lágrimas de letras

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Este é o meu novo livro digital. Distribuído gratuitamente, espero que todos baixe-o aqui. Descrição: Reuni conto, crônica e poesia. 48 páginas.

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Page 1: Lágrimas de letras
Page 2: Lágrimas de letras

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita do autor.

Page 3: Lágrimas de letras

Gilson Silva de Lima Todos os direitos autorais

reservados

Capa O AUTOR.

Dados de catalogação na publicação

LIMA, Gilson Silva de LÁGRIMAS DE LETRAS, Itupiranga/PA, 2015. Gilson Silva de Lima Organização do Livro Digital: Gilson Silva de Lima

48 p.; 14 cm x 21cm

1 Literatura brasileira – Crônica, conto e poesia 1 Autor. IV título

Page 4: Lágrimas de letras

Agradecimento

Ao Autor da Criação, que sempre esteve presente em minha vida dando-me forças mesmo quando elas pareciam não mais existirem. Que toda vez Si adianta, prepara o caminho e providencia a ponte para que eu possa atravessar com segurança o mar.

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Dedicatória

Aos meus familiares em geral;

Meus amigos;

E as poucas pessoas que me incentivaram a continuar...

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Apresentação

Iniciei a minha jornada como escritor em 2000. Quando ainda aluno de escola pública, escrevendo pequenas peças teatrais. Em 2002 com incentivos de professores e amigos comecei a escrever meus primeiros versos. Com mais alguns anos veio à evolução para a escrita de contos e crônicas.

Depois de muita leitura passei a entender o meu papel como escritor. Continuar mesclado numa engrenagem de escritores que sempre lutaram e lutam para melhorar as coisas no mundo através das palavras escritas conscientizando as pessoas e ao mesmo tempo expondo suas ideias e opiniões com a intenção de abrir novos horizontes.

Este livro é a reunião das minhas obras selecionadas nas antologias de diversas editoras, assim como outros trabalhos publicados em blogs e outros meios digitais. Também foram reunidos alguns escritos inéditos. O objetivo é despertar o senso crítico e reflexivo de cada leitor.

Pois, não adianta nada construir um castelo maravilhoso e não ter ninguém que more ou que o visite. Espero que este meu castelo de palavras seja aberto pelas mentes curiosas e ansiosas em explorar cada repartição. Não só com o intuito de passear, mas de refletir que o

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mundo e as vidas também são castelos e pode ter alguma coisa fora do lugar.

O autor.

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“As palavras são as ferramentas usadas para construir um novo mundo através da escrita e da leitura”.

Gilson Silva de Lima

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Gilson Silva de Lima

Lágrimas de Letras

Aprendizagem coletiva

Numa roda De

Papo Fábulas

De Príncipe vira

Sapo. E

Vice-versa Várias conversas, Tipo: Filme do Criador Histórias de amor

Desenhos animados, Legal!

Não, amigo boçal. (...)

O resultado final?

O tempo passa

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E cada um aprende Um pouquinho Do

outro.

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Canção viva

Fingi ter janelas trancadas e a chuva de tristeza Passando por elas intensamente nunca lhe mostrei.

Feito um bebe chorão, ontem um triste aljôfar derramei. Sabendo que o amanhã é um labirinto

Agora vejo que cem por cento eu não o protegerei. Depois que as gotas no chão mar viraram,

Espelhos de elos emocionais “perdidos” pra mim Despertaram em decepções e muita dor!

Espero que não tenham sequencias mais assim Nem tudo aceita um ponto final, nem mesmo o fim.

Pois, quando se ama a alguém docemente, Há uma canção viva dentro do coração

Que com suave som e melodia tenta resgatar Laços que continuam firmes e difíceis de desamarrar Mesmo a

distância as lembranças não há como controlar. Agora vejo que cem por cento eu não a protegerei

Como uma criança chorona, ontem um magno aljôfar derramei.

Sabendo que um novo dia é um labirinto Janelas trancadas, fingi ter e as lágrimas de dores, Saindo

delas fortemente nuca lhe mostrei.

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

O Sol da Justiça

Quando o Sol da Justiça É invocado através da oração ELE vem para queimar todas

Às impurezas que existem dentro do coração. A partir de então,

Pelas veias o sangue circulando Passa por um processo de aceleração. Substituído o

material nutritivo e o oxigênio E as células passam a se alimentar

Da comida mais forte e energética: O Verdadeiro Amor!

Nesse instante, este novo sangue, É bombardeado até o cérebro numa Velocidade que ultrapassa a da luz

E as escamas caem uma a uma dos olhos. A cegueira é vencida e nasce nova LUZ!

