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BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL JULHO - AGOSTO 2013 ANO XXIV - Nº 261 Preço avulso: 0,50 € PUBLICAÇÃO MENSAL http://www.paroquiadamaia.net [email protected] EDITORIAL O mundo em que vivemos gasta muito tempo a falar das dificuldades e muitíssimo pouco a celebrar o que é positivo. Sou o primeiro a dizer que nem tudo,nomeadamente no campo pastoral, tem sido alcançado, nesta nossa terra. Sonhamos, programamos e, chegados ao fim do ano, concluímos que ficamos aquém, mas felizes por termos caminhado e tentado viver ao gosto de Jesus Cristo. Temos mais para celebrar festivamente do que para lamentar. Quem caminha com entusiasmo vai dizendo que. no próximo ano pastoral. será melhor. Cada vez mais o trabalho, seja ele qual for, tem de ser realizado em Igreja, e não pode ser, para ser cristão, feito à margem mesmo com boa intenção. Todos os que vivem voltados para Jesus sentem uma grande onda de esperança que o Santo Padre Francisco lançou à Igreja e ao mundo. tem falado para todos e numa linguagem que todos entendem e que, mês a mês, também neste Jornal fazemos eco. D. Manuel Clemente, que foi nosso Bispo ao longo de 6 anos, foi nomeado Patriarca de Lisboa. Por um lado sentimos alegria, por outro invadiu-nos a saudade, pois ele foi verdadeiro bom pastor, próximo de todos, de sorriso escancarado, de alma jovial, encorajando a avançar. Ensinou-nos, pelo testemunho e pela palavra sempre oportuna, a servirmos a Igreja. Os projectos pastorais: O Ano da Missão Diocesana; O Ano da Fé e outros ganharam raízes no coração de todos. A nossa paróquia sente-se grata e pede ao Senhor Jesus, a Nossa Senhora da Maia e do Bom Despacho a bênção para todo o seu ministério. Embora longe estará perto de nós. Parafraseando o que ele disse e me escreveu: "O coração não tem distâncias. Tem profundidade". Acreditamos. PDJ 02 - 06 - 2013 Nos dias 12, 13, 14 e 15, celebramos a Festa de Nossa Senhora do Bom Despacho. Dia 14 - Presidirá à Eucaristia solene, Sua Ex.ª Reve.ma D.Augusto César, Bispo Emérito de Portalegre e Castelo Branco. Na Procissão, 17h00, todas as Paróquias da Maia tomarão parte com um andor de Nossa Senhora, Cruz Paroquial, Estandartes e Confrarias., pois Nossa Senhora do Bom Despacho é Padroeira de todo o Concelho da Maia. Dia 15, 11h00,presidirá á Eucaristia, Sua Exc.º Rev.ma D. João Evangelista Pimentel Lavrador, Bispo Auxikiar do Porto. O Santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho, até 24 de Novembro é lugar para se receber a Indulgência Plenária (cumprindo as determinações da Igreja)

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BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL JULHO - AGOSTO 2013ANO XXIV - Nº 261 Preço avulso: 0,50 €

PUBLICAÇÃO MENSAL

http://www.paroquiadamaia.net [email protected]

EDITORIALO mundo em que vivemos gasta muito tempo a

falar das dificuldades e muitíssimo pouco a celebrar o que é positivo.

Sou o primeiro a dizer que nem tudo, nomeadamente no campo pastoral, tem sido alcançado, nesta nossa terra. Sonhamos, programamos e, chegados ao fim do ano, concluímos que ficamos aquém, mas felizes por termos caminhado e tentado viver ao gosto de Jesus Cristo. Temos mais para celebrar festivamente do que para lamentar.

Quem caminha com entusiasmo vai dizendo que. no próximo ano pastoral. será melhor. Cada vez mais o trabalho, seja ele qual for, tem de ser realizado em Igreja, e não pode ser, para ser cristão, feito à margem mesmo com boa intenção.

Todos os que vivem voltados para Jesus sentem uma grande onda de esperança que o Santo Padre Francisco lançou à Igreja e ao mundo. tem falado para todos e numa linguagem que todos entendem e que, mês a mês, também neste Jornal fazemos eco.

D. Manuel Clemente, que foi nosso Bispo ao longo de 6 anos, foi nomeado Patriarca de Lisboa. Por um lado sentimos alegria, por outro invadiu-nos a saudade, pois ele foi verdadeiro bom pastor, próximo de todos, de sorriso escancarado, de alma jovial, encorajando a avançar.

Ensinou-nos, pelo testemunho e pela palavra sempre oportuna, a servirmos a Igreja.

Os projectos pastorais: O Ano da Missão Diocesana; O Ano da Fé e outros ganharam raízes no coração de todos.

A nossa paróquia sente-se grata e pede ao Senhor Jesus, a Nossa Senhora da Maia e do Bom Despacho a bênção para todo o seu ministério. Embora longe estará perto de nós. Parafraseando o que ele disse e me escreveu: "O coração não tem distâncias. Tem profundidade". Acreditamos. PDJ

02 - 06 - 2013

Nos dias 12, 13, 14 e 15, celebramos a Festa de Nossa Senhora do Bom Despacho.

Dia 14 - Presidirá à Eucaristia solene, Sua Ex.ª Reve.ma D.Augusto César, Bispo Emérito de Portalegre e Castelo Branco.

Na Procissão, 17h00, todas as Paróquias da Maia tomarão parte com um andor de Nossa Senhora, Cruz Paroquial, Estandartes e Confrarias., pois Nossa Senhora do Bom Despacho é Padroeira de todo o Concelho da Maia.

Dia 15, 11h00,presidirá á Eucaristia, Sua Exc.º Rev.ma D. João Evangelista Pimentel Lavrador, Bispo Auxikiar do Porto.

O Santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho, até 24 de Novembro é lugar para se receber a Indulgência Plenária (cumprindo as determinações da Igreja)

CONSULTANDO A HISTÓRIA

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 2

Aproximando-se a festa de Nossa Senhora do Bom Despacho, podemos recordar alguns pormenores já aqui anteriormente apresentados:

A festa de Nossa Senhora do Bom Despacho sempre se celebrou, na freguesia de Barreiros, no segundo domingo de Julho. Nos Estatutos da Irmandade da Coroa de Nossa Senhora do Bom Despacho, redigidos em 1730, já o Padre Luís de Oliveira Alvim refere que “teve sempre por custume esta freguesia fazer a festa a N. Snr.ª do Bom Despacho em o segundo Domingo do mez de Julho” (folha 23 v.). Pode-

S. MIGUEL DA MAIA Proprietário e Editor

Paróquia da Maia

Director e

Chefe de RedacçãoP. Domingos Jorge

Colaboradores Ana Maria Ramos

Ângelo SoaresAntónio MatosArlindo CunhaCarlos CostaConceição Dores de CastroHenrique CarvalhoHigino CostaIdalina MeirelesJoão AidoJosé Carlos Teixeira José Manuel Dias CardosoLuís Sá FardilhaManuel MachadoMª Artur C. Araújo BarrosMª Fernanda Ol. RamosMaria Lúcia Dores de CastroMª Luísa C.M. TeixeiraMaria Teresa AlmeidaMário OliveiraPalmira SantosPaula Isabel Garcia Santos

CorrespondentesVários (eventuais)

Col. na Composição João Aido José Tomé

Tiragem 1500 exemplares

NOTÍCIAS DA COMUNIDADE PAROQUIALFESTA DA PROFISSÃO DE FÉ

mos, por isso, afirmar que esta celebração se realiza nesta data desde há, pelo menos, cerca de trezentos anos. Esta calendarização foi sendo mantida porque os fiéis já estavam a ela acostumados: ”…e como he o dia de que o povo tem ja notícia, por isso ordenamos que nelle se faça…”.

No manuscrito dos estatutos da Irmandade da Coroa de Nossa Senhora do Bom Despacho de Barreiros,de 1730, podemos ler um texto em verso, ao estilo da devoção popular, a que o autor - não identificado - chamou Romance, e que é dedicado a esta invocação de Nossa Senhora:

Maria Artur

Neste Paiz mui floridovale ameno de Barreyrosonde sam flores abismosonde abismos sam portentos

Se consagra à pura Rosade Maria mais que imensoscultos jamais nunca vistoslá nos pretéritos séculos.

Que Maria veneradafosse sempre em outros tempos,com timbres do Bom Despachojá com diadema a temos.

Pois da Coroa a Irmandade,erecta com tanto obséquio,se lhe dedica à Senhoranova coroa, novo ceptro.

Misterioso he o títulode Bom Despacho por certo,com este novo da Coroanão vai fora de mistério.

Se sabemos que a Raynhadesses tronos pre excelsoshe bem lhe dêmos a coroaCa neste globo terreno.

Donayre lhe tributa o sol,majestade o firmamento,Diana a seos pés rendidalhe offerta luzente império.

Com títulos muito heróicosse exalta neste universo,com a coroa do Bom Despachonovamente aqui a temos.

Da May de Deos os despachossam infinitos e imensosos que veneram o Rosárioos alcançam manifestos.

Porem estes seos irmaonsque a veneram com excessoapelando para a coroaterão melhor provimento.

Pois quem busca esta Senhoracom este título supremoem seo favor os despachosserão milhares de centos.

Desta mui nobre Irmandadeeste statuto fizeram,Confraria de aplauzos,compromisso de obséquios.

Para terem de Mariadespacho de gozo eterno,em o Templo de S. Miguelesta Irmandade fizeram

No passado dia 23 de junho, a nossa comunidade viveu mais um dia festivo, pois 38 pré-adolescentes quiseram professar publicamente a sua fé em Deus, Pai todo-poderoso que quer salvar todos os seus filhos e filhas para uma vida plena de felicidade sem fim.

Agradecemos a todos os pais pelo contributo prestado para tornar mais feliz este momento especial da vida de seus filhos(as).

O Espírito Santo vamos invocar para que dê muita força e vontade a todos os meninos(as) para crescerem cada vez mais nesta fé em Jesus Cristo Ressuscitado, para serem cristãos melhores e mais comprometidos em fazer Deus presente na vida das pessoas.

A todos desejamos muitas felicidades. As catequistas do 6º ano.

Ao longo destes últimos meses, mais precisamente desde o início da Quaresma, o Grupo da Catequese foi construindo uma Barca, inspirada numa adaptação do logotipo oficial para este Ano da Fé. Adaptaçãoestacriada por uma pessoa da Diocese de Málaga, normalmente conhecida por Fano, e que,para quem faz catequese, a probabilidade de já ter aproveitado parte do seu trabalho, atrevo-me a dizer, é elevada. Não só pela leveza animada e originalidade das imagens que cria, mas também pela mensagem tão subtil, e ao mesmo tempo tão profunda, que se revela capaz de transmitir em cada uma delas, conferindo ao seu trabalho a sua singularidade.

