josé gomes ferreira foi o orador das “conversas com sucesso”, … · 2018-01-31 · apoio à...

1
150 milhões de euros é o montante da linha de apoio às empresas de turismo, criada entre o Turismo de Portugal, oito bancos e sociedades de garantias mútuas. A Linha de Apoio à Consolidação Financeira é válida até 2015 e permite alargar os prazos de reembolso dos empréstimos das Pequenas e Médias Empresas (PME) do sector, contraídos junto da banca SWAPS EM NEGOCIAÇÃO O Santander Totta propôs ao Estado, em abril, um empréstimo para que este lhe pague a dívida provocada pelos swaps contratados pelas empresas públicas. Foi esta a solução retomada pelo Santander e pelo Governo, depois do verão, disse o presidente do banco, Vieira Monteiro (na foto), ao Parlamento. Os prejuízos com os swaps do Santander ascendem a ¤1200 milhões. RETIFICAÇÕES > Na última edição, o deputado Adão e Silva foi, por lapso, referido como Pedro Adão e Silva. > Na entrevista a Alexandre Soares dos Santos, publicada na última edição, na resposta à pergunta sobre se deu indicações acerca do seu sucessor, onde se lê “Não, disse unicamente qual seria a minha preferência”, deve ler-se “Não. A única coisa que disse foi que sabia qual seria a minha preferência. Mas não a manifestei”. Propostas para mudar Portugal 1º LUGAR 2º LUGAR Thales Portugal Randstad/Unbeatteam IAPMEI/Primaveraelevation ISTMC-EDP/Não_Digo Siemens Business&Co EDP/Abc SGPS EDP/Gmlp Aeatlântico.Blp Alumnigmc/Think Big IAPMEI/Ch Consulting Essilor/Unlikely Univ.Évora/Alfa Alumnigmc/Tlbmel IEFP/Jeefeuc Euronext/5G Univ.Évora Caixa Beach Team Veja as classificações totais em: http://www.expresso.pt/worldgmc Classificação após 2ª decisão — 2ª volta As empresas, a organização do Estado e a sociedade em geral têm de mudar de vida, na opi- nião de José Gomes Ferreira, subdiretor de informação da SIC, sendo esta uma exigência dos financiadores internacio- nais. O jornalista é crítico da ação do Tribunal Constitucional e considera que é necessário re- formar o Estado e cumprir os compromissos assumidos. Acre- dita ainda que a opinião pública pode ser agente de mudança. José Gomes Ferreira foi o ora- dor convidado de mais uma “Conversas com Sucesso”, orga- nizadas pelas rede Alumnigmc, formada pelos antigos partici- pantes do Global Management Challenge. O evento decorreu no dia 26 de setembro, em Lis- boa, teve como tema “Portugal pode voltar a crescer” e foi mo- derado por Henrique Monteiro, jornalista do Expresso. Numa análise à atualidade, Jo- sé Gomes Ferreira referiu que “o Governo prometeu que ía- mos mudar de vida porque os fi- nanciadores assim o exigiram e desde logo alterando o Código do Trabalho. Este mudou muita coisa, já está em aplicação e mais de um ano depois vem a no- tícia de que afinal há aspetos que não estão bem, têm de ser mudados e são inconstitucio- nais”. Na sua perspetiva as pes- soas que chumbam exigências que os financiadores fizeram “di- zem que interpretam uma lei que reflete a vontade coletiva, mas eles são uma força de blo- queio cada vez mais forte”. O que reforça a negatividade da imagem externa de Portugal. Outra das ideias do jornalista é que já se deveria ter feito a refor- ma do Estado. Nomeadamente na extinção de departamentos que não produzem o suficiente ou que produzem um serviço ou bem que não serve a sociedade. E apesar dos cortes de subsídios a muitas entidades já realizados, “as isenções fiscais continuam para coisas que não sabemos o que