laicado dominicano maio junho 2015

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Maio/Junho 2015 Ano XLV - nº 374 Praça D. Afonso V, nº 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL LAICADO DOMINICANO Directora: ISSN: 1645-443X - Depósito Legal: 86929/95 Praça D. Afonso V, nº 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL CELEBRAÇÃO DO JUBILEU DA ORDEM DOS PREGADORES PROVÍNCIA PORTUGUESA A Ordem dos Pregadores celebrará um ano jubilar com o tema “Enviados a pregar o Evange- lho”. Este jubileu comemora a publicação das Bu- las promulgadas pelo Papa Honório III há oito séculos confirmando a fundação da Ordem em 1216 e 1217. O ano jubilar celebrar-se-á de 7 de Novembro de 2015 a 21 de Janeiro de 2017. — 7 Nov. 2015 — Abertura do Jubileu —Fátima, Convento dos Dominicanos 10.00h : Acolhimento 10.30h : Uma reflexão feita pelo Frei Bento sobre.” A MISSÃO DA ORDEM HOJE”. 12.00 h : Eucaristia 13.00h : Almoço partilhado 14.45 h: Lançamento do Livro “ Espiritualida- de Dominicana” do Frei Felicissimo Martinez 15.30h : Momento Cultural: Concerto pelo Coro SOLLEMNIS. 29/30 Jan. 2016 — Aveiro Jornadas de História /Os Dominicanos em Por- tugal (1216/2016) - 1 História. Memória. Património. — Quaresma 2016 Celebração Penitencial (em cada comunidade) Peregrinação Jubilar/Passeio da Família Do- minicana 22/25 Abr. 2016 Encontro Nacional da Juventude Dominicana (Pinheiro da Bemposta) — 24 Mai. 2016 Vésperas de S. Domingos (Lisboa, Família Dominicana) Com o lançamento do CD do fr. João Prucha, op — 1/2 Jul. 2016 —Porto Jornadas de História/Os Dominicanos em Por- tugal (1216-2016) —II Discursos. Teologia. Espiritualidade — 7 Out. 2016 Dia Jubilar do Rosário (em comunhão com as Igrejas locais) 11/12 Nov. 2016 —Lisboa Jornadas de História /Os Dominicanos em Por- tugal (1216-2016) - III Espaços. Homens. Percursos. — 21 Jan. 2017 Clausura do Jubileu—Lisboa Convento de S. Domingos Expo-OP—Publicações e Canto dos Dominica- nos em Portugal.

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Page 1: Laicado Dominicano Maio Junho 2015

Maio/Junho 2015 Ano XLV - nº 374

Directora: ISSN: 1645-443X - Depósito Legal: 86929/95 Praça D. Afonso V, nº 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL

Fax: 226165769 - E-mail: [email protected] LAIC

ADO D

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ANO

Directora: ISSN: 1645-443X - Depósito Legal: 86929/95 Praça D. Afonso V, nº 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL

CELEBRAÇÃO DO JUBILEU DA ORDEM DOS PREGADORES PROVÍNCIA PORTUGUESA

A Ordem dos Pregadores celebrará um ano jubilar com o tema “Enviados a pregar o Evange-lho”.

Este jubileu comemora a publicação das Bu-las promulgadas pelo Papa Honório III há oito séculos confirmando a fundação da Ordem em 1216 e 1217.

O ano jubilar celebrar-se-á de 7 de Novembro de 2015 a 21 de Janeiro de 2017.

— 7 Nov. 2015 — Abertura do Jubileu —Fátima,

Convento dos Dominicanos

10.00h : Acolhimento

10.30h : Uma reflexão feita pelo Frei Bento sobre.” A MISSÃO DA ORDEM HOJE”.

12.00 h : Eucaristia 13.00h : Almoço partilhado 14.45 h: Lançamento do Livro “ Espiritualida-

de Dominicana” do Frei Felicissimo Martinez 15.30h : Momento Cultural: Concerto pelo

Coro SOLLEMNIS.

