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CORO E ORQUESTRA SINFÔNICA DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Ministério da Cidadania Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa Theatro Municipal do Rio de Janeiro Associação dos Amigos do Teatro Municipal Petrobras e Vale apresentam Concerto de Abertura da Temporada Lírica 2020 Il Tabarro Giacomo Puccini La Vida Breve Manuel de Falla

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CORO E ORQUESTRA SINFÔNICADO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

Ministério da CidadaniaGoverno do Estado do Rio de JaneiroSecretaria de Estado de Cultura e Economia CriativaTheatro Municipal do Rio de JaneiroAssociação dos Amigos do Teatro MunicipalPetrobras e Vale apresentam

Concerto de Abertura da Temporada Lírica 2020

Il Tabarro

Giacomo Puccini

La Vida Breve Manuel de Falla

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Il Tabarro

Giacomo Puccini

La Vida Breve Manuel de Falla

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

GovernadorWilson Witzel

Vice-GovernadorCláudio Castro

SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA DO RIO DE JANEIRO

SecretáriaDanielle Christian Ribeiro Barros

FUNDAÇÃO TEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

PresidenteAldo Mussi

Vice-Presidente Ciro Pereira da Silva

Diretor ArtísticoAndré Heller-Lopes

IL TABARROLeonardo Neiva Michele | Eliane Coelho Giorgetta | Eric Herrero Luigi

Lara Cavalcanti Frugola | Geilson Santos Tinca Murilo Neves Talpa | Ivan Jorgensen Vendedor de cançonetas/Amante

Fernanda Schleder Amante

LA VIDA BREVEEliane Coelho Salud | Eric Herrero Paco | Andressa Inácio Avó

Murilo Neves Tio Sarvaor | Leonardo Neiva Manuel/CantaorLara Cavalcanti Carmela/Vendedora

Ivan Jorgensen Voz interna | Fernanda Schleder VendedoraJuliana Valadão, Alef Albert Bailarinos

Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de JaneiroDireção Musical e Regência Ira Levin

22 de março 17h | 27 de março 20h

Julianna SantosMônica BarbosaAngélica CarvalhoPaulo Ornellas

Direção CênicaCoreografia

Desenho de VídeoIluminação

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Tenente de artilharia, militante socialista, re-volucionário. Lutou contra os turcos em Creta em 1897. Participou dos levantes de Nápoles em 1898. No mesmo ano, casou-se com o soprano Emma Carelli e troca o ativismo sindicalista e o jornalismo político pelo empreendedorismo teatral. Fundou a Società Teatrale Italo-Argentina em 1907, com o objetivo de criar um intercâmbio de companhias líricas entre a Europa e a América do Sul, aproveitando a comple-mentaridade das estações entre o Hemisfério Norte e o Sul e assumindo a administração de muitas salas de teatro. Por muitos anos, dominou as temporadas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e do Teatro Colón de Buenos Aires com sua trupe. Após a morte de sua esposa, casou-se com o soprano brasileiro Bidú Sayão, cuja carreira impulsionou.

Estamos falando do empresário italiano Walter Moc-chi, que morreu no Rio de Janeiro em 1955. Neste ponto, o espectador deve estar se perguntando por que começar o texto do programa da abertura da Tem-porada 2020 do Theatro Municipal do Rio de Janeiro resumindo a vida deste incrível personagem? Porque, caríssimo público, foi graças a ele que aconteceu aqui a primeira e, até este exato momento em que você está lendo essas linhas, a única apresentação de La Vida Breve, de Manuel de Falla, em 10 de outubro de 1923, em programa duplo com Jupyra, de nosso Fran-cisco Braga. E é novamente em programa duplo, com Il Tabarro de Giacomo Puccini, que a ópera de Falla retorna ao nosso Theatro, após noventa e sete anos de ausência. Aliás, a ópera de Puccini também não é le-vada em nosso palco há vinte e cinco anos. Um quarto de século!

Com esse espetáculo de abertura, a temporada 2020 mostra ao que veio. Será marcada pela fuga do óbvio, apresentando obras pouco vistas e nunca vistas.

Um ótimo espetáculo para todos!

Aldo Mussi Presidente da Fundação Teatro Municipal

A temporada lírica do Theatro Municipal tem seu início com duas grandes apresentações: a italiana Il Tabarro, de Giacomo Puccini, e a espanhola La Vida Breve, de Manuel de Falla.

Il Tabarro não sobe à cena do TMRJ desde 1995, ao passo que La Vida Breve foi feita uma única vez em 1923, logo após sua estreia latino-americana no Tea-tro Colón, em Buenos Aires.

A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Cria-tiva tem a missão de aproximar o cidadão dos Corpos Artísticos do Theatro, nosso maior equipamento cul-tural, e de toda sua forma de arte.

Para isso priorizamos a redemocratização do acesso à cultura, com formação de plateias e com disponibi-lidade de ingressos a preços populares, como na oca-sião da estreia deste espetáculo. É uma honra trazer para o palco do Theatro Municipal um espetáculo tão belo que fala de paixão e suas nuances, com as partici-pações do Coro e Orquestra da casa.

Desejo a todos um ótimo espetáculo!

Danielle BarrosSecretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa

do Rio de Janeiro

Voltando às obras que escutaremos esta noite, há mui-tas semelhanças entre as óperas do italiano Puccini e do espanhol Manuel de Falla. Ambas tornaram-se ra-ridades do repertório, apesar de suas inquestionáveis qualidades musicais e dramáticas; se a primeira não era executada no Rio desde os anos 1990, a música da maior ópera espanhola não ecoava pelos mais de 2.300 lugares do Municipal carioca desde sua estreia local, no início dos anos 1920. Esteticamente, as duas óperas pertencem ao mesmo universo do naturalis-mo/ realismo, que em ópera chamou-se de verismo. Escola que deve muito às revoluções de estilo capita-neadas alguns anos antes pelo nosso Carlos Gomes e seus colegas da scapigliatura e tem no Prólogo da ópe-ra I Pagliacci, de Leoncavallo, seu grande manifesto artístico. Narra, precisamente, amores reais de seres humanos reais, face aos “tristes frutos do ódio” que se materializam em “espasmos de dor e gritos de raiva”.

Il Tabarro (O capote) e La Vida Breve (A Vida Bre-ve) trazem no seu coração a paixão e o fim trágico de duas mulheres, envoltas em uma música que descreve o movimento das águas do Rio Sena, em Paris, ou da vida em Granada, cheia de cor espanhola: obras ricas de atmosfera, drama e música!

Tenham um excelente espetáculo!

André Heller-LopesDiretor Artístico da Fundação Teatro Municipal

"..le nostr'anime considerate, poiché siam uomini di carne e d'ossa,

e che di quest'orfano mondo al pari di voi spiriamo l'aere!"

Abrir a temporada lírica do Theatro Munici-pal do Rio de Janeiro com Il Tabarro e La Vida Bre-ve é algo muito especial. São duas óperas passionais, tragédias de gente “de carne e osso”, marcadas pelo protagonismo feminino. Além disso, resgatamos uma bela tradição do Municipal carioca de, junto aos gran-des títulos, apresentar obras novas ou propor o retor-no de todo um belíssimo repertório que há muito não se fazia escutar. O prazer da descoberta faz parte da missão de educação do Theatro Municipal e de aces-so e estímulo para que todos possam experimentar a vibrante cultura, sempre presente no Rio de Janeiro.

Depois do ano de 2019, marcado por uma dramaturgia que falava da “trajetória do herói”, a nova temporada propõe um olhar sobre o universo das paixões femini-nas nos balés, óperas e música de concerto. Este “fio condutor”; passará no primeiro semestre de 2020 por obras emblemáticas como o balé O Lago dos Cisnes ou a popularíssima opereta A Viúva Alegre, mas também pelo universo de grandes obras sinfônicas como O Poema do Amor e do Mar, de Ernest Chausson, obras raras como La Tragédie de Salomé de F. Schmitt, e Choros No. 10, de Villa-Lobos, cuja poderosa ópera Yerma, sobre texto de Garcia Lorca, também será apresentada pela primeira vez em sua versão inte-gral. Nesta última em especial, reafirma-se a vocação histórica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ao longo dos seus quase 111 anos, de compromisso com a defesa das composições de artistas brasileiros.

