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B4 23 a 29 de outubro de 2012 Geral Senado divulga lista dos premiados com a Comenda ‘Dom Helder Câmara’ Entre os cinco agraciados com a terceira edição da Comenda ‘Dom Helder Câmara’, prêmio do Senado que destaca a luta em defesa dos direitos humanos, estão dom José Maria Pires, arcebispo emérito da Paraíba (PB) e o cardeal dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo (SP). A cerimônia de premiação ocorrerá em dezembro. Ano da Fé quer fortalecer missão No dia em que a Igreja celebra missões, papa Bento 16 canoniza sete missionários e fiéis oram na catedral O SÃO PAULO www.arquidiocesedesaopaulo.org.br A 2ª carta pastoral do carde- al dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, à Arquidiocese de São Paulo – “Senhor, aumentai a nossa fé!” - será entregue em 4 de novembro, na abertura do Ano da Fé na Arquidiocese, mas já pode ser acessada no Site da Arquidiocese (www.arquidio- cesedesaopaulo.org.br). De acordo com o Arce- bispo, a publicação oferece “uma reflexão motivadora e, ao mesmo tempo, as necessárias orientações para a vivência do Ano da Fé em nossa Comuni- dade Eclesial Metropolitana!”, afirma na introdução da carta pastoral. O texto está dividido em 11 tópicos, além da introdu- ção e conclusão. No primeiro, “Olhos fixos em Jesus, autor e consumador da nossa fé (cf Hb 12,2)”, dom Odilo aponta que o Ano da Fé é ocasião para que se olhe aos predecessores na fé católica, que mesmo diante das dificuldades mantiveram-se perseverantes na fé. Em “Filha, a tua fé te salvou (Lc 8,48)”, segundo tópico, o Arcebispo indica que a fé nasce de um encontro pessoal com Deus, por meio de Jesus Cristo, e destaca que crer é levar Deus a sério, ter fé na Palavra, colocar-se nas mãos de Deus e deixar-se por ele conduzir. No terceiro tópico “Per- severavam na doutrina dos Apóstolos (cf At 2,42)”, o Car- deal lembra que no Batismo o católico recebe a fé da Igreja, que por sua vez a recebeu ini- cialmente do testemunho dos Apóstolos de Jesus. Em “Faze isso e viverás (Lc 10,28)”, quarto tópico, dom Odilo diz que a fé se tra- duz na resposta vital a Deus, concretizada na adoração e louvor, no reconhecimento da vontade de Deus e obediência aos mandamentos, além de uma vida de retidão e hones- tidade. O Cardeal, no quinto item “Ainda haverá fé sobre a terra? (Lc 18,8)”, aponta que o aban- dono da fé é preocupante em uma realidade marcada pela superficialidade na adesão a Deus e às verdades de fé, e pede que haja empenho na transmissão da fé. No sexto tópico “A fé vem da pregação da Palavra de Cris- to (cf Rm 10,17)”, o Arcebispo ressalta a necessidade do anún- cio da Palavra e do testemunho de vida cristã, e lembra que todas as formas organizadas da Igreja têm como missão princi- pal anunciar a Palavra de Deus. Em “Eu sei em quem acreditei’ (2 Tm 1,12)”, sétimo tópico, dom Odilo destaca que os fiéis devem compreender a própria fé para poder explicá-la aos outros e resistir às contra- dições postas à fé, e destaca a importância da Catequese de iniciação à vida cristã e do estu- do permanente do Catecismo da Igreja Católica. No oitavo tópico “Fica fir- me naquilo que aprendestes! E sabes de quem o aprendes- tes (cf 2 Tm 3,14)”, o Cardeal indica que a transmissão da fé é parte essencial da missão da Igreja, e exorta as famílias a transmitirem a fé aos filhos e apresentá-los ao sacramentos da Igreja. Dom Odilo aponta em “Acabei a minha corrida, guar- dei a fé (2 Tm 4,7)”, nono tópi- co, que diante de uma cultura da vantagem imediata, muitos abandonam a fé, mas lembra que esta não é passageira e que ser perseverante na fé é um compromisso com Deus e com Jesus Cristo. Em “E as portas do inferno não prevalecerão contra ela (cf Mt 16,19)”, décimo item, o Arcebispo ressalta que a Igre- ja permanece na verdade do Evangelho mesmo diante das dificuldades e perseguições, e que os fiéis não devem perder a confiança na Igreja Católi- ca, pois Jesus Cristo nunca a abandonará. No último tópico, o 11º, “Senhor, aumentai a nossa fé! (Lc 15,5)”, o Cardeal reflete mais detalhadamente sobre o Ano da Fé, listando as indica- ções e objetivos, bem como as iniciativas que serão promo- vidas para a manifestação e testemunho público da fé na Arquidiocese. Dom Odilo conclui sua 2º carta pastoral à Arquidiocese – “Feliz aquela que acredi- tou! (Lc 1,45)”, convidando à plena vivência do Ano da Fé e fazendo um apelo para que cada católico praticante traga para a prática da fé mais um irmão católico não praticante. 