julho 2010 - clube galp energia · ali à fresquinha água do mar. durante este tempo, uns optaram...
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Julho 2010 Flas
h 158
Passeio no Rio Sado Capa
Próximas Realizações Capa
Festival Panda 3
Visita à Turquia 5
Lisboa Bike Tour 23
Passeio a Sintra 26
Viagem a Paris e à Disney 27
Sorteio 38
Destaques
Próximas Realizações
02 Jul 2011 - Festival Panda
04 a 08 Jul 2011 - Colónia de
Verão Mini-Cientistas
06 Jul 2011 - Coldplay
07 a 17 Jul 2011 - Viagem a
Zagreb, Eslovénia e Itália
09 Jul 2011 - Dormindo com os
Tubarões no Oceanário
09 Jul 2011 - Cinema: Cars 2
11 a 15 Jul 2011 - Colónia de
Verão Mini-Cientistas
16 Jul 2011 - Cinema: Harry
Potter e os Talismãs da Morte
16 e 17 Jul 2011 - Campeonato
Nacional da 2º Divisão em Pesca
Desportiva
17 a 31 Jul 2011 - Curso de
Verão na Reading University
31 Jul a 06 Ago 2011 -
Colónia de Verão na Quinta da
Escola www.clubegalpenergia.com
No passado dia 5 de Junho, pelas 10 horas, lá estávamos nós na Marina
de Setúbal, prontos para mais uma aventura a acontecer a bordo do
barco ―Costa Azul‖ e que nos iria levar a navegar pelas águas do Rio
Sado. A boa disposição reinava entre todos, o clima ajudava, a simpatia
da tripulação contribuía também para isso!
Começámos a viagem saindo do porto de Setúbal em direcção à Arrábida,
foram servidos uns aperitivos que aconchegaram o estômago e o
prepararam para o efeito de marear que se fazia sentir, havia música
ambiente e uma paisagem formidável a envolver-nos.
Passadas mais ao menos 2 horas de navegação pelas águas calmas do
Sado/Atlântico, ancorámos perto de uma praia da Arrábida - Praia da
Figueirinha - onde alguns de nós tiveram, e aproveitaram, a oportunidade
de ir até à praia num pequeno barco de apoio. Outros lançaram-se mesmo
ali à fresquinha água do mar. Durante este tempo, uns optaram por uns
bons banhos na água transparente e outros, no barco, aproveitaram o Sol
que se fazia sentir. Foi feito o almoço, uma churrascada a bordo, com
carapaus e sardinhas grelhadas e, para os com mais apetite, febras
grelhadas no pão. Havia salada para manter a linha, sumos, água e vinho
para acompanhar e fruta para sobremesa.
Depois de almoço ‖levantámos ferro‖ e continuámos a navegar, desta vez
pelo lado de Tróia, em direcção ao interior do Rio Sado, onde mais uma
vez se viram paisagens bonitas, mas não os tão esperados golfinhos, que
não se atreveram a vir à superfície tal era a ―ventania‖ que se fazia
sentir no período da tarde. Por volta das 17 horas regressámos ao porto
de Setúbal, todos com a agradável sensação que se tinha passado um dia
em beleza!
Até à próxima aventura!
Andreia Abrantes e Ricardo Gomes
Passeio no Rio Sado
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Pesca Desportiva de Águas Interiores
Barragem dos Patudos - Alpiarça Decorreu no passado dia 12 de Junho, a segunda prova do Campeonato Interno de Pesca Desportiva de
2010, prova disputada na Barragem dos Patudos inserida na simpática Vila de Alpiarça.
A prova foi disputada sob um calor intenso, mas nem assim o peixe deixou de colaborar,
proporcionando boas pescarias. O primeiro classificado foi Rui Batalha que capturou, durante as três
horas de duração de prova, 11,060 kg de pescado (carpas e pimpões), tendo-se classificado nos
lugares imediatamente abaixo, respectivamente, Filipe Bertelo e Francisco Mouro Vieira.
A Classificação Final foi a seguinte:
Class
. Nome Peso (Kg)
1º Rui Batalha 11,060
2º Filipe Bertelo 10,000
3º Francisco Mouro 6,200
4º Daniel Bertelo 5,800
5º Tobias Rasteiro 4,460
6º Paulo Martins 3,900
7º Camilo Marques 3,860
8º Rui Reis 3,800
9º Joaquim Rodrigues 3,140
10º José Couvinha 1,920
Rui Oliveira
Sorteados AC/DC
Os Associados do Clube Galp Energia - Núcleo Centro contemplados com uma das de seis Limited
Deluxe Steelbox CD+DVD, dos australianos AC/DC, foram:
Isabel Lima Ana Beatriz Freire
Carlos Tenório José António Marques
Aníbal Gonçalves Paula Maria Santos
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Festival Panda O ―Festival Panda‖ é um grande evento destinado às nossas crianças e que implica uma mega
organização e logística. É desta forma que se compreendem algumas pequenas falhas, das quais
destaco as infinitas/infindáveis filas para todos os assuntos (insufláveis, balões, concertos, jogos, ...)
principalmente para quem tinha crianças de colo; os elevados preços dos bilhetes (para uma família
numerosa os totais são exponenciais; mas não foi esta razão que afastou as milhares de pessoas que
ocorreram ao evento), e por último o défice de pontos de refeições (quase inexistentes) e espaço
para as mesmas.
As minhas Princesas Lara e Sara estavam ansiosas para irem ao Festival Panda e perguntavam-me
diariamente se já tinha chegado o dia do festival. Todo este entusiasmo foi largamente superado
durante o tempo que lá estivemos. Embora cansados a experiência foi bastante positiva, porque não há
nada que me dá mais prazer na vida do que ver as minhas filhas felizes, radiantes e satisfeitas.
Não conseguimos ir a todos os espectáculos possíveis, devido ao elevado número de pessoas e pelo
contínuo desgaste físico da minha gente.
Para o ano gostaríamos de repetir a experiência, visto ter sido um êxito este ano. Contudo devo
realçar as melhorias que deverão ser feitas ao nível dos pontos atrás mencionados.
Em meu nome e da minha família agradeço a disponibilidade do Clube Galp Energia que proporcionou-
nos momentos únicos de alegria e divertimento com quem mais amamos.
António Manuel Madeira
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Celtic Legends Casino de Lisboa
Auditório dos Oceanos
Lisboa – Parque das Nações
Sento-me… olho em redor… vejo alguns colegas…
também eles decidiram partilhar a noite com famíliares e/ou amigos…
Apenas uns minutos mais e já se ouvem o violino, a gaita-de-foles, o acordeão, a guitarra, a flauta
celta, o tambor bodhran, percussões típicas… o ambiente está criado… vamos viver durante cerca de
1:30h o som, a cor, o ritmo da Irlanda tradicional e contemporânea.
Liz Knowles (directora musical) e Ger Hayes (coreógrafo) fundem a música com o sapateado!
Duas dezenas de homens e mulheres provenientes de Galway, Dublin e Belfast fazem arte em palco.
A alegria marca presença contagiante… as palmas ritmadas tornam-se cada vez mais frequentes…
Silenciamos respeitosamente sempre que Michael Londra nos oferece a sua voz ímpar…
Aplaudimos!!
Termina… olho em redor… ouço os comentários rendidos dos que me rodeiam…
Levanto-me e saio ainda atordoada com tanta perfeição…
Obrigada Celtic Legends!
Maria José Silva
Sorteados Caderneta de Cromos
Foram contemplados com um dos seis exemplares da ―enciclopédia definitiva sobre o que nos deliciava
nos anos 70 e 80‖ os seguintes Associados do Clube Galp Energia - Núcleo Centro:
Filomena Assis Maria Alexandra Silva
Rita Almeida Lima Filipa Conceição
Tiago Jorge Paula Cristina Pereira
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Turquia - único país dividido entre a Europa e a Ásia
Parece simples escrever um ―pequeno‖ texto sobre este país visitado, mas a tarefa é bem mais difícil
do que parece, pois lembrar é reviver e só apetece escrever!
Fazer um resumo de entre as várias percepções de um país e, ainda seleccionar meia dúzia de fotos,
entre centenas, para ilustrar a experiência vivida, não é tarefa nada, mesmo nada, fácil.
Dito isto partimos em viagem …
A Turquia é o único país dividido entre a Europa e a Ásia. Possui uma grande diversidade cultural e
étnica e é, de certo modo, uma das regiões mais antigas habitadas pelo homem. O país está banhado a
Sul pelo Mediterrâneo, a Oeste pelo Mar Egeu e a Norte pelo Mar Negro.
A Turquia situa-se na região peninsular da Anatólia. Entre as civilizações que ali se cruzaram
salientam-se três grandes impérios: o Império Hitita (há 3.000 anos), o Império de Bizâncio (entre o
século V e 1453) e o Império Otomano (desde 1453 até 1918). Entre o primeiro império e o segundo,
de salientar a extraordinária contribuição das civilizações clássicas Grega e Romana.
A república moderna da Turquia foi fundada em 1923 por Mustafa Kemal Ataturk. Baseada no
sistema parlamentar democrático – o país ocidentalizou-se e tornou-se num Estado laico. Isso
observa-se principalmente nos centros urbanos, onde as mulheres vestem-se à ocidental, as
mesquitas não são paragem obrigatória cinco vezes ao dia, e a bebida nacional, o Raki, é uma bebida
alcoólica à base de anis.
O ponto de partida desta fantástica viagem foi Istambul, antiga Constantinopla (ou ainda a mais
antiga Bizâncio). São cerca de 12 milhões de pessoas que vivem sobre milhares de anos de História, e
que se cruzam diariamente o Bósforo, entre a Europa e a Ásia.
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Turquia - único país dividido entre a Europa e a Ásia Denominada comummente como a cidade entre dois continentes, Istambul, é uma encruzilhada de
culturas. Essa intersecção encontra-se facilmente na igreja / mesquita mais conhecida do Mundo,
Santa Sofia (Hagia Sofia). A igreja original é do século IV, e foi reconstruída pelo Imperador
Romano, Justiniano, em 530 d.C.. A dimensão da construção é monumental, tendo em consideração a
época em que foi construída e, não obstante a sua antiguidade, ainda assim é uma das maiores do
Mundo!
Em frente de Santa Sofia encontra-se a Mesquita Azul, construída pelo Sultão Ahmet em 1606 para
ser maior e mais bonita que Santa Sofia, num claro simbolismo das tensões entre as duas religiões
que há tanto se defrontavam.
