juliana grocholski lef200 2010- artigo 2

Upload: helenice-silva

Post on 30-Oct-2015

110 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Juliana Alves Grocholski

    VIOLNCIA ESCOLAR: BULLYING

    Londrina PR 2010

  • Juliana Alves Grocholski

    VIOLNCIA ESCOLAR: BULLYING

    Trabalho de concluso de curso apresentado ao curso Licenciatura em Educao Fsica da Universidade Estadual de Londrina, como exigncia parcial para sua concluso. Orientador: Prof. Dr. Antonio Geraldo Magalhes Gomes Pires.

    Londrina PR 2010

  • Juliana Alves Groscholski

    VIOLNCIA ESCOLAR: BULLYING

    COMISSO EXAMINADORA

    ______________________________

    Prof. Dr. Antonio Geraldo M. G. Pires

    ______________________________

    Prof. Esp. Ansio Calciolari Jnior

    ______________________________

    Prof. Ms. Tony Honorato

    Londrina, 15 de julho de 2010.

  • EPGRAFE

    A Escola

    Escola ... O lugar onde se faz amigos No se trata s de prdios, salas, quadros, programas, horrios, Conceitos...

    Escola ... Sobretudo, gente, gente que trabalha que estuda que se alegra se Conhece se estima.

    O diretor gente, O coordenador gente, O professor gente, O aluno gente, Cada funcionrio gente. E a escola ser cada vez melhor na medida em que cada um se Comporte como colega, amigo, irmo.

    Nada de ilha cercada de gente por todos os lados. Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que no tem Amizade a ningum, Nada de ser como o tijolo que forma a parede, indiferente, frio, s.

    Importante na escola no s estudar, no s trabalhar, tambm Criar laos de amizade, criar ambiente de camaradagem, conviver, Se amarrar nela!

    Ora, lgico... Numa escola assim vai ser fcil estudar, trabalhar, crescer, fazer

  • Amigos educar-se, ser feliz.

    Paulo Freire

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo primeiramente a Deus pela realizao de um grande sonho. Ao meu Marido Antoninho, meu companheiro de toda a hora que sempre me incentivou, e jamais permitiu que eu desistisse mesmo com a distncia que nos separava. A minha famlia pelo amor e dedicao. A Val minha segunda me e o Everson e toda a famlia que me acolheram em londrina com todo amor, carinho e dedicao e pelo inventivo que no me deixaram desistir nas horas difcil. Em especial meus amigos que me ajudaram nos momentos mais difcil da universidade, e por momentos inesquecveis que compartilhamos, Prof. Cleide, Prof. Dalberto, Ana Camila, Larissa, Fabiano, Daniel Gomedi, Renata M., Rose, Joel, Lauro, Deh. E ao querido professor Doutor Antonio Geraldo que aceitou me orientar, e com seu jeito de ser me incentivou a seguir adiante.

  • GROCHOLSKI, Juliana A.violncia escolar: Bullying. Londrina, 2010. Trabalho de Concluso de Curso (Graduao) Universidade Estadual de Londrina.

    RESUMO

    O presente estudo busca discutir, atravs de uma reviso bibliogrfica, as manifestaes do fenmeno Bullying no cotidiano escolar. Procuramos caracterizar no decorrer do estudo o Bullying, as forma como ele se manifesta, os locais de maior incidncia e quais as conseqncias que causa para a vtima, testemunha e agressor, a curto e longo prazo. O Bullying apresenta como uma de suas caractersticas serem uma prtica constante e repetitiva, que ocorre sem um motivo aparente. Suas vtimas geralmente nada fizeram ao agressor que justificasse a prtica. O agredido tende a ser escolhido pela caracterstica de inferioridade em relao ao agressor. As manifestaes do fenmeno nem sempre so percebidas pelos professores, pais e comunidade que, de forma equivocada, associam esse fenmeno a brincadeiras infantis. Muitas das vezes at acham bonitinho o apelido que os alunos colocam no outro, o que torna difcil o professor e outros sujeitos que trabalham na escola identific-lo. Evitam expor o problema aos profissionais que atuam naquele contexto. Pais e amigos entendem que nada podem fazer para ajud-las. Assim, destacamos a necessidade de preparar os professores para lidarem com a violncia escolar, - Bullying - que interfere no processo educacional das vtimas, mas tambm dos alunos que praticam e de todos aqueles que convivem no ambiente escolar. A escola necessita ser um ambiente seguro, e acolhedor o que permitir criana socializar-se e desenvolver responsabilidades, defender idias e, acima de tudo, assumir uma autonomia prpria, sem ter medo de ningum.

    Palavras-chave: Bullying, Escola, Violncia.

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ..................................................................................................... 8 1.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 10 1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 11 1.4 METODOLOGIA.................................................................................................. 13

    2 REVISO DE LITERATURA ............................................................................... 15 2.1 O QUE BULLYING............................................................................................ 15 2.2 BULLYING DENTRO DA ESCOLA ........................................................................... 20 2.3 CLASSIFICAES DAS PESSOAS ENVOLVIDAS NO BULLYING .................................. 21 2.4 CONSEQNCIAS QUE O BULLYING TRAZ AO LONGO E CURTO PRAZO .................... 21 2.4.1 SOBRE A VITIMA ............................................................................................. 21 2.4.2 SOBRE O AGRESSOR ...................................................................................... 23 2.4.3 TESTEMUNHA ................................................................................................ 24

    3 CONSIDERAES FINAIS ................................................................................. 25 3.1 CONCLUSO..................................................................................................... 25 3.4 CONSIDERAES FINAIS .................................................................................... 26

    REFERNCIAS........................................................................................................ 27

  • 8

    1 INTRODUO

    O Bullying um termo ingls usado para descrever atos de violncia fsica, moral, material e psicolgica. Hoje ele considerado um fenmeno mundial que cada vez mais vem despertando interesse de pesquisadores na rea da educao.