Livre das correntes das trevas Começa-se normalmente a entender

O que nunca se viu e o que “ninguém” Esforça-se pra ver...

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

O Supremo Poeta e Artista

ELE desenhou todo o universo Por fim a terra, e ao homem a vida deu.

Das costelas do ser masculino a mulher pintou E os entregou o belo jardim que se “perdeu”.

Escreveu os mais sábios e belos versos Através de homens inspirados pelo Espírito Santo Publicou-

os num livro que é o começo e o fim. É o Artista, o Poeta, o Arquiteto e Tanto...

Foi capaz de fazer muros de água Quando abriu o enorme e temido Mar Vermelho

O que até hoje nenhum terrestre engenheiro conseguiu. Alguns a fazerem pontes das quais muitas já caíram.

Veio à Terra e se tornou um humano carpinteiro

E se tua casa de repente desabou Ainda duvida que ELE é capaz de reconstruir?

Se dentre os mortos com poder e glória renasceu.

A verdade agora penso que o amigo entendeu:

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Nem Leonardo da Vinci chega à unha de seu pé, Porque ELE é supremo de tudo em tudo no todo,

UNO, a suprema sabedoria ELE é.

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Espada atravessada...

Enquanto os homens não entenderem Que a guerra só traz destruição. Enquanto não abrirem os olhos

Enxergando que em cada esquina Existe um mendigo pedindo pão.

Enquanto não perceberem que a violência Tem dominado a nação.

Enquanto não se derem conta Que o alcoolismo derrama lágrimas De

sangue de um filho pequeno sozinho Largado no lar pedindo alimentação.

Enquanto a ignorância, a soberba, O ateísmo, a maldade, o ódio, a ganância,

O orgulho, a falsidade, o engano, A mentira, dominarem a suprema razão. Enquanto

o antropocentrismo for o sabichão. Enquanto o verdadeiro Amor não reinar na emoção. Enquanto o

ser humano não entender Que é feito de carne, osso e sopro de vida,

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Portanto, um ser totalmente frágil. Estarei com a espada atravessada No meio do meu triste coração!

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Tudo

“Tudo” que eu mais queria, era apenas um diferenciado dia,

Onde a coisa mais importante fosse o amor A humanidade fosse criança

O dinheiro absolutamente sem valor O sorriso não a falsidade, mas a esperança,

O ser humano um liberto sonhador O mundo um carrossel, um parque de diversão,

Da violência nem lembrança, só alegria dentro da televisão,

O reconhecimento de que o homem não é sabichão Os animais não são irracionais, nem merece da espécie a

extinção, O memorial de que um carpinteiro foi pregado numa cruz

cruel Provou do céu ao inferno puro fel Tudo para

todo mundo usufruir do mel. Fernando Pessoa pudesse ver que estava errado: Que o homem

não é melhor que uma pedra A pedra goza da característica eternidade

A adjetiva quietinha lhe cai muito bem Assim não há curiosidade, não há maldade,

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Não há falsos abraços, não há ação e reação, Não há planos malignos, não há mentiras...

A pedra não tem sentimentos assim não produz emoção E aqui está a “inferioridade” do homem Pois,

os sentimentos usados incorretamente, Causam dor, sofrimento, muita destruição! Apagamento de Deus, revolta, ingratidão. Gratidão, outra superioridade da pedra,

Que Fernando Pessoa não percebeu Porque faça inverno, faça verão,

Ela continua no mesmo lugar sem nenhuma reclamação.

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Lamento de um cidadão

A cidade era alegre e festiva “Todos” viviam da economia da castanha Frequentavam o

restaurante da Mestiva Divertiam-se com as histórias de Vovó Aranha.

Aí! Chegaram uns homens boias finas

Prometeram uma grande serraria montar Gerar mais emprego até para as meninas Todo mundo iria subir na grana e enricar.

Ruim! A realidade não foi bem assim

Todo o arvoredo de castanheira foi derrubado Não sobrou um pé pra ninguém nem mesmo pra mim

Todo o lindo arvoredo econômico serrado.

Os empresários da noite para o dia ficaram milionários Aos moradores restou o desemprego e um alto índice de

violência Nunca mais a cidade exportou castanha para a Itália Hoje os comerciantes vendem a janta para comprar o

almoço, completa falência.

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E as crianças juntam restos no lixão

Tudo por causa de promessas aceitas e em vão Saudades?! Muitas! Cidade de emoção!

Já foi antes da triste sorte da população!

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Lágrimas de letras

Durante todas as gerações Muitas lágrimas de letras têm escorrido.

