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Lacan Teoria do Sujeito. Entre o outro e o grande outro. Apresentação.

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Page 1: Lacan Teoria do Sujeito. Entre o outro e o grande outro. Apresentação

LacanTeoria do Sujeito. Entre o outro

e o grande outro. Apresentação.

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Aspectos Gerais• Jacques Lacan (1901-1984) formulou uma

teoria que redefiniu todas as categorias psicanalíticas conhecidas e que criou

muitas outras.

• Obra difícil de assimilar e compreender.

• Discurso resultante da interação entre o enfoque filosófico e o psicanalítico.

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Aspectos Gerais• Lacan escreve em termos psicanalíticos,

filosóficos, antropológicos e lingüísticos. Suas reflexões sobre o sujeito orientam-se

nestas direções.

• Na França é comum que os psicanalistas tenham formação filosófica e médica. Porém, os psicanalistas de formação

tradicional provêm geralmente da medicina e da psiquiatria tendo dificuldade inicial de

se confrontar com a obra de Lacan.

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Aspectos Gerais• Muitos seguidores de Lacan são filósofos

ou provém das ciências humanísticas, por isso a linguagem é mais acessível do que

para os psicanalistas tradicionais.

• Lacan valeu-se da lingüística de Saussure, da antropologia de Lévi- Strauss e da

dialética de Hegel (relação com o semelhante, dialética do desejo e do

olhar).

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Aspectos Gerais• A lingüística está incorporada de maneira

constitutiva à teoria de Lacan.

• O inconsciente se estrutura como linguagem e existe porque há linguagem

ou convenção significante.

• Toda a metapsicologia se modifica assim como a clínica.

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Definição de alguns termos linguísticos

• Saussure definiu como objeto de estudo da linguística, “o conjunto de manifestações da

linguagem humana, sem nenhuma restrição; isto implica todas as línguas, todos os períodos da

história, todas as formas de expressão”.

• Portanto, o objeto de estudo do linguista é a língua em sua estrutura mais geral.

• Para o autor, a língua é, ao mesmo tempo, um fato individual e social. A fala é um fenômeno

individual, a língua, social.

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Relação da linguagem com o eixo temporal:

• Sentido sincrônico: sistema de relações entre signos linguisticos. Estes são unidos

através de certas leis de associação e cada um ocupa um lugar na estrutura, que

o define e distingue dos demais.

• Sentido diacrônico: mudanças que a estrutura sofre com o decorrer do tempo.

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*A unidade fundamental da linguagem é o signo, que é composto por:

• Significante: imagem acústica.

• Significado: conceito.

Teoria da arbitrariedade do signo linguístico:

*Apesar de um não existir sem o outro a aliança entre estes é arbitrária. Não há nada em um que remeta, de maneira específica

ao outro.

Ou seja, significados iguais se associam, em línguas diferentes, com diferentes significantes.

Exemplo: mãe e mother.

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• Para Saussure o signo cumpre duas premissas básicas:

A) como designa algo que é alheio, tem poder de mudança.

B) seu poder significativo depende das relações estabelecidas com os outros

elementos do sistema.

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Metáfora:• Substituição de um significante por outro,

com base em uma relação de similitude.

• É criador de sentido.

• Exemplo: “atirou-se sobre seu inimigo como um lobo” um novo significado é

criado para o conceito de homem, que o associa à ferocidade e à brutalidade.

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Metonímia:• Substituição de um significante por outro, com

base em uma relação de contiguidade.

• Não há criação de sentido.

• Exemplo: substituição numa frase de “psicanálise” por “divã”. Nem um nem outro

significante sofre modificação no que se refere à sua significação. Se na frase, “aproximou-se

do fogo”, substituirmos o último termo por “calor”, não mudamos o sentido geral do que

quisemos dizer.

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• Sobre os processos metafóricos e metonímicos, Lacan constrói sua teoria de

que o inconsciente se estrutura como a linguagem.

• Para Lacan, todas as formações do inconsciente (atos falhos, sonhos, e os

sintomas, em suma), surgem como resultado das substituições metafóricas ou

metonímicas de um ou mais significantes por outros, vinculados aos originais por

diferentes tipos de relações.

