as lÁgrimas dos anjos

8/23/2019 AS LÁGRIMAS DOS ANJOS

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Jamila Mafra

As Lágrimas dos Anjose os Versos de Amor

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As Lágrimas dos Anjos e os Versos do Amor Jamila Mara



Nota Introdutória

As Lágrimas dos Anjos e os Versos do Amor é uma obra depoesias românticas e sentimentais que alam sobre osinúmeros sentimentos que muitas vezes dominam o íntimodo ser humano tais como o amor, a tristeza, a alegria, o med

a raiva e tantos outros que muitas vezes estão escondidos noâmago de nossas almas. Esta obra é simplesmente a maisnova expressão da modernidade literária, pois traz consigouma linguagem atual, de acessível compreensão e proundosignicados, abordando ainda questões sociais. E assim, tudisso proporciona ao leitor o despertar de um interesse maiopela arte da poesia.



Ao am

Eric Delyle Benn



As Lágrimas dos Anjos e os Versos de Amor Jamila Mafra

10 I

As Lágrimas dos Anjos

Eu estava no quintal da minha casaE percebi que algo estranho acontecia;O céu estava limpo,Sem nuvens mas chovia.

As gotas caíam de leve,Suaves tocavam o chão,Me ajoelhei num instante breveE naquela água encostei a minha mão.

Eram gotas tão cristalinasQue deixaram minhas mãos muito limpas,Eu quase chorei naquele dia.

Sem explicação para esse enômenoQue já aconteceu há muitos anos,

Descobri que não era chuvaE sim as lágrimas dos anjos.



Jamila MAs Lágrimas dos Anjos e os Versos de Amor

11 I

Ressurreição

Pouco antes do mEle estendeu suas mãos para mimE quando me inclineiPara acariciá-lasEle abraçou-me

E não me disse mais nada,Deu-me o últimoDos mais carinhosos aagosQue alguém jamais recebeu.Ele parecia perceber

Que estava prestes a partirE queria me dizer:“Jamais se esqueça de mim”.Mas sua voz já abaadaPela raqueza e a dorNão pôde pronunciar

As últimas palavras de amor.




12 I

Mas há muitas coisas que sugeremA ideia de um novo despertar,

Como que no silêncio da morteO velho inverno manteve

Toda a vida vegetal sob o seu jugo,Mas com a aproximação da primaveraO doce poder vivicador do calor

Impelem-no a arouxar seu domínioE tudo que parecia mortoSurge com vida novaE com o rescor e vigor renovados,Fortalecido depois de um sono tranquilo.




13 I

Só por Um Minuto

Quero te encontrar de novoE te alar sobre os meus versos.Quero sentar ao seu ladoE alar sobre os meus sonhos apagados,Segurar no teu braço te abraçando

E se só por um minutoVocê disser que ainda me amaQuero te ouvir contar aquiloQue só você sabe.

Quero viver cada bom momentoDe novo dentro do meu pensamento.Você me ensinou tantas coisas,Agora eu sei o que é o amor verdadeiro,Meu coração era uma pedra em pedaçosEntão veio você pra consertá-lo.

Eu também sinto uma angústia




14 I

Em saber que existem tantas milhõesDe pessoas nesse universo

Mas igual a você só existe você.E oi assim que eu descobriQue a minha elicidade é saberQue você é eliz.




15 I

Face Marcada

Se todas as coisasFossem apenasAquilo que os olhosPodem verAo me olhar no espelho

Eu não seria mais nadaAlém de uma ace marcada.E este, o espelhoObjeto tão banal!“ Está sob a minha pele

Mas ora das minhas mãos, Eu não aceitarei a grandeza do homem” 1

1trecho traduzido retirado da mú

Woman in Chains dos Tears or F




16 I

O Renascimento das Flores e o Brilho das Estrelas

Amigo, Todas as palavras do mundo Jamais serão sucientesPara expressar tudo oQue eu quero te dizer.

Nem o tempo nem toda distância que existeSeriam capazes de apagar nossas boas lembrançasE tudo que aprendemos juntos,

Tampouco nos separar.Quando eu não imaginava,

Quando eu não acreditava em quase nadaEu te conheci.E de repente num instanteEu descobri o que é amar.Você diz que eu te ensinei muitas coisasMas você também me ensinou,

Me ensinou a alegria,A sorrir em todos os momentos,




17 I

A amar as pessoas do jeito que elas são.Ah! Amigo, estou com tanta saudade de você,

Agora você está tão longe!Mas não da minha mente.Saiba que eu te amo muitoE eu sei que você também me ama,Pois você sempre me dizia isso,

Até mesmo antes que eu dissesse.E por isso cuide bem de você,Vou tentar cuidar de mim!Eu sei, nós seremos elizes,Mais do que já somos.

Lembre-se sempre de tudo que aprendemosE de todas aquelas verdadesQue você já conhece mas que o mundoAinda não sabe.Lembre-se ainda das lágrimas

Que choramos juntos tão verdadeirasE daquele abraço, o mais sincero da minha vida.




18 I

Nunca esteja triste, nunca desanime,Nunca aaste seu coração, nunca se sinta sozinho

Eu estou aqui te esperando todos os dias e todas as horas.

Lembre-se sempre da notícia do Verbo,Não desista daquilo que você acreditaE nunca esqueça que Ele te ama

E quer que você seja eliz.

As coisas desse mundo passam,Não duram mais que um segundo,E somente o que é eterno prevalecerá!Abra os seus olhos de novoE perceba o brilho das estrelas,O nosso próprio amor me ez enxergarQue elas existem.Em breve nos reencontraremosCom o sorriso da mais incrível descoberta!

Amigo,




19 I

Quando todas as fores renasceremE a água or pura novamente

Eu estarei ao seu lado.




20 I

O Fim do Planeta Terra

Ouço o barulhoDa serra elétrica cortando as vidas.O ar que eu respiroAgora tem cheiro de veneno,A chuva não reresca,

A chuva agora é ácida.

Se mata a sede com gosto de cloro,E quando a Terra grita de dorChamam-na de malvada

Na hora dos uracões,Na hora em que as enchentesLevam as casas.

Antes azia rio,Hoje o Inverno é quente,

Eu queria esquiar na neveMas o gelo já derreteu!




21 I

Sim! Eu tenho medo!Sim! Eu tenho medo!

Eu tenho medo de andar nas ruasE não ver mais árvores,Eu tenho medo de olhar o céuE não ver os pássaros,Eu tenho medo de abrir a torneira

E não ter mais água.Sim! Eu tenho medo!Sim! Eu tenho medo!




22 I

Os Filhos de Deus

A criança que acabou de nascer,No berço, na cama, no corredor.O louco sem rumo, perdido nas esquinas,Catando latinha pra sobreviver.O pobre analabeto, o rico, o milionário,

O artista mais bem pago.As tribos sem dinheiro onde a casa é a natureza.

A moça que chora no banheiroPorque não tem um namorado

Ou porque se acha eia.Padres, ateus e as reiras.

O neonazista,Os meninos sem escolaUsando crack de noite no beco escuro,

E o homem mais rico do mundo.




23 I

Seres se reproduzindo sem parar,Uns amontoados nas avelas,

O burguês na sua ortaleza,O rapaz que choraPorque não quer ser homossexualE a amiga que o consola e diz que o ama.

O casal eliz,A amília que se ama,Esposa espancada!

Homens e mulheres, meninos e meninasNa beira das esquinasVendendo seus corposPor nada mais que dez reais.E aqueles que se vendemPor dinheiro demais.

A donzela que gosta do moçoMas o moço não gosta dela,




24 I

O playboy que levou um ora e vice-versa.

Os mortos sepultadosNos séculos passados!Eu mesmoCom minhas revoltas e impereição,E em todas as vezes que demonstro gratidão.

Aquele que nunca tem sorte,Quem tem sorte demais,Capitalista ganancioso.Homens desonestos.

O menino de dez anosQue não sabe matemática,Gênios, intelectuais.

O proessor, garis,

Alemães, o chinês e os americanos.




25 I

O deciente, o alcoólatra,Rapaz virtuoso,

Amigos que brigaram,Vizinhos que não se alam,Assassinos e viciados.

