julho de 2014 composição da desoneração (completa) da folha de salários josé roberto afonso...

36
Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

Upload: internet

Post on 22-Apr-2015

102 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

Julho de 2014

Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários

José Roberto AfonsoVilma da Conceição Pinto

21/7/2014IBRE/Rio de Janeiro

Page 2: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

2 Boletim Macro: Maio de 2013

Sumário :: Benefícios Fiscais Concedidos e Mensurados pelo Gov. Federal.Texto para Discussão IBRE, janeiro 2014: http://bit.ly/KoFBkp.

Metodologia e Contexto

Benefícios Fiscais Estimados

Gasto/Renúncia Tributária e Previdenciária

Observações Finais

Page 3: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

3 Boletim Macro: Maio de 2013

Metodologia

Formas atípicas de gastos públicos: Renuncia a um tributo; Deixa de cobrar juros e encargos equivalentes àqueles que paga ao se endividar; Assume encargo que caberia a terceiro.

Cultura da responsabilidade fiscal: pressão sobre essa forma invisível para tratar como se fosse gasto público

Necessário identificar, mensurar, divulgar e analisar tais gastos invisíveis.

Objetivo: levantar/consolidar as estimativas do Min.Fazenda - RFB (desde anos 90) e SPE (desde 2011), mas publicadas em separado

Período coberto por dois órgãos: 2011 a 2014 Conceito sugerido: benefícios fiscais, para abrigar da renúncia aos subsídios.

Page 4: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

4 Boletim Macro: Maio de 2013

Contexto

Benefícios Fiscais compreendem... Renúncia ou gasto tributário (Demonstrativo RFB): formas de desonerações não

realizadas no orçamento, que reduzem a arrecadação potencial. Obs.: antes, apresentava em separado a renúncia da contribuição previdenciária.

Benefícios financeiros e creditícios (Demonstrativo SPE): os financeiros (explícitos) são desembolsos efetivos realizados por meio das equalizações de juros e preços, bem como assunção das dívidas, apresentados explicitamente no orçamento da União; já os creditícios (implícitos) são gastos decorrentes de programas oficiais de crédito, operacionalizados por meio de fundos ou programas, à taxa de juros inferior ao custo de captação do Governo Federal.

Algumas questões por debater... Qual o real custo de todas as políticas que envolvem algum tipo de subsídio ou perda

de receita pelo Governo? O quanto o governo deixa de arrecadar ou subsidia sem estar explícito no

orçamento?

Page 5: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

5 Boletim Macro: Maio de 2013

Total de Benefícios Fiscais 2011/ 2017

Montante: de R$ 196 para 423 bilhões entre 2011 e 2017

Tabela 1 – Benefícios Fiscais

Fontes Primárias: SPE e RFB.

Renúncia Previdenciária a partir de 2014: devido a uma mudança metodológica de apresentação da RFB, esse valor foi obtido pelo dado da Contribuição para a Previdência Social.

Renúncia Previdenciária para os demais anos: valores diretamente informados pela RFB.

Valores de Benefícios Financeiros e Creditícios e Renúncias Previdenciárias foram mantidas a mesma proporção do PIB de 2015.

PLOA 2014

R$ Milhões Correntes

Descrição 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Benefícios Financeiros e Creditícios 44.202 43.638 62.683 68.613 90.600 99.000 108.000

Gastos Tributários e Renúncias Previdenciárias

152.450 181.523 218.229 249.761 282.345 300.330 315.866

Gastos Tributários 132.012 150.772 175.510 192.669 219.827 231.930 241.272

Renúncias Previdenciárias 20.438 30.751 42.719 57.093 62.518 68.401 74.594

Total - Benefícios Fiscais 196.652 225.161 280.912 318.374 372.945 399.330 423.865

Bases Efetivas 2011 (2009 a 2013) Projeções PLDO 2015

Page 6: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

6 Boletim Macro: Maio de 2013

Composição – 2014

Gráfico 2 – Composição dos Benefícios Fiscais em 2014

Em R$ Milhões e Participação %

Fontes Primárias: STN, RFB e Orçamento Federal. Elaboração própria.

Page 7: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

7 Boletim Macro: Maio de 2013

Evolução dos Benefícios 2011/2017

Em proporção do PIB, o Total de Benefícios Fiscais subirão de 4,75% para 6,19% do produto de 2011 a 2017.

