lançai sobre ele toda a culpa - arthur giese
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Lançai sobre ELE Toda a culpa!
Sai então pequeno escrito e atue.
Ele deve mostrar a cada um, quer tenha se desviado ou esteja mais ligado à Luz —Justiça – Amor – Fidelidade refletindo-se
como água pura e cristalina. Eu luto pela Luz.
Abdrushin – Imanuel. O Trígono Sagrado.
Arthur Giese.
Agora é a época em que são feitas as mais fortes exigências, no que se refere à pertinácia e firmeza dos seres humanos ligados à Luz.
Apenas quem estiver estreitamente ligado à Luz encontrar-se-á agora
firme e inabalável nas diversas provas de resistência. As tempestades, que passarão agora numa força cada vez maior sobre nós, não poderão
fazê-lo tombar.
E, em relação a isso, nosso ambiente exterior e visível ainda se
encontra relativamente calmo, estável. Mas o ódio já começa a vociferar mais forte, na espécie que só lhe é própria. Ele emite suas exalações
atordoantes e venenosas até mesmo dos pequenos países em geral tão
pacíficos entre as montanhas que se lançam ao céu. Com última força, as trevas procuram então apagar todas as chaminhas que tremulam
inquietas.
Quem não firmou em si, de forma suficiente, a confiança na Luz e em seu portador, tem de ser sua vítima.
Aquele que se encontra estreitamente ligado à Luz não é
surpreendido pelo comportamento recente dos amigos de outrora. Sabe
que a força da Luz tem de efetuar-se em quem traz consigo algo latente – no bom ou no mal sentido. É assim o fenômeno colateral em geral
costumeiro, cujas causas mais profundas encontram-se geralmente
enraizadas na vaidade e no egoísmo humano. Agora eles procuram justificar-se e agem de forma enérgica, grave e convincente, segundo
sua opinião: “De todas a predições, profecias, anunciações etc., nada,
mas nada mesmo chegou ao cumprimento!”
Constatamos de imediato e de forma totalmente objetiva com os
sentidos interiores despertos que no fundo, desde os dias em que
aqueles que se encontravam sob a cruz, gritando cegamente, exigindo provas terrenas do Filho de Deus, Jesus, o mundo não se tornou outro.
Mesmo hoje não procuram os esclarecimentos para tantas contradições
aparentes lá, onde só poderiam ser encontrados, ou seja, na Palavra de
Deus, mas entregam-se indolentemente em sua sonolência espiritual à
falsa condução e aconselhamento.
Quem só observa as coisas com a lampadinha turva do raciocínio terreno, esbarra-se em todas as exterioridades secundárias, jamais
encontra o núcleo legítimo em todas as coisas. Como é conhecido, ele
tem sempre razão, pois só se movimenta em círculo, jamais deixa seu plano terreno inferior. Da mesma forma como a colher no leite da
manteiga, assim ele permanece sempre preso no que é inferior ou, se
posso me expressar como profissional competente, ele pôs na marcha errada.
Cada caçador sabe, pois, que eu só posso vencer a montanha, a
altitude íngreme, com a mais acirrada força. Essa banalidade já deveria
também ter se passado para o ser humano em carne e sangue, o qual já segura há muito tempo o ouro reluzente e legítimo nas mãos. Ele
deveria saber que com o raciocínio ele jamais pode chegar à clareza,
quando se trata de coisas eternas.
Se quiser restabelecer nos nossos dias, outra vez, os contatos tão
amargamente necessários com sua Pátria, então ele próprio, o espírito humano, tem de distender suas asas luminosas e
movimentá-las para o vôo às alturas. Aquilo que é vibrante e vivo, ele só pode assimilar com a igual espécie. Ele tem de despertar a fagulha para
que se torne uma chama ardente, tem de libertar-se a si mesmo da
estreiteza e do embaraço terrenos.
Este trabalho é indispensável. E para isso ele precisa do ouro
legítimo e reluzente que encontra na Palavra de Deus, se apenas
procurar com sinceridade aí. Se tiver valorizado de maneira correta o quinhão, o tesouro que há muito ele já possui, então também teria de
chegar ao reconhecimento, que só pode acolher de forma pura e correta
as revelações oriundas das alturas luminosas e as transmitir à medida
terrena, o ser humano que se encontra, ele próprio, na ordem uniforme das leis.