Neste centro histórico fica ainda localizado o Hipódromo Romano. Tinha capacidade para cerca de
100.000 pessoas, e foi o local onde ocorria um dos maiores acontecimentos desportivos e sociais de
Constantinopla - a ―corrida de bigas‖. Este cenário foi ainda palco de execuções públicas, bazares,
manifestações políticas e eventos sociais em que os imperadores pudessem participar e aparecer.
No Hipódromo é ainda digno de interesse o Obelisco Epípcio (Theodosius Obelisk) do século XV a.C..
Tem 60 metros de altura e foi trazido, de Luxor para Constantinopla, em 390 d.C. e colocado no
centro do Hipódromo. A Fonte Alemã foi construída em homenagem à visita do Imperador Wilhelm
II e é decorada com mosaicos de ouro.
Como qualquer outra cidade Istambul, a fim de poder funcionar em pleno, necessitava de água e é
aqui que mais uma vez Constantino e mais tarde Justiniano mostram a sua magnificência, construindo
a Cisterna da Basílica (Yerebatan).
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Turquia - único país dividido entre a Europa e a Ásia Esta é a maior e mais magnífica das cisternas subterrâneas de Istambul. Tem 143 x 65 metros, é
sustentada por 336 colunas de mármore e tem capacidade para armazenar até 80.000m3 de água.
Como não poderia deixar de ser, aliado à sua importância cultural, económica e política, Istambul era
destino de um dos mais célebres comboios do mundo – o histórico Oriente Express que hoje só
funciona como museu e restaurante na Estação Sirkeci.
Apanhando o comboio das palavras, após o desbravamento turco pela cidade de Istambul onde tanto
fica por dizer, sem nunca lhe retirar o mérito de ser uma cidade enorme e instigante que mistura o
novo com o velho, o tradicional com o moderno, o old fashion com o cool, partimos para outras
paragens. Deixamos a cidade que sabe ser cosmopolita e ao mesmo tempo exalar história por todos os
poros.
A cidade tão cheia de particularidades e misturas é a única que consegue ter uma perninha na Europa
e uma ―pernona‖ na Ásia, e quem marca esta divisão é o famoso Estreito do Bósforo. De toda a
Turquia, apenas 4% do seu território está no continente europeu, todo o resto está na parte asiática.
A parte europeia da Turquia é chamada de Trásia, enquanto que a parte asiática é chamada de
Anatólia.
Actualmente, Istambul atrai turistas pelo seu encanto, porém um dia, Istambul foi Constantinopla,
cidade que foi mérito de muitas disputas durante séculos de história.
Atracções turísticas e culturais não faltam pela cidade … Mesquita Azul, Santa Sofia, museus,
praças, palácios (Palácio de Topkapi onde vivia o Sultão), jardins e muito comércio típico.
Em Istambul encontram-se dois dos maiores e importantes Bazares. O Grande Bazar (kapaliÇarsi), o
maior mercado do mundo. Fazer uma visita neste mercado de mais de 5 mil lojas é uma experiência
inesquecível … onde se vende de tudo: tapetes, livros, artesanato em cobre e latão, jóias em prata e
ouro, candeeiros, narguilés, … , entre cores, cheiros, chás e muita negociação. A impressão que dá é
que os turcos estão mais interessados em conversar e negociar do que efectivamente em vender. Na
parte baixa da cidade, encontra-se o Bazar das Especiarias (Egípcio), construído em 1.660 e
dedicado à venda de especiarias. Lá encontramos condimentos, ervas, chás e infusões, plantas
medicinais, café turco, doces típicos (a maioria tendo o pistache como base), frutos secos, nozes,
óleos e essências, bem como afrodisíacos entre muitas outras coisas.
Ambos os bazares estão organizados e limpos sem perder o charme dos mercados árabes …
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Turquia - único país dividido entre a Europa e a Ásia
Vista Istambul no contra-relógio possível, é altura de voar para Ankara, a Capital da Turquia. Nesta
cidade está oficialmente a administração e o governo da Turquia, contudo, turisticamente não há
muito que ver, exceptuando o Mausoléu de Mustafa Kemal Ataturk, político e militar turco
responsável pela declaração de independência da Turquia em 1923 e pelo Museu das Civilizações da
Anatólia. No local estão expostos testemunhos das diversas civilizações que ocuparam a região desde
a pré-história.
Pelo caminho uma breve paragem na cidade de Konya. Esta cidade foi, nos séculos XII e XIII, a
antiga Capital do Império Seljúcida. Esta cidade conta com a sua própria lenda - diz-se que foi a
primeira a ressurgir de entre as águas caídas durante o Dilúvio. Por isso foi eleita no século XIII por
um místico islâmico (CelaleddinRumi ou Mevlana) como local para fundar a Ordem dos Dervixe
Mevlevi, baseada na procura do bem e do amor universal.
A cidade alberga um importante Museu que abriga o túmulo de Mevlana, instrumentos musicais, livros,
manuscritos e objectos usados pelos dervixes rodopiantes. O ―giro sufi‖ é uma dança ritual em que o
devoto roda em torno do seu próprio eixo para induzir um estado de êxtase espiritual.
Próxima paragem …Capadócia
Pelo caminho da nossa viagem pela Anatólia Central, nos caminhos menos civilizados da Turquia,
encontra-se um misto de história e natureza que torna a região aliciante para se conhecer. No que
concerne à história, vislumbram-se na estrada antigos refúgios chamados Pousadas das Caravanas.
Objectivo? Servir de abrigo às caravanas, homens, animais e mercadoria, da Rota da Seda. Esta
actividade comercial entrou em declínio séculos mais tarde, sendo Portugal e o período dos
descobrimentos, o principal motivo deste gradual abandono.
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Turquia - único país dividido entre a Europa e a Ásia
No que concerne à Natureza, é nesta zona que se localiza o quarto maior lago salgado do Mundo
(Tuz Gölü Saglik ürünleri). No Verão, é praticamente 100% sal!, superando o Mar Morto. É uma
experiência invulgar caminhar por cima de um lago, ainda para mais, salgado!
Capadócia
É uma das regiões mais insólitas do planeta. Há 30 milhões de anos, vulcões em erupção cobriram a
região com cinzas. Ao solidificarem, formaram camadas que, ao longo dos tempos, foram erodidas
pela acção das forças da Natureza, originando curiosas formações rochosas, uma paisagem
aparentemente lunar que faz da Capadócia um lugar estranho, diferente e único.
Uma das melhores formas de ficar com uma memória inesquecível deste lugar tão diferente e com
muito para ver é fazer várias caminhadas e, se possível, um inesquecível passeio de balão. A zona
entre as cidades de Gorême e Urgrup, onde proliferam habitações trogloditas, é o ponto de partida
para algumas das mais interessantes caminhadas a fazer, através do Vale Rosa e do Vale Vermelho.
Mas é de cima, antes do nascer do Sol, embalando no cesto dos balões de ar quente, de cores
diversas, que pintalgam o céu coabitando com o cenário natural em perfeita harmonia e tendo como
companhia o som do silêncio – ou o uivar dos ventos que sopram forte, por vezes, que a província
revela toda a sua magnificência paisagística, onde os planaltos verdes se espraiam entre os
montanhas. A tamanha altitude, no Vale de Goreme, mal se distinguem pessoas e casas, mas só quando
se finca os pés no chão se percebe que se está num reino mágico, onde as fadas habitam chaminés...
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Turquia - único país dividido entre a Europa e a Ásia
De seguida nova paragem, desta feita em Pamukkale e Hierápolis, outro destino que merece ser
lembrado … a tradução de Pamukkale é ―Castelo de Algodão‖. Aqui destacam-se também as formações
rochosas, porém, completamente diferentes das da Capadócia. Há milhares de anos, um vulcão entrou
em erupção nesta região e deu origem a um relevo de cálcio branco que relembra um castelo de
algodão, maravilha natural, onde nascentes de água carregadas de sais calcários originam
desfiladeiros de água morna que descem a encosta criando uma paisagem composta por gigantescas
cascatas de estalactites muito brancas e uma série de terraços com piscinas naturais.
Hierápolis é uma cidade helenística-romana famosa na antiguidade pelos seus banhos termais
terapêuticos. Era frequentada por milhares de doentes à procura da cura para os seus males. Uma
terapia para a visão e para o corpo!
O último destino da Turquia cultural e histórico, antes de entrar em clima de sol e praia, foi Ephesus,
cidade fundada pelo filho de um dos reis de Atenas há 1.000 anos a.C. e que teve o seu período áureo
em 200 a.C.. Nesta época, Ephesus era considerada a Capital da Ásia Menor, em função do seu solo
fértil e estratégica posição marítima.
Visitar Ephesus é realizar uma autêntica viagem no tempo. Fundada no século IV a.C., é uma das
cidades mais bem conservadas do mundo antigo tendo como imagem de marca a biblioteca antiga de
Celsus. Ephesus foi o porto mais importante do mar Egeu, monopolizando as riquezas do oriente
médio durante os séculos I e II d. C., quando chegou a ter uma população de 250.000 habitantes. A
sua riqueza não era apenas material. Destacavam-se as iniciativas culturais, tais como escolas
filosóficas, escolas de magos e muitas manifestações religiosas.
Bem perto das ruínas de Ephesus repousa o que resta de uma das sete maravilhas do mundo antigo - o
Templo de Artemis, a Deusa da Fertilidade. Infelizmente do local resta somente uma das colunas. Na
encosta da montanha ergue-se um anfiteatro com 24.000 lugares que foi construído no período
helénico. Outros pontos de interesse são o Templo de Adriano, a Casa de banho pública, a Biblioteca
de Celsus e o Odeon. As Deusas que ocupam os nichos na frente da biblioteca são Sofia (sabedoria),
Areta (virtude), Enoia (intelecto) e Episteme (conhecimento).
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Para os cristãos, Ephesus foi a cidade onde Paulo muitas vezes pregou e onde foi construída a
primeira das sete Igrejas do Apocalipse. São João recebeu a tarefa de difundir o cristianismo e
também escolheu Ephesus, a maior cidade da época, como alvo.
Além de todo o seu valor histórico, Ephesus foi também a cidade da última morada de Maria, mãe de
Jesus. Coube a São João abrigar e esconder a Virgem Maria numa pequena casa no sopé da montanha
Bulbul, reconstruída na actualidade e que tivemos a oportunidade de visitar. Nesta casa Maria passou
os seus últimos dias, entre 37 e 45 d.C., até à sua morte com, dizem, 101 anos.
Supersticiosa ou não, é inegável a energia especial que este lugar transcende, apesar do turismo de
massas que diariamente invade o espaço.
Por fim Kusadasi, o nosso destino de praia e lazer … à beira do mar Egeu … dias de descanso, praia,
passeios e compras finais...
Vale a pena uma (nova) visita!
