kely gruber - tcc on-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/higienizacao-em-protese.pdf ·...

46
Kely Gruber HIGIENIZA<;:Ao EM PROTESE TOTAL Monografia apresentada ao Curso de Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade de Ciencias da Saude da Universidade Tuiuti do Parana, como requisito parcial para a obtentyao do grau de Especialista em Protese OenttHia. Orientador: Prof. Nerildo Luiz Ulbrich. u \0r' CURITIBA 2005

Upload: ledat

Post on 30-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

Kely Gruber

HIGIENIZA<;:Ao EM PROTESE TOTAL

Monografia apresentada ao Curso deEspecializatyao em Protese Dentaria da Faculdadede Ciencias da Saude da Universidade Tuiuti doParana, como requisito parcial para a obtentyao dograu de Especialista em Protese OenttHia.

Orientador: Prof. Nerildo Luiz Ulbrich.

u

\0r'CURITIBA

2005

Page 2: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

TERMO DE APROVAC;Ao

Kely Gruber

HIGIENIZAC;:AO EM PROTESE TOTAL

Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenyao do titulo de EspeciaJisla em Pr6tese Dentariado Curso de Odontologia da Universidade Tuiuti do Parana

Orienlador

Page 3: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

Dedicatoria

A voce Luiz Afonso, pelo amor ecompreensao, pela colabarac;:aaincondicional; ao meu pai, par acreditar eme apoiar uma vida inteira; a minha mae,pela dedicac;:ao e carinho integral ao meufitho, durante minha ausencia; ao meutilho Amon Affonso, por se comportarbrilhantemente durante minhas viagensentendendo 0 motivo de minha ausencia epara nossa Tata, que sempre foi meubrac;:o direito, cuidando das minhas coisascomo se suas fossem, me permitindoassim, estudar sem preocupac;:oes.

Page 4: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

Agradecimento

A essa for<;a maior, que nos mostrasempre 0 melhor caminho a seguir e aminha familia, pela enorme paciencia ecolaborac;ao.

Page 5: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

RESUMO

Este trabalho teve par objetivo, abter uma vi sao atualizada dos materiais e metodosde higienizaC;80 das proteses totais, atraves de levantamento bibliografico, alem deavaliar 0 grau de conhecimento de seus usuarios, em rela980 a tecnica deescova<;:ao e aos produtos de higienizac;ao disponiveis no mercado. Assim como,verificar se estes pacientes estao sendo submetidos a orientac;oes de higiene parseus cirurgi6es-dentistas. Para isso, toi utilizada uma pesquisa descritiva de campo,atraves de questionarios distribuidos em faculdades de odontologia e consult6riosparticulares nas cidades de Cascavel e Curitiba no Estado do Parana.

Palavras-chaves: protese total; higieniz8C;8o; limpadores de protese total

Page 6: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

SUMARIO

1 INTRODU<;:AO... 81.1 HISTORIA DA PROTESE............ 82 FUNDAMENTA<;:AO TEORICA... 1121 IMPORTANCIA DA CORRETA HIGIENIZA~AO DA PROTESETOTAL... 112.2 BIOFllME OU PLACA BACTERIANA.. 122.3 MOTIVAc;:AODO PACIENTE... 132.4 METODOS DE HIGIENIZAC;:Ao... 152.4.1 Metoda mecanico.. 152.4.2 Metoda quimico... 212.4.3 Metoda combinado... 252.5 EVIDENCIADORES DE BIOFllME.................................... 252.6 DENTIFRiclOS ESPECiFICOS PARA DENTADURAS... 262.7 CONTROlE DO PACIENTE.. 293 PESQUISA DE CAMPO... 303.1 QUESTIONARIO... 303.2 APRESENTAc;:Ao DE RESULTADOS... 334 DIScussAo... 405 CONCLUsAo..... 416 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS... 42

Page 7: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

LlSTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - ESCOVAS ESPECiFICAS PARA PROTESE TOTAL....................... 16FIGURA 2 - ESCOVA~AO DA SUPERFlclE EXTERNA DA PROTESE TOTAL 17FIGURA 3 - ESCOVA~AO DA SUPERFiclE INTERNA DA PROTESE TOTAL.. 17FIGURA 4 - ESCOVA~AO DA SUPERFiclE INTERNA DA PROTESE TOTAL.. 18FIGURA 5 - ESCOVA~AO PROTESE TOTAL INFERIOR........................ 18FIGURA 6 - HIGIENIZA~AO DA PROTESE TOTAL - ESCOVA DE MAO... 19FIGURA 7 - HIGIENIZA~AO DA SUPERFiclE EXTERNA . 20FIGURA 8 - HIGIENIZA~AO DA SUPERFiclE EXTERNA - ESCOVA DE MAO 20FIGURA 9 - LlMPADORES EFERVESCENTES............................................. 22FIGURA 10 - PASTILHAS PARA HIGIENIZA~AO A BASE DE ENZIMAS.. 24

Page 8: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

LlSTA DE GRAFICOS

GRAFICO 1 - usa / FAIXA ETARIA. ..GRAFICO 2 - TEMPO DE USO..... .. .GRAFICO 3 - FREQUENCIA DE HIGIENIZA<;:iio ...GRAFICO 4 - ORIENTA<;:iio PROFISSIONAL .GRAFICO 5 - ESCOVA ESPECiFICA .GRAFICO 6 - PASTILHAS EFERVESCENTES .GRAFICO 7 - OUTROS METODOS DE LlMPEZA .GRAFICO 8 - GRAU DE ESCOLARIDADE ..

3334343536373839

Page 9: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

INTRODU<;Ao

1.1 HISTORIA DA PROTESE

A odontologia praticada no s,iGulo XVI, a partir da descoberta do Brasil em

1500, restringia-se quase que exclusivamente as extrac;oes dentarias. As tecnicas

eram rudimentares, 0 instrumental inadequado e nao havia nenhuma forma de

higiene.

A protese era bern simples, dentes feitos em osso au marfim, que eram

amarrados com fios aos dentes remanescentes. Dentaduras eram esculpidas em

marfim QU 05S0 utilizando-se dentes humanos e de animais, retendo-as na boca par

intermedio de molas, sistemas usados na Europa. Porem no Brasil era tudo mais

rudimentar.

Ja no sEiGulo XVIII, na Europa, no seu classico trabalho do ana de 1728, 0

grande dentista ocidental Pierre Fauchard descreve pel a primeira vez duas proteses

completas superiores, projetadas par ele mesma, que dependiam para sua retenC;8o,

exclusivamente da pressao atmosferica. 0 significado fundamental do seu grande

descobrimento Ihe escapou, pois seguiu aconselhando e use de molas, na

construc;ao de proteses. Enquanto isto, os japoneses construiam proteses completas

superiores e inferieres, sustentadas apenas pela aderencia e pressao atmosferica

cerca de 200 anos antes. 0 fato dessas proteses totais terem sido confeccionadas

em madeira e tambem muito interessante. Feram encontradas mais de 120

dentaduras completas de madeira, que datam principios do seculo XVI, ate meados

do s"culo XIX.

