma rede de Di-reitos Humanos. Em Evidência - E quanto à Ouvidoria Na-cional dos Direitos Humanos, quais suas competências e objetivos?Maria do Rosário - A Ouvidoria Nacio-nal dos Direitos Humanos é um ór-gão de assistência direta e imediata da SDH/PR que tem por competên-cia receber e encaminhar denúncias de violações de direitos em todo o Brasil. Órgão de ligação entre a cida-dania e o Poder Público, a Ouvido-ria se empenha para que cidadãos e agentes públicos compreendam que o respeito e a garantia aos direitos das pessoas é a razão primeira da existência do Estado, estando sem-pre atenta às críticas, denúncias, re-clamações e sugestões dos cidadãos,

e dando consequência aos contatos recebidos.

A Ouvidoria também é um canal por meio do qual os cidadãos podem ter acesso a informações sobre seus di-reitos e sobre os órgãos públicos en-carregados de garanti-los e defendê--los. Qualquer pessoa pode entrar em contato com a Ouvidoria por meio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100, um serviço de atendimento gra-tuito que pode ser acessado por meio de qualquer telefone em território nacional, e que funciona 24 horas, todos os dias da semana, incluindo domingos e feriados.

As denúncias de violações de direitos humanos são examinadas e encami-nhadas para os órgãos responsáveis, entre eles o Ministério público, as Defensorias Públicas nos estados e os conselhos estaduais de direitos, para apuração e providências. Desde que passou a ser gerido pelo poder público, em maio de 2003, o Disque recebeu cerca de 400 mil denúncias.

Em Evidência - As denúncias contra os Direitos Humanos como trabalho escra-vo, agressões às minorias, prostituição

“Para a nós a participação popular é essencial para delinear

as políticas públicas, bem como para controlar as ações do Estado. Por esse motivo, nos dois anos da

nossa gestão já realizamos quatro conferências nacionais: da Criança e do Adolescente, de LGBT, da Pessoa

Idosa, e mais recentemente, a Conferência dos Direitos da Pessoa

com Deficiência”

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64 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

ENTREVISTA

64 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

e trabalho infantil e outras aumentaram no Brasil. Isto pode ser considerado re-sultado de ações eficientes do governo na promoção destes direitos e uma maior consciência cidadã dos brasileiros e bra-sileiras?Maria do Rosário - Creio que sim, pois o Governo Federal, em parceria com os demais poderes, tem feito um tra-balho constante para informar a po-pulação sobre seus direitos. Além das campanhas publicitárias de utilidade pública, a própria ampliação da rede de atendimento, como os Conselhos Tutelares e os Centros de Referência em Direitos Humanos são responsá-veis por esse aumento da consciência cidadã. As empresas privadas tam-bém participam desse esforço, por exemplo, ao assinarem o Pacto Con-tra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A isso podemos acres-centar a excelência do Disque Direi-tos Humanos, que presta relevante serviço de informação sobre direitos ao público. Em 2012, o Disque 100 recebeu 77% a mais de denúncias de violação de direitos. Ou seja, se mais pessoas estão denunciando é porque o serviço tem credibilidade.

Nos últimos anos, o Brasil vive um momento extraordinário de desen-volvimento nacional que possibilita a milhões de pessoas melhorarem sua condição de vida. E na medida em que as pessoas ascendem social-mente, elas passam a buscar cada vez mais os seus direitos. Em Evidência - Em relação aos tortura-dos, mortos e desaparecidos durante a ditadura militar, como a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da Re-pública está contribuindo para os traba-lhos da Comissão da Verdade?Maria do Rosário - Entrou em funcio-namento no ano de 2012 a Comissão Nacional da Verdade, que busca in-formações, documentos e todo o tipo de subsídios que permitam ao Brasil

conhecer a totalidade da sua história no período ditatorial que o País viveu entre 1964 e 1985. Devemos isso a uma geração que lutou para que hoje vivêssemos numa democracia e aos familiares que esperam há décadas saber o que de fato aconteceu com seus paren-tes que seguem desaparecidos. E a Comissão da Verdade trabalha com muita de-terminação para completar essa história e ofere-cer as respostas que o nosso País e a nossa demo-cracia merecem.

Também faço questão de ressaltar o trabalho da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, que tem a atribuição de reconhecer, em nome do Estado brasileiro, as pessoas mortas ou desaparecidas por terem participado de atividades políticas durante a ditadura civil-militar. O go-verno conta ainda com a Comissão de Anistia, que tem a atribuição de inde-nização reparatória às pessoas perse-guidas pelo regime autoritário. Em Evidência - Quais as perspectivas para os direitos humanos no Brasil?Maria do Rosário - Nossa perspectiva maior é conseguirmos avançar no es-tabelecimento de uma verdadeira cul-tura de Direitos Humanos no Brasil, onde prevaleça o respeito à diversida-de, ao outro, para vivermos em uma sociedade onde todos e todas convi-vem com seus direitos garantidos.