Finalmente, a salientar:
- o bom espírito de grupo, indispensável para que tudo fluísse da melhor maneira, havendo sempre
espaço para uma boa paródia, uma anedota, até para sessões de cabeleireiro, entre outras … ;
- um agradecimento ao nosso excelente guia Alili, extensivo à Eliana Domingos, em nome do Clube
Galp Energia e do Pedro, em nome da agência de viagens que nos acompanhou;
- à queda da ―Maria Amor‖ que foi alvo de preocupação de todos os participantes menos da própria …
O Tempo passou rápido demais e nada como aproveitar cada palavra, cada foto, para relembrar este
sonho de viagem…
E como dizia Sophia de Mello Breyner Anderson ―viajar é ver‖, boas viagens! André Seixas
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Passeio no Rio Sado Quando me disseram que, num sábado, tinha de acordar cedo, eu nem queria acreditar. Só a minha tia
para nos por numa situação desta, a mim, à minha mãe, ao meu irmão e à minha avó.
Mas tive mesmo de acordar cedo no dia 26 de Junho, para ir apanhar um autocarro que nos esperava
em Sete-Rios, cheio de pessoas que tal como nós iriam participar nesta iniciativa do Clube Galp
Energia - Núcleo Centro.
A viagem de autocarro correu bem e num instante chegámos a Setúbal. Foi perto da marina e do
edifício do Porto de Setúbal que nos aguardavam algumas pessoas que optaram por fazer a viagem de
carro e parte da tripulação que nos veio receber.
Para alguns já não era a primeira vez que participavam e diziam maravilhas e por isso sempre que o
Clube fazia este programa eles inscreviam-se. Os comentários que ouvi, davam crédito à
argumentação da minha tia.
Mas para mim havia a grande dúvida: Qual é o barco?
No geral estava tudo ansioso para entrar no barco e largar amarras!
Pelas 10 horas lá entrámos na marina e no Barco Costa Azul e instalámo-nos uns na parte baixa à
sombra, outros nas cadeiras espalhadas em outras duas zonas. Pouco depois seguimos viagem.
O meu irmão andava louco com a história de andar de barco e com a possibilidade de vermos golfinhos
e não posso negar que eu também!
A manhã passou a correr. Depois de um período de navegação o barco fundeou (aprendi esta palavra
hoje) para podermos ir até à praia. O percurso do barco à praia foi feito num pequeno barquinho a
motor. Pouco depois de chegarmos à areia começou a agitação a bordo (que quem foi até à praia,
acabou por perder) com os preparativos para a feitura do nosso almoço. Passado uns tempos já se via
o fumo, sinal de que o almoço estava a ser preparado.
Depois voltámos a bordo para almoçar. Aí é que me apercebi como é que as coisas eram montadas para
se conseguir fazer grelhados a bordo de um barco que não tem cozinha!
Eu, que não sou muito adepto de peixe, estive-me a guardar para a carne, mas tenho de admitir que o
peixe (sardinhas e carapaus) estava bom, mas a carne no pão também.
Depois de tudo arrumado, fogareiros limpos, carvão guardado, chão lavado, loiça (plástica, claro!) no
lixo, o barco voltou a movimentar-se.
E lá fomos nós atrás dos golfinhos, sempre com a dúvida se eles iriam aparecer ou não.
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Passeio no Rio Sado Tivemos sorte, pois foram vários os que aparecerem. Divididos em pequenos grupos, saltavam de vez
em quando. Espectáculo!
Até tivemos a oportunidade de conhecer o Batalha (a senhora da tripulação disse-nos o seu nome) o
golfinho mais pequeno deste grupo e que nasceu há pouco tempo. E também nos explicou que ele
andava sempre acompanhado por duas fêmeas, mas o meu irmão como é mais pequeno só perguntava
onde estava o pai e a mãe do Batalha?
Por mim ficávamos mais tempo, mas….já estava na hora de regressar à marina e depois a Lisboa.
No final tenho de agradecer à minha tia, por insistir com a minha mãe para virmos a este passeio de
barco no Rio Sado com o Clube Galp Energia - Núcleo Centro.
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O Segundo Grupo em passeio pela Turquia PRIMEIRO DIA. Cedo. Muito cedo, para não perder pitada. Encontro marcado no Aeroporto de
Lisboa. Destino TURQUIA. Presentes, um representante da Agência de Viagens, um Director do Clube
Galp Energia e um grupo de quatro dezenas de pessoas que se propuseram participar em mais um dos
passeios ao estrangeiro organizado pelo Clube.
Como estava programado, cerca das 6:15 horas demos início ao nosso primeiro voo, via Munique, com
destino a Istambul, cidade e porto comercial turco, situada na embocadura do Bósforo, junto ao mar
de Mármara.
Chegamos a ISTAMBUL sob um calor abrasador e com uma diferença de fuso horário de duas horas.
Pacientemente, sujeitámo-nos ao trabalho burocrático do controlo dos vistos de entrada, acção que
demorou um pouco mais do que o desejável para quem chega. À nossa espera já se encontrava um Auto
-Bus, com um guia local para dar início ao nosso Passeio pela Turquia.
Como primeira curiosidade, e por ser Domingo, tivemos a oportunidade de ver como as famílias turcas
se agrupam e aderem na realização de piqueniques, utilizando mantas e fogareiros espalhados pelos
jardins que ladeiam as margens do Mar de Mármora.
Por força do atraso na obtenção dos vistos de entrada, o programa que deveria começar com um
passeio de barco para uma visita panorâmica da Cidade de Istambul, vista do mar, deu lugar à visita de
pontos históricos na parte velha da cidade, começando pela Igreja de Santa Sofia (Sabedoria Divina).
Com uma abóboda de dimensões únicas no Mundo, o seu estado de conservação não será dos melhores
por razões económicas das autoridades eclesiásticas, mas, graças às explicações do guia local,
conseguimos ver figuras e símbolos que de outra forma não chegávamos lá.
De seguida visitámos a Cisterna da Basílica Bizantina. Cisterna de água localizado a uma elevada
profundidade abaixo do nível da rua. Os acessos são feitos primeiro por uma escadaria e, depois, por
passadeiras de madeira, colocadas acima da água, circundando grandes colunas que suportam as
diferentes abóbodas, Os visitantes podem ainda apreciar algumas obras de arte que testemunham o
saque dos bizantinos e as torturas a que sujeitavam as vítimas, sendo exemplo disso, conforme nos foi
transmitido, as esculturas que representam duas cabeças posicionadas em sentidos opostos.
O ambiente é bastante agradável pela sua semi-obscuridade e musicalidade.
O dia foi longo e sobrecarregado de viagens, pelo que já se desejava a hora da chegada ao Hotel para
recuperar energias e satisfazer a curiosidade do nosso primeiro jantar em terras turcas.
Sabendo que cada país tem os seus hábitos alimentares, a Turquia não podia fugir à regra. Uma
salada, um folhado de queijo e, quando já esperávamos que ficaríamos por ali, foi-nos então servido um
prato de carne, tipo hamburguer (de cordeiro ?).
A noite acabou com um passeio pedestre numa extensa Avenida de Istambul iluminada com enfeites
tradicionais de Natal, com muito comércio, bastante movimentada, sobretudo por gente muito jovem.
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O Segundo Grupo em passeio pela Turquia
O SEGUNDO DIA ficou marcado por um número considerável de visitas, começando pelo Mercado das
Especiarias onde foi possível apreciar a diversidade de especiarias, as suas cores e odores.
A seguir o Hipódromo da antiga Constantinopla, localizado nas proximidades das Mesquitas Azul e
Santa Sofia. Foi noutros tempos um centro desportivo de que restam apenas algumas colunas, valendo
as narrativas do guia local para termos uma ideia da agressividade das lutas ali travadas durante 60
dias/60 noites, como entretenimento da população. Mesquita Azul, uma das obras primas de Istambul,
e ainda num estado de conservação bastante agradável comparada com Santa Sofia. É a única que
possui seis minaretes e as abóbodas interiores são suportadas por quatro colunas. O revestimento
com azulejos e os vitrais são a sua principal atracção. Ainda antes do almoço tivemos a oportunidade
de visitar o Palácio Topkapi – que foi residência de Sultões e cuja arquitectura sofreu a
influência
pessoal de cada residente. Neste Palácio, hoje museu aberto ao público, podemos visitar várias salas
com exposições de cerâmicas, jóias em ouro e prata, pedras preciosas, trajes, sabres e muitos outros
artigos. Sem sairmos do Palácio almoçámos num restaurante sobranceiro ao Bósforo. O Grande Bazar
deu-nos a oportunidade de passear por extensos corredores com lojas para os mais variados gostos
onde tudo é negociável, desde artigos em ouro até à mais insignificante recordação. E finalmente o
Passeio de Barco que era para ter sido efectuado no dia anterior e que só não foi feito pelo atraso
verificado com a lenta burocracia do visto de entrada. Num barco turístico vimos a cidade de
Istambul pelo lado mar, navegando no Mar de Mármora em direcção ao Estreito do Bósforo (com as
suas pontes). Pudemos apreciar vivendas e hotéis que proporcionam outra qualidade de vida só possível
a certas camadas sociais que também existem na Turquia, bem diferente das famílias que antes vimos
em piqueniques nos parques junto ao mar. Foi um passeio bastante agradável que se pautou, sobretudo,
pelo ambiente calmo que o mar tem o condão de transmitir às pessoas. A acalmia do mar, sem vento,
dia soalheiro, um grupo afável e simpático, ingredientes suficientes para elevar o êxito da iniciativa.
Antes do regresso ao Hotel, como que em sinal de despedida, ainda fomos a uma das colinas de
Istambul para podermos admirar e fotografar uma paisagem mais abrangente do Estreito do Bósforo
vista na parte asiática.
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O Segundo Grupo em passeio pela Turquia
Ao TERCEIRO DIA mais um amanhecer em horas pouco usuais. Apesar disso, não deixou de ser
notória a boa disposição e a paródia que cada um, à sua maneira, fez da situação. O objectivo era
ANKARA e o avião é mais uma vez utilizado como meio de transporte. Chegámos ao Aeroporto com
forte dispositivo de segurança. O guia local organizou as coisas para um ―check-in‖ de grupo, o que
facilitou em grande parte a pesada burocracia mas não evitou uma longa espera para entrarmos no
avião, em cumprimento das regras de segurança. O tempo continuava a favorecer quem passeia, o que
é bastante agradável e torna os espíritos bem mais positivos.