    Por meio de leitura e estudos realizados por pesquisadores tais como Fante (2005), Pereira (2002) e Tauil (2009), podemos dizer que O bullying uma realidade bem presente no cotidiano escolar, muitas vezes de forma mascarada entre os comportamentos das crianas (FANTE, 2005, p. 29).

    Portanto Bullying no so brincadeiras inocentes ,e sim , sem graas que as crianas fazem umas com as outras (como por ex; apelidos maldosos, tapas na nuca, estragar o material dos outros etc.). Alm de reparar nas mnimas imperfeies, e no perdoa nada (NOVA ESCOLA 2010, p. 68), para muitos, pais, professores e comunidade em geral, isto comum, apenas brincadeiras, para os agredidos sofrimentos por no conseguir reagir, e nem falar que no gosta destas brincadeiras, tornando um medo constante de no ser aceito pelo os outros, e acabam sofrendo sozinhas. Na escola isso bastante comum, implicncia, discriminao, agresses fsicas ou verbais, so mais freqentes que desejado (NOVA ESCOLA 2010, p. 68).

    No ano de 1980 comearam no Brasil as pesquisas sobre o Bullying, para saber mais um pouco deste fenmeno que tanto estava matando nossas crianas e acabando com o sonho dos outros. A primeira percussora no Brasil foi Clo Fantes, que at hoje trabalha e para mostrar a sociedade o perigo do Bullying.

    Trata-se de um problema mundial, encontrado em todas as escolas, que vem se disseminado largamente nos ltimos anos e que s recentemente vem sendo estudado em nosso pas. Em todo o mundo, as taxas de prevalncia de Bullying, revelam que entre 5% a 35% dos alunos esto envolvidos no fenmeno. No Brasil, atravs de pesquisas que realizamos, inicialmente no interior do estado de So Paulo, em estabelecimentos de ensino pblicos e privados, com um universo de 1.761 alunos, comprovamos que 49% dos alunos estavam envolvidos no fenmeno. Desses, 22% figuravam como vtimas; 15% como agressores e 12% como vtimas-agressoras. (FANTE 2005)

  • 9

    O comportamento de violncia escolar no novo, mas a forma como professores, mdicos, pesquisadores e comunidades encaram o problema vem mudando de forma significativa. Em funo do ganho de relevncia tentou-se definir e delimitar uma traduo para esta palavra inglesa, porm nada significativo foi conseguido. No que se diz respeito definio mais consistente, os pesquisadores optaram por assumir a proposta por Olweus (1989, p.16) que diz que praticar o Bullying desenvolver prticas que se caracteriza por

    Colocar apelidos, ofender, zoar, gozar, humilhar, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, tiranizar, dominar, agredir, bater, chutar, empurrar, ferir, difuso de boatos, fofocas, ostracismos, sexualizao, ofensas raciais, alm de roubar e quebrar pertences de suas vtimas.

    Prticas essas que segundo Fante (2005) tem a inteno de:

    Magoar, ferir e prejudicar o outro, escolhendo suas vitimas por caracterstica prpria como timidez, mais fraco, medroso etc. geralmente no escolhe por ser gordo, magro, cheio de espinha com culos s iro escolher estes se tiver as caracterstica j citado, medroso, tmido etc.

    Vtima e escolhida, e importunada constantemente por um, ou grupo de agressores, sendo que geralmente os agressores no a agridem quando h adulto por perto na escola. mais comum que essa prtica acontea no intervalo das aulas quando o professor se ausenta. Geralmente eles vo atrs das crianas que esto sozinhas e no tem como se defender.

    Este fenmeno no escolhe classe social, escola publica ou particular, urbanas ou rurais, todas as instituies esto passando por isso e cada vez mais comum ouvirmos falar do Bullying escolar.

    Segundo Olweus apud Fante (1989, p.46) O Bullying pode ser classificado de duas formas: o direto, atravs de violncia fsica e o indireto, atravs de agresso moral.

    Ambas seguem a mesma crueldade e tem um o sentido de ganhar poder, um poder desigual, fazendo o outro sofrer com suas conseqncias fsicas ou psicolgicas e se sentirem que conseguiu, o amigo acaba sendo seu alvo. E se este

  • 10

    agressor no for tratado por um bom profissional quando pequeno ele mesmo depois de adulto continuara sendo agressor.

    Enquanto estudos adicionais mostram que a inveja e o ressentimento podem ser motivos para a prtica do Bullying, h pouca evidncia de que os bullies (agressores) sofram qualquer dficit de auto-estima como sugere a crena popular.

    A metodologia utilizada foi a leitura sobre o material relacionado ao Bullying e a escola. Finalizamos o processo com nossa interpretao sobre os relatrios de pesquisas, livros, artigos da web.

    Neste trabalho abordaremos o tema Violncia Escolar denominado Bullying dentro da escola e ser divido em quatro captulos:

    No primeiro capitulo ser abordado: o problema, onde falaremos o porqu definimos este tema. A Reviso de Literatura, falaremos das bibliografias lidas que de alguma forma foram importante para o trabalho.

    No segundo capitulo abordaremos o que Bullying, falaremos de forma geral do que este fenmeno para pais e sociedade. O Bullying dentro da escola ser tratado de como ele se manifesta dentro e ao redor da escola. A classificao das pessoas envolvida no Bullying. As conseqncias que o Bullying este traz ao longo e curto prazo.

    No terceiro capitulo ser definida qual o tipo de metodologia que ser usada. E, finalizando, no quarto capitulo faremos a concluso e consideraes finais desse projeto de pesquisa.

    1.1.1 OBJETIVO GERAL Realizar reviso bibliogrfica relativa s manifestaes de violncia escolar

    configurada no fenmeno Bullying.

    1.2 JUSTIFICATIVA:

    A violncia hoje uma das grandes preocupaes de nossa sociedade, pois em todos os lugares onde voc possa passar, ouve algum comentando que j foi vitima de violncia ou j presenciou, e o medo aumenta cada vez mais, quando se

  • 11

    fala em violncia e em saber que esta em nossa volta, chegando a influncia dentro de nossas escolas.