Pelo chão, pelas ruas, pelos calçadões, Pelos bancos das praças, pelas roças, pelos casarões,

Pela nobreza, pela burguesia, pela pobreza, Pelos amores perdidos, pelos filhos abandonados,

Pelas mães inconformadas, pelos sonhos não realizados...

Elas estão escorrendo a cada novo nascer Do Sol e a cada abertura das páginas de um livro, letra de

uma canção, Ou um quadro na parede que não é para decoração. Elas

venceram guerras, ditaduras, preconceitos, perecer, Mentiras, enganos, falsidades, maldades e em alguns casos

a corrupção. Criaram guerreiros e defensores da humanidade

Homens que morreram pela justiça, pela democracia, pela união,

Conhecidos por todos como heróis de coração.

Eles são os artistas, os poetas, os escritores... Enfim, os “maiores” pilares sonhadores. Então, a partir de hoje quando abrires as páginas, De um

livro, lembra-te que ele é feito de pranto.

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Por muito e mais outro tanto De elos rompidos, de heróis mortos, de guerras cotidianas, De vitórias diárias e de batalhas “totalmente necessárias’’. De motivados que viveram e vivem entendendo a suprema

razão. Suprema razão. Razão suprema.

Suprema razão, razão suprema.

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Controvérsias

Alguém dono de milhares de tijolos Não consegue sequer construir

Uma casinha de cão. Um sábio juntando todos os dias

U’a unidade consegue levantar uma mansão.

Um soldado pode atirar com um canhão E o alvo não acertar meu irmão.

Um mestre com uma pedra derruba um gigantão.

Existem momentos que Uma mão amiga é necessária. Outros que palavras para motivar Só vão

atrapalhar.

Alguns acreditam que o dinheiro

É para o mundo a solução. Mas os que prevalecem com a razão

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São os que acreditam que a união Através do amor tece as veias dos corações.

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Antes que seja tarde demais

O som do seu coração é diferente do meu Nem precisa me falar que cada ser humano é ímpar

Não é nesse sentido que me refiro ao teu... Quero apenas que viva no mesmo ambiente que eu E

respire puro ar!

Mas você continua a insistir nessa ideia disturbada de

ganhar Muito dinheiro custe o que custar

Por que nossa perspectiva sobre a felicidade É antônimo de amar?

Converso que também já tive o mesmo propósito Antes de ser maduro e parar para pensar

Agora com todas as palavras posso te afirmar O quanto meus olhos são capazes de enxergar

Que ser feliz não tem nada haver com ter um bilhão Só com as coisas boas que se planta dentro do coração!

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

O perigo...

Não é digno de confiança todo sorriso Nem qualquer abraço ou beijo no rosto Também

toda bela mensagem não é o paraíso Devemos nos indagar antes do gosto.

O que de fato está escondido em cada expressão? Será a verdade, o engano, a mentira ou a falsidade?

Qual dessas revela a verdadeira desconhecida intenção? Talvez realmente a gentileza, a amizade, o amor...

Ou virá depois somente a dor? Não existe maneira perfeita de adivinhar,

Nem de saber. Mas se as ondas estiverem altas no mar

No porto um barco bonito, porém cheio de buraco, Não dá pra navegar.

.

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

O problema

Muitos estudam, os idiomas vários são: Do grego ao francês, do inglês ao alemão...

Diversas linguagens que se transformam em comunicação. Existe uma, um mistério nem sempre entendida pela

suprema razão. Outra que através da fé transforma coração.

Mas não são perfeita "todas" elas porque não estão fundamentadas

Com a linguagem que deveria ser universal: O Amor. O amor é a linguagem matemática algébrica, Tantas incógnitas que formam a complicada equação. Aqui

está o segredo do mundo não ter encontrado O remédio, a definitiva solução:

Nunca todos conseguem encontrar junto o mesmo Valor de x e y da incógnita algébrica expressão.

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Os olhos do coração...

Existem jardins na vida de qualquer humano,

Onde as flores estão misturadas com espinhos. E a capacidade de decidir tem que ser feita: Sentir o cheiro das rosas e depois perceber

Que elas murcharam rapidamente Ou ser furado pelos espinhos dolorosamente...

Com o tempo aprendendo que às vezes a decisão Mais dolorosa é que nos traz a reflexão

O caminho muito fácil nem sempre é o correto Ele engana a nós assim como um sorriso de uma

Pessoa com a mente e maldade no coração. Mas, se o problema for bem maior no caso de, Uma estreita estrada e a gente no meio tendo À esquerda pregos com pontas bem afiadas

E a direita espinhos muitíssimos mais afiados E os lados com onças prontas a nos devorar Ai, o modelo aqui adotado de comparação,

É meio distante. Mais para fim de conclusão É a mesma coisa de uma criança com dez centavos No bolso que deseja comprar o doce e o pirulito Ao

mesmo tempo, porém ambos são vinte centavos, Neste caso, o conselho de Cecília Meireles,

Passa a ser uma ordem direta: “ou isto ou aquilo” Quanto à obstrução não me refiro a qualquer tipo de

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decisão Somente aquela em que não se podem usar os olhos do

coração. E a diferença será feita pela predominância da razão.