—29/30 Jan. 2016 — Aveiro Jornadas de História /Os Dominicanos em Por-tugal (1216/2016) - 1 História. Memória. Património. — Quaresma 2016 Celebração Penitencial (em cada comunidade) —Peregrinação Jubilar/Passeio da Família Do-minicana

—22/25 Abr. 2016

Encontro Nacional da Juventude Dominicana (Pinheiro da Bemposta)

— 24 Mai. 2016

Vésperas de S. Domingos

(Lisboa, Família Dominicana)

Com o lançamento do CD do fr. João Prucha, op

— 1/2 Jul. 2016 —Porto Jornadas de História/Os Dominicanos em Por-tugal (1216-2016) —II

Discursos. Teologia. Espiritualidade

— 7 Out. 2016 Dia Jubilar do Rosário (em comunhão com as Igrejas locais)

— 11/12 Nov. 2016 —Lisboa Jornadas de História /Os Dominicanos em Por-tugal (1216-2016) - III

Espaços. Homens. Percursos.

— 21 Jan. 2017

Clausura do Jubileu—Lisboa Convento de S. Domingos

Expo-OP—Publicações e Canto dos Dominica-nos em Portugal.

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Laicado Dominicano Maio/Junho 2015

Mas porquê que o anúncio da Boa Nova é impor-tante? Porque, sendo a fé um dom de Deus – Ele é que nos chama – se esse dom não for acolhido, trabalhado e transmitido, morre. Estou a lembrar-me de quantos e quantas aqui serão avós, avós de netos e netas cujos pais, por diversas razões, não falaram nem falam de Jesus aos seus filhos e vossos netos. Se não forem vocês a falar de Jesus aos vossos netos, a transmitir o dom que acolhestes em vós, talvez eles não venham a saber nunca quem Ele é. Digam-me: não foi a vossa mãe, ou o vosso pai, ou os vossos avós, ou talvez a vossa cate-quista que vos falou primeiro de Jesus? É certo que Deus tinha preparado o vosso coração, mas foram eles os instrumentos da misericórdia de Deus, da Boa No-va, pregadores do Evangelho. Como diz S. Paulo na Carta aos Romanos, a fé vem da pregação, e a pregação pela palavra de Cristo (Rom.10:17). Isto é, a Palavra de Deus sustenta a pre-gação e a pregação sustenta a fé. Para que a fé seja uma fé sustentável deve apoiar-se na pregação, isto é, no anúncio explícito da Palavra de Deus. A pregação é o elo de uma cadeia comunicacional que se enraíza na

Palavra de Deus e tem como resultado a sustentabili-dade da fé. Como referiu Fr. Timothy Radcliffe, que foi Mestre-Geral da Ordem dos Pregadores, toda a pre-gação começa a partir da escuta comunitária do Evangelho(1). Escrevia o Cardeal Ratzinger, antes de ter sido eleito Papa Bento XVI, que dizer como São Paulo que a fé vem da pregação, pode parecer uma afirmação condicionada pela época histórica e, portanto, mutável. Assim, há o perigo de ver nesta afirmação meramente o resultado de uma situação sociológica, de modo que, um dia, poder-se-ia dizer também: a fé vem da leitura, ou a fé vem da reflexão. (…) a caracterís-tica da fé é vir da audição, pela qual recebo o que não é pro-duto do meu pensamento. (…) A fé é, por conseguinte, um dom. É-nos dada. Não cheguei à fé pela procura particular da verdade, mas sim porque a recebi(2).

(1) Radcliffe, T. (2002). Glorifier, Bénir, Prêcher – La Mission de la Famille Dominicaine. In: Que Votre Joie Soit Parfaite (pp. 53) Paris: Cerf

(2) Ratzinger, J. (2000/2005). Introdução ao Cristianismo (pp. 63). Cascais: Principia.

José Carlos Gomes da Costa, o.p.