Então ele também saberia que não existem atos arbitrários no tecer
da Criação e que as leis indesviáveis na Criação não podem ser contornadas. Enquanto o ser humano não se encontrar na pureza,
ainda não estará livre de erros. O espírito ainda não se libertou
plenamente da estreiteza terrena, o raciocínio ainda não serve de maneira correta. Por isso é compreensível que uma tal pessoa ainda
possa cair também como vítima das correntezas escuras. Especialmente
como pessoa com disposição mediúnica ela é apenas instrumento,
antena, que retransmite aquilo que a toca.
Reconhecemos facilmente aqui que a pessoa mediúnica não possui
uma posição fácil nos tempos atuais. Como ninguém mais, ela é
especialmente receptiva a todas as correntezas. O dom mediúnico é um presente elevado de Deus, contudo, ele também sobrecarrega a referida
pessoa com uma grande responsabilidade. Por isso, ela tem de
desempenhar um controle bem mais incisivo do que qualquer outro ser humano.
A escala, medida e chave para todo acontecimento em e ao redor de
nós é sempre unicamente a Palavra Viva. Apenas e exclusivamente a
Palavra Viva flui de forma pura das alturas luminosas até embaixo, à Terra, através de todos os degraus dos acontecimentos. Essa ligação
pura jamais deve ser perturbada através de uma turvação. Quem acolhe o Vivo nele, está livre de erros. Nós sabemos que o discípulo está ligado
com o puro espiritual. Se todo o seu íntimo estiver sintonizado na pureza, então a ligação nele até as alturas luminosas também será pura
e sem turvações e ele só poderá transmitir coisas puras.
Reconhecemos nisso que exatamente as pessoas que devem ser as pontes para a humanidade, têm em primeira linha o dever de assimilar
em si de forma viva a Palavra do SENHOR e também de formá-la no dia-
a-dia. Seu renascimento espiritual é a pressuposição para seu atuar rico em bênçãos. Se, além disso, elas ainda forem dotadas mediunicamente,
então trazem uma responsabilidade dobrada. Pois exatamente as
propriedades mediúnicas contêm em si o terrível perigo que, com cada
turvação da pureza interior, possa ser dada oportunidade a correntezas de igual espécie para que atuem através dela.
O ser humano de hoje, porém, não pode mais se enquadrar de
forma simples e infantil no grande acontecimento vivo, pois seu raciocínio encontra-se mui fortemente desenvolvido. Ele necessita para
tanto da Palavra da Verdade, para libertar primeiramente seu espírito
do atamento terreno e executar a transformação interior, o renascimento espiritual.
A verdadeira humildade que deve destacar o convocado da Luz, ele
só pode ganhar através do saber, da convicção viva, da vivência interior.
Ele tem de trabalhar com energia férrea em si, para pressentir novamente a grandeza de Deus e, com isso, reconhecer a própria
pequenez. Em especial, o convocado mediúnico tem de aspirar isso de
forma especialmente sincera, para que ele só possa transmitir o que é puro.
Vemos numa observação objetiva de todas as perturbações e
impedimentos terrenos, no grandioso acontecimento da Luz, que são sempre e apenas de novo os seres humanos que falham.As leis férreas,
porém, jamais se deixam excluir. Nós, seres humanos, temos de nos
enquadrar na realidade viva, se esta deva nos levar à paz e à felicidade.
Se tornarmos apenas este fato corretamente claro, então temos o esclarecimento para todos os fenômenos obscuros dos últimos tempos.
Terrenamente não poderia ter tomado nenhum outro curso. A Luz, a lei
indesviável, tinha de varrer para fora o todo, assim como cada falsa imagem terrena, por não vibrar de forma pura na vontade de Deus. Aí
também não pôde ser poupado o receptáculo terreno da Luz pura, pois
o invólucro terreno do Portador da Luz também se encontra sob a lei.
Nós todos, a quem ELE presenteou de forma tão rica, tínhamos que
ter nos lembrado sempre disso.