A passagem por Ankara seria sempre furtiva porque o percurso para a Capadócia (Cavalo Doce) era
longo. Mesmo assim fizemos uma visita ao Museu das Civilizações da Anatólia considerado um dos
museus mais importantes da Turquia. Esta visita foi acompanhada, como todas as anteriores, por guia
local e foi apresentada de forma bem explicita, o que facilitou o entendimento do que estávamos a ver
poupando-se no tempo de visita.
Seguidamente fizemos a visita ao Mausoleu de Ataturk, esta bem mais rápida não só por ter pouco
que ver, como pelo facto de existir uma outra área vedada a visitas. Entretanto chegou a hora para o
almoço. A curiosidade nesta refeição esteve no facto de o Restaurante não servir quaisquer bebidas
alcoólicas por o mesmo se localizar junto a uma Mesquita.
Neste dia a grande surpresa estava para surgir. A equipa de apoio que acompanhou este segundo
grupo conseguiu orientar o tempo e proceder à reserva de uma sala num Hotel, sem desvios no
percurso, para que todos nós pudessemos ver o jogo entre Portugal vs Costa do Marfim. A satisfação
foi enorme e houve até quem se tivesse trajado a preceito com as cores de Portugal e todos, durante
a transmissão do jogo, procuraram transmitir ―fluídos positivos‖ para que Portugal conseguisse a
vitória. Isso não veio a acontecer, mas, o facto de não perdemos acabou por ser aceitável.
E, discutindo tácticas e técnicas armados em treinadores de bancada, lá prosseguimos a caminhada à
procura do Hotel que nos havia de dar guarida e jantar.
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QUARTO DIA - CAPADÓCIA. Cedo, mais que cedo, cedíssimo. Duas carrinhas da organização do
evento à porta do Hotel. Objectivo - a tão esperada viagem em Balões de Ar Quente. E lá fomos nós à
procura da aventura. No local da concentração foi-nos servido um pequeno-almoço ligeiro. Entretanto,
foram chegando outros grupos, muita gente, muita excitação. Era grande a azáfama no enchimento de
balões não longe dali. Por fim, voltámos outra vez às ditas carrinhas que foram distribuindo as pessoas
para junto dos balões consoante cada um dos promotores do serviço.
De acordo com as regras de segurança que nos foram transmitidas, cada um foi subindo para um tipo
de cesto grande, em verga, com diversos compartimentos onde as pessoas se iam acomodando. A
entrada não era de todo fácil e requeria alguma agilidade de movimentos. Só a falta de um pequeno
acessório com dois ou três degraus, que facilitasse o acesso, originou que alguém ficasse em terra,
casos do Henrique e o pai, apesar do esforço de mentalização e a ajuda física oferecida pelos
organizadores.
Tudo pronto, cada um no seu compartimento, o balão, pela acção do ar quente e manipulado por um
controlador, foi subindo e descendo por vales e montes. As vistas deslumbravam toda a gente. Eram
imensas as grutas, umas de grande dimensão, outras mais pequenas, umas já com portas e janelas,
outras representando figuras de acordo com a imaginação de cada um. A própria sensação de andar no
ar, sentindo o sol e o vento criou muita emoção em quantos participaram nesta aventura. Só a
aterragem não foi tão suave quanto seria desejável, mas o passeio acabou na maior animação, com a
prometida taça de ―champanhe‖ entre passageiros, tripulante do balão e os colaboradores de terra
que vigiaram todo o nosso percurso.
A Capadócia é uma das regiões mais impressionantes da região Leste de Anatólia, repleta de
formações vulcânicas construídas pela própria erosão dos ventos. Existem paisagens únicas formadas
nas rochas como verdadeiras esculturas, grutas e cavernas que serviram de habitação e refúgio de
pessoas durante anos. Muitas dessas grutas ainda conservam a sua formação original, outras sofreram
alterações de mão humana para melhor servirem de habitações, igrejas, mosteiros, palácios e museus.
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Tivemos conhecimento da existência de cidades subterrâneas. Foi interessante ouvir as explicações,
quanto à sua concepção e os fins a que se destinavam. Visitámos uma dessas cidades e descemos
alguns níveis abaixo do chão para ver os espaços, a forma como comunicavam os diferentes
compartimentos, como nelas se movimentavam as pessoas e ouvir do guia a explicação sobre truques
utilizados para despistar qualquer visitante não desejado.
Estas cidades ofereciam as condições para armazenamento de víveres e de protecção das populações
em caso de invasões inimigas.
Visita à Fábrica dos Tapetes - Fazem parte deste tipo de iniciativas as visitas a locais de artesanato.
Assim, o nosso guia levou-nos a visitar uma fábrica de tapetes, onde fomos recebidos com muita
simpatia. Enquanto uns tomavam um chá e outros uma outra bebida, íamos ouvindo as explicações das
diferentes fases que compõem a fabricação de um tapete, a escolha dos materiais utilizados, a
simbologia dos seus desenhos, como reconhecer a sua qualidade, a comercialização e o produto final
―Tapetes‖.
Algumas pessoas do grupo adquiriram tapetes consoante o seu gosto regateando ou não os preços.
Discutir preços é mais uma questão de cultura das pessoas que compram com a cumplicidade de quem
vende, mas também tem muito a ver com o feitio de cada um. Se formos a uma feira de rua temos o
espírito mais aberto para contrapor outro preço, se formos a uma loja já não é assim.
Ora, a Loja 54 em questão não nos foi apresentada como uma loja de rua, nem como uma banca de
feira, antes pelo contrário, foi-nos apresentada com uma loja de referência e com recebimento
personalizado, o que pressupõe estar fora de questão o regatear. Não foi assim e quem regateou
comprou mais barato.
Almoço – merece uma referência especial este nosso almoço, não só pela extrema simpatia como
fomos recebidos como pela qualidade do almoço. Era uma carne de vaca com feijão servida em panelas
de barro hermeticamente fechadas com uma massa de pão em torno da tampa, e que estiveram três
horas ao lume até chegarem à mesa. Comida muito elogiada e com direito a repetir se fosse caso para
isso.
Museu a Céu Aberto - Goreme - Tivemos oportunidade de visitar algumas das igrejas construídas nas
grutas, com os seus frescos, uns mais outros menos em destaque, alguns deles perceptíveis apenas
pelo nosso guia que nos foi explicando as suas formas e representações.
Jóias – Antes de chegarmos ao Hotel ainda visitámos um estabelecimento de fabrico e
comercialização de jóias em prata, ouro e pedras semi-preciosas. A recepção começou com a
identificação da qualidade das pedras, umas mais puras que outras e a relação dos seus preços, bem
como a apresentação de algumas jóias de referência. Seguiu-se o acesso à zona comercial, nos moldes
em que havia acontecido com os tapetes, onde cada um admirou e/ou comprou as jóias a seu gosto,
mas mais precavidos em relação à discussão de preços.
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Num restaurante próximo do Hotel foi-nos servido o jantar acompanhado de um programa de
variedades que incluía música, danças folclóricas, dança de ventre e um número de alto risco com uma
faca.
Não era nada que não tivessemos já visto em espectáculos de circo. O que nunca tínhamos visto,
certamente, era a participação de elementos do grupo na execução em alguns deste números. Assim
aconteceu e o Adelino Coradinho foi um dos convidados a participar na dança de ventre,
acompanhando os movimentos de uma menina profissional na matéria, e fê-lo de tal maneira que
mereceu os aplausos de todo o nosso grupo. O outro elemento, o Renato Carona, foi convidado a
executar um número bem mais arriscado, que era, colocando uma faca com a ponta no lábio inferior,
movimentá-la por forma a que esta se espetasse numa tábua colocada no chão. Falhada a primeira
tentativa, não falhou a segunda e mereceu o aplauso do nosso grupo e de quase todo o auditório que
não estava a dormir.
QUINTO DIA - Um alvorecer em tudo semelhante aos anteriores. Quase todos tínhamos a noção de
que o caminho ía ser longo e às 6:30 horas estava tudo dentro do autocarro e em marcha.
O almoço também foi mais cedo que o habitual, num restaurante de estrada, e às 13 horas visitámos
um dos Caravan Salay, estalagens localizadas de 60 em 60 quilómetros para apoio e descanso de
mercadores, animais e carroças, servindo ainda de local para a realização de trocas comerciais. Foi-
nos dito que a estadia destes mercadores era grátis no primeiro dia sempre em nome de Deus,
pagando apenas os dias que se seguiam até estarem criadas as condições de prosseguirem viagem.
Finda esta visita fizemo-nos à estrada apenas com as ―paragens técnicas‖ necessárias para qualquer
eventualidade e descanso do motorista.
O nosso guia Augusto, não era este o seu nome mas, do turco
para português foi a tradução mais parecida que se encontrou,
sempre gostou de fazer as suas dissertações mitológicas e
durante este percurso a caminho de Konya fez um
desenvolvimento sobre o ―Sufismo‖ – Movimento espiritual
islâmico.- destacando comportamentos e vivências pessoais
como forma de atingir a purificação para se estar junto a
Deus. Esforçou-se bastante utilizando os termos de Passado/
Presente/Futuro para melhor entendermos como se podia
chegar à perfeição. Para isso as pessoas renunciavam à
riqueza, rezavam repetidamente as orações, faziam
penitências como meio de passagem por estados de purificação
para estarem em união com Deus. Como a situação é um pouco
complicada e mais ainda quanto à conclusão de que o presente
é a forma real de se chegar à perfeição e assim merecer estar
junto de Deus. Talvez não seja má ideia esperar por uma outra
viagem com ele para voltarmos ao assunto.
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KONYA - Chegámos a Konya. Fomos visitar o Museu Mevlana ou Rumi, onde presenciámos diversas
urnas de Sultões, com aparatos segundo o poder de cada um e, curiosamente, foi notório o
envolvimento dos visitantes com as pessoas que ali foram rezar e manifestar a Deus os seus desejos.
Visitámos ainda a Biblioteca, onde se concentravam figuras em tamanho normal de humanos que
simulavam estar reunidas em assembleia.
PAMUKKALE – Castelo de Algodão – Ao longe eram visíveis grandes manchas brancas que mais parecia
estarmos perante uma encosta tapada de neve. O primeiro contacto com a rochas de origem calcária
foi de deslumbramento por formarem pequenas cascatas de água morna e salgada que se vão
estendendo encosta a baixo. A área envolvente é constituída por uma vasta encosta digna de ser vista,
fotografada ou filmada. Descalças, as pessoas podem molhar os pés e passear pelas cascatas que
estão cheias de água. Tudo parece ser sobrenatural, daí, tal como a região da Capadócia, fazerem
parte do Património Mundial da UNESCO.