Nesse sentido, quero destacar al-gumas ações que perseguem este objetivo. Com o Brasil Carinhoso, o Governo Federal já retirou mais de oito milhões de crianças da pobre-

za extrema, garantindo desta forma que sejam respeitados seus direitos mais básicos, a começar pelo direi-to à alimentação. Coordenamos, na SDH/PR, o Viver Sem Limite – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com

Deficiência, que investirá R$ 7,6 bilhões até 2014 e reunirá ações de 15 ministé-rios. Com isso, nosso objetivo é eliminar todas as barreiras que, hoje, impedem o pleno acesso aos seus direitos os 45 milhões de brasileiros e

brasileiras com deficiência. Também quero ressaltar nossos esforços para o enfrentamento da tortura que, in-felizmente, ainda faz muitas vítimas em nosso país privadas de liberdade. Para isso, é fundamental aprovarmos no Congresso Nacional o projeto de lei que cria o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Esse sistema prevê a instituição de um mecanismo que terá um grupo de peritos habilitados a entrar em qual-quer instituição fechada, sem aviso prévio, para fiscalizar o tratamento conferido às pessoas. Também temos a expectativa de aprovarmos no Se-nado a Emenda Constitucional que enfrenta o trabalho análogo à escra-vidão. Vamos fortalecer ainda mais nossa política de fortalecimento e qualificação dos Conselhos Tutelares e temos a determinação de instalar-mos Comitês de Enfrentamento à Homofobia em todo o País.

Enfim, é um conjunto de ações para afirmarmos direitos para todas as pessoas. Uma sociedade onde todos têm seus direitos respeitados é uma sociedade forte, viva, dinâmica, onde ninguém perde, todos ganham.

“Em 2012, o Disque 100 recebeu 77% a

mais de denúncias de violação de direitos. Ou

seja, se mais pessoas estão denunciando é porque o serviço tem

credibilidade”

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Ministério autoriza Termo AES Uruguaiana a operar com gás da ArgentinaA geração de eletricidade pela usina “será realizada por meio de suprimento de combustível transportado na malha de gasodutos da Argentina até a fronteira com o Brasil

Ministério de Minas e Ener-gia publicou no “Diário Oficial” da União de segun-da-feira (24), o reconheci-

mento para que a Usina Termelétri-ca AES Uruguaiana, volte a operar a partir de janeiro de 2013 utilizando combustível transportado por gaso-dutos da Argentina. A usina, parali-sada desde 2009, devido a suspensão do fornecimento de gás natural pela argentina YPF, ja havia recebido a re-novação da sua licença de operação do IBAMA no início de outubro .

Para o Coordenador da Frente Par-lamentar em Defesa da Reativação da Termo AES Uruguaiana, deputa-do Frederico Antunes (PP), que ao lado da senadora Ana Amélia (PP/RS) vem trabalhando no caso desde 2009, a portaria assinada pelo mi-nistro de Minas e Energia, Edison Lobão, “reconhece a necessidade de geração de energia elétrica, de for-ma excepcional e temporária, na Central Geradora Termelétrica UTE Uruguaiana”. Frederico afirmou que a reativação da usina é uma demanda de extrema importância para o nosso Estado. “Ficamos muito satisfeitos pela resposta do governo durante os encontros realizados neste mês de dezembo. Esperamos que o processo tenha um desfecho positivo ainda na

primeira quinzena de janeiro com a reabertura da usina Termo AES. É uma luta árdua que está chegando ao seu final com um saldo altamente po-sitivo”, acrescentou Frederico.

A geração de eletricidade pela usina “será realizada por meio de supri-mento de combustível transportado na malha de gasodutos da Argentina até a fronteira com o Brasil e a par-

tir deste ponto até a UTE Uruguaia-na”, acrescenta a portaria. A AES Uruguaiana iniciou as atividades em 2000, na cidade de mesmo nome, na fronteira do Brasil com a Argentina e o Uruguai. A usina tem capacidade instalada de 630 megawatts (MW). Hoje, o Rio Grande do Sul importa 65% da energia que consome, o que reforça a reivindicação dos parla-mentares.

OPaulo Batimanza

Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Reativação da Termo AES Uruguaiana, deputado Frederico Antunes

INFRAESTRUTURAFoto: M

arcelo Bertani

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SAÚDE E BELEZA

Cabelos em paz com o verãoCom cuidados certos, os danos aos fios causados pela estação mais quente do ano podem ser reduzidos

chegada do verão traz alguns alertas para manter a saúde em dia. A hidratação é funda-mental, assim como ingerir

alimentos mais leves como frutas e saladas. Os cuidados com a nutrição refletem na boa saúde dos cabelos, mas ainda é necessário utilizar pro-dutos específicos para limitar os po-deres nocivos da água do mar, areia, vento e sol, que são os maiores agres-sores aos fios nesta época do ano.

- O vento e a areia provocam uma es-foliação nos fios. As cutículas do cabe-lo abrem, deixando o aspecto bastan-te seco e poroso - explica a cabeleireira

da Visual Hair Design, Rose Cogo.

Condicionadores e hidratantes aju-dam a amenizar os danos na beira da praia. Cremes sem enxágue, como o leave in à base de derivados de sili-cone, têm vitamina B5 e efeitos im-permeabilizantes, que auxiliam na hidratação do fio.