    Estamos nos deparando com um momento de crise escolar, que no estamos sabendo como agir, e nem como deix-los longe das nossas escolas e de nossos alunos. Muitos professores, pais e sociedade, no conseguem identific-la no seu dia a dia, e com isso quem sofre so os alunos, tanto agressores quanto as vtimas e as testemunhas, que no consegue identificar o risco destas violncias par seu futuro.

    O Bullying sempre existiu em todas as escolas do mundo, sejam elas pblicas ou privadas, nas reas urbanas ou rurais, regies pobres ou ricas, porm ningum conseguia v-lo como algo que traria prejuzos futuros para as crianas, como problemas psiquitricos para as vitimas e delinqncia para o agressor.

    Outra forma de agresso que est muito acentuada remete ao cyberbullying que vem surgindo agora e a nova forma de violncia fora da escola, que se torna mais perigosa e destrutvel quanto ao bullying, pois esta usa a tecnologia ao seu favor, dando nova cara ao problema, onde as vitimas recebem e-mails ameaadores, mensagens negativas em site de relacionamento, torpedo com fotos e textos constrangedores.

    A partir dos estudos de Fantes (2005), Olweus (2002) e Abrapia (2000) abriu-se espao para que os pais, professores e alunos pudesse discutir,este tema muito importante na sociedade de hoje, e poder perguntar que tipo de violncia esta! O que poder acontecer com as nossas crianas!, dando assim a devida importncia no assunto.

    O interesse por este tema surgiu inicialmente nas aulas de processo ensino aprendizado ministrado no curso de educao fsica de licenciatura na Universidade Estadual de Londrina que possibilitou o estudo sobre violncia escolar: Bullying, onde me surgiu dvida de como acontece violncia escolar.

    Este tema vem sendo bastante discutido, tanto fato que vem ocorrendo, quanto pela divulgao da mdia, em virtude disso se torna necessrio analisar se o curso de licenciatura e especificamente o de licenciatura em educao fsica esto preparando profissionais para possveis conflitos em sala de aula.

  • 12

    Durante o estgio algumas dvidas surgiram-me, de como se deveria tratar um caso de violncia na escola, especificamente nas aulas, e como um professor poderia identificar esta violncia simblica entre os alunos j que na maioria do curso de formao de professores, no temos base para prevenir esta situao. Assim pretende-se estudar Violncia Escolar : Bullying.

    A violncia escolar um tema que esta sendo bastante estudado hoje, que a tendncia deste tema crescer e sanar as dvidas que surgem, durante os anos escolares, Segundo Pereira, (2002, p. 3) A violncia na escola j um fenmeno preocupante, a sua ocorrncia em idade escolar precoces, justifica a importncia deste estudo, com vista sua compreenso e conseqente interveno de carter preventivo.

    J Abramovay (2003, p. 13). Vem confirmar a preocupao que devemos ter com o Bullying. A ocorrncia de violncias nas escolas no um fenmeno Recente. Este alm de construir um importante objeto de reflexo, tornou-se, antes de tudo um grave problema social

    Vivemos em um mundo que quase tudo se transforma em violncia, seja ela simblica ou no, no sabemos mais onde estamos seguro se dentro ou fora da escola. Este tema deve ser discutido por pais, professores e comunidades.

    Para que juntos consigamos detectar o Bullying logo no inicio, seja este agredido ou agressor, pois segundo Pereira (2002, p.9) estas brincadeiras que acorre na escola como um simples lutinha, um apelido sem graa pode trazer conseqncias futuras tanto para o agredido, quanto para o agressor.

    Segundo Nitzchez e Freud (apud PEREIRA, 2002, p.9) O impulso da violncia inato e esta nos mais ntimos dos impulsos humanos, como um constitudo primordial.

    Pereira (2002, p. 9) o ser humano luta contra esta tendncia atravs dos processos culturais, da educao e da socializao. Ento precisamos da ajuda de todos para uma escola sem violncia para uma educao de paz.

    E atravs da educao, juntos com os pais e comunidade, que conseguiremos diminuir e conscientizar nossos alunos desta violncia escolar. E fazer uma educao para paz.

  • 13

    1.3 METODOLOGIA

    Esta pesquisa se caracterizou por ser bibliogrfica de cunho explicativo, onde ser desenvolvida a partir de material j elaborado e publicado, constitudo principalmente de livros revistas e artigos cientficos.

    Segundo Ruiz (1996, p 58) A reviso literria enquanto pesquisa bibliogrfica tem por funo justificar os objetivos e contribuir para prpria pesquisa. E a pesquisa bibliogrfica consiste no exame desse manancial, para levantamento e analise do que j produziu sobre determinado assunto que assumimos como tema de pesquisa cientifica.

    Segundo Marconi e Lakato (2008, p 43) a pesquisa bibliogrfica ou de fontes secundrias a que especificamente interessa a este trabalho, trata se de levantamento de algumas das bibliografias mais estudada em forma de livros revistas, publicaes avulsas, sua finalidade colocar o pesquisador em contato direto com que j foi escrito sobre determinado assunto, com objetivo de permitir ao cientista poder analisar ou manipular suas informaes com outras bibliografias j publicadas.

    Nesta pesquisa foram utilizados nove artigos, dentre os quais seis so de natureza cientfica e quatro no cientficos.

    Configuram-se artigos cientficos: ABRAPIA, Fante, Ruotti Caren, Pereira, Tauil. J os artigos no cientficos so: Jr, Salvador, Martins Graa, nova escola entre outros. Onde para chegar o texto pronto foi preciso muitas leituras, e analise de idias por partes dos autores dos livros e artigos.

  • 14

    2 REVISO DE LITERATURA

    2.1 O QUE BULLYING

    Bullying esta cada vez mais presente em nossas vidas, quem nunca colocou apelido em algum ou no recebeu um apelido, quem nunca zoou, fez fofoca empurrou um amigo na escola, brincadeira que parece ser to inofensivas que se tornou objeto de pesquisa em todo mundo escolar, este fenmeno muito comum entre as crianas e os adolescentes. Trata-se de um termo em ingls utilizado para designar a prtica de atos agressivos entre estudantes sem um motivo evidente, seria algo como intimidao, perseguio, humilhao. (Dreyer 2009).