“Dunque, vedrete amar si come s'amano

gli esseri umani…”

Paixão: substantivo feminino 54 Theatro Municipal Temporada 2020

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IL TABARRO

A ideia de reunir óperas de um ato em um único es-petáculo tinha ocupado a mente de Puccini desde 1904, mas ela ia de encontro ao seu editor, o poderoso Giulio Ricordi, que dizia serem óperas de um ato fa-tais para a bilheteria. Morto Don Giulio em 1912, nes-te mesmo ano Puccini assistiu em Paris a uma peça grand-guignol em um ato, intitulada La Houppelande, de Didier Gold, que o impressionou muito. Tanto que, em 1913, fez com que Giuseppe Adami a transformas-se num libreto, intitulado Il Tabarro. Mas a composi-ção da parte musical só começou em 1915, logo após o término de La Rondine. Como Il Tabarro foi com-posto sem uma destinação para algum teatro, até o fim do ano de 1916 Puccini não tinha ideia de quais se-riam as duas outras óperas para completar o tríptico – pois uma ópera de um ato não cobriria a duração de um espetáculo. Veio-lhe o socorro pelo jovem crítico, dramaturgo e diretor Givacchino Forzano que, no co-meço de 1917, apresentou-lhe um libreto em um ato, ambientado num convento, Suor Angelica. Imediata-mente depois, apresentou-lhe outro, desta vez cômi-co, Gianni Schicchi. Puccini aceitou-os com prazer e tudo ficou pronto no começo de 1918, tempo recorde para ele. Assim nasceu o Trittico, trio de óperas a se-rem representadas numa única noite. O Metropolitan de New York ofereceu-lhe uma fortuna pelos direitos da estreia mundial que ocorreu em 14 de dezembro de 1918. Apesar de o Tritttico ser ocasionalmente apre-sentado em sua forma completa, é comum, hoje em dia, assistir duas ou mesmo uma só de suas óperas, às vezes com outras de autores diversos. Exatamente como Don Giulio temia que acontecesse.

A composição do painel trágico do "Trittico" pucciniano aconteceu em duas fases: os esboços entre o verão e outono de 1913 e a composição entre outubro 1915 e novembro 1916. A interrupção foi devida ao trabalho em "La Rondine", para a qual Puccini tinha um contrato assinado. Dos três painéis que compõem o "Trittico", "Il Tabarro" foi, após a estreia, rejeitado pelo público e parte da crítica, mas, com o passar do tempo, mesmo não tendo se transformado numa ópera popular, ganhou um lugar de respeito entre as obras de Puccini.

No plano dramático a ópera surgiu como um inespe-rado e tardio retorno ao verismo, ambientada num miserável desembarcadouro às margens do Sena, en-tre estivadores e mulheres do povo. Vinte anos antes, no auge do melodrama naturalista, Puccini tinha evi-tado ceder ao verismo nacional-popular das Cavalle-rias e Palhaços.

Em Puccini, como em Gold, a intriga se divide em três tempos. O primeiro é uma imensa cena de exposição onde desfilam personagens tipificados: estivadores, tocadores de realejo, cantores de rua, casais de na-morados, um casal verdadeiro formado por Frugola (uma catadora de objetos) e Talpa (Toupeira), o bêba-do Tinca (“Tolo”). Estes representantes do povo gra-vitam em torno de um trio bem conhecido: o marido, a mulher e o amante, cujas vozes não têm surpresas — barítono, soprano e tenor. Esta primeira parte está destinada não só a mostrar o meio social como o físi-co, o onipresente rio Sena e a paisagem de Paris. No segundo tempo chegamos à intriga principal, que vai surgindo lentamente durante a exposição: a história de um marido frustrado e uma mulher adúltera. No último terço da ópera o ritmo da ação se precipita e o ambiente, mergulhado na noite, passa para um se-gundo plano.

Os personagens cantam numa “prosa” musical puc-ciniana. O arioso (meio caminho entre o recitativo e a ária) domina, pois ele é o mais próximo da palavra falada. A ausência de árias de melodias fáceis, que são imediatamente captadas pelo ouvido, é intencional; quase desapareceram, transformando-se em monó-logos. Os conjuntos são suprimidos e o diálogo passa a ser o meio mais verossímil de se exprimir na ópera.

A orquestra em Il Tabarro é completa. Estão presen-tes todos os instrumentos que, às vezes, tocam dobra-dos, triplicados. Mas Puccini não os usa todos juntos, associa-os de diversas maneiras, à moda da música de câmara, às vezes de forma tão audaciosa que o compo-sitor encontrou o seu lugar entre os melhores orques-tradores do século. Nesta ópera ele usa até sirenes de rebocadores, buzinas de carros, sinos...

Mas seria este interesse pelo instrumental a morte da primazia, na ópera italiana, da característica nacional própria do povo italiano, a voz, o canto? Se assistir-mos, em 2020, a programas musicais da televisão ita-liana, veremos que eles são dominados por cantores, de todos os tipos e regiões, mas cantores.

Bruno Furlanetto Figurino original

Os adeptos das belas vozes ainda encontrarão nesta ópera, além da inegável inspiração, muitos momentos de satisfação, pois o modelo antigo – a ária - não foi rejeitado, mas modificado, transformado, e os cantores têm seus momentos de solistas. Mesmo que na forma de ´arioso´, eles são, ainda, a sustentação da obra.

Paixão: substantivo feminino 76 Theatro Municipal Temporada 2020

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LA VIDA BREVE

Parece ser bastante claro para a maioria das pessoas – profissionais ou amadores – que Manuel de Falla é (ou ao menos passa por ser) o compositor espanhol mais famoso e o mais influente do século XX. Nascido em 1876 na alta burguesia em Cádiz, uma das três cida-des emblemáticas da Andaluzia, foi iniciado pela mãe no piano. Sua facilidade e identificação com o instru-mento o levaram a aperfeiçoar-se em Madri, para ser concertista, onde o compositor Felipe Pedrell reco-nheceu seus talentos e se tornou seu único professor de composição. Depois de formado e tendo a família empobrecido, o meio de ganhar a vida além do piano era o teatro e, em Madri, ele era dominado pela ópe-ra popular espanhola, a zarzuela. Falla colabora com o famoso zarzuelista Amadeo Vives e o seu libretista Carlos Fenández Shaw. Compõe três delas, mas só uma, Los amores de Inez, sobe à cena.

Em julho de 1904 a Real Academia de Belas Artes abriu ao público vários concursos sendo que o mais importante economicamente se destina a uma “ópera espanhola em um ato”. Visto que o libreto deveria ser “inédito e escrito em castelhano” e que “apresentasse menos dificuldades em sua encenação”, pois a Aca-demia se comprometia em fazê-la representar “com o devido brilho” num teatro de Madri, Don Manuel (como era conhecido) pôs-se em contato com Shaw para o libreto. Trinta por cento do prêmio de 2.500 pesetas seria destinado ao libretista. Depois de procu-rarem diversos assuntos, escolheram um tema anda-luz no qual uma ciganinha apaixonada é enganada por um senhorzinho.

Shaw havia escrito um poema – La chavalilla – que era, de forma reduzida, um entrecho da ópera, sen-do assim escolhido e transformado em libreto. Falla, um mês depois, estava tomando nota dos sons de uma fundição, com seus martelos e foles, para a primeira cena. Em fevereiro de 1905 passava a limpo a última cena e dali até o prazo final (31 de março) orquestrou-a e a reviu. Assim, em menos de um ano, apresentaram a tempo uma ópera espanhola em um ato intitulada La Vida Breve, que efetivamente ganhou o prêmio. No mesmo ano, Falla ainda venceu um concurso de piano promovido pelo fabricante Ortiz y Cussó.

Se Falla tinha conseguido um grande êxito com o prê-mio, o mesmo não se deu com o espinhoso assunto da estreia da obra. A posição da Academia foi ambígua e, nada se resolvendo, Don Manuel, com a partitura de-baixo do braço, “tomou o caminho de Paris” em 1907. A partitura de La Vida Breve lhe serviu de cartão de visita na Cidade Luz para se tornar amigo de Albéniz, Dukas, Messager, Ravel e, especialmente, Debussy. Todos eles deram sugestões sobre a ópera, aceitas ou não, sendo as mais aceitas as de Debussy, tanto que a ópera em um ato se transformou em uma de dois atos com dois quadros cada. Falla afirmava que a versão de 1905 e a de 1913 (a da estreia, com as sugestões acei-tas) eram a mesma. Até certo ponto, pois modifica-ções profundas aconteceram na orquestração.