.... A Barca foi-se construindo e as diferentes velas, semana após semana ...Durante a Quaresma, nessas velas foram sendo transcritos alguns excertos do Credo, oração reconhecida como o principal símbolo da Fé que professamos, e onde se encontra resumida toda a génese fundamental da Fé da Igreja. No Tempo Pascal, foram sendo representados os vários dons do Espírito Santo (Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor de Deus), com o objectivo de“fidelizar as famílias na prática dominical e na participação da vida comunitária”, assim como aludir à importância e à necessidade dos diferentes dons na nossa missão cristã.

Aquela Barca

Continua na Pág nº 11

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 3

MOVIMENTO DEMOGRÁFICO

Equipa Paroquial Vocacional

BAPTIZADOS Mês de Junho 1 - Rita Teixeira Borges Torres Pouzada 2 - Afonso Maria de Carreira Torres Lima - Guilherme Pinto Pereira - Matilde Filipe Mateus - Rafael Dinis da Silva Ferreira - Santiago Sampaio da Cunha - Santiago de Sousa Nápoles 10 - Ana João Ribeiro Moreira da Silva 16 - Beatriz Ferreira de Sousa Pereira - Diogo Azevedo Sousa - Miguel Ferreira Azevedo - Bernaro João Pinto Mendes Monteiro Branco 23 - Inês Ferreira Saraiva - Maria João Marques Direito

MATRIMÓNIOS08 - Pedro Nuno Marques Ferreira da Cnha e Ana Karina Bastos dos Santos15 - Nuno Filipe Custeira Barbosa e Cláudia Sofia Canelas Alves Rodrigues Pereira

ÓBITOS 15 - Maria Cândiad pereira da Silva (78 anos)17 - Fernado teixeira da Silva (76 anos)24 - José Manuel Martins Hilário (55 anos)28 - António Olimpio Santos Silva (87 anos)28 - Laura Alves da Silva (79 anos)28 - Joaquim Augusto da Silva Moreira ( 76 anos)

Pró - VOCAÇÃO, por vocação

Nos textos litúrgicos deste fim de semana (estou a escrever no final de junho), a questão vocacional aparece em grande relevo.

Primeiro, surge Eliseu, chamado pelo profeta Elias, que sobre ele lança a capa em sinal de convite. Eliseu apenas pede tempo para abraçar os pais e depois segue Elias e coloca-se ao seu serviço.

Depois, são dois chamamentos diretos de Jesus: “Vem e segue-me”. Só que um quer ir primeiro sepultar o pai e o outro quer ir despedir-se da família. Ambos recebem respostas um tanto desconcertantes: “Deixa que os mortos sepultem os seus mortos” e “Quem põe a mão ao arado e olha para trás não serve para o reino de Deus”.

Sem pretensões de exegese, deixamos algumas ideias:No abraço de Eliseu aos pais vemos mais um agradecimento do que uma

despedida. Numa sociedade claramente de continuidade familiar e autoridade paternal, se Eliseu parte é porque os pais consentem, e por isso ele agradece e manifesta a sua união com quem lhe deu a vida e lhe dá agora asas para voar sozinho. E nós, pais, qual é a nossa atitude quando Deus chama os nossos filhos e quando eles querem responder em liberdade?

Em relação às duas respostas de Jesus, elas sublinham o primado do chamamento. Jesus não despreza o respeito pelos que morrem nem a relação com os pais, mas quer marcar que a vocação é uma entrega de vida, da vida toda, que se sobrepõe e marca tudo o resto. Jesus acentua ainda outro aspeto da vocação: quem é chamado não pode ser de meias-tintas e pôr-se a olhar para trás, a hesitar; decidindo-se, avança com a confiança de quem está seguro de que Deus não falta. Pode ter dúvidas, claro, pode questionar-se sobre a melhor forma de responder, mas não deve perder o foco na entrega confiante a Deus.

Tudo isto é válido quer para as vocações de consagração quer para as vocações laicais, matrimónio incluído. Toda a resposta de vida a um chamamento de Deus tem de ser livre, decidida e assumida como opção global, que “domina” sobre todos os aspectos correntes da vida.

Santiago de Subarrifana, em Penafiel, receberá o XXVI ACAREG da Região do Porto. Este Acampamento reunirá cerca de 5000 Escuteiros de 4 a 9 de Agosto.

Um Acampamento Regional é um actividade de referência para cada um dos Escuteiros que nele participam, pois proporciona momentos únicos de partilha, de aprendizagem, de convivio com Escuteiros de outros Agrupamentos, de outros Núcleos, de outras realidades. É uma oportunidade priviligeada de experimentar a técnica escutista nas construções em madeira, na orientação nos Raids, na cozinha selvagem, no contacto com a natureza, no contacto com outras realidades locais, e um sem número de jogos e ateliers. O sistema de Patrulhas, criado por Baden-Powell, funciona aqui como uma micro sociedade em que cada Patrulha tem um responsável (Guia da Patrulha) e os restantes elementos desempenham uma função

especifica, para a qual se preparam previamente, como a de cozinheiro, socorrista, repórter, relações públicas, guarda material, entre outras. Cada um desempenhando bem a sua função, tudo funciona bem.

Também o papel dos Dirigentes é fundamental, quer na formação e ensinamentos que transmite aos seus Escuteiros, quer na organização e logistica de todo um Acampamento com centenas e centenas de crianças e jovens, ávidos de viverem aventuras enesquecíveis.

O Agrupamento 95- Maia irá participar neste ACAREG com os Lobitos, Exploradores, Pioneiros Caminheiros e Dirigentes. Fomos angariando verbas ao longo de todo o ano, com jantares e festas temáticas e todos foram intervenientes neste processo, desde os pais aos amigos e familiares dos Escuteiros. A preparação para uma boa convivencia e desempenho durante o Acampamento, foi assegurado pelas diversas atividades de preparação ao longo do ano.

Agora, faz-se a contagem decrescente dos dias que faltam para esta grande aventura.Aos participantes, Boa Caça!

Por uma Juventude Melhor,Palmira Santos

A radicalidade da vocação

Festas da Maia – um questão de vocação?No momento de publicação destas notas, estamos em plenas festas de Nª Srª do Bom Despacho, simultaneamente

festa religiosa de longa tradição e festa concelhia com carácter assumidamente profano. Esta dupla faceta apresenta um conjunto muito especial de desafios: As manifestações religiosas não podem reduzir-se nem a manifestações de carácter etnográfico nem a números,

entre outros, dum programa global; têm de ser ocasião de vivência interior dos participantes e de testemunho de fé que interpela quem assiste.

Bom seria que, nesta ocasião, não acontecessem, como se vai vendo todos os anos, alguns atropelos desnecessários: passadeiras e acessos para deficientes motores obstruídos por barracas, carros em cima dos jardins e dos passeios, quantidade de lixo deixado nas ruas e junto das barracas, poluição sonora.

O comportamento dos cristãos tem de marcar pela diferença, no civismo, no respeito pelos espaços públicos, no acolhimento aos visitantes dos espaços de culto, etc. E as festas de caráter cristão também!

Temos aqui muito “pano para mangas” onde manifestemos que o sermos chamados por Deus nos faz ter uma atitude de vida diferente, perante as pessoas e perante o mundo!

NOTÍCIAS DOS ESCUTEIROS

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 4

CENTRO SOCIALO nosso polivalente Solar das Tílias que em 33 anos de existência foi salão da catequese

e dos Cursos de Preparação para Matrimónio, sede da Conferência Vicentina e da Ultreia da Maia dos Cursos de Cristandade, sala de reuniões da Vigararia da Maia e das Comissões de festas e fabriqueira, restaurante, centro de muitos convívios e, ultimamente, casa provisória dos nossos utentes, vai agora desaparecer para dar lugar ao escadario de acesso ao adro e ao primeiro andar do nosso novo Centro Social num grande complexo paroquial denominado Lar de Nazaré.

Despedimo-nos dele com a nossa tradicional sardinhada de São João, sempre animada com muita música, quadras populares individuais nos manjericos generosamente cedidos pelo sr. José Pintalhão, e, ainda, a celebração do aniversário natalício de quem há mais ou menos anos nasceu no mês de São João, desta vez apenas a dona Maria José.

Daqui mudamos para um dos salões do complexo social da Igreja de Nossa Senhora da Maia que vai ser nossa casa até quando acabarem as obras e estiver mobilado o Lar de Nazaré que vai honrar Nossa Senhora com a sua inauguração no dia do aniversário da Mãe de Jesus: dia 8 de Setembro.

O nosso Centro Social começou num pré-fabricado que foi demolido para ali ser construí-do um grande edifício de três pisos que brevemente nos vai acolher com os luxos da época e o espaço quanto basta para dar-mos largas à nossa capacidade artística e empreendedora.

Desde a fundação do nosso Centro Social em Dezembro de 1990, que então tomou o nome de Centro Social Padre José Pinheiro Duarte em homenagem ao resignado pároco desta paróquia que a serviu durante cerca de 50 anos, por aqui passaram muitas dezenas .de idosos, setenta e cinco dos quais o Senhor já chamou à sua última morada, mas que anualmente recor-damos no nosso BIP do mês de Novembro, o mês dos Fiéis Defuntos.

Todos eles deixaram memórias que nos apraz recordar, desde os feitos artísticos ao seu modo de ser, e até no desporto. Jamais esqueceremos a famosa dupla Fernando Mota/Joaquim Ferrinho que levaram o nosso Centro Social ao título de campeão nacional da sueca inter-lares da Terceira Idade. Foram à [mal com o Lar do Comércio, e quando já perdiam por quatro a zero numa ronda de cinco partidas, fizeram uma recuperação espectacular e ganharam por cinco a quatro.

Recordo neste momento a grande emoção que foi a cerimónia que lhes preparamos quan-do os coroamos com uma coroa de louros em cada um ao som da marcha dos marinheiros e os aplausos orgulhosos de todos nós. Temos este momento religiosamente retratado no álbum das nossas fotografias que amiúde consultamos.

Recordamo-los porque os temos no coração, e porque recordar é viver.

LIVRO A LIVROSÓ AVANÇA

QUEM DESCANSA

Manuel Machado

Maria Teresa e Maria Fernanda

Nossa Senhora do Bom Despacho

É tempo de festa!Está o SantuárioTodo engalanadoTodo florido!E a Maia se vesteCom traje a preceitoE seu colorido.

Sai a procissão!Há vida, alegria,Perfume de flores…Há música no ar,Orações e precesSeguindo os andores.

E a Senhora olha,E a todos escuta A sua oração:Crianças e jovens,Os velhos, os ricosOs pobres sem pão.