    O Bullying no se deixa confundir com outros tipos de violncia, pois apresenta caractersticas prprias que marca os envolvidos por toda a vida.

    ... Seja a propriedade de causar traumas ao psiquismo de suas vtimas e envolvidos. Possui ainda a propriedade de ser reconhecido em vrios outros contextos, alm do escolar: nas famlias, nas foras armadas, nos locais de trabalho (denominado de assdio moral), nos asilos de idosos, nas prises, nos condomnios residenciais, enfim onde existem relaes interpessoais. (FANTE, 2005, p.179)

    O Bullying no escolhe a instituio podendo ser ela pblica ou privada, rural ou urbana, primria ou secundria, ela vista mais entre os meninos, j entre meninas so mais difamao e excluso. A partir destas brincadeiras aparentemente inofensivas, comeou a ser pesquisada por volta dos anos 80 em vrios pases, o primeiro a pesquisar este fenmeno foi Heineman usando o termo mobbing referindo a violncia de um grupo contra uma pessoa diferente que ocorre inesperadamente e termina inesperadamente. (CUBAS, 2006, p.176).

    Segundo Cubas (2000, p. 176) A maioria das pesquisas levantadas adota a definies elaboradas por Olweus segundo o qual Bullying definido a partir de trs caractersticas: trata-se de um comportamento agressivo ou de uma ofensa intencional, ocorre repetidamente e durante muito tempo, ocorre em relaes interpessoais caracterizada por um desequilbrio de poder.

  • 15

    Segundo Pereira (2002, p. 24):

    ... agressividade/Bullying so comportamento agressivo de intimidao e que apresenta um conjunto de caractersticas comuns, entre as quais se identificam varias estratgias de intimidao do outro e que resulta em praticas violentas exercida por um grupo ou individual. Alem dos termos utilizados podem se classificar tambm como, agredir, vitimar, violentar, maltratar, humilhar, intimidar, assdio sexual ou abusos, e entre crianas fazer mal, chatear, pegar no p.

    O Bullying diferencia do comportamento agressivo, pois ele tem uma intencionalidade de magoar ou amedrontar algum quer fsica, verbal ou psicolgica. Como podemos ver na citao de Fante (2005, p.169)

    Propriedade de causar traumas ao psiquismo de suas vtimas e envolvidos. Possui ainda a propriedade de ser reconhecido em vrios outros contextos, alm do escolar: nas famlias, nas foras armadas, nos locais de trabalho (denominado de assdio moral), nos asilos de idosos, nas prises, nos condomnios residenciais, enfim onde existem relaes interpessoais.

    Como podemos ver ela no tem uma definio exata por no conseguir a traduo em portugus ento cada autor traz sua prpria definio Fante (2005) define: Bully = valento, brigo. Mas esta no abrange todas as formas violncia que o Bullying tem.

    Pereira (1994 b). Os autores do Bullying costumam agir com dois objetivos, primeiro para demonstrar poder, e segundo para conseguir uma afiliao junto a outros colegas.

    Segundo (ABRAMOVAY 2002) A violncia no cotidiano das escolas se reflete nas representaes sociais que os alunos fazem sobre a escola. Muitas vezes eles apresentam significados contraditrios e distintos sobre seu papel. A escola vista como um lugar para a aprendizagem, preparao para o trabalho e conhecimento da cultura, da sociedade onde se est inserida, porm, muitos alunos consideram a escola como um local de excluso social, onde so reproduzidas situaes de violncia e discriminao (fsica, moral, e simblica). Apesar disso,

  • 16

    grandes partes dos jovens apresentam uma viso positiva sobre a escola, o estudo e o ensino.

    A escola era um lugar seguro, onde os pais deixavam seu filho e podia ter certeza que nada de ruim iria acontecer hoje, no se tem mais esta certeza se a escola ou no um lugar seguro de integrao social, de socializao, de um espao resguardado; ao contrrio, tornou-se cenrio de ocorrncias violentas e no sabemos mais se esto seguros dentro da escola ou fora da escola, e esta violncia esta geral e no s contra os alunos, mas contra os professores e funcionrios e no sabemos mais como lidar com este fenmeno.

    Ao longo da vida j presenciamos ou participamos em situaes de violncia assumindo o papel de agressor, vitimas, observador passivo ou interveniente e em todos os lugares que estivermos pode acontecer dentro ou fora da escola podemos sim encontrar, mas devemos estar atento no Bullying escolar que muitas vezes e difcil de detectar s olhando e o agredido raramente fala sobre as agresses e dificuldade em delimitar cientificamente o objeto a ser estudado grande, pois a violncia dentro da escola um termo muito amplo, pois vai desde a agresso grave ate pequenas incivilidades, por ser um tema muito amplo escolhemos o Bullying para tentar entender porque tanta violncia com nossos jovens.

    Segundo Debarbieux (2002), CUBAS, RUOTTI, (2006, p. 10) ambos apresentam influncia da mdia sobre os pesquisadores o que acaba induzindo as pesquisas acadmicas a uma pr-fabricao social da violncia na escola voltando toda ateno para o que enfatizado nos jornais e pela televiso.

    Pereira (2006, p. 10) tambm concorda com esta colocao que, onde diz a mdia torna espetculo com a violncia escolar temos assistido a difuso de vrios atos de violncia pela mdia entre crianas jovens e adultas.

    Brandura (1973) diz que o comportamento agressivo socialmente aprendido, tendo os meios de comunicao social, em particular a televiso um papel de modelagem importante, e a falta de punio, quando necessria ou recompensada com objetos materiais, pois o pai hoje tem medo de magoar seus

  • 17

    filhos e acaba os deixando-os eles fazerem o que quiseram e no lhe ensina que para tudo que se faz tem uma conseqncia.

