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Finalmente Sambaqui ganha seu t primeiro jornal comunitário / .lomal da A.. ociaçAo de Bairro do Sambaqui. m.... al ano I número zero julho de 1993 Mini-Mercadp e Açougue Suely Os melhores preços da região .Entregamos em DomicRio ·Slo. Ant6nlo de Lisboa - Fone: 35-1032 "Aceitamos pedidos.de rancho por telefone" . Cheque para 10 dias Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina

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Page 1: jornal - Santa Catarinahemeroteca.ciasc.sc.gov.br/jornais/aponta/PON1993000.pdf · A,.."", Festa·daCruzatraimuitaspessoas AAssociaçãodeBairrode Sambaquimaisumavezpro moveunos dias28,

Finalmente Sambaqui ganha seu

t primeiro jornal comunitário

/

.lomal da A..ociaçAo de Bairro do Sambaqui. m....al • ano I • número zero • julho de 1993

Mini-Mercadp e Açougue SuelyOs melhores preços da região.Entregamos em DomicRio·Slo. Ant6nlo de Lisboa - Fone: 35-1032"Aceitamos pedidos.de rancho por telefone" .

Cheque para 10 dias

Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina

Page 2: jornal - Santa Catarinahemeroteca.ciasc.sc.gov.br/jornais/aponta/PON1993000.pdf · A,.."", Festa·daCruzatraimuitaspessoas AAssociaçãodeBairrode Sambaquimaisumavezpro moveunos dias28,

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PagInaR �

I Editorial.

A ABS finalmenteganha seu jornalEste é o primeiro número

do jornal da Associação de.Bairro do Sambaqui. A fina­lidade destejornal é seraber­to à participação de todas aspessoas da comunidade quequeiram expressar suasidéias, debeter projetos, pu­blicar suas poesias, contos, -

piadas e etc.Nesteprimeiro número es­

tamos trazendo uma reporta­gem sobre � Festa da Cruzna ponta deSambaqui, outrasopre o parque na Ponta deSambaqui e um histórico so­

bre a foiml),ção e colonização. do hOSSQ povoado. Teremostambém sessão de anúncios,aspiadas de seu Vadinho, co­lunasesportiva, de economiae política e de mitos e lendas

- dó Sambaqui..

Faremos através do jornalum resgate da história faladade Sambaqui entrevistandoiis�pessóasmais idosas da co-

. mimidede. Falaremos com a

.

Dona Maria do Seu João dosSántos, a nossa mais antigaparteira; a nossa benzedeiraDoifa MEiriazinha, o Seu Ni­colauMartins, a Dona Zulicae outros. Vamos resgatar eregistrar a nossa história,poispovo sem história é povosem cúltura, épovo�m vida.

APonta

o Jornal A PONTA é de utili­dade comunitária e de responsabi­lidade da Associação do Bairro do -

Sambaqui. Colaboraeam.HorécíoGomes, Arilton Viana, Sergio Fer­reira, Joel Balconi, Maria Viana,Valdinéia Soares, Veridiano Diasde Lima, Francisco de Assis Brito,

\ Estela Moreira, Ednaldo Pires,MauricioMeurer,Maria G. Soares.Jornalista responsável: Marta

Cecília Teixeira Reg. n� 18757.

Edição, Diagramação e Revi­são deTextos: FernandaMedeirose Marta SchererRedação: CCE/COM/UFSC, .

Campus Universitário s/n� Trinda- -

-

-

de - CEP 88045 - Floriailópolis-SC .�

Telefones: (0482) 31-9440 e31-9215 \

Telefax: (0482) 33-4069Distribuição Gratuita

/ Circulação Dirigida

!APonta,.

Notícias da Associação de Sambaqui.

Estamos já em iinel de mandatO.Começamos com muitas idéias, so­nhos, tentamos colocá-las emprática.p_or certo obtivemos alguin resultadopositivo. Procurámos sempre fazerum trabalho construtivo, trazendo·melhorias para o bairro, lutamos pa­ra ter um i�tendente nosso para nos,

ajudar amelhorar as condições de vi­da da nossa comunidade.Encontramos arhigos que muito

nos ajudaram e tornaram possívelle­yar até o fim esta dura tarefa queé dirigir a ABS. Tivemos tambémuma oposição forte às nossas idéiase iniciativas, o que serviu para revi­talizarnossasenergias, pois é atravésdo embate das idéias que surgem as

O casarão é a sede da ABS e está abertóa todas as pessoas da comunidade e da regiãomelhores soluções. (Que swjam mil sairá no início de agosto. Já sentimos taria de Obras e nossos pedidos pare- .

idéias, que apareçammil soluções). .que a comunidade está em ritmo de cem que não são sequer ouvidos. Não

Tentamõs abrir a ABS à partici- campanha eleitoral. nos deixam sequer expor as nossas.

pação de toda a comunideâe com o Atividades desenvolvidas pela As- reivjndicações� O argumento do se-

objetivo de desmistificar a idéia de SOéiação CIo Bairro do Sambaqui: cretário é um.sõ; o orçamento de 93que a Associação é dominadapor um Prefeitura Municipal de Florian6- já estápronto é nãopode ser slteredo,

. grupo. Infelizmente aparticipação da polis - Nosso relacionamento com o não temos dinheiro para nada e secomunidade em geral foi pequena, já Prefeito Sérgio Grando tem sido um vocês quiserem fazer alguma coisaque-nas reuniões compareceram qua- pouco diflcil já que nos parece ser� . pressionem os vereadores para que

.

se que exclusivamente os membros lítica deliberada dómesmo não nego- aprovem o novo orçam�nto com mui-da diretoria.

..- ciar diretamente com as associações tas alterações.

.