Mas, tudo tem um senão se não se tomarem as necessárias medidas, amanhã, tudo aquilo estará
destruído pela escassez de água, pois já se nota que muitas das ditas cascatas estão a ficar secas,
com terra em vez de calcário. Argumenta-se que a falta de água é atribuída aos agricultores, mas se
se pretende conservar aquele património, a UNESCO ou o Governo da Turquia terão que tomar
medidas. Apesar deste senão valeu a visita, toda aquela encosta de uma alvura sem igual é
verdadeiramente impressionante.
SEXTO DIA – ÉFESOS - A caminho de Éfesos visitámos a suposta Casa da Virgem Maria, onde Maria
terá passado os seus últimos dias de vida. Há várias narrativas sobre este facto, mas no concreto
continuam a haver muitas incertezas, sabendo-se apenas que terão vivido e morrido neste local os
Apóstolos Paulo e João.
Chegados às Ruínas da Cidade de Éfesos, dedicada por Alexandre Magno à Deusa Artemisa, houve
quem fosse directamente para o Hotel, pelo calor que se fazia sentir e por indisposição de algumas
pessoas.
A grandeza da cidade e o estado de conservação das peças que recordam a sua história são um bom
exemplo a seguir por todos os responsáveis pelo Património Cultural.
Além do que se pôde admirar, deu para ver todo o grande esforço de recuperação e conservação
deste legado histórico, desde a grande avenida principal, o ginásio, a biblioteca, o teatro e as peças
soltas que não estão por ali ao acaso. O nosso guia Augusto também aqui nos deu uma boa lição de
história antiga.
SÉTIMO, OITAVO E NONO DIAS – KUSADASI – Pine Bay Resort
Não desprezando a qualidade dos hotéis por onde passámos, como remate final para a nossa estadia
na Turquia, não podia ter havido melhor ideia.
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Um Resort de pulseira, como o PINE BAY RESORT, transcendeu todos os anteriores pelo espaço, pela
variedade de tudo, desde restaurantes, piscinas, praias, espaços de lazer e bares, tudo isto nos
proporcionou o bem estar necessário para retemperar energias.
As idas à praia e às piscinas, os copos bebidos aqui e ali, os momentos de convívio e o jantar em grupo
em todos os dias da nossa estadia, sugerido pelo Staff que sempre nos acompanhou, motivaram que se
criassem significativos laços de amizade entre todos os elementos do grupo.
O que é bom também se acaba. Este passeio terá, certamente, ficado marcado na memória de todos
nós quer pelos momentos de alegria que se viveram, quer pela descoberta dos usos e costumes do dia
a dia do povo turco, quer ainda dos vestígios de uma cultura que marcam o presente e marcaram o
passado.
O REGRESSO – Tudo na vida tem hora marcada e o nosso regresso também tinha o dia. Logo a seguir
ao almoço, que até foi mais cedo, tomámos o autocarro para nos levar ao Aeroporto de IZMIR para a
primeira viagem de regresso a casa.
Chegamos aqui no momento exacto em que começou o jogo de Portugal vs Coreia do Norte. Com este
jogo, a alegria foi outra. Ganhar é sempre melhor que empatar.
Se para uns o regressar representou nostalgia, para outros representou um certo anseio das origens e
alguma dose de saudade.
O STAFF – É de toda a justiça que se faça uma referência aos elementos que trataram,
acompanharam e geriram toda a logística durante o passeio à Turquia deste 2º Grupo.
Há vários factores que contribuem para o êxito de qualquer iniciativa, sobretudo quando nos
deslocamos no estrangeiro.
Sem qualquer ordem de preferência refiram-se:
O espírito de grupo tão benéfico para fomentar um bom ambiente, a amizade e o respeito de uns
pelos outros no cumprimento das regras mais elementares - horas de partidas, ...
A confiança nas pessoas (STAFF) que acompanham os grupos, sejam elas em representação do Clube
Galp Energia, da Agência de Viagens ou o Guia Local, responsáveis pela gestão de inúmeras situações
que carecem de solução imediata.
A comunicação articulada entre os elementos do STAFF também tem um papel fundamental em
qualquer iniciativa para que as pessoas saibam onde estão, para onde vão, o que poderão fazer e com o
que podem contar.
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O Segundo Grupo em passeio pela Turquia
Neste segundo grupo que se deslocou à Turquia tudo foi bem sucedido. O espírito de grupo foi notável,
as pessoas conviveram entre si, notou-se inclusivamente uma certa cumplicidade na partilha de
opiniões e sugestões em muitas das compras que se efectuaram.
Chegar a um Aeroporto, fazer o ―check-in‖ de forma a parecer uma coisa prática, ou chegar a um hotel
e em pouco tempo ter a chave do apartamento e as malas à porta, ou sair do autocarro para fazer
visitas e quase no imediato estamos a passar os torniquetes, requer um trabalho antecipado que não se
dá por ele, é aqui que reside a confiança nas pessoas que acompanham os grupos.
Saber ou recordar para onde vamos, os obstáculos que temos pela frente, quantas horas de percurso,
previsão de paragens e chegadas, que fazer quando chegamos a qualquer sítio, que devemos fazer no
começo do dia seguinte e outras informações entendidas como úteis, é uma boa forma de comunicação.
Parabéns ao Clube Galp Energia pela organização da iniciativa e à indicação do Director em serviço.
Parabéns também para o representante da Agência de Viagens que foi de uma simpatia extrema para
todos nós sem excepção, que soube estar à altura das sua obrigações e revelou excelentes cuidados
de organização, bem como para o guia local - o ―Augusto‖ - que demonstrou ser possuidor de vastos
conhecimentos, foi um bom comunicador, muito atencioso, manifestando grande preocupação em fazer-
se entender, não esquecendo o motorista que nos acompanhou em quase todos os dias do nosso passeio,
mesmo no dia em que a sua preocupação, certamente, estaria mais no nascimento da filha que no
trabalho.
Um bem haja para todos.
António Brissos
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Lisboa Bike Tour 2010 - NÓS FOMOS
São estas, as boas memórias que nos vão ficando da nossa vivência na empresa.
Fomos 20 (à partida e à chegada :) ) e preparámos o evento com grande entusiasmo e boa disposição.
A LBT correu às mil maravilhas e o tempo só nos ajudou (estava um dia ensolarado, com temperatura
amena). Os participantes eram mais que muitos (de facto é um espectáculo ver aquela gente toda a
encher por completo o tabuleiro da Ponte) e, portes atléticos, havia para todos os gostos. O percurso
foi tranquilo e acessível a todos, sempre convenientemente apoiado, quer pela polícia, quer pelos
bombeiros.
No final, valeu pelo convívio e pela magnífica experiência de atravessar a Ponte Vasco da Gama de
bicicleta (e uma bicicleta nova pelo preço da inscrição).
Parabéns ao Clube Galp Energia - Núcleo Centro, que mais uma vez mostrou o seu profissionalismo na
organização e demonstrou que está atento aos principais eventos que ocorrem no nosso país.
Pela parte do Retalho - Lojas, Obrigado.
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Passeio à Turquia - 3º Grupo E quando me apercebi tinha finalmente chegado o grande dia. Após algumas longas horas a preparar a
mala, e curtas horas de sono, lá estava eu a caminho do Aeroporto de Lisboa, pronta para partir para
a Turquia.
À chegada ao ponto de encontro, deparo-me com os primeiros e simpáticos companheiros de viagem
bem como com o igualmente simpático e atencioso representante da agência de viagens (Pedro
Baptista) que nos acompanhou. E pronto, pelas seis da manhã embarcámos rumo a Munique e
posteriormente a jornada prosseguiu com voo para Istambul. Aqui esperava-nos o nosso guia local, o
incansável Halil. Efectuaram–se então as apresentações do Halil, do Pedro Baptista e do Diamantino
Ventura (representante do Clube Galp Energia).
Já em Istambul, e com muito calorzinho, visitámos a Cisterna da Basílica construída pelo Imperador
Constantino, e que contém 336 colunas em mármore com cinco metros de altura alinhadas em 12 filas,
e onde pudemos também ver cabeças de medusa do período romano a servirem de base a duas colunas.
Toda a iluminação confere ao local um certo ar de mistério…A tarde prosseguiu com uma deslocação
ao Grande Bazar, onde as oportunidades de compra de produtos típicos do país tais como peles,
tapeçarias , jóias e outras peças de artesanato são infindáveis ... há que ter cuidado para regatear
devidamente os preços…
O segundo dia em Istambul amanheceu quente e partimos em direcção ao Hipódromo Romano onde se
pode observar a belíssima Fonte Alemã, o Obelisco Egípcio, a Coluna Serpentina (construída por
Constantino I) e a Coluna de Constantino VII. Seguimos para a Mesquita de Sultanahamet, também
conhecida como Mesquita Azul (nome devido aos magníficos azulejos no seu interior). Esta é uma
mesquita Imperial do período Otomano. Para a descrever numa só palavra o seu interior e exterior é
algo de fabuloso e faz pensar acerca da capacidade artística do Homem. Continuámos na Praça de
Sultanahmet para entrar na Igreja de Santa Sofia. Prosseguimos então para o esplêndido Palácio de
Topkapi, construído no reinado do Sultão Mehed II, e que funcionou como centro administrativo e
residência dos sultões durante o Império Otomano. Aqui a secção do Tesouro é algo que merece ser
visto e revisto. A tarde decorreu e chegámos ao Bazar das Especiarias (onde os doces são também um
destaque…atenção à dieta). O dia teve o seu epílogo com um agradável passeio de barco ao longo do
Bósforo.
No terceiro dia, igualmente animados e cheios de vontade de continuar a descobrir coisas novas,
partimos para Ankara (Capital da Turquia) onde tivemos oportunidade de visitar o Museu das
Civilizações da Anatólia (onde estão expostos significativos vestígios de civilizações importantes
como, por exemplo, a Hitita e Assíria) e o Mausoléu de Ataturk (Fundador da República Turca e
grande responsável pelas reformas estruturantes e modernização do país no século XX). A tarde foi
preenchida com o percurso até Nevsehir, na Capadócia. Durante esta viagem fizemos também uma
paragem para visitar o belo Lago Salgado onde alguns de nós aproveitaram para um breve momento de
relaxamento.
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Passeio à Turquia - 3º Grupo No quarto dia, e porque levantar cedo é saudável, madrugámos e partimos para um fabuloso passeio de
balão sobre as famosas formações vulcânicas de tufo - material resultante da solidificação das cinzas
vulcânicas (também designadas por chaminés de fadas) que são a imagem de marca da região. Passada
uma hora de puro encantamento regressámos ao Peri Tower Hotel, que é uma obra arquitectónica
premiada, para merecido pequeno-almoço após o qual prosseguimos a viagem visitando o Museu a céu
aberto de Goreme. Aqui entrámos em várias capelas escavadas na rocha, com frescos fabulosos da
época bizantina que ilustram passagens do Antigo Testamento, da vida de Cristo e de alguns Santos.