LAICADO DOMINICANO E PREGAÇÃO (3)

MOSAIKO

Fundado em 1997, pe-los Missionários Domi-nicanos, o MOSAIKO é um Instituto angolano, sem fins lucrativos, ten-do sido a primeira insti-tuição angolana a assu-mir explicitamente co-

mo missão promover os Direitos Humanos em Angola. Guiado por um forte compromisso social, tem como

objectivo o respeito pela dignidade humana e o desenvolvimento da sociedade angolana, a partir do contributo de todos e de cada um/a.

Acreditamos que a formação e a educação são a cha-ve do desenvolvimento de uma sociedade, por isso con-cretizamos a missão do Instituto Mosaiko através de qua-tro áreas de acção:

FORMAÇÃO Formação com líderes comunitários (autoridades

tradicionais, líderes religiosos...)

Profissionais (professores, educadores sociais,..) Funcionários das instituições do Estado (Educação,

Saúde, Justiça, Polícia, Forças Armadas...) Semanas Sociais Encontros Nacionais ... DIVULGAÇÃO Biblioteca Mosaiko; Edição e difusão de Publicações; Programas de Rádio; Website e Redes Sociais; Conferências e Debates; ... ASSESSORIA DE GRUPOS LOCAIS DE DIREI-

TOS HUMANOS Formação e assessoria de Grupos Locais de Direitos

Humanos Mediação e resolução de conflitos

(Continua na página 3)

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Laicado Dominicano Maio/Junho 2015

O último Laicado Domini-cano chegou às vossas mãos no tempo Pascal. A alegria fundada na temáti-ca do jubileu “… conhece-reis a Verdade e a Verdade vos libertará!” (Jo.3,31) com o amor de Cristo que nos impele…(2Cor.5,14) e

o vento de Pentecostes, impunha-se servida com abun-dância; a alegria é uma virtude cristã e dominicana nascida na manhã da Ressurreição!

1. A experiência tão marcante daquela afirmação evangélica põe-nos em campo para esta outra: “ai de nós se não pregamos o Evangelho!” (1cor.9,16) tema desig-nado para nossa reflexão no próximo ano. Porquê? Porque a força alegre e feliz de Domingos de Gusmão mediante o conhecimento da Verdade e experiência feita de Liberdade o põe a caminho para fazer outros participantes de mesma alegria e da mesma experien-cia feliz! É este o fundamento da sua paixão missioná-ria. Carisma que recolhemos como herança porque a deixou aos seus companheiros. 2. Somos desse grupo e daí companheiros da alegria que nasce na fonte da Palavra libertadora do Evangelho. Na mensagem para o dia mundial das missões para este ano o Papa Francisco diz que “o anúncio do Evange-lho antes de ser uma necessidade para quantos o não conhe-cem é uma carência (necessidade) para quem ama o Mes-tre!” Para Domingos este amor era tal que fez dele um

apóstolo incansável; não podia conter no seu coração o fogo que o habitava - fogo de amor ao Mestre! E nós? Qual é a intensidade da nossa alegria nascida da Palavra libertadora? Quem nos vê ou connosco convive descobre em nós, aquela paz que Jesus nos deixou: “deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz!...” (Jo.14,27) Dom de Deus para nossa alegria!

3. Agora, atenção ao alerta do Papa. Hoje, dezoito de Junho deixa-nos uma ENCÍCLICA sobre o modo de cuidar o nosso planeta: nossa casa está doente e precisa de cuidados. Só com saúde podemos viver ne-las felizes. Daí que o Papa nos lança este alerta! É de leitura e estudo obrigatórios. Sabendo de onde vem temos de o levar a sério. A guarda e conservação da nossa casa comum – a TERRA – é a razão desta carta papal.

No dizer de Francisco “tantos homens e mulheres sacri-ficados aos ídolos do lucro e do consumo, vítimas da cultura do desperdício e do descarte que faz oitocentos milhões de famintos no mundo. Há que contrapor e promover a cultura da solidariedade e do encontro e esta terra será mesa posta para todos!...”