“Existem protetores solares para ca-belo que saem na água e outros que não. Eles devem ser aplicados a cada duas horas. É muito recomendada a utilização destes produtos, pois possuem filtros UVA e UVB, que pro-tegem da incidência direta do sol”, orienta.

Os vilões não estão presentes somen-te na praia, mas também na piscina. O cloro danifica a saúde capilar, dei-xando os fios frágeis, quebradiços, com pontas duplas e sem brilho. Ao optar pelos cremes, é importante dar preferência aos que possuem subs-tancias como a ceramidas e o karité, que ajudam a regenerar e evitar o en-velhecimento do cabelo. Substituir o condicionador por máscara de hi-dratação pode garantir um resultado ainda melhor.

- É bom optar por produtos que conte-nham vitamina E, porque agem como um antioxidante que não deixa os raios solares “queimarem” os fios. Além

disso, provoca a ação de anti-fotodegradação, que protege os cabelos colo-ridos dos raios solares, preservando a cor viva por muito mais tempo - completou o cabeleireiro da Visual Hair Design, Rodrigo Souza.

Chapinhas, babyliss e se-cadores podem ser dei-xados de lado. A secagem pode acontecer natural-mente. A tendência da moda é deixá-los com seu aspecto natural. Outra maneira de evitar que o verão se torne vilão para os cabelos e a adoção de acessórios como chapéu e lenços, que além de óti-mas alternativas para pro-teção, proporcionam um toque a mais no visual.

ADébora Perez

Tranças são opção para beira da praia

Foto

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ora

Pere

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Maquiagem especial valoriza o rosto de quem usa óculosA técnica do profissional faz a diferença para valorizar os olhos

ais do que uma determinação médica, o uso do óculos para muitos homens e mulheres faz parte da preparação do

visual e a maquiagem, nesse contexto, assume um papel importante. De nada adiantaria o investimento na maquia-gem, por exemplo, se não for considera-do o tipo de lente e armação.

Para diminuir os erros, antes de mais nada, é importante saber como o grau do óculos pode afetar o visual já que o comportamento em cada caso é diferen-te. Em casos de miopia, as lentes os fa-zem parecer menores. Nesse caso, usar lápis preto na parte externa irá destacar o olhar. Para quem tem hipermetropia, quando os olhos parecem ser maiores, a dica é passar lápis em tons de pastel na parte interior (a marca d’agua do olho). Essa prática vai diminuir o olhar. Os cílios merecem atenção, também, para que possam ajudar a compor o visual.

- É interessante trocar o rímel por uma máscara de volume, pois a máscara irá modelar os cílios e não alongá-los, assim eles ficam sem tocar nas lentes - explica a maquiadora da Visual Hair Design, Sheila Peres.

Ao usar as sombras, não é aconselhável combiná-las com as hastes dos óculos porque o visual pode ficar carregado. Por isso, escolher armações neutras facilitam uma variação maior de cores para a maquiagem; diferente das colori-das, que é indicado sombras em tons de marrom e bege. Para as sobrancelhas,

é importante mantê-las sempre bem feitas e optar por armações que não as tapem.

Uma outra estratégia é mudar alguns facilitando a vida da mulher que usa óculos de grau. Trocar a base comum por

uma não oleosa, vai evitar que o óculos fique deslizando no rosto ou que suje as hastes, o que acontece muito nas al-tas temperaturas. Ao usar delineadores, uma boa saída pode ser optar pelos de gel porque são fáceis de manusear, o que contribui para não deixar borrões.

MDébora Perez

Trabalho valoriza o rosto

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FARSUL

Farsul projeta recuperação em 2013Depois de registrar perdas históricas devido à seca em 2012, a agricultura gaúcha prepara-se para um 2013 de recuperação e ganhos para o produtor

egundo estimativa do Siste-ma Farsul apresentada no final da primeira quinzena de dezembro, o PIB gaúcho

teve ter queda de 2,02% . Porém, para 2013 é projetado crescimen-to de 6,37% . Tanto a queda quanto a alta projetadas para os períodos se devem principalmente ao desempe-nho do setor agropecuário, explicou o presidente do Sistema Farsul, Car-los Sperotto, em entrevista coletiva de balanço do ano. O dirigente res-

saltou que o trabalho da Federação, ao mapear perdas e alertar autorida-des sobre o problema da seca desde janeiro de 2012, foi fundamental na construção de soluções que per-mitem hoje uma projeção otimista para 2013. Entre essas soluções, o parcelamento das dívidas decorren-tes da estiagem e o programa de re-financiamento do passivo do setor arrozeiro, confirmado pelo Conselho Monetário Nacional. “Desde o início de 2012, buscamos saídas para mi-nimizar as consequências da estia-