Pedimos e-comunidede que nas de bairro. A intenção da atual admi- Não noS sentimos dispostos a rei-próximas gestões critiquem menos e nistração é que 8$ intendências fim- vindicarjunto eosveréedore« a epro­ajudemmais. A participáção de todos ciotiem como coordenadorias distri- vação do orçamento alteradopor doiséofatormais importantena obtenção tais e as reivindicaçõessejam levadas -

motivos: primeiro porque desconhe­dos objetivos. Permitam que o presi- até o prefeito via intendência. Como eemos as alterações feims, já que a '

dente e a diretoria trilhem os cami- as intendências na prática não estão· associação de bairro, ao queme cons­

nhos que.eles acharem melhor. Fa- fqncionando como coordenadorias e ta, não participaram das mudançasçam críticas construtivas e procurem os nossos conietos diretõs com os se- realizadas; segundoporque lião sabe­ajudar sempre. As críticas pessoais cretários, mesmo quando acompa- mós se seremos contemplados com al­são típicas de uma oposiçãoburraque .

nhados pelos inteilde:cftes,- têiÍl�sido guma obra. -

.

nada tem a acreScentar. Não pertni-· úifrutifet(J8, todo. um -trabalho sério Campo deFutebol-Nossos agrade­tam que chapas vinculadas epertldo« das associações em busca de obras e_cimentos ao Prefeito Sérgio Grandopolíticos assumam a diretoria pois is- recursospara a comUnidade está sen- pela doação do terreno para o camposo s6 servirá para destruir a ABS, do destruido. oe futebol. Esta foi a maior obra da .

afastando damesma todas as pessoas . Isto está levando as atuais direto- prefeitura nos últimos vinte anos no

. que pens8I!1 de maneira diferente. rias das entidades de bairro ao des- Sambaqui e, sem dúvida, não será aConcordamos com- a comunidade crédito junto as suas comunidades e única da administração popular.

.

quando por unanimidade ela diz que também está'jogando estas mesmas! Núcleo de Transportes - Apósmui­aAssociação émuito importante (não entidades, que em grande parte tos pedidos e reclamações ao longotivemos uma única resPQsta negativa apoiaram a atual administração, na destes quase dois anos do nossoman­no nosso questionário), pois é a ABS oposição. Sem dúvida nenhuma isso dato, conseguimos tinal:cpente jun_toque lutapelasmelhoriasnecessárias. se refletirá nas próximas eleições pa- com as outras aSsociações de bairroProcuramos em nossa gestão juntar ra as diretorias das associações, onde do distrito, algumas proinessas doa nossa força a outras organizações chapas com cunho puramente políti- Núcleo de Transportes. Uma propos­comunitárias, como o Conselho Co- Co-,oposicionista prevalecerão em de- ta de alteração dos horários e itinerá­munitário deSambaqui, o nosso time =trimeaio das candidaturas de cunho rio, com a criàção de um trajeto únicode futebol (Triunfo F.C.), a comuni- reivindicetivo-comunitério, o que para Sambaqui e Barra, com apontodade religiosa local, outras Associa- trará sérias dificuldades para uma final na Barra do Sambaqui.. Tam­ções de Bairro do distrito e com a In- administração que sepropõe a serpo- rem houve melhora substancial natendência;-- pular. Sugerimos ao prefeito Sérgio linha de ônibus de, Cacupé;-com fixa-As eleições para diretoria da ABS Grando sairmais às ruas e conversar :

ção do ponto tinal em Santo Antôniose realizarão em agosto deste ano, en- mais com o povo. . de Lisboa.tãopreparemjá suas chapas e lsacem, Secretaria de Obras - Temos sidoas plataformas eleitoreis. O ª-dital recebido com muita frieza na �re-

/:; \

Horácio Gomes (Rene)Presidente da ABS

Jornal A PONTA. 10grafádaS, não devem passar de15 linhas e devem conter nomecompleto, assinatura, endereço e

se possivel telefone. Os interessa­dos devem escreverpara:

Apartir da pr6xima edição, esteespaço será útilizado pelos mora- .

dores que quiserem reclamar, su­gerir ou dar opinião sobre qual­quer assunto.As cartas não precisam Ser dati-

Rua: Presidente Coutinho 28/301 .

Centro -·Florian6polis - SCCEP: 88015-230

/

B'ar e Armazém CarlitosRodovlá Gilson da Costa n� 2420

Tudo .em alimentos·Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina

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A,.."",

Festa· da Cruzatrai muitas pessoasA Associação de Bairro de

Sambaqui mais uma vez pro­moveu nos dias 28, 29 e 30de maio, a Festa da SantaCruz da Ponta doSambaqui,considerada uma dasmaioresfestas da Ilha, Ao passar dosanos foi, sendo esquecida e

deixando de. ser realizada. AABS já há dois anos consecu­tivos vem promovendo a Fes­ta junto COm a comunidade.A comunidade e a Associa­

-çâo se organizaram immuti­rão de liinpeza e arrumação.do local. Construíram, umcais de sustentação para queas marés altas não provo­quem erosão de uma parte daPonta como estava aconte­cendo. A programação foi fei­ta peloSr.AntônioLuisCam­pos, o popular Tóia, eleito o

festeiro de 1993.A festa atraiu muitas pes­

soas do próprio bairro, assimcomo das regiões vizinhas ede outras cidades. A festasempre foi uma .tradição no

Sambaqui e os moradoresapoiaram a iniciativa de res­gatá-la. EliasAndrade, artis-.ta plástico que nasceu' e mo­rou na região� elogiou a pro­gramação e o lato da festa terreunido toda a comunidade

. local. Indío, como é conheci­do ficou encantado com o co­rai infantil do Clube 6 de Ja­neiro e com a limpeza feitana Ponta para a realização da

.

festa. Elias acha que o localdeveria ser aproveitadomaisvezesy poderia se organizar

uma festa de rock e tambémmandar rezarmaismissas. Aúnica melhora que poderiahaver na festa era trocar adata, para ele, o começo do'mês seria mais propício pelotempo que costuma ser bom.Apesar do tempo chuvoso

que estava nos dias da festa,Hércio Velho não se arrepen­deu de ter vindo de Lages pa­ra participar da festa em

Sambaqui. Hércio disse quehá muitos anos não via uma

ção, o lageano levou na me­mória a amabilidade do povo

.de Sambaqui.Jocélio nasceu e se' criou

em Sambaqui, mas atual­I;E?-ente mora em São Paulo,CIdade para onde se mudou

apresentação de boi-de-ma- há 20 anos. Ele também par­mão, apesar de muito ter ticipou da Fésta da Santabrincado na .infância. Para Cruz e como os outros elogiouele esta tradição não pode o boi-de-mamão e o coral in­morrer e deu nota 10 para a

.

fantil. Jocélio não ia a estainieiativa de resgate da eul- ' festa desde 1979 mas pouco­tura popular. Como recorda- se lembra da outra. Para ele

.