“Ele mentiu conscientemente”, assim ouvimos uma pessoa, que
como todos nós tinha motivo para ser agradecido por tanta luz e
bondade recebidas, dizer em tom de convicção com uma indignação aparentemente sincera. “Como é que Ele pôde afirmar não ter sabido
nada do contrabando de dinheiro, etc., se os fatos reais comprovam o
contrário!”
Essa acusação mostra de forma bem certa a indolência e a cegueira
espiritual, com a qual tal pessoa se encontra diante de tais coisas. Um
leve pressentimento de tal acontecimento grandioso só pode advir àquele, que penetrou mais fundo na Mensagem, que reconheceu aquilo que é vivo e vibrante na Palavra de Deus. Apenas aquele que O
reconhece em sua Palavra, sabe que sua missão na Terra é única e que
por isso, terrenamente, também necessita de um caminho especial.
Infelizmente há muitos outros adeptos do Graal que crêem poder
progredir espiritualmente apenas através do contato puramente pessoal
com o Portador da Luz. Eles estão errados! Certamente os contatos pessoais têm um elevado valor até o ponto em que podem difundir a
ligação espiritual. O SENHOR pode, de acordo com sua disposição e por
ocasião de um esforço bom e interior, transmitir-lhes uma força especial. Essa força pode então lhes auxiliar a progredir
espiritualmente, se a desenvolverem, a utilizarem de maneira correta.
Contudo, jamais alcançará seu alvo espiritual o ser humano que
praticar um culto pessoal vazio, negligenciando com isso a própria Mensagem; nem se esforçará com toda a força para assimilar o que é
vivo na Palavra Sagrada e aplicá-lo no dia-a-dia. Um tal ser humano
também jamais reconhecerá quem é ELE, e mesmo se morasse 100 anos em sua imediata proximidade e estivesse no mais estreito
contato pessoal com ELE.
O reconhecimento do Portador da Verdade só vem através da assimilação viva de sua Palavra. Só quem reconhecê-Lo em sua Palavra,
sabe quem ELE é! Para tanto não se faz absolutamente necessário um
conhecimento pessoal. A Palavra, a Mensagem, por si só, é a base viva
que transmite o contato espiritual com ELE. Todos os outros contatos só poderão ter firmeza e durabilidade, se o ser humano também
reconhecer a Lei Viva na Palavra e a cumprir com toda a força!
Apenas tal ser humano sabe também que a meta terrena de Abdrushin é de espécie espiritual. A realização de sua missão terrena
exige, por isso, total libertação de todas as preocupações e esforços
terrenos, para que ELE possa se dedicar totalmente a sua verdadeira missão, transmitir o mais puro à humanidade terrena. Por isso deveria
ser formado em torno DELE um anel firme de seres humanos que
estivessem plenamente conscientes de sua elevada missão: “proteger o Filho de Deus de todos os incômodos terrenos”. Esse anel devia ser
formado de modo tão firme, que repelisse tudo o que não vibrasse de
forma pura. Em suas mãos residia toda a direção terrena. Espíritos
despertos tinham de encontrar-se em seus postos de responsabilidade, não podiam fazer a mínima concessão para as trevas e seus asseclas.
Cada um deveria encontrar-se de forma luminosa e clara nesse anel
luminoso, o qual deveria proteger o mais precioso, o mais sagrado, de
todas as instigações terrenas.
Isso era a pressuposição natural para a realização da missão terrena
do Filho do Homem.Ele tinha que poder confiar plenamente em seu
ambiente mais próximo. Eles tinham que tirar Dele todas as preocupações terrenas, para que Ele pudesse direcionar força a todos,
para seu elevado alvo.
Todos os seres humanos que se encontravam no círculo mais estreito tinham de saber, que eles deviam observar cuidadosamente as
leis terrenas. Sua missão não era intervir de forma revolucionária,
modificando violentamente o decurso do acontecimento terreno, mas
cada um deveria acentuar para si o caminho certo e encontrar-se de forma firme e inabalável como a Luz. Mas não apenas o ambiente mais
estreito, mas sim cada indivíduo ligado à Luz tinha de reconhecer isso e
organizar sua vida de acordo.