SGisele Treptow gem, buscando manter a situação de

adimplência do produtor, para que ele desse sequência à sua produção. E fomos atendidos, com a contribuição significativa do ministro da Agricul-tura, Mendes Ribeiro”, afirmou Spe-rotto. O sucesso das soluções pro-postas pela Farsul, e acatadas em sua maior parte pelo governo federal, se traduz nos números de contratação de crédito rural. Os custeios para soja, milho, trigo e pecuária tiveram alta de 8% de janeiro a outubro de 2012, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Além disso, a área plantada com grãos no Estado na safra 2013 deve chegar a 7,891 milhões de hectares, superando em 2,37% o registrado no período an-terior, segundo o IBGE. Um dos mo-tivos é o elevado preço das commo-dities agrícolas, impulsionado pelos estoques reduzidos. “O aumento do consumo mundial de alimentos é in-contestável, o que se reflete em mais área plantada. No ano que vem, tere-mos um cenário de desenvolvimen-to no Rio Grande do Sul”, projetou Sperotto. O dirigente lembrou que o avanço da soja em áreas de pecuária da Metade Sul deve ser o grande res-ponsável pela expansão da lavoura gaúcha. “Queremos que a lavoura de soja cresça, sem prejuízos à nossa pe-cuária”, acrescentou, sugerindo que os pecuaristas devem buscar novas técnicas para melhorar o desempe-nho da atividade. O balanço da Far-sul trouxe os dados consolidados de perdas causadas pela estiagem em

O parcelamento das dívidas decorrentes da estiagem e o programa de refinanciamento do passivo do setor arrozeiro, são soluções construídas com o apoio da Farsul que permitem hoje uma projeção otimista para 2013

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2012. A produção de grãos no Estado ficou em 19,62 milhões de toneladas, representando uma queda de 10 mi-lhões de toneladas na comparação com a colheita do ano anterior. No PIB gaúcho, isso representou uma perda de cerca de R$ 17,107 bilhões. Para 2013, a Farsul projeta uma co-lheita entre 26,9 milhões e 29 mi-lhões de toneladas de grãos.

O avanço da produção de soja na me-tade sul exigirá melhorias na infra-estrutura para escoamento e arma-zenamento da safra. “A metade sul tem um acesso fácil ao Porto de Rio Grande, que deverá criar novos espa-ços de armazenamento e uma estru-tura que permita uma dinâmica mais fluida (de escoamento)”, afirma. Além disso, o Estado deve começar a explorar mais suas hidrovias, sugeriu o presidente do Sistema Farsul. Para Sperotto, um dos grandes desafios

InfraestruturaIrrigação

Código Florestal

de 2013 será construir soluções para ampliar o armazenamento de grãos nas propriedades ou em núcleos con-trolados por produtores de uma mes-ma região. Segundo o dirigente, hoje, apenas 15% da safra fica na mão do produtor. Isso dificulta o controle do fluxo de venda, reduzindo preços médios de comercialização.

Embora tenha ganho destaque em 2012, inclusive com o programa es-tadual Mais Água, Mais Renda, a irri-gação precisa de mais incentivos para dar um salto no Estado. O principal entrave hoje é a dificuldade e demo-ra na análise de pedidos de licencia-mento ambiental de projetos. A ini-ciativa do governo estadual agiliza apenas as licenças para açudes de até 10 hectares e áreas irrigadas de até 100 hectares, além de não garantir licença automática para barramen-tos. “Estamos trabalhando para que

Diretoria reuniu imprensa para apresentar balanço e perspectivas para 2013

o produtor consiga armazenar água em locais com suprimento perma-nente de água”, disse Sperotto. “A irrigação não é para enfrentar a seca, mas para aumentar a produtividade. Pensar em irrigação só para comba-ter a seca é pensar pequeno”, acres-centou.

A aprovação do Código Florestal foi uma das conquistas de 2012 para o setor agropecuário, avaliou Sperotto. Para ele, a estratégia da Federação nas negociações do projeto no Con-gresso Nacional foi bem sucedida. “Tivemos presença continuada de técnicos do Sistema Farsul junto às relatorias do projeto. Fizemos suges-tões que foram contempladas com alterações que garantem perspectiva de crescimento da produção e respei-to a culturas centenárias como a ori-zicultura. e vitivinivultura”, afirmou o presidente do Sistema Farsul.

Foto: Imprensa Farsul

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70 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

ACONTECEU

Gisele Ollabarriaga

O Diário Oficial publi-cou a alteração da Lei nº 13.759/2011, de autoria de Carlos Gomes (PRB), que dispõe sobre a punição aos autores de acionamento in-devido de serviços de emer-gência envolvendo remo-ções, resgates, incêndios e ocorrências policiais. A modificação tem como fim facilitar a regulamenta-ção e aplicação da matéria já aprovada no ano passa-do. Ao invés de obrigar o ressarcimento das despesas oriundas dos trotes, como foi estabelecido pela lei an-terior, a nova lei, agora sob o número 14.149/2012, de-termina a cobrança de uma multa de valor único fixado em 15,3952 UPFs (aproxi-madamente duzentos reais) aos autores dos trotes. O va-lor deverá ser cobrado na fa-tura de pagamento da conta de telefones fixos e celulares pós-pagos. “A fixação de um valor para multa significa que o Estado irá cumprir o que determina a lei e punir os praticantes de trotes aos serviços de emer-gência. Temos convicção de que as penalidades irão re-sultar na conscientização so-bre a gravidade dessas ações, evitar gastos públicos e agili-zar o atendimento à popula-ção, uma vez que diminuirá o número de unidades deslo-cadas em vão”, explicou Car-los Gomes.