Somos guardas da criação por desígnio de Deus. A criação nasceu do Amor! Ele só trabalha por amor! Diz-nos Deus: “a terra é vossa, ocupai-vos dela; deixai-a crescer!” Temos a responsabilidade de a deixar cres-cer… segundo as suas leis! Não somos os donos mas gerentes inteligentes (!...) para proveito de todos: nossa casa – jardim no qual Deus colocou o ser humano (Gn.2,15) para o cultivar e embelezar!

Frei Marcos, op.

PALAVRA DO PROMOTOR

(Continuação da página 2) Aconselhamento Jurídico de cidadãos e institui-

ções; Acompanhamento Judicial de Casos de Violação de

Direitos Humanos; D) PESQUISA SOCIAL Pesquisa social orientada para a acção; Com o trabalho conjugado destas quatro áreas de

acção, o Mosaiko | Instituto para a Cidadania pretende contribuir para uma cultura de respeito e defesa dos Direitos Humanos em Angola, promovendo o cresci-mento com o objetivo de:

Aumentar o espaço democrático (reduzindo a distân-cia entre os cidadãos e os decisores públicos);

Aumentar a capacidade de intervenção da sociedade civil;

aumentar a competência cívica das instituições do Estado.

COMO APOIAR Existem diversas formas de apoiar o Instituto Mosai-

ko. Todas são importantes e necessárias. Poderá fazê-lo a título individual ou empresarial, doando pontualmente ou tornando-se um Amigo Mosaiko. Poderá ainda ins-crever-se como Voluntário e participar nos diferentes projectos do Instituto. Ajude-nos a construir uma Ango-la melhor. Site: http://mosaiko.op.org/

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Laicado Dominicano Maio/Junho 2015

NOTÍCIAS DAS FRATERNIDADES

FRATERNIDADE DO PINHEIRO DA BEMPOSTA

É com muita alegria que a Fraternidade do Pinheiro da Bemposta vem dar notícias da nossa querida irmã Maria

Cecília Rainho Arêde – Cilinha. A Cilinha, que já se encontra a residir no Lar da Paróquia, veio à nossa última reunião, tal como documentamos na foto. Pe-diu-nos para irmos mais vezes buscá-la, pois tem gran-de vontade em estar presente e também muitas alegri-as, pois dedicou-se durante muitos anos a presidir à nossa Fraternidade.

No passado dia 1 de Maio faleceu D. Laura de Jesus Martins, Presi-dente há quase 6 anos da Fraterni-dade do Pinheiro da Bemposta. Foi com muito pesar, que nos to-cou a todos e sentimos a falta da sua presença. Estiveram presentes no seu funeral o Promotor Provin-cial, frei Marcos e o Presidente Provincial, Gabriel Silva, bem co-

mo todas as irmãs Leigas. Agradecemos à Fraternidade de Elvas que nos en-

viou uma carta de pêsames e celebrou uma missa no dia 9 de Maio, pela alma desta nossa irmã.

Apesar de não estar connosco, o seu espírito perse-verante e alegre, e o seu exemplo vão estar sempre presentes. Dai-lhe Senhor o eterno descanso!

Mª. Catarina Pereira Arêde Fernandes, o.p.

FRATERNIDADE DE MACEDO DE CAVALEIROS

Durante a Quaresma a Fraternidade esteve presen-

te nas cerimónias religiosas e participou nas mesmas sempre que era necessário. Em 19-04-2015 dia da reu-nião-geral com os restantes grupos da paróquia e com a presença do Diácono Permanente em substituição do Senhor Cónego a Fraternidade apresentou o tema