A criança no arol pedindo um trocado

E o motorista que está dirigindo o carro. Todo mundo que já desistiuSem ao menos experimentar o racasso.

O corpo que morreuAntes de nascer.




26 I

Se os Astros reetissem Nosso Amor

Contemplando a beleza do céuAo som do cantar dos pássarosAs nuvens me mostramO caminho certo pra amar você.

Se o sol pudesse alar por mimEle brilharia sua luz em todo o amanhecerSomente pra você,Então sentirias que durante todo diaEu estaria perto de ti.

Se a lua pudesse alar por mimEla refetiria todas as noitesO brilho do seu sorrisoPra vir também me iluminar,E sentirias que os meus pensamentos

São só pra você.




27 I

Se as estrelas, todos os astros e belezas deste mundoPudessem alar por mim

Todas as constelações refetiriam o meu sorrisoDe ter o seu puro amor comigo.

O universo e tudo que há de mais beloSoariam suave em seu coração

A nossa doce cançãoFalando a ti com simplicidadeQue eu te amo de verdade!




28 I

Insignifcância

É como já disse o poeta“Tudo sorri mas minha alma é triste”.Eu me esorço pra não enxergarQue o sol não para de brilharE os elizes não param de sorrir

Enquanto choro e me entristeçoSem poder azer nada pra evitarO mal que logo me afigirá.

Eu até tento

Não dar para isso tanta importânciaMas é impossível não notarA minha insignicância.




29 I

Só mais um Verso Triste

Cada dia que existeÉ só mais um verso tristeQue eu começo a escreverPra tentar dizerQue não vou te esquecer.

Cada hora que não passaÉ pra mim uma tortura,Me jogo sem rumoNo canto da rua.

Não sei porquêNem o que dizer,Não vou te esquecer.




30 I

Bálsamo das Feridas (O Consolo)

Sei o que você está sentindoPois eu mesmo tive que passarPor esse mesmo pesarE experiência amarga.

Quis escrever-lheMas analisando a situaçãoResolvi não azê-lo,Nessas circunstânciasMe sentiria mais propensa

A procurar um reúgio distante Tranquilo e solitárioEm que tivesse a companhia apenas DeleE nesse lugar sozinha dar vazãoA meus sentimentos e minha dor

Tendo somente Ele

Por testemunha do meu amor.




31 I

O tempo, e somente o tempo;Esse grande bálsamo das eridas

Seria capaz de tocar minha almaDiante desse desespero,Creio sem dúvidasQue sentirás o mesmo.




32 I

Despertar Glorioso

Preciso dizer,Eu comecei a terMedo de morrer,E se eu não me acostumarCom a vida de lá?

Mas eu seiQue a morteNada mais éDo que um sono

E é seguidaPor um despertar gloriosoNa manhã de um domínio eterno.




33 I

A Razão do Sorimento

Se eu vivesse sem a luz Que vem do seu olharCom certeza eu perderiaMinha capacidade de amar.

Se eu vivesse sem a alegriaQue vem do seu sorriso

Já não mais sorririaPois é dele que eu preciso.

Se eu vivesse sem a cançãoQue vem da sua voz As palavras mais lindas

Jamais seriam ditas,Ficariam escondidasDentro de nós.

Se eu vivesse sem a orça




34 I

Que vem do seu abraçoMe sentiria raca

E vencida pelo cansaço.

E se eu vivesseMuitos anos sem te verPerderia um grande motivo pra

Tentar sobreviver.

Mas viver te vendoSem você me querer

Já é um grande motivoPra eu não parar de sorer.




35 I

Sempre Assim

Eu quero:Que o mundo me esqueçaE que eu desapareça,Que ninguém lembre de mim.Eu quero:

Que esqueçam o meu rostoE que o tenro desgostoSeja só pra mim.Não quero:De ninguém piedade,

E que o mundo que desabeSeja em cima de mim.PorqueEu já me acostumei com o desgostoE o espelho sem donoNão quer mais me refetir.

Por issoO meu rosto é tão sério




36 I

Enterrando nas sombrasOs meus versos

Que serão sempre assim.




37 I

O Amor Platônico da Lua

Era uma vez...Uma Lua de SaturnoQue de tanta solidãoSe apaixonou por Plutão.

Mas PlutãoQue já nem é mais planetaPreeriu ir emboraNa cauda de um cometaMatando a lua de tristeza.

Saturno disse:- Lua, você deve se conormar,Pois Plutão oi embora eNunca mais voltará.

E agora essa luaDe tão triste cou muda,




38 I

E agora essa luaSó pensa o dia inteiro

Em se jogar dentroDe um buraco negro.

Essa é a história absurdaDo amor platônico da lua.




39 I

As Rosas que Não Brilham

Lembre das rosas que não brilham,Pense na estrela que agora se apagaE no calor que aquece as águas;

Naquela que morre antes nascer,

No choro daquele que não quer sorer,Nosso sorimento não passa, porquê?

Pense na dor desumanaQue até nos az sentir

Vontade de não existir.

E o calor que aquece as águasQue minhas mãos tocamAntes de beberMolha as rosas que não brilham

E aquela que morre antes nascer.




40 I

Pense nas rosas que não brilhamPense na estrela que agora se apaga,

Naquela dor desumanaE no calor que aquece as águas;

No peso do erro ruim de esquecer,Nosso sorimento não passa,

Por quê?

As rosas,O calorE as estrelas.




41 I

Vírus do Medo

O mundo me assusta,A vida não é justa,Sinto o vírus do medoQue já está dentro de mim.

A hora não passa,A morte não é válidaPois muitos já nascemCom o peso da cicatriz.

O mundo me humilha Toda hora, todo dia,De um lado exigemE do outro em mim pisamDe um jeito queNão tem mais m.

Por isso quero a coragem




42 I

E a liberdadeDe não existir!

Quero ser igualMas eu não sou normal,Quero ser normalMas eu não sou igual,

Minha revolta é imortal!

Sinto o vírus do medoQue já está dentro de mim,Por isso quero a coragemE a liberdade de não existir.




43 I

Solo dos Indigentes

Delyle, longe estás nessa estrada! Jamais lutaremos juntosPelo que quer que seja,

Jamais precisarásCompreender os meus deeitos

Ou me ajudar a corrigi-los Tampouco aceitarAs minhas revoltas, opiniões,Argumentos ou revoluções.

Jamais serei tua amiga,Companheira, nem qualquerOutra coisa que se pense.Nunca terei o teu rostoEm minhas mãos,Não entrelaçarei

Meus dedos nos teus,De maneira nenhuma




44 I

Caminharemos juntos em silêncioApenas tendo o coração

De alegria plenoPor havermos nos encontrado.

Jamais serei tua amiga!Nunca conarás em mim!

Não precisarei te entenderOu te aceitar do jeito que és.

Também não precisaremosNos preocupar com brigasOu meras discussões.

Delyle, eu só quero te dizerQue eu não amo mais você!Mas não tanto quantoOdeio a amarguraQue az crescer

A minha angústia.




45 I

Jamais sentarei ao teu ladoMuito menos em uma

Manhã ria de Inverno,Não sorrirás para mimE nunca te verei caminharEm Idaho sobre a pura neve,Não encostarei

Minha mão na tua pele.

Em hipótese algumaDividiremos bons momentos,Fotos de nós doisRindo juntos na neve

Jamais existirão.

Nunca admiraremosAbraçados, uma chuvaE quando eu estiver doente

Não me ajudarás em nada!E isso tudo é porque você oi embora e




46 I

Me esqueceu, o passado morreu.

Delyle,Somente a luaCom sua luz incandescenteSe lembrará do meu cadáverSob o solo dos indigentes.




47 I

Raridade

O amor é tão raro,Não consigo encontrá-loMas eu já estou aprendendoQue na vida já nasci perdendo!

Eu só queria que vocêFosse meu amigo,Eu só queria que vocêEstivesse aqui comigoMas você oi embora

Ignorando o meu carinho,E é por issoQue ninguém me entende,Eric Bennett.




48 I

As Novelas e o Soá

Me apego às novelasE njo estar nelasSó pra me distrair,E essa antasia

Tão televisiva

É pra eu esquecer de ti.