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Narcisismo. Papel do outro(a) na constituição do

sujeito.• Lacan parte de um fato observado na psicologia comparada: o bebê, ao redor

dos seis meses, reage jubilosamente diante da percepção de sua própria

imagem refletida no espelho. Esta reação contrasta com a indiferença que outros

mamíferos demonstram ante seu reflexo especular.

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• A que se deve esta resposta? Que conseqüências tem no desenvolvimento psíquico do ser humano?

• Em torno destas perguntas, o autor desenvolve uma teoria sobre o narcisismo e a identificação

primordial.

• Em sua formulação se conjugam, de maneira ajustada, fatos de observação clínica,

conceitualizações de nível teórico e um modo muito profundo de entender as relações do

homem, não somente com a mãe, mas também com o contexto cultural que vive.

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• A imagem de seu próprio corpo, refletida no espelho, surpreende o lactente, pois ele se vê esculpido em um gestalt que nada mais é do

que uma imagem antecipatória da coordenação e integridade que não possui

naquele momento.

• Nesta identificação com uma imago que não é mais do que a promessa daquilo que virá a

ser, há uma falácia: o sujeito se identifica com algo que não é. Na verdade, acredita ser o que o espelho ou o que o olhar da mãe lhe reflete.

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• Desde muito cedo, o homem fica preso a uma ilusão, da qual procurará se aproximar pelo resto

de sua vida. Ser um herói, ser Supermam ou o Cavaleiro Solitário, ser um gênio, não são mais do

que versões do processo imaginário. Portanto, vemos que o estágio do espelho não é apenas

um momento do desenvolvimento do ser humano. É uma estrutura, um modelo de vinculo

que operará durante toda a vida.

• No seio da teoria lacaniana, é aceito como um dos três registros que definem o sujeito o registro

imaginário.

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• Somente pelo fato de viver com outros homens, os seres humanos ficam presos, irreversivelmente, em um jogo de identificações que os impedem a repetir

aquela relação com a imago antecipatória.

• O Eu assim constituído é, para a teoria lacaniana, o ego ideal, diferente do ideal do ego. O

ego ideal é uma imago antecipatória prévia, o que não somos, mas queremos ser.

• O ideal do ego, pelo contrário, surge da inclusão do sujeito no registro simbólico. Por ser impossível se tornar esse personagem lendário, poderoso, perfeito,

o indivíduo aceita fazer parte de uma estrutura.

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• O ingresso na conflitiva edípica constitui o grande desafio às ilusões narcisistas forjadas no estágio do espelho. Mas estas marcam, de maneira definitiva, o que sucederá no

Édipo. Assim, o ego ideal e o ideal do ego estão em permanente luta e interação.

• Para Lacan, o complexo de Édipo se desenvolve em três momentos dos quais o estágio do espelho constitui o

primeiro.

• O tipo principal de identificação, com o qual funciona um sujeito, tem grande importância psicopatológica. Lacan

propôs que tanto as psicoses como as perversões se assentam mais em um estilo identificatório da ordem do

imaginário, do que da ordem do simbólico.

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• Como o imaginário, que instaura o estágio do espelho, começa, em Lacan, a reflexão

sobre a intersubjetividade humana. Relação entre o sujeito e o semelhante, entre a

criança e a mãe, do homem com o outro. Captação do desejo humano no desejo do

outro, através do olhar.

• O olhar do outro produz em mim minha identidade, por reflexo. Através dele, sei quem sou e, nesse jogo narcisista, me

constituo a partir de fora.

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• O olhar deve ser entendido como uma metáfora geral: é o que pensam de mim, o desejo do semelhante, o

cartel e o espetáculo de propaganda, o posto na família, no trabalho e na sociedade. Identificação no

outro e através do outro, este é meu eu.

• Lacan, com sua teoria do imaginário, produz uma reviravolta muito interessante no problema da

agressividade humana. Propõe que todo questionamento de nossas fascinações especulares causa uma visão paranóica do mundo. Basta dizer a alguém que não tem razão, que não é quem acredita ser, mostrar-lhe um ponto onde se limita asseveração

de si, para que surja a agressividade.

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O inconsciente estruturado como

linguagem. Primazia do significante e do grande

Outro (A)

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Lingüística:• Antropológico

• Aplicações psicanalíticas

Reflexão basicamente antropológica:• O sujeito, quanto o é, não existe mais do que no e pelo

discurso do Outro. Somos alienados pela linguagem, pois somos efeito dela.

