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www.nossasenhoradolago.org.br LAGO NORTE, BRASÍLIA, DF - ANO 10 - NÚMERO 04 - JULHO/2017 Pe Norbey - Pároco A festa de Nossa Senhora do Carmo prende-se à Ordem Carmeli- tana, cuja origem remonta aos tem- pos antigos, envolvidos em nuvens de venerandas lendas. A Ordem tem por propósito es- pecial o culto da Mãe de Deus e tem origem nos tempos do profeta Elias. A Bíblia conta-nos que o profeta Elias lutou no Monte Carmel con- tra os profetas de Baal (falso deus cananeu). A partir de então, e até hoje, o Monte Carmel mantém o seu estatuto religioso. Segundo a tradição, Elias refu- giou-se na caverna das encostas, que se chama a estrela do mar. No entanto, os cristãos carmelitas escolheram uma caverna adicional no topo da serra e instalaram aí um grande mosteiro, que se transfor- mou no seu centro mundial. O monte Carmel servia como muralha natural entre o mar Medi- terrâneo e a grande planície (o vale de Jezreel), onde hoje fica Israel. Com frequência o monte e seus ar- redores são citados na Bíblia, como exemplo de beleza e fertilidade. “Florescerá abundantemente, jubila- rá de alegria e exultará; deu-se-lhes a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do Senhor, o esplendor de nosso Deus” (Isaias 35,2). Até o sábio Salomão o usou como sím- bolo quando queria apresentar algo belo: “A tua cabeça é como o monte Carmelo, a tua cabeleira como a púrpura...” (Cântico 7,5). Nossa Senhora do Carmo tem origem no século XII, quando um se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança; salvação nos perigos, aliança de paz e amor eterno”. A partir desse milagre, o escapulá- rio passou a fazer parte do hábito dos carmelitas. O escapulário é um sinal de proteção que ela mesma ofereceu a seus devotos. Assim, a pessoa que usa o Escapulário com devoção, respeito e fé, recebe as graças prometidas por Nossa Senhora. A palavra Escapulário vem do la- tim, escápula, que significa armadura, proteção. O escapulário é uma forma de devoção, um sinal de confiança em Nossa Senhora do Carmo. O escapulá- rio, segundo o Concílio do Vaticano II, é um Sacramental, um sinal sagrado, ob- tendo efeitos de proteção da Igreja Ca- tólica. É uma realidade visível que nos conduz a Deus. Santa Tereza dizia que: portar o escapulário era estar vestida com o hábito de Nossa Senhora. Em 2011, numa peregrinação à Ter - ra Santa, pela obra de Maria, visitamos a cidade de Haifa, que é conhecida tanto pela vista maravilhosa do alto do monte Carmel, como pela sua rica e moderna cultura e cenário artístico, centros cien- tíficos e de alta tecnologia, sua intensa vida noturna e o mundialmente famoso Festival de Filmes de Haifa, além dos seus sítios históricos: a Caverna de Elias, o Monastério Carmelita Stella Ma- ris, Nossa Senhora do Monte Carmelo e os Jardins do Bahá’í. E esses são só al- guns, ao lado da exuberante vegetação. No centro fica o Templo do Báb, coroado por uma cúpula dourada. Esse, o lugar de descanso final do profeta e fundador da fé Bahá’i, também tem uma vista de tirar o fôlego da cidade e da baía. Nossa Senhora do Carmo grupo de eremitas começou a se formar no monte Carmel, na Palestina, Terra Santa, iniciando um estilo de vida sim- ples e pobre, ao lado da fonte de Elias; daí se estendeu ao mundo todo. A palavra Carmo, significa jardim e corresponde ao monte Carmel. Conta a tradição, que os discípulos de Elias, em lembrança daquela visão do mestre, teriam fundado uma Congregação, com sede no Monte Carmel, com a finalidade de prestar homenagens à Mãe do Mes- tre. As visões da beata Ana Catharina Emerich, na Alemanha, sobre a vida de Maria Santíssima, ocupam-se minucio- samente da Congregação dos Servos de Maria, no Antigo Testamento. Devido ao lugar, esse grupo foi chamado de Carmelitas. Posteriormente os Carmelitas fo- ram obrigados a ir para a Europa fugin- do da perseguição dos muçulmanos. Aí se espalhou ainda mais a Ordem. São Simão era um dos mais pie- dosos carmelitas que vivia na Inglater - ra. Vendo a Ordem dos Carmelitas ser perseguida até estar prestes a ser elimi- nada da face da terra, ele sofria muito e pedia socorro a Nossa Senhora do Carmo. Sua oração, que os carmelitas usam até hoje, foi à seguinte: “Flor do Carmelo, vide florida. Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável. Doce Mãe, mas sempre virgem. Sede propícia aos carmelitas. Ó Estrela do mar”. Então Maria Santíssima, rodeada de anjos, apareceu para São Simão Stock, entregou-lhe o Escapulário e lhe disse: “Recebe, meu filho muito amado, este escapulário de tua ordem, sinal do meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas. Quem com ele morrer não A uns poucos minutos de dis- tância do Jardim das Esculturas fica o convento carmelita Nossa Senhora do Monte Carmelo, lar de dezenas de freiras de todas as partes do mundo, que vivem do turismo cristão, da venda de souvenires religiosos e de um pequeno lote agrícola dentro do convento. A igreja foi assim constituída de um piso grosso de cimento e o mos- teiro é de paredes espessas com um numero reduzido de aberturas es- treitas fechadas por grades. O salão principal do mosteiro é rico e lembra a forma de uma cruz. O teto da sala é decorado por pinturas coloridas com motivos do Antigo e do Novo Testamento: Elias subindo para os céus, Davi com sua harpa, o profeta Isaías, a Sagrada Família e os quatro Evangelistas. Inscrições em latim de versículos bíblicos podem ser ob- servadas em torno da cúpula. Por cima do altar encontra-se uma estátua da Virgem Maria carre- gando Jesus em seus joelhos. A es- tátua é chamada de “amante de nosso Carmel”. As escadas da plataforma conduzem a uma caverna escavada, na qual um altar de pedra fora constru- ído por cima da estátua de Elias. Re- levos dedicados a figuras carmelitas são içadas em todos os quatro cantos da sala principal. Na parede ocidental da igreja encontra-se um órgão, que é utilizado durante as cerimônias religiosas e concertos dedica- dos à música sacra e litúrgica. Nossa Senhora do Carmo, libertai as benditas almas do purgatório. Amém! A Caverna de Elias, localizada no Monte Carmelo, na cidade Haifa (Israel). Essa caverna serviu de refúgio para o profeta Elias.