    Segundo Martin (1993; apud LEITE, 1999, p. 12) as razes sociais dos alunos, o nvel cultural das famlias, a situao profissional dos pais, a rea onde habitam parecem ser fatores de influncia no que se refere ao comportamento dos alunos.

    Felipe (1999; apud LEITE, 1999, p.12) cita como causa, os meios familiares violentos, que propiciam a agressividade juvenil. Destaca a influncia da televiso nas crianas e adolescentes, que muitas vezes copiam os modelos agressivos emitidos. Ressalta tambm a falta de relaes humanas nas escolas, devido ao nmero elevado de alunos e o desinteresse dos pais pela vida escolar de seus filhos.

    Em termos gerais, deve-se carncia afetiva, ausncia de limites e ao modo violento de afirmao de poder e de autoridade dos pais sobre os filhos, e como diz que os filhos so espelhos dos pais este transmite o que aprendeu em casa, na escola j que a punio neste ambiente menor que a de casa.

    Como podemos ver h muitos fatos que influencia a violncia, desde a mdia at a vida que levam em casa junto com os pais, tios, avos e sociedade que esta inserida, e cada vez mais comum ver algum tipo de violncia escolar e acabamos achando que normal, mas no pensamos o que isso pode acarretar com os nossos jovens, pois quem sofre este tipo de violncia geralmente no fala o que esto sofrendo. De acordo com Fante (2002 pg185), muitas vtimas passam a ter baixo desempenho escolar, apresentam queda no rendimento, dficit de concentrao, prejuzos no processo de aprendizagem, resistem ou recusam-se a ir para a escola, queixa se de dores para no ir para o colgio, trocam de colgios com freqncia ou abandonam os estudos, e tem a auto-estima baixa.

    Segundo Pereira (2002, p. 25), Estes geralmente no gosto da hora do recreio, pois e nesta hora onde os professores no esto olhando que acontece o bullying, algumas procuram um lugar isolado por ter dificuldade em se relacionar e isso acaba expondo-o aos agressores, e longe do olhar de todos. As vitimas so o

  • 18

    amedrontar, sensveis e quietas, que nunca reagem, somente chora ou se afasta do agressor.

    Como podemos ver h muitos autores que concordam que a incivilidade sim uma forma de violncia e precisamos ter cuidado, Segundo Dpaquier (1999 apud ABRAMOVAY 2003), pois classificada por ele como violncia anti-social e anti-escolar podendo ser traumticas e silenciosas.

    Esta pode ser dividida em duas categorias o Bullying direto, onde so mais executados pelo sexo masculino, e o Bullying indireto, mais presente no sexo feminino e nas crianas, caracterizada por forar as vitimas ao isolamento social. Onde geralmente elas espalham comentrios maldosos da vitimas, recusa em se socializar com vitima e impede que outros tambm se socializem, critica o modo de vestir, raa, religio e incapacidade entre outros.

    De todos que vemos este o mais difcil de perceber, pois geralmente quando vemos uma criana sozinha achamos que ela tmida e no quer se socializar.

    O cyberbullying, acontece fora das escolas, porm usam coisas do dia a dia escolar, para ridicularizar o outro, usa-se a tecnologia para mostrar o mundo a imperfeio ou o desgosto pelo outrem, ao contrario do Bullying que acontece somente dentro da escola saindo desta acabou, o cyberbullying acontece fora da escola e todo o mundo pode ficar sabendo e a criana fica sem saber onde pode ir, pois atravs dos sites de relacionamento pode se difamar, contar suas imperfeies e ate falar mal e todos podem ter acesso a este material e suas intimidades invadidas a no tem frias e nem finais de semanas fazendo o humilhado no se sinta mais seguro em lugar algum e em momento nenhum, e cada vez mais difcil identificar os agressores, e que aumenta a sensao de impotncia.

    2.2 O BULLYING NA ESCOLA.

    A escola um lugar para aprender e educar-se, um lugar de ascenso para uma vida melhor, um lugar de educar se para paz. Esta seria a nossa definio para a rea educacional, porem hoje no podemos, mas afirm-la, porem segundo Fante

  • 19

    (2005, p. 29) afirma que o fenmeno Bullying j est na escola h muito tempo, porm de forma oculta e sutil, que passa despercebido ao professor, pois a maioria das agresses acontece longe dos adultos, tornando-se desconhecido aos olhos dos profissionais da escola.

    Nossas escolas esto vivendo a violncia simblica que conhecemos como Bullying, mas o que ser que aconteceu ao longo do tempo que a escola deixou de ser um lugar seguro, um lugar que busca a socializao das noes.

    Estaramos vivendo um perodo de crise na educao, ou seja, j no este to claro e no h mais sentido para os alunos freqentarem um espao desagradvel. O que antes era visto como trampolim para uma vida melhor aumentando as oportunidades de trabalho e qualidade de vida, perdeu-se no tempo e hoje os jovens vivem a desesperanas em relao ao futuro e neste contexto em que emergem a violncia escolar (CUBAS, 2006).

    Nossa sociedade vive hoje situao de violncia e nas nossas escolas temos tido violncias em todos os nveis. Agresses fsicas, desavenas constantes, represses, humilhaes e excluses desenham um cotidiano escolar que nos induz a um entendimento da escola como reflexo da sociedade, sem possibilidades de mudanas internas e foras para contribuir com uma mudana social. (Filho 2000 )

    As escolas sempre foi um lugar de aprendizagem, lugar seguro para aprender tudo que precisa para viver em comunidade e ser um bom cidado, lugar que nunca nos ofereceu risco, e ali tnhamos certeza que nada de ruim poderia nos acontecer. Mas mal sabamos que as brincadeiras que ali acontecia poderia nos causar graves traumas e chegar onde estamos hoje, em um lugar que no sabemos mais que nos pode acontecer dentro da escola.