Durante seis anos Falla havia lutado para conseguir editar e estrear sua ópera, o que aconteceu em Nice (1º de abril 1913), em francês, e na Opéra-Comique, em 7 de janeiro de 1914. Um triunfo clamoroso, se-guindo-se a estreia, em espanhol, a 14 de novembro de 1914 no madrileno Teatro de la Zarzuela, pois foram inúteis todos os esforços para fazê-la no teatro mais importante, o Real de Madri, que só a apresentou em... 1997!

Falla sempre considerou La Vida Breve como ponto de partida para a sua obra criadora. Suas 34 obras pre-cedentes tinham sido, como ele dizia, composições de “Premanuel de Antefalla” e classificadas como tonterias. O compositor explicou quais tinham sido suas intenções ao compor La Vida: 1) fazer uma obra espanhola em forma dramática, pois ele não tinha encontrado nenhum exemplo em todo teatro lírico espanhol; 2) compor sua música com a essência do canto e da dança popular; 3) procurar, antes de tudo e sobre tudo, evocar sentimentos de esperança, de vida, de morte, de exaltação, de abatimento. Tudo isso unido a visões interiores de lugares, de momentos, de paisagens; 4) conseguir umas poucas moedas para ir vivendo.

A primeira de suas intenções, taxativa, é a questão, posta naquele século, da “ópera nacional”. Sob este ponto de vista, La Vida Breve é não só a primeira ópera espanhola a ingressar no repertório universal, como a culminação de uma velha aspiração. A segunda inten-ção faz de La vida uma obra nacionalista, mas afastada do habitual no teatro lírico espanhol, do mero uso do material folclórico de forma direta, sem contrastes. Daí o uso naturalista de pôr em cena um cantaor fla-menco. A terceira intenção são os “temas representa-tivos” da ópera como o da "forja”, que é a dor da vida e do trabalho, de "Salud”, que é a vida breve e o amor autêntico, e o de “Paco”, que é o amor vulgar. E as vi-sões de lugares, paisagens, momentos são, no conceito do autor, naturalistas, veristas (como bem percebeu a crítica francesa). A quarta intenção não é mera piada. Nascido em família abastada que depois tudo perdeu, ele terá que trabalhar para ajudá-la.

Falla não foi um revolucionário apesar do que ele criou ser inteiramente novo. Sua poderosa originalidade não veio só da técnica – na qual fez notáveis inovações – mas, em primeiro lugar, da substância. Foi isto que fez sua obra ser duradoura, e sua atrativa superfície fez por mantê-la popular. Sua música não teve continuação, como se Falla tivesse desenvolvido e exaurido todas as possibilidades do nacionalismo espanhol.

La Vida Breve foi estreada em nosso Theatro em 10/10/1923. Foi sua única apresentação até o presente.La Vida Breve nos lembra de uma das maiores so-pranos brasileiras que anda esquecida, a paulistana Constantina Araujo, que cantou 10 récitas desta ópera no La Scala de Milão em 1952. Naquele ano fez, ainda, Madama Butterfly. Ela havia estreado como Aida em 1951, em todas as seis récitas, substituindo Renata Te-baldi, e terminou este ano em Un Ballo in Maschera. Em 1953 cantou o raro L’Amore dei Tre Rè. Cantou na Arena, no Covent Garden de Londres, Portugal, Ale-manha. Mas talvez seu maior triunfo foi no superes-petáculo de Oberon, na Opéra de Paris, cujo sucesso a fez cantar em 28 representações, de fevereiro de 1954 ao de 1955. No Theatro Municipal RJ só cantou três récitas de Aida em outubro de 1954. Pode-se ouvi-la no YouTube em trechos da Aida em nosso Theatro e nas óperas completas Ernani, da RAI, e Oberon, gra-vação pirata de Paris. Infelizmente veio a falecer em 4/03/ 1966, aos 43 anos de idade.

Bruno Furlanetto

Paixão: substantivo feminino 98 Theatro Municipal Temporada 2020

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LA VIDA BREVE RESuMo DA óPERA

ATo INo bairro cigano El Albaicín, de Córdoba, ouve-se o barulho de uma forja e o canto dos ferreiros sobre seu duro trabalho: “infeliz quem nasceu para bigorna e não para martelo”. A Avó cuida de seus pássaros, pois um está doente, como sua neta Salud, de amor. Esta espera impacientemente Paco, seu noivo. Manda a Avó procurá-lo e medita sobre sua triste situação, pois “a vida de pobre que vive sofrendo deveria ser muito curta”. Chega Paco, que lhe jura seu amor eterno. Os dois trocam promessas de amor não vendo o Tio Sarvaor entrar e contar à Avó que Paco mente, pois se casará no próximo domingo com uma moça bela e rica, de “sua posição e classe”. A Avó o arrasta para casa, pois ele quer matar Paco.

2º quadro Descrição sinfônica de Granada, enquanto a plateia observa, no palco, os dois namorados se despedirem e a Avó contendo Sarvaor.

ATo IIAmpla fachada de uma casa de Granada onde, atra-vés das janelas, se vê o pátio no qual se realiza o casamento de Paco e Carmela. Um cantaor celebra as bodas. Chega Salud que vê com seus próprios olhos a traição do noivo. Tio Savaor e a Avó tentam acalmá-la e amaldiçoam o traidor. Salud, através das janelas, ouve a voz alegre de Paco e a ela res-ponde com a sua, triste, que intriga os convidados. Consegue seu intento pois Paco fica nervoso, ten-tando dissimular sua preocupação à esposa.

2º quadro

No pátio, grande animação na festa com cantos e muita dança. Os noivos recebem os votos de felicidade de Manuel, irmão de Carmela. Salud entra no meio dos convidados, seguida por Sarvaor. À pergunta de Manuel sobre o que desejam os ciganos, Sarvaor diz que, como ali há festa, vieram cantar e bailar. Salud, raivosa, se afasta do Tio e, para estupefação geral, acusa Paco de traição. O jovem tenta se defender chamando-a de mentirosa e pede que a enxotem. A jovem, incrédula, se dirige a ele, mas cai morta, de amor, aos seus pés.

B.F.

IL TABARRORESuMo DA óPERA

Um cais do Sena, em Paris. Os estivadores desembar-cam sacos observados pelo patrão, Michele, dono da embarcação. Sua mulher, Giorgetta, cuida de seus afa-zeres domésticos, mas se esquiva das provas de afeto do marido, que desce ao cais e lhe ordena dar um pou-co de vinho aos trabalhadores Tinca, Talpa e Luigi, que estão exaustos. Passa um realejo e todos se põem a dançar – Luigi com Giorgetta. A volta de Michele põe fim à diversão. Michele diz à mulher que os três não embarcarão o que a preocupa, pois Luigi é seu amante. Um músico ambulante passa cantando.

La Frugola vem procurar seu marido, o Talpa. A cata-dora de roupas e objetos usados mostra a Giorgetta o resultado daquele dia de trabalho, narra como é a sua vida e critica Tinca por beber demais. Este retruca que o álcool afoga suas mágoas. Luigi fala da condição miserável da vida dos trabalhadores. Frugola sonha em voltar ao campo e Giorgetta a Beleville, bairro pa-risiense natal dela e de Luigi, que entoam um hino ao subúrbio onde nasceram.

Saindo todos, os amantes recordam sua última noite de amor, mas são interrompidos por Michele, subindo do cais. Luigi pede a ele que, quando a barca retomar a na-vegação, o desembarque em Rouen. Michele o dissuade e desce para sua cabine. Luigi e Giorgetta aproveitam para marcar novo encontro, sendo que ela acenderá um fósforo para indicar que o caminho está livre.

Michele volta à ponte com seu capote. Evoca os dias felizes passados com ela e o filho falecido, quando, num abraço, os abrigava com seu capote. Pede que o ame de novo, mas Giorgetta está inflexível e desce para a cabine. Michele começa a duvidar dela quando, na cabine, ela não troca de roupa. Um casal passa no cais e, ao longe, uma corneta toca o recolher.