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www.nossasenhoradolago.org.br

LAGO NORTE, BRASÍLIA, DF - ANO 10 - NÚMERO 04 - JULHO/2017

Pe Norbey - Pároco

A festa de Nossa Senhora do Carmo prende-se à Ordem Carmeli-tana, cuja origem remonta aos tem-pos antigos, envolvidos em nuvens de venerandas lendas.

A Ordem tem por propósito es-pecial o culto da Mãe de Deus e tem origem nos tempos do profeta Elias. A Bíblia conta-nos que o profeta Elias lutou no Monte Carmel con-tra os profetas de Baal (falso deus cananeu). A partir de então, e até hoje, o Monte Carmel mantém o seu estatuto religioso.

Segundo a tradição, Elias refu-giou-se na caverna das encostas, que se chama a estrela do mar. No entanto, os cristãos carmelitas escolheram uma caverna adicional no topo da serra e instalaram aí um grande mosteiro, que se transfor-mou no seu centro mundial.

O monte Carmel servia como muralha natural entre o mar Medi-terrâneo e a grande planície (o vale de Jezreel), onde hoje fica Israel. Com frequência o monte e seus ar-redores são citados na Bíblia, como exemplo de beleza e fertilidade. “Florescerá abundantemente, jubila-rá de alegria e exultará; deu-se-lhes a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do Senhor, o esplendor de nosso Deus” (Isaias 35,2). Até o sábio Salomão o usou como sím-bolo quando queria apresentar algo belo: “A tua cabeça é como o monte Carmelo, a tua cabeleira como a púrpura...” (Cântico 7,5).

Nossa Senhora do Carmo tem origem no século XII, quando um

se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança; salvação nos perigos, aliança de paz e amor eterno”.

A partir desse milagre, o escapulá-rio passou a fazer parte do hábito dos carmelitas. O escapulário é um sinal de proteção que ela mesma ofereceu a seus devotos. Assim, a pessoa que usa o Escapulário com devoção, respeito e fé, recebe as graças prometidas por Nossa Senhora.

A palavra Escapulário vem do la-tim, escápula, que significa armadura, proteção. O escapulário é uma forma de devoção, um sinal de confiança em Nossa Senhora do Carmo. O escapulá-rio, segundo o Concílio do Vaticano II, é um Sacramental, um sinal sagrado, ob-tendo efeitos de proteção da Igreja Ca-tólica. É uma realidade visível que nos conduz a Deus. Santa Tereza dizia que: portar o escapulário era estar vestida com o hábito de Nossa Senhora.