Como é que a Luz podia proteger, se os instrumentos ligados à Luz
violavam grosseiramente as leis terrenas. Contudo, ainda de que forma
tão infimamente pequena pensam todos os seres humanos a respeito do grandioso acontecimento da Luz, seres humanos que crêem que a Luz
necessite desprezar uma lei terrena, para levar tudo a bom termo.
O próprio Portador da Luz encontrava-se plenamente ao lado de todos os acontecimentos terrenos, totalmente dedicado a sua elevada
missão, no círculo de seus auxiliares mais próximos. Como ELE
confiava plenamente neles, ELE considerou como algo evidente que eles
também se sintonizassem terrenamente de forma viva, a cada instante, ao acontecimento espiritual que se avançava, isto é, que avaliassem de
forma espiritualmente correta as condições terrenas e orientassem
assim tudo de maneira correta.
ELE também não tinha nenhuma desconfiança das anunciações e revelações recebidas pelos convocados individuais. ELE próprio não é
mediúnico! Eles, porém, eram guiados pela Luz. ELE havia dado a todos eles a Palavra e a força especial. Seu dever mais nobre era assimilar
aquilo que é vivo na Palavra de Deus e transformar em ação.
Unicamente disso dependia o sucesso e progresso do acontecimento
terreno.
Contudo, exatamente aqui também se encontra o empecilho, junto
ao qual muitos adeptos do Graal erram. Eles crêem que o Portador da
Verdade também teria de ser terrenamente onisciente. Que ELE, como a Lei Viva, também teria de ser capaz de prever e julgar de forma clara e
sem erros os fenômenos terrenos. Certamente, ELE também iria ter o
julgamento mais maduro nas coisas terrenas, se sua missão terrena residisse no plano terrenamente prático e se pudesse se concentrar com
toda a força sobre os acontecimentos terrenos.
Ele tinha, porém, uma outra importante meta, por isso seu olhar devia permanecer dirigido para o que era divino-espiritual.
Era sua missão nos transmitir o mais puro, na forma terrenamente
compreensível a nós.
Nossa tarefa deveria ser acolher o que é vivo na Palavra e ancorar terrenamente, transformar em ação.
Só temos que diferenciar bem entre a pura Luz que ELE traz em si e
o instrumento terreno. Quanto mais ELE se adentrava em sua verdadeira missão, quanto mais fortemente a força primordial se ancorava no
invólucro terreno, tanto mais ELE se distanciava da Terra, perdia o olhar para os pequenos efeitos terrenos.
Como Imanuel ele calculava medidas de tempo que, para nós seres humanos, careciam de qualquer imaginação. Nós não conseguimos fazer
um quadro das alturas, nas quais o Enviado de Deus vive.
E, apesar de tudo, para cada acontecimento espiritual nós temos reflexos naquilo que é visível, os quais, por ocasião de uma vontade boa e pura, podem nos transmitir um leve pressentimento para esse enorme
acontecimento. Quem já não ouviu falar do professor disperso, que se
perde exclusiva e totalmente em seu mundo científico, de modo que ele nem parece estar sobre a Terra e não possui mais compreensão para as
mais simples coisas terrenas. Muitos de nós já vivenciamos pessoalmente
estados semelhantes alguma vez, especialmente as pessoas ricas em idéias e que aspiram por ideais.
Tais pessoas perdem, quanto mais elas se ocupam com seus elevados
ideais, facilmente o contato com a pesada realidade terrena. Não é em vão que se diz na voz do povo: “A pessoa está nas nuvens!” Ela expressa
pontos de vista que se destacam das idéias das grandes massas e que
aparentemente são tolas.
A pessoa que aspira por ideais, com suas idéias, reproduz um leve
reflexo da relação da pessoa terrena do Portador da Verdade com sua
missão espiritual divina. Apenas àquele que acolheu a Palavra de forma
viva em si, isto é, que lutou para libertar o seu espírito do atamento terreno, é que pode advir um fraco pressentimento das alturas em que
vive o ser humano terreno, que traz em si uma parte da inentealidade divina!