Andando nas ruasReparo das portas os umbrais,Finjo estar em outro país

Pra não te lembrar nunca mais.

Assisto alguns lmesDou umas risadasMas nunca muda nada.

Não era bem issoQue eu gostaria de ter:




49 I

Minha vida resumida em verSeriados de TV.

Os meninos pequenos Já estão crescendoE eu envelhecendo.

As moças donzelasEstão se casandoE os estudantesEstão se ormandoE eu só me deormandoDeitada no soáDa sala de estar.




50 I

Desigualdade (O Fim)

Oh, mundo tão desigual!Aqui eu só passo mal!Não sei mais viver normal,De mim só resta sentir

O m!

Oh, mundo tão desigual!Aqui eu só passo mal!Meu sorriso é articial,

De mim só resta sentirO m!

Oh, ser humano! Tão desumano!Será que é normal ser mau

Ou é infuência do mal?




51 I

O que lhe importavaAgora não importa mais,

Veio a desilusãoE disse tanto az!

O mundo está perturbado,Quem vai resolver o meu caso?

A cada hora que passa,A cada segundoEu tenho de vidaMenos um minuto.

De mim só resta sentirO m!




52 I

Londres

Eu quero uma casa em LondresPerto do palácio,Quero amigos nobresE azer estas nos castelos!Londres que me espere!

Quero usar casacos de peleAnd to dream o British snow!Mas estou tão distanteQue não sei quando vou chegar.Na América latina

Me sinto subdesenvolvida,Chamam de terceiro mundo,Somos classicados em tudo!Queria andar pelas calçadasNo inverno de LondresE sentar nas pedras,

Admirar a cidade do alto,Andar pelos castelos




53 I

E conhecer os seus mistérios!Distante realidade!

Meus vizinhos não são nobresE a rua do bairro onde moroÉ cheia de sujeira,

Tem um monte de valetas,E os cachorros rasgam as lixeiras.

Eu queria uma casa em LondresPerto do palácioAnd about British snow to dream!




54 I

Os Leões da Floresta

Os leões da forestaSem a menor piedadeEstraçalham as carcaçasDas criaturas mutiladasQue não aguentam mais nada.

Com seus membros devoradosAndam se arrastando,Escapando das armadilhas dos leõesQue andam em bando.

Eles comandam a foresta,São muito perigosos,

Têm tudo na mão e vivem do ócio;Sugando a energia de suas presasQue distraídas acabam presas.

Predadores impiedosos




55 I

Que devastam e devoramAguardando atrás da moita

As pobres criaturasQue sem saber serão deglutidasE terão o resto de suas carcaças

Totalmente estraçalhadas.




56 I

Idólatras da Felicidade

Não é possívelQue vocês estejam assim tão bemNo meio de tanta dor.

Só eu que sinto o horror

Que chega escondido,O meu sorriso só está ngindo.

Tal qualMeu corpo com espasmos

O mundo está,Ninguém aceitaMas vai acabar!

Sou uma estranhaEm meio a tantos

Que idolatram a elicidade,Só eu que enxergo a realidade.




57 I

Supus que DeusMe concedesse privilégios,

E que eu nunca provaria o desamorMas minha tristeza além de saberQue não vou te ter nunca maisFoi descobrir que sou igualA todos os mortais.

Não é possível que vocêsSejam tão ortesA ponto de nãoSe revoltarem contra a morteDos nossos sonhos e antigos ideaisMortos naquele tempoQue não voltará jamais.

Supus que DeusMe concedesse privilégios

Por eu achar que estavaIsenta de sacrilégios




58 I

Mas além de não te ter nunca maisDescobri que sou igual

A todos os mortais.




59 I

Rainha das Estrelas

Balões de esta estourados,Rasuras de caderno usado,Iscas de anzóis abandonadas,Abóbadas de céus desmoronados,Novelas com capítulos inacabados,

Nozes perto do esquilo;Assim eu me sinto.

Restos de cascas apodrecidas,Olhos ardidos por inseticida,

Salada estragada nas paredes digestivas,Horas perdidas,Osgas sem mosquito,Nesse jeito eu me sinto.

Todos os meus dias são

Horas innitas deExcretas nostalgias.




60 I

Sapos mortos ora do lago, Tempestade que não tem raio,

Amargos limões em cima do prato,Relógio de ouro jogado no mato,Selo usado pelo correio deletado.

Queda sem pára-quedas,

Ursos sem foresta,Estilista sem passarela,Eu me sinto assim no desgosto,Náuragos pedindo socorro.




61 I

O Microrganismo e o Calor (Pulsar de Corações)

É diícil amanhecer o diaE ver as promessasNão serem cumpridas.

É perturbadorAcordar e sentir o calorQue sai do meu corpo,Mas não é um calor de amor.Me perturba a dor!

Meus suspiros, meus gemidosE o calor que eu sintoProvém daquiloQue os nossos olhosNão podem ver

E que entra em nosso corpoSem a gente perceber.




62 I

Palavras de injúria Têm-me sido infigidas.

Palavras indelicadas Tem sido ditas,Corações estão transtornadosE cada sentimento

Tem sido usado

Para apontar deeitos,Nada tem sido eitoPara cicatrizar a erida.

As horas passam,Há um orte pulsar de coraçõesDurante a noite,O dia é de mau humorE maldade e mais desentendimentos;Injúria em cima de injúria,Até que a vida se torna nula.




63 I

Materialismo Biológico

Hoje eu co lembrandoDe tudo que aconteceu entre nós dois;A gente abraçado no soáSem ver o tempo passar;Aquela vez em que a gente quase se beijou

E a primeira vez que você me disse “Eu te amo”Enquanto eu saía do banho;O seu beijo todo dia de manhãAos pés da minha cama;O carinho que eu azia na tua barriga

E que você gostava!

De pensarQue eu quase transormeiO seu coraçãoE você quase transormou o meu,

Meu Deus!




64 I

Me deu vontade de xingar Todos os palavrões!

Me deu vontade de xingar Todos os palavrões!Me deu vontade de xingar

Todos os palavrões!

Me deu vontade de xingar Todos os palavrõesQuando eu comecei a pensarQue você poderia estarAqui do meu lado agoraMas por causa do destinoVocê quis ir embora.

Me deu vontade de xingar Todos os palavrõesQuando eu comecei a imaginar

Você aqui comigo eliz sorrindoMas isso hoje é impossível!




65 I

Você alou tanta besteiraE ainda achou pouco

Mas eu não vou levar a sérioAs palavras de um louco!

Me deu vontade de xingar Todos os palavrões,

Me deu vontade de xingar Todos os palavrões!




66 I

Melancolia

Eu vejo a melancoliaNa maçaneta das portas,Na mesa das salasE de todas as escolas.

Eu vejo a melancoliaNo teto de todas as casas,No nó das gravatasE até na barra das saias,Nas caixas de remédios

E até no terraço dos prédios.

Onde não se imaginaEu vejo a melancolia,Eu vejo a melancoliaNo vidro osco dos carros,

Nos cadarços dos sapatosE no olhar desconado.




67 I

Eu vejo a melancoliaNo som do desespero,

Dentro de todo gemido,Na saliva de cada beijo;

Quando me olho no espelho,Na rótula do meu joelho,

Nos sorrisos de alegria,Na luz do sol que brilhaE nos curativos sujos de pusFeitos em mimDepois da cirurgia.

É algo muito esquisitoNão tem como explicar,Eu vejo a melancoliaNas agulhas que a enermeiraCrava na minha veia,

Nas promessas não cumpridas,Quando estou no banheiro




68 I

E em baixo do chuveiro.

Pode até parecer absurdoHaverá quem me interne?Eu sinto a melancoliaAté quando penso nos extraterrestres;

Em todos os detalhes,Nas olhas que caem,Nos músculos que se contraem,No calario da barriga,Nas manchas de sangue do mês

Talvez!

É mesmo um absurdo,É tudo muito irônico,Eu vejo a melancoliaAté nas ânsias de vômito.