Ana Maria Ramos

Logo na apresentação deste simpático livrinho, diz-nos o seu autor: Vivemos tempos difíceis. Mas todos os tempos trazem as suas graças e as suas dificuldades. Haverá vidas sem oportunidades e desafios? Fujo ou corro atrás do tempo? Ou aceito o desafio do tempo, da sua sabedoria e modo? Ao longo de pouco mais de noventa páginas, O Pe. Vasco Pinto de Magalhães, na sua perspicácia de observador da realidade, alerta-nos que cada um tem o tempo para aquilo que quer; que há mudanças de modelos culturais que nos condicionam para uma desestruturação, sem nós o notarmos... Realmente, não somos educados para gerir o tempo, esse bem que todos desejamos e tememos…Então, pela leitura deste livro, aconselhável para preparar as férias, podemos encontrar alguns modelos de vida saudáveis, algumas estratégias que nos permitem utilizar melhor o tempo. A sabedoria do tempo não está tanto em eu ainda poder fazer mais e melhor por mim, por todos os meus e pelo bem da sociedade, mas sobretudo, eu entender o que me é realmente pedido que faça. A sabedoria do tempo, largo ou curto, é a que vale pelo que se amou e se deixou amar. É isso que

vai construindo o Universo a caminho da mais intensa plenitude, da comunhão e do encontro pessoal com os outros e com Deus— diz-nos, em resumo, o Pe. Vasco de Magalhães.

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EQUIPA PAROQUIAL DE PASTORAL FAMILIAR

Contactos:917373873 - 229482390 229448287 - 917630347 229486634 - 969037943 966427043 - 229416209 916746491 - 965450809 962384918

A Equipa Paroquial realizou um bom e belo trabalho ao longo de todo o ano pastoral. O balanço é muito positivo. O novo ano que vai ser preparado vai lançar a Equipa em trabalho pelas famílias e com as famílias. O Lar de Nazaré vai possibilitar o atendimento a todas as famílias e aos jocvens que pensam celebrar o sacramento do matrimónio. O que é importante e fundamental na vida tem de ser preparado, não é fruto do acaso.

Toda a Equipa dirige ao Senhor D. Manuel Clemente, agora Patriarca de Lisboa uma sauda-ção carinhosa como resposta a tudo o que na Diocese do Porto ele fez, motivou e acarinhou. A Pastoral da Família mereceu-lhe um carinho especial. Pedimos ao Senhor Jesus para que ele seja

sempre a visibilização do carinho que Jesus tem por todos.

www.paroquiadamaia.net; [email protected] - Navegue

E. P.P.FMaria Luísa e José Carlos Teixeira;Jorge Lopes; Lídia Mendes; David Barbosa; Maria Elizabete e Jorge Real; P. Domingos Jorge

"O novo patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, que tomou posse na Sé Patriarcal, revelou interesse pela vida clerical aos 13 anos, mas só aos 24 entrou no seminário, tendo sido ordenado presbítero aos 31. Manuel Clemente nasceu há 64 anos em Torres Vedras, e segundo uma biografia sua, editada na semana passada, quando exerceu as funções de bispo auxiliar de Lisboa, entre 2000 e 2007, o seu nome já “colhia consensos" e “era o mais desejado para todas as dioceses".Licenciado em História pela Faculdade de Letras de Lisboa, Manuel Clemente doutorou-se em Teologia Histórica em 1992, pela Universidade Católica Portuguesa.Manuel José Macário do Nascimento Clemente, de seu nome completo, é o 17.º Patriarca de Lisboa e o terceiro

D. MANUEL CLEMENTE PARTE PARA LISBOAde nome Manuel.Até 1980 Manuel Clemente foi vigário paroquial coadjutor das paróquias de Runa e Torres Vedras e em 1989 foi nomeado cónego da Sé Patriarcal de Lisboa. Em 1997 tornou-se reitor do Seminário Maior dos Olivais.Em 1999 foi nomeado por João Paulo II bispo auxiliar de Lisboa com título de bispo de Pinhel, tendo escolhido como lema do seu episcopado “In lumine tuo” (“Na tua luz”).Em 2007, Bento XVI nomeou-o bispo do Porto, cargo que exerceu até ser nomeado Patriarca, sucedendo a José Policarpo que passa a viver numa casa de oração, em Sintra.À frente da diocese portuense, numa entrevista a uma revista católica, defendeu a necessidade de uma nova evangelização.“Para atender a esse grande universo de pessoas que vão perdendo a prática ou que nem sequer a tiveram e que vão ficando longe de uma visão e de uma vivência cristão, é preciso aquilo a que se tem chamado a nova evangelização”, afirmou.Em outubro do ano passado foi um dos delegados portugueses ao sínodo para a nova evangelização, que se realizou no Vaticano.Desde 19 de junho é presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, eleito pelos seus pares, anteriormente ocupava a vice-presidência deste órgão." In InterneteA Paróquia da Maia louva o Senhro Jesus pela sua acção na nossa Diocese e Paróquia. Agardece as sias vindas à Maia. Conte com a nossa oração. Será sempre lembrado entre nós. Que Nossa Senhora do Bom Despacho e da Maia o acompanhe e abençoe. Até sempre.

No dia 06 de julho de 2012 realizou-se na Igreja da Maia o IIEncontro de Coros da Vigaria da Maia.

O convite para este evento, organizado pelo Grupo Coral Nossa Senhora da Maia e integrado na Festas do Bom Despacho, foi dirigido a todos os coros da vigaria da Maia.

Catorze Coros aceitaram o desafio de partilhar o Canto e proporcionaram às centenas de pessoas presentes uma noite diferente. Uma noite com “muita música”.

A paróquia da Maia, esteve representada pelo Grupo Coral Nossa Senhora da Maia e pelo Grupo Coral da Catequese.

No encerramento do concerto, assistimos (mais uma vez) a um momento único e extraordinário: a interpretação Hino de Nossa Senhora do Bom Despacho por mais de 300 vozes. No final era visível no rosto de todos os presentes, a satisfação pelo convívio e pelo momento de partilha. Para 2014 haverá mais..

II Encontro de Coros da Vigaria da Maia

António Ferreira

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 6

NO DESERTO A SÓS COM DEUSO Deserto é lonjura desprovida de tudo. Terreno

árido, sem vegetação porque não existe água e a inten-sidade do sol queima tudo. As temperaturas elevam-se aos extremos, de dia muito altas e de noite podem chegar a valores negativos. È quase impossível a so-brevivência de qualquer ser vivo naquela imensidão do nada.

Na experiência que aprendemos a praticar nas Ofi-cinas de Oração e Vida, chamada de Deserto, somos conduzidos, precisamente para viver, num local fora do habitual de preferência ao ar livre, um tempo em que nada está na nossa mente, a não ser a presença de Deus. Aí onde o desejo de encontrar Deus supera tudo, pois só Nele é possível ter tudo, aí surge o diálogo pessoal com o Senhor, diálogo não necessariamente de palavras mas de interioridades: falar com Jesus, es-tar com Ele, amar e sentir-se amado… È o mais importante do Deserto. Por vezes acontece a vontade de passar ao papel as maravilhas sentidas. Par-tilho convosco o que escrevi nas re-centes Oficinas de Oração e Vida que decorreram na nossa paróquia:

Senhor, neste mesmo instante, em que me deixo pensar que Tu, estás aqui sentado, a meu lado, sinto as lá-grimas soltarem-se em meus olhos e Tu, melhor que eu própria, sabes bem porquê. Sabes bem, meu Jesus, como me sinto tão ocupada nesta vida com muita coisa, que tanto me faz correr e não me deixa parar para estar contigo. Não paro, meu amado, meu querido Jesus. Não paro, como agora precisamente, em que estamos os dois, lado a lado. Sim, também Tu estás sentado nesta pedrita. Estás aqui, ao meu lado direito. Não Te ouço dizer nada, mas sinto a comunicação do Teu coração com o meu!

Sinto em Ti, a maior paz deste mundo. Sinto em Ti, o mais tranquilo e suave respirar.Sinto em Ti, o mais doce olhar. Também Tu, olhas

para as nuvens como eu, e vês que no seu cume e no infinito de todo o Universo está o Deus Criador que as envia para que ao largarem a sua água dêem à terra a capacidade de germinar e fazer crescer a natureza.

Sinto em Ti, o silêncio profundo que Te deixa es-cutar todos os belos sons que se propagam nesta at-mosfera, da água que corre, do cantar dos pássaros, do baloiçar da folhagem das arvores ao sabor do vento… Também Tu, Te deixas maravilhar pela diversidade de cantos dos pássaros e aves que aqui vivem.

Sinto em Ti, a simples humildade de Te deixares

conduzir pelo percurso frenético destas formiguitas que até sobem pelos nossos pés.

Sinto em Ti, a saborosa admiração, pelos vegetais e frutos que crescem neste pedaço de terra. Também Tu, Te deixas admirar pela força da natureza que faz crescer todas estas plantas para a alimentação do ser humano e também Tu elogias o esplendor dos pés dos morangueiros tão densos de flores que vão oferecer os seus belos e gostosos frutos a quem os colher.

Como é bom, meu queridíssimo Jesus, estar só nós os dois, aqui neste bocadinho de tarde. Nem sentimos se está frio ou calor, mas lançando os olhos ao céu, pelas nuvens que ele carrega, até parece que nos irá

dar chuva e prestando atenção ao vento, afinal dou-me conta que o sinto fresco.

Mas é tão bom meu amabilíssimo Jesus saber-Te aqui ao meu lado. Tenho a sensação que o mundo dei-xou de existir. Só existimos nós em perfeita sintonia. Os Teus sentimentos atravessam o meu corpo e tudo o que de Ti recebo, tão amorosamente, circula nas mi-nhas veias. È a felicidade perfeita. A doçura inigualável. O bem de todo o bem. A paz de toda a paz. O silêncio da comunicação total.

Obrigada meu Jesus, porque me concedeste este momento tão especial.

Obrigada meu querido e amado Jesus, porque fi-nalmente parei e encontrei-Te. Estava tão necessitada, andava longe de Ti.

Fica comigo Jesus para que eu regresse á minha vida sentindo-Te presente em mim e dê testemunho a todos de como é bom estar contigo. Que bom meu Senhor. Que bom. Não queria sair destes momentos. Por tudo Te Louvo e agradeço Senhor.

Maria Luisa C. M. Teixeira

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 7

Papa Francisco consagra o Vaticano a São José e a São Miguel Arcanjo

Lumen Fidei: uma luz de dois faróis Há o risco de que a nova encíclica seja mais recordada

pela curiosidade de ter sido escrita a quatro mãos do que por ressaltar que a construção cristã se alicerça na fé

Por Rafael Navarro-VallsROMA, 09 de Julho de 2013 (Zenit.org) - Há encíclicas

que se tornaram especialmente “famosas” pelo seu conteúdo. Por exemplo, a Rerum Novarum (1891), que iniciou uma verdadeira revolução na doutrina social da Igreja, e a Humanae Vitae (1968), que ratificou a não licitude da contraconcepção mediante métodos artificiais. Outras passarão à história pelo caráter inédito da sua gênese. É o caso da Lumen Fidei, que acaba de ser apresentada em Roma. O texto escrito “a quatro mãos” (aceno de Francisco à paixão do cardeal Ratzinger pela música) tem de inédito o fato de que os seus dois protagonistas vivem: um papa emérito e outro reinante.

