jornal sintsaf - janeiro / fevereiro 2012

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Sindicato dos Trabalhadores no Serviço de Saúde de Fortaleza - Número 71 - Janeiro / Fevereiro - 2012 Rua General Sampaio, nº 1.600, Casa 03 - Centro / CEP: 60.020-031 - Fortaleza - CE / Fone: (85) 3455.6600 Prefeitura não realiza acordo e servidores continuam em estado de greve JORNAL do SINTSAF Sem luta não há conquistas! A luta aguerrida dos trabalhadores por melhores salários e condições dignas de trabalho não para. Preocupado com os anseios e a satisfação de seus filiados e dos servidores municipais do IJF e da Saúde, o SINTSAF não descansa e segue firme trabalhando em prol dos empregados públicos. Os meses de janeiro e fevereiro fo- ram marcados por mobilizações das entidades sindicais e da classe trabalhadora em busca de conquistas da Campanha Salarial 2012. O processo, que se prolonga por mais de quatro meses, tomou novo rumo em janeiro, durante a Assembleia Geral do Movimento Unificado, na Praça do Ferreira, quando a categoria deci- diu entrar em estado de Greve. Em continuida- de ao movimento, servidores foram à Câmara Municipal de Fortaleza, no dia 9 de fevereiro, na tentativa de pressionar a Prefeitura, no en- tanto não houve êxito. Mesmo diante das constantes negati- vas da gestão municipal, que age como “rolo compressor” contra os trabalhadores, quando resolve não realizar acordo com a categoria e impor reajuste de apenas 3,1%, o sindicato não se oprime e os servidores não desistem de levantar a bandeira da luta. Na Câmara, o movimento se estendeu durante o dia inteiro. Cansada de promessas e falsas esperanças, a classe trabalhadora reivindicava um reajuste de 10% negado pela Prefeitura, após a media- ção de uma comissão formada por vereadores da base aliada da prefeita e da base da opo- sição, sindicalistas e representantes da Secre- taria da Administração Municipal (SAM), que findou sem avanço. Sem acordo, servidores decidiram em assembleia permanecer em estado de greve e continuar as paralisações das categorias. Em clima de indignação e descontentamento, a classe trabalhadora voltou para casa, mais uma vez, insatisfeita com as imposições da gestão municipal. De acordo com o presidente do SINTSAF e também vereador de Fortaleza, Plácido Filho, os representantes da adminis- tração pública apresentaram as mesmas pro- postas e os mesmos argumentos em todas as reuniões. SEM AVANÇO Para o sindicalista, não há avanço nas negociações, porque a gestão municipal não acena para o diálogo. “A prefeita não tem in- teresse em melhorar a situação da Saúde de Fortaleza e nem dos outros setores. Em todas as reuniões que participo são apresentadas as mesmas propostas, ou seja, nunca há avanço. Por isso, digo que não existe negociação e sim uma imposição da Prefeitura. Foi estabelecido o reajuste em 3,1% e pronto”, critica. Cada vez mais atuante, o SINTSAF não mede esforços e com responsabilidade e com- promisso vai aos hospitais municipais mobilizar os servi- dores a participar da luta por avanços trabalhistas. Servidores do IJF resolveram paralisar as atividades diante da negativa às reivindicações trabalhistas. A sinalização de um possível acordo os levou a suspender o movimento e manter o estado de greve. Visita a hospitais leva servidores à luta Estado de greve após paralisações no IJF Filiados felizes com entrega de precatórios Pág. 3 Pág. 4 Pág. 4 Servidores vão à Câmara Municipal de Fortaleza reenvindicar reajuste e condições dignas de trabalho

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Jornal Sintsaf - Janeiro e Fevereiro 2012

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Page 1: Jornal Sintsaf - Janeiro / Fevereiro 2012

Sindicato dos Trabalhadores no Serviço de Saúde de Fortaleza - Número 71 - Janeiro / Fevereiro - 2012Rua General Sampaio, nº 1.600, Casa 03 - Centro / CEP: 60.020-031 - Fortaleza - CE / Fone: (85) 3455.6600

Prefeitura não realiza acordo e servidores continuam em estado de greve

JORNAL do SINTSAFSem luta não há conquistas!

