jupterimages por que devo pregar o evangelho? · 2016. 1. 29. · revista adventista i dezembro •...

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17 RevistaAdventistaI DEZEMBRO • 2010 Porquedevopregar oEvangelho? Paulo diz, em Romanos 2:14-16, que os gentios serão julgados por aquilo que a consciência lhes disse. E que eles “servem de lei para si mesmos” (Rm 2:14). Então, por que pregar o Evangelho às pessoas? Precisariam um indígena, um pagão afri- cano ou um budista, por exemplo, ouvir o evange- lho para ser salvo? – A. P. T. Essa é uma questão que intriga muitos cristãos. Mas, com base na Bíblia, podemos ver pelo menos dez razões para cumprir o “Ide” de Cristo. Devo pregar o Evangelho porque: 1. Cristo ordenou. “Ide, portanto, fazei discípulos de to- das as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28:19). Uma vez que Ele mandou, deve haver razões para isso. Do contrário, Ele não teria mandado. 2. Contribui para a minha própria salvação. “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na mi- nha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor” (Fp 2:12), é o conselho do apóstolo Paulo. Ao pregar para os outros sobre a vida eterna, eu mesmo não desejarei ficar fora dela. 3. O Evangelho apresenta um correto conceito sobre Deus, que, acima de tudo, é amor. “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1Jo 4:8). O conceito de um Deus que ama Suas criaturas a ponto de morrer por elas não está presente nas religiões pagãs. Mesmo entre os cristãos, muitos veem Deus como um ser duro, juiz severo, pronto a punir pelo menor erro cometido. 4. Com a pregação do Evangelho, começa a restaura- ção da imagem de Deus em quem o aceita: “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Ef 5:8). “E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas” (Cl 1:21). Pela aceitação do Evangelho, a ima- gem de Deus já começa a ser restaurada no ser humano e há grande melhora na qualidade de vida de quem o aceita: canibais se tornam seres ternos e amáveis; pessoas sujas, doentes e quase sem nenhuma higiene se tornam limpas e saudáveis; o medo dos deuses e dos espíritos dá lugar à ado- ração a Deus pelo amor, etc. 5. A pregação do Evangelho prepara o mundo para o fim: “E será pregado este Evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mt 24:14). Obviamente, Deus não ficará como nosso refém quanto a vir ao mundo somente quando pregarmos o Evan- gelho. Se não o fizermos, Ele empregará outros meios e ou- tras pessoas. O fato é que a pregação do Evangelho prepara as pessoas para os eventos finais da história deste mundo. 6. A pregação do Evangelho é a regra pela qual as pes- soas conhecem o plano da salvação e podem ser salvas: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando- os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensi- nando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28:19, 20). Um indígena ou pagão que morre sem conhecer o Evangelho será salvo ou se perderá de acordo com a luz que teve quanto ao certo e errado (Rm 2:14, 15), mas essa é a exceção ao plano normal de Deus quanto à sal- vação. A exceção só confirma a regra. 7. Ajuda-me a ser altruísta e a cumprir o mandamento “Amarás o teu próximo, como a ti mesmo” (Mc 12:31). O que desejo para mim (salvação, vida eterna, uma pátria ce- lestial, reencontro com os entes queridos mortos, etc.) devo desejar também para meu semelhante. 8. Faz-me empático e parecido com Deus, o qual “de- seja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2:4). Ao pregar, engajo-me na mesma obra salvífica de Deus. Que privilégio o dos pre- gadores do Evangelho! 9. Pela pregação do Evangelho, o reino de Cristo invade o reino de Satanás, limitando, e mesmo quebrando, o po- der desse inimigo sobre os pecadores. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor” (Cl 1:13). 10. A palavra de um pecador convertido tem mais cre- dibilidade para outro pecador do que as palavras de um anjo de Deus, pois anjos não conhecem, por experiência, as lutas, tentações e limitações de um ser humano. São os seres humanos que devem ser “embaixadores de Deus”. “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, ro- gamos que vos reconcilieis com Deus” (2Co 5:20). Também somos “carta de Cristo”: “Estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações” (2Co 3:3). O papel de “embaixador” e “carta” é dado aos seres huma- nos, e não a anjos, que nunca pecaram. Como está você no assunto da pregação do Evangelho? Engajado? Se não, por quê? A verdade é que Deus não tem outra boca a não ser a nossa, outros pés que não os nossos, outras mãos que não as nossas. Ele poderia pregar o Evan- gelho mais rapidamente e melhor por outros meios, mas Ele prefere contar com você. – Por Ozeas C. Moura, doutor em Teologia Bíblica e professor de teologia no Salt/Unasp, Campus Engenheiro Coelho, SP. E-mail: ozeas.moura@ unasp.edu.br Jupterimages

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Paulo diz, em Romanos 2:14-16, que os gentios serão julgados por aquilo que a consciência lhes disse. E que eles “servem de lei para si mesmos” (Rm 2:14). Então, por que pregar o Evangelho às pessoas? Precisariam um indígena, um pagão afri-cano ou um budista, por exemplo, ouvir o evange-lho para ser salvo? – A. P. T.