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Alimento esperanças

Sob a cortina azul eterna Bordada de constelação! Queria

banhar-me todo em luar. Oh! Saudades da Lua do Sertão! Mas

não choveu sobre mim sua luz Então de repente um amigo me ligou da praia de São Luís

Lamentando que também não chovesse a Lua no mar Quando terminei de ouvir a informação

O que me restou nas janelas da alma Foi uma aurora boreal que adormeceu No peito um desejo em que se perdeu Pois, não apareceu a “bola” amarela,

Que clareia a escuridão e bombardeou assim, Da noite estrelada as últimas pétalas de rosas,

Somente a orquestra de insetos rodeou A madrugada de frio e melodia chorosa! Até mesmo o pobre cocorocó amanheceu

Enquanto a matina no terreiro cantou E o dia exibido a noite em seu colo de satisfação carregou

Dando espaço para o astro Sol Que feliz pelos campos verdejantes andou

Se metendo a despertar em mim por entre sonhos o sonhar

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De um passado de agora a ressoar Sem rios a confluir eu sou um mar

No entanto, os olhos do vento me trazem esperanças, Porque aprendi lendo Manoel de Barros Que “é nos desvios que encontramos as

Melhores surpresas e os ariticuns maduros.” E assim, quem sabe numa próxima noite quando a Lua

renascer, Terei encontrado algo que almejo

E já não estará mais cantarolando em meu coração A triste e desprezível decepção!

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Amor de mãe

É um tipo estilo número uno ímpar Onde braços sempre abertos estão

Processo têxtil ultra refinado de amar. Tece os belos conselhos através de palavras E planta a semente da sabedoria no coração Do filho, e por ele seria capaz da vida trocar,

Quando em solo fértil ela não só cresce como vira um jardim

De todas as belas espécies de flores, é díspar. Honrá-lo não só prolonga nossos dias terrestres de vida Mas, nos

fazem o outro lado enxergar, E os provérbios do sábio rei Salomão

Feito colar em nossos pescoços, devemos carregar, Ah! É o amor meigo, defensor, cuidador, Carinhoso, solidário, divisor, protetor...

É o fiel amor, é o amor de mãe. Verdadeira mãe, Que assume suas responsabilidades independentes

De vida financeira ou qualquer outro fator. É um lindo amor, é o amor de mãe!

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

De “tudo” e mais um pouco

Eu fui picolezeiro, engraxate, sorveteiro, Auxiliar de carpinteiro, catador de latinhas, choppeiro, Ajudante

de eletricista e também de pedreiro, Crediário, pescador, vendedor de remédios, carvoeiro, Agente de

portaria, diarista, bloqueteiro, Açaizeiro, coxeiro, pasteleiro, buritiqueiro,

Juquireiro, descarregador de caminhão e vazanteiro...

Hoje sou professor, poeta e escritor. Mas não me esqueço da humildade

Nem da longa vida diária de “sofredor” Que ensinou e me ensina o segredo da dignidade

E reconhecer um brasileiro como guerreiro lutador.

A perceber que o “tudo” é o “nada” A coisa mais importante sempre foi

Continuará sendo o Amor do Senhor. Que esteve e está ao meu lado

Aos momentos de alegria e tristeza!

De tudo e mais um pouco eu fui, eu sou. Não esquecendo que Ele me ajuda e me ajudou.

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Morador de rua

Vi um homem carregando caixa Ouvi uma voz dizendo casa Percebi a noite chegando

Vi o mesmo homem o chão forrando Só então entendi, que lá, Morava

a fome, o frio, a solidão... O cobertor jornal e pedaço de papelão...

Enxerguei o extremo da pobreza O ser humano tratado sem delicadeza

O pranto que partiu meu coração!

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Menino prodígio

Já me contaram a história Que não é fantasia nem alegórica.

Em algum lugar do Brasil A professora aos alunos a tarefa pediu:

Que escrevessem sobre as sete maravilhas do mundo O tempo passou e a “turma” terminou

Exceto o menino no canto do fundo da sala Como a classe toda na frente o exercício apresentou A

professora para o jovenzinho perguntou Estava-se a ter dificuldades

Ele respondeu que não, já havia terminado, Então a professora pediu que ele apresentasse suas

beldades. Ele disse: - Pra mim, as Sete Maravilhas do mundo não são

bens materiais, Nem deles vou cantar.