Na maçaneta das portas,




69 I

Nas mesas das salasE das escolas,

No chão dos corredores,No botão dos elevadores,No teto de todas as casasNo nó das gravatasE até na barra das saias;

Nas caixas de remédiosE até no terraço dos prédios,Onde não se imaginaEu vejo a melancolia:No vidro osco dos carros,Nos cadarços dos sapatosE no olhar desconado.Quando me olho no espelho,Na rótula do meu joelho,Nos sorrisos de alegria,Na luz do sol que brilha,

Nos curativos sujos de pusFeitos em mim




70 I

Depois da cirurgia,No banheiro, no chuveiro,

Em todos os detalhes,Nos extraterrestres,Nas olhas que caem,Nos músculos que se contraem,No calario da barriga,

Nas manchas de sangueDo mês talvez!

É tudo muito irônico,Eu vejo a melancoliaAté nas minhas ânsias de vômitos.No nó das gravatas,Na barra das saiasE no teto de todas as casas.

Isso é algo tão absurdo

Que nem Freud explicariaEsse meu excesso




71 I

De melancolia.




72 I

Matéria em Decomposição

Tudo perde a graçaQuando o tempo passa,As cores se desbotam ao vento,O verde vira cinza de repenteE o riso de amizade entusiasmado

Se transorma em um rosto de cansaço.

Essa vida é alegria momentâneaQuem acredita no eterno só se engana,No m de tudo, tudo acaba

E das estas e otos risonhasResta apenas a lembrança amargaDe um adeus desanimado.

Mas tudo isso não me assusta Já aprendi a acalmar meu coração,

No m de tudo o ser humano é apenasMatéria em decomposição.




73 I

E minha cabeça exageradamente értilImagina mil monstruosidades

Mas quando chego no local determinadoNão há nada que meta medo de verdade.

Além de tudo eu descobriQue eu não sou assim tão indispensável,

Tudo vai bem sem mim, o mundo,As pessoas, os bichos e os carros.

Mas tudo isso não me assusta, Já aprendi a acalmar meu coração,No m de tudo o ser humano é apenasMatéria em decomposição.

Tudo perde a graçaQuando o tempo passa,As cores se desbotam ao vento,

O verde vira cinza de repente.




74 I

A Loucura de Charles Darwin

As más atitudes nos zeram marginais,Não era isso que esperavamOs nossos ancestrais.

Não estou alando

Dos primatas, pobres desgraçados,Dos quais absurdamenteA ciência diz que o homem descende.

Isso é uma oensa aos pobres macaquinhos

É uma aronta a eles serem comparadosAos humanos irracionalizadosQue se acham civilizadosSó porque usam cartão de créditoE andam de carro importado;

Menosprezando assimOs descendentes que estão




75 I

Sozinhos do outro lado:Produtos do processo

Evolutivo lastimado.

Quisera eu que ôssemosParentes dos macacos,Eles estão tão sossegados,

Cada um no seu galho,Nós é que somos perturbados.

Como é que DarwinFoi capaz disso?Colocar nos inocentes macaquinhosUm parentesco tão mesquinho!E como se não bastasseAinda pôs a culpaNo processo evolutivo.

As más atitudes nos zeram marginais,Não era isso que esperavam




76 I

Os nossos ancestrais.




77 I

Tapete de Sangue

Pai nosso que estás no céu,Aqui o caso é sério

Já estão até chamandoA Terra de inerno.

Veja a nossa dorE a nossa alta de amor,Nossos irmãosViram marginaisEnquanto nos enganam

Os governamentais.

As ruas são um tapete de sangueSobre o qual temos que pisar,O crime virou tema de novela;

Tão comum quanto colocar no pão

Um pedaço de mortadela.Sujaram de vermelho




78 I

As cores e as bandeiras da Terra.

Não há melhora,O mundo só pioraE tudo que VistesQue era bom para vivermosEstá sendo destruído

Pelo desumano desprezo.O ser humano já se perdeu,

Temos que implorar a DeusPra chegarmos vivos em casa.Não nos alta mais nada!




79 I

O Propósito de Todas as Coisas

É necessário que eu sora,É necessário que eu chore,É necessário que eu sorria,É necessário que eu me alegre,É necessário que eu me entristeça.

É necessário que eu abrace,É necessário que eu me aaste.É necessário que eu veja a for seca e esmagada,É necessário que eu contemple o jardimDe rosas douradas.

É necessário que eu sinta raiva,É necessário que alguém não goste de mim,É necessário que eu não goste de alguém também.É necessário que eu ame,É necessário que eu perdoe

E que eu seja perdoada,É necessário que eu erre




80 I

Ou esteja errada.

É necessário que eu receba elogiosE que eu seja criticada,É necessário que eu decepcioneE seja decepcionada.

É necessário que eu me sinta eia,É necessário que eu reconheça a minha beleza.É necessário que eu adoeça,Que eu encontre a cura e que eu esqueça.

É necessário que meu coração doaAo ver e ouvir as coisas mais horríveis,É necessário que minha alma se rejubileCom as surpresas mais incríveis.

É necessário que eu não entenda,

É necessário que eu compreenda,É necessário que eu respire




81 I

A terrível umaça dos tóxicosPelos outros exalada

E expelidas pelo escapamento dos carros,É necessário que eu respireO ar mais puro dos campos arborizados.

É necessário que eu aceite e suporte

O dia de tempestade mais escuro e tenebroso,É necessário que eu contemple e aproveiteO lindo dia de solPra passear na praia com quem eu amo.

É necessário que eu suporte e sintaO gosto amargo da mais cruel amarguraDe perder esse grande e verdadeiro amor,É necessário que eu enxugue minhas lágrimas,Abra meu coração e que eu encontreE ame outro amor de verdade,

E seja eliz com ele por toda eternidade.




82 I

É necessário que eu olhe pro altoE vislumbre a beleza, o innito

E a grandeza das estrelas,Do universo, das galáxiasE todos os planetas.É necessário que no momento ruim de solidãoEu olhe apenas para o chão.

É necessário que eu sonheE que eu aça de tudoCom a mais pura emoção,É necessário que eu pare, pense,Seja imparcial e aja com a razão.

É necessário que eu apanhe um dia,É necessário que eu cresça,Rejuvenesça e envelheça,É necessário que eu morra

Para que eu possa conhecerA ressurreição da vida.




83 I

É necessário que eu experimente a ignorânciaE desconheça muitas coisas,

É necessário que eu estudeE adquira o máximo de conhecimento possívelEm todo o meu processo evolutivo.

É necessário o vício e a virtude,

Tudo sem o seu oposto não existiria,Partícula e antipartícula!A noite e o dia.É necessário todas as coisasPara que possamos distinguir o bem e o mal.

Eu sei que é diícil suportar o pesarDa injustiça e da dor,Eu sei que é diícil suportarA oensa contra a honra e ao nosso amor,Mas lembrai-vos daquele

Que az o seu sol brilharSobre os bons e os maus.




84 I

Portanto as coisas da antiguidade,Que se achavam sob a lei,

Nele oram todas cumpridas.As coisas antigas são passadasE todas as coisas oram renovadas.




85 I

Nicotina

AntesOs olhos deleIrradiavam brilho e alegria,HojeOs olhos dele

Transmitem depressão e escuridão.

AntesAs mãos deleNas minhas tocavam,

Hoje as mãos deleSó tocam no cigarro.

AntesEle exalavaOs aromas dos mais deliciosos perumes,

HojeQuem diria...




86 I

O corpo dele tem cheiro de nicotina.

É por issoQue eu estou aqui sozinha,Ele preere o vícioDo que a minha companhia.

Lamento,Bem que eu gostariaDe estar escrevendoPalavras de alegria,Mas no momentoEu só consigoEscrever palavras de agonia.

Que paguem por esse genocídioAs empresas de cigarroQue matam todo dia

As pobres almas sem luz.Malditas sejam para sempre




87 I

A Marlboro, a Hollywood e a Souza Cruz!




88 I

Viagem aos Mundos Paralelos

Diante de mim o computador Tão incapaz de computar a minha dorQue é maior que todo o universoE as galáxias dos mundos paralelos…

Diante de mim seu teclado com as teclasMais de vinte letras para serem digitadasE de tanta solidãoNão consigo escrever nada,Estou sem palavras!