são”, salienta. Ainda em re- lação às reformas necessárias no país e aos cortes da despesa do Estado, o jornalista é apolo- gista de que deve existir consen- so entre Governo e oposição. Numa sociedade como a portu- guesa, José Gomes Ferreira acredita que a opinião pública, apesar de não ser titular da ação política, pode ser um agente de mudança. “A força da opinião pública é forte. As manifesta- ções têm de ser focadas e exigir em concreto que se façam altera- ções, como aconteceu por exem- plo no caso da TSU”. Há ainda as redes sociais e artigos de opi- nião, onde os cidadãos se po- dem manifestar. No evento este- ve ainda em foco o livro “O Meu Programa de Governo”, onde Jo- sé Gomes Ferreira expõe estas e outras ideias. Maribela Freitas mfreitas.externo@impresa.pt José Gomes Ferreira (SIC) à conversa com Henrique Monteiro (Expresso) FOTO NUNO BOTELHO ASSALTO ÀS LIDERANÇAS As equipas em prova já tomaram a sua segunda decisão e como era de prever registaram-se mudanças significativas no topo dos grupos. Em relação à passada semana e como se pode confirmar na tabela publicada em anexo, estão seis novas equipas na liderança, sendo que apenas os grupos 5 e 8 mantiveram a mesma equipa na chefia. Apesar destas mudanças, é provável que a próxima decisão provoque mais alterações no topo dos grupos, uma vez que só as formações que na última semana estiverem nesta posição se qualificarão para a final nacional, agendada para dia 27 de novembro. Esta semana estão duas equipas Alumnigmc — lideradas por um antigo participante — na chefia de grupos. A Thales Portugal, Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento, a Siemens, EDP, Essilor e Euronext contam cada uma com uma liderança. Luís Simões estabelece acordo com Portmann TRANSPORTES A transportadora Luís Simões celebrou um acordo com o grupo Portmann — uma das principais empresas de trans- porte e logística no mercado gau- lês —, com o objetivo de reforçar a sua operação neste país e abrir a porta à angariação de potenciais serviços operacionais em França. Em comunicado, as empresas ex- plicam que a parceria aumentará a competitividade de ambas nas suas áreas geográficas comuns: Pe- nínsula Ibérica, França, Benelux, Suíça, Polónia, Alemanha e Itália. José Gomes Ferreira foi o orador das “Conversas com Sucesso”, onde apresentou ideias para o país COMPETIÇÃO BREVES RTP lidera cluster tecnológico para os media SERVIÇO PÚBLICO A administração da RTP apresentou esta semana um cluster empresarial que junta, sob a alçada do operador público, nove empresas nacionais com competências nas áreas das tecnolo- gias de informação e de gestão de media. Segundo o presidente da RTP, Alberto da Ponte, o objetivo deste projeto — que será desenvol- vido com a chancela PIMS (Portuguese Innovative Media Solu- tions) — é dar à empresa pública acesso em primeira mão a solu- ções tecnológicas de vanguarda que permitam modernizar a RTP e geri-la de forma “mais rentável, mais eficiente e mais eficaz”. Para as empresas que integram o cluster, Alberto da Ponte destaca a possibilidade de ganharem uma dimensão global através da RTP. AS EMPRESAS DO TURISMO E AS ENTIDADES REGIONAIS DE TURISMO (ERT) VÃO PASSAR A ESTAR MAIS ENVOLVIDAS NA ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO INTERNACIONAL DE PORTUGAL. O OBJETIVO É REDUZIR A INTERVENÇÃO DIRETA DO ESTADO NO SECTOR, FOMENTANDO PARCERIAS ENTRE AGENTES PÚBLICOS E PRIVADOS 12 ECONOMIA Expresso, 5 de outubro de 2013