A luta aguerrida dos trabalhadores por melhores salários e condições dignas de trabalho não para. Preocupado com os anseios e a satisfação de seus

filiados e dos servidores municipais do IJF e da Saúde, o SINTSAF não descansa e segue firme trabalhando em prol dos empregados públicos. Os meses de janeiro e fevereiro fo-ram marcados por mobilizações das entidades sindicais e da classe trabalhadora em busca de conquistas da Campanha Salarial 2012. O processo, que se prolonga por mais de quatro meses, tomou novo rumo em janeiro, durante a Assembleia Geral do Movimento Unificado, na Praça do Ferreira, quando a categoria deci-diu entrar em estado de Greve. Em continuida-de ao movimento, servidores foram à Câmara Municipal de Fortaleza, no dia 9 de fevereiro, na tentativa de pressionar a Prefeitura, no en-tanto não houve êxito.

Mesmo diante das constantes negati-vas da gestão municipal, que age como “rolo compressor” contra os trabalhadores, quando resolve não realizar acordo com a categoria e impor reajuste de apenas 3,1%, o sindicato não se oprime e os servidores não desistem de levantar a bandeira da luta. Na Câmara, o movimento se estendeu durante o dia inteiro. Cansada de promessas e falsas esperanças, a classe trabalhadora reivindicava um reajuste

de 10% negado pela Prefeitura, após a media-ção de uma comissão formada por vereadores da base aliada da prefeita e da base da opo-sição, sindicalistas e representantes da Secre-taria da Administração Municipal (SAM), que findou sem avanço.

Sem acordo, servidores decidiram em assembleia permanecer em estado de greve e continuar as paralisações das categorias. Em clima de indignação e descontentamento, a classe trabalhadora voltou para casa, mais uma vez, insatisfeita com as imposições da gestão municipal. De acordo com o presidente do SINTSAF e também vereador de Fortaleza, Plácido Filho, os representantes da adminis-tração pública apresentaram as mesmas pro-postas e os mesmos argumentos em todas as reuniões.

SEM AVANÇOPara o sindicalista, não há avanço nas

negociações, porque a gestão municipal não acena para o diálogo. “A prefeita não tem in-teresse em melhorar a situação da Saúde de Fortaleza e nem dos outros setores. Em todas as reuniões que participo são apresentadas as mesmas propostas, ou seja, nunca há avanço. Por isso, digo que não existe negociação e sim uma imposição da Prefeitura. Foi estabelecido o reajuste em 3,1% e pronto”, critica.

Cada vez mais atuante, o SINTSAF não mede esforços e com responsabilidade e com-promisso vai aos hospitais municipais mobilizar os servi-dores a participar da luta por avanços trabalhistas.

Servidores do IJF resolveram paralisar as atividades diante da negativa às reivindicações trabalhistas. A sinalização de um possível acordo os levou a suspender o movimento e manter o estado de greve.

Visita a hospitais leva servidores à luta

Estado de greve após paralisações no IJF

Filiados felizes com entrega de precatórios

Pág. 3

Pág. 4

Pág. 4

Servidores vão à Câmara Municipal de Fortaleza reenvindicar reajuste e condições dignas de trabalho

Page 2: Jornal Sintsaf - Janeiro / Fevereiro 2012

JORNAL do SINTSAF2 Fortaleza - Janeiro / Fevereiro 2012

E X P E D I E N T E O Jornal do SINTSAF é o informativo do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço de Saúde de Fortaleza

Missão do SINTSAFResguardar os direitos e prerrogativas dos Trabalhadores no Serviço de Saúde de Fortaleza, de modo que todos tenham plenas condições de trabalho para oferecer um melhor e digno atendimento aos clientes do serviço público municipal de saúde: a população fortalezense.