Page 10: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

9

Daquela spaca ha urn sEkula, 0 progresso foi bastante lento e somente as

formas rudes de proteses totais e parciais eram faitas. Foi nos ultimos cern anos que

as dentes artificiais e trabalhos proteticos mais eficientes vieram a existir.

Uma protese total e composta de duas partes: as dentes, e a parte que

segura as dentes, chamada base.

Muitos materiais tern sido usados para construir pr6teses dentarias, incluindo

dentes que eram extraidos de Qutras pessoas, dentes de certos animais e dentes

esculpidos em marfim. Nos fins do ana de 1700 a grande avan<;ose deu com a

introdw;:ao de dentes de porcelana. Isto foi considerado quase urn perfeito substituto

para as dentes naturais. Grandes passos fcram dados no campo da porcelana

desde que foi introduzida. Foi 0 unico material usado ate alguns anos atras, quando

dentes de acrflico foram colocados no mercado.

Na pon;ao da base varios materiais tem sido utilizados. As primeiras

proteses foram esculpidas em marfim. Varios tipos de meta is foram usados, mas

todos eles eram grasseiros e nao muito praticos. Foi par volta de 1840, quando

Goodyear iniciou a vulcaniza~ao da borracha, que a primeira base verdadeira de

dentadura foi desenvolvida.

Achou-se, entretanto, que a borracha nao deveria vir a assemelhar-se a

gengiva. A borracha era parosa e particulas microscopicas de alimentos aderiam aela. Ista tornava a higienizac;ao dificil e deixava urn ador desagradavel nas proteses.

o primeiro material natural, mais semelhante, que apareceu posteriormente,

foi a celul6ide. Este tinha pessimas caracteristicas e fai ceda, removido do mercado.

S6 depois do ano de 1930 que 0 acrilico, foi introduzida e utilizada como base de

protese total. Pesquisas continuam sendo feitas e a busca por melhores materiais

nao cessa nunca.

Page 11: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

10

Esse resumo da historia da pr6tese total teve como objetivo, fazer uma

avalia<;ao da dificuldade de higienizagBo que os portadores das mesmas

encontravam e continuarn encontrando hoje. A efelividade dos materiais e metodos

de higienizag80 da cavidade bucal e frequentemente pesquisada e seus beneficios

sao divulgados na literatura cientific8.

Entretanto, em relaC;:8o aos pacientes portadores de pr6tese total, nao S8

tern fornecido esclarecimentos suficientes quanta aos beneficios da higieniz8g8o,

apesar de as pesquisas terem constatado que a higiene incorreta pode causar

alterac;:6es inflamat6rias nos tecidos de sustentac;:ao, desgaste dos dentes de aeriHeD

e das estruturas da base, e tambem odor desagradavel. As caracteristicas

superficiais das resinas acrilicas e a propria morfologia do aparelho e dentes

artificiais propiciam a instalagao da placa microbiana e consequente formagao de

calculos e pigmentagao.

Page 12: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

II

2 FUNDAMENTACAo TEORICA

2.1 IMPORTANCIA DA CORRETA HIGIENIZAC;;AO DA PROTESE

TOTAL

o paciente a medida que passa a ser portador de um aparelho de protese do

tipo total, continua com as mesmos habitos precarios de higieniz8g8o da cavidade

oral.

E imprescindfvel nao somente a limpeza diaria e adequada das proteses,

mas tambem dos tecidos moles com 0 objetivD de manter a sauds buca!. IS50 deve

ser compreendido pelos pacientes e tambem pel os cirurgi6es dentistas, sendo

responsabilidade do primeiro manter a higiene bucal e do segundo motivar e instruir

o paciente a promover as meios e metodos de limpeza para urn efetivD controle de

placa com 0 usa adequado desses recursos (JAGGER & HARRISON, 1995;

PARANHOS, 1996).

o processo de acumulo de placa nas proteses e urn dos fatores etiol6gicos

locais importantes e as patologias presentes na cavidade oral de portadores das

pr6teses totais ocorrem regularmente como aconteee para as dentes naturais

(NICHOLSON et a/., 1968; ABELSON, 1981, 1985). A literatura destaca a correla9ao

entre rna higiene e les6es da mucosa oral, principal mente a estomatite provocada

por protese, que atinge 40% dos portadores de dentaduras (THEILADE, 1998), a

hiperplasia papilar (LOVE et al., 1967) e a candidiase.

Para que a protese restabele9a a saude bucal e conforto do paciente,

restituindo a estetica e funyao, e necessaria que a eirurgiao-dentista realize

eriteriosamente a diagnostico, a planejamenta e aplique os procedimentos clfnieas e

Page 13: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

12

laboratoriais de forma correta na conlec9iio do aparelho protetico. Tambem e de

capital importancia educ8980, conscientizac;;ao e motiv8980 do paciente para a

higiene bucal e da pr6tese, no intuito de prevenir os dissabores e as enfermidades

provocadas pela higieniza9fjo incorreta da protese total. 0 profissional deve levar em

considera98o os fatores que pod em interferir na correta higieniz8<;:8o da pr6tese, tais

como: inexperiencia ou experiencia errada, problema graves de sauds que poderao

trazer dificuldades como falta de coordena98o motara ou de vi sao, a propria

negligencia do paciente e ainda, lalta de orienta9iio por parte do profissional

(PARANHOSelal., 1991).

Ao 8xaminarmos uma protese total podemos encontrar situ890es de extrema

descaso no que diz respeito a higieniz8r;ElO, verificando a presen98 de manchas,

pigmenta90es, placa bacteriana e calculos. Por outro lado, podemos deparar com

situ896es completamente opostas constatando uma higienizavao exagerada, porem,

incorreta que provoca intenso polimento podendo chegar ao extremo de desgastar

as bases e os dentes de acrilico.

2.2 BIOFILME OU PLACA BACTERIANA

A placa e um dos fatores etiologicos locais da inflamar;:ao da mucosa oral

(LOVE, el aI., 1967) e tanto sua lorma9iio quanto sua deposi9iio na protese ocorre

similarmente como para os dentes naturais (ABELSON, 1981; NICHOLSON el al.,

1968; POLYZOIS, 1983) atraves da glicoproteina salivar (GIBBONS & SPINELL,

1970). A quantidade de placa bacteriana acumulada varia entre individuos e regioes

da superficie da protese total. Esta variar;:ao na deposi9ao da placa parece estar

relacionada com a natureza e composiyao da saliva, do mesmo modo que nos

Page 14: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

13

dentes natura is (POL YlOIS, 1983). Alem disso, as superficies de dentaduras

convexas e lisas, apresentam menor quantidade de placa que superficies esculpidas

e contornadas (AUGSBURGER & ELAHI, 1982).Baseado no exposto surgem varios

questionamentos referentes a: com 0 que limpar, cnde, como e quantas vezes limpar

o aparelho protetico. Alem da protese os pacisntes devem higienizar e massagear as

tecidos moles da cavidade bucal tais como lingua, rebordo alveolar residual, palato e

mucosa jugal, com 0 auxilio de urna escova dental.