Mas são: Ver, Ouvir, Falar, Rir, Andar, Sentir e Amar.

(Ao amigo Diego, o primeiro a

desvendar esta história fantástica e compartilhado comigo)

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Quando...

Quando o egoísmo do homem Conhecido como razão Deixar o lugar para a sensibilidade Neste

dia o mundo conhecerá O poder da palavra civilização

Não precisará de advogado Nem de códigos burocráticos para alguém dizer:

- Sou cidadão! Nem de CPI no senado ou em qualquer outro

Órgão político para investigar a corrupção Polícia já não existirá mais: por quê?

O ladrão saberá que roubar doe no coração Os adolescentes não estarão interessados

Em cursar somente uma graduação Que no futuro trará como retorno uma alta remuneração

Entenderão que qualquer profissão Exige responsabilidades independente de cargo ou função

Assaltar também não será uma opção As grades da mente são piores do que qualquer prisão O Individualismo que é o rei absoluto cairá do poder

E perderá a sua exaltação Um novo governante se levantará

Será conhecido como Coletivo ou Trabalho em Equipe

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Erguerá um mundo novo e trará A Paz para a mundial população

O Conformismo se lamentará Porque toda a sociedade entenderá

Que o Inconformismo não é a ganância nem a ambição Mas o pilar que sustenta a mudança e a renovação.

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

As estações

Dentro dos corações Mil emoções! Sentimentos As estações!

Que ensinam Individualmente

Ao homem e As gerações,

Muitas lições.

Memórias...

Que não se realizaram! Sofrimentos... Que ficaram!

Momentos de flores, Espinhos, Tristezas,

Felicidades, E saudades! Dentro

dos corações

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Mil emoções! Sentimentos As estações!

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Os tempos mudaram

Minha terra sem palmeiras, Apedrejaram o sabiá!

Os pássaros, que aqui não cantam, Também não cantarão lá!

Nossas florestas não têm árvores Nossos biomas não têm faunas,

Nem floras. – Só dor! – Ah, que dor! Nossas “vidas”, sem amor!

Eu não sinto alegria,

Nem cá nem lá! Minha Amazônia sem arvoredos; Queimaram a arara-azul-de-lear!

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Supremo paraíso

Desde quando menino eu era

Ouvi falar de uma terra de soberana primavera! Um lugar onde as ruelas de esmeralda calçadas são

As casas são feitas de maciço ouro Todos conhecem o impacto explosivo da palavra união O coração de cada ser humano é o mais puro tesouro A

chuva é de chocolate a embelezar As montanhas de doces coloridas a brilhar

Ao redor da praça composta de todos os tipos de diamantes

Que impressionam com um fortíssimo cintilar! Os veículos são as nuvens de algodões de estrelas

guarnecidas A água brota do mais belo e saudável ar

Os rios são de leite e de mel é o mar Os homens não possuem nenhuma maldade

Conservam assim a tradição de diversas qualidades: O amor, a justiça, a honestidade, a solidariedade e a

humildade. São algumas entre tantas outras verdades.

Sem nunca existir nenhum pingo de falsidade. E quando a noite chega às lâmpadas

São diversos gigantescos vaga-lumes a bailar Nas ondas do vento com um belíssimo lume a transfigurar.

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Da floresta saem vários bichinhos de estimação Elefante, tigre, onça, girafa e leão, São alguns modelos exemplares.

Completando-se com o sorriso de cada criança ou rapaz Num Uno Sistema de Magnífica Paz!

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

A vida cor-de-rosa

Sabe aquele velho sonho de paz De casar possuir filhos e educar

Ver um político como um bom rapaz Quando precisar o hospital público saudável estar

Convidar os familiares e pelas ruas passear Com a certeza que depois todos estarão reunidos no lar...

Sabe... Descobre-se... Que o mundo faz com que nossas vidas

Sejam bem diferentes do que desejamos... É o trabalho que rouba nosso tempo

O salário que no final do mês é engolido pela inflação Uma bala perdida que pode atingir o nosso coração

Uma criança desnutrida dentro do lixo mendigando o pão...

Stop... Pausa... Medita... Assustado se admira com espanto que a vida não é nada

cor de rosa!

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Que sentido tem a vida sem amor?

Numa noite que as estrelas Trocavam correspondências com a lua! Que dava para ouvir o grito de barco no mar O

ronco de moto na barulhenta rua Uivado de cachorro alto a ladrar

Um coração triste solitário a despertar: Pra que tanto sonho sem viver o sonhar? Passar o

resto da vida sem nunca poder tocar? Não provar nem conhecer o sabor de beijar?