Em 2011, numa peregrinação à Ter-ra Santa, pela obra de Maria, visitamos a cidade de Haifa, que é conhecida tanto pela vista maravilhosa do alto do monte Carmel, como pela sua rica e moderna cultura e cenário artístico, centros cien-tíficos e de alta tecnologia, sua intensa vida noturna e o mundialmente famoso Festival de Filmes de Haifa, além dos seus sítios históricos: a Caverna de Elias, o Monastério Carmelita Stella Ma-ris, Nossa Senhora do Monte Carmelo e os Jardins do Bahá’í. E esses são só al-guns, ao lado da exuberante vegetação.

No centro fica o Templo do Báb, coroado por uma cúpula dourada. Esse, o lugar de descanso final do profeta e fundador da fé Bahá’i, também tem uma vista de tirar o fôlego da cidade e da baía.

Nossa Senhora do Carmogrupo de eremitas começou a se formar no monte Carmel, na Palestina, Terra Santa, iniciando um estilo de vida sim-ples e pobre, ao lado da fonte de Elias; daí se estendeu ao mundo todo.

A palavra Carmo, significa jardim e corresponde ao monte Carmel. Conta a tradição, que os discípulos de Elias, em lembrança daquela visão do mestre, teriam fundado uma Congregação, com sede no Monte Carmel, com a finalidade de prestar homenagens à Mãe do Mes-tre. As visões da beata Ana Catharina Emerich, na Alemanha, sobre a vida de Maria Santíssima, ocupam-se minucio-samente da Congregação dos Servos de Maria, no Antigo Testamento. Devido ao lugar, esse grupo foi chamado de Carmelitas.

Posteriormente os Carmelitas fo-ram obrigados a ir para a Europa fugin-do da perseguição dos muçulmanos. Aí se espalhou ainda mais a Ordem.

São Simão era um dos mais pie-dosos carmelitas que vivia na Inglater-ra. Vendo a Ordem dos Carmelitas ser perseguida até estar prestes a ser elimi-nada da face da terra, ele sofria muito e pedia socorro a Nossa Senhora do Carmo. Sua oração, que os carmelitas usam até hoje, foi à seguinte: “Flor do Carmelo, vide florida. Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável. Doce Mãe, mas sempre virgem. Sede propícia aos carmelitas. Ó Estrela do mar”.

Então Maria Santíssima, rodeada de anjos, apareceu para São Simão Stock, entregou-lhe o Escapulário e lhe disse: “Recebe, meu filho muito amado, este escapulário de tua ordem, sinal do meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas. Quem com ele morrer não

A uns poucos minutos de dis-tância do Jardim das Esculturas fica o convento carmelita Nossa Senhora do Monte Carmelo, lar de dezenas de freiras de todas as partes do mundo, que vivem do turismo cristão, da venda de souvenires religiosos e de um pequeno lote agrícola dentro do convento.

A igreja foi assim constituída de um piso grosso de cimento e o mos-teiro é de paredes espessas com um numero reduzido de aberturas es-treitas fechadas por grades. O salão principal do mosteiro é rico e lembra a forma de uma cruz. O teto da sala é decorado por pinturas coloridas com motivos do Antigo e do Novo Testamento: Elias subindo para os céus, Davi com sua harpa, o profeta Isaías, a Sagrada Família e os quatro Evangelistas. Inscrições em latim de versículos bíblicos podem ser ob-servadas em torno da cúpula.

Por cima do altar encontra-se uma estátua da Virgem Maria carre-gando Jesus em seus joelhos. A es-tátua é chamada de “amante de nosso Carmel”. As escadas da plataforma conduzem a uma caverna escavada, na qual um altar de pedra fora constru-ído por cima da estátua de Elias. Re-levos dedicados a figuras carmelitas são içadas em todos os quatro cantos da sala principal. Na parede ocidental da igreja encontra-se um órgão, que é utilizado durante as cerimônias religiosas e concertos dedica-dos à música sacra e litúrgica.

Nossa Senhora do Carmo, libertai as benditas almas do purgatório. Amém!

A Caverna de Elias, localizada no Monte Carmelo, na cidade Haifa (Israel). Essa caverna serviu de refúgio para o profeta Elias.