Pela tarde seguiu-se visita à cidade subterrânea de Kaymakli (não aconselhável a claustrofobicos). O
dia terminou em beleza com um jantar onde pudemos assistir a danças folclóricas tradicionais, bem
como degustar pratos típicos (onde não pode faltar o borrego) regados com vinho da Capadócia.
No quinto dia prosseguimos rumo a Pamukkale, aproveitando o trajecto para visitar Sultanhan onde no
século XIII os comerciantes da Rota da Seda pernoitavam. Chegados a Konya visitamos o Museu local
e o Mausoléu de Mevlana, fundador da Ordem Religiosa dos Derviches Dançantes. Achei bastante
interessante, pois Mevlana desenvolveu dentro da religião muçulmana uma filosofia de união espiritual
e amor universal que aceitava a todos no seu seio, sendo a dança uma forma de contacto com a energia
divina. Chegámos ao fim da tarde a Pamukkale com a chuva a brindar a nossa tentativa de explorar as
magníficas termas petrificadas, onde por momentos tivemos a sensação de estar na neve, o que
rapidamente se desvaneceu com as explicações do Halil e com a constatação da temperatura mais que
amena (30 º C) da água das nascentes - a Natureza é sem dúvida superior ao Homem.
No sexto dia a marcha continuou com visita à Casa da Virgem Maria, local onde se supõe que a Virgem
terá passado os seus últimos dias, sendo que quer católicos quer muçulmanos visitam este ponto. Para
os muçulmanos Cristo foi um dos profetas e assim a atmosfera é de paz e oração. A tarde foi
preenchida com visita às ruínas da cidade de Éfesos (cidade inicialmente dedicada à deusa Artemisa)
onde se destaca o Anfiteatro (palco de uma das fotos do nosso simpático grupo), a Biblioteca e o
Templo de Adriano. Continuámos então até Kusadasi, onde pudemos finalmente aproveitar o descanso
de guerreiros dedicados e onde desfrutámos de dois dias ensolarados de praia, compras e futebol à
mistura num resort com o Mar Egeu aos nossos pés .
Acerca do regresso só posso contar que foi feito de avião.
Fazendo um balanço geral, a sensação é a de ter aprendido muitas coisas ... e fiquei com a vontade de
viajar mais para continuar a aprender…
Por último, não quero deixar de agradecer a toda a organização por parte do clube Galp Energia e da
agência que nos acompanhou (Diamantino Ventura e Pedro Baptista respectivamente) e, como não
poderia deixar de ser, a todo o grupo de companheiros de viagem que se mostrou sempre unido,
amável e prestativo.
Espero que nos encontremos todos em breve e numa nova viagem….
Isabel Sardinha
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Visita a Sintra E chegou o dia, 19 de Junho, da visita a Sintra.
Já não era a primeira vez que visitava esta magnífica vila, classificada pela UNESCO como Património
Mundial, mas nunca é demais revisitar estas magníficas paisagens, com as suas casas senhoriais,
castelos e palácios.
Começámos por efectuar um passeio pedestre com a visita à Judiaria, à Igreja de São Martinho e
ainda à ―Periquita‖, rainha da doçaria local.
Chegados à Quinta da Regaleira, fomos todos tomar um café para nos acordar e ajudar a contemplar
esta bela construção do século XX, resultado da concretização dos sonhos mito-mágicos do seu
proprietário António Augusto Carvalho Monteiro (1848-1920) aliados ao talento do Arquitecto Luigi
Manini (1848-1936).
Este é um lugar para se sentir! Não basta contar! Tem que se lá ir!
Conhecer o Palácio dos Milhões e percorrer o parque exótico, descer ao poço e sentir os pés assentes
numa estrela de oito pontas e atravessar as grutas labirínticas até encontrar a luz reflectida em
lagos surpreendentes.
O almoço seguiu-se a esta agradável visita num dos restaurantes no centro da Vila. Foi uma agradável
surpresa poder conviver com colegas que já não víamos há muito tempo e podermos partilhar as nossas
vivências enquanto saboreávamos os petiscos propostos.
Seguiu-se a visita ao Palácio Nacional da Vila, também conhecido por Palácio da Vila, onde pudemos
admirar os diferentes painéis de azulejos.
Visitámos ainda os belos jardins do Palácio de Seteais, de onde se avista o Palácio da Pena que não
tivemos oportunidade de visitar por falta de tempo.
Ainda tivemos oportunidade de regressar à ―Periquita‖ para adquirirmos os doces da casa -
travesseiros e tigeladas - e podermos levar para casa estas iguarias.
Estou certa que o nosso Clube encontrará mais uma data ideal para nos proporcionar esta visita, assim
como aos restantes monumentos de Sintra.
Aguardo com expectativa o próximo encontro.
Pois como já referi este é um lugar para se sentir. Não basta contar. Tem que se lá ir.
Até à próxima.
Maria Joaquina
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Viagem a Paris e à Eurodisney Foi no passado dia 26 de Junho que um simpático grupo de miúdos e graúdos se reuniu no aeroporto de
Lisboa para iniciar uma fantástica aventura por terras francesas, mais precisamente em Paris e com
visita ao parque temático da Disneyland Paris.
O brilho nos olhos das crianças é mesmo uma visão extraordinária. Algumas já sabiam o destino que as
esperava, mas outras haviam que só no aeroporto descobriram a surpresa. E aí sim, o misto de
incredibilidade e de excitação provocou uma euforia que não se desvaneceu nos cinco dias de duração
da viagem.
O circuito, como não poderia deixar de ser, incluiu visitas à cidade luz, mais precisamente aos seus
pontos turísticos mais emblemáticos, que mesmo para aqueles que já os conhecem traduzem sempre
um prazer visual e uma indescritível sensação de admiração por quem em tempos idos os idealizou e
concretizou.
Torre Eiffel, Champs Elisées, L`Obelisque, L`Opera, Place de la Concorde, L`Arc du Triomphe e a
lindíssima Notre Damme com todos os seus degraus que triunfantemente foram conquistados por
muitos membros deste grupo, foram alguns dos monumentos visitados. O passeio no Sena com o
culminar da volta ao anoitecer frente à Torre Eiffel completamente iluminada foi de facto uma visão
inesquecível.
Mas é claro que isto é para os adultos. Os mais pequenos só questionavam sobre o dia e hora de irmos
para a Disneyland Paris. E chegado esse dia, ninguém mais os parou. Mapa nas mãos e toca a picar cada
uma das diversões onde íamos. Aquelas que eram mesmo boas davam lugar a umas voltinhas extra, mas
nem o Fast Pass nos safava de umas horinhas de espera.
A decoração do hotel e dos quartos alusiva aos filmes de cowboys americanos, fazia com que nem o
regresso ao hotel acalmasse os pequenos. Sempre compras para fazer para não esquecer ninguém, as
próprias refeições que eram completamente do seu agrado, o cheiro a pipocas e doces no ar,
propiciavam uma sensação de participação num mundo imaginário que ao fim de três dias se
desvaneceu.
Malas feitas e regresso à realidade. Desta vez as formalidades de embarque no aeroporto foram bem
mais calmas. O cansaço reinava e tal ouvia-se. Ou melhor não se ouvia…
Para os adultos, bem para esses, tirando o facto de
contar vezes sem conta se os miúdos estavam todos, é
sempre um prazer visitar e revisitar este parque. E se
bem que há alguns que dizem que não apreciam estas
coisas, lá no fundo sentem um prazer descomedido de
acompanhar as suas crianças àquela ou à outra
diversão.
LBR
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Viagem à Turquia
A Turquia estende-se por dois continentes, a Europa e a Ásia. À parte europeia, a que corresponde
3% do território chama-se Trácia, aos restantes 97%, Anatólia. Faz fronteira com países como a
Bulgária e a Grécia a oeste, e a Geórgia, a Arménia, o Irão, o Iraque e a Síria a leste.
Tem 75 milhões de habitantes, sendo que destes entre 60% a 65% tem menos de 25 anos de idade. O
salário mínimo é de 350 euros. A escolaridade obrigatória é de 8 anos, e o serviço militar obrigatório
tem uma duração de 14 meses.
Istambul, não sendo a capital, é a maior cidade do país e funciona como centro financeiro do Médio
Oriente. A capital é Ankara, uma cidade moderna situada na Anatólia.
Em determinados aspectos, a Turquia assemelha-se à Europa, noutros, é indiscutivelmente asiática.
Ainda assim, faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e quer entrar na União
Europeia (EU), se bem que nos últimos anos tem vindo a diminuir a percentagem dos que defendem a
adesão à UE, aliás neste momento as sondagens dizem mesmo que 64% população turca não quer
entrar na União Europeia.
Os vestígios de civilizações antigas e as cidades históricas atraem cada vez mais visitantes, e em
2009 a Turquia recebeu 23 milhões de turistas. Além disso, não podemos esquecer que Istambul é
Capital Europeia da Cultura em 2010, sendo este, portanto, o ano ideal para visitar esta cidade e
descobrir este imenso país. Turquia aqui vamos nós…
A nossa viagem começou bem cedo, no dia 22 de Junho, quando pelas 04h15 o grupo se encontrou no
Aeroporto de Lisboa, com o Daniel Bertelo, representante do Clube Galp e o guia da Oásis Travel, Rui
Silva. Já com o visto e com o check-in feito, seguimos em voos da Lufthansa com destino primeiro a
Munique e depois a Istambul.
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Viagem à Turquia
Chegámos a esta cidade a meio da tarde, onde nos esperava o guia turco, Augusto (depois de feita a
tradução do seu nome para português, para mais fácil diálogo), que nos fez uma breve introdução ao
país, ao mesmo tempo que nos dirigíamos para um cruzeiro no Bósforo, que é um dos estreitos, que, na
Turquia, separa os continentes europeu e asiático (o outro é o estreito dos Dardanelos) e que liga o
Mar Negro ao Mar de Mármara.
Demos início ao nosso cruzeiro no lado europeu de Istambul e saímos no lado asiático desta cidade. As
elites otomanas a partir do século XVIII começaram a utilizar as margens do Bósforo como local de
veraneio, construindo aí as suas residências. Ao longo das margens tivemos oportunidade de ver vários
exemplos dessas habitações, pertencendo algumas delas, ainda hoje, a grandes famílias, bem como
outros edifícios de rara beleza onde se destacam a Mesquita Dolmabahçe, um bom exemplo de uma
mesquita otomana do século XIX que combina os estilos barroco, rococó, imperial e neo-clássico, e o
Palácio Dolmabahçe, construído entre 1843 e 1856, que impressiona pela sua grandeza. Não podemos
esquecer também as Pontes do Bósforo, por onde passámos, e que servem de ligação entre as duas
margens.