A motiv8y80 e a conseisntizayao do pacisnte sao transmitidas pelo

profissional, mas 0 metoda de informar 0 paciente 8Sta na dependencia de alguns

fatores, tais como 0 nlvel de cultura e 0 estado emocional do indivfduo. 0

profissional atraves do dialogo e demonstrac;oes clinicas, deve conquistar a

confianc;a do paciente, assim como a mensagem a ser transmitida deve ser simples

e de facil compreens80, fazendo, na medida do posslvel, analogias e comparac;:oes

com coisas simples da vida cotidiana.

E assunto hoje passivo que a candidato it protese total deve ser motivado e

ensinado a realizar adequada higienizac;:ao bucal.

2.3 MOTIVACAo DO PACIENTE

Durante a anamnese deve-se detectar que tipo emocional e 0 nosso

paciente: receptivo, contra rio ou indiferente, e se possui problemas de saude, tais

como doenc;:a de Parkinson ou instabilidade psiquica, pois a motivaC;:8o e pessoal e

varia de um individuo para outro. 0 problema que um individuo apresenta num dado

momenta pode ser um ponto de partida para iniciar sua motivac;ao, para criar habitos

e para tomar atitudes positivas para a pr<3tica preventiva. Deve-se ter uma conversa

Page 15: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

14

franca e sincera com 0 paciente, na qual 0 cirurgiao-dentista demonstrara que esta

interessado na saude bucal e naD simplesmente na estetica e na adapta~ao da

protese total.

o cirurgiao-dentista deve levar em considera~o fatares que podem interferir

na correta higieniz8<;8o da prot ese, tais como a falta de tempo do paciente, pois

prejudicara a manuten980 de urn programa preventivD bern estabelecido; as

experi€mcias desagradilVeis anteriores, 0 que influenciara negativamente a

motiva<;ao nao somente do padente mas tambem do cirurgiao-dentisla, as

problemas graves de saude que poderao trazer algumas dificuldades, como a falta

de coordena98o motora; e tambem a propria neglig.mcia do paciente, pais apesar da

protese total apresentar a grande vantagem da possibilidade de manutenyao da

cavidade bucal num grau de higiene muito superior aos dentes natura is ou mesmo aprotese parcial fixa, observa-se que esta vantagem nao passa, na maioria das

vezes, de puramente teorica, porque se encontra dificuldade em mudar os habitos ja:

estabelecidos de higiene de alguns pacientes que passaram a utilizar a protese

total.

o cirurgiao-dentista deve ter em mente que 0 ensinamento da tecnica de

higienizayao e fundamental, como tambem que uma parte integrante deste

ensinamento e 0 controle da tecnica. Nao basta apenas fornecer as informagoes,

deve-se verificar e ter certeza de que 0 paciente aprendeu e vai executa-las

conscientemente.

Page 16: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

15

2.4 METODOS DE HIGIENIZAC;;Ao

2.4.1 Metodo mecanico

o metoda mais utilizado na limpeza da protese total consiste na utiliz8gao da

escova dental ariada a pastas, pes, sabao e agua, par ser simples, efetivo e

acessivel a todos as niveis socia is. Dependendo do tfpo da escov8, agente auxiliar,

frequencia e a tecnica de escov8gao, poderao Dcorrer desgastes dos dentes e/au da

resina acrilica da base da dentadura (ABELSON, 1981; SEXON & PHILLIPS, 1951).

Assim, APPELBAUM (1970), preconizou a utiliza~ao de escovas especificas

para escov8980 de dentaduras, devendo ter formato anatomica, cerdas macias,

compridas e de pequeno diametro e urn cabo que promova urna empunhadura

correta e firme, permit indo urna adequada limpeza de todas as superficies externas

e internas, alem de facilidade no manuseio e que naG danifiquem a pr6tese.

Quanta aos agentes coadjuvantes devemos utilizar sabonete neutro ou

sabao de coco (SAIZAR, 1950), que possuem a~ao adstringente como tambem

dentifricios pouco abrasivos contendo bicarbonato de sodio soluvel ou

zirconio(HEMBREE & HEMBREE, 1977). Nao existem evidencias cientificas de que

a pasta de dente seja mais eficiente que 0 sabonete, mas as pessoas preferem a

pasta, provavelmente por for~ do habito.

A escova9ao deve ser realizada apos as refei96es diarias, sendo indicada

apos as refei96es intermediarias apenas uma limpeza com agua corrente.

A tecnica deve ser executada apreendendo-se firmemente a protese sabre

uma pia chela de agua para que, em caso de queda, nao haja fratura do aparelho. E

necessaria estabelecer uma padroniza9ao na sequencia de escova9ao com a intuito

Page 17: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

16

de serem atingidas todas as partes do aparelho protetico. A limpeza tanto da

superflcie externa como interna da pr6tese e realizada com movimentos de vai e

vern. Para a regiao dos dentes artificiais, a tecnica indicada cansiste na realiza~ao

de movimentos giratorios par vestibular e lingual e para a regiao oclusal, movimentos

antero-posterioresde acordo com a tecnica de Stillman modificada (SANTANA et

al., 1992). Na superficie intema da protese total existe a dificuldade inerente ao

proprio formata da mesma, em sua area basal, tata esse que e contornado com 0

usa de escovas especificas que possibilitam 0 acesso a essas areas.

FIG. 1 - Escovas especmcas para protese total

Page 18: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

FIG. 2 - Escova~ao cia superficie externa da protese total

FIG. 3 - Escova~ao da parte interna da protese total

17

Page 19: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

18

FIG. 4 - Escova~ao da superficie intema da protese total

FIG. 5 - Escova~o superficie intema protese total inferior

Existe urna outra tecnica que foi substituida pela ja descrita, apes 0

desenvolvimento da escova especifica para protese total, mas que vale ser citada

tambem. Consiste primeiramente na utilizayao da escova de mao, objetivando uma

Page 20: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

19

limpeza abrangente. A escova deve ser utilizada tanto na superficie externa

(englobando a base e os denies do aparelho) como na superficie inlerna (Iado

lecidual do aparelho).