Informativo da ParóquiaNossa Senhora do LagoPároco:Pe. Norbey Londoño Buitrago

Edição:Pastoral da Comunicação

Contatos:[email protected]:(61) 3368-3790 / 3368-4605Endereço: QI 03 - Lago Norte

Diagramação e impressão:Artefato (61) 98534-0500Tiragem: 1.000 exemplares

A cidade de Núrsia, região dos montes Apeninos na Itália, é famosa por seu clima agradável e por um santo que habitou aquelas terras por volta do século V.

Filho de católicos fervorosos, os frutos desta família cristã trouxeram à nossa Igreja dois santos: São Bento e Santa Escolástica, sua irmã gêmea.

Bento recebeu sua formação em Filosofia em um contexto histórico de decadência do Império Romano. De-clínio este não apenas político, mas principalmente moral e espiritual. Diante desta crise, abandonou seus projetos terrenos para iniciar uma caminhada de oração, meditação e exercícios que o levassem para perto de Deus.

Sua retirada da vida em sociedade, ao se recolher para as montanhas da Úmbria, chamou a atenção de algumas almas desejosas também de uma vida austera e recolhida. Como o odor de santidade atrai muitas almas, em pouco tempo de vida eremítica São Bento viu-se necessitado de criar uma Regra de Vida naquela comunidade, pois já re-

alizava entre eles um papel de Abade, oriundo do grego “Abbá”, que pode ser traduzido como “pai espiritual”.

Esta Regra ainda é o preceito fundamental usado em todos os mosteiros beneditinos e, ainda que tenham pas-sados vários séculos, é extremamente atual. A justificativa é muito simples: no seu conteúdo estão os ensinamentos de Cristo e a prática dos Mandamentos da Lei de Deus. É dela que deriva a máxima “Ora et labora”: viver e trabalhar em meio às tarefas do dia-a-dia a partir da oração. Tanto a oração como o trabalho quer nos levar para Deus e co-locar-nos a Seu serviço.

Por este caminho, São Bento nos apresenta uma grande sabedoria: que encontremos Deus em todas as coisas ou, nas suas palavras: “que em tudo seja Deus glorificado” (Regra de São Bento, Capítulo 57, versículo 9).

Esta equilibrada alternância da oração e do trabalho é considerada pelos monges como um seguro e saudável ca-minho para Deus, pois nos protege dos excessos. As duas extremidades fazem parte da vida moderna: a sociabilidade no trabalho, no estudo, na vida familiar, no convívio com os outros e a reclusão na oração. Apenas quando estas duas dimensões estão em correta dependência é que o leigo per-manece fiel às vontades de Deus em sua vida. Ana Luísa – Formação do SEGUE-ME

São Bento: O valor do “Ora et labora”

Estamos no mês das férias. Alunos, pais e professores já fazem planos de viagens. Por seu lado, a liturgia começa o mês de julho mar-cando o dia 2 como sendo comemorativo do Dia do Papa e da festa dos Santos Pedro e Pau-lo. Estes, destacados como baluartes da Igreja primitiva; aquele, como o Pontífice atuante e piedoso de nossos dias.

O mês traz muitas atividades e celebra-ções. Entre estas, a festa de Nossa Senhora do Carmo, no dia 16. A devoção começou na Palestina e, através da manifestação de Maria a um dos seus devotos, se estabeleceu como a Ordem Carmelita, conhecida no mundo todo. Disso nos fala com propriedade o nosso Pároco, Padre Norbey.

Vários santos têm suas festas neste mês, mas especialmente lembramos pela importân-cia que tiveram, os apóstolos São Tomé (03) e São Tiago Maior (25), além de São Bento (11), São Joaquim e Sant’Ana, os avós de Jesus (26).

Também foram dignas de registro nesta edição, duas datas interessantes: O Dia Inter-nacional da Amizade (20) e o Dia dos Avós (26). Ambas são datas diretamente ligadas aos nossos corações pelo que representam em nossas vidas.

Chamamos a atenção para os eventos elencados na última página, convidando todos para que participem das nossas atividades co-munitárias.

Tenham um excelente mês!

Editorial Julho, mês de Santiago

Na vida de um cenobita a primazia está, em tudo, na oração: “ao serviço de Deus nada deve ser anteposto” (Regra de São Bento, Capítulo 43, versículo 3).

E este grande santo nos mostra que o valor da oração é concretizado tanto na meditação do Ofício Divino, duran-te as horas litúrgicas (Vigílias, Laudes, Tércia, Sexta, Noa, Vésperas e Completas), como na leitura orante da Bíblia, conhecida como “Lectio Divina”, que é um método es-piritual de apreciação e conhecimento mais aprofundado das Sagradas Escrituras. São nestas duas práticas que, segundo os monges, temos valiosos instrumentos nos quais Deus fala conosco e nós nos inebriamos dEle diante de Sua presença.