feito e lido pelo Presidente tendo por título "Mulher, Porque Choras"? Palavras que o Anjo dirigiu a Maria de Magdala quando esta foi ao Túmulo e não encon-trou o Corpo de Jesus. O tema foi apreciado e elogia-do o trabalho, tanto pelo Diácono como pelos ele-mentos dos restantes grupos. Foram solicitadas cópias pelos presentes havendo necessidade de tirar mais. Seguidamente a Fraternidade reuniu em privado. No Dia 02-05-2015 o Senhor Bispo da Diocese D. José Cordeiro iniciou a visita à Unidade Pastoral de Mace-do de Cavaleiros que terminou em 17-05-2015. Du-rante o mês de Maio aos domingos o terço é rezado junto do Monumento do Imaculado Coração de Ma-ria. A Paróquia convidou a Fraternidade Dominicana a rezar o terço no dia 03-05-2015 primeiro domingo e dia do Bom Pastor ao que a Fraternidade respondeu, sim. O terço foi rezado pelo Presidente e os cânticos a cargo da Fraternidade a que se juntaram muitas pesso-as presentes. No final o nosso trabalho foi elogiado deixando-nos satisfeitos. Durante a Visita Pastoral do Senhor Bispo a Fraternidade compareceu aos actos e colaborou nos mesmos. Quando a visita era feita a localidades em que havia um Dominicano o Presiden-te da Fraternidade estava presente com outros ele-mentos, sendo elogiado pelo Senhor Cónego pela presença Dominicana. No dia 17 último dia da Visita Pastoral, logo pela manhã a Fraternidade esteve empe-nhada na colaboração dos preparativos para o encer-ramento da visita nomeadamente na preparação do arco e da passadeira verde com flores à entrada para a Igreja Santa Maria Mãe da Igreja. As quinze horas houve reunião de todos os grupos da Paróquia com o Senhor Bispo e Senhor Cónego. A Fraternidade este-ve representada por vários elementos. Na hora da apresentação o Presidente usou da palavra que por ter o tempo limitado apenas fez referência da Fraternida-de número de leigos que a constituem, o Leme Domi-nicano, o Carisma da Fraternidade e do leigo. Seguiu-se a Eucaristia muito participada. A Paróquia convi-dou mais uma vez a Fraternidade para rezar o terço nos dias 21 e 28 na Igreja de S. Pedro ás 21,00h, con-vite prontamente aceite. O Senhor Bispo vai conti-nuar a Visita Pastoral a outras Paróquias. No dia 31 vai visitar Grijó onde temos leigos Dominicanos, pois lá estará representada a Fraternidade se Deus e S. Do-mingos nos ajudarem.

Saudações em S. Domingos.

A Fraternidade Dominicana de Macedo de Cavaleiros

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Laicado Dominicano Maio/Junho 2015

FRATERNIDADE DO PORTO

- Dia de Santa Catarina de Sena

No passado dia 29 de Abril a Fraterni-dade do Porto e a comunidade dos frades do Convento de Cristo-Rei cele-braram o dia de Santa Catarina na Eucaristia paroquial das 19 horas.

A celebração foi presidida pelo frei João Leite, Promo-

tor da Fraternidade, e animada pela Fraternidade. Na homilia o frei João recordou alguns momentos mar-cantes da vida de Santa Catarina e no final da Cele-bração o Presidente José António Caimoto leu um texto retirado de um dos seus livros.

- Falecimento da Maria Fernanda Apolónia

Foi no passado dia 23 de Maio que a muito querida Fernandinha partiu para o Pai, após um prolongado tempo de fragilidade física que a impedia há algum tempo de sair de casa.

A Maria Fernanda nas-ceu em Junho de 1930 e entrou para a Fraternidade do Porto em 24 de No-vembro de 1963, juntamente com o seu marido Hen-rique Coutinho da Fonseca. Também foi no mesmo dia, a 28 de Abril de 1968, que ambos fizeram a sua promessa definitiva.

Para além do seu compromisso como leiga domini-cana, ao longo da sua vida a Maria Fernanda colabo-

rou activamente na Paróquia de Cristo-Rei em varia-dos serviços, dos quais destaco o seu trabalho na Con-ferência Vicentina feminina e como ministra extraor-dinária da comunhão.

Foi mãe dedicada de cinco filhos e avó de seis ne-tos, sempre ao lado do seu querido Henrique.

A sua gargalhada sonora e o carinho com que sem-pre nos tratou são duas coisas de que me lembro com muita frequência, neste tempo em que ainda me estou a tentar habituar à ideia de que a Fernandinha já não está entre nós.

Cristina Busto, o.p.