Comunidade se•

orgamzou parapromover festa

a principal diferença entre as

festas antigas e as atuais éa falta de participação da co­

munidade, antigamente to­das as pessoas iam atémesmopor falta de outras opções. Asugestãoque Jocélio apresen­tou para o próximo ano, é deque a banda anime os trêsdias de festa, atraindo aindamaispessoas àPonta do Sam-baquí, .

AriltoD JOIIé ViaDa

�odos ajudaram a montar e azrumar- a Festa da Cruz, até as crianças participaram em uma procissão

,I Sambaqui: um local demuitas praias e históriasQuando se fala em Samba­

qui nos livros de história, diz­se que o arraial ficava entrea Ponta do Pereira, hoje cha­mada Ponta do Sambaqui, ea Ponta-da Luz. Interessanteé que as pessoasmais antigasconstumavam chamar 'estaregião de Barra do Samba­qui, apesar de atualmente a

Barra ficar do outro lado, novale acima da sede dós fun­cionários doKoerích, Esta re­gião, porém, era chamada atébem pouco tempo de colônia,pois era eminentemente agrí­cola.

O Sambaqui começa na

Volta da Lúcia, na altura donúmero 350 da Rodovia Gil­son da Costa Xavier, logoapós então vem a região doQuilombo, assim chamada

-

porque os moradores quando. diziam quilômetro queriam

dizer quilômetro, por ser oquilômetro um da estrada deSambaqui.A praia onde se localiza o

restaurante Rosemar chama­se Praia das Flores; o centrocomunitário fica na Praia doFogo, sendo que estes nomesaparecem inclusive em ma­

pas do século passado. A Pon­ta do Sambaqui chamava-sePonta do Pereira e a praiaque vem logo após, Praia doPosto. A praia logo depois queacaba o calçamento, era co­nhecida como Praia doSiofrô­nio, e hoje é a Praia do Toló.Em frente a calha dágua, eraa Praia da Aguada! e a praiaonde existe um pequeno ria­cho era conhecida como Praiado Rola. Após a Ponta da Luzvinha a Praia do Saquinho e

por fim a Ponta do Vaneee­Iau,

A nossa cidade, que nesteépoca se chamava Desterro',foi colonizada a princípio porFrancisco Dias Velho em

1675. Com a morte de DiasVelho, a povoação pratica­mente desaparece. Em 1975Padre Mateus de Leão esta­belece-se em Santo Antôniocom cerca de 20 casais. Em1714 Manoel Manso de Ave­larmontou um entreposto co­mercial na Praia da Aguadae dali dirigia a Ilha de SantaCatarina. A poveação teveuma certa prosperidade, aponto de em 1750 transfor­mar-se emFreguesia, que eraa unidade política-admi­nistrativa e religiosa básica.

O padre Lourenço Rodri­gues de Andrade foi o primei­ro deputado cataririense nas

cortes de Lisboa (1821-1822)e primeiro senador catari-

.- .

-

Bar 'Santo. Antônio'Especializado em frutos do marE�to de camarão .

Past'el de camarão .

Peixe frito etc.Roei. SC-401 - Km 9 - fone: 35-1444

- Bar e Mercearia Três CrisRua Geral do Sambaqui, 2146Atendimento das 6 às 21 horasInclusive sáb8dos. domingos e feriadosFazendQ sempre ofertas: trazendo este fOlhetona hora da compra ganha 5% de desconto"

da iam com suas canoas fazer'negócio a bordo dos navios,geralmente trocavam produ­tos de terra por sol, querose­ne tecidos, etc.Sambaqui, como todas as

povoações do litoral, sobrevi­via da pesca, da fabricação defarinha de mandioca, doplantio de café e outras cultu­ras de subsistência. Cómo de­clínio da agricultura e o fe­chamento em 1,968 do PostodaAlfândega, Sambaqui pas­sou por um.período de estag­nação. Aos poucos foram che­gando os veranistas que CQ.:.

Osnaviosancoravamentre.

meçaram construir casas.as ilhas de Ratones eAnhato- Em 1975, com omelhoramen­mirin e abasteciam-se de to das estradas para as outraságua na Calha dágua de praias, a região sentiu cair oSambaqui. Este movimento movimento. Atualmentefez com que fosse intenso o Sambaqui vem se firmandohábito de "negociar a bordo". como bairro residencial daAté a década de 60, muitos capital.moradores de Sambaqui ain- Sérgio Luiz Ferreira

nense do Império(1826-1844). Nasceu em um

casarão na Praia do.Toló, em1761, filho de açorianos quehaviam chegado na coloniza­ção. O segundo senador cata­rinense, José da SilvaMafra,era deCacupé. Padre Louren­ço foi vigário de Santo Antô­nio de Lisboa de 1797 a 1821e de 1823 a 1826. Seu sobri­nho-neto, Cônego José Fabrí­cioPereiraSerpa, tambémfoivigário da comunidade de1889 até a sua morte em

1922.

Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina

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Pát/",••

nós é históriaviva da nossa terraSeuGercino Dias de .Lima: com77chado, ninguém via nada. um pra diante no passar daEntão uns pulavam pela ja- fita.nela, outros gritavam, eu só A Ponta -Seu Gerc!no , co-

sei que depois apartaram a mo era o Temo de ReIS? .�

briga e pegaram a dançar. \ SeuGercinq-Começava noAté ficou melhor, porque fi- Neteli, mandavam abrir acou menas gente. porta, aí cantavam e depoisA Ponta - Quais as festas pegavam a dançar. Dança­

de antigamente que eram vam, danç�vaII! e oferecismmais conhecidas? temo depois de servir tudo,SeuGercino-AFestaJuni- era quentão, era licori, era

na era muito' boa. Tinha mãe ca filha. A mãe ca filhaquentão, rosca de polvilho, era danada pra pegar, feitabatata .assada e cozida, café com cachaça e garapa fervi­com pão e todo mundojogava da, d.av-ª u!D quenturão _!labaralho. Na festa pra São Pe- gente! E pior que quentao,dro se fazia bailhe e ratoeira. porque é gost.osa, então a pes-A Ponta - Como era o pau soa bebemuito. A gente colo-

de fita? ca cravo moído, um pouco deSeuGercino - Era bem pre- canela, aí então quem toma­

parado, Quase sempre quem va dava pra ficar alegre e rirbrinceve era os preto, era tu- demais, às veis nao guentava_do preto, oe preto faziu tudo e la pra cama.

dire�ti�o, embrul�vam tu-.