Posteriormente, como complementa<;ao da escova<;ao inicial, utiliza-se a

escova dental atuando em todas as superficies, principalmente em areas retentivas

do aparelho, que sao de dificil acesso para a escova de mao.

Em rela':(8o ao tipo de cerdas, recomenda-se as cerdas macias, pais sua

at;aD de friccaa e menos naciva ao aparelho. Deve-se enfatizar que a for~ aplicada

durante a escovat;:ao com escova de mao deve ser de menor intensidade, vista que

esle lipo de escova"ao favorece a aplica"ao de for""s de maior inlensidade sobre 0

aparelho.

FIG. 6 - Higieniza~a.oda protese total utilizando escova de mao

Page 21: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

20

FIG. 7 - Higjeniza~aoda superficie extema da protese com escova de mao

FIG. 8 - Higieniza<;iio da pr6tese total com escova de mao

Uma observal):so importante para as duas tecnicas e quanta a escova~o

dos tecidos moles da cavidade bucal, tais como lingua, bochechas, rebordos

alveolares e palato, que deve ser realizada com escova dental e dentifricio com urn.

Page 22: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

21

Urn Dutro metoda mecanico para a limpeza de dentaduras e a utiliz8c;ao do

ultra-som, que tern como princfpia de 89ao a conversao da energia eletrica em

energia mecanica atraves de vibrac;6es. Essas vibrac;6es produzem urna sequencia

de cndas scnoras e formac;ao de microbolhas responsaveis pelos choques

hidraulicos na superficie da pr6tese. A agita9ao ultra-s6niea nao e urn metoda

eficiente na remoc;ao de placa bacteriana aderida a prot ese, pois nao causa redU/;ao

significante no numero de microorganismos que podem ser cultivados nas proteses

(GRIIN & ENGELHARDT, 1976). 0 ultra-som tem maior efetividade quando

associado a solw;6es desinfetantes.

2.4.2 Metoda Quimico

a metoda quimico para limpeza da pr6tese total baseia-s8 na imersao do

aparelho em soluc;oes que possuem ac;ao bactericida, solvente, detergente e

fungicida. Esse metodo tern sido preferido por pacientes deficientes e gerialricos que

nao conseguem escovar adequadamente suas pr6teses (HOAD-REDDIK. G, et al.,

1990).

Dentre os agentes qufmicos mais utilizados, pode-se destacar os peroxidos

alcalinos, hipocioritos alcalinos, acidos dilufdos, enzimas e desinfetantes.

Peroxidos alcalinos: os peroxidos alcalinos sao apresentados na forma

de pas ou tabletes e tornam-se solu90es alcalinas de peroxido de hidrogenio quando

dissolvidos em agua. Esses agentes demonstram atuar mais em placas e calculos

recem formados e por urn tempo de imersao de algumas horas; nao se mostraram

eficientes quando utilizados por menos de 30 minutos (NEILL, 1968). Esses produtos

combinam detergentes que reduzem a ten sao superficial e agentes, como 0

Page 23: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

22

pernorato de s6dio, que liberam oxigenio na solu~ao.A efervescencia criada pela

liberayao do oxigemio realiza urna limpeza mecanica na protese. Alem disso, as

agentes oxidantes ajudam a remover manchas e tern a[guma a~ao antimicrobiana.

Entretanto, se utilizados rotineiramente podem causar 0 clareamento da resina

aeriliea e existem ainda evid€mcias de que as peroxidos alcalinos causam danos a

resinas resilientes para reembasamento (HARRISON, A. et al., 1989).

Produtos comerciais: Corega Tabs® (nacional), limpador Efervescente

®(nacional) e Efferdenl ® (importado).

FlG.9 - Lirnpador efervescente a base de peroxido alcalino

Hipocloritos alcalinos: as hipocloritos alcalinos foram as primeiros

produtos a obter urna grande aceita~ao, sendo mais efetivos na remoyao de

manchas, dissoluy3o de mucinas, inibiyao da formayao de calculo e outras

substancias orgfmicas da matriz da placa bacteriana; alem de apresentarem

propriedades bactericidas e fungicidas (NICHOLSON et al., 1968; POL YZOIS, 1983).

Suas desvantagens sao causar 0 clareamento e 0 manchamento da protese

(PASSAMONTI, 1979). Segundo BLACKENSTORE & WELLS (1977), os hipocloritos

Page 24: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

23

alcalinos devem ser usados par urn periodo de 15 minutos diaries e segundo CHAU,

V.B. et al. (1995), a solu,;;o de hipoclorito de sodio a 0,525% utilizada por um

periodo de 10 minutos diarios e suficiente para penetrar 3mm na resina, eliminando

bacterias em profundidade.

Produtos comerciais: Chlorox-Calgon ®(importado) e Mersene ®(importado).

Acidos diluidos: os higienizadores acidos sao na maiaria soluc;6es de

acido cloridrico, acido fosf6rico au acido benzoico que removem com eficiencia

depositos inorgflnicos e manchas, alem de apresentarem uma ac;ao fungicida,

principalmente sobre a Candida albicans (ABELSSON, D.C., 1985) e 0 periodo de

exposivao da dentadura a ac;ao desses agentes e curto, variando em fun~o de sua

concentrac;ao. Deve-s8 ter cuidado durante 0 manuseio e estocagem desses

produtos uma vez que eles podem ser danosos aos tecidos, olhos e pele (MORDEN

et a/., 1956).

Produtos comerciais: Oral Safe ® (importado) e Sonac ® (importado).

Enzimas: as enzimas, principal mente a dextranase, visam a elimina<;ao

das glicoprotefnas, mucoproteinas e mucopolissacarideos presentes na pr6tese e

tambem apresentam propriedades bactericidas e fungicidas (BUDTZ-JORGENSEM,

1979; BUDTZ-JORGENSEN & LOE, 1972). Essas enzimas devem ser usadas por

15 minutos diarios e nao provocam nenhum efeito prejudicial na superffcie da

protese total (CONNOR, 1977). Ja segundo ONLO, A. et a/. (1996), uma

descolorac;.ao da resina pode ocorrer em maior ou menor grau, dependendo da

composi<;ao do produto ou do tipo da resina.

Varios autores tern estudado a eficiencia de produtos contendo enzimas,

comparando com peroxidos alcalinos (MINAGI, S. et a/., 1987 e NAKAMOTO, K. et

a/., 1991) e associados a escova,;;o (ODMAN, PA 1992).

Page 25: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

24

Produtos comerciais: Polident Overnight ® (importado), Corega ®

(importado).