Não amanhecer e dormir com o perigo de amar? Que valor tem a pobreza ou a riqueza diante do amor? Pra

que servirá as estrelas e o luar? Até o mais otimista romancista percebe

Que só romance não alimenta a alma de sentimento. Que amor incondicional somente dentro da imaginação é um

grande tédio! Que a vida parece que vai perdendo o sentido a cada

momento. Que um coração não nasceu pra nunca de amor morrer.

Mas com ele todos os dias procurar viver!

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Memoráveis lembranças

O coral de cigarras com grilos, Cantam as cantigas da minha história

Registrada em doces memórias Nas trilhas de imensas saudades! De quando eu, inocente menino,

Ouvia tua inteligente arte: Ensinamentos e amorosos conselhos

Que até hoje, viajam comigo, Pelo mundo, por toda parte.

Eu errando ou acertando, A senhora sempre queria saber

Assim, dependendo da situação, Usava provérbios sábios para me proteger. (...)

Naquele dia de céu avermelhado Sem o lindo Sol dourado... Eu

olhei suas pupilas de mar Aquela sua voz a me acalmar! Abriu a janela do meu peito

Montou os alicerces do verbo, amar! Não importa por onde

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As ventanias da vida me levem... Eternamente as lembranças brilharão

Que talvez eu fosse o brilho e o encanto De um neto compreensivo e muito leal?

Não sei a resposta. Mas aqui minha avó, no baú, Do meu coração és especial!

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Ressurreição de recordações

Anjos trovadores de melodia Com notas bailando em cordas de violões

Desbravam os mares das minhas emoções! São arranjos de saudades escritas

Em detalhes de lágrimas Com som de guitarras a ecoar

Lembranças floridas em que As tempestades da vida tentam levar.

São auroras em meu coração Que nem mesmo a mais profunda escuridão

Sobre o abismo fatal, conseguiu consumar. Elas renascem toda vez em campos harmônicos

De uma inspirada canção Em voz lírica, acompanhada, Com um conjunto instrumental

Acordando sempre meu lado sentimental!

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Resumo descritivo

Eu não sou príncipe Mas almejo uma mulher princesa

Reluzentes olhos de esmeralda Um ouro o coração de beleza!

Una guerreira dedicada e compreensiva, Que em cada sorriso ou palavra: a destreza. Energia

positiva iluminando o meu egocêntrico Sol de sensibilidade e raios de magna delicadeza!

Cujo seu rosto lindo inspire-me confiança Colorindo a alegria ou borrando a tristeza

Onde eu anelo encontrar um mar de conforto Em seus braços, única segura fortaleza.

Bela flor da qual me refiro Humildade mania de realeza

Não é muito fácil de achar No florido jardim da linda natureza.

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

O tempo me ensinou...

Desde menino a ser um guerreiro. A carregar em minhas veias a paz

E espalhar pelo mundo como mensageiro.

A entender que a fé ultrapassa As barreiras do impossível Dissipa o forte negativismo Clareia a cruel escuridão.

Quebra as correntes do conformismo Planta a semente do verdadeiro

E belo amor no coração!

Que entre tempestades de invejas Germina rasgando o comodismo

Cresce vigorosa e muito bela Chega à fase adulta sem exibicionismo

Depois de virar árvore, produz bons frutos. Especialmente o de compreensão

Diz adeus ao maligno e maldito orgulho E fortifica suas raízes sob o chão de gratidão.

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Os olhos dos “homens”...

Cintilam refletindo o que está no mundano coração Cheio de ganância com ecos de ambição Pregando

que depois do Antropocentrismo A rainha soberana de tudo é a razão.

Matando os gritos de socorro da emoção! Criando assim, o “erro” em cada ação, De

pensar que os animais são Apenas bichinhos de estimação.

Mas quem é que ganha a questão? Os homens que transmitem em seus olhos

Que se acham tão “sabichões” Ou os animais sem dinheiro e sem “razões”??!

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Canto amazônico

- A madeira...? - O fogo queimou!

- O fogo...? - A chuva apagou!

- A chuva...? - Secou e a cinza restou!

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

Qual terá sido a decisão dele?

Lápis, canetas, borrachas e marcadores de texto espalhados sobre a mesa; papeis e documentos no chão. Mateus sentado numa cadeira no canto da sala do seu escritório tomando suco de maracujá. Depois de um ataque de nervosismo, havia parado para refletir. Refletir sobre as dívidas acumuladas, a falta de recursos, falta de tempo aos filhos, à esposa, ao descanso, enfim a tudo. Então ele si perguntou quê vida estava vivendo, se obteve alguma vantagem de onde veio, ou não. Desde menino era acostumado com a liberdade.