2ª Carta Pastoral de dom Odilo traz reflexões sobre o Ano da Fé DANIEL GOMES REDAÇÃO No dia 21, a Igreja cele- brou o Dia Mundial das Mis- sões. Na ocasião, em Roma, o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, conce- lebrou com o papa Bento 16, a canonização de sete missio- nários: quatro mulheres e três homens. Na Catedral metropolitana de São Paulo, dom Tomé Fer- reira da Silva, recém nomeado bispo de São José do Rio Pre- to (SP), presidiu missa com padres de diversos institutos missionários, membros do Conselho Missionário Arqui- diocesano (Comiar), crianças e jovens da Infância e Animação Missionária. Missionários de diversas partes do mundo também marcaram presença, ente eles o queniano, Victor Mbesi Wafula. “Recebi o Evangelho de outras pessoas e senti a necessidade de partilhar esse mesmo Evangelho com povos de outras culturas, porque eu sei que o amor de Deus não tem barreiras, não tem fron- teiras e isso me deu coragem de sair da minha pátria e ir ao povo além fronteiras”, disse o seminarista missionário da Consolata, de 29 anos, há três anos no Brasil. A coleta realizada na cate- dral e demais igrejas no mundo vão, através das dioceses, para as Pontifícias Obras Missioná- rias, e de lá, os valores seguirão para o Vaticano, onde o Papa fará a divisão dos valores para as missões mais necessitadas. Para padre Pedro Facci, missionário do Pontifício Ins- tituto das Missões, há uma profunda interligação entre o Ano da Fé, o mês missionário e o Sínodo sobre a Nova Evan- gelização. “Quando me coloco neste movimento de dimen- KARLA MARIA REPORTAGEM NO CENTRO 1 Senhor, aumentai a nossa fé! Capa da Carta Pastoral de dom Odilo Scherer para o Ano da Fé NOVOS SANTOS DA IGREJA Freira espanhola Maria do Carmen Sallés e Barangueras (1848-1911), fundadora da ordem Religiosas Concepcio- nistas (milagre aconteceu em São Paulo); Freira alemã María Anna Apos- te (1838-1918), da Terceira Ordem de São Francisco de Siracusa de Nova York, conhe- cida como Madre Mariana de Molokai; Leiga Catalina Tekakwitha (1656-1680), filha de dois ín- dios americanos; Leiga alemã Anna Schaffer (1882-1925); Jesuíta francês Jaime Berthieu (1838-1896); Leigo e mártir filipino Pedro Calungsod (1654-1672); Sacerdote italiano Giovanni Battista Piamarta (1841-1913), fundador da Congregação da Sagrada Família de Nazaré e das Irmãs Humildes Servas do Senhor. são missionária e comunico a minha fé, então, na verdade, eu me fortaleço”, disse o mis- sionário que já esteve em 11 países. Segundo o italiano, há ur- gência de ações missionárias em regiões que hoje são perse- guidas por causa do Evangelho e as que estão passando por dificuldades de fome. Levan- tamento da ONG internacio- nal Portas Abertas publicou recentemente uma lista com os 50 países mais opressores ao cristianismo. Os cinco pa- íses que mais perseguem os cristãos são Coreia do Norte, Afeganistão, Arábia Saudita, Somália e Irã. Para Facci é na Ásia que os missionários precisam avançar na missão com o anúncio da fé, sendo esse o tempo propício, enquanto na África, com cerca de 350 milhões de cristãos – cer- ca de 50% do continente - ainda há a necessidade do trabalho missionário em defesa da vida e da justiça social. Na Europa, a preocupação é com o aumento da seculari- zação. Naquele continente, se- gundo estudo global realizado pelo instituto Pew Research Center, a fé cristã responde a 76% (contra 95% no passado). Já na América, mesmo sendo um continente de maioria cristã, ainda, segundo Facci, há urgências missionárias e sociais. O Brasil conta atualmente com cerca de 2 mil pessoas em missão além fronteiras. “Este número poderia ser maior, sem dúvida se ti- véssemos uma verdadeira animação missionária nos seminários e nas dioceses”, avaliou Facci. A missão ad intra tam- bém vai se fortalecendo na Arquidiocese. Após a missa na catedral, O SÃO PAU- LO entrevistou um grupo da Fraternidade Missionária Emaús, que atua nas periferias da capital. “Estamos com os pobres e nordestinos, que são muito discriminados dentro da cidade. Andamos pelas ruas e conversamos com os mora- dores em situação de rua, em favelas”, disse Iranildo Chaves Gomes, 36 anos, há 13 na mis- são, que encaminha as pessoas em vulnerabilidade social para casas de recuperação. Membros do Comiar e missionários de institutos participam de missa, dia 21, na catedral; grupo da Fraternidade Missionária Emaús Luciney Martins/O SÃO PAULO Reprodução