Tabela 2 – Benefícios Fiscais

Fontes Primárias: SPE e RFB.

Renúncia Previdenciária de 2014: devido a uma mudança metodológica de apresentação da RFB, esse valor foi obtido pelo dado da Contribuição para a Previdência Social.

Renúncia Previdenciária para os demais anos: valores diretamente informados pela RFB.

Em % do PIB

Descrição 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Benefícios Financeiros e Creditícios 1,07 0,99 1,29 1,31 1,58 1,58 1,58

Gastos Tributários e Renúncias Previdenciárias

3,68 4,12 4,50 4,76 4,92 4,79 4,62

Gastos Tributários 3,19 3,42 3,62 3,67 3,83 3,70 3,53

Renúncias Previdenciárias 0,49 0,70 0,88 1,09 1,09 1,09 1,09

Total - Benefícios Fiscais 4,75 5,11 5,80 6,07 6,50 6,36 6,19

Page 8: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

8 Boletim Macro: Maio de 2013

Evolução dos Benefícios 2011/2017

Impacto dos Benefícios Fiscais na Arrecadação subiu cerca de 5 pontos percentuais de 2011 a 2017.

Tabela 3 – Benefícios Fiscais

Fontes Primárias: SPE e RFB.

Renúncia Previdenciária de 2014: devido a uma mudança metodológica de apresentação da RFB, esse valor foi obtido pelo dado da Contribuição para a Previdência Social.

Renúncia Previdenciária para os demais anos: valores diretamente informados pela RFB.

Em % da Arrecadação

Descrição 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Benefícios Financeiros e Creditícios 4,71 4,40 5,70 5,68 6,66 6,59 6,50

Gastos Tributários e Renúncias Previdenciárias

16,24 18,30 19,84 20,66 20,75 19,98 19,02

Gastos Tributários 14,06 15,20 15,95 15,94 16,16 15,43 14,53

Renúncias Previdenciárias 2,18 3,10 3,88 4,72 4,59 4,55 4,49

Total - Benefícios Fiscais 20,94 22,70 25,53 26,34 27,41 26,56 25,52

Page 9: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

9 Boletim Macro: Maio de 2013

Benefícios Tributários e Renúncias Previdenciárias

Gasto tributário é calculado há mais tempo: análise entre 2008 (captar evolução pós-crise) e 2014.

As renúncias previdenciárias se destacam pela desoneração da folha salarial: enquanto as renúncias previdenciárias aumentam mais de R$ 30 bilhões, só a desoneração da folha contribuiu com um aumento superior a R$ 22 bilhões.

Já entre os gastos tributários, os que mais crescem são os relativos aos incentivos do IRPJ e da COFINS: R$ 22 dos 35 bilhões a mais de renúncia via gastos tributários no período entre 2011 e 2014 são explicados por essas duas contas.

Page 10: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

10 Boletim Macro: Maio de 2013

Benefícios Tributários e Renúncias Previdenciárias

Arrecadação Tributária Potencial:

Tabela 4 – Receita Tributária Potencial

Fontes Primárias: SPE e RFB. Elaboração própria.Para o ano de 2013, o dado de renúncia previdenciária foi utilizado para se calcular a arrecadação. Em particular, considerou-se que a renúncia previdenciária correspondeu a 9,86% da arrecadação previdenciária.

Descrição 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

PIB em R$ Bilhões 4.143 4.403 4.845 5.243 5.733 6.275 6.843

Gastos Tributários e Renúncias Previdenciárias (R$ bi)

152 182 218 250 282 300 316

Arrecadação (R$ bi) 939 992 1.100 1.209 1.361 1.503 1.661

Arrecadação Potencial (R$ bi) 1.091 1.174 1.318 1.459 1.643 1.804 1.977

Gastos Tributários e Renúncias Previdenciárias (Em % do PIB)

3,68 4,12 4,50 4,76 4,92 4,79 4,62

Arrecadação (Em % do PIB) 22,66 22,53 22,71 23,06 23,73 23,96 24,27

Arrecadação Potencial (Em % do PIB) 26,34 26,66 27,21 27,82 28,65 28,74 28,88

Page 11: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

11 Boletim Macro: Maio de 2013

Observações Finais

Premente discutir estratégia de estimular economia via benefícios..