Só ele entenderá também corretamente tantos pontos de vista e
tantas palavras que Abdrushin expressou no decorrer dos anos, para ele
mesmo ou para outros amigos. Foram imagens de acontecimentos
vindouros, vistos de uma distância afastada da Terra e que geralmente precedia bem o pesado curso terreno das coisas.
Quem procurava enquadrar tais palavras nos conceitos terrenos de
espaço e tempo, tinha naturalmente de ter ficado várias vezes decepcionado quando, então, os acontecimentos anunciados
terrenamente fizeram-se esperar e não surgiram na hora estabelecida.
E quem teve de suportar a culpa de todas essas decepções? Por acaso, o Enviado de Deus que vivia totalmente no cumprimento de sua
elevada missão e hauria para nós a água da vida da fonte primordial?
Não foi muito mais nossa culpa, por não termos utilizado, ter sabido
dar valor àquilo que é valioso?! Era nossa missão haurir da fonte pura
que ELE abriu novamente para nós na Palavra Sagrada. Com o espírito livre, sem opressão, podíamos julgar então, seguramente e por nós
mesmos, as coisas terrenas e também as condições especiais em que o
Enviado de Deus vivia.
Nós, porém, pactuamos, namoriscamos com gosto com o velho
inimigo hereditário e ficamos parados no meio do caminho. Contudo,
antes de termos posto totalmente de lado a imundície, a Luz pura não pode adentrar em nós.
Unicamente isso é a profunda e verdadeira causa de todos os
insucessos, de todo sofrimento que teve de atingir Abdrushin e sua igual
espécie. Nós não quisemos nos separar da condução errônea, de nossos erros e fraquezas; pois a Palavra Viva, oriunda das alturas luminosas,
exige isso de forma dura e inexorável de todos os seres humanos ligados
à Luz.
Lançai sobre ELE toda a culpa! Foi a mesma terrível tragédia como há
2000 anos. Todos aqueles que se encontram odiosos do outro lado, não
são capazes de haurir da fonte pura, pois lhes faltam a pureza interior e a humildade espiritual. Sua atenção principal está direcionada só para o
que é terreno.
Anteriormente todas essas pessoas reconheceram uma vez, de fato, a
Verdade na Mensagem, pelo menos afirmaram isso outrora. A Verdade, porém, só segura firmemente aquele que realmente se esforça para reconhecer aí o caminho certo e moldar sua vida de acordo, pois ela exige dura e inexoravelmente de cada ser humano a transformação interior.
Para muitas pessoas, habitualmente, este é então exatamente o
momento em que elas oscilam; pois elas pendem por demais em todas as
coisas baixas, inferiores e não querem se separar disso. A Verdade, com o tempo, torna-se-lhes incômoda, inoportuna. Elas não conseguem
suportá-la e perseguem com aversão e, por fim, com ódio Aquele que a
diz francamente a eles. Cada um de nós já vivenciou isso muitas vezes.
E exatamente o Portador da Luz e da Verdade tem que vivenciar isso
de forma especialmente amarga, pois não pode fazer nenhum tipo de
concessão aos seres humanos. É a Palavra de Deus, a lei viva sem
deformações que Ele traz. O ser humano tem de ter a intenção de cumpri-la.
Os seres humanos sentem-se então, em geral, feridos em sua
vaidade. A isso vem ainda o fato que Abdrushin jamais alicia, nem uma única pessoa que se afasta. Na Criação isto também seria incompatível
com o atuar de acordo com as leis. Pois nós sabemos de fato: o ser
humano tem, a partir de si, que se esforçar de forma completamente livre e ininfluenciada pela Verdade.
Os opositores, porém, também afirmam que Abdrushin aliciaria
pessoas e incitaria também seus adeptos a aliciarem. Quem afirma isso,
ainda não reconheceu o que é vivo na Palavra da Verdade.
Se Abdrushin incumbiu um ser humano com alguma tarefa que seja,
então isso foi sempre de acordo com o desejo desse ser humano, que
equivalia a um pedido, e precedera a incumbência. Ele jamais desempenhou, direta ou indiretamente, a influência de sua vontade
sobre um ser humano.