Trotes aos serviços de emergência serão punidos com multa de 200 reais na conta

Deputado Carlos Gomes (PRB), autor da lei

Foto: Marcelo Bertani

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71EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Ronaldo Zulke (PT/RS)

O deputado assume o comando do PMDB gaúcho nos próximos dois anos

Foto: Divulgação

Foto: Marcelo Bertani

Gisele Ollabarriaga

Gisele Ollabarriaga

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC) aprovou por unanimidade no último dia 19 de dezembro, o pa-recer do deputado federal Ronaldo Zulke (PT/RS), relator do Projeto de Lei nº 612/2007, que dispõe sobre a regulamentação do uso de sacolas plásticas no País.

“Nosso relatório garante que as sa-colas plásticas sejam classificadas como embalagens para que tenham o descarte adequado, em respeito ao meio ambiente, e a gratuidade de um tipo de sacola para os consumidores, dentro das normas de qualidade da ABNT”, destaca.

Segundo Zulke, o relatório enseja, ainda, a adoção, ainda que gradativa,

“Estamos unidos e unidos vamos mar-char rumo ao Palácio Piratini.” A pri-meira manifestação do novo presidente do PMDB-RS, deputado Edson Brum, logo após vencer a disputa interna por 37 votos contra 34, sinaliza o desafio do partido para as eleições de 2014. No en-cerramento da convenção no último dia 15 de dezembro, que renovou a com-promisso do Diretório Estadual, Edson Brum confirmou a disposição de definir o candidato a governador até mês de ju-lho do próximo ano. O novo presidente pretende iniciar já em março encontros pelo interior do estado, para ouvir a mi-litância do PMDB.

O deputado assume o comando do PMDB gaúcho nos próximos dois anos, depois de superar por diferença de ape-

Comissão aprova parecer do deputado Zulke ao PL das sacolas plásticas

Edson Brum é eleito o novo presidente do PMDB

do princípio dos três R´s, ou seja, a redução do uso, a reutilização e a re-

ciclagem. Busca, também, definir e classificar as sacolas plásticas à luz da Política Nacional de Resíduos Só-lidos e determina que fabricantes, importadores, distribuidores e co-merciantes invistam em campanhas educacionais visando ao consumo sustentável.

O deputado estimulou o debate so-bre o tema, envolvendo setores da indústria do plástico, supermerca-dos, organizações ambientais, gover-no federal e sociedade civil com o ob-jetivo de recolher informações para subsidiar a elaboração do relatório.

Agora, o PL segue para a Comissão de Meio Ambiente e, posteriormen-te, será apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.

nas três votos o outro candidato, depu-tado federal Alceu Moreira.

Edson Brum é deputado estadual eleito em seu terceiro mandato com 67.397 votos, sendo o mais votado do partido

e o terceiro mais votado da Assembleia Legislativa. No período de 1995 à 1999 foi o presidente da Juventude do PMDB do RS, sendo o primeiro ex-presidente da juventude do partido a chegar a pre-sidência do Diretório Estadual.

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Felipe Kuhn Braun

O deputado estadual Gilmar Sossella (PDT) acompanhou o prefeito eleito de Pinto Bandeira, João Pizzio (PDT) em uma audiência no Tribunal de Contas do Estado (TCE) realizada no último dia 19 de dezembro, para receber orientações e debater sobre medidas para o novo municí-pio, criando comunicação entre as lideranças do municí-pio e a Corte de Contas.

O prefeito eleito, João Pizzio, destacou a importância do diálogo com o TCE: “Pinto Bandeira é um município novo que passou por uma situação complicada. Queremos es-tabelecer um diálogo com o Tribunal para receber orien-tações e fazer uma boa gestão”.

O chefe de gabinete do presidente do TCE, Cézar Miola, Tarcisio Dal Ri, ressaltou que os municípios ganharão relatórios das administrações e que os representantes municipais terão a sua disposição, a partir do dia 20 de

Sossella acompanha líderes de Pinto Bandeira em audiência no TCE

Lideranças reunidas no TCE

Foto: Felipe Kuhn Braun

dezembro, o “Plantão dos Prefeitos” para tirarem suas dúvidas em relação as administrações.

O deputado Gilmar Sossella, que tem um histórico de luta na defesa da comunidade de Pinto Bandeira, destacou a im-portância do encontro e afirmou que estará ao lado dos ges-tores em suas iniciativas, a partir de 01 de janeiro de 2013. “O Tribunal de Contas, ao orientar os novos gestores, cumpre importante papel didático-pedagógico. Vamos continuar lu-tando para que, além da independência político-administra-tiva, Pinto Bandeira seja referência de qualidade nos serviços públicos e no atendimento a sua gente”, disse o parlamentar.

Também estiveram presentes o chefe de gabinete do con-selheiro Adroaldo Loureiro, Prof. Ivo Paravisi, o vereador eleito, Valmor Giacomoni (PDT), o futuro secretário de obras municipal, Danio Nichetti e o futuro procurador do município, Fabio Leandro Holz.