Cortar impostos ou elevar investimentos? Keynes, por exemplo, se posicionou a favor do governo elevar o seu gasto, em

particular do investimento, para impulsionar a economia. Reduzir impostos não daria a garantia de que os contribuintes beneficiados converteriam necessariamente em maior gasto o aumento decorrente em sua renda disponível.

Crescer via desonerações ou ajuste fiscal? Alesina e Ardagna, por exemplo, estímulos pautados em impostos tem um impacto

maior sobre o crescimento do que os focados em gastos – estudo histórico sobre esse comportamento para países da OCDE, entre os anos de 1970 e 2007.

Qual estratégia fiscal anticíclica? Brasil é dos poucos países em que a resposta da política fiscal foi muito mais

baseada em cortar imposto do que em elevar o gasto público, especialmente o de investimentos.

Page 12: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

12 Boletim Macro: Maio de 2013

Observações Finais

Consolidação fiscal exige melhorar transparência e controle: Ministério da Fazenda poderia fazer consolidação do estimado por seus dois órgãos. Transparência não se resume a publicidade de estimativas de benefícios. Metodologia de cálculo precisa ser publicada em detalhes de discutida. Controle interno (CGU) e externo (TCU) poderiam ser mais proativos (acompanhar

cálculo) e dedicar atenção crescente a metas e análise de custo/benefício

Debate fiscal precisa aprofundar análise para responder questões: Será que reduzir receita seria uma forma melhor de induzir a demanda do que elevar os

investimentos? Será que desonerações e crédito farto aumentam rentabilidade e liquidez de contribuintes

e mutuários ao invés de fomentar os gastos privados? Por que apesar de o governo federal oferecer um volume tão grande e crescente de

benefícios fiscais, a economia brasileira não responde com aceleração de seu crescimento?

Page 13: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

13 Boletim Macro: Maio de 2013

Sumário :: Composição da Desoneração (Completa) da Folha de SaláriosTexto para Discussão IBRE, julho 2014: http://bit.ly/1wv1V0n.

Breve Histórico Leis que alteraram a politica Dificuldades em se trabalhar com os dados (NCM x CNAE,

etc...) Evolução da Renúncia por medida (Leis) Resultados gerais (Renúncia, vínculos e contribuintes) Resultados gerais (Renúncia vs arrecadação previdenciária,

massa de salários) Resultados setoriais Questões para debate

Page 14: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

14

Desoneração da folha crescente:renúncia calculada pela RFB

Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Evolução da Desoneração da Folha de SaláriosR$ Milhões Correntes

Fonte: RFB. Elaboração própria dos Autores.

Page 15: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

15

Desoneração x mudança base/alíquota

Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

A alteração da legislação tributária incidente sobre a Folha de Pagamento (Desoneração da Folha) foi efetuada em agosto de 2011, por intermédio da Medida Provisória 540, de 02 de agosto de 2011, convertida na Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e ampliada por alterações posteriores (Lei nº 12.715/2012, Lei nº 12.794/2013 e Lei nº 12.844/2013).

Fonte: RFB. Disponível no Link: http://bit.ly/1iC9JJk.

Page 16: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

16

Definição da Desoneração

Cota Patronal

Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Contribuição Sobre Folha de Salários

20%

Contribuição Sobre Faturamento

1% ou 2%

CPRB

Page 17: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

17

Novas Mudanças na Medida de Desoneração

O governo federal tornou permanente a chamada desoneração da folha salarial

com a edição da Medida Provisória nº 651, de 9/7/2014 (que, aliás, trata de

várias outras matérias tributárias). A justificativa básica, no discurso, foi

conceder um benefício tido como crucial para melhorar a competitividade da

indústria brasileira, e, na exposição de motivos, da medida citada, foi realçado o

impacto sobre o emprego – mas nenhuma estatística foi citada para ilustrar ou

fundamentar os efeitos positivos alegados

Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Page 18: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

18

Análise Comparativa da Desoneração da FolhaPrimeira MP (540/11) vs Atual MP (651/14) que torna a Desoneração da

Folha uma medida permanente

Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

MP 540/11

Desonera 4 setores:

TI e TIC;

Couro e Calçados;

Confecções e;

Call Center.