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Page 1: josp2924 23 a 29 outubro 12 pag b4 - fmemaus.webnode.com · Em “Filha, a tua fé te salvou (Lc 8,48)”, segundo tópico, o Arcebispo indica que a fé nasce de um encontro pessoal

B4 23 a 29 de outubro de 2012

Geral Senado divulga lista dos premiados com a Comenda ‘Dom Helder Câmara’Entre os cinco agraciados com a terceira edição da Comenda ‘Dom Helder Câmara’, prêmio do Senado que destaca a luta em defesa dos direitos humanos, estão dom José Maria Pires, arcebispo emérito da Paraíba (PB) e o cardeal dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo (SP). A cerimônia de premiação ocorrerá em dezembro.

Ano da Fé quer fortalecer missãoNo dia em que a Igreja celebra missões, papa Bento 16 canoniza sete missionários e fi éis oram na catedral

O SÃO PAULOwww.arquidiocesedesaopaulo.org.br

A 2ª carta pastoral do carde-al dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, à Arquidiocese de São Paulo – “Senhor, aumentai a nossa fé!” - será entregue em 4 de novembro, na abertura do Ano da Fé na Arquidiocese, mas já pode ser acessada no Site da Arquidiocese (www.arquidio-cesedesaopaulo.org.br).

De acordo com o Arce-bispo, a publicação oferece “uma reflexão motivadora e, ao mesmo tempo, as necessárias orientações para a vivência do Ano da Fé em nossa Comuni-dade Eclesial Metropolitana!”, afirma na introdução da carta pastoral.

O texto está dividido em 11 tópicos, além da introdu-ção e conclusão. No primeiro, “Olhos fixos em Jesus, autor e consumador da nossa fé (cf Hb 12,2)”, dom Odilo aponta que o Ano da Fé é ocasião para que se olhe aos predecessores na fé católica, que mesmo diante das dificuldades mantiveram-se perseverantes na fé.

Em “Filha, a tua fé te salvou

(Lc 8,48)”, segundo tópico, o Arcebispo indica que a fé nasce de um encontro pessoal com Deus, por meio de Jesus Cristo, e destaca que crer é levar Deus a sério, ter fé na Palavra, colocar-se nas mãos de Deus e deixar-se por ele conduzir.