Ah! Se eu pudesse ir emboraPara outra dimensão,Viver nas luas de SaturnoOu no ex-planeta Plutão!Mas eu não posso.

Sonhar com as estrelas não basta!




89 I

Eu quero viver de verdadeSem depender de espaço-nave

Pra me levar onde eu quiser.

Ah! Se eu osse dona de todas as moléculasOrdenaria a todas elas que se tornassemA minha nova mente

E meu novo coraçãoPara que de maneira pereita e eternaEu pudesse conhecer o verdadeiro amorE na velocidade da luz Viajar por toda a imensidão.




90 I

O Último Ato de Misericórdia

Então quer dizerQue nalmenteChegarão os dias de invernoEm que ele tossirá sem pararDevido à doença que ele mesmo

Coloca em seu corpo,Mas dessa vez sem mim,Esse é o pior verso que eu já escrevi.

Oh! Quem diria!

Enm acontece o terrível momentoEm que ele destrói seu próprio temploQue oi tão diícil construir!

Ora! Então nalmente chegouA indesejada hora

Na qual ele escarrará sozinho, abandonado, Jogado num canto




91 I

Em consequência de seus atos insanos.

Mas se o próprio Deus, dono da onipotência,Permite que isso aconteçaQuem sou eu pra sentir pena?

Chegou aquele dia jamais imaginado

Em que pela segunda vez Ele será atirado em uma esquinaE esboeteadoPor andar com o cara errado.

E eu que já nem me assusto maisCom as notícias tristesAo me contarem isso ouvirei tudo calada,Hei-de engolir as minhas lágrimasE me divertir contando piadas!

Enm este é o momentoEm que nossa amizade




92 I

Está sendo enterrada,Restará somente o sentimento de piedade

Como o último ato de misericórdia.Eu sei,A vida muda tantas vezesQue talvez seja eleQue salvará o corpo meu.

Então quer dizerQue nalmente chegarãoOs dias de invernoEm que ele tossirá sem pararDevido a doença que ele mesmoColoca em seu corpo,Mas dessa vez sem mim.Esse é o pior verso que eu já escrevi.




93 I

De Repente as Lembranças

Ontem à noiteSozinha em meus pensamentos,Somente minha cabeça e o travesseiro,De repente sem explicação aparenteVeio à minha mente:

Imagens que aconteceram há tanto tempo;Aqueles dias de solEm que os pássaros cantavamE os olhos dele

Junto com o azul do céu brilhavam;Os momentos em que sorriu pra mim,Os instantes em que esteve sentadoAo meu lado nas escadas,A amizade mais pura e mais sincera;Os minutos de alegria e as risadas.

Não sei porque,




94 I

De repenteSem explicação aparente

Lembrei daqueleQue não está mais aqui,E mais de repente senti saudade:Delyle!Mas oi sincero.

Ah! Se não osse a distânciaE a razão das impossibilidadesCom certeza ele teria sidoA minha grande amizade.

Porém mais nobre do que euFoi a alma deleCapaz de compreenderQue na vida o tempo passa

Tudo passa, as pessoas passam,

E isso precisamos entender.




95 I

Permanecerão para sempreEm minha memória

Os dias mais elizes,E essa lembrança será o meu remédioPara sorrir nos dias tristes.




96 I

Mais um Funeral

Não esqueça que eu te amoMas também o tempo passa,Não esqueça que eu te amoMas o amor se desgasta.

As luzes, o lustre,Os espelhos, o altarE o vestido branco sem noiva!

Os jardins são tão bonitos

E iria ser tão lindoSe você quisesseFicar comigo.

As luzes, o lustre,Os espelhos, o altar

E o vestido branco sem noiva!




97 I

As rezas, os choros,Os medos e os nojos

Que sentimos o tempo todo!

Amores antigosDeixei no passadoE você também

Está sendo enterradoNo meu coração.


As rezas, os choros,Os medos e os nojosQue sentimos o tempo todo!

Amores antigosDeixei no passado




98 I

E você tambémEstá sendo enterrado

No meu coração!As luzes, o lustre,Os espelhos, o altarE o vestido branco sem noiva!


Não esqueça que eu te amoMas também o tempo passa,Não esqueça que eu te amoMas o amor se desgasta.

Não esqueça que eu te amoMas também o tempo passa,

Não esqueça que eu te amoMas o amor se desgasta!




99 I

As luzes, o lustre,Os espelhos, o altar

E o vestido branco sem noiva!





100 I

Lágrimas na Areia

Se um dia você descobrir que me amaMas já or tarde demaisPor avor, não se arrependa,Siga seu caminho,Esteja em paz.

Se um dia você descobrir que me amaE eu não estiver mais aquiPor avor, me esqueçaE não se entristeça.

Pois eu não quero verVocê se arrepender nem sorer,Eu não preciso disso,Agora estou até mudando,Até já z mil planos comigo!Mas se sua dor or muito grande

E você não puder suportarFaça como eu z,




101 I

Sente na areia da praiaE comece a chorar.




102 I

As Ruas de Paris e a Última Respiração

Ainda lembro daquela noite,O céu estava estrelado,Ele echou os olhos,

Também echei os meusE eu disse assim:

Vamos ngirQue estamos caminhandoPelas ruas de Paris,Então ele sorriu pra mim.

Mas agoraNão podemos maisAndar abraçadosPois não há mais espaçoPara mim ao seu lado.

Antes eu dizia: “Eu te amo”,Ele me respondia: “Também te amo”,




103 I

Mas agora ele ca mudoE não me diz mais nada,

E eu continuo calada.

Agora não podemos mais passearPelas ruas de ParisPois ele só pensa na nicotina,

Ele trocou o meu amor pelo vícioE pelas coisas vãs dessa vida.

Pra piorar a situaçãoOs dias estãoNublados, rios, cinzentos, depressivos,Muito parecidos comigo.

Esperava pela ajuda do solPara tornar os meus dias mais lindos,Porém inelizmente

Não posso contar com isso.




104 I

Aqui entãoDeixo o meu adeus

Às ruas de ParisQue serão para sempreAs mais tristes e insuportáveis,Usarei minha respiraçãoPra tentar sobreviver

Quando o dia amanhecer.




105 I

Os Bandidos de Terno e Gravata

Enquanto os homens poderososDo parlamento, da ONU, do senado,Do G20,do G8E do G não sei mais o quêDiscutem assuntos

Que não resolvem mais nadaMulheres, homens e criançasNo deserto ou na beira do esgotoDe ome esperam com a morteOs urubus devorarem o seu corpo.

Todos têm medoDos menores inratores,Dos viciados, dos maníacosE dos psicopatas,Mas ninguém tem medo

Dos bandidos de terno e gravata.




106 I

Enquanto os nobres Tomam o chá das cinco com a rainha

E eu acho ruim a minha vidaMilhões de seres mendigamUm mísero prato de arinha.

Todos condenam

Somente Adol Hitler,Mas ninguém ala nadaSobre os nossos governantesQue todo dia praticam o genocídioMatando a nossa é, a nossa alegriaE o nosso espírito.

Que todos os povos da TerraQue vêem mas não azem nadaPara mudar issoPaguem por esse terrorismo.




107 I

Se Eu tivesse a Visão Divina

Se eu visse Tal qual Deus enxergaSaberia que a minha vida neste mundoNão é mais que alguns segundos,

Eu compreenderiaO propósito daquiloQue tanto me az chorar,

Aceitaria

Sem o menor rancorO ato de ser ignoradaPor quem eu mais amavaE que nunca me amou,

Respeitaria o livre arbítrio

E não sentiriaA menor vontade




108 I

De acontecerSomente a minha vontade,

Ao observar tudo e todosEstaria certa de que a aparênciaÉ simplesmente apenasAquilo que os meus olhos mortais podem ver,

Olharia as coisas mais cruéis e horríveisE de maneira nenhuma me desesperariaPois seria dona da paz eternaQue nunca pode acabarE estaria sempre tranquilaCom a pereita sabedoriaDe que o mal jamais prevalecerá.