.
O dia seguinte, 23 de Junho, foi inteiramente dedicado a visitar Istambul, cidade que, chamada
inicialmente Bizâncio, foi a partir de 330, com o imperador romano Constantino, designada por
Constantinopla e tornada capital do Império Bizantino (ou Império Romano do Oriente), antes de ser
com o nome actual capital do Império Otomano.
Começámos pela Praça Sultanahmet, que ocupa actualmente o lugar do antigo hipódromo que tinha
capacidade para 100 mil pessoas. Nesta praça pudemos observar a Coluna de Constantino feita de
pedras toscas lavradas e que estava revestida, na altura da sua construção, por placas de bronze com
inscrições de ouro que desapareceram durante a invasão da cidade pela IV Cruzada, a Coluna
Serpentina, composta por três serpentes enroladas entre si, cujas cabeças constituíam o trípode
sobre o qual assentava um caldeirão de ouro (hoje apenas resta a coluna), e por fim, o Obelisco
Egípcio, proveniente do Templo de Karnak, em Luxor, e que assenta sobre um plinto romano adornado
com relevos que representam o imperador com a sua família e alguns membros da nobreza juntamente
com outros espectadores assistindo às corridas.
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De seguida, dirigimo-nos para a Sultanahmet Camii (em turco), ou seja a Mesquita Sultanahmet, a
Mesquita do Sultão Ahmet, mais conhecida como Mesquita Azul, devido à cor predominante dos
azulejos de cerâmica que decoram o seu interior. À entrada da Mesquita tirámos os sapatos,
colocando-os em sacos que levámos connosco (apenas nas mesquitas mais pequenas os sapatos ficam à
porta).
Esta mesquita é a única em toda a Turquia que tem seis minaretes. O interior da mesquita é magnífico.
É composta por uma cúpula grande, quatro semicúpulas médias, tendo cada uma destas mais três
pequenas semicúpulas. São dezasseis cúpulas no total, para simbolizar o 16.º sultão da dinastia
otomana. O altar muçulmano está orientado para Meca. Esta mesquita tem mais de 21 000 azulejos
que reproduzem os motivos espelhados nos tapetes turcos. Na altura da sua construção (1609-1617),
entregue ao arquitecto Sedefkar Mehmet Aga, os otomanos começaram a fabricar azulejos, e assim
os motivos que havia em tapetes foram reproduzidos nos azulejos. Até essa época os azulejos eram
importados da China.
Quando saímos da mesquita, o guia Augusto teve a gentileza de nos oferecer pão de sésamo (pão com
sementes de sésamo) comprado ali mesmo a um vendedor ambulante.
Seguiu-se Aya Sofia, ou Santa Sofia (Sabedoria Divina), hoje museu. Foi construída como basílica
entre 532-537, no século VI, pelo Imperador Justiniano. Era na época a maior igreja do mundo com a
maior cúpula. Na altura, 26 metros era o limite para a construção de cúpulas, mas Santa Sofia foi
construída com um diâmetro de 31,5 metros e uma altura de 55 metros. A cúpula chegou a cair
algumas vezes mas foi sendo sempre reconstruída. Entre as soluções encontradas para a aguentar,
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destacam-se a utilização de um material mais leve e a construção de contrafortes.
Logo na entrada de Santa Sofia deparámo-nos com a coluna dos desejos. Diz a lenda que o imperador
Justiniano tinha muitas dores de cabeça. Uma noite Justiniano terá batido com a cabeça na coluna e a
partir daí as dores de cabeça terminaram. Alguns de nós dirigiram-se a esta coluna e formularam os
seus desejos, resta esperar pela sua concretização. Em 1453, quando os otomanos conquistaram
Constantinopla, Santa Sofia foi convertida numa mesquita e colocaram-lhe quatro minaretes, um
mihrab voltado para a direcção de Kaaba, em Meca, e o púlpito onde o imã proferia o seu sermão. Os
mosaícos foram cobertos por uma capa fina de cal e os crucifixos arrancados das paredes. Foram
também suspensos na abóbada central medalhões de grandes dimensões com os nomes de Alá, Maomé,
os primeiros quatro califas (Ebubekir, Omar, Osman e Ali) e os netos de Maomé, Hasan e Huseyin. Na
parte central da cúpula existia uma imagem com o rosto de Jesus Cristo, mas como os muçulmanos não
podem utilizar imagens, o rosto foi substituído por um versículo do Corão. O interior da mesquita,
muito deteriorado, está neste momento a sofrer obras de restauro. Vimos ainda um recipiente
para colocar água benta que veio de Pérgamo. À saída, na porta sul, encontram-se
representados a Virgem Maria, o menino Jesus e os Imperadores Constantino I (que aceitou o
Cristianismo como religião oficial) e Justiniano I. No jardim observámos a Fonte das Abluções que
tem como objectivo a purificação do corpo antes da oração (lavam-se as mãos, os pés, e coloca-se água
no nariz, boca e orelhas).
Perto da Santa Sofia fica a Cisterna Subterrânea também conhecida pelo nome de Palácio
Subterrâneo “Yerebatan Sarayi”, mandada erguer pelo Imperador Justiniano I, com o objectivo de
abastecer a cidade no caso de esta ser atacada e cercada pelos inimigos. Esta cisterna chegou a ter 6
metros de altura de água, hoje não tem mais de 40 cm. Esta água era trazida de um lago fora da
cidade. Nos anos 90 do século passado foi feito um restauro e foi colocada uma passadeira sobre a
água, o que permite aos visitantes caminhar ao longo de todo o espaço. Ao fundo da cisterna
observámos duas colunas, cujas bases esculpidas representam duas misteriosas cabeças de medusa.
Numa dessas colunas, a cabeça está pousada de lado, na outra a cabeça está voltada para baixo. É um
mistério a origem destas figuras e a intenção da sua colocação neste lugar e nesta posição. São muitos
os rumores e mitos em volta delas.
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Seguiu-se a visita ao Palácio Topkapi. O palácio encontra-se num posição privilegiada, onde confluem
as águas do Corno de Ouro, do Estreito do Bósforo e do Mar de Mármara. O recinto do palácio está
rodeado por uma muralha de cinco quilómetros, tem quatro pátios interiores e um enorme parque. O
palácio foi mandado construir pelo sultão Mehmet II, tendo sido a residência oficial dos sultões
otomanos entre os séculos XV e XIX, até que, em 1856, o sultão Adbulmecit decidiu transferir a corte
para as margens do Bósforo, mandando aí erguer o Palácio Dolmabahçe. Em 1924, por ordem do
primeiro Presidente da República da Turquia Mustafa Kemal Ataturk, o Palácio Topkapi foi declarado
Museu e aberto ao público.
Entrámos no Palácio pela majestosa porta de Bab-i Humayun (porta imperial). Seguiu-se um bonito
jardim arborizado em que avistámos alguns edifícios, passámos para outra zona do palácio através de
outra porta chamada Bab-us Selam (Porta da Saudação) que comunica com o segundo pátio onde
observámos uma maqueta do palácio mostrando todo o conjunto de edifícios que o constituem. À
direita deste pátio encontravam-se as cozinhas do palácio com as suas vinte chaminés, no lado oposto
estava a Torre da Justiça.
Atravessando a Porta Bab-i Saadet (Porta de Felicidade) temos o pavilhão das audiências onde o
sultão recebia os seus vizires, os altos oficiais do exército e os embaixadores estrangeiros. Por trás
deste pavilhão encontrava-se a biblioteca do Sultão Ahmet III, construída em 1719. Visitámos as
salas do tesouro imperial, nas quais estavam expostas valiosas jóias e peças contendo pérolas e pedras
preciosas, a sala das relíquias santas, onde se exibem os objectos pessoais que pertenceram ao
profeta Maomé, e a sala dos trajes usados na época pelos sultões otomanos. O quarto e último pátio
foi onde almoçámos e donde se obtém uma vista panorâmica excelente de uma grande parte de
Istambul.
O fim da tarde foi passado no Grande Bazar, um dos pontos mais
conhecidos de Istambul, um dos mais variados mercados do mundo e
o maior da Turquia, onde a palavra de ordem é regatear, e compra
melhor quem tiver jeito para tal. Dezoito portas dão acesso a este
gigantesco mercado, sendo a mais importante a porta de
Nuriosmaniye por onde entrámos.
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No dia 24 de Junho, saímos bem cedo para o voo com destino a Ankara, capital da Turquia, onde
visitámos o Museu das Civilizações, aberto em 1922 para guardar as riquezas da Anatólia e que fala
dos diversos povos que aqui viveram. A colecção do museu inclui vestígios do Paleolítico, Neolítico,
Calcolítico, Idade do Bronze, Idade do Ferro, Hititas, Assírios, Frígios, Urartus, Lídios entre outros.
Continuando o nosso périplo, visitámos o Mausoléu de Atatürk. O fundador da República turca,
Mustafa Kemal, herói da Batalha de Gallipoli durante a Primeira Guerra Mundial, após expulsar as
tropas francesas, inglesas e gregas, constituiu um governo provisório em Ankara em 1920, tornando-
se Presidente da República da Turquia em 1923. Sobre as ruínas do Império Otomano tentou criar um
estado moderno, dando início a uma série de reformas à maneira ocidental: proibiu a poligamia, aboliu
o sultanato e as funções religiosas e civis do califa, substituiu o alfabeto árabe pelo latino (criando
uma variante turca), procedeu a uma reforma maciça do ensino forçando a igualdade entre os sexos,
através da educação feminina, etc. No geral tentou transmitir aos Turcos a sensação de pertencerem
a uma nação, merecendo, por isso, o nome de Atatürk ou Pai dos Turcos.
Atatürk morreu em Istambul no Palácio de Dolmabahçe, a 10 Novembro de 1938, e foi inicialmente
sepultado no Museu Etnográfico desta cidade. Os seus restos mortais foram transladados a 10 de
Novembro de 1953 para o Mausoléu entretanto construído em Ankara, de modo a manter viva a sua
memória. O Mausoléu é um monumento muito bem guardado, até porque há deputados que o visitam
regularmente e é utilizado em cerimónias oficiais.
Este monumento apresenta-se sob a forma de um templo rodeado de pórticos e para a sua construção
vieram pedras de todas as regiões da Turquia. Por exemplo a pedra mármore veio de Éfeso e a pedra
amarela de Pamukkale. As árvores em redor do mausoléu foram enviadas por variadíssimos países.