. Depois ofereciam em o�­do direitinho. Escolhiam gen- iras casas. Eles mandavam'te magra, nao botavam preta avisar as casas que iam, por­gorda, Era tudo gente �a��

.

que se fizessem surpresa, aópra embrulhar tudo díreítí- podiam ter um café com qual­nho, porque no pau-de-fita quer coisa, porque não espe­tem qu� ser tudo igualpra ravam. Dia de semana 'não ti­ser.�Íllto. Tem que treínár nhá temo de reis, era só"depra nao ficar um pra trás e sábado pra domingo e espera-

va-se cantando pra SantoAmaro e São Entrude. SãoEntrude é oCarnavali. . I

A Ponta -,O' senhor lembrade alguma história da Pontada Luz?Seu Gercino - Diziam os an­

tigos que lá tinha um tesouroenterrado em baixo de um co­

queiro. Eles precuravam,precuravam mas não encon­

traram foi tesouro nenhum.Lá também aparecia umaluz. Como naquela épocanãotinha eletricidade, qualquerluz que aparecia de longe a

gente via.As Vi.eis1lá da nossacasa, lá no filial aa Barra, denoite aparecia uma luz, ali .

nomorro da Federalnão tem?Das oito horas da noite atéas nove. Ela caminhava atéa ponta do morro e sumia lá

.

. em frente da entrada da Bar­ra, bem na chapada. Os anti­gos diziam que era a encano:

tada, era como uma luz delampião.A Ponta - Antigamente as

pessoas acreditavam em dis­co voador?.Seu Gercimo - Num certo

tempo deu em aparecer umaestrela que se movia que de­ram o nome de disco voador.

, Vinha do sul pra norte. Aon­- de eu morava tinha uma bai­xada e morava uma mulherde meia idade, Esta mulher'ouviu a zuada do primeiroavião que passou por aqui.Ela saiu correndo e berrandonomeio da rua, chegou quasemorta em casa e caiu des­maiada no meio da cozinha.

'Fala .das crenças,dos costumes e davida naquela época

SeuGercino é um dos festas, não era nada mistu-

. moradores mais' �- rado, Ali em. Santo Antônio,tigos do Sambaqui. primeiro a missa 'era rezada

Nasceu aqui e1Jl1916, é fi- em pé porque não. tinha aque­.lho de Ludovino Dias de

las bancas de, sentar. Depoisque botaram as bancas, as

Lima eMariaMarciana da mulheres se' assentavam na

Rosa. Dos irmãos é o único parte-do norte e os homemque está vivo e aos 77 anos .

na parte do sul, não tinha. ainda trabalha na roça. mistura nenhuma. Antiga­Planta milho; mandioca e

mente não tinha nada, nemem baillie, nememmissa, atéadora o que faz.'Seu'Gere- nos próprios Temos eles não

cino é um homem forte, misturavam. Ali onde o Altí­muito ativo' e que quase no mora, tinha o Clube 7 denunca fica doente.A recei- Setembro, os beilbe eram

ta, Segundo ele, é nunca ter muito divertido. O soalho era

fumado nem bebido. bem lisinho; ainda eles bota-. va farinha. de trigol� a gente:

Quand.o. tiriha>,24: anos,' facilitasse ia_P1'9 enão..

saiu do Sambaqui a 'pé e.Ó

A PonÜl' � Era verdade quefoi até oRio Gràndedo Sul antigamente o pessoal ba­procurar um emprego-me- gunceiro colocava pimentalhor. Ficou ''lá três anos

no salão de baile pra ver a. , multidão. espirrar? ... Uma vez eu fui num bailhe

mas teve que voltar'por": SeuGercino - Emclube não lá na Capela de Bom Jesusque perdeu toda a safra de coloeàvam, mas em bailhe de e lá a gente ia de caminhãocebola, que tinha colhido.' casá.pargcular naquele aper- ou ia::fué aí tinha que voltarEm 1945 casou-secom a to, ah bõtavam! Ali na Var- de m ã. Quando chegou láDona'Maria de Lima e foi gem Pequena era danado pra pelas tanta. houve uma briga,pai de seis filhos; que sem- ISSO. No bailhe sabe o que eles minha filha, apagaram o

pre trabalharam na 'roça,faziam? Eles botavam a pi-

'

lampião, .era uns c8fezá fe-

Juntos plantaram éáfé, ce-bola e ainda tinham gadoleiteiro•.Tinham também'um engenho e faziam fari-nha;' cuscuz, biju e pamo-nha. Produziammaís.paraconsumo pr6prib' masquando sobrava;�Seu Ger-,cino enchia a canoae ia até '.:

o Mercado' vender suasmercadorías.. .

Seu Gereino lembra com '

.

saudades daqüéla ,�pôc�:,' ",<,:;":",,::,:',]'),,,,,,dos, bailes, das bríncadei-

" " v-, ,"�O ""

ras, do temo de reis; do va­lor do 'cruzeiro e-da educa-

�, ção das crianças. ....Ele é do. tempo ,que fio

de barba era documento,que homem e mulher sen­tavam separadosna igrejae que oMercado Público fi­cava à Beira-Mar,

de plástico, era com agulhade bambu. '

A Ponta - Quais foram as

parteiras mais conhecidas? .'

A Ponta - Como o senhore as pessoas daqui iam parao centro da cidade?Seu Gercino - Nóis ia de ca­

noa. Ali no Mercado Público,amaré ia no lado dele e tinhaum cais com uma escada deum metro mais ou menos. Agente se encostava ali e fazia

2. as compra e vendia as coise..