AdmitiriaQue as vitórias, racassos

E todos os atosSão simplesmente consequência




109 I

De nossos próprios atos!Ou então

De nossa mera omissão.

Todo o meu semblante Transbordaria de alegriaPor ser dona das estrelas e planetas

E até do que nem existe ainda,

AprenderiaQue por maior que sejaA dor que eu sinto agoraEla jamais será tão insuportávelQuanto a dor que sentiuO Seu Filho mais velhoAo dar Sua própria vidaPor nós seres humanos incrédulos!

Se eu tivesse a visão Divina Teria certeza




110 I

Que cada momento que eu respiro Já az parte da eternidade,

PerceberiaQue o presente, o passado e o uturoSão na verdade um único tempo,

Falaria somente a verdade,Não teria medo da realidade,Perdoaria e amaria

Toda a humanidade.




111 I

Relógio

Os carros passando,O que era novo envelhecendo,Coisas novas acontecendo.

Cada lágrima,

Os gritos,Aquela cena de amorQue já se oi,O mergulho que não existe mais.

Crianças indo,Voltando da escola,O vento e a chuva,

Todas as músicas tocando.

Dias e noites,

Fome e sangue,Risos e estas,




112 I

Prêmios e propagandas,Um minuto e as viagens.

Os carros passando,A voz do silêncio,A chuva e o vento.

Toda vez que eu sinto dor,Os comprimidos engolidos,Os crimes, os gritos,

Traumas e vícios! Todas as cerimônias,Velórios e suicídios.

Os choros, as guerras,As bombas e as rezas.Sentenças e todos os pecados!

Cada movimento e os atos ocorrendoMarcam a passagem do tempo;




113 I

Cada momento de respiração, Todo passo,

As coisas acontecendoFazendo sempre parte do passado.

InevitavelmenteAs palavras que eu escrevo.

Tudo que começaDecreta o seu próprio m!

Todos os milêniosE agora o sextoAntes do grande advento!

Sangue escorrendo,Cicatrizes e os pontos da cirurgia,Agulhas e seringas!Noites sem dormir!

O beijo,As compras,




114 I

O livro envelhecendo,O que oi inventado

Já sendo descartadoE o cigarro apagado!

O olhar na vitrine das lojas,As sílabas lidas e pronunciadas,

Papel amassado sendo jogado no lixo,Amores perdidosE também os sorrisos!Os esgotos e a destruição,Nova construção!

Ninguém está percebendoMas cada movimento, som e pensamentoEstão sendoGravados para sempreNa linha do espaço-tempo.

Cada movimento, som e pensamento




115 I

Decretam a passagem do tempo.

Os carros passando,A voz do silêncio,A chuva e o vento.




116 I

Derrota Absoluta

Só eu sei o que eu perdi,Os outros nunca saberão,Porque os outrosSe conormam com pouco.

Simplesmente eu perdiNoites de NatalPerto da lareiraE bonecos de neve no quintal.Eu perdi

A brisa do Outono no rostoE o gostoDa primavera de Idaho.

Eu perdi os dias e as manhãsNo grande hemisério nobre,

Na América do Norte.




117 I

Só eu sei o que eu perdi!Eu pedi a grande cerimônia

No altar do templo sagradoDa união eternaPara além desta Terra.

Eu perdi as otos no gramado,

Feliz, sorrindo de alegriaAo lado de quem me amaria.

Eu perdi as estas de aniversário“Happy Birthday to you!”;Os ternos engomadosE aquele “I love you!”

Não resta mais nada,Resta apenas o gelo derretido,A natureza destruída,

Furacões, pobreza,Minha acne e suicídios!




118 I

Adeus, New York City!Adeus Florida!

Adeus às belas praiasE aos nossos belos litorais,Adeus querida Terra!

Todos se tornarãoRelíquias submersas.

A utura geração de anencéalos,Vidas e peles cancerosasConrmará essa minha retórica!

Só eu sei o que eu perdi,Fora os momentos bonitosFoi muito mais que isso.

Eu perdi a cerimôniaNo altar do templo sagrado

Da união eternaPara além desta Terra!




119 I

Só eu sei o que eu perdi,E tudo que eu conseguir

A partir de agoraPara mim não seráMais que absoluta derrota.




120 I

A Morte do Papai Noel e a Falência da Petrobrás

Eeito estua!Ou melhor dizendo,Eeito orno microondasDe puras ondas radioativasDerretem as geleiras,

O Pólo Norte e as nossas vidas!

A Floresta AmazônicaSe tornará uma savana desertaE a água de tão escassa

Será o tesouro mais valioso da Terra!

Os animais de tão raroApenas serão vistos e visitadosEm zoológicos cuja entradaCustará muito caro,

Talvez no uturo os conheçamApenas os milionários.




121 I

E quando os seres humanos Já tiverem esgotado

Todos os seus recursos de destruiçãoAdeus petróleo e à sua combustão!

Mas quem se deu malCom essa história toda

Foi o pobre Papai NoelQue além de morrer aogadoNão vai mais cantar “Jingle Bells”!

*

Lágrima de Deus

Andando pelos corredores do temploVejo nas paredes os quadrosCom as sagradas imagens do Unigênito,

E penso:Suportar metade do que Ele suportou




122 I

Com certeza eu não aguento.

E observando ao redor,Vejo os lustres, as luzesE as poltronas vazias,Ao meu ladoApenas as fores

Que eneitam esta salaMe azem companhia,E assim me sinto tão sozinhaCom essa solidão que nunca termina.

E ao repousar no soá da salaQue representa o céuContemplo o grande lustreQue representa a lágrima de Deus.

E de noite

Quando os meus olhos quase se echamE co entre a realidade e o sonho,




123 I

Entre meu consciente e meu inconsciente,Surgem em minha mente

Imagens e ideias conundidasQue só Freud explicaria.

Os lustres, as luzes,Nos quadros as imagens sagradas,

A lágrima de Deus,Poltronas vazias,E essa solidão que nunca termina.




124 I

Tentativa Fracassada

Nada oi do jeito que eu queriaEntão pra mim tanto az agora,Não tenho mais a sua companhiaEntão eu prero ir embora.

Minha tentativa de esquecê-loFoi um verdadeiro racasso,

Todos que por mim oram amadosSomente me decepcionaram,Então

São mais de oito anos de solidãoSozinha olhando pro chão.

Já posso me acostumarCom a poltrona ao meu lado sempre vaziaNas viagens mais próximas

Ou naquelas mais longínquas.Se minhas lágrimas ossem acadas




125 I

Toda minha ace estaria cortada,Completamente estilhaçada,

E do meu pobre travesseiroOnde repousa minha cabeça tão cansadaNão restaria mais nada.

Nada oi do jeito que eu queria

Então pra mim tanto az agora,Não tenho mais a sua companhiaEntão eu prero ir embora.

Será somente eu e o mar!Será somente eu e minha tristeza!Sozinha eu vou chorarVendo a morte da natureza.




126 I

A Conusão das Libélulas

Amanheceu!Hoje é domingoE levando em consideraçãoQue o mundo está sendo destruídoO dia está relativamente lindo,

Apesar das libélulasEstarem invadindoAs ruas pelas quaisPassa o meu caminho.

Céu azul!Estou indo para igrejaCom um pensamento tristeEm minha cabeça,E as libélulas em meu caminhoContinuam tão conusas

Quanto a temperatura.




127 I

Amanhece um dia de calor!De tarde esria,

De noite choveCom uma grande ventania,Não reconheço mais que vida é essa,Ninguém sabe maisSe é Verão, Outono, Inverno ou Primavera.

E em meio a toda essa perturbaçãoAs lembranças do passadoAtormentam o meu coração!Pois andando pelas ruasAmargamente lembro daqueleQue um dia eu via passar por elas,Agora restam apenas as conusas libélulas.




128 I

Azáama Letal

Eu sei,Invento mil coisas,Falo mil bobagens,Disarço,Mas a verdade é uma só:

Vou sentir saudades de você!

Faço o tipo séria e preocupada,Invento mil compromissos,Digo que preciso ir embora

Mas a verdade é uma só:Vou sentir saudade!