Michele rumina, tentando descobrir quem poderia ser o amante. Quando ele acende seu o cachimbo, Luigi pensa ser o sinal combinado e sobe no barco. O patrão o agarra e o faz confessar seu amor adúltero. Ciente da verdade, estrangula-o e o esconde dentro do capote. Giorgetta sai da cabine e, arrependida, pede a Miche-le que a abrace, como antigamente. Ele abre o capote, donde escapa o cadáver de Luigi, a segura e pressiona o seu rosto contra o de seu amante morto.

B.F.

Constantina Araujo

La Houppelande Paixão: substantivo feminino 1110 Theatro Municipal Temporada 2020 11

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Giacomo Puccini1858-1924

Nascido em 1858 em Lucca, na região da Toscana, Puccini foi o último descendente de uma notável fa-mília de músicos que, por cinco gerações, forneceu os maestros di capella da Catedral de San Martino. Após a morte do pai, Puccini estudou música e trabalhou como organista em várias igrejas locais enquanto não assumia o posto na catedral, como fizera seu pai e to-dos os Puccinis de Lucca desde 1739. No entanto, uma récita de Aida, de Verdi, assistida em Pisa aos dezoi-to anos de idade, fez o jovem aprendiz de músico se decidir pela ópera. Estudou com Ponchielli no Con-servatório de Milão. Suas primeiras óperas foram Le Villi e Edgar, mas o sucesso veio em 1893 com Manon Lescault, que fez o dramaturgo Bernard Shaw apontá--lo como o verdadeiro sucessor de Verdi. Em seguida, Puccini compôs suas três óperas mais famosas, cuja presença se tornou firme e obrigatória no repertório internacional La Bohème, Tosca e Madama Butterfly. Seus últimos trabalhos foram La fanciulla del West, Il Trittico (do qual faz parte Il Tabarro), La Rondine e Turandot. Puccini morreu em 1924, em Bruxelas, de ataque cardíaco, após tratar um câncer na garganta com radioterapia, então uma novidade na medicina. Turandot foi deixada inacabada e, apesar de comple-tada posteriormente por Franco Alfano (e em 2001 recebeu novo final pelas mãos de Luciano Berio), foi interrompida na metade do terceiro ato, na noite da estreia em 1926, com as seguintes palavras do regen-te Toscanini “Aqui termina a ópera, pois neste ponto morreu o maestro”.

Manuel de Falla 1876-1946

Nasceu no dia 23 de novembro de 1876 em Cádiz, Es-panha. Começou a estudar piano e solfejo aos oito anos de idade. Em 1896 passou a frequentar a Escuela Nacional de Música y Declamación, em Madri, onde se formou em 1899, vencendo o primeiro prêmio do concurso de piano da instituição. São desta época suas primeiras composições. Mas foi somente em 1904, com La Vida Breve, que Falla encontrou sua própria personalidade como compositor. Após uma estadia de sete anos em Paris, onde conheceu Maurice Ravel, Claude Debussy, Paul Dukas, Igor Stravinsky, Florent Schmitt, Isaac Albéniz e Sergei Diaghilev, volta a Ma-drid onde, a partir de 1915, compõe suas obras mais conhecidas: o balé El amor brujo (1915) que inclui a fa-mosa Danza ritual del fuego, Noches en los jardines de España (1916) e o balé El sombrero de tres picos (1917), baseado na novela de Pedro Antonio de Alarcón e pro-duzido por Sergei Diaghilev, com cenários e figurinos de Pablo Picasso e coreografia de Léonid Massine, sob a regência de Ernest Ansermet. De 1921 a 1939, Falla viveu em Granada, onde compôs a ópera para mario-netes El retablo de maese Pedro (1923) e dá início à sua obra mais ambiciosa, a cantata Atlántida. A saú-de debilitada e a tristeza com os acontecimentos da Guerra Civil Espanhola, entre eles, a destruição das igrejas pelos republicanos (processo chamado por ele de «desevangelización» de España) e o assassinato, pe-los franquistas, de seu amigo Federico Garcia Lorca, o fizeram autoexilar-se em 1939 para a província ar-gentina de Córdoba, onde se dedicou, em seus últimos anos, a terminar a cantata Atlántida. Faleceu em 1946, durante o sono, antes de completar setenta anos.

IRA LEVIN DIREção MuSICAL E REGênCIA

Estudou com Jorge Bolet no Instituto Curtis (onde foi seu assistente), Felix Galimir, Mischa Schneider e Mieczyslaw Horszowski, tocou com Leonard Berns-tein e trabalhou com Max Rudolf até ser contratado por Michael Gielen para assistente de regência na Ópera de Frankfurt (1985-88). Foi regente principal da Ópera de Bremen (1988-1996), na Deutsche Oper am Rhein, Düsseldorf-Duisburg (1996-2002), e maes-tro convidado da Ópera de Kassel (1994-1998). Foi di-retor musical e diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo (2002-2005) e do Teatro Nacional em Brasília (2007-2010). Como maestro convidado do Teatro Cólon, de 2011 a 2015, realizou 12 produções de ópera, incluindo as estreias americanas de Oedipe, de Enescu, e de Caligula, de Glanert, e concertos sin-fônicos. Já tocou em todo o mundo, incluindo Ópera de Nova Iorque, Grand Théâtre Gèneve, Semperoper Dresden, Ópera de Leipzig, Ópera de Frankfurt, Ópe-ra de Montpellier, Ópera Norske em Oslo, Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Theatro São Pedro em São Paulo, Ópera de Dublin, Sinfônica de Düsseldorf, Orquestra Sinfônica de Berlim, Orquestra Bruckner em Linz, Badische Staatskapelle em Karlsruhe, Or-questra Sinfônica do México, Filarmônica de Buenos Aires, Orquestra Sinfônica de São Paulo e todas as outras grandes orquestras do Brasil. Suas gravações incluem obras de Michael Colina com a Sinfônica de Londres e o Requiem com a Royal Scottish National Orchestra (Fleur de Son, distribução Naxos), a primei-ra gravação em estúdio da primeira edição, de 1899, da 6ª Sinfonia de Bruckner (Lindoro), e obras de Reger com a Brandenburg State Symphony e a orquestração das Variações e Fuga opus 81, de Bach, por Naxos. Suas publicações incluem transcrições para piano e cadên-cias para concertos de Mozart, além de orquestrações para a monumental Fantasia Contrappuntistica de Busoni, Fantasia e Fuga sobre BACH de Liszt.

JULIANNA SANTOS DIREção CênICA

Graduada em Direção Teatral pela UFRJ, ainda na uni-versidade iniciou seu trabalho de assistente de direção na ópera Le Nozze di Figaro de Mozart. Desde então trabalha como assistente de direção nos principais tea-tros de ópera do país, participando da montagem de aproximadamente 80 diferentes produções. Participou de cinco edições do Festival de Amazonas de Ópera, onde em 2019 dirigiu Alma de Claudio Santoro (prê-mio Revista Concerto 2019, votação popular e júri es-pecializado). Em 2018 dirigiu Acis e Galatea de Haendel e, em 2013, a ópera O Morcego de Johann Strauss. Em 2017 dirigiu La Tragédie de Carmen no TMRJ. Durante quatro anos, fez parte da equipe de Direção Cênica do Theatro Municipal de São Paulo, assumindo a função de Diretora Residente, responsável pela remontagem das óperas La Bohème e Cavalleria Rusticana, traba-lhando com grandes nomes da lírica nacional e inter-nacional. Ainda em 2018 dirigiu na Escola de Música da UFRJ a ópera A Flauta Mágica de Mozart. Trabalhou também como assistente no Palácio das Artes de Belo Horizonte e Theatro São Pedro em São Paulo. No Fes-tival de Inverno de Petrópolis remontou as óperas Così Fan Tutte e As Damas Trocadas. Em 2010 dirigiu o con-certo cênico Máscaras no Theatro Municipal de Niterói e a ópera La Traviata em versão reduzida para piano no CCJF. Em 2019 foi Diretora Cênica colaboradora, na remontagem da ópera Faust, no Teatro Municipal do Chile. Em 2012 acompanhou a remontagem da ópera O Rapto do Serralho de Mozart na Opera Company of Phi-ladelphia. Foi assistente dos diretores (entre outros) André Heller-Lopes, Andrea de Rosa, Arnaud Bernard, Caetano Vilela, Carla Camuratti, Cesare Lievi, Davide Garattini, Davide Livermore, Filippo Tonon, Giancar-lo Del Monaco, e trabalhou com os maestros (entre outros) Alain Guingal, Eduardo Strausser, Ira Levin, Luiz Fernando Malheiro, Jacques Delacote.