FRATERNIDADE DE ESTREMOZ

A Fraternidade Leiga de S. Domingos de Estremoz,

realizou no passado dia 16 de Maio um Retiro, onde esteve presente o nosso Provincial Frei Pedro com a Palestra "Cristo é o rosto da Misericórdia". Na Eucaris-tia das 18.00 horas perante a comunidade cristã, fize-ram a promessa definitiva as nossas irmãs Cremilde Rodrigues e Rosa Arvana, assumindo assim mais um compromisso dentro da Fraternidade de Estremoz. A estas irmãs que deram mais um passo na Ordem de S. Domingos todos nós desejamos que o Espirito de S. Domingos as ilumine para continuarem a pregar o Evangelho de Jesus Cristo, a todos os que necessitam de acreditar que sem a presença de Deus nas nossas vidas não é possível viver.

Cremilde Rodrigues, o.p.

NOTÍCIAS DAS FRATERNIDADES

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Laicado Dominicano Maio/Junho 2015

Conforme programado, realizou-se o encontro da Família Dominicana de Portugal, em Évora, no dia 18 de Abril. Participaram noventa pessoas dos vários ra-mos da Ordem dos Pregadores, a saber; Padres Domi-nicanos, Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Se-na, Irmãs Dominicanas Missionárias do Rosário, Lei-gas/os da Equipa de Santa Maria, Fraternidades Leigas e simpatizantes da Família.

O encontro decorreu no Seminário Maior de Évo-ra, com a ajuda do Seminarista Tiago Carlos que provi-denciou junto dos Superiores a permissão para o uso dos espaços.

Na parte da manhã assistimos a conferência que a professora Dra. Antónia Fialho Conde nos apresen-tou, em resumo as diversas instituições monásticas que fazem parte da história da cidade, e com especial refe-rência; “A Ordem de S. Domingos em Évora”. A pre-sença dominicana em Évora, teve início no Séc. XII, permaneceu até ao Séc. XIX. Destacou a importância de personalidades ilustres, como André de Resende, Frei Bartolomeu dos Mártires, Frei Jerónimo de Azam-buja, Frei Luís de Sousa e Frei Francisco Foreiro (Secretário Geral do Concílio de Trento), ligados ao

convento de S. Domingos de Évora. Após a conferência houve o almoço partilhado no

refeitório, tempo de confraternizar e partilhar os “comeres” e “beberes” variados expostos nas mesas. A tarde até às 15h30, para quem desejou fazer, foi tempo para visita ao Museu de Arte Sacra, riquíssimo em arte e em história, onde estão expostas algumas obras que foram pertença dos conventos dominicanos.

A Eucaristia, na Igreja do Espírito Santo, foi presi-dida pelo Frei José Nunes e concelebrada por Frei Marcos, Frei Lucas e Frei António José. O Frei Junito, proferiu a homilia e nos fez o apelo a que não tenha-mos medo de anunciar o RESSUSCITADO em todos os locais, mais na Europa, que foi ponto de partida para outros continentes. Na animação litúrgica partici-pou o Coro do Seminário Maior, do qual é responsá-vel o Tiago Carlos. Acolitaram os acólitos da Igreja S. Domingos de Elvas.

Pelas 17h00, terminou o encontro e o regresso dos participantes para os locais; Elvas, Estremoz, Lisboa, Fátima, Abrantes e Leiria.

Lurdes Santos, o.p.

ENCONTRO NACIONAL DA FAMÍLIA DOMINICANA

FREI ALBERTO DE CARVALHO (1925-2015)

Faleceu no passado dia 1 de Junho o frei Alberto de Carvalho. Nascido em 21 de Setembro de 1925, ingressou na Or-dem dos Pregadores em 1955 e foi orde-nado padre em 1960. Após concluir os estudos de teologia, foi dar aulas para o seminário dominicano de Aldeia Nova, no Olival . Foi também sub-director da Casa da Criança—Obra do frei Gil– e em

1999 integrou a comunidade de Fátima, até à data do seu falecimento.