Aprendeu a correr atrás das gaivotas, a se banhar na areia da praia, a olhar o céu noturno estrelado, a passear no caminho cercado por roseiras brancas, vermelhas, rosas; a sonhar alto. É no momento do sonhar alto que ele se lembra de que não pensou nas consequências. Tão obcecado por se tornar empresário, ganhar muito dinheiro, que não analisou o lado negativo. A falência, a morte da sua vida para uma nova vida sem vida. De repente algo quebra o seu silêncio, o seu meditar.

É a pia que ele havia esquecido a torneira aberta, agora derrama água para todos os lados. Ele corre para fechar, e ao fechar começa relembrar retalhos da antiga vida com vida. Olhando para água dentro da pia, lembra-se das águas do Tocantins. Entra uma alegria tão intensa no seu peito, uma mudança completa de face, de cara triste para sorriso largo.

Page 53: Lágrimas de letras

Começa então a viajar no mundo das lembranças. Lembra-se de quando passava horas e horas tarrafeando, pescando. Colhendo os legumes, o arroz, o feijão em sua pequena vazante.

Das várias pedradas de baladeira disparadas para espantar os camaleões. Do Fofinho, um boto que sempre acompanhava sua canoa pedindo peixe. Enfim, Mateus se lembra do tempo em que sua vida tinha vida! Em que todos os dias, ganhava a vida com uma nova vida com vida sobre o rio Tocantins! Mateus cheio de saudades e com muita felicidade arranca o terno, a calça social, os sapatos, a gravata e as meias. Vai ao banheiro e sai com um chapéu de palha na cabeça, uma camiseta, um calção e sandálias havaianas.

Fico desesperado, tentando descobrir qual a decisão ele tomou. Mas Mateus não murmura nada, simplesmente deixa seu carro zero na calçada, mete a mão no bolso puxa umas cédulas e compra uma bicicleta de um rapaz que estava frente a sua empresa. Monta meio enferrujado dá as primeiras pedaladas, feito bêbado, depois se apluma e desaparece no horizonte

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Gilson Silva de Lima Lágrimas de Letras

As escolhas e as reviravoltas que elas podem causar

Aos dez anos de idade estava decidido: queria ser milionário. Um sonho que preservou até aos vinte e cinco anos. Mas, o tempo que muda planos, sonhos e tudo transforma o fez enxergar o outro lado da vida: dinheiro não é tudo. Nem compra tudo.

Então, traçou uma filosofia de vida, queria ser feliz, mesmo sabendo que o mundo possui muita maldade. Certo dia, Chico Oliveira ao sair para comprar pão conheceu Martissa. Marcaram um encontro e começou a fase de namoro. Logo ele ficou sabendo que ela tinha 28 anos, era herdeira de grande fortuna que seus falecidos pais haviam deixado, a qual ela sonhava em aumentar.

O que ele ainda não sabia é que Martissa sempre colocava o dinheiro em primeiro lugar, zombava de Deus, pois o seu deus era lucro e mais lucro... Convidado a frequentar a casa de Martissa pela primeira vez, Chico Oliveira ficou admirado com tanto luxo e boemia que Martissa tinha tudo em um só lugar. Lembrou que havia desejado ser assim, não resistiu à tentação, com tanto encantamento passou a viver um mundo de ilusão.

Naquela mesma noite o namoro se transformou em amor ao culminarem a realização do desejo na sala sobre o

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tapete com boa dose de sexo e prazer. Passados alguns dias resolveram morar juntos. Foi só então que Chico Oliveira passou a conhecer o outro lado de Martissa, a ganância, a cobiça e a ambição insaciável por riqueza. Resolveu chamá-la para conversar e explicou que havia outras coisas que gostaria de fazer.

Como passear, assistir as estrelas a brilhar sob o céu, amar e ser amado. Suas palavras suscitaram a ira de Martissa que desabafou ao jogar na cara dele que havia realizado seu sonho, de ser milionário. Que comprava carro, roupas de marcas, sapatos da moda, que lhe dava de tudo. Que poderia ter sido qualquer outro, mas ela o escolheu e o tornou grande tanto em postura como em nome.

Durante sete meses de relacionamento Chico Oliveira nunca tinha sido esmagado, humilhado, açoitado de modo que doeu bastante. O que mais doeu foi ouvir que ela dava de tudo. O que não era de se concordar, faltava o mais importante: o amor da primeira noite no tapete. Depois da primeira noite ele vinha observando que ela fazia sexo simplesmente para se satisfazer.