Eu já sei,Essas minhas palavrasSão antigas e cansativas,

Esse meu verso é ora de moda,Mas a verdade é uma só,




129 I

Me acostumei a te ver Todo dia na minha casa

E te ver inteligenteE até alando besteiraDe modo incansável,Me acostumei comO seu jeito incontestável.

Vou sentir saudadeDo seu rosto sérioDe menino direitoE dos seus momentos de alegriaExageradamente extravasada,Sem censura, irreverente,Falando tudo que lhe vem à mente.

Ah! Já me acostumeiA vislumbrar o seu conhecimento

Do qual a te julgar à primeira vista,Ninguém descona,




130 I

Conhecimento esse de losoasE ritos de séculos passados.

Amigo dos meus sonhos,Perdoe esse meu verso ora de moda,Mas eu te consolo e você me consola,Retribuímos nosso aeto um ao outro

Da melhor maneira que podemos.

Mas tudo bem, não há problemas,Somos tão jovens,Ainda nos reencontraremosEm um momento melhor do que esse.

Eu invento mil coisas,Falo mil bobagensDisarço nem sei por que,E a verdade é uma só,

Vou sentir saudade de você!




131 I

Vou sentir saudade de te ouvirDizendo que me ama,

E nesse mesmo instanteMinha mente rágil se desenganaE no despertar desconsoladoMe transporto para a realidadeE percebo que esse amor

É só um sentimento de amizade.

Me desculpe,Sou apenas uma poetiza desconsoladaQue mal sabe o que escreve,Ou melhor,Que escreve palavras sem sentido.

Eu sei que você não gostaDas minhas mãos oleosas,Guarde essa olha

Mas esqueça essa prosa.




132 I

Você me provoca,Eu mordo o seu nariz,

Você não acha graça,Calça!




133 I

Cabine da Morte

Na cabine do banheiroDo shopping center, da aculdade,Do aeroporto, da igreja, da rodoviária,Ou de casaCom a porta trancada

É onde sozinhaEu derramo as minhas lágrimas,Me escondo das pessoasE aogo as minhas mágoas.

Na cabine do banheiroDo shopping center, da aculdade,Do aeroporto, da igreja, da rodoviária,Ou de casaÉ onde me escondo de todosE lamento existirem pessoas

Com a mente tão pequenaA ponto de não acreditarem




134 I

Que eu posso ser eliz Mesmo diante de tanta tristeza.

Ali solitária e perturbadaCom meus pensamentosÉ onde eu me tranco,Choro e relembro

Que sou obrigada a sobreviverCom o que sobrouDepois da devastaçãoDos meus sentimentos.

É onde tomei a decisãoDe que realmente só serei eliz Na eterna solidão.

Na cabine da morteÉ onde me desespero

Com as dívidas acumuladasQue eu não posso pagar




135 I

E relembro o meu nomeNo cadastro dos devedores.

É onde tão solitáriaCom a porta trancadaDerramo as minhas lágrimasE lamento ter perdido

Todos que eu amavaMas que agora nem se importamSe eu estou vivaOu se estou morta.

Amigos da onça!Amores malditos!Eu quero mais é que eles morramOu que eu morra dormindo.

Que desgraça!

A última pessoaEm que eu ainda acreditava




136 I

Provou que também não vale nada.

Carreira do inerno!Ou melhor dizendo;O colecionador de moças trouxas idiotas!Mas eu jamais arei parteDa sua lista de luxúria.

Finalmente então perceboQuer ele não mereceNem mesmo o meu desgosto,Me trocou por tão pouco.

Este mal inútilDistribui ósculosPor toda ace das donzelasE depois se nge de santo,E sorri pra mim, e me toca

No banco da igreja!Há apenas duas possibilidades;




137 I

Ou ele é um total hipócrita,Ou ele é louco de verdade.

Juventude da devassidãoDisarçada na religião!

Se ele é louco não me interessa,

Se ele é hipócrita eu o perdoo,Mas conesso que sinto nojo.

Que o Todo-PoderosoPerdoe essa minha explosão de raivaMas é que eu cansei de ser enganadaE prero ir logo para o túmuloDo que continuar vivendoNessa droga de mundo!

Então pergunto:

Meu Deus,Por que eu?




138 I

Sozinha na cabine, Trancada,

Chorando as mágoas.




139 I

Bennett Marriage

C om tristeza e angústia suporto essasH oras de mais absoluta amargura, E m minha alma jaz o pleno tormentoResponsável pelo meu sorimento I sso me apodrece por dentro.

Rios de tristeza são as minhas lágrimasO sol é eio e não vale nada,S ou solitária nessa câmara isolada,H orríveis são os meus dias que

O teu desprezo arruinou! N essa estrada você está e aqui me abandonou.

I nelicidade éS omente o que tenho

P or que me ignoraste do pior jeito?Longe no hemisério pereito vives agora




140 I

E eu aqui vivo nessa ossa! A ti não causa piedade

S aber do meu triste destino? E u sei que nãoDe certo não tens mais coração.

T enhas certeza de que eu morrerei,

O meu jazigo já preparei.

A inda assim minhas palavras N essas linhas eternizo, N ão tenhas medo de saberO que eu penso e o que eu sinto,U m dia saberás que é verdade o que eu digo. N ão te condeno por me ignoraresC ontanto que tu não me condenes por E u estar alando a verdade.

T ens consciência de que eu vivo?H oras azem que olho para o innito




141 I

E lembro – me do teu sorriso!

M e lembro também que agora A s pessoas me olham com descrença,Riem de mim e ironizam minha presença;Resultado da loucura que I nsistentemente dizem que eu tenho,

À s vezes eu acho que eu realmente tenhoG rande e absurda loucura, E a culpa disso é apenas tua!

O teu destino está longe do meuF ui machucada mas ninguém percebeu.

H oras innitas E u vivo de agonia;Restos de versos sem rima!

De qualquer maneira sei que A inda não esqueceste,




142 I

U m dia me verás novamente,G lória tua tens para sempre,

H á tempos vivo eu nesse cativeiro,T u oste quem me chamou primeiro E eu ingênua acreditei e agora estou comRestos, metades e meios!

B analidades!Risos de verdade? Há muito tempo I sso pra mim é uma impossibilidade. A ssim com naturalidade N egligencio essa utilidade, N ão mendigarei a tua piedade, A minha alma precisa de dignidade!

T odavia espero que guardesO mínimo de nossas boas lembranças.

E u sei que tu ainda tens aquele teuRiso de criança,




143 I

I sso eu sempre lembro,C ontudo já não o tenho.

Durante todo o tempo E m que estive doenteLonge de ti oi pior pra gente.Y es ! Years o sadness!

Logo minha revolta todos verão, E les me oprimem em vão!

B em sei hoje o quanto seria impossível E star algum dia contigo, N essas condições que me encontro N ão conseguiria nem mesmo E sse privilégio de teu abraço sereno,T u tens tudo que euT anto não tenho!

T e dei algo muito importante que eu tinha eH oje não tenho mais pra dar a ninguém,




144 I

E u inelizmente todo o meu amor te dei.

S into saudade do que nunca aconteceu,O mundo roubou tudo que era meu, N os seus olhos não vejo mais os meus!

O destino quer me obrigar a aceitar

F icar longe de você e assim me conormar.

De maneira nenhuma eu vou me conormar E m viver longe de você e assim me calar.Logo que eu puder eu vou te reencontrar,Y es! Years o sadness! ComLágrimas de emoção E u molharei teu rosto com as minhas mãos.

A inda te lembras de quando estávamos sentados N aquelas escadas, olhastes pra mim e com teus olhos

Disseste – me que me amavas?




145 I

A h! Sei que não te lembras de mais nada, N ão tens tu motivos pra lembrar,

N a tua vida eu não pude entrar E ntretanto não vou me conormar,T odos os dias eu volto a questionar,T erei eu algum dia a chance de E m algum lugar te reencontrar?

B oas lembranças amargam hoje E ssa minha tão boa memória, N esse tempo de pura derrota N ão me oi possível E squecer a nossa história,

T odos os dias minha mente ainda desejaT e ver de qualquer maneira.

O s teus cabelos loiros N unca sentirão as minhas mãos!