FIG.t 0 - Pastilha para higieniza~aoa base de enzimas

Desinfetantes: as agentes desinfetantes como a clorexidina, gluconato

ou salicilato tern side indicados urn vez que reduzem significantemente a quantidade

de placa e melhoram a condiyao da mucosa de pacientes com estomatite (BUDTZ-

JORGENSEM, 1977; HUTCHINS & PARKER, 1973; NICHOLSON et al., 1968). Se

usadas rotineiramente, podem provocar manchamento da resina e 0 tempo de

permanencia da protese esta na dependencia da concentrayao da soIU9;;0, variando

de 5 a 10 minutos diarios (HUTCHINS & PARKER, 1973; OLSEN, 1975). Outros

desinfetantes quimicos a base de glutaraldeido 2%, como 0 Cidex e 0 Banicide,

podem ser empregados na desinfec~o de resina, naD para usa caseiro, mas para

evitar contaminat;clO cruzada em laboratorios de protese.

Produtos comerciais: Clorexidina so1u9;;0 ou gel (nacional).

Page 26: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

25

2.4.3 Metodo combinado

o metoda combinado consiste na utiliz8gElO de agentes mecanicos e

qufmicos associados para a limpeza das pr6teses totais. Trabalhos na literatura,

como os de LOVE et al., (1967) e PARANHOS (1991) preconizam a combinagiio da

pasta dentifrfcia e escova especffica para dentaduras e, em seguida a imersao da

protese em solugoes qufmicas proporcionando urn meio efetivo de limpeza.

Entretanto, muitos pacientes nao seguem esta conduta par falta de orientag8o. Os

produtos qufmicos para higieniz8gElo das pr6teses totais sao comuns em Qutros

parses, a mesmo nao ocorrendo no Brasil, an de poucos materia is sao colocados adisposigao do paciante e par perfodos curtos de durag8o.

Associado a esses metodos pode ser utilizado tambem uma solU9E10

evidenciadora de biofilme ou pJaca bacteriana para controle da higiene protetica.

2.5 EVIDENCIADORES DE BIOFILME

Para melhor controle e manutenyEio da protese total e importante 0

conhecimento das soluyoes para evidenciayao do biofilme na protese total, para

iSso, LOVATO et al., 2000, fizeram urn trabalho que avaliou a aplicagiio clinica dos

evidenciadores de biofilme dental em protese total, buscando a soluyao que

apresentasse afinidade pela pJaca, nao provocasse danos ao aparelho protetico e

fosse de facil remoyElo, pois as reentrElncias mecElnicas existentes nas superficies

dentals, na base de resina ou na uniao do dente a base da resina dificultavam a sua

remoyao.

Page 27: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

26

Segundo esse estudo, as solu<;oes que apresentaram boa capacidade de

corar 0 biofilme e facilidade de remogao do aparelho apos escov8C;80 durante urn

minuto com dentifricio associ ado a escova de cerdas macias fcram: azul de metileno

a 0,05%, eosina a 1% e a 5%, eritrosina a 1% e a 5%, fluorescefna basica a 0,75%,

fluoresceina s6dica a 0,75% e a 1%, proflavina monossulfato a 0,3%, Replak ® e

vermelho neutro a 1%.

A escolha de urn evidenciador de placa adequado torna-S8 elemento

fundamental para a obtengao de uma eficiente limpeza da dentadura, sendo eles

materiais de faGi] aplic8<;80, que possibilitam a localiz8<;80 do biofilme e favorecem

os procedimentos de limpeza.

Quando as pacientes utilizaram 0 evidenciador de biofilme ratineiramente

como metodo auxiliar de higiene, 0 contra Ie da formac;ao do biofilme foi mais eficaz,

indicando maior incentivo aos pacientes para a higienizaC;30 das proteses.

2.6 DENTIFRiclOS ESPECiFICOS PARA DENTADURAS

Trabalhos mostram que, para portadores de dentaduras, 0 ideal para

obtenyao de resultados satisfatorios, consiste no uso de escovas e dentifricios

especificos, pois os pradutos fornecidos para limpeza da dentiC;3o natural pad em ser

prejudiciais aos materia is constituintes do aparelho. Para serem utilizados com

seguranc;a e eficacia, os dentifricios deveriam ter uma formulac;ao apropriada, de

maneira que suprissem as necessidades higiemicas das proteses e que

apresentassem caracteristicas de baixa abrasividade. A maiaria dos pacientes,

porem, utiliza dentifricios e escovas indicados para dentes naturais.

Page 28: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

27

o prod uta deve preencher alguns requisitos que, devido a sua

especificidade, sao diferentes daqueles utiJizados nos dentes naturais. Ele deve ser

de faGi] manuseio, eficaz na remo<;ao dos depositos organicos, inorgfmicos e

manchas, bactericida e fungicida, nao taxieD ao paciente, nao deleterio aos materia is

utilizados na confecyao do aparelho e de baixo Gusto, segundo 0 trabalho realizado

por Freitas, K.M. et a/. (2003).

Pesquisas sobre dentifrfcios especificos para pr6teses totais sao publicadas

na literatura cientifica, sendo que normaJmente faz-s8 urna compara<;8o entre os

produtos, e poucos fornecem detalhes a respeito das formulagoes dos mesmas. Urn

tater importante a ser ressaltado e que varias pesquisas limitam-se a teses

laboratoriais, dificultando a aplica980 clinica dos resullados.

Urna das rnedidas da eficacia de urn agente higienizador de dentaduras esua habilidade na remo~ao do biofilrne. 0 ernprego de uma rnetodologia confiavel

para avaliar tal propriedade e imprescindivel, sendo que os produtos devem ser

tes.t~dos clinicarnente, e os resultados, avaliados por meios quantitativos.

Esse foi 0 objetivo do Irabalho realizado por Freitas, K.M. et al. (2003) e

como resultado, foi concluldo que 0 eteito da limpeza (habilidade de remoc;ao do

biotilrne) das duas pastas foi considerado estatisticamente semelhante. Esse €I urn

resultado que deve ser salientado, pois sao dois produtos com indica~es diferentes,

urn para dentes natura is e outro para proteses totais, com algumas diferengas

importantes em suas formula90es, principal mente em rela~ao ao agente abrasivo e

aos agentes qurmicos incorporados na pasta especifica.

A pasta especifica seguiu formulagao tradicional. Como espessante, foi

utilizado a hidroxietilcelulose, que proporciona preparayoes com 6tima consistencia e

suavidade e possui grande compatibilidade com os demais cornponentes da

Page 29: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

28

formula9ao. Quanta ao abrasiv~, fai utilizado 0 Tixosil 73 (silica abrasiva suave) para

58 obter urna pequena 8gaO mecanica. A abrasividade desse produto fai

considerada media, assim como a do produto convencional. 0 tensoativo

incorporado fai 0 Hargaterg C2M, que ah§m de apresentar boa compatibilidade com

as demais componentes e tambem urn produto nao irritante devido as suas

caracteristicas. Alem deste, tambem fai incorporado 0 cloreto de cetilpiridineo

(tensoativD cationico), cuja 89E10 predominante e a anti-saptica. A associag8,o de

ambos proporciona urn sinergismo de 8g80.