Se ser milionário significava abrir mão do amor e tentar ser feliz, Chico Oliveira não queria. De cabeça quente disse a Martissa, que ela deveria fazer uma escolha, ele ou o dinheiro. Martissa perguntou se ele tinha alguma dúvida quanto a sua escolha. No fundo dos olhos dela ele viu a resposta e se lembrou da sua filosofia de vida que havia traçado.

Ela não iria mudar, as pessoas não mudam do dia para a noite. Esperar por tal mudança seria ver o tempo passar e a velhice chegar. Pensou ele. Saiu da mansão da Martissa indignado, apaixonado, desesperado. Ter sido trocado pelo dinheiro, significava que seus valores não valiam nada, ele não valia nada.

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Depois de muito ter chorado sob uma mangueira, enxugou a ultima lágrima e decidiu voltar para a casa dos seus pais quando de repente deu de cara com uma mulher que pedia coleta para arcar com as despesas de enfermidades da sua mãe. Meteu a mão nos bolsos e encontrou todo o resto de dinheiro que Martissa o havia dado, deu tudo à estranha mulher e em seguida saiu correndo. Enquanto Martissa estava em sua bela mansão com o ar de poderosa, pensando que Chico Oliveira iria voltar.

Mal sabia ela que já o havia perdido pra sempre. Pois, “tudo” que Chico Oliveira queria era ser milionário e viver sua filosofia de vida. Mas, se não dava pra viver os dois, não abria mão da sua filosofia de vida. Porém, Martissa não abria mão do luxo e da boemia para viver um sonho tolo. A disputa já durava trinta dias, quando Chico Oliveira ouviu bater a porta do seu quarto que ficava num puxadinho nos fundos do quintal da casa dos seus pais. Quando abriu, uma mulher morena, olhos azuis, cabelos longos e lisos, boca perfeita aos seus olhos e uma voz tão calma e doce.

Era a mulher que ele havia ajudado dando o dinheiro. Ela se apresentou e agradeceu pela contribuição. Ele pediu que a entrasse, preparou um suco de maracujá e a ofereceu dizendo que era vitamina relaxante. Numa troca de dialogo emocionante, depois de algumas horas os dois se aproximaram e rolou um beijo na boca. A partir daquele momento, a um novo amor Chico Oliveira se entregou. Cinco dias depois que ele conheceu Marta, Martissa ficou sabendo, ficou irada, como sempre acontece com quem tem muito dinheiro e acha que pode comprar tudo e todos.

Pensou: “vou te mostrar a força do meu deus”. Contratou os melhores pistoleiros da região. Deu ordem: “acabem com a vida de Chico Oliveira e da sua amante”. Mas, o

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que Martissa não sabia era que quando uma amizade é verdadeira, verdadeira até na morte. Um dos pistoleiros era amigo de infância de Chico Oliveira. Apesar de que eles escolheram caminhos diferentes, Paulo respeitava e admirava Chico Oliveira. Por isso, o avisou da emboscada e mandou-o fugir. Da noite para o dia, Chico Oliveira e Marta desapareceram.

Não foram mortos, mas sim, curtir uma vida amorosa em algum misterioso lugar que só Paulo conhece e não comentou com ninguém. Mas, a Martissa? Ah! Ela faliu cinco anos depois, obcecada por vingança, gastou todo o dinheiro com assassinos profissionais, mas graças a Deus nunca conseguiu encontrar Chico Oliveira e Marta. Demorou pouco tempo, mas Martissa não percebeu que Chico Oliveira não era um homem como qualquer outro, era o amor da sua vida. Como o amor vira ódio e ódio obsessão, se algum dia descobrir o paradeiro de Chico Oliveira e sua amada; não revele. Porque Martissa faliu, mas não faleceu.

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Especialista em Metodologia de Ensino de Matemática e Engenharia de Produção. As duas pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci. Graduado em Matemática pela mesma instituição. Professor, escritor, blogueiro, fotógrafo, prosador, contista, cronista, poeta, romancista e crítico literário. Autor das obras: Amor e Versos (2007) Grafit, Discurso de um sonho(2011) Editora Scortecci e Ondas Emotivas (2012-Ebook) Clube de Autores. Laureado Patrono Cultural do Fórum Sobreviver do Rio de Janeiro em 2008 pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores, também com a Menção Honra ao Mérito em 2013, Destaque Literário Escritora Nízia Floresta (2013) e o Prêmio Destaque Poético em 2013 pela Academia de Letras e Artes de Fortaleza. Integra diversas antologias e publicou várias obras digitais.