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Paixão: substantivo feminino 1312 Theatro Municipal Temporada 2020

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ELIANE COELHO SoPRAno

Nascida no Rio de Janeiro, Eliane Coelho realiza há mais de quarenta anos uma brilhante carreira inter-nacional. Integrou o Ensemble Neue Musik Hanno-ver e a Ópera de Frankfurt e, posteriormente, a Ópera de Viena, na qual recebeu o título de Kammersängerin em 1998. Neste prestigioso espaço, assim como nos principais espaços europeus, entre os quais se desta-cam o teatro La Scala e a ópera Bastille, atuou ao lado de Plácido Domingo, José Carreras, Leo Nucci, Rena-to Bruson, Ferruccio Furlanetto, Samuel Ramey, Bryn Terfel, Brigitte Fassbaender, Agnes Baltsa, Juan Pons, Neil Shicoff e Sigfried Jerusalem. Esteve sob a regên-cia de Zubin Metha, Riccardo Chailly, Sir Colin Davis, Donald Runnicles e Seiji Ozawa em um repertório operístico que contempla 14 papéis principais verdia-nos, Tosca, Butterfly, Turandot, Arabella, Margherita, Lulu, além de Salomé, de Richard Strauss, uma de suas interpretações mais marcantes e elogiadas interna-cionalmente pela crítica. Seu extenso repertório con-tinua se enriquecendo com novos papéis. Nos últimos anos interpretou com grande êxito Isolda, Brünhilde (A Valquíria e O Crepúsculo dos Deuses), La Giocon-da, Lady Macbeth de Mtsensk, Kostelnicka (Jenufa) e Odaleia (Côndor). Com Gustavo Carvalho realizou um recital na Grande Sala do Conservatório Tchaikovsky de Moscou, em 2006. Desde então, vem se apresen-tando em importantes salas de concerto do Brasil e do exterior, com um extenso repertório com os princi-pais Lieder de Brahms, Schumann, Wolf, Strauss, Ra-chmaninoff, Tchaikovsky, Schönberg, Berg, Mahler e Villa-Lobos, além de importantes obras camerísticas tais como o Pierrot Lunaire, de Schönberg, e os sete romances com poemas de Blok, de Shostakovitch.

ERIC HERRERO TEnoR

Vencedor do VII Concurso Brasileiro Maria Callas, canta com regularidade nas principais salas de espe-táculo do país. Dentre os mais de quarenta persona-gens em sua carreira, vale destacar Roberto (Le Villi, G. Puccini) no Theatro Municipal de São Paulo, Ca-varadossi (Tosca, Puccini) e Don José (Carmen, Bi-zet) no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Andrea Chénier no Palácio das Artes de Belo Horizonte, Bo-ris (Katia Kabanová, Janáček) e Maurizio di Sassonia (Adriana Lecouvreur, Cilea) no Theatro São Pedro de São Paulo, e Lisandro (A Midsummer Night’s Dream, Britten) junto a OSB Ópera & Repertório. Na Améri-ca do Sul, interpretou Princ na estreia argentina de Rusalka (Dvořák), junto a Buenos Aires Lirica. Sua estreia no Teatro Solís de Montevidéu se deu como Bacchus (Ariadne auf Naxos, Strauss) e, no Chile, na Gala Lírica do Festival Internacional de Ópera Lagu-na Mágica. Participou da estreia europeia de Pedro Malazarte (Camargo Guarnieri) no Feldkirch Music Festival, Áustria. Possui importantes estreias nacio-nais em seu curriculum, dentre elas, Florencia en el Amazonas de Daniel Catán, Ça Ira de Roger Waters e Poranduba de Villani-Côrtes, no Festival Amazonas de Ópera, Le Rosignol de I. Stravinsky no Theatro Mu-nicipal de São Paulo, Jenufa (versão Brno.) no Thea-tro Municipal do Rio de Janeiro e Katia Kabanová no Theatro São Pedro/SP. Recentemente, interpretou o papel-título de Les Contes d’Hoffmann (Offenbach), no TMRJ.

MÔNICA BARBOSA CoREoGRAFIACarioca, começou seus estudos de ballet clássico com Jonnhy Franklin, Tatiana Leskova e Eugenia Feodo-rova; estudou no Joffrey Ballet School e David Ho-ward Dance Center em New York, USA; formou-se pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa e pelo método da Royal Academy of Dance de Londres. Gra-duada em licenciatura em Dança pela UniverCidade. Aos 19 anos ingressou no Corpo de Baile do TMRJ, onde permanece até hoje. Fez parte do Grupo de Dan-ça DC, como bailarina e coreógrafa. Dançou como convidada da Cia de Ballet de Niterói. É jurada no Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro. Minis-trou aulas de Composição Coreográfica no Curso de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Dança do Rio de Janeiro do Sindicato de Dança. Coreografou para a peça Isadora Duncan de Aguinaldo Silva (direção geral Bibi Ferreira e direção Paulo Afonso de Lima). Outros trabalhos: Cello Encounter como coreógrafa e bailarina, solos do SESC e assistência coreográfica e ensaiadora das óperas Aida, Lo Schiavo e Jenufa no TMRJ. É professora de dança contempôranea da Es-cola Estadual de Dança Maria Olenewa. Estreou como coreógrafa em Eugene Onegin.

ANgéLICA CARVALHO DESEnHo DE VíDEoArtista visual e performer, doutora em Artes Visuais pela UFRJ e pela Universidade Paris 1 Pantheón--Sorbonne. Criou vídeos para diversas encenações de óperas e concertos, como Savitri, de Gustav Holst, no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro e de Brasília; As Quatro Estações, de Boismortier, na Sala Cecília Meireles; Ariadne em Naxos, de Richard Strauss, no Theatro Municipal de São Paulo; La Tra-gédie de Carmen, no TMRJ; e O Cavaleiro da Rosa, de Strauss, Prêmio Carlos Gomes de melhor direção cê-nica em 2010. Em 2018 concebeu a performance En-quanto o Mar Sobe, instalação cênica e sonora apre-sentada no Centro de Arte Helio Oiticica e no Museu do Amanhã. Entre os trabalhos recentes está a pro-jeção cênica para Alma, de Claudio Santoro, dirigida por Julianna Santos na 22ª edição do Festival Amazo-nas de Ópera, que recebeu o Prêmio Concerto 2019.

PAULO ORNELLAS ILuMInAçãoEm 2012 ingressa no TMRJ como operador de luz, participando, desde então, de todas as produções, prestando assistência de luz a Jorginho de Carvalho, Fábio Retti e Beto Bruel. Assinou a luz do ballet Gisel-le em 2019. Assinou também a iluminação de exposi-ções no Museu da República, Cidade das Artes e Casa França Brasil, da ópera Domitila e de diversos shows. É iluminador residente da orquestra Johann Sebas-tian Rio e da Cia de Ballet da Escola Maria Olenewa. Em 2020 iluminou a comissão de frente da escola de samba Grande Rio.

Paixão: substantivo feminino 1514 Theatro Municipal Temporada 2020

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gEILSON SANTOS TEnoRBacharel em Canto pela UniRio e Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro. Foi um dos vencedores do Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão. Gravou CDs como solista no conjunto Calíope. No TMRJ, interpretou o papel de Elvino, da ópera La Sonnambula, sob a regência de Luiz Fernando Malheiro, e atuou como solista na cantata Carmina Burana, sob a regência de Sílvio Barbato. Em 2014, participou das montagens no TMRJ de Carmem, sob a regência de Silvio Viegas e Isaac Kabtchevsky. Participou também das montagens de Billy Budd e de Salomé. Em 2019 cantou Les Nuits d’été, como parte do balé Be-Marche, com o maestro Carlos Prazeres, e participou da ópera Os Contos de Hoffmann, no TMRJ.