Colaborou na revista mensal “Rosário de Maria” e no boletim trimestral “Rosário e vida cristã” e escreveu o livro “Frei Gil e a sua obra”. Visitava os doen-tes, levando-lhes a Sagrada Comunhão.

Cristina Busto, o.p.

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Laicado Dominicano Maio/Junho 2015

NEM TUDO É MAU

Recentemente, encontrei por mero acaso uma notícia que dava conta que a India havia consegui-do erradicar essa terrível doença que é a poliomielite.

Para além desse feito notável, o texto destacava que tal havia sido alcançado em apenas 2 anos. Num país tão populoso (mais de 1200 milhões de pessoas, aquela doença tinha tido num passado recente uma significativa taxa de incidên-cia. Era mesmo ainda há alguns anos, o país onde mais surgiam novos casos em todo o mundo. O Governo indiano lançou em 1995 um vasto programa de vacinação e combate á doença, o que levou em poucos anos à sua redução a mui-to poucos casos por ano. Mas con-tinuava a existir e o objectivo do Governo, juntamente com a Orga-nização Mundial de Saúde era a sua completa erradicação. Em 2 anos e graças a um esforço massi-vo, foi finalmente alcançado esse objectivo, a total erradicação da doença. Desde 2011 que não se regista qualquer novo caso. É algo bonito e que devemos dar graças.

Reparei também que junto a essa notícia, havia uma série de ligações para outras notícias relaci-onadas. Nomeadamente com os chamados Objectivos do Milénio.

Os OM são uma iniciativa do ONU iniciada no ano 2000 e que visa em 15 anos (até 2015, este ano precisamente), alcançar gran-des mudanças no mundo inteiro ao nível do Desenvolvimento Hu-mano mediante a fixação de 8 grandes objectivos.

E logo o primeiro Objectivo (diminuir para metade a propor-ção a população com rendimento inferior a um dólar por dia e a proporção da população que sofre de fome), foi alcançado! Em 2010, cinco anos antes do previs-to! O segundo Objectivo: assegu-rar que todas as crianças possam obter educação até ao primeiro ciclo de ensino primário. É Objec-tivo ainda não alcançado embora tenha tido uma evolução muito positiva, com o indicador a passar de 82% para 90% em todo o mundo. O terceiro OM: Eliminar a discriminação de género no aces-so ao ensino primário e secundá-rio até 2005 e em todos os níveis de ensino até 2015. Em 5 anos o mundo conseguiu alcançar a igual-dade no acesso ao ensino primá-rio. Nos restantes níveis de ensino ainda não. No 4º Objectivo, pre-tendia-se reduzir em 2/3 a taxa de mortalidade infantil. Em 2013 tinha-se conseguido baixar em

50%. Não se atingiu ainda o Ob-jectivo, mas não deixa de ser um resultado notável e feliz. O 5º OM seria o de reduzir em 75% a mor-talidade materna. Até 2013 havia descido 45%. Ainda assim, uma evolução muito positiva. No 6º OM seria parar o crescimento de casos de HIV/SIDA e garantir acesso a tratamento. Entre 2001 e 2014 o número de casos novos diminuiu 44%. Em 2010 foi alcan-çado o objectivo de todos os doen-tes terem acesso a tratamento. O 7º OM será o de reduzir para me-tade a proporção e população sem acesso a água potável e a sistemas de esgotos. Objectivo alcançado em 2010. Entre 1990 e 2012 mais de 2,3 mil milhões de pessoas pas-saram a ter acesso a água potável. Por ultimo, o 8º OM seria o de avançar no desenvolvimento de um sistema comercial e financeiro não descriminatório. Ainda está longe de ser alcançado.

O que realmente me impressio-nou, sobretudo em alguns pontos chaves como redução de pobreza, acesso a água e ensino, foi verifica-rem-se progressos verdadeiramen-te impressionantes. Com impacto directo em milhões e milhões de pessoas. Por outro lado e como impressão negativa verifico o facto de estas Boas Novas não serem efectivamente do conhecimento geral. Sempre dadas com peque-nos destaques e rapidamente sub-mersas por porcarias sem interes-se. Tantas vezes parece que se pre-fere consumir apenas más notícias. Mas que as há boas, muito boas, há. E isso é bom.