Jornalistas Responsáveis - Aline Braga [email protected] Gráfi co - Jônatas Gadelha / [email protected] Impressão - TiprogressoTiragem - 5 mil exemplaresContatos: (85) 3455.6600

DIRETORIA EXECUTIVA: Plácido Sobreira Filho (Presidente), Raimunda Chaves Barroso (1ª Vice-Presidente), Francisco Sebastião de Sá (2º Vice-Presidente), Manoel Lopes da Silva Filho (Secretário-Geral), Elenilde de Sousa Silva (Secre-

tária Adjunta), Marialdo Antônio Costa (Tesoureiro Geral), Godofredo Holanda de Sousa (Tesoureiro Adjunto), Maria Oliveira Quixadá (Diretora de Comunicação), Luiz Carlos Damasceno Albuquerque (Diretor de Patrimônio), Vilaucia

Borges de Menezes (Diretora de Assuntos Jurídicos), José Rodrigues Teixeira (Diretor Administrativo), Carlinda Ferreira Bezerra (Diretora de Formação Sindical), Heloiza Victor da Silva (Diretora de Segurança e Saúde), Maria

das Graças de Sousa Alencar (Suplente da Diretoria Executiva), Suzana Clara Furlane Cabral (Suplente da Diretoria Executiva), Luiz Lopes Lima (Suplente da Diretoria Executiva), Natanael Charles Monte da Cruz (Conselheiro Fiscal),

João Ananias Vasconcelos (Conselheiro Fiscal), Maria Iolanda Alves Coelho (Conselheira Fiscal), José do Nascimento Sousa (Suplente do Conselho Fiscal), Hortense Maria Pinheiro Ventura Lima (Suplente do

Conselho Fiscal) e Fred Manuel Dourado Paiva (Suplente do Conselho Fiscal).

Jornalistas Responsáveis Aline Braga DIRETORIA EXECUTIVA: Plácido Sobreira Filho (Presidente), Raimunda Chaves Barroso (1ª Vice-Presidente), Francisco

JORN

AL do

SINT

SAF

PRECATÓRIOS

06 de fevereiro de 2012 – Liduina Maria Araújo à es-

querda (Servidora aposentada do Frotinha de Messe-

jana – enfermeira) e Maria Oliveira Quixadá (Enfer-

meira do Gonzaguinha da Barra)

09 de fevereiro de 2012 – Luiz Roberto Franklin Muniz

(Médico do IJF)

09 de fevereiro de 2012 – Godofredo Holanda de

Sousa (Laboratório do IJF)

10 de fevereiro de 2012 – Irene Feitosa da

Silva (Secretária - Serviço Social do IJF)

Page 3: Jornal Sintsaf - Janeiro / Fevereiro 2012

JORNAL do SINTSAF 3Fortaleza - Janeiro / Fevereiro 2012

PRECATÓRIOS

03 de fevereiro de 2012 - Francisco de Assis Sousa

(Servidor aposentado do IJF - Auxiliar de Raio X); e

Maria Rodrigues de Sousa (Servidora aposentada do

Frotinha de Ant°. Bezerra – auxiliar de enfermagem)

03 de fevereiro de 2012 - dependentes de Maria do

Socorro Sousa (Servidora falecida – cozinheira do

Frotinha de Messejana)

Antônio Tiago de Sousa ; Silvia Maria de Sousa ; Maria

Cristiane de Sousa e José Tarcísio de Sousa

10 de fevereiro de 2012 – Sonia Maria Vieira

de Castro (Nutricionista do IJF)

Page 4: Jornal Sintsaf - Janeiro / Fevereiro 2012

Na incessante busca de facilitar conquis-tas para os servido-

res municipais da Saúde, o SINTSAF continua a luta em prol de seus filiados e trabalhadores. Assim, a en-tidade produziu uma pauta de reivindicações especí-fica da Saúde e do Institu-to Doutor José Frota (IJF), que possibilita garantias peculiares do servidor. Foi pensando em motivar o tra-balhador a persistir na luta contra as injustiças cometi-das pela administração mu-nicipal, que o presidente do SINTSAF, Plácido Filho, re-alizou visitas a hospitais e postos de saúde do municí-pio de Fortaleza, para mo-bilizar os trabalhadores a se unirem em prol de seus direitos.