Não seria um caso sem precedentes caso Bento XVI já tivesse falecido. A primeira encíclica do próprio Ratzinger (Deus caritas est) utiliza material inédito do falecido João Paulo II. A novidade, portanto, não é que apareçam outros papas citados nas notas, como fonte, mas que apareçam dois como co-autores. É o que expressamente afirma Francisco no começo da encíclica: que Bento XVI “já tinha completado praticamente uma primeira redação desta carta encíclica sobre a fé. A ele agradeço de coração e, na fraternidade de Cristo, assumo o seu precioso trabalho, acrescentando ao texto algumas contribuições”.

É curioso que o primeiro anúncio desta encíclica sobre a fé tenha sido feito em pleno escândalo Vatileaks, um ano atrás, em agosto de 2012. O texto seria uma análise sobre a virtude teologal que faltava no grupo da esperança (encíclica Spe Salvi) e da caridade (encíclica Caritas in veritate ): ou seja, a fé. Muitas águas já rolaram sob as pontes do Rio Tibre desde então. A renúncia de Bento XVI fazia pensar que a carta seria publicada como um trabalho privado do próprio papa emérito. Porém, praticamente coincidindo com a viagem de Francisco à ilha de Lampedusa, veio à luz a encíclica revisada por ele, mas escrita por Bento. Há quem compare esta parceria com o gesto nobre de Neymar no terceiro gol brasileiro em cima da Espanha, na recente final da Copa das Confederações, ao deixar a bola passar para que seu companheiro Fred concretizasse a jogada que outros jogadores tinham começado.

Deste modo, e empregando os termos de Piero Schiavazzi, “dois faróis se acenderam na Itália: o primeiro, uma luz sobre a fé, junto ao Tibre; e o outro, em favor dos pobres do mar, nas praias da ilha de Lampedusa. Ambos foram acesos pelo papa Francisco”. Todo um símbolo.

Se no século XX todos os recordes em matéria de encíclicas foram batidos por Pio XI, que escreveu nada menos que 41, Francisco acaba de bater o recorde de papa que publica uma encíclica em menos tempo após a eleição: quatro meses. Ainda mais veloz que João Paulo II, que aos cinco meses de pontificado escreveu sua programática Redemptor hominis.

Aliás, a Lumen Fidei também é programática? Sim e não. Sim, porque, desde que foi eleito, o papa Bergoglio vem insistindo na centralidade da fé para qualquer atuação verdadeiramente cristã. Não, porque, para Francisco, o programático do seu pontificado provavelmente seja o que está escrito na última parte da encíclica, aquela que parece

ter sido elaborada pelo próprio Francisco, e que diz: “A luz da fé não nos leva a esquecer dos s o f r i m e n t o s do mundo. Quantos homens e mulheres de fé receberam a luz das pessoas que sofrem! São Francisco de Assis, do leproso; a beata Madre Teresa de Calcutá, dos seus pobres”.

Esta encíclica corre um perigo: o de passar à história mais pela sua gênese peculiar do que pelo conteúdo excepcional; o risco de ser lembrada mais como “aquela que foi escrita a quatro mãos” do que aquela que reconduziu cinquenta anos do concílio Vaticano II à ênfase nos alicerces de toda construção cristã: a fé.

Talvez, por isso, no ato de apresentação, insistiu-se naquilo que a própria encíclica proclama: que o Vaticano II foi, antes de qualquer outra coisa, “um concílio sobre a fé”.

“Estrela do Mar, mais uma vez recorremos a ti para implorar proteção e socorro. Mãe de Deus e Mãe Nossa, volta o teu olhar dulcíssimo a todos aqueles que enfrentam cada dia os perigos do mar, para garantir às suas famílias o sustento necessário para a vida, para preservar a criação e para servir à paz entre os povos”.

“Protetora dos migrantes e dos itinerantes, cuida maternalmente dos homens, das mulheres e das crianças obrigadas a fugir das próprias terras em busca de um futuro e de esperança. Que o encontro conosco, com os nossos povos, não se transforme em causa de novas e mais pesadas escravidões e humilhações”.

“Mãe de Misericórdia, implora perdão por nós, que nos tornamos cegos de egoísmo, apegados aos nossos interesses e prisioneiros dos nossos medos, distraídos das necessidades e do sofrimento dos nossos irmãos”.

“Refúgio dos Pecadores, obtém-nos a conversão do coração de quem gera as guerras, o ódio e a pobreza; de quem explora os irmãos e a sua fragilidade e faz indigno comércio da vida humana.

Modelo de Caridade, abençoa os homens e as mulheres de boa vontade, que acolhem e servem a quem chegou a esta terra. O amor recebido e doado seja semente de novos laços fraternos e aurora de um mundo de paz. Amém”.

A NOVA ENCÍCLICA

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 8

VÁRIOS TESTEMUNOS dos OFICINISTASHoje, quero

dar graças ao Senhor, pelas maravilhas que em mim operou.

E foram muitas. Quando a Maria Luísa e o José Carlos anunciaram nas

celebrações da Eucaristia, que se iriam realizar na nossa Paróquia as Oficinas de Oração e Vida, eu logo senti vontade de as frequentar, mas fiquei pela vontade. Passado algum tempo, o Sr. Padre Domingos, voltou a falar e novamente me senti com vontade de as frequentar, desta vez fui para casa e pus-me a pensar. Estamos no ano da Fé, e achei que era altura de fazer algo de novo, algo que possa distinguir este de outros anos.

Há bastante tempo que eu queria e tinha necessidade de aprender a estar com Jesus. Assim, decidi-me a frequentar as Oficinas e lá fui eu, cheio de vontade de descobrir e encontrar Jesus. No princípio fiquei um pouco confuso com o que vi e ouvi, mas decidi continuar. Na segunda sessão foi o despertar, fizemos os silenciamentos e eu comecei a estar com Ele, (o Senhor). De tudo o que nestas oficinas vivi, foi o silencio que mais me fez estar com o Senhor, eu encontrei-o no meio do silencio.

Existiram alguns motivos que me iam fazendo desistir, mas a minha vontade de continuar era tanta, que fui falar com a Maria Luísa e o Zé Carlos que me deram toda a força para continuar. Aos dois eu agradeço do fundo do coração, por me terem feito continuar, estou imensamente feliz por ter chegado ao fim desta caminhada, que sinto, não como o fim, mas como o começo, o começo de algo novo.

Obrigado Maria Luísa e Zé Carlos, por este caminho pelo qual me guiaram durante estas 15 semanas, qual Bom Pastor. Agradeço também a todas as pessoas que fizeram parte deste grupo de Oficinistas, pois também elas contribuíram para o meu enriquecimento.

Resta-me agradecer ao Senhor, pois foi Ele que me levou a fazer este caminho, e foi também por Ele que eu o fiz.

Oração

Ó Cristo, para poder servir-te melhor,Dá-me um coração íntegro.Um coração fortePara escolher aquilo que me elevaE desprezar aquilo que me rebaixa.

Um coração generoso no trabalho,Vendo-o não como uma imposição,Mas como uma missão que me confias.

Um coração grande no sofrimento,Firme na minha cruz, como um soldado,Atento à cruz dos outros, como um cireneu.

Um coração grande para com o mundo:Compreensivo com as suas fraquezas,Mas livre das suas seduções e juízos.

Um coração grande para com os homens:Leal com todos, atento, sobretudo,Aos pequenos e humildes.

Um coração grande para comigo mesmo:Nunca centrado em mim, sempre apoiado em Ti.Sobretudo um coração grande para Contigo,Ó meu Senhor, feliz por servir-TeE servir os meus irmãos,Todos os dias da minha vida. Ámen. Fernando Jorge Sousa.

Todo o cristão busca o encontro com o Senhor Deus Pai, seja quando transpõe a porta da Igreja que o conduz ao espaço sagrado, para assistir e participar na Sagrada Missa, seja quando, na sua intimidade, se entrega aos seus momentos de oração, seja ainda quando, no exercício diário da sua prática de vida, colabora com o seu semelhante, entregando-se a uma vivência de entreajuda.

As Oficinas de Oração e Vida representam também um espaço e uma vivência temporal de encontro com o Senhor! Representam uma vivência de um encontro multifacetado com a Santíssima Trindade, porque o nosso espírito procura dialogar com o Pai, com seu Divino Filho – Jesus – e com o Divino Espírito Santo, essa fonte interminável de Luz e de Verdade.

Participar e integrar as Oficinas de Oração e Vida significa ir ao encontro do Senhor, entregando-se a momentos singulares de oração; ao ecoar de cânticos de louvor, de alegria e de esperança; a refletir íntima e profundamente sobre os textos dos Sagrados Evangelhos ou sobre as mensagens de Frei Ignacio Larrañaga que nos penetram o coração; a pôr em comum e a partilhar as diversas experiências espirituais únicas e singularmente vividas, ao longo da semana, por cada um dos oficinistas.

Mas um dos momentos mais indiscritíveis, pela sua beleza, pelo seu fascínio e pelo seu recolhimento, corresponde à vivência da última sessão – o tempo vivencial no deserto – durante o qual e, fora do espaço onde habitualmente ocorrem os encontros das oficinas, cada oficinista se entrega à meditação, à oração e ao evocar de toda a experiência espiritual, anteriormente vivida nos encontros já realizados e, posteriormente, põe em comum esta vivência espiritual intensamente assumida.

Quero deixar o meu reconhecimento a todos os oficinistas que estiveram comigo, agradecendo-lhes a forma como contribuíram para o meu engrandecimento interior e aos orientadores Maria Luísa e José Carlos a minha gratidão especial pelo testemunho que transmitiram, ajudando-me a fortalecer a minha consciência cristã sobre a necessidade de me aproximar, cada vez mais, de Jesus e de cultivar o encontro espiritual com Ele!

Maria Manuela Barbosa

Agradeço ao Senhor por mais uma caminhada das oficinas de oração e vida, tão pouco que sou e tanto que me deste!

As oficinas de Oração e Vida foram momentos de fé, de oração, de pensar e de acredita que Deus é Amor. E a força do Espírito Santo me conduziu a esta beleza e a este caminhar. O meu obrigada aos guias e aos oficinistas por testemunhos tão ricos, tão maravilhosos que já mais esquecerei.

Nesta caminhada de fé e de oração, não posso esquecer a Bíblia Sagrada, todas as leituras foram de uma maior riqueza para eu continuar com força, com fé e com esperança. No Silêncio encontrava a paz do Senhor.

Só se consegue dizer o que são as oficinas de oração e vida, quem as vive, quem passa por esses encontros tão extraordinários cheios de amor.

Deixo aqui o meu testemunho, façam as oficinas de oração e vida, vale a pena porque Deus é amor.

Um bem-haja a todos que participaram ao longo das quinze sessões, para mim foi muito importante!

Maria Delfina Cordeiro

É com imensa alegria que dou o meu testemunho sobre a vivência das oficinas de orações e vida. Posso hoje dizer-vos que sinto-me mais perto de Deus com tudo o que aprendi nas15 sessões.