Estamos nos aproximando da festa deste memorável Santo, a ser celebrada no dia 11 de julho. A todos que desejam conhecer mais deste ideal de vida monástica, sugerimos o segundo livro dos Diálogos de São Gregório Magno e convidamos a conhecer o Mosteiro de São Bento de Brasília, localizado no Lago Sul, próximo à Ermida Dom Bosco.

Pax!

Tiago foi um dos 12 após-tolos do Senhor. Era irmão de São João Evangelista e era cha-mado de Tiago, o Maior, para distingui-lo do outro apóstolo Tiago, o Menor, que era mais jovem do que ele.

Juntamente com João e Si-mão Pedro formou o grupo dos três preferidos de Jesus. Tiago, Pedro e João seriam, de resto, os primeiros a abandonarem tudo para seguir Jesus, tendo sido dos seus mais próximos colaboradores.

Por que era um dos prefe-ridos de Jesus? Talvez porque (como disse São João Crisósto-mo) era mais atrevido e valente para declarar-se amigo e segui-dor do Redentor, ou porque viria a ser o primeiro que derramaria seu sangue por proclamar sua fé em Jesus Cristo.

Presenciou todos os grandes milagres de Cristo e, com Pedro e João, foram os únicos que estive-ram presentes na Transfiguração do Senhor e em sua Oração no Horto de Getsemani.

Segundo o Evangelho de Marcos, Tiago e João são cha-mados por Jesus como Boaner-ges, isto é, “Filhos do trovão”. Isto se deu por um fato que

caracterizou a índole de ambos: ao chegar Jesus com sua comiti-va à terra dos samaritanos, estes lhe interditaram a entrada. João e Tiago viram neste fato uma afronta a Cristo e exprimiram sua indigna-ção com estas palavras: “Queres, Senhor, que mandemos cair fogo do céu sobre esta cidade, para consumi-la?”. Jesus, porém os repreendeu dizendo: “Vós não sa-beis de que espírito sois! O Filho do Homem não veio para perder, mas para salvar as almas” (Lucas 9,54).

Após a crucificação de Jesus, logo após o episódio de Pentecos-tes, Tiago partiu para a província romana da Hispânia e divulgou a doutrina cristã. Na cidade de Sa-ragoça, presenciou uma aparição de Maria, mãe de Jesus, que ainda vivia. Tal aparição, em cima de um pilar, originou o culto de Nossa Se-nhora do Pilar.

Quando regressou a Palestina, no ano 44, foi torturado e deca-pitado por ordem do rei Herodes Agripa I que proibiu que seu corpo fosse enterrado. Conta a tradição, que dois seguidores hispânicos de Tiago teriam, em segredo, trans-portado seus restos mortais para a Galícia, onde lhe deram sepultura no lugar chamado Campus Stellae (Compostela).

Devido às perseguições e proi-bições de visitar o lugar, no período da ocupação muçulmana, este ficou esquecido até que no ano 813 o eremita Pelayo redescobriu o túmulo do apóstolo e ali erigiu um templo. Desde então o túmulo do apóstolo Tiago passou a ser um local de pe-regrinações de cristãos de todas as partes do mundo.

O nome Santiago provém de duas palavras: “Santo” e “Iacob”. Porque seu nome em hebreu era “Jacob”. Os espanhóis em suas batalhas gritavam: “Santo Iacob, ajuda-nos”. Com o tempo esta invo-cação seria unida numa palavra só: Santiago.

Santiago foi patrono da recon-quista cristã da Península Ibérica e, atualmente, tanto a Virgem do Pilar como o próprio Santiago se con-verteram em símbolos nacionais da Espanha. A data em que se home-nageia e se presta culto a Santiago é 25 de julho.

Josemar – ENS

Mosteiro de Brasília

Lourdes Valentim – Pastoral Familiar

Esperar em Deus para comemorar

São Pedro, São Paulo e o dia do PapaSÃO PEDRO“E eu te declaro: tu és

Pedro, e sobre esta pedra edi-ficarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as cha-ves do Reino dos Céus” (Mt 16, 18-19). Com essas pala-vras, Jesus indicaria o primeiro líder, e primeiro Papa da Igreja Católica e a sua importância no Reino dos Céus.