Quem teve então a felicidade de reconhecer a Verdade na Mensagem, este também estará sempre disposto a servi-la com todas as suas forças
e a retransmitir ao seu vizinho aquilo que pôde receber no caminho de
graça e que preenche todo o seu íntimo. A partir dessa sintonização natural, diversos adeptos vieram a Abdrushin entre os anos de 1930
a 1932 com o pedido, para que fossem realizadas palestras públicas. De
forma alguma Abdrushin os incumbiu com isso, ao contrário, Ele apenas
realizou seus pedidos, ao dar o consentimento aos seus desejos.
As palestras também não tinham nada a ver com uma propaganda
(aliciamento), mas Abdrushin dava, assim como em cada atuar no
movimento do Graal, onde quer que fosse, sempre apenas aos seres humanos a oportunidade de acolher a Verdade. Só exteriormente tinha a
semelhança de uma propaganda, pois tínhamos que nos servir das
formas em geral usuais para isso (anuncio no jornal, fixação de cartazes, etc.), mas jamais interiormente, nem no efeito.
Para cada um que reconheceu de novo a Verdade na Mensagem é,
por isso, evidente que Abdrushin jamais aliciasse um ser humano, nem
influenciasse seus adeptos nesse sentido.
Bem ao contrário, sua postura é reservada, de forma alguma lisonjeira. O ser humano tem de provar que a Verdade lhe é mais valiosa
do que todos os bens terrenos.
Mas exatamente o fato de que Abdrushin não alicia nenhum ser
humano que se afasta, dá então o golpe mais amargo em sua vaidade, o
qual eles pagam com um ódio irracional. Eles agem então na forma dos seres humanos que trazem o mal em si.
Como é conhecido, o ser humano sentencia e julga de acordo com a própria espécie. Aquilo que pensa de seu semelhante, ele haure de si mesmo. Só assim pode se explicar o comportamento malévolo e irracional de tantas pessoas.
Todos nós sabemos agora que os seres humanos que se encontram
ao redor DELE, num círculo mais estreito, devem ser pontes para a humanidade. Eles devem cumprir como primeiros a Palavra, serem
exemplos. Para tanto Abdrushin lhes deu tudo. Sua missão é desenvolver
as elevadas forças em si. Com uma tenacidade férrea devem utilizar cada minuto de forma correta, trabalhar em si, a fim de se prepararem para
sua elevada missão. Significa o desenvolvimento do espírito e da essência
até a perfeição.
De forma rigorosa, cada um tinha de ir para o Juízo e afastar todas
as fraquezas. Nem um resquício de vaidade deveria permanecer neles.
Eles tinham de servir à força da Luz, que lhes fora presenteada no
caminho de graça, de forma fiel, verdadeira e cheia de humildade.
Dessa forma, tudo dependia da assimilação viva da Palavra, da
transformação interior, do renascimento espiritual; pois como pode fluir
algo puro através de um receptáculo obscuro e deformado? Como pode um ser humano que se encontra preso a todas as vilezas, ser uma
diretriz e um caminho ao vizinho mais fraco?
Para o ser humano que se encontra vivo na Palavra não é difícil reconhecer as profundas causas de todos os acontecimentos obscuros.
Alguns de nós pensarão em silêncio: “Sim, se as coisas são assim,
então só são culpados aqueles seres humanos, para cujas mãos convergiam os fios terrenos. O que tenho com isso. Eu não
desempenhava nenhuma influência no curso das coisas!”
Aqueles que pensam assim se enganam! Parece que não
reconheceram de forma suficientemente clara a culpa primordial da humanidade e, com isso, também a própria culpa, esquivando-se
covardemente da responsabilidade. O caminho para Canossa* (* N.T.:
Canossa = tomar sobre si um auto-rebaixamento difícil, exigido pela situação.) não será poupado a nenhum espírito humano! Sem o “Mea
culpa, Mea culpa, Mea maxima culpa” a ascensão não pode começar. É a
primeira base firme, o primeiro degrau seguro no caminho para as alturas luminosas.
Certamente que os que estavam na ponta tinham que ter ficado
especialmente alertas, mas com isso a culpa de cada um ligado à Luz, indiferente se ele vivia aqui embaixo ou lá em cima nas proximidades da
Luz, não é nem um milímetro menor.