Aprendi como ler e interpretar a bíblia, a mais bela declaração de amor alguma vez imaginada, esse imenso amor só possível ao

Continua na Pág. nº 13

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FESTA DO SACRAMENTO DO CRISMA, na VIGARARIA DA MAIA - 06 de Julho de 2013

A minha vida tem sido um caminho de Esperança.Um caminho com muitas alegrias, mas também com

os seus escolhos, dificuldades de vária ordem e algumas provações, porventura, igual ao de tanta e tanta gente.

No entanto, tenho tido a Graça de receber alguns sinais que me têm ajudado a afastar os escolhos, a vencer as dificuldades e a passar pelas provações, sem desânimo, sem desistir e encarando tudo, como fazendo parte do caminho.

Nas duas últimas décadas e tanto, recebi uma esposa que me tem dedicado a vida e duas filhas que nos preenchem o lar e os dias, com a alegria da sua juventude e amor filial.

Muito do que fiz de bom, nesta fase, devo-o ao estímulo e força que a minha esposa me tem dado. Particularmente o meu regresso ao verdadeiro caminho da vida, aquele que põe Deus na centralidade do nosso ser e da nossa existência.

No passado dia 6 de Julho recebi o Sacramento da Confirmação, na Igreja de Nossa Senhora da Maia, pela mão do Sr. Bispo D. Pio Alves de Sousa.

Foi minha madrinha de Crisma, a mulher que, com a sua serenidade e paciência, me ajudou a regressar, com intensidade e ainda mais funda convicção, a uma vida de Fé, em comunhão com toda a comunidade paroquial em que nos integramos.

Não posso expressar, porque não encontro palavras, o sentimento que me invadiu no preciso momento em que o Sr. Bispo me impôs as mãos e depois me administrou a Confirmação.

Alguma coisa de extraordinário se operou na minha pessoa.

Certo é que a caminhada de preparação que fui fazendo, com o grupo de Catequese de adultos, foi essencial para a tomada de consciência do que iria acontecer naquele dia e da missão que nos iria ser confiada a partir daí.

Esse caminhar, passo-a-passo, sob a orientação doutrinária do nosso Pároco, Sr. Padre Domingos Jorge, foi profundamente enriquecedor, no sentido em que tivemos ocasião de descobrir a beleza de certos textos bíblicos e ensinamentos catequéticos que nos ajudaram a compreender e contemplar melhor a verdade Cristã.

Naquele sábado, lembro-me de ter pensado, para mim próprio, - meu Deus, porque não recebi este Sacramento há mais tempo. Na adolescência e juventude, como dezenas destes jovens que aqui vieram hoje? -.

Horas mais tarde, quando já me ia deitar e estava a meditar neste dia tão feliz da minha vida, dei comigo a pensar que o povo, na singeleza da sua sabedoria, às vezes tem razão – “…Deus sabe o que faz e a quem promete, nunca falta…”.

Só posso crer que, tanto eu como a minha esposa, somos intérpretes da vontade do Criador e o que nos é dado, para nossa felicidade, é acolher e seguir, as palavras da Mãe de Jesus, em Caná da Galileia, - “…fazei tudo quanto ele vos disser…”.

Com esta renovação, senti-me renascer para uma vida nova, de um Cristão que tem agora a certeza de quão importante é dar sentido à sua existência e dela dar bom testemunho. Queira Deus que eu seja digno deste compromisso. Victor Dias

Nunca é tarde…

Receberam o sacramento da Confirmação 120 cristãos. Da nossa paróquia foram 16.Não foi o chegar ao fim de 11 anos de Catequese ou de um ano (para os adultos) e tudo a cabar, mas é certamente o recomeçar a caminhada cristã com o fulgor do Easpírito Santo.

Foto:Socifoto Foto:Socifoto Foto:Socifoto

Foto:Socifoto

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NADAR (REMAR) CONTRA A CORRENTE

Mário Oliveira

Vivemos num tempo em que parece não termos o direito a ter a nossa própria opinião sobre as mais variadas facetas da vida, já que, por vezes, temos receio de colidir com a opinião ou a “verdade” estabelecida e corremos o risco de sermos postos de lado. Assim conformamo-nos ou vamo-nos adaptando a essa situação. As informações que nos chegam através dos meios de comunicação social, condicionam a vida de muita gente. Com muita facilidade ficamos reféns de conceitos, teorias, opiniões e até de valores que, muitas vezes, podem condicionar a vida das pessoas. Uma pessoa “ importante” lança uma frase, que a imprensa divulga . Não interessa se é uma frase rica em conteúdos, se tem substrato válido, ou se é, apenas, uma das muitas banalidades que se vão ouvindo. “Toda a gente” começa a repetir a frase ou o conceito a ela subjacente, mesmo que não tenha grande valor ou interesse no contexto geral em que foi proferida. Mas como está ligada a uma pessoa importante... passa a ser uma bengala priveligiada para determinadas conversas e escritos.

Chesterton escreveu o seguinte: “Quem salva o homem de cada século, é esse grupo de homens que se opõe aos seus gostos”. Esta frase é uma lei histórica, hoje mais actual que nunca. É também mais difícil, pois nunca foi tão forte a corrente que nos empurra a ser como os outros. Nunca se divulgaram tantas opiniões, ditos, conversas, aforismas, diálogos, como nestes tempos que vivemos. Quase que não precisamos de pensar pelas nossas cabeças, já que... há muita gente a pensar por nós, tornando-se, assim, demasiado fácil viver sem pensar (os outros substituem-nos). Só temos que ter um pouco de atenção para pôr em prática e usar o que nos é proposto. Lentamente deixamos de ser autónomos, donos da nossa vida, dos nossos critérios, opiniões e, até dos nossos destinos.

Mas é fundamental que a nossa vida decorra segundo critérios que se baseiam em valores “próprios” e não “emprestados ou até “copiados”. Valores que são inalienáveis e fazem parte do mais íntimo do nosso ser.

Por isso nos distinguimos uns dos outros, somos todos diferentes, temos características pessoais próprias, valores de vida assumidos, nossos, não mensuráveis nem objecto de comparações. Não somos clonáveis, mas sim únicos, irrepetíveis.

Por isso temos que ser fiéis a nós próprios, aos nossos valores, apesar de, por vezes, essa atitude ou modo de vida nos possa vir a criar problemas. Napoleão dizia que “a independência é uma ilha rochosa e sem praias”. Não é fácil desembarcar e viver numa ilha independente. Mas um homem deve arriscar a ser diferente, se isso for necessário para ser fiel à sua própria alma.

No nosso viver devemos ter sempre presentes os nossos próprios critérios, bem assentes e assumidos, que se baseiam em valores que não se mudam de um dia para o outro, nem se submetem às modas do momento. Há algo no nosso interior que nos tranquiliza que é a felicidade que sentimos em sermos fiéis e estarmos sempre atentos à nossa vida e ao caminho que traçamos.

Viver segundo as nossas ideias e conceitos, nem sempre é fácil. Torna-se necessário, por ventura, ir um pouco contra as correntes vigentes de opinião e de teorias estabelecidas, se elas não estiverem de acordo com o nosso ser, pensar e viver.

Diz um refrão popular: “Se está na moda levar albardas, põe uma e vai em frente”.

“Sujeitai-vos à moda, ou abandonai o mundo”, é uma das leis do nosso século, que leva à perfeição, e que já pressentia um clássico latino quando escrevia: “Infelizmente, a opinião pública tem mais força que a verdade”. “A grande deusa do nosso século é a opinião pública, e já se sabe que a opinião governa o mundo com a mesma técnica que um cego guia outro cego.”

Diz um provérbio latino: “Infelizmente, a opinião geral tem mais força que a própria verdade”, o que se lamenta!

A porta da nossa IgrejaJá lá vai algum tempo, mas não me saem da cabeça as palavras simples, mas muito sábias, que um Sacerdote proferiu

durante a sua homilia, numa Eucaristia dominical.Na verdade, o foco da sua prelecção foi a porta da Igreja. E num primeiro momento, referia-se realmente, em concreto,

à entrada do templo, mas depois levou-nos para um sentido mais lato e profundo das suas palavras.Nesse dia, fui para casa a meditar no significado amplo e muito rico de tudo quanto ouvira.Hoje, muito tempo volvido, dou comigo muitas vezes a pensar como seria bom que nós, Católicos, compreendesse-

mos que a porta da Igreja só tem um sentido, o do acolhimento, da inclusão, em suma, o sentido da entrada.

Uma comunidade, qualquer que seja a sua dimensão, familiar, paroquial ou vicarial, carece de organização e método e tem de haver quem preste esse serviço para que as coisas funcionem bem e harmoniosamente. Essas pessoas, todas elas, merecem o nosso respeito e gratidão, pelo seu espírito de serviço à comunidade, na certeza de que cada um dá o contributo que pode. E isso, por mais simples que seja, deve encontrar acolhimento nos nossos corações.

Mas não podemos nunca confundir o que é apenas instrumental e não deixa de ser um meio, para que os fins e o bem comum sejam realizados por todos e para todos, com autêntico espírito de comunidade.

Quem está no serviço, e tantas vezes sempre os mesmos e há muito tempo por não terem quem os substitua, e que, sendo responsáveis, não deixam cair no vazio certas missões essenciais, sabe bem que, como afirma o Papa Francisco, “…o verdadeiro poder é o serviço…”, e que a única serventia da porta da Igreja é de entrada.

Uma porta que nos dá entrada para o verdadeiro caminho da vida, a Fé. Um caminho que se faz caminhando, em comunidade, entrando e reentrando, a cada dia, pela porta que dá sentido à nossa existência.

Todos somos chamados a estar na porta, de braços abertos, para acolher quem chega e entrarmos juntos. Esta porta é grande, é suficientemente grande para que todos possam ver a grandeza das suas medidas e o seu sentido único.

Que belas palavras, as daquela homilia…Ana Lídia

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como Jean Monnet, Robert Schumann ouAlcide De Gasperi que lançaram a ideia de um Mercado Comum Euro-peu contra os ventos e as marés dos nacionalismos em que se costumam a abrigar os políticos medíocres. E, anos mais tarde, quando foi preciso dar novos impulsos ao Projecto Eu-ropeu, foram líderes como Helmut Khol, WllyBrandt, François Miterrand ou Jacques Delors que fizeram a Eu-ropa avançar com as suas ideias e pro-postas. Lembro-me bem, aliás, de ter ouvido no Parlamento Europeu em Estrasburgo François Miterrand, num discurso de apresentação do progra-ma da Presidência Francesa da U.E., em Janeiro de 1995, a célebre frase “lenationalismec’est la guerre!”. Ele sabia bem do que falava, pois tinha vivi-do os seus horrores em directo. E ter dedicado um dos seus últimos gran-des discursos antes de morrer a este tema, mostra bem que o fim último do projecto comum europeu é encontrar um caminho comum de paz que se so-breponha aos nacionalismos.