    A escola no seria mais representada como um lugar, seguro de integrao social, de socializao, no mais, um espao resguardado; ao contrrio, tornou-se cenrio de ocorrncias violentas. Desse modo, percebe-se que a instituio escolar vem enfrentando profundas mudanas com o aumento das dificuldades cotidianas, que provm tanto dos problemas de gesto e das suas prprias tenses internas quanto da efetiva desorganizao da ordem social,

  • 20

    que se expressa mediante fenmenos exteriores escola, como a excluso social e institucional, a crise e o conflito de valores e o desemprego. (ABRAMOVAY 2002:)

    Para muitos a violncia acontece, pois os jovens no sabem mais o que se espera da escola e vo ate ela, para se divertir ou simplesmente por lazer, j que obrigado a ir escola, mas no obrigado a estudar, ento faz dela seu lazer, um passa tempo.

    A violncia seria apenas a conduta mais visvel de recusa ao conjunto de valores transmitidos pelo mundo adulto, representados simblica e materialmente na instituio escolar, que no mais respondem ao seu universo de necessidades. Outras modalidades de resposta, talvez as mais freqentes, se exprimem no retraimento e na indiferena: os alunos esto na escola, mas pouco permeveis sua ao. (Sposito, Marilia Pontes, 1994)

    Portanto, podemos analisar que h muito descaso em torno das escolas, que as autoridades deixaram a educao de lado e nada mais fazem para melhorar a qualidade da educao e assim diminuir a desigualdade social e com isso o nvel de violncia que esta traz, o Bullying acontece na escola como uma forma de espelho de casa onde famlia desestruturada, no consegue ensinar seus filhos limites e respeito aos outros, no caso do agressor onde a educao deste feita somente aos gritos ou apanhando sempre, este por sua vez desconta em seus amigos da escola mais frgil, e onde para conseguir o que quer vale tudo, at magoar, excluir e humilhar seu semelhante e at ganham recompensa por isso, j os alunos mais dcil e frgil sua educao geralmente muito reprimida e ele no consegue se expor, tornando uma vitima fcil para o agressor, e este usa a escola para mostrar que tenho poder sobre o outro (Diferentes de mim) e ganhar muitos amigos e seguidores, uns at por medo de ser a prxima vitima chamado de testemunhas.

    A desestruturao familiar, cultural e educacional so as principais causas que desencadeiam comportamentos de agressividade, que levam a prtica do bullying (Tauil 2009).

  • 21

    Como podemos ver o Bullying no uma simples violncia, que acaba ali, como um fato isolado, mas ela continua tornando o aluno agredido prisioneiro do aluno agressor que pode acarretar em afastamento do ambiente escolar ate em morte.

    Pelo mundo vemos cenas que no deveria ser vista dentro ou arredores da escola como crianas e jovens se suicidando ou matando seus amigos e professores, por no aquentar mais o tipo de humilhao que esto sofrendo dentro da escola por seu amigo e sem fora para reagir acabam se suicidando como por exemplo.

    Um caso extremo de bullying no ptio da escola foi o de um aluno do oitavo ano chamado Curtis Taylor, numa escola secundria em Iowa, Estados Unidos, que foi vtima de bullying contnuo por trs anos, o que inclua alcunhas jocosas, ser espancado num vestirio, ter a camisa suja com leite achocolatado e os pertences vandalizados. Tudo isso acabou por o levar ao suicdio em 21 de Maro de 1993. ( enciclopdia livre).

    O Bullying pode acarretar em graves problemas psquicos e que pode passar despercebido pelas pessoas mais prximas.

    Os que sofrem o bullying acabam desenvolvendo problemas psquicos muitas vezes irreversveis, que podem at levar a atitudes extremas como a que ocorreu com Jeremy Wade Delle. Jeremy se matou em 8 de janeiro de 1991, aos 15 anos de idade, numa escola na cidade de Dallas, Texas, EUA, dentro da sala de aula e em frente de 30 colegas e da professora de ingls, como forma de protesto pelos atos de perseguio que sofria constantemente. (a enciclopdia livre 2010).

  • 22

  • 23

    A escola que por anos foi chamado de segunda casa ou extenso do lar hoje aparece como um lugar perigoso, onde no ha previsibilidade o que pode ocorrer dentro dela, portanto estamos vivendo uma crise na educao e a ajuda de todos e essencial para conseguirmos super-la ou san-la. Quanto mais pessoas estiverem envolvidas em participar na vida escolar dos seus filhos e conscientizar dos traumas que esta brincadeira pode causar ser mais acontecer.

    Portanto, devemos trabalhar em conjunto com os pais professores e comunidade para que a educao e a cultura ajude a eliminar as formas agressiva de resoluo de tenses que provocam as diferenas individuais, a educao devera valorizar e desenvolver o comportamento por empatia, a negociao verbal, o intercambio de ideais, a cadencia de ambas as partes na procura da justia, no direito de igualdade de oportunidade para todos e na diferena de cada um, educar para liberdade com igualdade de direitos e obrigaes em que os direitos de um termina onde comea o direito do outro. S assim conseguiremos dominar este fenmeno.

    2.3 CLASSIFICAES DAS PESSOAS ENVOLVIDAS NO BULLYING

    Buscando uma melhor compreenso e identificao dos envolvidos com esta violncia escolar, sero apresentadas algumas caractersticas por meio de pesquisas discutidas no livro de Fante (2005) em que podemos classific-los em: vtima tpica, vtima provocadora, vtima agressiva, testemunhas e agressor.

    Segundo Fante (2005), a vtima tpica refere-se ao indivduo que sofre repetidas vezes a agresso e no resolve a situao por no conseguir se impor. Podendo tambm ser classificada como, bode expiatrio para um grupo. Geralmente aquele aluno pouco socivel.

    A vtima provocadora caracterizada, segundo Fante (2005), pela personalidade agressiva, pois tenta revidar a agresso, mas geralmente isso acontece de forma ineficaz e so alunos que sofrem maus tratos, apelidos, gozaes e buscam resolver o problema sozinho.

  • 24

    Existe tambm, conforme Fante (2005), o caso da vtima agressora, que o sujeito que sofre a violncia e transfere a indignao em forma de agresso a crianas mais frgeis. Muitos alunos que so vtimas acabam se tornando agressores para repreender o sentimento de humilhao e indignao, transferindo para os colegas mesma violncia.