O Mestre, mesmo saben-do das fraquezas de Pedro – que, em outros momentos, não quis que Jesus lavasse os seus pés, na última Ceia; que num gesto de violência, cortou a orelha do soldado, na hora da prisão do Mestre, que negou-lhe 3 vezes, entre outras atitudes – identificava nele um homem de grande Fé e liderança. O Papa Francisco, na sua homilia do dia 02-06-17, disse: “Os pecados e os erros de Pedro não foram um obstáculo para Jesus”.

SÃO PAULOPaulo, cujo nome antes da

conversão era Saulo ou Saul, era natural de Tarso, na Cilícia (Asia Menor). Foi criado no seio de uma família judaica. Posteriormente, ele estudou em Jerusalém, sendo instruído na doutrina dos fariseus, por Ga-maliel, um dos mais destacados membros do Sinédrio.

Presenciou a execução, por apedrejamento, do primeiro mártir do cristianismo, Santo Estevão, e a partir daí começou a perseguir e prender cristãos.

50 dias após a Ressurrei-ção do Senhor, no dia de Pen-tecostes, quando os discípulos receberam o Espírito Santo, Pedro saiu em companhia dos outros apóstolos e pregou: “Ar-rependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2, 38).

“E naquele dia elevou-se a mais ou menos três mil o nú-mero dos adeptos” (At 2, 41).

No capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos é relatada a conver-são de Saulo: “E, indo no ca-minho, chegando perto de Da-masco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse:

e fundando muitas comunida-des. Escreveu 13 Epístolas e ficou conhecido como o “Após-tolo dos Pagãos”. Passou a ser perseguido e foi martirizado, com morte por decapitação.

“Combati o bom com-bate, completei a corrida, guardei a fé” (2Tm 4, 7).

Que os exemplos desses dois grandes Santos da Igreja, de arrependimento e conversão, de Fé, Esperança, Amor, cora-gem e testemunho do Evange-lho, inspire-nos na caminhada rumo à Santidade!

No dia 29 de junho come-mora-se, pela tradição popular, o dia dos Santos São Pedro e São Paulo. A Igreja celebra neste ano, liturgicamente, os dois Santos e o dia do Papa no domingo subsequente, dia 2 de julho. Em quase 2.000 anos, a Igreja Católica teve, continua-mente, Papas. O Papa Francisco é o 266º da história.

A partir daí, Pedro come-çou a falar corajosamente so-bre Jesus, pregando o amor, a união e a humildade como Jesus havia ensinado. Enfren-tou as autoridades da época e foi fiel até a morte, também por crucificação. Porém, por não se achar digno de morrer como Jesus, pediu para ser crucifica-do de cabeça para baixo.

São Joaquim e Sant’Ana são os santos celebrados pela Igreja nes-

Fé e humildade do apóstoloSão Tomé era um pesca-

dor da Galiléia e, como os de-mais apóstolos, foi chamado por Jesus para formar o grupo dos doze que o acompanhava. Durante o tempo em que Jesus esteve com os apóstolos, Tomé sempre se mostrou amigo fiel do Mestre. Nas Escrituras há algumas manifestações dele, demonstrando sempre interesse no que Jesus ensinava. Assim foi na passagem em que Jesus falou sobre sua ida para o Pai e da in-tenção de preparar um lugar para os apóstolos na divina morada. Tomé, tomando a palavra, disse: “Senhor, não sabemos para onde vais, como poderemos achar o caminho?” Então o Cristo afir-mou-lhe: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim!” (Jo 14).

A Paixão e Morte de Jesus atordoaram seus apóstolos e Tomé, após a crucificação, ficou

tão desanimado com o desfecho, que não acreditava nas notícias sobre a Ressurreição, temendo informações inverídicas... Por isso declarou enfaticamente que só acreditaria na Ressurreição se pusesse a mão no lugar da chaga aberta no peito e o dedo nas cha-gas das mãos! Passados alguns dias, Jesus apareceu no meio dos apóstolos, estando Tomé com eles. O Senhor chamou- o e convidou-o a comprovar sua Ressurreição, colocando a mão em suas chagas. Humilde, o apóstolo somente disse: “MEU SENHOR E MEU DEUS!”. Es-tas suas palavras foram ungidas de fé e de humildade tanto que, mais tarde, foram introduzidas na liturgia eucarística e até hoje as repetimos com fé!