Procurando urna associa9ao de limpeza qufmica com limpeza mecanica,

foram incorporados os acidos sulfamico e benz6ico porque ambos sao

desengordurantes e possuem propriedades de limpeza. A incorporaC;ao dessas

substancias acidas teve como objetivo, tambem, uma complementac;ao da a9aO anti-

septica.

Um produto bem formulado deve ser eficaz e seguro. Quando a equipe se

referiu as formulac;oes que diferem das indicac;oes convencionais, como as pastas

especificas para higienizaC;ao de proteses totais, algumas dificuldades foram

encontradas, pois esses produtos nao sao regularmente encontradas no comercio

nacionaL

A eficacia de um produto especifico, porem, pode ser influenciada nao

somente por sua formulaC;80, mas tambem par outros fatores. Um fator muito

importante a ser analisado, quando se refere a higienizagao de proteses totais, e 0

programa de higiene instituido, pois estudos mostram que do bom planejamento e

da boa exeCUC;ao desse programa depende 0 sucesSo da melhoria das condigoes

bucais dos portadores de dentaduras.

Page 30: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

29

2.7 CONTROLE DO PACIENTE

o paciente e orienta do inicialmente a retarnar aD consultorio periodicamente,

de 6 em 6 meses, para que 0 cirurgiao-dentista possa avaliar a estado do aparelho

protetico e da cavidade bucal; as Qutros retornos poderao ser anuais (SANTANA et

al., 1992).

Sendo assim, 0 profissional tern capacidade de avaliar S8 a forma escolhida

de motiv8gao para 0 paciente esta sendo eficaz e S8 0 paciente tern executado sua

higiene corretamente, ou S8 porventura existe alguma dificuldade na escov8g8l0. S8

for constatada alguma falha, 0 metoda deve ser nova mente demonstrado e as

beneficios da correta higieniz8<;.30 nova mente enfatizados.

Com 0 controle regular do paciente, a cirurgiao-dentista podera alender as

necessidades especificas de cada um e, se necessario, promover alguma

modificac;ao no metodo escolhido para higieniza9ao.

Page 31: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

30

3 PESQUISA DE CAMPO

3.1 QUESTIONARIO

Com 0 intuito de analisar como os usuarios de protese total t8m feito sua

limpeza e S8 estao sendo orientados pelos seus cirurgi6es-dentistas sabre como

fazer 0 usa dos materiais disponlveis no mercado e da tecnica certa para

higienizac;ao, foram distribuidos 100 questionarios a pacientes freqOentadores de

algumas faculdades de odontologia e de consult6rios particulares das cidades de

Curitiba e Cascavell Pr., com as seguintes perguntas:

1) Qual a sua idade?

2) A quanto tempo utiliza dentadura?

) menes de cinco anos

) de 5 a 10 anos

) mais de 10 anos

3) Com que frequencia faz a limpeza da sua dentadura?

) 1 vez ao dia

) de duas a Ires vezes aD dia

) somente quando sua aparemcia nao esla boa

) 1 vez por semana

) nunca fac;o

Page 32: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

31

4) Ja recebeu orienta<;ao do seu dentista sabre como higienizar corretamente sua

dentadura?

) sim, orientou-me e mostrou-me produtos existentes para limpeza

) sim, uma vez orientou-me sabre a escov8.y80 mas nao me falou a respeito dos

produtos

( ) nao, nunca recebi nenhum tipo de orientayao sabre a limpeza da minha protese

5) Qual tipo de escova que utiliza para limpeza se sua dentadura?

) usa escova propria para dentadura

) uso escova comum

6) Sabe da existencia de uma eSCDva pr6pria para .protese total?

) sim

) nao

7) Se nao faz usa de uma escova propria para dentadura, indique a motivo:

) desconhecimento

) custo elevado

) dificuldade de encontra-Ia no comercio

8) Tern conhecimento da existencia de pastilhas efervescentes para limpeza de sua

dentadura?

)sim

) nao

) jil ouvi falar, mas nao sei como agem e nem como utiliza-Ias.

Page 33: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

32

9) Se faz usa dessas pastilhas, qual seu grau de satisfayao com elas?

) Excelente. 0 resultado rai 0 esperado e a protese ficou realmente limpa.

) Born. 0 resultado poderia ter side melhor, nao vi urna mudany8 tao significativa.

) Insatisfat6rio. Nao vi nenhuma diferen98 em relag80 ao usa somente da eSCDva

de dentes.

10) Qual sua maior reclamayao em relay80 ao usa das pastilhas?

) gosto desagradavel apes seu uso

) dificuldade no preparo do seu usa

) frequencia de usa muito proxima

) outras. Quais sao?

11) Faz uso de algum outro metoda para limpeza de sua pretese?

) sim, deixo-a de "molho" na uk-boa" pura au dilufda em agua

) sim, fayo a escov89ao com bicarbonato de sadio

) sim, deixo-a de "molho" na agua com vinagre

) nao utilizQ nenhum Dutro metoda

) Qutros. Quais sao?

12) Qual seu grau de escolaridade?

) analfabeto

) ensino fundamental

) ensine media

) gradua9ao

Page 34: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

33

( ) p6s-gradual'aa

3.2 APRESENTACAo DE RESULTADOS

A partir dos questionarios respondidos, os resultados foram computados e

serao apresentados a seguir:

GRAFICO 1 - USO/FAIXA ETARIA

USO/FAIXA ETARIA

• usa

A idade variou entre 39 e 81 anas, sendo que 0 maior indice de portadores

eslava na faixa dos 61 A 70 anos (36,3%);

Page 35: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

34

GRAFleO 2 - TEMPO DE USO

TEMPO DE usa

100

maior 10 anos menor 5 anos

• tempo utilizac;:ao

Quanlo ao lempo de uliliza9iio da prolese lola I, 90% dos pacienles ja as

utilizam a mais de 10 anos e apenas 10% responderam que fazem usc a menes de

5 anos;

GIv\FICO 3 - FREQUENCIA DE HlGtENIZACAO

FREQOENCIA HIGIENIZAC;:AO

100

: 1-40

2: ~ ,__ ~ __ ~_,1 vez dia 2 a 3 vezes dia esporadico 1 vez semana nunca

• freqO~ncia limpeza

Com relac;ao a frequemcia de higienizac;ao, 90% responderam que limpam

suas proleses de duas a Ires vezes ao dia e apenas 10% uma vez ao dia; as oulras

alternativas nao foram escolhidas.