Gabriel Silva, o.p. Fonte: Objectivos do Milénio

www.un.org/millenniumgoals

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F i c h a T é c n i c a Jornal bimensal Publicação Periódica nº 119112 ISSN: 1645-443X Propriedade: Fraternidade Leigas de São Domingos Contribuinte: 502 294 833 Depósito legal: 86929/95 Direcção e Redacção Cristina Busto (933286355) Maria do Carmo Silva Ramos (966403075) Colaboração: Maria da Paz Ramos

Administração: Maria do Céu Silva (919506161) Rua Comendador Oliveira e Carmo, 26 2º Dtº 2800– 476 Cova da Piedade Endereço: Praça D. Afonso V, nº 86, 4150-024 PORTO E-mail: [email protected] Tiragem: 410 exemplares

O s a r t i g o s p u b l i c a d o s e x p r e s s a m a p e n a s a o p i n i ã o d o s s e u s a u t o r e s .

Laicado Dominicano Maio/Junho 2015

LADAÍNHA À VIRGEM DE NAZARÉ

Virgem da casa pobre de Nazaré, velai pelos nossos pobres.

Virgem que amassastes o pão, alcançai-nos o pão de cada dia.

Virgem que embalaste o berço de Cristo, dai cora-gem às nossas mães.

Virgem que cuidaste de S. José, enchei de amor o coração das mulheres.

Virgem que trouxeste nos braços o Menino Deus, velai sobre as crianças.

Virgem que orientaste Jesus adolescente, cuidai da nossa juventude.

Virgem que experimentaste os caminhos do exílio, compadecei-vos dos que vivem sem casa e longe da sua terra.

Virgem que enfrentaste a tirania de Herodes, sede Mãe das vítimas das injustiças.

Virgem da angústia por teres perdido o Filho, olhai pelas mães que foram abandonadas pelos filhos.

Virgem que cuidaste da própria casa, trazei a paz às nossas famílias.

Virgem que perdeste o esposo, consolai aquelas que choram a morte dos seus maridos.

Virgem das dores ao pé da cruz, consolai as mães que perderam os seus filhos.

Virgem das alegrias da Ressurreição, reconduzi os filhos aos braços das suas mães.

Virgem com os Apóstolos no Cenáculo, protegei a Igreja com o vosso manto.

Virgem elevada ao céu em corpo e alma, ensinai-nos a morrer.

GUIA PARA UMA LEITURA DA ENCÍCLICA LAUDATO SI A encíclica "Laudato si”- Louvado Sejas- do papa Francisco, 246 pará-grafos divididos em seis capítulos, acrescenta um novo contributo à doutrina social da Igreja. É um tex-to articulado, muito específico em vários aspetos, que cita documen-tos de muitas conferências episco-pais, incluindo a portuguesa. Ao dirigir-se não só aos cristãos, mas «a cada pessoa que habita nes-te planeta», Francisco invoca a «solidariedade universal» para «unir toda a família humana na busca de

um desenvolvimento sustentável e integral». Bergoglio valoriza as palavras dos predecessores, como é o caso de Bento XVI, de quem reitera o con-vite a «eliminar as causas estrutu-rais das disfunções da economia mundial e corrigir os modelos de crescimento que parecem incapazes de garantir o respeito do meio am-biente». O texto, que pela primeira vez nu-ma encíclica inclui a citação de um místico do sufismo, Ali Al-

Khawwas, destaca também a «contribuição do amado Patriarca Ecuménico Bartolomeu», em parti-cular no que respeita ao seu apelo à «necessidade de cada um se arre-pender do próprio modo de maltra-tar o planeta». O papa propõe o modelo de S. Francisco de Assis, de quem se aprende como são «inseparáveis a preocupação pela natureza, a justi-ça para com os pobres, o empenha-mento na sociedade e a paz inte-rior».

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