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73EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Gisele Ollabarriaga

O ministro Augusto Nardes assumiu no último dia 12 de dezembro, a presidência do Tribunal de Contas da União (TCU) para o exercício da gestão de 2013. O mandato de um ano começa no dia 1º de janeiro de 2013 e pode ser renovado por mais um ano.

O gaúcho Augusto Nardes, em seu discurso de posse, disse que pretende estabelecer avaliações periódicas especializadas nos serviços públicos em áreas básicas, como saúde e educa-ção. Nardes, que vai suceder Benjamin Zymler na presidên-cia, diz que o TCU ajudou a União a economizar cerca de R$ 105 bilhões nos últimos sete anos com atuações preventivas.

Nardes assume TCU

Mandato do ministro é de um ano com possibilidade de renovação

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O novo presidente disse que irá acentuar as ações pre-ventivas de fiscalização das obras da Copa “para que possamos vencer em organização”. “Vamos atuar de forma conjunta para que os prejuízos sejam evitados”, disse Nardes.

Augusto Nardes é ministro do TCU desde 2005, formado em administração de empresas, tem mestrado em estu-dos do desenvolvimento, foi deputado estadual por duas vezes e três vezes deputado federal. Ele assume também a presidência da Organização Latino-Americana e do Ca-ribe de Entidades Fiscalizadoras Superiores.

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FLASH

Paulo Batimanza

A posse do ministro foi marcada pela presenças de diversas autoridades nacionais

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Em Família

Casa Civil

Presidência do Senado

Pouco antes de assumir, ministro posa com a família

Ministro recebe os cumprimentos da Gleisi Hoffmann, ministra da Casa Civil

Logo após assumir Nardes é cumprimentado pelo presidente do senado José Sarney

Primeiro discursoNardes faz seu primeiro discurso como presidente do TCU

Presidência da RepúblicaVice-presidente Michel Temer, ao centro, representou a presidente Dilma

Assembleia do Rio Grande do Sul

Jorge Gerdau Johannpeter

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Afonso Hamm

Posse oficializada

Assembleia do Rio Grande do Sul

Jorge Gerdau Johannpeter

Ministro recebe os cumprimentos do deputado federal Afonso Hamn

Ministro Nardes assina o termo de posse

Deputado Pedro Westphalen, presidente da assembleia gaúcha em 2013 com o ministro Nardes

Empresário gaúcho também prestigiou a posse. Na foto, com o ministro e esposa

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COMISSÕES DA ASSEMBLEIA

Comissão de Educação realizou 21 audiências públicas no anoA Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, presidida pela deputada Juliana Brizola (PDT), realizou 39 reuniões ordinárias e 21 audiências públicas, em 2012, tendo ainda aprovado 10 pareceres. Também examinou todos os projetos e requerimentos recebidos

m 2012 realizamos mui-tos seminários e audiên-cias públicas”, constata a presidente da comissão.

“Tivemos uma aproximação com o cidadão gaúcho para ouvir suas de-mandas e trazer para o parlamento os principais temas referentes ao nosso órgão”, acrescenta.

Entre os assuntos abordados pela comissão, em audiências públicas, estão a educação profissional, a edu-cação infantil, a escola de tempo in-tegral, a neuroeducação, as escolas bilíngues para surdos e a prática des-portiva nas escolas.

“A comissão conseguiu trazer os principais temas da Educação para o parlamento e ainda tivemos debates de novos assuntos, como a neuroci-ência”, diz Juliana. “Foi uma gestão democrática do órgão acolhendo as demandas da sociedade e dos depu-tados do legislativo”.

“EGisele Treptow

A deputada Juliana Brizola (PDT), presidiu os trabalhos da comissão em 2012

Foto: Arquivo pessoal

“A comissão conseguiu trazer os principais temas da Educação para o parlamento”

Juliana Brizola, deputada estadual

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discutir e valorizar os projetos que visam a elevar a escolaridade dos jovens em situação de vulnerabilidade social.

A Escola Bilíngue para Surdos foi tema de audiência pública presidida pelo deputado Carlos Gomes (PRB), realizada em junho, que lotou o

Teatro Dante Barone. O parlamentar encaminhou a formação de um grupo de trabalho, formado por representantes de todas as entidades presentes na audiência, cujo objetivo principal é discutir as questões sobre o tema e buscar o melhor encaminhamento dos problemas junto ao governo do Estado e aos órgãos competentes. Entre as conclusões finais tiradas da audiência, está a necessidade de ampliação das escolas bilíngues e dos cursos de libras e da língua dos sinais, visando à inclusão social dos surdos.

A audiência presidida pelo deputado Catarina Paladini (PSB) debateu a estruturação da “Pedagogia Griô” no Rio Grande do Sul, conforme o Projeto de Lei 1.786/2011, de iniciativa

popular, que tramita no Congresso Nacional. A “Pedagogia Griô” tem como objetivo trabalhar em sala de aula, a cultura e o conhecimento dos povos tradicionais, que são transmitidos de geração em geração, através da história oral.