MURILO NEVES BAIxoBacharel em Canto Lírico pela UFRJ. Atuou em Lu-cia di Lammermoor no Festival Amazonas de Ópera, La Bohème no Theatro Municipal de São Paulo, Fals-taff no Teatro Solís em Montevideo e A Midsummer Night’s Dream, no TMRJ e no Parque Lage. Fez sua estreia em 2000 com Die Dreigroschenoper no CCBB RJ. Estreou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 2002 em Madama Butterfly, cantou o Primeiro Soldado em Salomé, Colline em La Bohème, Il Frate em Colombo, Angelotti em Tosca, entre outros. Em 2010 debutou como Roucher em Andrea Chénier no Palácio das Artes (Belo Horizonte), onde foi também Raimondo em Lucia di Lammermoor. Participou do Festival Amazonas de Ópera em Carmen, Un Ballo in Maschera, Acis and Galathea, A Raposinha Astuta, Lulu, I Puritani, Tannhäuser, Florencia em el Amazo-nas, Kawah-Ijen, entre outros.

IVAN JORgENSEN TEnoRIntegra o Coro do TMRJ. Com a OSB Ópera & Reper-tório, atuou em Il Re Pastore, Ariadne auf Naxos, Il Pirata, O Rapto do Serralho e The Rake's Progress. No Municipal, merecem destaque suas atuações como solista na Petite Messe Solenelle, Rigoletto, Madama Butterfly, Concerto de Comemoração aos 80 anos do Coro do TMRJ, Homenagem a Carlos Gomes, Norma e Billy Budd – onde foi aclamado pela crítica especia-lizada como "Novice" – e Salomé, no papel de Narra-both. Já atuou sob a regência de Isaac Karabchtevsky, Henrique Morelenbaum, Silvio Viegas, Eugene Kohn e Tiziano Severini, entre outros. Em 2017 cantou Števa em Jenufa, e Don José em La tragédie de Car-men, ambos no TMRJ, onde, em 2018, foi solista na Nona Sinfonia de Beethoven e Missa da Coroação de Mozart e, em 2019, do concerto Trilogia Tudor, com o soprano Maria Pia Piscitelli.

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LEONARDO NEIVA BARíTono

Convidado frequente das mais importantes orques-tras e teatros do país, vem se destacando como o mais importante barítono brasileiro de sua geração. Natu-ral de Brasília, estudou com Francisco Frias na Escola de Música de Brasília e UnB antes de aprimorar-se na Itália com Rita Patané e Ernesto Paláci. Venceu o Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão. É re-conhecido como um artista versátil e de grande de-senvoltura cênica. Dentre seus principais trabalhos estão Falstaff (Ford), na OSESP; Les pêcheurs de per-les (Zurga), I Pagliacci (Silvio) e Thaïs (Athanael) no Teatro Municipal de Santiago do Chile; ll Barbieri di Siviglia (Figaro) na estreia da Cia. Brasileira de Ópe-ra; Wozzeck e Carmina Burana no Teatro São Carlos de Lisboa; Dialogues des Carmelites (Marquis de La Force), Tristan und Isolde (Kurwenal) e Hänsel und Gretel (Vater) no Festival Amazonas de Ópera; Ariad-ne auf Naxos (Musikleher), Götterdämmerung (Gun-ther) e o papel-título de Don Giovanni no Municipal de São Paulo; La Bohème no Palácio das Artes em Belo Horizonte; Roméo et Juliette (Mercutio) no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Participou, em 2013, da estreia brasileira de A midsummer night's dream de Britten (Bottom). Estreou na ópera Rienzi, de Wag-ner, no Teatro Capitole de Toulouse, sob a direção de Jorge Lavelli com lançamento em DVD pela OPUS ARTE. Gravou junto a OSESP a Sinfonia Nº 10 -“Ame-ríndia” de Villa-Lobos, sob a regência de Isaac Kara-btchevsky.

LARA CAVALCANTI MEzzo-SoPRAno

Formou-se pela Escola de Música da UFRJ com di-ploma de dignidade acadêmica Magna cum laude e fez parte da Academia de Ópera Bidu Sayão no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Atualmente cursa pós--graduação com ênfase em canto lírico. Dentre suas atuações no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, destacam-se La Tragédie de Carmen (Carmen), Bodas de Fígaro (Marcellina), A menina das nuvens (Mãe), Dido and Aeneas (Dido), Cavalleria Rusticana (Lola), Faust (Siebel), Serse (Arsamene), La Cenerentola (Tisbe), João e Maria (João) e Salomé (Pajem de He-rodias). Em outros teatros, têm relevo seus desem-penhos em Così fan tutte (Dorabella), Die Zauberflöte (segunda dama – Weimar – Alemanha), O Mambembe encantado (Ana Beleza), Carmen (Mercedes), Suor Angelica (Tia Principessa). Foi premiada no concur-so Maria Callas e no concurso de música de câmara Francisco Mignone. Recebeu junto ao espetáculo A modinha que não sai de moda o troféu de reconhe-cimento na categoria advento cultural não governa-mental no Congresso da Sociedade de Cultura Latina (seção Brasil) no ano de 2016.

Paixão: substantivo feminino 1716 Theatro Municipal Temporada 2020

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ANDRESSA INáCIO ConTRALTo

Natural de São Paulo. Bacharel em Música pela UNI-RIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janei-ro), na classe de Carol McDavit. Atualmente é orien-tada pelo soprano Eliane Coelho. Contralto do Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro desde 2007. Como solista, estreou na ópera O pagador de promes-sas de Escalante e Calasans, com a Cia Experimental de Ópera, no papel de “Minha tia”, em 2006, no Thea-tro João Caetano. Em 2017, interpretou “Rychtárka” e foi doppione de “Starenka Buryjovka” na ópera Jenůfa de Janáček. Em 2018 foi doppione de “Ulrica” na ópe-ra Un ballo in maschera de Verdi. Ainda em 2018, foi solista na Nona Sinfonia de Beethoven, Missa de Glo-ria de Vivaldi e Missa da Coroação de Mozart, com Coro e Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Ja-neiro sob a regência do maestro Claudio Cruz. Ainda em 2019, interpretou “Marthe Schwerlein” da ópera Faust de Gounod, sob a regência do maestro Ira Levin no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

ALEF ALBERT PRIMEIRo SoLISTA BTM

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FERNANDA SCHLEDER SoPRAno

Natural do Rio de Janeiro, graduada em Canto pelo Conservatório Brasileiro de Música, onde venceu o primeiro concurso de canto Lorenzo Fernandez. Pertence ao Coro do Theatro Municipal do Rio de Ja-neiro. Participou como solista nas óperas O Chalaça, de Mignone, na Escola de Música da UFRJ; Le Nozze di Figaro, de Mozart, como Condessa, na Escola de Música da UFRJ e no Theatro Municipal do Rio de Janeiro; La Bohème, de Puccini, como Mimi, no Pro-jeto Ópera de Bolso, no Teatro Carlos Gomes, e, como Musetta, no MAM e na Sala Baden Powell; L’Inocente, de Mignone, como Irene, no Espaço Cultural FINEP, e Carmen de Bizet, como Mercedes, no Theatro Muni-cipal do Rio de Janeiro, sob a regência de Silvio Viegas e direção de Carla Camurati e, como Frasquita, sob a regência de Guilherme Bernstein. Participou como solista da montagem do Poema Sinfônico Colombo de Carlos Gomes, no Theatro Municipal do Rio de Janei-ro, sob a regência de Roberto Duarte.