    Os estudos de Fante (2005) expectador ou testemunhas que so sujeitos que presenciam o Bullying, mas se calam pelo medo de tornarem-se futuros alvos de agresso.

    2.4 CONSEQNCIAS DO BULLYING

    2.4.1 Sobre a Vtima

    Segundo Fante (2005, p. 190) os alunos vitimados podem sofrer por muito tempo no ambiente escolar, sem que os educadores, funcionrios, pais e comunidades percebam o que esta acontecendo. Portanto a escola deve ter conscincia de que este fenmeno existe e que devem ser tomadas medidas urgentes, para evitar e tratar essas manifestaes, as quais so tambm responsveis pelo comportamento agressivo existente entre os alunos.

    A conseqncia do Bullying pode ser inmera, e gerar trauma que dependendo da estrutura famlia e psicolgica da pessoa poder nunca ser superada. Quando a vitima criana pode crescer e levar para sua vida adulta a insegurana, a baixa auto-estima os sentimentos negativo a ansiedade.

    Pereira definiu o efeito em dois grupos, efeito imediato e o efeito ao longo prazo, no efeito imediato a criana tem alta estima baixa, possuem poucos ou nenhum amigos, no consegue partilhar e nem ajudar os outros, falta de concentrao na escola, tornando-a refm de ansiedade e de emoes de medo, de angstia e de raiva reprimida.

    Os efeitos ao longo prazo a depresso, no confiar nos outros e ainda continua com a auto-estima baixa, tem problema a se socializar com os outros, vive

  • 25

    uma vida infeliz, sobre a sombra do medo, o stress, os sintomas psicossomticos, transtornos psicolgicos, a depresso e o suicdio.

    De acordo com Fante (2002) . Muitas vtimas passam a ter baixo desempenho escolar, apresentam queda no rendimento escolar, dficits de concentrao, prejuzos no processo de aprendizagem, resistem ou recusam-se a ir para a escola, trocam de colgios com freqncia ou abandonam os estudos. No mbito da sade fsica e emocional, a vtima acaba desenvolvendo uma severa depresso, estresse, pnico, fobias, distrbios psicossomticos, podendo chegar a tentar ou cometer o suicdio.

    Segundo Pereira (2005, p. 81) As vtimas geralmente no falam desta violncia por medo de represaria e por vergonha, e at por achar que no daro o devido crdito e como ao passar do tempo no consegue fazer cessar esta violncia, e comea os pensamentos inconscientes de vingana e at de suicdio, ou manifestar determinados tipos de comportamentos agressivos ou violentos,

    Sentimento de

    Raiva Reprimida

    Fobias

    Depresso

    Estresse

    Agressividade

    Apatia

    Ansiedade

    Queda da Autoestima

    Prejuzos Emocionais

  • 26

    prejudiciais a si mesmas e sociedade, como podemos citar as recentes tragdias ocorridas em escolas, como por exemplo, Columbine (E.U.A); Taiuva (SP); Remanso (BA), etc.

    Geralmente as vitimas so escolhida segundo alguns critrios como mais frgil que seus colegas, tm medo em participar de brincadeiras coletivas, apresenta pouca ou nenhuma habilidade fsica, e muito ansiosos inseguros em relao aos outros.

    2.4.2 Sobre o Agressor

    Segundo Fantes os agressores normalmente se distanciam e no se adapta aos objetivos da escola, fazendo da violncia forma de se ter poder, com isso desenvolve condutas delituosas, as quais, futuramente os levaro ao mundo do crime.

    Assim, ele poder adotar comportamentos delinqentes como: agresso, drogas, furtos, entre os outros. O agressor acredita que fazendo o uso da violncia conseguir tudo o que deseja, pois foi assim no perodo escolar.

    Estes tm as vidas destrudas, acredita na fora para soluo de problemas, dificuldade em respeitar as leis e os problemas que da advm, compreendendo as dificuldades na insero social, problema de relacionamento afetivo e social e por fim a incapacidade ou dificuldade de autocontrole e comportamentos anti-sociais.

    Para os agressores, ocorre o distanciamento e a falta de adaptao aos objetivos escolares, supervalorizao da violncia como forma de obteno de poder. Crianas que repetem atos de intolerncia e de violncia para com o outro podem estar sendo reforadas pelos pais, que as vem positivamente como espertas, maches, bonzes, ou por grupos que usam a intolerncia, a discriminao e a violncia como meios de expresso e de afirmao da identidade narcsica. Admite-se que os que praticam o bullying tm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqentes e criminosas (FANTE, 2002, p.81).

  • 27

    Por isso que pais, professores, amigos e comunidades devemos estar junto para identific-lo ainda na juventude para ajudar este aluno a se torna melhor, quando se cresce segundo (enciclopdia livre 2010). O adulto agressor tem personalidade autoritria, combinada com uma forte necessidade de dominar ou controlar o outro. Alm de sair muito fcil do serio e se enraivecer muito rpido e para tudo se usa a fora, e encara as aes dos outros de forma hostil, e se preocupa muito com sua imagem perante os outros.

    O agressor geralmente as os mais forte da turma, e mais habilidoso nas praticas esportivas, os impositivos e mandes, no tolera desaforos e fazem ameaas constantes.

    2.4.3 Testemunhas

    Segundo Taiul (2009) Podemos pensar que s saem prejudicados no Bullying as vitimas e o agressores, mas isso no verdade, as testemunhas saem prejudicadas tanto quanto. Pois eles vivem em constante medo e angustia de ser a prxima vitima, portanto sofre quietos com a dor do outro. Segundo ABRAPIA (2006) muitas delas podem se sentirem incomodadas com o que vem e inseguras sobre o que fazer ou falar para algum. Algumas reagem negativamente diante da violao de seu direito a aprender em um ambiente seguro, solidrio e sem temores e outras se calam por medo. Tudo isso pode influenciar negativamente sobre sua capacidade de progredir acadmica e socialmente e tendo tambm um baixo desempenho escolar.