Apesar de já não estar na política activa, foi da boca de Jacques Delors que ouvi das mais lúcidas palavras que nos últimos tempos foram produzi-das por alguém responsável acerca da União Europeia. Disse ele, a propósi-to das dificuldades de Portugal e das economias mais débeis, de que a U.E. precisava de um super-fundo de coe-são para ajudar estas economias a sair da crise.

Lembro-me, aliásque, quando se decidiu a avançar para o Mercado Úni-co e para o Euro, se teve este mesmo debate e se concluiu que as economias mais frágeis da União iriam precisar de apoios especiais, já que numa primeira fase iriam ter grandes dificuldades de competir com as mais fortes. Foi pre-cisamente por isso que, sob proposta do mesmo Delors, se criaram os su-cessivos pacotes de fundos estruturais apartir de 1989 e, mais tarde, o fundo

Arlindo Cunha

Houve-se com alguma frequência nos dias que correm, e a propósito das dificuldades da União Europeia em li-dar com a crise económica, que faltam à Europa líderes a altura da gravida-de da situação que defrontamos. Na verdade, se considerarmos que a UE se construiu sobre os escombros de países que tinham andado em guerra poucos anos antes, não poderemos deixar de concluir que ela resulta de um autêntico milagredeboas vontades.

Desde o seu início que a criação e governo da União obedeceram a uma matriz de duas dimensões: a comum e a nacional, correspondendo, res-pectivamente, aos órgão de governo europeu Comissão e Conselho. Ou seja os Estados Membros tinham a consciência de que todos ganhavam se se integrassem num estrutura eco-nómica, social e política comum. Na avaliação desse ganho comum havia, naturalmente, um cálculo de contabi-lidade nacional. Como em democra-cia os governos são eleitos pelo povo fácil se torna concluir que um grande líder nacional é aquele que as popula-ções reconhecem como sendo o que melhor defender os seus interesses....nacionais.

Escusado será dizer que apenas com esta perspectiva jamais se teria criado a União Europeia. Ela surgiu porque existia uma elite visionária de políticos e altos dirigentes dos seis países fundadores que tiveram a capa-cidade de concluir que a longo prazo os ganhos colectivos superariam o ba-lanço contabilístico do deve e haver de cada um dos interesses nacionais dos países envolvidos.

Foram personalidades superiores

de coesão.A actual crise veio reforçar essa

evidência. E, com os impactos recessi-vos dos sucessivos pacotes de auste-ridade, era especialmente apropriado proporcionar a essas economias meios adicionais para construírempoliticas económicas diferenciadas, a fim de aju-darem as suas empresas a concretizar planos de investimento e, consequen-temente, a relançar o crescimento económico.

Ora, quando se esperava que na discussão do orçamento plurianual da União para 2014-2020 se reforçassem esses meios, especialmente para os quatro países intervencionados pela Troika, os nossos líderes europeus fi-zeram precisamente o contrário!

Sabemos quais são os principais países pagadores do orçamento co-munitário. Mas eles também sabem que o que pagam para o orçamento comunitário vão recuperá-lo de forma multiplicada nos ganhos de acesso ao grande mercado interno por parte das suas empresas, já que nestas coisas da economia todos sabemos que não há almoços grátis….

Mas como para a grande opinião pública o que conta é a visão conta-bilística nacional, é óbvio que os Pri-meiros-ministros da Alemanha, França, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Fin-lândia ou Suécia, que são quem mais paga, sucumbiram à voxpopulicom re-ceio de perder as próximas eleições. Com líderes assim, o projecto Europeu jamais se teria construído. Daí a lucidez de homens como Jacques Delors.

Jacques Delors e a Lucidez de um Grande Líder Europeu

Após o Domingo de Pentecostes, na celebração do Corpo de Deus, não foram também deixados ao acaso o Pão e o Vinho, consagrados no Corpo e no Sangue de Cristo, na instituição da Eucaristia. Por fim, e na última e mais importante das Festa da Catequese, o Crisma, que mais uma vez a nossa Paróquia teve o privilégio de acolher, foi terminada a construção deste logotipo adaptado do Ano da Fé, sendo a Cruz concluída com o trigrama IHS, abreviação do nome de Jesus em grego. Por último, e de forma a referir todos os simbolismos propostos, é de realçar ainda o Sírio colocado ao lado desta Barca, representando o Sol (o único elemento que faltava refletir) como símbolo da Luz de Cristo, recebido na Eucaristia solene de encerramento das Jornadas Vicariais da Fé....

Bom seria que este Ano da Fé despertasse e refinasse em cada um de nós essa capacidade.Para que nos impulsione a procurar sempre, dentro das nossas limitações e humildade, fazer mais e melhor no desempenho da nossa missão, enquanto cristãos e membros ativos da Comunidade.

Aquela Barca - Continuação da Pág nº 2

João Bessa

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 12

Faz parte da minha vida…

Conceição Dores de Castro

Carlos Costa

Temos visto muitas vezes e, ultimamente vezes demais, reportagens sobre despedimentos mais ou menos volumosos, dependendo da capacidade e envergadura da empresa apanhada nas malhas da crise. Nessas reportagens, os jornalistas tentam explorar as emoções e sentimentos dos infelizes despedidos. E, invariavelmente, orientam as questões para a sobrevivência da pessoa atingida e respetiva família. E, sem se preocuparem muito com o estado dos lesados, questionam-nos sobre o sentimento que nutriam e nutrem pela empresa onde trabalharam. Ouve-se muitas vezes que trabalharam vinte, trinta e mais anos nesse local, daí sentirem uma afinidade muito próxima e intima com a empresa. Comentários como “Gosto muito da firma.”; “É a minha própria casa.”; “Faz parte da minha vida.”; “Os meus colegas são a minha família.”; “Já não sei viver sem isto.”; “Passo mais tempo aqui do que em casa.”; “Só sei fazer isto.”;…, são muito comuns. Não sei se, realmente as pessoas sentem tudo isto, ou se será o coração inflamado pelo desespero que os leva a dizer estas coisas. O certo é que muitos concordarão com todos estes sentimentalismos.

Falando francamente, muito francamente, eu, em particular, não concordo nem sinto isto da mesma forma. Arrisco abrir discussão sobre o assunto. Arrisco dividir opiniões sobre um tema um pouco delicado. Arrisco falar da vivência diária de cada um, longe de tudo e de todos para poder assegurar o seu emprego. Arrisco “descrer” o sacrifício que cada um faz para trabalhar e levar algum dinheiro para casa para sustento da família. Contudo, também tenho direito à minha opinião. Assim, não creio que possa misturar família e lazer, com trabalho e compromissos profissionais. Para mim, família acima de tudo e trabalho, compromisso que deve ser honrado. Família e trabalho são dois fios da nossa vida que correm paralelos e, quando necessário, cruzam-se sem darem nó cego. É assim que eu perspetivo o meu modo de estar na vida.

Mas, o certo é que na vida de cada um, estes dois fios, às vezes emaranham-se e ficam cheios de nós. Como tal, muitas das vezes são difíceis de desatar. Já me aconteceu isto. Mais do que uma vez fui obrigada,

pelas circunstâncias da vida, da minha vida e da dos meus, a ver estes ditosos fios tocarem-se e, mesmo sem nós cegos, ficar eu emaranhada… Não é fácil olhar para estes dois fios e ter de optar. “Família primeiro e compromisso a honrar”. Difícil escolha, principalmente quando, em cada um dos casos, há gente que depende de nós… Há gente que precisa da nossa ajuda e carinho. Há gente com vida e sonhos para concretizar. E o tempo não estica! E o tempo não espera por nós. E o tempo tudo cura mas deixa cicatrizes…

A ser assim, mais uma vez e há pouco tempo, me senti numa encruzilhada da minha vida. Todas as ruas indicavam dois caminhos a seguir mas opostos no seu sentido. Foi precisamente, em mais um momento de decisão importante que “família primeiro e compromisso a honrar” se esbarraram contra mim. Caí sem amparo…

E é aqui que “entra” o meu trabalho. Sem o poio legal e humano da direção, dos serviços administrativos e técnicos não teria conseguido ter “família primeiro e compromisso a honrar”! Não teria, apesar de todos os sacrifícios e aflições, os dois fios da minha vida a correrem paralelos e sem nós.

Agradeço ao chefe do Departamento Técnico, ao qual orgulhosamente pertenço, Sr. Eng.º António Bastos, a disponibilidade, calor humano, apoio e compreensão demonstrados. Peço-lhe, em meu nome e em nome da minha família, que possa tornar extensível este agradecimento à chefe do Departamento de Recursos Humanos, Sr.ª Dr.ª Teresa Hortega, que me apoiou humana e legalmente, ao adjunto da direção, Sr. Eng.º Luis Ferreira da Silva, o apoio e força moral e ao Diretor do CICCOPN, Sr. Eng.º Amílcar de Sampaio Rodrigues, a compreensão pela situação que vivi. Agradeço também a todo o pessoal do meu trabalho que, de uma forma ou outra, me fez chegar todo o apoio e solidariedade.

Continuo com a mesma perceção, “família primeiro e compromisso a honrar”, são dois fios que não se tocam nem se devem tocar entre si, mas o meu trabalho faz parte da minha vida. Tento honrá-lo com o meu nome e com o meu desempenho.

Obrigada CICCOPN!

Vivemos tempos de mudança. Quem pensa um pouco sobre a nossa realidade, antevê um futuro muito difícil para cada um de nós e sobretudo para as gerações seguintes. Vamos ganhando consciência de que muita coisa irá mudar. A nossa forma de viver e a chamada “qualidade de vida” serão muito diferentes, teremos que reaprender a viver com muito menos.

Isso significa que, a nossa forma de viver em sociedade e de nos relacionarmos, tem que forçosamente mudar. É urgente ganharmos consciência que temos de viver cada vez mais uns com os outros e uns para os outros, combater a cultura de egoísmo e competitividade que nos últimos

anos se instalou entre nós.A nossa experiência, na Conferência Vicentina, leva-nos a conhecer problemas de tal forma graves, que parecem

não ter solução. Problemas que esmagam e amarram as pessoas a vidas de sofrimento, e que, face à dimensão que têm, lhes retiram praticamente a esperança. O pior que pode acontecer a uma pessoa é perder a esperança, tudo deixa de fazer sentido.

Se os mesmos problemas forem enfrentados, não isoladamente, mas por uma sociedade solidária, tornam-se mais fáceis de transpor, e evitam criar o sentimento de marginalização e isolamento de quem os vive sozinhos.

Este é o sentido que cada vez mais temos que procurar. Todos nós, mas particularmente a Igreja e os Cristãos, devem assumir um papel muito importante na promoção da dignidade e na vivência de uma sociedade fraterna. Somos chamados, cada vez mais, a viver de forma coerente com os valores que a Fé nos transmite.

São tempos muito delicados mas também de muitas graças. Deus não nos faltará, mas certamente muito espera de nós neste momento.