Upload: others

Post on 08-Jun-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: José Gomes Ferreira foi o orador das “Conversas com Sucesso”, … · 2018-01-31 · Apoio à Consolidação Financeira é válida até 2015 e ... Empresas (PME) do sector, contraídos

150milhões de euros é omontante da linha de apoio àsempresas de turismo, criadaentre o Turismo de Portugal,oito bancos e sociedades degarantias mútuas. A Linha deApoio à ConsolidaçãoFinanceira é válida até 2015 epermite alargar os prazos dereembolso dos empréstimosdas Pequenas e MédiasEmpresas (PME) do sector,contraídos junto da banca

SWAPS EM NEGOCIAÇÃOO Santander Totta propôs aoEstado, em abril, umempréstimo para que este lhepague a dívida provocada pelosswaps contratados pelasempresas públicas. Foi esta asolução retomada peloSantander e pelo Governo,depois do verão, disse opresidente do banco, VieiraMonteiro (na foto), aoParlamento. Os prejuízos comos swaps do Santanderascendem a ¤1200 milhões.

RETIFICAÇÕES> Na última edição, odeputado Adão e Silva foi, porlapso, referido como PedroAdão e Silva.

> Na entrevista a AlexandreSoares dos Santos, publicadana última edição, na resposta àpergunta sobre se deuindicações acerca do seusucessor, onde se lê “Não, disseunicamente qual seria a minhapreferência”, deve ler-se “Não.A única coisa que disse foi quesabia qual seria a minhapreferência. Mas não amanifestei”.

Propostas para mudar Portugal

1º LUGAR 2º LUGARThales Portugal Randstad/UnbeatteamIAPMEI/Primaveraelevation ISTMC-EDP/Não_DigoSiemens Business&Co EDP/Abc SGPSEDP/Gmlp Aeatlântico.BlpAlumnigmc/Think Big IAPMEI/Ch ConsultingEssilor/Unlikely Univ.Évora/AlfaAlumnigmc/Tlbmel IEFP/JeefeucEuronext/5G Univ.Évora Caixa Beach TeamVeja as classificações totais em: http://www.expresso.pt/worldgmc

Classificação após 2ª decisão — 2ª volta

As empresas, a organização doEstado e a sociedade em geraltêm de mudar de vida, na opi-nião de José Gomes Ferreira,subdiretor de informação daSIC, sendo esta uma exigênciados financiadores internacio-nais. O jornalista é crítico daação do Tribunal Constitucionale considera que é necessário re-formar o Estado e cumprir oscompromissos assumidos. Acre-dita ainda que a opinião públicapode ser agente de mudança.

José Gomes Ferreira foi o ora-dor convidado de mais uma“Conversas com Sucesso”, orga-nizadas pelas rede Alumnigmc,formada pelos antigos partici-pantes do Global ManagementChallenge. O evento decorreuno dia 26 de setembro, em Lis-boa, teve como tema “Portugalpode voltar a crescer” e foi mo-derado por Henrique Monteiro,jornalista do Expresso.

Numa análise à atualidade, Jo-sé Gomes Ferreira referiu que“o Governo prometeu que ía-mos mudar de vida porque os fi-nanciadores assim o exigiram edesde logo alterando o Códigodo Trabalho. Este mudou muitacoisa, já está em aplicação e

mais de um ano depois vem a no-tícia de que afinal há aspetosque não estão bem, têm de sermudados e são inconstitucio-nais”. Na sua perspetiva as pes-soas que chumbam exigênciasque os financiadores fizeram “di-zem que interpretam uma leique reflete a vontade coletiva,mas eles são uma força de blo-

queio cada vez mais forte”. Oque reforça a negatividade daimagem externa de Portugal.

Outra das ideias do jornalista éque já se deveria ter feito a refor-ma do Estado. Nomeadamentena extinção de departamentosque não produzem o suficienteou que produzem um serviço oubem que não serve a sociedade.