JULIANA VALADãO PRIMEIRA SoLISTA BTM

Associação dos Amigos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro

PRESIDENTE Gustavo Martins de Almeida

ASSOCIADOS BENEMéRITOS João Pedro Gouvêa Vieira (In MEMoRIAn), Wagner Victer

ASSOCIADOS OURO Alberto Flores Camargo, Alex Haegler, Ana Luisa de Souza Lobo, Beatriz Frening, Bento Gabriel da Costa Fontoura, Carlos Moacyr Gomes de Almeida, Eduardo Mariani Bittencourt, Hélio noronha Junior, Michèle Règine Lippens Gomes de Almeida, Peter Dirk Siemsen, Ricardo Backheuser, Vittório Tedescchi

ASSOCIADOS PRATA Adriana Salituro, Alberto Fabiano de oliveira, Alvaro Loureiro, Ana Lucia Albuquerque Souza Silva, Ana Lucia Borda, Carlos José de Souza Guimaraes, Carlos José Middeldorf, Claudia Christina Schulz, Cookie Richers, Eduardo Prado, Eduardo Weaver, Edith Klien, Kátia Pope, Lavínia Cazzani, Luiz Dilermando de Castello Cruz, Maria Lucia Cantidiano, Maria Cecília Cury, Marie Christiane M. Meyers, Marlit Silva Cavalcanti Bechara, Moysés Liberbaum, neuza Ayres de Mendonça, Paulo Antonio de Paiva, Renato Peixoto Garcia Justo, Soerensen Garcia Advogados Associados, Timoteo naritomi, ulisses Breder Ambrósio, Walter Monken

ASSOCIADOS BRONzE Amin Murad, Ângela Poci, Carmen Baldo, Carmen Valéria Soares Muniz, Cláudio Gonçalves Jaguaribe, Cleusa Khair, Déa Marques Santos, Gerda Poppinga, Gilberto Bulcão, Gloria Percinoto, Heloisa Francisca Carvalho, Jean Lyra, Joyce Goldman, Julia Adão Bernardes, Liana Pettengill, Lielson olivieri, Luiz Carlos Ritter, Maria do Carmo Cintra, Maria do Carmo Inocêncio/Fabio Peluso, Maria do Rosario Trompieri, Maria Thereza Williams, Marta nolding, nelson de Franco, nelson Eizirik, nora Lopes Lanari, odilza Vital, Paulo Braga Galvão, Pedro Avvad Associados, Pompeu Lino, Rosana Lanzelotte, Roberto Pallottino, Sebastiana Maria Cesário, Shirley Coutinho, Solange Domingo Torres, Sonia Maibon Sauer, Telma Javoski, Thais de Almeida Seabra, Thereza Guimarães, Vera Lucia dos Reis, Vera Lucia Kazniakowski, Walter D' Agostino, Wilton Queiroz

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ASS. ExECuTIVA DA PRESIDênCIA | CooRDEnAção GERAL DE PRoJEToS InCEnTIVADoS E CAPTAçõES Ana Paula R Macedo | ASSISTEnTES Ana Carolina Constantino nunes e Marlene Alves de Albuquerque (Administrativo), Thiago Alves Serra (Administrativo Financeiro)

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FUNDAÇãO TEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

PRESIDEnTE Aldo MussiVICE-PRESIDEnTE Ciro Pereira da Silva

DIREToR ARTíSTICo André Heller-Lopes

MAESTRo TITuLAR DA oSTM Ira Levin | MAESTRo

TITuLAR Do CoRo Do TMRJ Jésus Figueiredo | MAESTRA ASSISTEnTE DA oSTM Priscila Bomfim | REGEnTE Do BALLET Do TMRJ (interino) Hélio Bejani

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Pareschi | DIREToRA oPERACIonAL Adriana Rio Doce

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oLEnEWA Hélio Bejani | ASSESSoRA DA DIREToRIA

ARTíSTICA Cirlei de Hollanda | ASSESSoRIA DE

CoMunICAção Ricardo Rochfort, Arthur Tezolim e Van

Ferreira | ASSESSoRIA DE IMPREnSA Camila Lamoglia,

Claudia Tisato e Yasmin Ribeiro | ASSESSoRA DE

PRoJEToS ESPECIAIS Bruna de Carvalho | PESQuISA

E EDIção DoS PRoGRAMAS Jayme Soares Chaves

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Guilherme Alfradique Klausner e Debora Gama de

Carvalho | CEnTRo DE DoCuMEnTAção Fátima

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MuSICAL neder nassaro (chefe do setor) e Bruno Reis

(encarregado) | CooRDEnAção DE PRoDução Izabel

de Vilhena | PRoDuToRES oPERACIonAIS Cláudia

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TÉCnICA André Luiz Santana | CooRDEnADoRES

DE PALCo nilton Farias, Manoel dos Santos e Marcelo

Gomes | CAMAREIRAS Leila Melo (Chefe), Vera Matias,

Joice Assis e Cassia de Souza | ConTRARREGRAS

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Antônio da Silva, Cesar Clay, Clementino Santos, Flavio

Azevedo, Jorge Antunes, Roberto Celestino, Damião

Sant´anna**, Cláudio Lucio**, Luiz Carlos Alves**,

Guaracy Lima**, Ronaldo Goiti Garcia**, Robson de

Almeida** | ELETRICISTAS CênICoS noel Loretti

(encarregado), Fabiano Brito, Igor Scoralick, Paulo

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DE Luz Daniel Ramos, Jairo Martins e Paulo ornellas

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(encarregado) e Samuel Fernandes** | oPERADoR

DE SoM Ricardo Santos | CEnTRAL TÉCnICA DE

PRoDuçõES | GAMBoA ADMInISTRAção Luis Carlos

Santos, Mauro Dunham | InHAÚMA ADMInISTRAção

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Silvério e Jonas Carvalho | ADEREço DE FIGuRIno

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Santos | CoRTInA E ESToFAMEnTo nilson Guimarães

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Evangelista | PERuCARIA Divina L. Suarez (encarregada)

| DIREToRIA ADMInISTRATIVA FInAnCEIRA | ConTABILIDADE AnALíTICA Gustavo Bispo da

Silva (Chefe Contábil) | DIVISão DE oRçAMEnTo E

FInAnçAS Angela Mendes (Chefe de Serviço), João

Victor da Silva, João Victor Riguete, Victor Valle e Pedro

Henrique (estagiario) e Hevellyn Aguiar (estagiario) | DIVISão DE MATERIAL, PATRIMÔnIo E SERVIçoS

Rosane Gomes (Chefe do Serviço de Patrimônio e

Serviços), Crisane Dalcol (Chefe de Serviço e Pregoeira),

Marcio Ferreira Angelo, Marcus Vinicius Mendes

Azevedo, Maria Augusta Henrique oliveira, Maria de

Lourdes Viana, Carla Pereira Erica nunes, Clayton

Azevedo Celso Azevedo e Pablo Leonardo (estagiário) | DIVISão ADMInISTRATIVA THEATRo MunICIPAL Paulo

José Couto (Chefe da Divisão), Francisco José Mota,

Felipe Lemos, Kelly Kruger, Rayana Castro | SEToR DE

InFoRMAçõES Giliana Sampaio e Silva, Isaulina Maria

Correa, Eduarda Pinheiro (estagiária), Raphaela da Silva

(estagiária), Yasmin Teixeira (estagiária) | BILHETERIA

Celso Luiz Telles (Chefe de Bilheteria), Ana Paula dos

Santos (Supervisão de Bilheteria), Janaina Anjos,

Jaqueline Brandão, Jorge Luiz Braga (Portaria) Adilson

dos Santos (Encarregado), Mario Torres, zulena Gomes

da Cunha, Claudia Abreu | SEToR DE RECEPção

Giuliano Coelho, Hallayane Sampaio, Andre Gomes,

Leandro Santos, Leonardo da Silva, natacha de Freitas,

nicolas Rafik Rodrigues, Thiago de Carvalho, Rayane

Araújo, Ronan Souza, Robson de Mello, João Pedro

Pacifico, Amanda Hajjat, Igor Araujo (estagiário) e

Wilderson da Silva (estagiario) | DIVISão DE RECuRSoS

HuMAnoS Tânia Montovani (Chefe da Divisão), Alex

Machado (Chefe de Serviço), Solange Rocha (Chefe de

Serviço), Priscila Castelo Branco, Yara Tito, Jonathan

Moraes (estagiário) | DIVISão DE EnGEnHARIA,

ARQuITETuRA E MAnuTEnção Marisa Assumpção

(Chefe de Serviço de Arquitetura e Conservação), Tania

Martins (Arquiteta), Luiz Claudio Estevam (Engenheiro),

Al lan Carvalho (Secretár io) , Ednaldo Menezes

(Encarregado da Brigada de Incêndio), Alan Teixeira

(Brigadista), Alexandre Costa (Brigadista), Jefferson da

Cruz (Brigadista), Flavio Ribeiro (Brigadista), Jefferson

da Cruz (Brigadista), Jorge da Cruz (Brigadista),

Alex Ribeiro (Restaurador), Aécio de oliveira (Téc.

Refrigeração), Claudio Corrêa (Tec. Refrigeração), Gessi

de Andrade (Tec. Refrigeração), nelson Gomes (Tec.