• Cada um de nós crê ser o que, na realidade, não é (nível imaginário), ao mesmo tempo que não é mais do que um significante, produto da estrutura que o transcende (nível

simbólico).• Este ultimo o determina como sujeito, nomeia-o, situa-o,

distingue-o como homem. Em poucas palavras, torna-o ser.• O fato de ser nomeado o transforma em mais um significante

de cadeia.

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Aplicações psicanalíticas:

• O inconsciente está estruturado como linguagem.

• “...É toda a estrutura da linguagem o que a experiência psicanalítica descobre no

inconsciente. Pode ser obrigado a revisar a idéia de que o inconsciente não é mais do que a sede das pulsões...” (ibid. , pp. 474-

475) .

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A análise do sonho exige a descoberta de uma frase oculta. Os mecanismos, pelos

quais se deu este ocultamento, são proporcionados pela linguagem.

Referimo-nos à:

• Metáfora

• Metonímia

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• Metáfora: É análoga à condensação para Freud, se apóia na primazia do significante, dentro do signo lingüístico. Na metáfora a substituição operada é a de um significante por outro significante. Ficando o

primeiro como conteúdo latente.

• Metonímia: É análoga ao deslocamento Freudiano, permuta-se um significante por outro, que tem, com

o primeiro, uma relação de contigüidade. Nele, os elementos significativos são substituídos por outros que, embora façam parte da mesma idéia geral, são

os aspectos menos importantes dela ou guardam uma relação de causa-efeito ou de continente-

conteúdo.

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• Os lapsus, os atos falhos, o sintoma e o chiste podem ser interpretados desta mesma

perspectiva. Lacan descreve isto com as seguintes palavras:

• “ O inconsciente é aquela parte do discurso concreto, enquanto trans-individual, que falta

à disposição do sujeito para restabelecer a continuidade de seu discurso consciente”

• Donde se deduz, claramente que o inconsciente se revela nos vazios do discurso.

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• Mas a verdade pode ser de novo encontrada, freqüentemente já está escrita em outro

lugar. A saber:

• Nos monumentos: O corpo, onde o sintoma histérico mostra a estrutura de uma

linguagem.

• Na evolução semântica: Isto corresponde tanto ao estoque e às acepções do

vocabulário que lhe são próprios, como ao estilo da sua vida e de seu caráter.

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• Também nos documentos de arquivo: São as recordações, impenetráveis da infância, quando

não se conhece sua proveniência.

• Também na tradição e, ainda nas lendas que, sob uma forma heróica, veiculam a sua história.

• E finalmente, nos rastros que, inevitavelmente, conservam as distorções

necessárias para a conexão do capítulo adulterado com os capítulos que o cercam, e cujo sentido minha exegese restabelecerá” (ibid., p 249)

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• Este enfoque conceptual indica, de maneira decisiva, a forma de trabalho proposta por Lacan:

• Assim, não haveria outra forma de acesso ao inconsciente, senão a escuta atenta do discurso do

paciente.

• Isto devolve à palavra o papel essencial que teve, no início da psicanálise e, em sentido inverso diminui a

eficácia que alguns analistas atribuem às experiências emocionais ocorridas na sessão.

• Privilegia-se a palavra, no sentido de que é por meio dela que temos acesso ao inconsciente. Sendo então uma

preciosa ferramenta do analista.

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O falo. A metáfora do nome-do-pai.

• Constitui uma referência à função do pai, como mediador da relação entre mãe e criança;

• Para poder ser o terceiro e intermediar o vínculo diádico, o pai deve transmitir a Lei, fato que se

atualiza por ser portador do nome;

• É o pai quem nomeia o filho, e neste ato está simbolizando que é portador da Lei;

• Ao sair da fase identificatória do espelho, a criança está alienada em u imaginário da mãe. Anseia ser o

desejo da mãe. Isso implica ser o que a mãe não possui o falo;

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• Em um segundo momento do processo edípico, o pai passa a participar, momento em que privará

a mãe de seu filho-falo e a este da satisfação imaginária, proporcionada por ser o falo da mãe;

• A criança, com a intervenção do pai, ingressa na simbolização da Lei, que mais tarde permitirá o

declínio do complexo;

• Este momento é crucial para o indivíduo, pois só assumindo a castração torna-se possível aspirar

a ter o falo, a transmitir;