A Ponta - Seu Gercino, a via­s gem era feita a remo? '

Seu Gercino - Erasim. A gen­te ía e vinha de remo, aíquando tinha vento, por

exemplo Sueste, aí a gente iade vela. A viagem levava ho­ra e meia, Se a pessoa tavabem acostumada no remo, né,a canoa andava tão rápidoque até parecia ummotori.A Ponta - Com o dinheiro

.

da mercadoria que o senhorvendia o que o senhor com­prava?.

Seu Gercino - Compravacarne seca, carne em pedaço,o dinheiro tinhamuito velori, '

não é como hoie. Antigamen-

cada comprimido custavaCr$ 500 cruzeiros, você vejacomo tá o dinheiro, naqueletempo o dinheiro tinha velorie as coisas não subiam tododia. .

Um dos moradores.mais antigos contacomo era Sambaqui

Seu Gercino - A parteiraLiandra, que era do Ratonese veio pra cá e Tia Dora, umapreta gorda quemorava onde,é o Foguinho. A '.ria Dora era'mais velha e entendida, ti­nha uma força de afilhadoque .não tinha mais fim ..

l\ Ponta - Como eram feitosos partos?

menta na calça e dobravãma calça, aí no andar, nodançara pimenta ia chuca1hando, iacamdo, aípegava todomundoa espirrar e a esfregar nariz.O nariz- chegava a ficar in­chado e acabava o bailhe. Alina Vargem Pequena tinhaum homem chamado Lúcio,que fazia muita festa. Ele-ti­nha um salão de dança, nãotem? E então era danadotambém pra botar pimenta,então eles escolhiam quandoo bailhe tava muito ruim, e

também jogavam pedra.

te com pouco dinheiroã gentecomprava uma barbaridadede coisa. E hoje não, o cem

cruzeiro não vale nada, anti­gamente com o dez cruzeirose comprava-uma porção decoisa. O, esses dias, o médicome erreceiõ um remédio que

A Ponta - Tinhamuita ren­deira na sua época?Seu Gercino - Ah tinha,

aqui todas as mulheres fa­ziam renda. As minhas irmãfaziam .renda, crochê, rendademalha e tricori,mas só queo tricori não era com agulha

"O Delegado ZéAntônio foi apartáuma briga' e saiu decueca na rua"

"Os bailhe eramuitodivertido, elesbotavam talco nosoalho"

----

Seu Gercino - Era tomadaanamoscada, e depois a mãeera fumentada com banhoquente e ficava oito dias semse aliVantá. Só comiam caldode galinha grande poedeira.Não podia ser franga nem ga­linha polaca. Ah amãe quan­do estava de seis a sete mesestomava polgante e óleo de ri­ço pará criança nascer fortee bem limpinha.APontá - Como era a edu­

cação naquela época?SeuGercino - Antigamente

os pais criavam os filhos na­.) quele regime. Hoje não, elesi dão muita confiança quando

os filhos são pequenos, aí osfilhos toma conta dos pais. Jánaquele-tempo antigo diziam

_ !lue é de pequininirih.o que a

Tgente endereita o pipino.A Ponta - O senhor lembra

de alguina história que 'geroupolêmica entre ás pessoas dacomunidade?

SeuGercino - Ah,me alem­bro. O Zé Antônio era dele­

. gado e intendente da época,e tava um dia muito frio, daíele colocou sete cirolão.

! ' Aqueles que vão até o tomo-r" , zelo, não tem? Ali na entrada

da Barra tava havendo' umBoi-de-Mamão e saiu uma

briga feia, daí mandaramchamar o delegado e ele com

.a correria saiu de cueca pa-'

raaparta a briga. Só que elenão se deu coP,ta que estavade cueca e povo saiu na corre­ria. As mulheres �tavam e

quando deq por SI, percebeu

que não tinha colocado a cal­ça, foi o maior bafafá.A Ponta - Quál a receita

para ter a sua vitalidade aos

quase 77 anos?Seu Gereino - Eu acho que

éporque não fumo e não bebo.Nunca bebi, nunca fumei,talvez seja por isso, né? Sebeber os 6rgo escancalhamuito, principalmente o figo. O alco não fazmeli, se apes­soa não.tiver por vício.A Ponta - Como d senhor

se sente em ser o primeiro en­trevistado do jornal?SeuGercinõ - Eu gosto sim,

eu gosto de qar uma entre­vista desde a hora que eu me

-

alembre . Até que' eu me

alembro de muita coisa né?A 'Ponta' - O senhor acha

que o jornal vai ser útil paraa comunidade?

Seu Gercino - Sim pelo me­nos essa gente nova vai sabero Q.ue era antigamente, né?HOJe eu acho que tudo é dife­rente, a cria�ão, ojeito de tra­tar, é tudo diferente. Antiga­mente se a mãe tava conver­sando com outra pessoa e che­gava o filho� ela só olhavacom o rabo ao olho e oh, -Pé no fundo - O povo era

mais atencioso, nao tinhatantamaldade, o povo não en­ganava tanto os out.ros. O cré­dito eramelhor, eunão alcan­cei,mas a mãe dizia que umfio de barba era documento,era igual a uma escritura.

"Nas brincadeiras deantigamente as guriacorriam enfiandoa' �

.

" ,', linha na agulha e os',

rapaze pulando num.pé só'�.

.,

I

.....

A Ponta - Seu Gereino, co­mo eram as brincadeiras deantigamente? .

.

seu Gereino - As criançasbrincavam de correr .atrásUm do outro, corrida de ovo

na colhé, pau-de-sebo. Tinha.a corrida das�à enfiandoa linha na aguína edos rapa­ze pulando num pé Só dentrodum saco. .

..

A Ponta - E aS festas das.igrejas?

.

'.' .' . ,., " '

.