Page 36: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

35

GRAFleO 4 - ORIENTACiio PROFISSIONAL

ORIENTACiio PROFISSIONAL

~-~1 vez sempreiprodulos

• orientac;:ao prof.

Com rela980 a orientac;ao de higiene, 41,6% dos question ados

responderam que nunca receberam nenhum tipo de orientac;:ao dos seus dentistas a

respeito da higiene de suas proteses; 50% ja receberam uma vez e 8,4% foram

arientados e Ihes foi mostrado as produtos para limpeza de suas proteses.

Page 37: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

36

GRAFf CO 5 - ESCOVA ESPECiFfCA

100

9080

7060

5040

30

2010

conhece

ESCOVA

, ~IL,_ ,cuslo dificuldade desconhecimentofaz USD

• escova comum escova propria • alegal(oes nao USD

higieniza9.30 da sua protese e apenas 15% a conhecem em algum aspecto;

85% desconhecem a existencia de uma escova especifica para

dos 15% mencionados somente 8,3% faz usa de escova propria para

escovagao de seus aparelhos; quando fai perguntado 0 motivQ da nao

utilizagao da escova especifica, 77,8% dos pacientes alegaram falta de

comercio.

conhecimento; 11,1 % custo elevado e 11,1 % dificuldade de encontra-Ia no

Page 38: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

GRAFICD 6 - PASTILHAS EFERVESCENTES

PASTILHAS EFERVESCENTES

80

70

60

50

40

30

20

10

O.gosto

ll_l_prepar~ freqO~ncia Qutros exc

• ja ou"';u falaro reclamacOesusuario • nao usuariograu satisfaC;8o •

37

bom insat

Quanta ao usa das pastil has efervescentes para limpeza, apenas 25%

disserarn desconhece-Ias; dos 75% demais, metade sao usuarios; quando foi

perguntado qual a maior reclama980 em rela980 ao usa das pastil has, as respostas

foram bern distribuidas entre: dificuldade no preparo do seu uso (20%), frequ€mcia

de usc muito proxima (40%) e Qutros ("nao limpa bemn e ~custo elevadon) a ordem

de (40%); nenhum dos pacientes observou 905tO desagradavel ap6s seu usa; a

seu uso e 33,4% como EXCELENTE;

respeito do grau de satisfa980 com as pastilhas, 66,6% classificaram como BOM a

Page 39: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

38

GRAFICO 7 - OUTROS METODOS DE LlMPEZA

OUTROS METODOS LlMPEZA

vinagre nenhum outros

• QuIros metodos de 1

Dos usuarios que afirmaram fazer usa de outros metodos para Jimpeza de

suas proteses, 14,3% utilizam "k-boa" e 28,6% utilizam bicarbonato de s6dio para

escovac;ao; 50% nao utilizam nenhum Dutro metoda e 7,1 % fazem usa de

pastilhas esporadicamente.

Page 40: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

GAAFICO 8 - GRAU DE ESCOLARIDADE

ESCOLARIDADE

analfabelo fundamental media

• escolalidade

superior p6s-graduacao

Quanta ao grau de escolaridade, 8,3% apenas eram analfabetos; 41,7%

tinham 0 ensina fundamental; 25% tin ham 0 ens ina media; 25% tinham 0 ens ina

superior e nenhum deles era p6s-graduado.

39

Page 41: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

40

4 DISCUSSAO

Para estabelecer urn born controle de higiene em pacientes portadores de

protese total, consideramos dois niveis distintos de interesse dos mesmas: primeiro,

o aspecto cosmetico do usuario; segundo, e normalmente muito abaixo de suas

prioridades, a necessidade de remover cuidadosamente 0 biofilme em intervalos

regulares, especial mente na superfrcie intern a do aparelho. Muitos pacientes

acreditam que atendendo ao primeiro criteria automaticamente 0 fazem em rela<;ao

ao segundo. A remo<;ao do biofilme depende tambem da tecnica e da frequencia da

escov8<;ao e nao somente do prod uta.

o refor<;o no programa de higiene tambem deve ser considerado e para

torna-Io ainda mais eficaz, a indicayao de urn evidenciador de placa e importante.

Portadores de proteses totais nao refletem uma enfase educacional adequada em

relaC;ao aos cuidados caseiros com seus aparelhos. E responsabilidade do paciente

manter a higiene bucal, escovando 0 aparelho protetico com escova, agua e

dentifricios, pelo menos tres vezes ao dia. Ao profissional, cabe motivar e instruir 0

paciente para tal conduta, e exigir do mercado mais produtos especificos para

higienizayao das proteses dos seus clientes, como por exemplo, os dentifricios, que

estao ate agora, somente na literatura cientifica. Acesso a produtos mais

diversificados e com custos adequados a condic;ao socio-econ6mica e mais uma

forma de incentivo a manutengao da condigao de saude bucal dos usuarios da

protese total

Com soluc;oes simples, bons habitos e orientac;ao adequada, e possivel

gerar beneficios na relas;ao mercado!usuario de protese! cirurgiao-dentista, fazendo

da saude bucal, um cui dado do dia a dia, e num futuro proximo, apenas uma

Page 42: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

41

menC;80 na literatura sabre "0 tempo em que as pessoas perdiam seus dentes

pela falta de higieniz8C;Bo e pobreza de recursos ao seu dispor"

5 CONCLUSAO

A correta manuteny80 da higiene das proteses totais, depende da eficada

dos agentes higienizadores associ ada a conscientiz8y80 e habilidade do paciente na

execuC;8o do correto metoda de higieniz8C;8o, associ ados ao empenho do cirurgiao-

dentista em estar constantemente atualizado a respeito dos recursos disponiveis no

mercado e suas relayoes com a condiC;8o s6cia-economica e de sauds geral do

paciente. Agindo dessa maneira, 0 profi5sional estara contribuindo para urna

odontologia prevent iva e para urn melhor prognostico do trabalho executado.

Page 43: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

42

5 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

1. ABELSON, D.C. Denture plaque and denture cfeansers. J. Prosthet.

Dent., St Louis. vAS. nA, p.376-9, Apr. 1981.

2. ABELSON, D.C. Denture plaque and denture cleansers: review of the

literature. Gerodontics. v. 1. n'5, p.202-6. 1985.

3. APPELBAUM, D. Um nuevo concepto en cepil/os para dentaduras

artiflciales. Trib Odonto, v.54,n'3. pA2-45, 1970.

4. ASSUNyAO, WG., at al. Higieniza,i'Joem dentaduras artiflciais, JAO -jornal de assessoria ao odontologista, PG 32-35, 1996.

5. AUGSBURGER & ELAHI. Evaluation of seven proprietary denturecleansers. J Prasthet Dent, vA7, n'4, p.356-59, Apr. 1982.

6. BLACKENSTORE, WH. E WELLS, J.C. Side effects of immersion typecleansers on the metal components of dentures. J Prosthet Dent, v.37,p.615, 1977.