Todos nós tínhamos de ter estado espiritualmente alertas ao
máximo. Cada um de nós tinha de ter se sintonizado de forma viva ao acontecimento inteiro e ter dado sempre tudo de si o que o respectivo
momento exigia. É da espécie do raciocínio indicar sempre com o dedo
para o seu mau vizinho; quando algo acontece, enfia-lhe a culpa nos bolsos, ao invés de ouvir o seu íntimo e se perguntar: onde foi que eu
errei nisso.
Lançai sobre ELE toda a culpa! Como um fio vermelho passa sempre de novo por todas hostilizações, odiosidades e maldades a afirmação:
“Abdrushin se aproveita de pessoas de boa-fé para seus objetivos e cria à
custa deles uma vida agradável para si!” Quão ridículas são tais
acusações, em vista do fato que Abdrushin mesmo dispunha de um grande montante, que poderia fornecer-lhe uma vida despreocupada.
Dessa maneira ele teria podido evitar todas as coisas feias em seu
caminho. O fato Dele não ter feito isso, mas optado pelo terrível caminho cheio de tormentos e de espinhos, mostra que Ele tinha uma missão
especial a cumprir.
Quem reconheceu a Verdade na Mensagem, sabe também que temos de reconhecer, não apenas como nosso mais nobre dever, mas também
como nossa mais alta felicidade, que devemos difundir beleza e harmonia
ao SEU redor. Para aquele que O reconheceu na Palavra é, por isso, evidente que imponha a si mesmo as maiores privações, a fim de formar
a permanência terrena em torno DELE de modo agradável; pois este sabe
então o que tem de proteger.
Muitos se encontram sem apoio devido aos últimos acontecimentos. Eles se encontram economicamente diante do nada! Para eles o tempo é
duplamente difícil. Quem ainda estiver melhor, é seu dever amparar os
que estão sem apoio nessa difícil época de transição. No mais, cada um deve se esforçar no sentido da Mensagem, e firmar novamente o pé
economicamente; pois sabemos também que um não deve ficar
pendurado no outro, mas que cada um deve aspirar com toda a força também a independência econômica.
A única coisa que a pessoa ligada à Luz pode e deve fazer com toda
a força nessa difícil época, é trabalhar em si mesmo. Ele tem de
amadurecer no silêncio, para que possa mostrar o caminho para a Luz a todos os seres humanos, como um exemplo vivo.
É esse também, analisando de forma séria, o único auxílio para a
humanidade tão profundamente caída. Cada um tem de reluzir de forma visível na hora da aflição. Não há também outro caminho para a
própria felicidade, do que aquele do verdadeiro amor e auxílio ao
próximo. Cada um tem de se esforçar com toda a força para batalhar pela felicidade do próximo, por meio de ser-lhe um exemplo. Já a mais
simples reflexão leva a isto. Pois é impossível se sentir feliz em um
ambiente infeliz.
Nestes dias sérios, só há um pró ou contra. Cada mornidão,
indecisão, pode tornar-se perigosa ao espírito humano. Quem se
encontra intimamente ligado com a Luz, também reconhecerá sempre de forma clara as trevas e seu modo de lutar. As trevas serão sempre
malévolas, feias e vis.
Não movimentemos os últimos acontecimentos turvos apenas no
raciocínio esgotado e corrosivo, deixemos que penetre até o nosso espírito, para que se torne uma vivência em nós. Temos que avaliar no
sentido certo as experiências do passado e nos sintonizar no futuro, a
cada instante, de forma correta a cada acontecimento vivo, sendo exemplos onde o destino tiver nos colocado.
O estar espiritualmente junto e firme é o mais nobre mandamento
desta hora. Pois como é que a Luz pode alcançar a humanidade se os seres humanos ligados à Luz, nem conseguem se encontrar uns aos
outros, se o perturbador comum da paz, o raciocínio corrosivo, sufoca
sempre de novo no gérmen cada anseio bom para harmonia?
Colocar o raciocínio dentro da ordem que serve de acordo com as
leis, unicamente isto é a luta que temos de travar, e só quem
permanecer vitorioso nessa luta, alcançará seu alvo eterno e será o
correto auxiliador do Portador da Verdade ABD-RU-SHIN – IMANUEL.