A história conta que São Tomé foi evangelizar na Pérsia e na Índia. Aqui no Brasil ele é venerado numa cidade mineira onde uma lenda dá contas do aparecimento do san-

to a um escravo, dentro de uma gruta. No local foi encontrada uma imagem, supostamente do santo, com a gravação de algumas letras indecifráveis sobre sua cabeça. O dono das terras onde se deu o fato mandou erguer uma capela que mais tarde foi destruída para a cons-trução de uma linda igreja barroca. Lá está, segundo a lenda, a mesma imagem encontrada na gruta.

A festa de São Tomé foi marca-da pela Igreja no dia 3 de julho.

São Tomé, ajudai-nos a crer!

Da redação

te mês, no dia 26. São eles avós do Menino Jesus. Por isso mesmo, o calendário civil comemora o Dia dos Avós na mesma data.

Os dois santinhos, apesar de muito o desejarem, não tinham filhos. Esse fato os fez sofrer chacotas e críticas de seus contemporâneos, pois a infertilidade era consi-derada na época um sinal de castigo divino. No entanto, ambos eram pessoas de muita fé e depositavam em Deus a esperança de que um dia se tornassem pais, apesar da sua idade avançada. Por isso continuavam na oração e na confiança até que um dia o Senhor os ouviu e lhes concedeu a graça que tanto esperavam. Nasceu-lhes uma menina, a quem deram o nome de Maria. Por desígnio divino, ela viria a ser Nossa Senhora, a Mãe de Jesus. Desde cedo, os santos, Joaquim e Ana, a encaminharam ao Templo e a consagraram ao Senhor.

Pela singeleza de sua história e pela fidelidade que sempre demonstraram ao Senhor, observamos como o poder da fé e da oração nos faz agradáveis aos olhos de Deus. Da lição desses dois santos tiramos para nossas vidas um exemplo profícuo que nos edifica e ajuda na me-lhoria de nossa vida espiritual.

Por outro lado, a data que comemora o Dia dos Avós representa uma emoção ímpar na vida de quem é avô ou avó. Não se pode descrever o que se sente ante essa alegria!

Ser pai e mãe são etapas na vida da gente que mar-cam experiências únicas e novas, que acontecem a cada dia e pelas quais, como pais, somos cuidadores respon-sáveis. Mas ser avós é a descoberta gratuita da prorro-gação de nossas vidas, então já ultrapassadas na fase reprodutiva, mas retratadas no(a) neto(a) num gesto, num olhar, na cor do cabelo, na forma do andar, na postura das mãos, etc em tudo o que foi transmitido na intimidade sagrada do amor do casal gerador e nos dá a certeza de sermos parceiros de Deus no milagre da vida!

Que aprendamos com São Joaquim e Sant’Ana a sa-ber esperar em Deus! Que tenhamos todos um Feliz Dia dos Avós!

Quem és, Senhor? E disse o Se-nhor: Eu sou Jesus a quem tu persegues” (At 9, 3-5).

A partir desse encontro, Paulo tornou-se um grande mis-sionário, pregando o Evangelho João Carlos – ENS

MISSAS Matriz Segunda-feira: 19h (Celebração da Palavra)Terça a sexta-feira: 19h Sábado: 18h Domingo: 8h, 12h e 19h Último domingo do mês: 10h, Missa das CriançasPrimeira terça-feira do mês: 19h, Missa Frei Galvão, com distribuição de pílulas.Quarta-feira: 20h, Missa da Saúde (unção com óleo de Jerusalém), com transmissão ao vivo pela Rádio Península FM - 98,1 MHz. Primeira Sexta-feira do mês: 19h, Missa Sagrado Coração de Jesus.Nas casasTerça-feira: 20h (agendada) Varjão Domingo: 10h Primeira quinta-feira do mês: 20h, Missa da Saúde e Frei Galvão, com Adoração ao Santíssimo Sacramento e bênção com óleo de Jerusalém. Taquari – Sábado: 19h Olhos D’água – Domingo: 10h Trecho III – Segundo domingo: 10h Segunda terça-feira: 20h30

CONFISSÕES Quarta-feira: das 18h30 às 21h

SECRETARIA 61 3368-3790 / 3368-4605Terça a sexta-feira: das 8h às 12h e das 14h às 17h Sábado: das 8h às 12h

OUTRAS ATIVIDADESAdoração ao Santíssimo: - Segunda-feira, das 20h às 21h30; - Quinta-feira, das 11h às 12h (Novena Perpétua); - Primeira sexta-feira do mês, às 18h (Sagrado Coração de Jesus). Grupo de Oração RCC: - Terça-feira, das 20h às 22h (Matriz) - Domingo, a partir das 17h (Varjão) Terço dos Homens: Quinta-feira, às 20h Terço da Misericórdia: Sexta-feira, às 15h Direção Espiritual: Agendar na Secretaria.HORÁRIOS DO BRECHIQUETerça-feira - das 9h às 12h Quarta-feira - das 15h às 18h Quinta-feira - das 15h às 18hSexta-feira - das 9h às 12h

Jossela Albuquerque - VEM

Dia Internacional da AmizadeSe me perguntassem quantos

amigos eu tenho, não seria fácil res-ponder.