O deputado Alexandre Lindenmeyer (PT) tratou das demissões de docentes efetuadas pelo Grupo Anhanguera Educacional. O evento apontou irregularidades da rede Anhanguera, como a demissão de professores posicionados politicamente junto ao sindicato e desrespeito à legislação trabalhista, segundo o deputado. Foi definida manifestação da Casa junto ao Ministério de Educação e Ministério Público Federal em relação ao tema. Também foi mencionada a realização de audiência pública na Câmara Federal com o objetivo de apurar os fatos no âmbito nacional.

Confira os principais temas abordados pela comissão em 2012:

A Escola de Tempo Integral foi o tema central de audiência pública realizada em junho no Plenarinho da Assembleia Legislativa. Na ocasião, foi discutida a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 215/2011), de autoria da deputada Juliana Brizola, para obrigar o Estado a prover meios para que, progressivamente, seja oferecido horário integral aos alunos do ensino fundamental do RS.

O I Fórum Internacional de Ciência da Mente, Cérebro e Educação contou com parcerias da UFRGS, da Sociedade Brasileira de Neurociências e Educação, da Fundação Universidade de Rio Grande e do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul e destacou-se como um dos mais importantes eventos realizados na Assembleia em 2012. O debate apresentou a união dos estudos das áreas de Educação e Neurociências. O objetivo também foi proporcionar aos educadores uma visão sobre os princípios que guiam essa nova área interdisciplinar, em que a Pedagogia, a Psicologia e as Neurociências atuarão em conjunto, visando a uma melhor compreensão dos processos de ensino e de aprendizagem.

A audiência pública sobre o Prouni foi realizada em maio. O encontro foi requerido pela deputada Ana Affonso (PT), que apresentou uma proposta de emenda ao Projeto de Lei do Prouni/RS,para inserir jovens oriundos de programas sociais desenvolvidos pelo governo municipal, estadual e federal, tais como: Bolsa Família, RS mais Igual, Projovem, Proeja e Protejo. O objetivo da audiência foi também

Escola Bilíngue para Surdos

”Lei Griô“ no Rio Grande do Sul

Demissões de docentes na rede Anhanguera

Neuroeducação

Escola de Tempo Integral

Prouni

Foto: Chico Pinheiro/Revista Em Evidência

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Inspeção veicularASSEMBLEIA

Pozzobom defende inspeção, mas rejeita caráter arrecadatório

m dos temas aguardados para ser debatido 2013 pelo líder do PSDB na Assembleia Legislati-va, deputado Jorge Pozzobom,

é o da inspeção veicular. Além dos be-nefícios ao meio ambiente, a adoção de um modelo também deve gerar empre-gos. Desde o início da atual legislatura, o parlamentar tem dedicado atenção especial ao assunto, tendo viajado à capital do Estado de São Paulo para co-nhecer como a inspeção veicular foi lá implantada. Além disso, ainda partici-pou de discussões com representantes de entidades como o Sindicato do Co-mércio Varejista de Veículos e Peças e Acessórios para Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (Sincopeças-RS), vi-sando atender tanto a categoria, como os usuários.

O parlamentar compara a lei adotada em São Paulo ao projeto enviado pelo Governo gaúcho a AL – o projeto foi retirado pelo Governo por desconten-tar deputados da oposição e alguns da base aliada. “O envio do projeto à AL foi um equívoco, primeiro porque veio junto com um pacote econômico para recuperar as contas do Estado. Depois, por causa do valor. Eram R$54,83, que se somaria ao IPVA, mais as taxas do Detran que foram aumentadas em 140% por esse Governo”, afirma.

Jorge Pozzobom ressalta que é favorá-vel a adoção da inspeção veicular pela redução dos poluentes em beneficio da saúde e do meio ambiente, mas que discorda do caráter arrecadatório que foi dado. Lembra também que os carros que mais precisam passar por inspeção são os veículos mais velhos,

cujos proprietários em geral são pes-soas de classes mais baixas. “Os estu-dos da iniciativa privada dão conta de que a inspeção custaria R$ 28,00, R$ 30,00. Isso para a iniciativa privada, que visa lucro. Então o governo, que

Paulo Batimanza

Jorge Pozzobom ressalta que é favorável a adoção da inspeção veicular pela redução dos poluentes em beneficio da saúde e do meio ambiente, mas que discorda do caráter arrecadatório que foi dado

Foto: DivulgaçãoU

não visa lucro, não pode cobrar os R$ 58,00 que foram propostos. O governo precisa absorver um pouco esse valor. O Parlamento representa a sociedade, e a sociedade é contra o projeto como veio para a AL”, encerrou.

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Utilização de telhas brancas auxilia na redução da temperatura em ambientes

ARQUITETURA E ENGENHARIA

Alternativa potencializa eficiência de sistemas de climatização em cerca de 20%

Com a chegada do verão, é co-mum o aumento de desconfor-to em ambientes fechados em decorrência das altas tempera-

turas. Mesmo com a utilização de sis-temas de climatização, edificações que possuem telhas mais escuras exigem mais tempo para reduzir a temperatu-ra interna, ocasionando desperdício de energia elétrica. O uso de telhas bran-cas proporciona a redução do consumo de energia elétrica de 30% em áreas pequenas e 20% em locais maiores, além do ganho em conforto térmico.