Toda a zona do mausoléu é um espaço amplo, com uma bonita alameda ladeada por leões simbolizando a
«garra» dos Turcos.
À entrada do mausoléu, a meio da escadaria, deparámo-nos com uma inscrição «Kakimiyet Kayitsiz
Sartsiz Milletindir», transmitindo a ideia de que o poder pertence ao povo. No interior do Mausoléu
apenas estivemos na sala onde se encontra o túmulo de Atatürk.
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Durante a tarde iniciámos o percurso em direcção a Capadócia, que significa em língua persa antiga
«País de belos cavalos», e conhecemos a cidade subterrânea de Kaymakli. As pessoas viviam à
superfície e em caso de perigo desciam à cidade subterrânea, daí que esta fosse considerada um
sistema de defesa. Todas estas construções são labirínticas, possuindo quartos, cozinhas, celeiros,
chaminés de arejamento e capelas, tudo interligado por um sistema de estreitos corredores. Mós de
pedra obstruíam as saídas e a vida quotidiana fazia-se por baixo da terra pelo tempo que fosse
necessário.
No dia seguinte, a 25 de Junho, os mais destemidos partiram bem cedo
do hotel em Nevdehir, (que significa «cidade nova») para um passeio de
balão de ar quente sobre os céus da Capadócia. As formações rochosas
tiveram origem na lava e cinza resultantes da actividade vulcânica. O
vento e a chuva contribuíram, em grande parte, para esculpir este tufo
macio, criando assim esta paisagem única no mundo. Muitas destas
rochas foram escavadas pelas populações, servindo de abrigo
e protecção contra as investidas de povos invasores. Para melhor
contacto com esta realidade tivemos a oportunidade de conhecer o museu a céu aberto de Göreme,
onde existiu uma vida monástica. Este espaço é composto por diversas capelas trogloditas, na sua
grande maioria ornadas com frescos; refeitórios e habitações. Das capelas destacamos a Capela de
São Basílio de culto funerário, pois nesta época era uma honra ser sepultado no interior de uma
capela e ser pisado pelos praticantes — nos seus frescos vimos São Jorge no seu cavalo castanho e
São Teodoro no cavalo branco —, a Capela da Maçã ou do Arcanjo Gabriel, a Capela de Santa
Bárbara, onde observámos um galo que simbolizava o cristianismo, e a Capela de São Jorge (um dos
principais santos da Capadócia).
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Rumámos depois a uma fábrica de tapetes turcos e assistimos a uma demonstração de como se
fazem os tapetes. A qualidade dos mesmos vê-se pela quantidade de nós num centímetro quadrado. O
nó turco é um nó duplo. Um tapete simboliza a paciência oriental, sendo necessários entre seis a oito
meses ou mesmo um ano de trabalho, para o finalizar. Normalmente, os tapetes que as famílias turcas
usam são de lã ou de lã sobre algodão, porque os tapetes de seda são mais caros. A produção de seda
situa-se na cidade de Bursa, sendo a maior parte da seda produzida para fabricar tapetes.
Posteriormente e ao mesmo tempo que tomávamos uma bebida tradicional, apresentaram-nos diversos
exemplares de tapetes turcos, passíveis de compra.
À tarde a caminho de uma joalharia (onde apreciámos anéis com pedras preciosas e
semipreciosas bem como colares e pulseiras), efectuámos uma paragem nas famosas
Chaminés de Fadas que são montes cónicos coroados com uma rocha maior do que a
base, uma espécie de chapéu que lhes dá uma forma tão singular.
Este dia culminou com um jantar típico acompanhado de danças tradicionais.
No sábado, dia 26 de Junho a nossa primeira paragem foi no Caravançarai de Sultanhani, que data
de 1229. Este Caravançarai, em Aksaray, situa-se na rota da seda, e está em muito bom estado de
conservação, fazendo parte de uma extensa rede de caravançarais construídos ao longo de todo o
Médio Oriente e Ásia Central. Estas construções edificadas em locais estratégicos tinham como
função principal abrigar os comerciantes com as suas caravanas, servindo igualmente para que estes
se abastecessem.
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De seguida rumámos a Konya, capital dos turcos seljúcidas, e conhecida como Ícona na Antiguidade.
Esta é a segunda cidade mais importante da Anatólia Central, depois de Ankara, e é considerada a
cidade mais conservadora da Turquia, onde existe a maior percentagem de mulheres a usar lenço. É
também a terra natal do célebre muçulmano sofista Mevlana Celaleddin Rumi (1207-1273), fundador
da ordem dos dervixes dançantes. Visitámos o Complexo de Mevlana que é composto pelo mausoléu
que contém o túmulo do fundador da ordem, pelos aposentos dos dervixes dançantes, por uma escola,
uma mesquita e um cemitério. Este complexo religioso foi transformado em museu em 1927, estando
aberto ao público a partir de então. Fala-se no caminho de Mevlana, em que tudo é uma imagem de
Deus, tudo tem uma parte divina. Para chegar a esse patamar, a chave é o amor e assim encontramos o
caminho. Há que ter uma educação espiritual para ver esta parte divina. O Sufismo corresponde a um
nível muito alto na religião. O Sofismo é ganhar uma verdadeira consciência religiosa.
Terminámos o dia com uma visita, demasiado rápida para o nosso
gosto (Ooohhh…), a Pamukkale que significa em turco «castelo de
algodão». Considerada Património Mundial da Humanidade pela
Unesco em 1988. Pamukkale é um conjunto de piscinas termais de
origem calcária que com o passar dos séculos formaram bacias
gigantescas de água que descem em cascata numa colina. O cenário
final é extremamente bonito.
No domingo de manhã, 27 de Junho, assistimos a um desfile de alguns modelos de casacos de pele da
fábrica Populer leather, e uma boa parte de nós saiu da loja com o seu casaco.
Após o almoço, visitámos a casa onde se crê que a Virgem Maria tenha passado os seus últimos dias,
situada num agradável parque verdejante e ponto importante de peregrinação para os cristãos.
Seguiram-se as Ruínas de Éfesos um dos sítios arqueológicos mais importantes e mais bem
conservados da Turquia e onde se situava o grandioso Templo de Artemisa, uma das sete maravilhas
da Antiguidade. O primeiro aglomerado populacional, denominado Apasas, remonta ao período hitita na
era do Bronze. Mas as ruínas que visitámos correspondiam à terceira cidade de Éfeso fundada por
Lysimakhos um dos generais de Alexandre, o Grande.
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Foi posteriormente com o Império Romano que a cidade conheceu o seu apogeu, tornando-se um dos
grandes centros comerciais e financeiros da costa da Ásia Menor, chegando a ter uma população de
cerca de 200 000 habitantes.
Logo no início da nossa caminhada pelas ruínas, encontrámos vestígios de umas termas romanas; o
Odeon, com capacidade para 1 400 pessoas, que possuía dois andares e um palco com dois pisos,
utilizado para concertos e reuniões políticas e que chegou a ter na parte exterior cabeças de touro,
animal que era sacrificado em honra de Artemisa (Deusa da caça e da fertilidade), e o Templo de
Domiciano. Passando pela Porta de Hércules entrámos na Via dos Curetos (sacerdotes) que era uma
das artérias principais da cidade, unindo a parte alta à parte baixa e onde o primeiro monumento é a
Fonte de Trajano; mais abaixo, surge o Templo de Adriano, de estilo coríntio que nos chamou a
atenção pelos seus relevos exteriores que lhe dão uma beleza singular; seguiram-se os Sanitários
Públicos onde todos «conviviam» em conjunto e sem privacidade. A rua termina numa pequena praça
onde se situa a Biblioteca de Celso que é uma das grandes obras de Éfeso. Este monumento foi
edificado em honra de Tibério Júlio Celso Polamaeanus, governador romano na altura, pelo seu filho o
cônsul Gaio Júlio Aquila. A sua tipologia era típica dos edifícios públicos romanos. A fachada do edifí-
cio contém cópias de quatro estátuas femininas que representavam as quatro características de Cel-
so: a sabedoria, a virtude, a inteligência e o conhecimento. Do lado direito da biblioteca encontrámos
o acesso sul da Ágora Comercial que era um grande espaço contornado por colunas e calçadas (onde
os vendedores e artesãos faziam o seu comércio). Em frente à biblioteca tem início a Via Mármore,
onde existia um Bordel (Casa do Amor), havendo mesmo a meio desta rua uma pequena pedra onde es-
tava desenhado um pé esquerdo feminino, um coração e um rosto, indicando a direcção desse bordel
aos visitantes da cidade que chegavam através do porto. Seguindo esta rua fomos em direcção ao
Grande Teatro, construção do período helenístico, com capacidade para 24 000 pessoas e que é o
maior e mais impressionante edifício em Éfeso. Para concluirmos a visita às ruinas passámos ainda pela
Via Arcádia que se estendia até ao porto, virando depois na Via do Estádio em direcção à saída.
Para descansarmos do programa intenso que tínhamos tido até aqui, fomos durante três dias para a
estância balnear «Pine Bay Resort» em Kusadasi, no mar Egeu. Kusadasi é uma cidade portuária, rota
obrigatória de cruzeiros que aí atracam por um dia ou dois, permitindo que inúmeros turistas de
diversas nacionalidades façam as suas compras nas muitas lojas existentes na cidade.
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A Direcção
A Direcção do Clube Galp Energia - Núcleo Centro vão proceder ao sorteio, entre os seus Associados,
de 20 CD’s do CD Música ao Jantar de Silvestre Fonseca, músico que de à largos anos a esta parte
colabora com o Clube Galp Energia.
Para concorrer a este sorteio deve efectuar, até ao final do dia 14 de Julho, a sua inscrição junto da
Secretaria do Clube Galp Energia através do endereço de mail interno ―Clube Galp Energia –
Secretaria‖ ou do telefone 21 724 05 32 (extensão interna 10 532).
Também vários elementos do nosso grupo, entre banhos e bronzeados, decidiram visitar a cidade que
distava a escassos 15 minutos do empreendimento hoteleiro onde nos encontrávamos, tentando ainda
adquirir as últimas lembranças a um preço imbatível.
Com grande pena nossa, no dia 30 de Junho regressámos a Portugal. Apesar de alguns contratempos a
nível de saúde, e de algumas quedas sem consequências de maior, o balanço final é bastante positivo,
tendo a viagem sido um sucesso graças à sua boa organização. Parabéns Clube Galp Energia,
aguardamos pela próxima.
Dalila Malagueiro e Paula Silva
Sorteio CD’s de Silvestre Fonseca