O TEMPO DA SOLIDARIEDADE

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Senhor, os vários métodos de oração e dialogo com Deus. As partilhas foram muito enriquecedoras das interpretações dos textos bíblicos. Só assim se pode chegar a perfeição do Senhor no dar e receber, nas angústias e nos passos maravilhosos no caminho para a casa do Senhor. Recomendo vivamente a todos os apaixonados pelo amor de Deus, a frequentar as próximas oficinas de oração e vida, ficarão a ver a vida -- -com os olhos da alegria e do amor do PAI ETERNO. É assim que hoje me sinto.

José Carlos NovaisAs oficinas de oração e vida, foram para mim uma

descoberta na aprendizagem na arte de orar .isto é orando que se aprende a orar .. Um novo modo de relacionamento com Deus ,de me abrir a Ele e ter uma intimidade tão grande que O sinto em mim. Descobri também que orar não é só pedir e agradecer é estar dentro de Deus, fazer D Ele um grande Amigo é ter sempre presente Que faria Jesus no meu lugar". A oração é o fundamento, é aquilo que toma Deus presente em mim,

Foi uma experiência enriquecedora, pois aprendi a silenciar a saber ouvir e a ser d i s c i p l i n a d a . Agradeço ao casal a disponibilidade, o apoio a paciência e testemunho de fé com que guiaram estas oficinas. Obrigada.

Que Deus os abençoe e os

inundem da Sua Graça para continuarem a sua missão de evangelização.

Laura“O mundo necessita ver Deus mas Deus está

misteriosamente ausente e presente!” diz-nos Frei Ignácio Larrañaga, fundador das Oficinas de Oração e Vida.

A experiência maravilhosa que vivi nas primeiras Oficinas levaram-me a desejar fazer as segundas. A caminhada que eu fiz ao longo das duas Oficinas, proporcionaram-me um enriquecimento espiritual inestimável. Aprendi a falar mais com o Deus que tanto me ama, e a escutá-lo com o coração. Aprendi a sentir-me envolvida no silêncio pela presença amorosa de Deus!

Aprendi a exteriorizar, com a preciosa ajuda do Espírito Santo, o que a Bíblia Sagrada me diz. Aprendi também que a fé desenvolve-se alimentando-a, e que este alimento é constituído pelo conhecimento da Palavra Divína que nos leva a entender melhor ou a aceitar os acontecimentos, os desígnios de Deus. Aprendi a aceitar e a dizer ‘Faça-se’ e a sentir a Paz que esta aceitação irradia ao colocar-me nas mãos de Deus perante os problemas difíceis da vida.

Aprendi sobretudo a interrogar-me: ‘O que é que Jesus faria no meu lugar?’ Eu tenho consciência de que devo seguir

os passos de Jesus, na oração e louvor ao Pai, na caridade para com os irmãos, e acima de tudo, levar a palavra e a alegria da salvação a todos que partilham a vida comigo!

Bendito seja Deus pelo Frei Ignacio Larrañaga! Graças vos dou ó Senhor Jesus pelos meus guias: Maria Luísa e José Carlos, pelo seu enorme testemunho de fé e serviço.

Por tudo isto e por muito mais, digo-vos que sou uma católica muito feliz, pois sinto-me envolvida pelo amor que emana do coração dulcíssimo de Jesus e pelo amor fraterno de cada um dos meus queridos colegas oficinistas.

Concluo pedindo-vos que façais umas Oficinas de Oração e Vida logo que vos seja oferecida essa oportunidade. Tenho a certeza que ireis louvar o Senhor por isso! Na verdade é o Pai do Céu que vos chama para vos fazer feliz, porque Deus é amor!

Maria Augusta Martins MeloIlusão dos prazeresEu disse ao meu coração:- Vem! Quero fazer-te experimentar a alegria; saboreia

a felicidade. Que é viver nos caminhos do Senhor; ir à Sua casa, rezar, cantar, orar, fazer muitas coisas maravilhosas. Uma delas é as Oficinas de Oração e Vida. É uma maravilha. Não há palavras. O Espírito Santo invade o coração e a alma e sentir que o Senhor está comigo, fala comigo e que me ama.

Tirou-me da ilusão e do pecado e mostrou-me o verdadeiro caminho. O caminho da luz que ilumina o meu caminho; pão que alimenta a minha alma; fogo0 que incendeia o meu fervor; caminho que me conduz à salvação; energia que dá ânimo ao meu espírito; Vida que nunca se acabe.

Amo-Te, Senhor.Aconselho toda a gente a fazer as Oficinas de Oração e

Vida. É uma experiência maravilhosa. Sá fazendo verão que é verdade o meu testemunho e as coisas que o Frei Inácio diz. Que maravilha! Só pode ser o poder do esp+írito santo. Não há palavras. Quero agradecer a todos os meus colegas oficinistas deste grupo pelo apoio e carinho que mostraram para comigo e aos guias Maria Luísa e José Carlos o meu obrigado. São uns queridos. Um abraço.

GracindaOração da EsperançaSenhor, mais uma vez estou diante de ti, olhando,

procuro a tua presença, constantemente, todos os dias. Dá-me, Senhor, cada vez mais fé, para te servir melhor. Faz-me compreender melhor a Tua palavra. Nas Tuas mãos Te coloque as minhas orações. Deposito em Ti a minha vida. Amém.

As Oficinas de Oração e Vida, para mim, foram uma riqueza que não consigo explicar. Aprendi a manejar a Bíblia. Aprendi a ser mais tolerante, mais humilde. Também vou à Casa do senhor com mais frequência e muito mais coisas. Agradeço muito aos nossos orientadores, José Carlos e Maria Luísa. Eles foram os responsáveis pela caminhada que todos nós fizemos.

Altino Pinto.

VÁRIOS TESTEMUNOS dos OFICINISTAS Continuação da Pág. nº 8

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Paula Isabel

Ano da Fé - Pão Nosso O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE...Mereço o alimento que consumo todos os dias? Lembro-me dos que nada têm?PERDOAI-NOS AS NOSSAS OFENSAS…Procedo de forma a merecer o vosso perdão? Afasto do meu coração maus sentimentos para com os outros?ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO...Devia ser: - (Ensina-nos a perdoar a quem nos tem ofendido…)Perdoou-o, ou guardo rancor à mais pequena ofensa?

Procuro não ofender ninguém? NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO...Estamos livres do Odio, Inveja, Raiva, Ciúme e……Outros males que aniquilam a nossa frater-nidade? E LIVRAI-NOS DO MAL...Se todas as pessoas fizerem aos outros como querem que lhes faça…… Podemos responder em uníssono: AMEM.

Tantas perguntas! Como respondes!?Abre o coração e a menteE o espírito à fraternidadeVais ver. Tens mais paz interiorA alma bem mais libertaMuito mais Fé dentro de ti.E o coração mais cheio de Amor!

VerãoDepois dos discursos quentesE após o tempo mais frioDemos as boas-vindas ao verãoCom temperaturas de Estio.

Vão-se os Santos popularesVem as festas dos padroeirosAs chegadas dos emigrantesE a partida dos forasteiros.

Há os que nem pensam em fériasNem tem sonho que se realizeAo lado dos podem estarRefastelados, alheios à crise!

FériasAusentamo-nos por um tempoAo encontro de amizadesMas voltamos em SetembroE prometemos novidades!?

É tempo de recuperar do cansaçoNa praia, campo ou, andando a péMas nunca haverá espaçoPara dar férias à fé.

Henrique Carvalho

Reservo-me o direito de começar este apontamento com um perfeito cliché: o dinheiro faz o mundo girar. Nada mais verdadeiro tendo em conta o momento presente, estarão alguns a pensar. Contudo, não podemos ignorar que, em toda a história da humanidade, o dinheiro ou os bens que se possuem foram sempre o motor que permitiu avanços significativos e recuos impressionantes, também.

O dinheiro e o poder lideram movimentos desde sempre. Patrocinam a ciência e a técnica, o conhecimento e a cultura, apuram a economia e as finanças das comunidades, ao mesmo tempo que esmagam e aniquilam outras, criando verdadeiros fossos entre os países. Vivemos num tempo indiscritivelmente diferente, em centenas de aspetos, de outros períodos da história. Mas o facto do mundo ser movido a dinheiro é algo inegável e uma questão de fundo muito antiga.

E as pessoas? O que faz mover as pessoas? As que têm dinheiro e as que não têm? Evidentemente que o dinheiro volta a ser um factor a considerar. No entanto, não podemos ignorar que o ser humano tem outras fontes de energia que lhe permitem enfrentar a realidade, fintá-la quando não há nada mais a fazer ou esconder-se dela. E sobretudo, continuar, ir em frente, rumar, procurar outros caminhos, aceitar novos desafios.

E a vida o melhor que faz é criar-nos desafios. Estamos sempre à prova. Pelo menos, é assim que muitos de nós se sente, mais ou menos vezes, com mais ou menos intensidade. Planos que se fazem, sonhos que se perspetivam, vontades que se elencam. Tempo que se aproveita para estar com os outros ou consigo mesmo. Planos que se perdem, sonhos que deixam de fazer sentido, vontades que se esmorecem. Tempo que se deixa apenas ir passando. Coisas que não percebemos ou dominamos vão interferindo. Coisas que temos relutância em aceitar: contrariedades, insucessos, medos, mudanças que não desejamos, perdas que são irreparáveis.

As fontes de energia não conhecem limites geográficos, políticos ou culturais. Independentemente de como e onde cada um a encontra, a busca pela felicidade é um verdadeiro motor. Não porque a felicidade seja eterna. Mas, porque todos almejamos por momentos em que nos sentimos bem connosco, bem com os outros e com objetivos definidos e ações em conformidade. Quanto mais hóstil for o ambiente à nossa volta, mais cínicos e arrogantes nos tornamos, menos permeáveis aos pequenos momentos estamos. Menos permeáveis ou disponíveis para nos encontramos e perceber que uma das forças vitais é a fé. A fé não funciona como um escudo protetor que mantém bem longe de nós tudo o que nos faz sofrer. A fé não evita o sofrimento. Quero crer que a fé ajuda-nos a lidar melhor com as contrariedades e medos, que nos ajuda a encontrar a força, a determinação e a coragem para não desistir. Antes resistir e lutar. A quantidade e intensidade de sofrimento emocional ou psicológico que o ser humano é capaz de aguentar não parece estar determinado cientificamente. Há sempre alguém que parece conseguir ultrapassar o inimaginável. E isso deve-se, muito provavelmente, à fé que vive. A fé que se traduz na esperança, no otimismo, na gratuidade, na capacidade de estar para o outro.

Ótimas férias!!!Festas do concelho

Enquanto que o mês de junho é sinónimo de festas da catequese, julho significa, para a maia, festas do concelho.