    Este apresenta na mdia dos colegas tanto em questo de notas como na pratica desportiva, organizados e no entra em confuso com ningum, defende a escola com espao de aprendizagem de convivncia e de respeito, sente incomodado com a violncia contra seus colegas porem tem medo de reagir.

  • 28

    3. Concluses

    O presente trabalho teve como principal objetivo investigar a questo da violncia escolar: Bullying, tendo embasamento terico, diversos autores que possuem relevantes a construo deste trabalho.

    A violncia hoje esta por toda a parte e como a escola o reflexo da sociedade ela esta entrando em nossos colgios com um nome mais bonito, e que muitas pessoas no sabem o que representa o Bullying, como podemos ver tem passado por varias roupagem que precisamos estar atentos para no deixar que os alunos tmidos sofrerem na Mo dos mais espertos que pensam que so os melhores, e muitos professores no conseguem identificar a manifestao do Bullying, pois normalmente as crianas evitam expor o problema aos profissionais que atuam naquele contexto, por entenderem que nada podem fazer para ajud-las.

    Pudemos analisar que o Bullying no s uma brincadeira de criana ou adolescente que por traz desta brincadeira tem pessoas se matando por cansar de ser humilhado e no conseguir se impor em frente deste, e com grandes problemas psiquitricos, portanto quando vemos um aluno colocando apelido no outro, ou dando o famoso pedala Robinho devemos intervir para que este aluno no continue agredido seu colega. Mas passa a ter dialogo como esperado por pessoas civilizadas. O Bullying deve ficar claro par todos para que juntos possamos acabar ou pelo menos diminuir, ento pais, professores e comunidade devem trabalhar juntas e com um s objetivo ajudar nossas criana ser humanitria, ser educada para a paz e no para violncia e jamais dar retribuies por algo que faz de errado, mas ter que ser punida para que no volte mais a fazer.

    E devemos prestar ateno nas classificaes das pessoas envolvida no Bullying para que possamos a identific-la mesmo que ela no fale sobre a violncia. Podemos ver que a escola esta passando por crise, pois parece que perdeu seu significado para os estudantes que no sabe mais o que querem da escola, e a

  • 29

    escola tambm no sabe mais o que oferecer aos seus estudantes, a forma de manifestao do Bullying masculino mais direto enquanto o feminino e indireto, mas ambas provoca a mesma conseqncia na vida do agredido.

    3.1 Consideraes Finais

    Ao findarmos este estudo pudemos compreender que a violncia escolar sempre existiu, e que ainda difcil poder analisar qual ao certo o seu prejuzo para todos os envolvidos, mas tambm j podemos perceber que esta havendo uma grande mudana por parte de pais, professores e comunidade buscando transformar esta violncia em educao para paz, que o Bullying hoje j conhecido mundialmente onde a mdia esta preocupada com o grau que esta se tornou e busca agora conscientizar a todos atravs de propaganda, e entrevista em rdios, TV e jornais.

    Considero que para mim este foi de grande ajuda ate mesmo para conhecer o que se passa em nossa volta (professores).

    Com o presente estudo do tema Violncia escolar: Pude perceber que ainda h muitas coisas em torno deste tema para ser desvendados, pois apesar de algum tempo sendo estudado por Fantes (2005), Pereira (2002) Olweus (1989) ABRAPIA (2006), ainda falta mais estudo, pois o Bullying uma violncia muito sria que ataca o psquico do ser humano, trazendo traumas irreversveis para toda a vida, e para todos que participam desta violncia tanto o agressor, agredido e para testemunha.

    Portanto, devemos estar sempre prestando ateno em que nossos jovens andam fazendo ou falando, e nos jeito com quem andam. Pois quando detectado que seus filhos ou alunos esto envolvidos no Bullying a melhor escolha a conversa franca esclarecendo duvidas do assunto, e procurar um bom profissional para ajudar para que no futuro no tenha surpresa. Bullying uma violncia escolar que precisa ser contida logo no incio, com conversas e conscientizao de tosos os alunos, professores e pais, com a educao voltada para paz.

  • 30

    REFERNCIAS

    ABRAPIA - Associao Brasileira de Proteo Infncia e Adolescncia 2006. Programa de reduo do comportamento agressivo entre estudantes. Disponvel em: . Consultado em: 27 de dezembro de 2009.

    FANTE, Clo. Fenmeno bullying: como prevenir a violncia nas escolas e educar para a paz. So Paulo: Verus, 2005.

    FILHO,Aristeo, Pedagogia Freinet e Direitos Humanos: discutindo o papel da educao escolar na construo de uma sociedade no violenta. www.ines.gov.br/paginas/revista/espaco17/Reflexoes1.pdf . consultado em maro de 2009 .

    JNIOR. Salvador Loureiro Rebelo, bullying: Uma realidade cruel no contexto escolar. Disponvel em: . Consultado em: 27 dezembro de 2009.

    MAURO, Beatriz S. Cyber Bullying violncia virtual. Revista Nova Escola, So Paulo, p. 67-73, jun./jul. 2010. PEREIRA, Beatriz Oliveira, Para uma escola sem violncia estudo e preveno das prticas agressivas entre crianas. Lisboa: Dinalivro. 2002.

    RUOTTI, Renato Alves, Caren Ruotti, , Viviane de Oliveira Cuba, Violncia na escola: um guia para pais e professores. /.So Paulo: Andhep; Imprensa Oficial do Estado de So Paulo, 2006.

    RUIZ, J. A . Metodologia Cientfica: guia para a eficincia nos estudos. So Paulo, Atlas, 1976

    SPOSITO, Marlia Pontes (1994). A sociabilidade juvenil e a rua: novos conflitos e ao coletiva na cidade. So Paulo, Revista Tempo Social, vol. 5 nmeros 1-2, Departamento de Sociologia, FFLCH/USP.

    TAUIL, Leonardo C, Paula R. G. F. de C. Costa, Thas Ferreira Rodrigues. Bullying na escola e na sociedade moderna. So Paulo: Instituto de Educao Boni Consilii, 2009.