F aço águas de lágrimas em uma só canção,




146 I

Regarei assim as fores desta minha humilhação, I mpiedosas hoje as estrelas são,

Delas não terei piedade, não! A vida me causa stress,Y es!Years o sadness!

Durmo sonhando acordada

E u sonho que estás aqui na minha casa,C ansei de dormir sonhando acordada, E u quero você aqui comigo no soá da M inha sala rindo e contando piada!B obo e pobre sonho meu! E u bem sei que minha alma já perdeu,Resta apenas a lembrança do olhar teu.

T odas aquelasH oras em que estive aqui I ncrivelmente oram as melhores pra mim.

Riem do meu pobre rostoT odos aqueles que não compreendem o meu desgosto,




147 I

E u sei que a corda está no meu pescoço,

E ntretanto preciso arouxá-la um pouco,

N essa orca já sou um ser morto.

T antas vezes eu lembrei de você,W hat do you will do orever?O teu pensamento sempre de mim se esquece!

T udo que eu mais queria era que essasH oras de agonia ossem da minha vidaO mais rápido possível banidas,U m minuto apenas basta para queS ua orça tão longínqua A qui dentro de mim eu sinta, N ada do que me disserem me aráDesistir de te ter um dia.

T ento esquecer a triste realidade,

W hat is this I eel or you?O s meus olhos choram lágrimas do sul.




148 I

F oi você que me ensinou a não te esquecer,

O caminho que me levou até vocêRealmente ez eu me perder.

T oda a noite eu olho para o céu pensando que te verei,I nutilmente pois eu olho e não vejo ninguém,

M esmo porque a lua está muito além E as estrelas estão longe também. A gora todos pensam que sou apenas uma jovem doente, N essa vida que ninguém entendeDesgosto sinto constantemente.

A credite, eu estou alando a verdade,Logo você saberá dessa realidadeLouca mas com sanidade.

E u sei, eu sei,

T u estás eliz E com certeza não te




149 I

Recordas mais de mim, N esse meu destino ruim

I ndignamente eu sei que sim,T oda vez é assim:Y es!Years o sadness! I nsuportável é ter que viver

N essa esquina sozinha e sem saber porquê.

T odo tempo é mudo e asH oras também, E ssa casa é tão ria, não vejo ninguém.

Logo que possível vou reencontrarO s seus olhos azuis pra poder te amar,G aranto que ninguém vai perceber A dor da saudade por eu não te ver! N essa ogueira tamanha

T odo mundo me acha estranha,




150 I

E eu não me conormo com essa existência! M eus pés tão cansados e tão doloridos

P isam descalços sobre os espinhosLevando pro chão o sangue caído, E sses espinhos ainda estão comigo.

Y es!Years o sadness!

O meu rosto de mulherU rgi tudo aquilo que minha alma quer.

A sua indierença tirou a minha é,Resta apenas uma perídia qualquer, E isso você não sabe o que é.

I nsisto num absurdo; N a minha menteV iverei sempre de modo I ndigente, simplesmente porque

T udo que eu quero E u não posso ter,




151 I

Digo isso pois não

T enho você,O que posso azer?

A vida é realmenteT ão cruel comigo,

T udo que eu preciso E u tenho sempre perdido, N ão entendo por que isso acontece comigo,De tudo que eu não tenho você é o que mais preciso!

A h! Se alguém pudesse enxergar a

Real intenção que a vida tem, então E xplodiriam as estrelas do universo em colisãoC om as nuvens de umaça do vulcão! E mpestar-nos na verdade é o

P ropósito do destino,T odo tempo que pouco nos resta




152 I

I mpede o nosso progresso que já éO retrato do regresso

N esse mundo retrocesso.

H oras innitas de desprazer e agonia E nchem a minha vida,Logo a minha, quem diria!

Desertada e sozinha.

I nsuciente será para sempre N essa vida tudo que tentar me azer contente!

T entativas inúteis serão, poisH á algo que nunca mais se regenera, E u me sinto triste porque I nelizmente as coisas que ainda meRestam pra você não presta.

H ipocrisias escondidasO mitidas sob as máscaras lá




153 I

N a Grécia antigaO scilam agora em nossos rostos

Rasgados por um teatro.

O meu sonho já está morto N esse mar de puro estorvo.

F iz uma promessa,Rasguem minhas vestes se I ncansavelmente eu nãoDisser tudo que está em minha mente. A s máculas ainda são recentes!Y es! My lie is more or less!

Duvido ainda que E u nesta minha jornada vaziaC onseguirei ser eliz E m pelo menos um dia,

M uitos me dizem que souB astante jovem ainda,




154 I

E ntretanto dentro de mim existe umaRara velhice escondida.

T odos já sabem porque eu já conessei:H á em mim um segredo que ainda não revelei, I nsisto em manter em segredo o queResta da minha dignidade,

T odo tempo eu penso E m enrentar a verdade E no entanto minha mente N ão reage pra aceitar a realidade.

T ive conormação, mas agora conormada não sou,W here is my soul?O mundo pra mim acabou!

T irei proveito do que aconteceu,H ouve algo que ninguém compreendeu,

O que eu perdi você não me prometeu,U m dia ainda reconhecerás que




155 I

S ua indierença não quero mais! À s vezes penso de ti não lembrar nunca mais,

N o entanto vem teu semblante sagaz Derramando o perume das fores más!

T iro proveito de tudo que acontece,W hat will destroy my stress?

O meu sol não mais amanhece.

F orças contráriasRetardam o meu sucesso,O que eu não quero é M orrer sem ter-te por perto.

Se haverá algo para impedir que E u manieste a mácula queV erão dentro de mim E u não sei, o que oi que z?

N esse mundo sou ineliz!




156 I

T ragueiO gosto da amargura que

N ão sai mais da minha garganta, I nconsequência de criança! N a minha inância E u cometi uma extravagância.

P or mais que te esquecer eu queira M inha mente explorada não deixa!

A cho mesmo que isso é um absurdo, soro comT antos distúrbios múltiplos!

Logo que eu puderDirei a todos como éS orer sozinha andando a pé.

C om tudo isso que eu já disseH umano algum entenderá




157 I

U m só verso que escrevi!Rabisco palavras pra disarçar

C om conveniência o queH á sempre de me atormentar.

Lá naquela estrada vou te reencontrar,O teu rosto se assustará

C om a minha imagem A o de ti me aproximar.T odos vão acreditar E ninguém duvidaráDo que eu posso ousar.

O mundo hoje me angustia N ada me traz alegria.

F alando em alegria I ncrivelmente me resta ainda

V ossa voz na minha bigorna, E scuto-a toda hora!




158 I

H onestamente eu nem planejava escrever nemU ma única linha desse verso,

N o entanto meu desamor é sério,De qualquer jeitoReleve seu sentimento de raternidade E aquela caridadeDeixando em ti crescer a piedade.

W hat are you doing now?

T enha sempre um sorriso na ace ainda queH oras de tenro desgosto queiramRemoer o teu corpo. E screva cartas pra mim E m qualquer momento, quando quiser.

H onra é pra mimU m dia ter tido você aqui.

N unca pense malDe mim pois tudo que aço




159 I

Realmente é desejando o melhor pra ti! E u espero que sejas eliz,

Deixo essas rases aqui.

S abes que serei sempre assim.

H ermenêuticas da minha mente!

E u sei, somente minha consciência entende.Y es! Years o sadness!B obagens da vida com stress.U m dia você aindaReconhecerá que N ão te traí jamais.

I daho!Desse lugar nasce o meu amor! A inda que me domine a dorH umildemente sei que jamais vou encontrar

O que o meu destino não cansa de armar.



Colecção World Art Friends X

Título:

Autora:

Concepção:

Design:

Ilustração:

Impressão:

As Lágrimas dos Anjos e os

Versos de Amor

Jamila Mafra

Ex-Ricardo dePinho Teixeira

Bruno Gomes

Bruno Gomes

Gráfica Pacense

ISBN: 978-989-617-547-4

Depósito Legal: 294831/09

1ª Edição: Setembro de 2010

www.worldartfriends.com

as lÁgrimas dos anjos

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