No terceiro tópico “Per-severavam na doutrina dos Apóstolos (cf At 2,42)”, o Car-deal lembra que no Batismo o católico recebe a fé da Igreja, que por sua vez a recebeu ini-cialmente do testemunho dos Apóstolos de Jesus.

Em “Faze isso e viverás (Lc 10,28)”, quarto tópico, dom Odilo diz que a fé se tra-duz na resposta vital a Deus, concretizada na adoração e louvor, no reconhecimento da vontade de Deus e obediência aos mandamentos, além de uma vida de retidão e hones-tidade.

O Cardeal, no quinto item “Ainda haverá fé sobre a terra? (Lc 18,8)”, aponta que o aban-dono da fé é preocupante em uma realidade marcada pela superficialidade na adesão a Deus e às verdades de fé, e pede que haja empenho na transmissão da fé.

No sexto tópico “A fé vem da pregação da Palavra de Cris-to (cf Rm 10,17)”, o Arcebispo ressalta a necessidade do anún-cio da Palavra e do testemunho de vida cristã, e lembra que todas as formas organizadas da Igreja têm como missão princi-pal anunciar a Palavra de Deus.

Em “Eu sei em quem acreditei’ (2 Tm 1,12)”, sétimo tópico, dom Odilo destaca que os fiéis devem compreender a própria fé para poder explicá-la aos outros e resistir às contra-dições postas à fé, e destaca a importância da Catequese de iniciação à vida cristã e do estu-do permanente do Catecismo da Igreja Católica.

No oitavo tópico “Fica fir-me naquilo que aprendestes! E sabes de quem o aprendes-tes (cf 2 Tm 3,14)”, o Cardeal indica que a transmissão da fé é parte essencial da missão da Igreja, e exorta as famílias a transmitirem a fé aos filhos e apresentá-los ao sacramentos da Igreja.

Dom Odilo aponta em “Acabei a minha corrida, guar-dei a fé (2 Tm 4,7)”, nono tópi-co, que diante de uma cultura da vantagem imediata, muitos

abandonam a fé, mas lembra que esta não é passageira e que ser perseverante na fé é um compromisso com Deus e com Jesus Cristo.

Em “E as portas do inferno não prevalecerão contra ela (cf Mt 16,19)”, décimo item, o Arcebispo ressalta que a Igre-ja permanece na verdade do Evangelho mesmo diante das dificuldades e perseguições, e que os fiéis não devem perder a confiança na Igreja Católi-ca, pois Jesus Cristo nunca a abandonará.

No último tópico, o 11º, “Senhor, aumentai a nossa fé! (Lc 15,5)”, o Cardeal reflete mais detalhadamente sobre o Ano da Fé, listando as indica-ções e objetivos, bem como as iniciativas que serão promo-vidas para a manifestação e testemunho público da fé na Arquidiocese.

Dom Odilo conclui sua 2º carta pastoral à Arquidiocese – “Feliz aquela que acredi-tou! (Lc 1,45)”, convidando à plena vivência do Ano da Fé e fazendo um apelo para que cada católico praticante traga para a prática da fé mais um irmão católico não praticante.

2ª Carta Pastoral de dom Odilo traz reflexões sobre o Ano da FéDANIEL GOMES

REDAÇÃO

No dia 21, a Igreja cele-brou o Dia Mundial das Mis-sões. Na ocasião, em Roma, o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, conce-lebrou com o papa Bento 16, a canonização de sete missio-nários: quatro mulheres e três homens.

Na Catedral metropolitana de São Paulo, dom Tomé Fer-reira da Silva, recém nomeado bispo de São José do Rio Pre-to (SP), presidiu missa com padres de diversos institutos missionários, membros do Conselho Missionário Arqui-diocesano (Comiar), crianças e jovens da Infância e Animação Missionária.