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• Na teoria lacaniana, este processo é estruturante. O ingresso no mundo do significante e portanto, na

constituição do inconsciente e o recalcamento originário, estão sujeitos a ele. É isto que Lacan teorizou, sob o

nome de “A metáfora do nome-do-pai”;

• No curso de sua substituição pelo nome-do-pai, o significante fálico se torna inconsciente. Porém, o falo é um significante altamente investido, em virtude de ser o

desejo da mãe. Isto faz com que este significante, já inconsciente, atraia outros significantes, associados

metonimicamente com ele. Os sucessivos significantes, que se tornarão objeto de recalcamento, conservam

entre si uma relação semelhante à que a estrutura da linguagem lhes confere, pois é de suas leis que provem;

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• O recalcamento primário, isto é, a metáfora paterna, também é induzida pela Lei que o representa, através da proibição do incesto e da castração. É necessário

aceita-lo para ser portador, por seu turno, da Lei;

• O sujeito psicológico nasce ao ser incluído na ordem do significante e na lei do pai, reconhecendo a

castração.

• O que, portanto, se impõe, é a castração; aliena-nos na estrutura da linguagem, que não nos deixa

resquícios para ser mais do que sujeitos alienados na demanda.

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O desejo humano e sua topologia. Entre o outro

e o Outro.

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O desejo humano.

Interação entre:

• O outro: Registro do imaginário

• O Outro: Registro do simbólico

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Entre o outro e o Outro.

O outro:

• Registro do imaginário.

• Trata-se da identificação do indivíduo com a imagem que lhe é devolvida

pelo olhar do semelhante.

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Entre o outro e o Outro.

O grande Outro:

• Registro do simbólico.

• Trata-se da identificação do indivíduo com o conjunto de palavras e

conceitos.

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Vertentes do desejo humano.

1. O indivíduo procura se constituir em objeto do desejo de seu semelhante

(o outro).

2. Vem do grande Outro. O Outro indica o que desejar. Dá, desde o início, as palavras para desejar.

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Topologia• Linguagem: estrutura o desejo e

confere à ele o efeito de deslocamento metonímico de um

para outro objeto.

• O inconsciente, ao acompanhar a estrutura da linguagem, repete esse

fenômeno. Isto leva a um deslocamento interminável do

objeto do desejo.

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Necessidade X Desejo

• Necessita-se sobreviver.

• Necessita-se comer e beber para

nutrição.

• Deseja-se gozo oral.

• Deseja-se comer um rodízio de pizzas e beber cerveja a noite

inteira.

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Enfim, desejamos desejar!

1º) Identificação Narcisista;

2º) Desejo de ser o desejo do outro;

3º) Entrada no universo significante;

4º) Subordinação as leis do grande Outro.

Resultado: não podemos nomear nosso desejo e este circulará metonimicamente

de um para outro objeto.

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Técnica psicanalítica:

• A transferência;

• O Sujeito Suposto Saber;

• Palavra plena e;

• Ato Simbólico.

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O Sujeito Suposto Saber:• O Analista sabe tudo o que o paciente ignora.

"O analista pode, equivocadamente, assumir este papel e "encher" o paciente com seus

conhecimentos, em lugar de deixá-lo revelar sua verdade pela palavra."

"Quando um indivíduo se dirige a outro, colocando no lugar do Sujeito Suposto Saber, a transferência

está bem fundamentada."

"Freud disse ao sujeito que onde estava o sonho, era onde era ele mesmo."

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Palavra plena:

• Permite a estruturação do sujeito em sua verdade como tal;

• Aparece na hiância, nas dificuldades do discurso;

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Ato Simbólico:"Lacan apela mais à interrupção da sessão do que à interpretação. Crê que um corte adequado conseguirá, através do ato, um efeito simbólico,

instaurando o Outro e a Palavra Plena"

• Causa saída do imaginário;

• Leva a palavra plena;

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A transferência:• Transferência como resposta de um preconceito do

analista;

• Não leva a nenhuma propriedade misteriosa da afetividade;

• Não adquire sentido senão em função do momento dialético no qual é produzido;

• Fechamento da transmissão de poderes para o inconciente;

• É plurivalente, intervindo nos registros: imaginário, simbólico e real.

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Obrigado!