Assim, mais uma vez a cidade da maia enche-se de movimento e alegria pois vivem-se semanas de festa. Inicia-se o mês com variadas atividades, mas o mais importante, a festa religiosa, apenas se realizará no fim de semana de 13 de julho. Aí celebra-se verdadeiramente a veneração a Nossa Senhora do Bom Despacho, com a igreja cheia de flores, com as celebrações da missa e procissão. A Tombola, com as rifas e o Solar das Tílias, com os seus petiscos,vão estar abertos e todos os lucros irão para a obra do Lar de Nazaré. No domingo, será a Eucaristiapresidida pelo bispoemérito de Castelo Branco e Portalegre D. Augusto Ferreira da Silva e nessa tarde ocorrerá a majestosa procissão. Na segunda, feriado municipal, realizar-se-á a Eucaristia presidiada pelo Bispo Auxiliar do Porto, D. João Lavrador.

Todos os maiatos e romeiros vindos de Portugal e até do estrangeiro vivem com alegria e entusiasmo este tempo festivo. Em particular os paroquianos da Maia vivem efusivamente esta época com o seu pastor, o Sr. P.e Domingos, o qual sente profundamente estes bons momentos de festa.

Maria Lúcia

Valor absoluto ou meio?

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ESTÁTUA DO BEATO JOÃO PAULO IIManuel Francisco Lopes .......................................200,00António Pinto........................................................... 20,00Maria Lúcia ............................................................... 30,00 Transporte........................11.038,00

Quem desejar fazer a sua dádiva (oferta) para o LAR DE NAZARÉ, por transferência bancária, pode fazê-lo usando o

NIB: 0045 1441 40240799373 19 Balcão da Caixa do Crédito Agrícola (Maia) ou en-

tregar nos Cartórios Paroquiais. A Obra é nossa .Após a transferência indique-nos o NIC para lhe passarmos o Recibo para apresentar na Decl. do IRS

IGREJAS DE Nª Sª DO BOM DESPACHO E DE Nª Sª DA MAIA

E OBRAS PAROQUIAISMês de Junho recebeu-se

PLANOMAIA

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL LAR DE NAZARÉ

OFERTAS - JunhoTransporte.......................................................231.422,81

A Transportar........................................ ...3.372,00

Junho- 2º Domingo 571,00; 3º Domingo 504,00; 4º Domingo 600,50; 5º Domingo 460,10; 1º Domingo de Julho 642,50;Arautos do Evangelho (Mª José + Vitória Silva) 30,00; Condominio Plazza 100,00; Sagrada Família (Cartório) 17,86; Vários 551,99; Cofre Igreja N.ª S.ª da Maia: Santíssimo 16,35; Nª Sº da Maia 38,70; S. Miguel 8,40; Obras 6,65;

3104 - Manuel Francisco Lopes...........................................1.200,00 3105 - Alguém(MM+AM) ..................................................200,003106 -Maria Lúcia ................................................................... 10,003107 - Guido Ferreira da Silva .....................................................10,003108 - António Augusto Silva Moreira Ramos....................1 000,003109 - Manuel Pereira................................................................40,003110 - Guido Ferreira da Silva .....................................................10,003111 - Albina e Fernado Sousa ( Bap., Neto Diogo)..... ..........100,003112 -Celeste e J. Ferreira (Bap,Netos: Beatriz e Miguel).....200,003113 - Alguèm............................................................................10,00 3114 - Amigo Lar de Nazaré (Arraial de S.João).........................512,003115 -Rosa Pereira .......................................................................10,003116 - Armando Almeida ............................................................50,003117 - Alguém ............................................................................10,003118 - Guido Ferreira da Silva .....................................................10,00

LAR DE NAZARÉ Bênção e Inauguração será no dia 8 de Setembro,

dia da Natividade (nascimento) de Nossa Senhora.Será na tarde de Domingo.Vamos fazer o programa e os convites.Todos os paroquianos da Maia sintam-se convidados,

desde já, pois a Obra é de todos e, mesmo aos que nada fizeram ou tentaram desfazer, são convidados.

Uma onda de alegria e de esperança espalha-se pela nossa terra da Maia. Todos os que colaboraram e colaboram rejubilam.

Nesse dia, 8 de Setembro, será inaugurada uma exposição de toalhas e outros objectos sagrados que pertencem ao Santuário.

A todas as zeladoras já se pediu para trazerem tudo o que aos altares pertencem e que ainda têm em casa...

Ao longo destes anos últimos, as zeladoras foram recebendo das anteriores ao que à Igreja pertence. Vão aparecer maravilhas, marcadas pelo tempo..

O LAR DE NAZARÈ terá Centro de Dia, Centro de Convívio, Apoio Domiciliaário.

Será espaço para a Pastoral Paroquial, Centro Juvenil, espaço de encontro, teatro, culinária, costura,etc. etc...

A expressão de todos os que têm visitado as Obras é de admiração.

Graças a Deus, a Nossa Senhora da Maia e do Bom Despacho, a S. Miguel e ao Beato João Paulo II, e a todos os que colaboraram dando e dando-se chegamos a este momento feliz de estarmos a chegar ao fim.

Após a Festa de Nossa Senhora do Bom Despacho começarão as obras no Adro. A nossa Cãmara prometeu ajudar, e em muito, bem como também colaborar na Construção, como prometeu e de todos é sabido, daremos contas. Lembrem-se todos que esta Obra não é uma obra pessoal, nem dum grupo. É nossa. e será para bem fazer e fazer o bem.Todos se devem lembrar, até nos postos que ocupam, que assim é.

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S. MIGUEL DA MAIABOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL

ANO XXIV Nº 261 2013 Publicação Mensal

PROPRIEDADE DA FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DA MAIADirector: Padre Domingos Jorge

Chefe de Redacção: Adelino de Lima MartinsTelef: 229448287 / 229414272 / 229418052Fax: 229442383 [email protected]

Registo na D.G.C.S. nº 116260Empr. Jorn./Editorial nº 216259http://www.paroquiadamaia.net

Impresso na Tipografia Lessa Largo Mogos, 157 - 4470 VERMOIM - MAIA

Telef. 229441603

Tiragem 1.500 exemplares

Luís Fardilha

Pela Cidade... ESTABILIDADE E CREDIBILIDADE

Vivemos tempos difíceis. Há muito que o sabíamos, mas os últimos dias vieram mostrá-lo de forma eloquente, mesmo aos mais distraídos ou mais optimistas. Vivemos tempos difíceis, é impos-sível ignorá-lo. E a situação não vai melhorar tão cedo. Pelo contrário, ficámos a saber – para o caso de ainda não termos tomado cons-ciência disso – que continuamos à beira do abismo e que cada passo em falso pode fazer-nos mergulhar

nele. Quando se fala constantemente de credibilidade e de es-tabilidade, isso significa que a sua ausência se tornou evidente.

Estamos a referir-nos, naturalmente, à recente situação de crise política, cujas consequências estamos a viver e ainda vamos sentir por muito tempo. No entanto, se a estabilidade e a cre-dibilidade são valores indispensáveis para uma vida económica, social e política saudável, são-no talvez ainda mais no domínio da acção educativa. Não é a primeira vez que o sublinhamos neste espaço, e certamente não será a última. Até porque a vida da sociedade, seja em que âmbito for, tem sempre o seu reflexo nas escolas.

No caso concreto da recente crise política, a sequência dos acontecimentos poderia levar a pensar que a agitação vivida no sector do ensino foi o sintoma dum mal-estar geral que aca-baria por aflorar visivelmente com a demissão do ex-ministro das finanças e, depois, do ministro dos negócios estrangeiros. Se recordarmos a cronologia, poderemos ver que a greve dos professores às avaliações e ao exame nacional de Português do 12º ano, com a cedência posterior do ministério da educação quanto ao aumento do horário de trabalho e à mobilidade es-pecial dos docentes, foram o primeiro acto dum drama político que se estenderia pelas semanas seguintes. Por muito que Nuno Crato possa argumentar em contrário, a sua posição política saiu fragilizada e, do ponto de vista das finanças, a cedência a que se viu obrigado constituiu um primeiro passo no sentido oposto ao da política de “reforma do Estado” que tinha sido apresentada.

Não vamos aqui discutir se a luta dos sindicatos dos profes-sores teve ou não razões válidas e atendíveis. Também não nos interessa avaliar as consequências que a actuação do ministério da educação poderá ter tido para o insucesso ou o êxito futu-ros da política governamental. O que pretendemos sublinhar é como a vida nas escolas assumiu a natureza de sintoma dum mal que grassa no tecido social português e que se viria a ma-nifestar nos factos que se lhe seguiram e que configuraram a crise política mais grave da actual legislatura. A acção educativa não é compatível com a instabilidade ou com a desconfiança em relação aos seus responsáveis. E o mesmo é aplicável no plano da sociedade em geral. Precisamos - sempre, mas mais ainda em tempos de crise - de definir e manter um rumo e de acreditar que ele nos leva a algum lado.

O que é mais destrutivo para o trabalho educativo é a in-certeza permanente relativamente ao que será o dia de amanhã. No plano pessoal, ninguém se poderá empenhar num qualquer projecto educativo não sabendo se no ano seguinte ainda tra-balhará na mesma escola ou, até, se não estará desempregado

dentro de alguns meses. Também no domínio das políticas educativas, será sempre ilusório esperar resultados positivos quando as orientações mudam ao sabor de sucessivos despachos contraditórios ou de ziguezagues que passam da definição de competências básicas à proposta de metas curriculares, actuan-do em contraciclo com programas disciplinares recentemente aprovados e em plena fase de aplicação.

O tempo em educação é um factor decisivo. Não se podem esperar resultados duráveis no curto prazo. O trabalho faz-se em função de horizontes dilatados, da ordem de vários anos e, mesmo, de décadas. É preciso acertar um rumo, com clareza e convicção, mobilizar os agentes educativos em torno dele, fazê-los acreditar que esse é o caminho certo e que conduzirá a uma sociedade mais justa, mais produtiva, mais participativa e, portanto, mais educada. A credibilidade das políticas educativas é essencial, mas ela só poderá existir quando estas não forem traçadas para o curtíssimo prazo, determinadas pela imposição duma meta orçamental ou, até, pelo horizonte eleitoral mais próximo.

A intromissão das lutas partidárias na gestão do sistema educativo tem como efeito a descredibilização das propostas políticas nesta área. Não se entende, mais uma vez insistimos, como não se gerou ainda um consenso o mais alargado possível na definição de orientações políticas de longo prazo no sector educativo. E não se entende que tal não tenha ainda acontecido, porque esse seria o melhor modo de garantir estabilidade ao sistema. Estabilidade para o trabalho dos docentes, estabilidade para as expectativas das famílias, estabilidade para a evolução da sociedade no longo prazo. Saber para onde queremos caminhar é essencial para lá chegarmos. E só essa definição contratualizada entre os diversos intervenientes permitirá assegurar a estabi-lidade e a tranquilidade que são condições indispensáveis para o sucesso educativo.

Numa das recentes intervenções que fez, já na ressaca das greves dos professores, Nuno Crato exprimia o seu desejo de que o presente ano lectivo terminasse o mais rapidamente possível. Não creio que isso pudesse significar o seu desejo de abrir um ciclo novo com o início do próximo ano lectivo, em Setembro… Mas era disso que o país precisava!