Seu Gereino -'Er.a tudo se­,paradinho, na� igrej�s, em

"As minhas irmã faziarenda, renda demalha,crochê e tricori, mas sóque ó tricori era com

agulha de bambu"Maria dos Passos Viana

KAEMEI9Comércio de Materiais de Construção Ltda. - ME

,

Areia fina, média e grossaBrita n? 1 e 2Qimento, cal, ferro e aterroTijolos 6 furos e tijolos maciçosTintas e telhasMateriais elétrico, hidráulico e sanitário

Bar e Pizzar'ia �im de TardeRodovia Gilson da Costa Xavier - 2100Pizias - lanches - Bebidas - TabacaÍiaFrutas e Verduras - aceita-se encomendasFone: 33-1529 '. '

Rod. 80-401 Km 9 Sto. Antônio de LisboaPróximo ao trevo. Fone· 35-1208

Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina

Page 5: jornal - Santa Catarinahemeroteca.ciasc.sc.gov.br/jornais/aponta/PON1993000.pdf · A,.."", Festa·daCruzatraimuitaspessoas AAssociaçãodeBairrode Sambaquimaisumavezpro moveunos dias28,

.... ,�

A".",.,

-��

lha e foram à Lagoa da En- .

cantada, como ficou conheci-"

do o lugar a partir do aconte­cimento.A subida é muito ínclinada-,

e de difícil acesso,' por isso aspessoas só conseguiram che­gar lá à noitinha e então nãoencontraram ninguém. Se­gundo,pessoas da época, eles

-, não encontraram a princesaporque elaeraumserdo aléme as almasboas não aparecemdepois das 18 horas. Outrosacham que o rapaz deve tersonhado. ;

O'certo é que, segundo os

antigos, este episódio foi bem'divulgado na época. Afirmoque aLagoaexiste e écercadade grandes rochas pelo lestee de enormes árvores por to­dos os outros lados. Hoje elaestá seca e cheia de grama,só enchendo em época de chu­vas. Mas quando eu era garo­to, ela era cheia de água. Játive a felicidade de estar den­tro dela em noite de luar eé impossível descrever todaaquela beleza. Como ela 'é-c­cercada de grandes árvoresquando sé chega ao centro da.Lagoa só se vê o céu, comose fosse um furo na Terra.

Arilton José Viana

As histórias que serã;o con­,,' tadas em nosso jornal apartirdeste número, serão uma for­

, IDª- de relembrar fatos conta­dos pelos antigos moradoresdoSambaqui. Estes contos fo-

, ram passando de pai .para fi­lho, são velhas histórias queeram de conhecimento popu­lar e despertavam o interesseea curiosidade das criançasda região;

,

A histõria deste primeironúmero é da LagoadaEncan..;tada, que fica do lado esquer­do da lzid Dutra, antiga es­trada da Barra doSambaqui.A lagoa está no ponto maiselevado domorro, mais preci­samente, nos fundos do terre­no' do Seu Rafael Pires e do'falecido José Viana.

\

CONTOS DA NOSSA TERRA,

A

LAGOA

DA9-

I1II

_ _/

!

1 ):;L".oIIb.

ENCANTADA('

Escutei esta história pela 'jprimeira vez aos lO/anos deidade, em 1956, contada pelo Minutos ou horas depois, o deria ter chegãdo. Ela segu- E'm seguida o rapaz aban­seuMarçal, q'lJ.e,na época era rapaz foi despertado por uma 'rou-o pelo braço, disse-lhe donou os cipós ejogou-semor­meu vizinho. Ele contava que senhorita muito"bonita, de' que não precisava ter medo ro abaixo. Ao chegar em casao filho do antigo dono do ter- lindos olhos azuis e toda ves- pois ela era de paz e só queria contou a história a seus paisreno do SeuViana, foiao alto , tida de branco. O'rapas ficou lhe pedir um favor. Ele deve-

'

e estes conversaram' com osdo morro tirar cipós para fa- .perplexo, teve vontade de-cor- ria ir aopovoado, pegar uma

'

vizinhos que decidiram que ozerbalaios. Âo chegar no pico rer mas ao se-lembrar que ali' ,'� e um carretel de linha rapaz deveria voltar levandodo morro, sentou à beira da era um lugar de dificil acesso VIrgem e levar até aquele lo- o pedido da dita princesa.Lagoa e adormeceu.

,

e como então aquelamoça po- cal para ela.'

Compraram a linha e a agu--,

r

Dicas da"

ValdinéiaPescadores revoltadoscom portaria 'do IBAMAPIADAS roSEU VADINHO,A pesca do camarão em re- Com essa redução e a dimi­

de de caceio, começouem FIo- nuição da pesca predatória,rianópolis no ano de'1964, em 1983/84 houve uma su­com quatro embarcações e persafra, mais de quatro to-

" três criadouros naturais e sa- neladas de camarão por diadios.Este tipo de rede.de pes- 'naBaía Norte. Isso despertouca seletíva.sõ captura cama- o interesse dos pescadores e

rão adulto porque é composta dos intermediários.por malha de 5cm e 9cm. A Em '1985 já existiam maistécnica obteve tanto êxito de 500 embarcações. Esseque em 1970 já haviam mais crescimento aliado apoluiçâode 50 embarcações. CODl essa, devastou os criadouros natu­imensa procura, houve tam- rais de camarão. Em 1990bém um crescimento muito houve uma redução tão gran--4grande da pesca predatória. de que o estoque natural qua- .:

Foi uma devastação total e se chegou a zero. Novamentenem os criadouros naturais houve uma diminuição dasforam respeitados. embarcações fazendo com

,Em'1978 começou-a luta que aumentasse a safracontra a depredação. Para (aproximadamente 1,5 tone­proteger os crtadouros, os ladas por dia).pescadores praticãvam a pro-, Por todos esses motivos,,Jissão durarite novemeses, de ,nós pescadores, não concor­

fevereiro a novembro, (perio-,' damos com a portaria baixa­do da chama(ia "maré de' da pelo IBAMA, que limitoulua") e suspendiam a pesca o período de pesca aos mesesdurante trêsmesespara a de- de fevereiro amaio, pois a de­sova do camarão. Mas em sova só ocorre em novembro1980 houve aumento-das em- e dezembro. Ninguém mais

'

barcaçóes e faltou'êamarãe, do que nós está interessadopor isso os pescadores passa- em preservar e proteger nos­ram a se dedicar a outras ati- sa .única fonte de, subsistên-vidades havendo assim 1:Ull8 'cil!_.