MP 610/13 e MP 651/14

Amplia a quantidade de Setores e

torna a desoneração permanente:

Construção Civil

Transportes

Comércio Varejista

Etc...

Page 19: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

(Continua)

20

Relação de Setores Beneficiados – SPE/MF

Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Setor Segmento MP Lei Alíquota fixada Setor Segmento MP Lei Alíquota fixada

Indústria Couro e calçados 540 12.546/2011 1% Serviços Hotéis 563 12.715/2012 2%

Serviços Call Center 540 12.546/2011 2% Indústria Aves, suínos e derivados PLV 18 12.715/2012 1%

Serviços TI & TIC 540 12.546/2011 2% Indústria Pães e massas PLV 18 12.715/2012 1%

Indústria Confecções 540 12.546/2011 1% Indústria Medicamentos e fármacos PLV 18 12.715/2012 1%

Indústria BK mecânico 563 12.715/2012 1% Indústria Manutenção e reparação de aviões PLV 18 12.715/2012 1%

Indústria Material elétrico 563 12.715/2012 1% IndústriaPartes e acessórios de máquinas de escrever e máquinas e aparelhos de escritório.

PLV 18 12.715/2012 1%

Indústria Auto-peças 563 12.715/2012 1% Indústria Pedras e rochas ornamentais PLV 18 12.715/2012 1%

Indústria Fabricação de aviões 563 12.715/2012 1% Indústria Brinquedos PLV 18 12.715/2012 1%

Indústria Fabricação de navios 563 12.715/2012 1% Transportes Transporte aéreo PLV 18 12.715/2012 1%

Indústria Fabricação de ônibus 563 12.715/2012 1% TransportesTransporte marítimo, fluvial e naveg apoio

PLV 18 12.715/2012 1%

Indústria Plásticos 563 12.715/2012 1% Transportes Transporte rodoviário coletivo PLV 18 12.715/2012 2%

Indústria Móveis 563 12.715/2012 1% Indústria Pescado 582 12.794/2013 1%

Indústria Têxtil 563 12.715/2012 1% IndústriaEquipamentos médicos e odontológicos*

582 12.794/2013 1%

Serviços Design Houses 563 12.715/2012 2% Indústria Bicicletas 582 12.794/2013 1%

Fonte: SPE/MF. Elaboração própria dos Autores.

Page 20: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

(Conclusão)

21

Relação de Setores Beneficiados – SPE/MF

Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Setor Segmento MP Lei Alíquota fixada Setor Segmento MP Lei Alíquota fixada

Indústria Equipamento ferroviário 582 12.794/2013 1% Comércio Comércio Varejista 610 12.844/2013 1%

Indústria Pneus e câmaras de ar 582 12.794/2013 1% IndústriaManutenção e reparação de embarcações

610 12.844/2013 1%

Indústria Papel e celulose 582 12.794/2013 1% Indústria Borracha 610 12.844/2013 1%

Indústria Vidros 582 12.794/2013 1% IndústriaObras de ferro fundido, ferro ou aço

610 12.844/2013 1%

Indústria Fogões, refrigeradores e lavadoras 582 12.794/2013 1% Indústria Cobre e suas obras 610 12.844/2013 1%

Indústria Cerâmicas 582 12.794/2013 1% Indústria Alumínio e suas obras 610 12.844/2013 1%

Indústria Tintas e vernizes 582 12.794/2013 1% Indústria Obras diversas de metais comuns 610 12.844/2013 1%

Indústria Construção metálica 582 12.794/2013 1% IndústriaReatores nucleares, cladeiras,máquinas e instrumentos mecânicos e suas partes

610 12.844/2013 1%

Indústria Fabricação de ferramentas 582 12.794/2013 1% Transportes Transporte Rodoviário de Carga 610 12.844/2013 1%

Indústria Fabricação de forjados de aço 582 12.794/2013 1% TransportesTransporte Metroferroviário de Passageiros

610 12.844/2013 2%

Indústria Parafusos, porcas e trefilados 582 12.794/2013 1% Transportes Transporte Ferroviário de Cargas 610 12.844/2013 1%

Indústria Instrumentos óticos 582 12.794/2013 1% TransportesCarga, Descarga e Armazenagem de Contêineres

610 12.844/2013 1%

Serviços Suporte técnico informática 610 12.844/2013 2% ConstruçãoEmpresas de construção e de obras de infra-estrutura

610 12.844/2013 2%

Construção Construção Civil 610 12.844/2013 2% Serviços Empresas jornalísticas 610 12.844/2013 1%

Fonte: SPE/MF. Elaboração própria dos Autores.