Essa é uma questão que intriga muitos cristãos. Mas, com base na Bíblia, podemos ver pelo menos dez razões para cumprir o “Ide” de Cristo. Devo pregar o Evangelho porque:

1. Cristo ordenou. “Ide, portanto, fazei discípulos de to-das as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28:19). Uma vez que Ele mandou, deve haver razões para isso. Do contrário, Ele não teria mandado.

2. Contribui para a minha própria salvação. “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na mi-nha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor” (Fp 2:12), é o conselho do apóstolo Paulo. Ao pregar para os outros sobre a vida eterna, eu mesmo não desejarei fi car fora dela.

3. O Evangelho apresenta um correto conceito sobre Deus, que, acima de tudo, é amor. “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1Jo 4:8). O conceito de um Deus que ama Suas criaturas a ponto de morrer por elas não está presente nas religiões pagãs. Mesmo entre os cristãos, muitos veem Deus como um ser duro, juiz severo, pronto a punir pelo menor erro cometido.

4. Com a pregação do Evangelho, começa a restaura-ção da imagem de Deus em quem o aceita: “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como fi lhos da luz” (Ef 5:8). “E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas” (Cl 1:21). Pela aceitação do Evangelho, a ima-gem de Deus já começa a ser restaurada no ser humano e há grande melhora na qualidade de vida de quem o aceita: canibais se tornam seres ternos e amáveis; pessoas sujas, doentes e quase sem nenhuma higiene se tornam limpas e saudáveis; o medo dos deuses e dos espíritos dá lugar à ado-ração a Deus pelo amor, etc.

5. A pregação do Evangelho prepara o mundo para o fi m: “E será pregado este Evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fi m” (Mt 24:14). Obviamente, Deus não fi cará como nosso refém quanto a vir ao mundo somente quando pregarmos o Evan-gelho. Se não o fi zermos, Ele empregará outros meios e ou-tras pessoas. O fato é que a pregação do Evangelho prepara as pessoas para os eventos fi nais da história deste mundo.

6. A pregação do Evangelho é a regra pela qual as pes-soas conhecem o plano da salvação e podem ser salvas: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensi-nando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28:19, 20). Um indígena ou pagão que morre sem conhecer o Evangelho será salvo ou se perderá de acordo com a luz que teve quanto ao certo e errado (Rm 2:14, 15), mas essa é a exceção ao plano normal de Deus quanto à sal-vação. A exceção só confi rma a regra.

7. Ajuda-me a ser altruísta e a cumprir o mandamento “Amarás o teu próximo, como a ti mesmo” (Mc 12:31). O que desejo para mim (salvação, vida eterna, uma pátria ce-lestial, reencontro com os entes queridos mortos, etc.) devo desejar também para meu semelhante.

8. Faz-me empático e parecido com Deus, o qual “de-seja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2:4). Ao pregar, engajo-me na mesma obra salvífi ca de Deus. Que privilégio o dos pre-gadores do Evangelho!

9. Pela pregação do Evangelho, o reino de Cristo invade o reino de Satanás, limitando, e mesmo quebrando, o po-der desse inimigo sobre os pecadores. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor” (Cl 1:13).

10. A palavra de um pecador convertido tem mais cre-dibilidade para outro pecador do que as palavras de um anjo de Deus, pois anjos não conhecem, por experiência, as lutas, tentações e limitações de um ser humano. São os seres humanos que devem ser “embaixadores de Deus”. “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, ro-gamos que vos reconcilieis com Deus” (2Co 5:20). Também somos “carta de Cristo”: “Estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações” (2Co 3:3). O papel de “embaixador” e “carta” é dado aos seres huma-nos, e não a anjos, que nunca pecaram.

Como está você no assunto da pregação do Evangelho? Engajado? Se não, por quê? A verdade é que Deus não tem outra boca a não ser a nossa, outros pés que não os nossos, outras mãos que não as nossas. Ele poderia pregar o Evan-gelho mais rapidamente e melhor por outros meios, mas Ele prefere contar com você. – Por Ozeas C. Moura, doutor em Teologia Bíblica e professor de teologia no Salt/Unasp, Campus Engenheiro Coelho, SP. E-mail: [email protected]

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NAhOR�NeVes�sOuZA�JR., geólogo, doutor em Engenharia pela USP, diretor

da fi lial brasileira do Geoscience Research Institute, é professor no Unasp,

campus Engenheiro Coelho, SP.

Referências1. SOUZA JR., N. N. “Filosofi a das Origens: Uma Introdução à

Controvérsia Criacionismo & Evolucionismo”. Revista Acta Científi ca (UNASPRESS), v. 2, nº 19. Engenheiro Coelho (SP). 2º semestre de 2010.

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19. SOUZA JR., N. N. Uma Breve História da Terra. Sociedade Criacionista Brasileira, Brasília (DF), 2ª edição, 207 páginas, 2004.

A abundância de fósseis em todo o mundo fala de repentina mortandade em massa e de sepultamento sob colossais quantidades de lama e detritos