Refrigeração), Alberto da Silva (Eletricista), Alberto

Souza (Eletricista), Jean da Silva (Eletricista), Alexandre

Sousa (Eletricista), Marcos Serafim (Eletricista), Tiago

Dias (Eletricista), Antônio de oliveira (Assist. de

Carpintaria), Lucio Mauro Rufino (Assist. de Carpintaria),

Jordão Brazil (Pintores), Luiz Carlos Sardinha (Pintores),

Max de Souza (Pintores), Luís Carlos Soares (Pintores)

João Paulo Lourenço (Hidráulica), Luiz Carlos Gonçalves

(Hidráulica), Meire Mescouto, Roberto Feliciano, Carlos

Eduardo Cartaxo, Adriano Mateus Flores (estagiário).

ORQUESTRA SINFÔNICA THEATRo MunICIPAL Do RIo DE JAnEIRo

MAESTRo TITuLAR Ira Levin

MAESTRInA ASSISTEnTE Priscila Bomfim

PRIMEIRoS VIoLInoS Ricardo Amado (Spalla), Carlos

Mendes (Spalla), Andrea Moniz, Antonella Pareschi,

Erasmo Carlos Júnior, Ivan Scheinvar, Gustavo Menezes,

Angelo Dell' orto, Strano nicodemo, Fernando Matta,

Suray Soren, William Doyle, nataly Lopez, Ruda ossa,

Maressa Carneiro, Daniel Albuquerque | SEGunDoS

VIoLInoS Marluce Ferreira, Márcio Sanches, Ricardo

Menezes, Camila Bastos Ebendinger, Pedro Mibielli,

Tamara Barquette, Thiago Lopes Teixeira, Flávio Gomes,

Pedro Henrique Amaral, Jose Rogério Rosa, Glauco

Fernandes, Leo ortiz | VIoLAS Jose Volker Taboada,

Luis Fernando Audi, Isabela Passaroto, Eduardo Pereira,

Denis Rangel**, Rafael Dias**, Marcos Vieira**, Marcos

noronha**, Carlos Eduardo Santos** | VIoLonCELoS

Pablo uzeda, Marie Bernard, Cláudia Grosso Couto,

Eduardo Menezes, Marcelo Salles, Janaína Sales**, Lylian

Moniz**, nayara Tomarozi** | ConTRABAIxoS José Luiz

de Souza, Leonardo de uzeda, Tony Botelho, Antônio

Arzolla, Thiago Molina**, Ricardo Cândido** | FLAuTAS/

FLAuTIM Rubem Schuenck, Eugênio Kundert Ranevsky,

Sofia Ceccato, Sammy Fuks | oBoÉ/CoRnE InGLêS

Janaína Botelho, Adauto Vilarinho, Juliana Bravim**,

Josué Felipe** | CLARInETA/CLARonE Moisés Santos,

Marcos Passos, Ricardo Ferreira, Whatson Cardozo**,

Mateus Falkemback ** | FAGoTE/ConTRAFAGoTE

Márcio zen, Ariane Petri, Carlo Henrique Bertão,

João Luís Maciel** | TRoMPAS Philip Doyle, Daniel

Soares, Ismael de oliveira, Eduardo de Almeida Prado,

Francisco de Assis, Mateus Lisboa** | TRoMPETES

Jailson Varelo, Jesse Sadoc, Wellington Moura, Tiago

Viana | TRoMBonES Adriano Garcia, Gilmar Ferreira,

Renan Crepaldi** | TRoMBonE BAIxo Gilberto oliveira,

Leandro Dantas | TuBA Fabio Bernardo | HARPA Silvia

Braga, Rafaela Lopes** | TIMPAnoS/xILoFonE/

PERCuSSão Philipe Davis, Edmere Sales, Paraguassu

Abrahão, Sergio naidin, Rafael Alves** | VIoLão

Ivan Paparguerius** | CooRDEnAção Do CoRPo

ARTíSTICo Rubem Calazans | AuxILIAR oPERACIonAL

João Clóvis Guimarães | ASSISTEnTE DE MonTAGEM

TEATRAL Carlos Tadeu

CORO THEATRo MunICIPAL Do RIo DE JAnEIRo

MAESTRo TITuLAR Jésus Figueiredo

PIAnISTAS Tales Melo**** Murilo Emerenciano**** | 1º

SoPRAnoS Celinelena Ietto, Gina Martins, Ivanesca

Duarte*, Márcia Brandão, Marianna Lima, Michele

Menezes, Mônica Maciel, Regina Coeli, Rosane Aranda,

Rose Provenzano, Wellen Barros* | 2ª SoPRAnoS

Cíntia Fortunato, Eleonora Reys, Eliane Lavigne,

Fernanda Schleder, Gélcia Improta, Helen Heinzle,

Flavia Fernandes*, Kedma Freire, Lucia Bianchini,

Magda Belloti, neti Szpilman | MEzzoS Ângela Brant,

Carla odorizzi*, Denise Souza, Hellen Maximiano, Kátya

Kazzaz, Lara Cavalcanti, Lourdes Santoro, noeli Mello

| ConTRALToS Andressa Inácio, Daniela Mesquita,

Ester Silveira, Lily Driaze, Mirian Silveira, neaci Pinheiro,

Rejane Ruas, Talita Siqueira | 1º TEnoRES Erick Alves,

Elizeu Batista, Geilson Santos, Geraldo Matias, Ilem

Vargas, Jacques Rocha, Luiz Furiati, Luiz Ricardo,

Manoel Mendes, Marcos Paulo, ossiandro Brito, Pedro

Gattuso, Weber Duarte, Wladimir Cabanas | 2º TEnoRES

Áureo Colpas, Celso Mariano, Ivan Jorgensen, João

Alexandre, José Rescala, Kreslin de Icaza, Paulo Mello,

Robson Almeida, Silvio da Hora | BARíTonoS Carlos

Silvestre, Frederico Assis, Ciro D’Araújo, Fábio Belizallo,

Fabrízio Claussen, Leonardo Agnese, Dudu nohra,

Marcus Vinicius, Rodolpho Páscoa | BAIxoS Anderson

Cianni ,Cícero Pires, João Marcos, Jorge Costa, Jorge

Mathias, Leandro Costa, Leonardo Thieze, Mauricio

Luz, Patrick oliveira, Pedro olivero, Vandelir Camilo

| CooRDEnADoRA ADMInISTRATIVA Vera Lucia de

Araújo | ASSISTEnTE Do CoRPo ARTíSTICo Lourdes

Santoro | ASSISTEnTE DE MonTAGEM osmar Evideo

dos Santos, Mario Jorge F Palheta

_____________

TRADução Do LIBRETo Bruno Furlanetto | LEGEnDAS

ELETRÔnICAS Victor Emmanuel Abalada | DESIGn

PRoGRAMA, CARTAzES E PEçAS GRÁFICAS onLInE

Carla Marins | SoLISTAS "DoPPIonE" DoS PAPÉIS

PRInCIPAIS Macarena Valenzuela, Luisa Francesconi,

Vinicius Atique e Ivan Jorgensen

Paixão: substantivo feminino 2120 Theatro Municipal Temporada 2020

Page 12: La Vida Breve - theatromunicipal.rj.gov.br · Il Tabarro (O capote) e La Vida Breve (A Vida Bre-ve) trazem no seu coração a paixão e o fim trágico de duas mulheres, envoltas em
Page 13: La Vida Breve - theatromunicipal.rj.gov.br · Il Tabarro (O capote) e La Vida Breve (A Vida Bre-ve) trazem no seu coração a paixão e o fim trágico de duas mulheres, envoltas em

Theatro Municipal do Rio de JaneiroPraça Floriano, s/nº Cinelândia Rio de JaneiroTeatro B Av. Almirante Barroso, 14-16, Tel 2332-9191 / 2332-9134 Bilheteria 10h às 18h (em dia de espetáculo até o horário da apresentação)theatromunicipal.rj.gov.br | facebook/theatro.municipal.3. twitter @municipalrj. | instagram theatromunicipalrj

Associação dos Amigos do Teatro Municipal do Rio de JaneiroEntidade sem fins lucrativos fundada em 1984. Associe-se! Você recebe descontos especiais, programação em primeira mão e atendimento preferencial na compra de ingressos. Faça uma doação para o Theatro Municipal do Rio de Janeiro e colabore com os espetáculos da temporada. Deduza 100% da sua doação no seu IRPF. Seja um doador você também!aatm.com.br | [email protected] | 2239 9612

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Temporada Lírica 2020

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