Segundo Plácido Filho, o caminho é pedregoso, no entanto, mesmo com as ne-gativas da última reunião entre vereadores, sindica-listas e servidores, na sala de Comissões da Câmara Municipal de Fortaleza, no dia 6 de março, o sindicato intensifica os trabalhos e,

com seriedade, reafirma um discurso justo e digno com a gestão municipal, a fim de galgar vitórias merecidas para seus filiados e servido-res. “Inicialmente, pedíamos um reajuste de 20%, depois baixamos para 10%, hoje pe-dimos apenas a reposição da inflação de 7%, ainda assim não houve acordo”, explica.

Após reuniões e as-sembleias do Movimento Unificado, o SINTSAF não mediu esforços para fortale-

cer o movimento da catego-ria e foi às unidades de Saú-de da Capital na tentativa de ouvir os anseios dos ser-vidores e motivá-los à luta. O sindicalista Plácido Filho aproveitou os dois primeiros meses deste ano, inclusive o feriado de carnaval, para re-alizar visitas aos Frotinhas da Parangaba e de Antônio Bezerra, Frotinha de Mes-sejana e Gonzaguinha de Messejana, Hospital Nossa Senhora da Conceição, Gon-

zaguinhas do José Walter e da Barra do Ceará, Centro de Assistência à Criança (Croa) e o Instituto Doutor José Frota (IJF).

Ainda de acordo com o presidente do SINTSAF, a presença da entidade nos equipamentos de Saúde do município gera a oportuni-dade de conhecer de perto as necessidades dos traba-lhadores e a real situação das unidades, além de aju-dar a fortalecer a categoria.

A entrada da emergência do IJF foi palco do movimento grevista dos trabalhadores e sindicalistas durante os meses de janeiro e fevereiro. Embala-dos pelo sentimento de indig-nação, por terem seus direitos reprimidos, os servidores se uniram e realizaram paralisa-ções diárias durante três horas, por mais de uma semana. Mes-mo após suspender as mobili-zações, a categoria permane-ceu em estado de greve.

Insatisfeitos com as ir-regularidades que vivenciam no decorrer da jornada diária, com as péssimas condições de trabalho e ainda com os baixos salários, os servidores decidi-ram cruzar os braços e amea-çaram fazer greve geral duran-

te o feriado de carnaval. Para o presidente do SINTSAF, Plácido Filho, trabalhar em um hos-pital considerado o maior em urgência do Estado e enfren-tar a superlotação e as críticas condições de trabalho, é tarefa de “herói”. “Eu avalio os servi-dores do IJF, como verdadeiros heróis. Muitos deles trabalham em regime de plantão sem a mínima segurança. Na unidade falta material para o trabalha-dor e para os procedimentos dos pacientes. O atendimento tem de ser feito nos corredores, com os pacientes amontoados uns aos outros”, desabafa.

Após manifestarem que não iriam se curvar as imposi-ções da Prefeitura, os servido-res receberam um sinal positi-

vo da gestão municipal de que alguns pontos da pauta espe-cífica como a equiparação da gratificação de plantão da UTI para os setores de emergên-cia, central de material, sala de recuperação, centro cirúrgico e centro de queimados, entre

outros, seriam negociados. Plá-cido Filho ressaltou que a luta contiua pela inclusão dos de-mais setores do IJF e da Saúde. Com a possível conquista, os servidores decidiram suspen-der as paralisações e manter o estado de greve.

Visita a hospitais motiva servidores a fortalecer movimento grevista e ir à luta

Paralisações no IJF são suspensas e estado de greve é mantido

JORNAL do SINTSAF4 Fortaleza - Janeiro / Fevereiro 2012

Trabalhadores deixam seus postos e se mobilizam em prol da campanha salarial

Durante as paralisações, servidores do IJF ocuparam a entrada do hospital e atenderam apenas emergência