7. BUDTZ-JORGENSEN, E. Prevention of denture plaque formation by anenzyme denture cfeansers. J Bioi Bucale, v.5, p.239, 1977.

8. BUDTZ-JORGENSEN, E. Materials and methods for cfeaning dentures.J Prosthet Dent, vAO, n"6, p.619-23, 1979.

9. BUDTZ-JORGENSEN, E E LOE, H. Chlarexidine as a denturedisinfectant in the treatment of denture stomatitis. Scand J Dent Res,v.80, pA57, 1972.

10. CERATII. Fundamentas da protese total, RJ - ed. Quintessence Pub.Co., 1989.

11. CHAU, V.B. et al. In-depht disinfection of acrylic resins. J ProsthetDent, v.74, n'3, p.309-13, Sep. 1995.

12. CONNOR, J.N.E. et af. An evaluation of an enzyme denture cleanser JProsthet Dent, v.37, n'2, p.147-57, 1977.

13.CRUZ, P.E.M.C.M., PARDINI, LC., PARANHOS, H.F.O. Habitos dehigieniza,i'Jo de portadores de protesse total; escova,i'Ja de tecidomole: um levantamenta. Revista de Odantal. da Univ. de Rib. Preto(UNAERP), v. 3, n'1, 1999.

Page 44: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

43

14. FREITAS et al. Comparar;ao clinica e microbiologica de duas pastas nahigienizar;ao de proteses totais e no controle da candid/ase atroficacrOnica.RPG - Revista Pos Grad. V.10, n'4, p.321-27, 2003.

15.GRIIN, L. E ENGELHARDT, J.P. Die Effecktivitat von Ultraschall beider Prothesendisinfektion. Dtsch Zahnarztl Zschr, v.31, p.627, 1976.

16. HARRISON, A. et al. The compatibility of temporary soft materials withimmersion dental cleansers. Int J Prosthod, v.2, n'3, p.254-8, 1989.

17. HEMBREE, M.E. E HEMBREE, J.H. Relative abrasiveness ofdentifrices. Dent Hyg, v. 51, p.253, 1977.

18. HOAD-HEDDICK et al., Investigation into the cleanliness of dentures inan elderly population. J. Prosthet. Dent., S1. Loius, v.64, n'1, p.48-52,July 1990

19. HOSTMIDIA. Disponivelem: http://www.atm.com.Br/historia_odontologiaBrasil.htm. Acessado em: 02 de fevereiro de 2005.

20. HUTCHINS, D.W. E PARKER, W.A. A clinical evaluation of the ability ofdenture cleaning solutions to remove dental plaque from prostheticdevices. NY State DentJ, v.39, n'6, p.515-27, 1973.

21.JAGGER, D.C., HARRISON, A. Denture cleasing-the best approach.Br. Dent. J., London, v.178, n.11, p.413-7, June 1995.

22. LOVATO et a/. Aplicar;ao clinica de evidenciadores de biofilme emproteses totais. RPG - Revista Pos Grad., v.7, n'4, p 311-19, out.ldez.2000.

23. LOVE et a/., The etiology of mucosal inflammation associated withdentures. Journal Prosthetic Dentistry, v.18, n'6, p.515-27, 1967.

24. MINAGE, S. et a/. Objective testing of the efficiency of denture-cleansing agents. J Prosthet Dent, v.58, n'5, p.595-98, Nov.1987.

25. MORDEN, J.F.C. et a/. Effect of various cleaning solutionson chromecobalt alloys. Dent Pract, v.6, p.304, 1956

26. NAKAMOTO, K. et al. Evaluation of denture cleansers with and withoutenzymes against Candida albicans. J Prosthet Dent, v.66, n'6, p.792-5, Dec. 1991.

27. NICHOLSON et al., Calculus and stain removal from acrylic resindentures. Journal Prosthetic Dentistry, v.20, n'4, p.326-9, 1968.

28.0DMAN, P.A. The effectiveness of an enzyme-containing denturecleanser. Quintessence International, v.23, n'3, p.187-90, 1992.

Page 45: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

44

29. OLIVEIRA, T.RC., FRIGERIO, M.LMA, YAMADA, M.C.M., BIRMAN,E.G. AvaJiaqao da estomatite protetica em partadores de protesestotais. Pesq. Odontol. Bras., v. 14, n'3, p. 219-24,2000.

30. OLSEN, Denture stomatitis. Effects of chlorhexidine andamphoteracin-B on the mycotic flora. Acta Odontol Scand, voI.33,n'1,p.41-6,1975.

31.PARANHOS, H.F.O., et at. Habitos de higienizaqao de portadores deprotese total. Revista Paulista de Odontologia, v.12, n' 1, pg. 11-21,1991.

32. PARANHOS, H.F.O.; Experimentaqao cllnica de um dentifricioespecifico para higienizaqao de proteses totais. Tese de doutorado,Ribeirao Preto, 1996; 218 p., II., 31,5 cm.

33. PARDINI, LC.,et a/. Enzima como agente higienizador de dentadura:revisao de literatura. Revista Odontol. UNICID; V.12, N'2, P.139-48,2000.

34. PASSAMONTI, G. Atlas of complete dentures. Illinois: Quintessence,1979.

35. POL YZOIS, G.L Denture cleaning habits: A survey Australian DentalJournal, v.28, n'3, p.171-3, 1983.

36. RIOS, P.P. et al. A imporiancia de orientac;6es e cuidados dehigienizaqao em usuarios de protese total e ppr. Anais JAOC 2003 -tema livre - internet.

37. SAIZAR, P. Protesis a placa. 4' ed., Buenos Aires, Progrental Editor,1950, p.1055.

38. SANT'ANNA , AT et al. Higienizaqao de protese total pelo metodomecanico. Revista Odonto, v.2, n'3, , pg 280-85, 1992.

39. THEILADE, E.; BUDTZ-JORGENSEN, E.Predominant cultivablemicroflora of plaque on removable dentures in patients with denture-induced stomatitis. Oral Microbio/. Immuno/' Copenhagen, v.3, n'1,p.8-13, Mar. 1988.

40. TURANO, J.C. E TURANO, LM .. Fundamentos de protese total. RJ,Quintessence Editor, 1988.

Page 46: Kely Gruber - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/HIGIENIZACAO-EM-PROTESE.pdf · Especializatyao em Protese Dentaria da Faculdade ... com 0 que limpar, cnde, como e quantas

45

41.ULBRICH N.L. et al. Manual de orientaqao ao paciente portador deprotese total, ed. Maio, 2001.

42. ONLU, A. et al. The role of denture cleansers on the whitening of acrylicresins. In! J Pro!hod, v.9, n03, p.266-70, 1996.