'

iidiminuição de profissionais.

'

Veridiano Dias de Lima'"

o TrenZinhoo que se deve saber so­bre hortas:

* As ervas são, inseticidasda natureza. Inclua uma

variedade delas na sua

horta. ---

, * Espuma de sabão é ótimoinseticida. Pulverize bas­tante.

'

* Não plante alho perto deervilhas nem repolho pertode morango. Eles não se

gostam.* Plante raiz forte perto dabatata. O besouro da bata­ta detesta raiz forte.* Faça uma cerca adicionalem volta de sua horta, comuma fileira de vegetais. Asraízes segregam um óleo,que muitos animais dani­nhos se recusam a cruzar.* Jogue cascas de ovos nasua horta para ajudar o

crescimento das plantas.*, Coelhos odeiam talco.Coloque um pouco em vol­ta

i das plantas .e será um

repelente de sucesso.

Quando a chuva tirar; co,:' .-- - ......--------------_..

loque mais..

truir essa coisinha enquantofilhote, pois depois quecres­ce, fica perigoso. Olha só o es­trago que ele me fez!!!!!

o rapaz saía muito pouco -e­

de casa.Umdia o paimandouque ele desse uma volta. Eleachou boa a idéia e saiu a ca-valo. Andou muito e ao ver

uma estrada de ferro, come- �Acidenteçou 'a cavalgar por ela, atéque veio um trem e o atrope-lou, matando seu 'cavalo e (e- Um casal saiu de viagem.rindo-lhe gravemente. - Na estrada começaram a na-

Quando já estava curado morar. Amasso daqui, amas­disseao pai que iriadaroutra so dali e o rapaz foi pisandovolta. O pai fez muitas-reco- fundo no acelerador. Num de­mendações, inclusive aler- terminado ponto, perdeu o

tando .quanto aos perigos da _controle dá direção e bateu

estrada de ferro. Mas desta num muro destruindo todo o

vez o.rapaz foi à cidade. carro. A noiva morreu mas

Chegando lá, foi a uma loja o rapaz nem ficou ferido. Foie ficou perplexo diante da vi- então, que uma daquelas pes­trine. Imediatamente sacou soas que assistiram o aciden­seu revólver, quebrando toda te, chegou para consolá-lo;a vitrine e destuindo um - Não fique assim, tenstrenzinho de 30� O que dar graças a Deus poisdono da loja correu e disse: não aconteceu nada contigo,';::: Olha o estrago que você não tens que chorar.

fez!''

'Foi!Ú que o noivo disse:E ele mostrando as cicatri- - Você diz isso porque não

zes retrucou:' viu o pedaço meu que ficou-:- Senhor, é melhor' des- na mão dela. __

Restaurante "GUGU"Um lugar aconchegante para as noitesfrias de inverno. .

Servimos uma deliciosa sopa com frutos dO mar,tainha assada e vários pratos com fiut� do mar.

I Ostra na casca e variedades 'em camarão.Praia dO SambaquiVenha saborear nossos pratos.

,1IAA·AESTAURANn t;.·"ROS�ffiARFrutos do mar - A beira-mar

Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina

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Bom de BolaA partir deste primeiro número

do nossojornal vamos nos conhecer.melhor, passando informações es­

portivas à comunidade, aceitando,informações e fazendo assim ores­

'cer o entusiasmo pelo esporte.

. Vamos acompanhar torneios - detodas as modalidades, divulgar oque de melhor acontecer em espor­tes e competições em Sambaqui eSanto Antonio de Lisboa.

,

. O Barrão é nosso.. 't A prefeitura oficializou há pou­cos dias a doação do terreno do co­nhecido "Barrão" para a instala­íção de um campo de futebol. O!"Barrão" que fica localizado na

:1>onta do Sambaqui, área reivin­dícada pela população para fazer.um campo de futebol agora preteri­kce finalmente à comunidade..' Todos ganharam com isto. O es­

'porte poderá crescer, desenvolven­Ao escolinhas de futebol e organi-

zando novos times. Atualmente es­tá em atividade o Triunfo FutebolClube (veteranos) devido a uniãodos jogadores. Mas a partir de ago­ra poderão ser montadas as equi­pes do 1� e 2� aspirantes.E renascendo das cinzas, a gran­

de novidade será a formação do-ti­me veterano dos veteranos; o pro­missor "pé na cova", que tem como

filosofia "Enquanto vivo pratica­mos esporte".

Jogadores ganharam novo lugarpara instalação do campo de futebol

Futebol SuíçoTeve início no dia 05/06/93, na

Associação dos Funcionários(ASEVECAF), a 5� Taça Presiden­

,te da CâmaraMunicipal de Floria­

, .nôpolis, de Futebol Suíço. A classi­.fícação geral está aí para quemquiser conferir.O campeonato vai até 15/09/93.a sorte rapaziada!

"

Destaque'Este mês o jogador Paulo Tadeu

'Gaia (Central), foi o destaque da.equipe por sua pontualidade, cate­gº-fia e companheirismo, PARA­BENS, Paulo Tadeu, continue as­

sim. O esporte precisa de atletas_sérios e competentes como você.

Rüa

Classificação

1� Contabilidade� Palmeiras3� Sete Não Vale Um4� Legislativo -,

5� Sem Destino

Avante,ummodelodegarra e de dedicaçâo

_ o clube é umaboa opção deesporte e lazer

o Avante conta hoje com um

quadro social composto de 500 só­cios, divididos em patrimoniais e

contribuintes. Sua sede social teni.

450 m2• A Praça esportiva com o

nome do Deputado Henrique deArrudaRamos, foi inaugurada em

'

15 de junho de 1980. Ela é forma­da por um campo de futebol ofi­cial, cancha de suíço, com ilumi­nação, ampla área .de estaciona­mento, bar, três vestiários, saunae moradia para o zelador. A praçaocupa área de 17.000 m2, e estálocalizada à margem direita doCaminho dos Açores. Estão proje­tadas obras de construção de ar­

quibancadas, salão de festas, sa­lão de jogos, quadra polivalentee quadra de tênis, que proporcio­narão excelentes condições de la-zer aos ássoeiados do clube.