Missionários de diversas partes do mundo também marcaram presença, ente eles o queniano, Victor Mbesi Wafula. “Recebi o Evangelho de outras pessoas e senti a necessidade de partilhar esse mesmo Evangelho com povos de outras culturas, porque eu sei que o amor de Deus não tem barreiras, não tem fron-teiras e isso me deu coragem de sair da minha pátria e ir ao povo além fronteiras”, disse o seminarista missionário da Consolata, de 29 anos, há três anos no Brasil.

A coleta realizada na cate-dral e demais igrejas no mundo vão, através das dioceses, para as Pontifícias Obras Missioná-rias, e de lá, os valores seguirão para o Vaticano, onde o Papa fará a divisão dos valores para as missões mais necessitadas.

Para padre Pedro Facci, missionário do Pontifício Ins-tituto das Missões, há uma profunda interligação entre o Ano da Fé, o mês missionário e o Sínodo sobre a Nova Evan-gelização. “Quando me coloco neste movimento de dimen-

KARLA MARIAREPORTAGEM NO CENTRO

1Senhor, aumentai a nossa fé!

Capa da Carta Pastoral de dom Odilo Scherer para o Ano da Fé

NOVOS SANTOS DA IGREJA Freira espanhola Maria do Carmen Sallés e Barangueras (1848-1911), fundadora da ordem Religiosas Concepcio-nistas (milagre aconteceu em São Paulo);

Freira alemã María Anna Apos-te (1838-1918), da Terceira Ordem de São Francisco de Siracusa de Nova York, conhe-cida como Madre Mariana de Molokai; Leiga Catalina Tekakwitha (1656-1680), fi lha de dois ín-dios americanos; Leiga alemã Anna Schaffer (1882-1925);

Jesuíta francês Jaime Berthieu (1838-1896); Leigo e mártir fi lipino Pedro Calungsod (1654-1672); Sacerdote italiano Giovanni Battista Piamarta (1841-1913), fundador da Congregação da Sagrada Família de Nazaré e das Irmãs Humildes Servas do Senhor.

são missionária e comunico a minha fé, então, na verdade, eu me fortaleço”, disse o mis-sionário que já esteve em 11 países.

Segundo o italiano, há ur-gência de ações missionárias em regiões que hoje são perse-guidas por causa do Evangelho e as que estão passando por

dificuldades de fome. Levan-tamento da ONG internacio-nal Portas Abertas publicou recentemente uma lista com os 50 países mais opressores ao cristianismo. Os cinco pa-íses que mais perseguem os cristãos são Coreia do Norte, Afeganistão, Arábia Saudita, Somália e Irã.

Para Facci é na Ásia que os missionários precisam avançar na missão com o anúncio da fé, sendo esse o tempo propício, enquanto na África, com cerca de 350 milhões de cristãos – cer-ca de 50% do continente - ainda há a necessidade do trabalho missionário em defesa da vida e da justiça social.

Na Europa, a preocupação é com o aumento da seculari-zação. Naquele continente, se-gundo estudo global realizado pelo instituto Pew Research Center, a fé cristã responde a 76% (contra 95% no passado). Já na América, mesmo sendo um continente de maioria cristã, ainda, segundo Facci,

há urgências missionárias e sociais.

O Brasil conta atualmente com cerca de 2 mil pessoas em missão além fronteiras. “Este número poderia ser maior, sem dúvida se ti-véssemos uma verdadeira animação missionária nos seminários e nas dioceses”, avaliou Facci.

A missão ad intra tam-bém vai se fortalecendo na Arquidiocese. Após a missa na catedral, O SÃO PAU-LO entrevistou um grupo da Fraternidade Missionária Emaús, que atua nas periferias da capital. “Estamos com os pobres e nordestinos, que são muito discriminados dentro da cidade. Andamos pelas ruas e conversamos com os mora-dores em situação de rua, em favelas”, disse Iranildo Chaves Gomes, 36 anos, há 13 na mis-são, que encaminha as pessoas em vulnerabilidade social para casas de recuperação.

Membros do Comiar e missionários de institutos participam de missa, dia 21, na catedral; grupo da Fraternidade Missionária Emaús

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Reprodução