Muitos dizem que os verdadeiros são poucos, mas como mensurar a veracidade de uma amizade?

Quais são os pesos e as medi-das que usaríamos para isso se cada pessoa tem suas particularidades, qualidades e defeitos?

Nem todos respondem do mes-mo jeito e nem por isso deixam de ser amigos de fato.

Amigo é quem gosta de você de graça, desinteressadamente… é quem dá risada um do outro até a bar-riga doer, quem chora junto na hora da dor, e principalmente, quem aplaude o seu sucesso, quem fica feliz porque você está feliz.

Os amigos sinceros são aqueles que nos apoiam, mas que também se deixam apoiar e nos fazem sentir a importância que temos na vida deles.

Amigo é aquele que vai chegando aos poucos e de repente já é quase família, e como família, também lhe mostra quando você está errado, que-rendo sempre o seu bem.

Não precisa estar junto sempre, mas guarda o mesmo sentimento a cada reencontro.

Todos nós temos aqueles amigos que guardamos no coração, amigos de perto e amigos de longe, amigos recentes e amigos de longa data… amigos unidos pela Fé, pela dor e pelo amor. Pessoas que jamais serão esquecidas porque fazem parte da nossa história.

A Bíblia fala de algumas carate-rísticas da amizade verdadeira:

• Amor – o amor é a chave para qualquer bom relacionamento; a ver-dadeira amizade é firmada no amor fraternal – Provérbios 17:17;

• União – os amigos gostam de estar juntos e defendem um ao outro; a partilha de interesses ajuda a ficar mais unidos – Eclesiastes 4:12;

• Respeito – um amigo não é um meio para atingir um fim, tem valor em si mesmo; a amizade verdadeira respeita o valor da pessoa e procura seu bem – Romanos 12:10;

• Honestidade – a mentira des-trói amizades; o amigo diz a verdade em amor, mesmo quando o outro não vai gostar, para seu bem – Provérbios 27:5-6;

• Ajuda – o amigo verdadeiro ajuda seu companheiro quando sabe

que está passando por dificuldades ou problemas – Provérbios 27:10; e

• Confiança – na amizade verda-deira não há lugar para inveja, fofoca nem traição; um amigo verdadeiro não é perfeito, mas é uma pessoa confiá-vel – Provérbios 16:28.

Lembre-se: para se “ter” um bom amigo, primeiro você precisa “ser” um bom amigo.

No dia 20 de julho comemora-mos o Dia Internacional da Amizade e como muitos estarão de férias, que tal um encontro com aqueles amigos que estão um pouco sumidos, mas que continuam presentes em nossos corações?

Paz e bem para todos!

Como temos avisado nas missas dos finais de semana, voltamos a lembrar que este Informativo não está mais sendo entregue em nossas casas, como medida de redução de custos. Portando, cada família deve apanhá-lo na Igreja, onde estará disponível sempre a partir do primeiro final de semana de cada mês.

Distribuição do Informativo

Este Informativo tem um custo considerável que deve ser coberto através de anúncios. Contamos com a colaboração dos paroquianos que possam divulgar seu negócio aqui e participar, assim, deste importante serviço de catequese e evangelização! O investimento mensal é de apenas R$150,00. Interessados po-dem entrar em contato através da Secretaria da Paróquia no 3368-3790 ou com o Jaci Caetano, telefonando ou passando mensagem de Watsapp no número 99983-0098.

A tiragem é de 1.000 exemplares, distribuídos na Matriz e nas Capelas do Varjão, Trecho 3, Taquari e Olhos D’Agua. Lembramos que ele é disponibilizado também por meio virtual, através do site da paróquia www.nossasenhoradolago.org.br e por envio de Watsapp às pessoas previamente cadastradas.

Patrocínio / Anúncios

Lembramos a todos que durante o mês de julho não haverá a missa das 12 horas, nos domingos.

Missa das 12 horas

Dia 23 de julho, domingo, na missa das 19 horas, vários adoles-centes e adultos de nossa comuni-dade serão crismados. Todos es-tão convidados a participar deste momento de alegria com eles.

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