Page 21: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

22

Expansão acelerada da quantidade de setores beneficiados estacionou em 56 segmentos da Economia

Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Evolução do Nº de setores beneficiados por alteração de legislação

Fonte: SPE/MF. Elaboração própria dos Autores.

Page 22: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

23

Crescimento da Renúncia se deu mais pela entrada de novos setores que por um padrão sazonal.

Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Evolução da Desoneração da Folha de Salários% do PIB

Fonte: RFB e BCB. Elaboração própria dos Autores.

Page 23: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

24

RFB: Metodologia da Desoneração da Folha

Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Page 24: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

25 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Fonte: RFB.

Evolução mensal das Estimativas de Desoneração da Folha – Em

R$ Milhões Correntes

R$ MilhõesMês S/ Folha

(GPS) [B]S/ Faturamento

(DARF) [C]Total

[D] = [B] + [C]jan/12 293 111 94 205 88fev/12 315 121 82 204 111

mar/12 331 126 102 228 103abr/12 326 118 126 244 82mai/12 685 294 204 498 188jun/12 680 286 211 497 183jul/12 725 310 206 515 210

ago/12 734 311 209 519 215set/12 1.930 995 452 1.447 482out/12 1.936 931 444 1.375 562nov/12 1.947 950 474 1.424 523dez/12 2.039 1.008 500 1.508 531

13º - 2012 812 473 - 473 338Total 2012 12.753 6.035 3.103 9.137 3.616

jan/13 2.064 951 478 1.429 635fev/13 3.067 1.419 687 2.105 961

mar/13 3.013 1.521 684 2.205 808abr/13 3.214 1.516 791 2.307 907mai/13 3.843 1.803 1.061 2.864 979jun/13 3.956 2.019 1.089 3.108 848jul/13 3.690 1.764 963 2.727 963

ago/13 3.827 1.803 1.017 2.821 1.006set/13 3.840 1.841 1.031 2.872 968out/13 3.929 1.879 1.066 2.945 984nov/13 3.966 1.860 1.103 2.964 1.003dez/13 4.282 2.166 1.223 3.390 892

13º - 2013 2.729 1.399 - 1.399 1.330Total 2013 45.420 21.942 11.194 33.136 12.284

jan/14 4.598 2.002 1.274 3.276 1.322fev/14 5.401 2.370 1.314 3.683 1.718

mar/14 5.403 2.455 1.389 3.844 1.559abr/14 5.552 2.494 1.523 4.016 1.536mai/14 5.697 2.508 1.467 3.975 1.722

Total 2014 26.651 11.829 6.967 18.795 7.856

Contribuição Prevideniária Teórica

[A]

Pagamentos EfetuadosValor Renúncia[E] = [A] - [D]

Page 25: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

26

Impacto % da entrada de novos setores no valor Renunciado (M/M-1)

Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Variação Mês contra mesmo mês do ano anterior (M/M-1)

Variação Mês contra mesmo mês do ano anterior (M/M-1)

Fonte: RFB e BCB. Elaboração própria dos Autores.* Julho de 2013 contra Junho de 2013.

Page 26: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

27

Contudo Governo alega não haver qualquer impacto no resultado da Previdência Social.

MP 540/11 Art. 9 inciso IV – “a União compensará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de 2000, no valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente da desoneração, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social;”

As disposições sobre as estimativas estão regulamentadas na Portaria Conjunta RFB/STN/INSS/MPS nº 2, de 28 de março de 2013. Na referida portaria está previsto o prazo de quatro meses para que seja realizado o cálculo do impacto da Renúncia

Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Mês Caixa JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Mês Apuração SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO

Mês Caixa JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

Mês Apuração MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO

Desoneração da Folha de Salários :: Janela Quadrimestral

Page 27: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

28

Projeções de Renúncia do Ministério da Fazenda desaceleram.

Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Desoneração da Folha de Salários

Valor Realizado e Projeções pelo Ministério da Fazenda.

Page 28: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

29 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Fonte: IBGE, STN

Evolução mensal das Estimativas de Desoneração da Folha

Em % do PIB

Page 29: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

30 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Conclusões (desoneração)

Renúncia elevada comprometeu desempenho da arrecadação da

contribuição previdenciária.

Indústria foi menos beneficiada que serviços e construção em

diferentes enfoques setoriais da renúncia, dos vínculos e dos

contribuintes.

Desoneração da folha não mais atende objetivo inicial de

melhorar competitividade industrial: MP para benefício

permanente justificada pelo emprego (até para não demitir tanto)

> no limite, desonerar até bancos e governos

Page 30: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

31 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Decomposição das Contribuições Previdenciária pelas Grandes Categorias.

Fonte: STN, IBGE. Elaboração IBRE/FGV.

Acum. até Mai/14 em R$ Milhões Correntes e participação % do total.

Page 31: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

32 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Composição das Contribuições PrevidenciáriasPor tipo de Receita – 2013/14 - em R$ Milhões Correntes e % do total

Fonte: STN/MF. Elaboração FGV/IBRE.*Participação % em relação ao Total das Receitas de Contribuições.**Participação % em Relação ao Total dos Empregadores de Diferentes Bases.

Descrição Mai/14 Abr/14 Mai/13 Part. % (*) Part. % (**)

Total das Receitas de Contribuições 24.667 24.127 23.043 100,0% -

Empregados = Individual + Assalariado + Domestica + Segurados

5.422 5.331 5.100 22,0% -

Empregador Folha = Assalariados + Acidente 9.451 9.473 8.874 38,3% -

Empregador Folha Outros = Filantrópica + Governos

2.837 2.703 2.570 11,5% -

Empregador Receita = Simples + Esportes + Rural + Sub + Rec Bruta

6.120 5.935 5.544 24,8% -

Parcelamentos + Judiciais 848 680 938 3,4% -

Demais -10 5 -4 0,0% -

Empregadores Diferentes Base 18.408 18.111 16.988 74,6% 100,0%

Empregador Folha = Assalariados + Acidente 9.451 9.473 8.874 38,3% 51,3%

Empregador Folha Outros = Filantrópica + Governos

2.837 2.703 2.570 11,5% 15,4%

Empregador Receita = Simples + Esportes + Rural + Sub + Rec Bruta

6.120 5.935 5.544 24,8% 33,2%

Base Receita Bruta (Desoneração) 1.469 1.524 1.063 6,0% 8,0%

Empregado Folha 4.487 4.393 4.233 18,2% 24,4%

Empregador Folha 12.288 12.176 11.444 49,8% 66,8%

Page 32: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

33 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Fonte: IBGE, STN

Relação entre Contribuições Previdenciárias e Massa Salarial nominal efetiva

Fonte: IBGE, STN, RFB.

Contribuição Previdenciária como proporção da Massa Salarial Nominal Efetiva (%)

Page 33: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

34 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Conclusões (reestruturação da receita)

Desoneração da folha consolidou mudança de padrão na

estrutura da receita previdenciária: produtor rural (CF 1988),

Simples (anos 90), subrrogação, governos...

Receita se tornou uma espécie de mini-sistema tributário: cada

vez menos sobre folha salarial, cada vez mais sobre faturamento

bruto > crescente razão arrecadação/massa salarial

Novo padrão de financiamento da previdência social tem sido

ignorado: necessário rever elasticidade (talvez mais vulnerável à

recessão se vendas caem antes que emprego)

Page 34: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

35 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Evolução da Contribuição Previdenciária – R$ Bilhões Constantes e Varação % do mês contra mesmo mês do ano anterior.

Fonte: STN, IBGE. Elaboração IBRE/FGV.

Page 35: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

36 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)

Benefícios Fiscais Concedidos e Mensurados pelo Gov. Federal

Texto de Discussão FGV/IBRE: http://bit.ly/KoFBkp.

Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários

Texto de Discussão FGV/IBRE: http://bit.ly/1wv1V0n.

Page 36: Julho de 2014 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro

Vilma da Conceição PintoJosé Roberto Afonso

Érica Diniz