“Telhados brancos tornam mais efi-ciente o uso de aparelhos de refrigera-ção, pois as cores claras refletem com mais eficiência a radiação emitida pelo sol, enquanto as mais escuras absor-vem com mais intensidade a radiação. O resultado é o maior conforto das pessoas presentes no ambiente, e a re-dução do consumo de energia elétrica de 30% em áreas pequenas e 20% em locais maiores”, conforme o diretor de ensino e treinamento da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Con-dicionado, Aquecimento e Ventilação (ASBRAV), Paulo Beyer.

Porém, segundo o Gerente Comercial da CEUSA Revestimentos Cerâmicos, João Constante, essa alternativa passa quase despercebida pelas pessoas, que se preocupam mais com a qualidade estética das edificações.

“Nós disponibilizamos telhas de linha escura por uma questão de gosto dos clientes. Atualmente, o ideal para se colocar em uma casa seriam as telhas claras, porque a quantidade de calor absorvida é menor. Sendo assim, elas reduzem o impacto sobre o meio am-biente, bem como a temperatura dos edifícios, que podem cair entre de 3 a

Lucas Aleixo

Telhas brancas ajudam a reduzir o consumo de energia

Foto: DivulgaçãoU

14 graus”, disse Constante.

Um projeto de lei que tramita na Câma-ra de Vereadores da cidade de São Paulo visa a pintura dos telhados das edifica-ções de branco. O objetivo é conscien-tizar a população e reduzir as ilhas de calor nas grandes cidades, causadas pela absorção dos telhados escuros.

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82 EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012

Giovani CheriniDeputado Federal (PDT/RS)

Não é raro ouvir comentários desabonadores sobre ve-readores. Afinal, qual é o papel do vereador? O que ele faz? Ele é a força representativa da comunidade. E cabe ao vereador a nobre função de legislar, fiscalizar, julgar, assessorar e falar em nome do cidadão.

Aliás, a palavra vereador vem do verbo “verear”, que deriva de vereda. Significa: administrar, reger, gover-nar, vigiar verificar e cuidar das estradas, dos caminhos e consequentemente das ruas, das praças e da cidade.

Embora não tenha tido a oportunidade de exercer o mandato de vereador, encontro nesse cargo eletivo, nas suas devidas proporções, muitas semelhanças com a função que exerci, de deputado estadual e, agora, de deputado federal.

O fato de ter uma ligação muito próxima com os vere-adores me levou a trabalhar para melhorar e qualificar a atuação desses. Há 16 anos, ministro cursos gratui-tos, de Marketing Político, Eleitoral e Governamental, antes e após as eleições, sempre com a distribuição de livros e cartilhas elaborados pelo nosso gabinete. Hoje, posso dizer que muitos dos vereadores que aí estão vol-taram a se eleger, sendo que alguns deles se elegeram a outros cargos importantes, como prefeitos e deputa-dos. Muitos que estão exercendo a função de vereador também passaram pela Universidade de Líderes Ju-ventude Sem Fronteiras, instituição que criei em 1999, que prepara jovens para desempenharem o papel de líderes na sociedade dentro de uma visão holística.

Sempre incentivei o vereador a legislar. Para ajudá-los,

nesse sentido, criei o Banco de Projetos, que viabilizou a centenas de vereadores a aprovação de leis, que tra-zem em sua grande maioria como base as propostas que apresentei na Assembleia Legislativa. Durante meus quatro mandatos como deputado estadual, apre-sentei 680 projetos de lei e aprovei 101 leis, um recorde nacional.

Criei a FRENCOOP e estimulei a criação das Frentes Parlamentares Municipais de Apoio ao Cooperativis-mo nas Câmaras de Vereadores, uma iniciativa inédita que alcançou 70 municípios e envolveu cerca de 500 vereadores.

Na presidência da Assembleia Legislativa, cargo que exerci em 2010, foi fortalecido o Espaço do Vereador, tendo sido realizados inúmeros eventos voltados para a qualificação dos seus respectivos mandatos.

Tenho a convicção absoluta de que o vereador carrega consigo um papel importantíssimo no município ou na cidade em que atua. Ele é o elo entre a população e o Poder Legislativo. Seu papel principal é mostrar todos os problemas que surgirem na comunidade e buscar soluções junto aos órgãos competentes. O vereador precisa PARLAR, isto é, falar, parolar, hablar, conver-sar. A tribuna é o verdadeiro palco do vereador. O ato de se comunicar exerce um papel de extrema impor-tância na realização do trabalho do vereador. É através desse importante exercício que lhes é possível intera-gir, influenciar, explicar seu ponto de vista de maneira clara e se impôr em reuniões e eventos. Portanto, “par-la” vereador.

“Parla” vereador

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83EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012wwwwwwwwwww.w.w.ww twtwtwtwtwitititititteteteteter.r.r.rr.r cococococom/m/m/m/m/m asasasasasseseseesembmbmbmbmblelelelleiaiaiarsrsrrsrss

HISTÓRIA DAS LEIS

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