E apesar dos cortes de subsídiosa muitas entidades já realizados,“as isenções fiscais continuampara coisas que não sabemos oque são”, salienta. Ainda em re-lação às reformas necessáriasno país e aos cortes da despesado Estado, o jornalista é apolo-gista de que deve existir consen-so entre Governo e oposição.

Numa sociedade como a portu-guesa, José Gomes Ferreiraacredita que a opinião pública,apesar de não ser titular da açãopolítica, pode ser um agente demudança. “A força da opiniãopública é forte. As manifesta-ções têm de ser focadas e exigirem concreto que se façam altera-ções, como aconteceu por exem-

plo no caso da TSU”. Há aindaas redes sociais e artigos de opi-nião, onde os cidadãos se po-dem manifestar. No evento este-ve ainda em foco o livro “O MeuPrograma de Governo”, onde Jo-sé Gomes Ferreira expõe estas eoutras ideias.

Maribela Freitas

[email protected]

José Gomes Ferreira (SIC) à conversa com Henrique Monteiro (Expresso) FOTO NUNO BOTELHO

ASSALTO ÀS LIDERANÇASAs equipas em prova já tomaram a sua segunda decisão e comoera de prever registaram-se mudanças significativas no topo dosgrupos. Em relação à passada semana e como se pode confirmarna tabela publicada em anexo, estão seis novas equipas naliderança, sendo que apenas os grupos 5 e 8 mantiveram a mesmaequipa na chefia. Apesar destas mudanças, é provável que apróxima decisão provoque mais alterações no topo dos grupos,uma vez que só as formações que na última semana estiveremnesta posição se qualificarão para a final nacional, agendada paradia 27 de novembro. Esta semana estão duas equipas Alumnigmc— lideradas por um antigo participante — na chefia de grupos. AThales Portugal, Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresase ao Investimento, a Siemens, EDP, Essilor e Euronext contam cadauma com uma liderança.

Luís Simões estabeleceacordo com Portmann

TRANSPORTES A transportadoraLuís Simões celebrou um acordocom o grupo Portmann — umadas principais empresas de trans-porte e logística no mercado gau-lês —, com o objetivo de reforçar asua operação neste país e abrir aporta à angariação de potenciaisserviços operacionais em França.Em comunicado, as empresas ex-plicam que a parceria aumentaráa competitividade de ambas nassuas áreas geográficas comuns: Pe-nínsula Ibérica, França, Benelux,Suíça, Polónia, Alemanha e Itália.

José Gomes Ferreira foi o orador das “Conversas com Sucesso”, onde apresentou ideias para o país

COMPETIÇÃO

BREVES

RTP lidera cluster tecnológico para os media

SERVIÇO PÚBLICO A administração da RTP apresentou esta semanaum cluster empresarial que junta, sob a alçada do operador público,nove empresas nacionais com competências nas áreas das tecnolo-gias de informação e de gestão de media. Segundo o presidente daRTP, Alberto da Ponte, o objetivo deste projeto — que será desenvol-vido com a chancela PIMS (Portuguese Innovative Media Solu-tions) — é dar à empresa pública acesso em primeira mão a solu-ções tecnológicas de vanguarda que permitam modernizar a RTP egeri-la de forma “mais rentável, mais eficiente e mais eficaz”. Paraas empresas que integram o cluster, Alberto da Ponte destaca apossibilidade de ganharem uma dimensão global através da RTP.

AS EMPRESAS DO TURISMO E ASENTIDADES REGIONAIS DE TURISMO(ERT) VÃO PASSAR A ESTAR MAISENVOLVIDAS NA ESTRATÉGIA DEPROMOÇÃO INTERNACIONAL DEPORTUGAL. O OBJETIVO É REDUZIR AINTERVENÇÃO DIRETA DO ESTADO NOSECTOR, FOMENTANDO PARCERIASENTRE AGENTES PÚBLICOS E PRIVADOS

12 ECONOMIA Expresso, 5 de outubro de 2013