'

Na década de 70, o Avante se

destacou com torneios e festivaisregionais com a equipe formadapor Ademar, Nascimento, Neuci,Lourival, Irineu, Zé Bofe, Adauto,Titi, Jalmor, Arnaldo e Jair. Ou­tros importantes jogadores deixa­ram lembrança envergando a ca­

misa azul e branco do Avante, co­mo EliasArly,Mauri Macedo, Ro­dolfo, Rato, Clovis e Abelardo.Nos últimos 5 anos a equipe

principal do Avante conquistouexpressivos títulos como o deCampeão Invicto doNorte da Ilha,em 1987 (primeiro e único); Cam­peão Regional de Amadores daGrandeFlorianópolis, em 1988 (2�Divisão) e Campeão Regional deAmadores da Grande Florianópo­lis, em 1989 (1�Divisão), CampeãoAmador de Florianópolis de 1990,(1� Divisão), Campeão Amador deFlorianópolis invicto, 1991 (1� Di-

Com o objetivo de comprar um: microônibus para melhorar o

transporte do clube e das pessoas

'r-- em geral que participam dos even­

;.

tos, o veterano está rifando cem; quilos de carne (um traseiro e um

dianteiro). O sorteio será pela lote­ria federal (centena) do dia TadeuéomaiscompSnbeiroepontual26/06/93. Vamos participar, o lu-cro será de todos nós!

.

EstelaMoreira�

-

�I�--------------------------------------------------�.. ;-.--------_,...--......----------------_--.

; �.I�\ �P·�e,..��.�

"Associe-se e participeSto, Antônio de Lisboa

visão). No ano de 1990, ao dispu­tar o campeonato estadual deamadores da primeira divisão, fi­cou entre os 6 melhores do estado.No ano passado o Avante ficoucom a 4� colocação no.CampeonatoPrincipal e a 1� colocação geral doCampeonato de Aspirantes deFlorianópolis.Para 1993 oAvanteestá disposto a manter a "hege­monia" do futebol Amador da 1 �Divisão de Florianópolis.Durante este glorioso período o

Avante teve como técnico de sua

equipe o folclórico e abnegado des­portista "ADILSON FERRARI" eo jogador que mais vezes vestiua camisa do clube foi ADAUTOLISBOA, que durante 20 anos foititular da equipe principal doAvante.Atualmente a equipe principal

conta com 30 atletas registradosjunto à FederaçãoCatarinense deFutebol, além demanter em ativi­dade constante suas equipes de as­pirantes e veteranos. O Avantedesenvolve trabalho também, comcategorias de base com Escolinhasde Futebol, ate 14 anos, mirim e

juvenil até 17 anos.

Além das atividades esportivaso clube mantém um calendário �

anual de eventos culturais e re­

creativos, envolvendo bailes, tor­neios, campeonatos e espetáculosmusicais. Pelo palco do Avante jápassaram estrelas de renome na­

cional e internacional.A Associação RecreativaCultu-,

ral e Esportiva Avante é reconhe­cida de Utilidade Pública pela LeiMunicipal n� 848 de 23 de novem­bro de 1967 e pela Lei Estadualn�4.665, de 3 de dezembro de 1971.Possui alvará do Conselho Nacio­nal de Desportos (CND) e é reco­

nhecida como entidade de caráterrecreativo e cultural e esportivopelo Ministério da Educação e

Cultura.EdenaIdo Cunha

e-,

DiversõesCampo Limpo.Ltda.Aluguel e manutenção dé mesas

de snooker e pebolímFones: 35-1037835-1428

Santo Ant6nlo de LisboaRua Padre Lourenço - 298

I

Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina

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Novo horáriopara a linha deônibus Samba/quiMudanças no trajetoparamelhorara

'

vida dosmoradoresOs ônibus da linha Samba­

qui estão funcionando, comnovo horário e com algumasmodificações' no trajeto. Osônibus não passarão mais naPraia Comprida e o ponto fi-

-

.nal será na Barra do Sam-baqui. ,

Outramudança apresenta­da foi a do passe gratuito paraestudantes. As crianças queestão cursando até a quartasérie primária entrarão pelafrente, não pagando passa­gem. O passe só é válido, po­rém, nos horários de idaparaa escola.

'

Quadro de horários, DIAS ÚTEIS SÁBADOS

C/B B/C' C/B B/C

06:10 05:20 06':30 05:40

07:00 06:00 UFSC 07:20 06:3007:35 06:30 08:10 07:20

08:35 06:45 09:00 08:1009:30 07:00

, _10:00 09:00

10:20 - 07:50, 11:00 ' 10:00

11 :10 08:25 12:10 ,.,> 11:,0011:45 09:25 12:50 ' 12:0012:15 10:20 13:50/ 13:00

'12:50 1l':20 14:40 13:5013:30 12:00 15:40 14:40

14:30 12:35 16:40 15:40

15:10 ,13:10 17:40 16:40

16:10 13:40 18:40 17:4016:50 14:20 '19:40 18:4017:20 15:20 29:30 l'9:40

17:50 ' 16:00 , 21 :30 20:40

18:10 17:00 22:20 21:3018:40 17:40 24:00 23:1019:10 18:1019:40 18:4020:30 19:4021:20 20:3022:25 21:20

23:10 22:1024:00 23:15

, DOMINGÓSEFERIADOS

C/B . B/C

07:00, 06:10

08:00 07:00

09:00 08:00

1Q:00 09:0011:00 10:ÔO12:00 11:0013:40 12:5015:20 ' 14:3017:00 16:10

, 18:40, lZ:50

20:20, ,19:3022:10 21:1024:00 23:10

'Orçamento participativoparã'a comunidade local

\,

Orçamento é o documento_ é composta pelos bairros de

que prevê as receitas e despe- Cacupé, Santo Antônio desas da prefeitura. Geralmen- Lisboa, Ratones, Barra dote é feito por uma equipe téc-, Sambaqui e, é claro, o Sam­nica e depois submetido à baqui.aprovação' da Câmara de Ve- Na segunda reunião serãoreadores. Este ano, porém, a definidas as prioridades daprefeitura está convidando região e os membros para' otoda a população para discu- Conselho Múnicipal de Orça­tir as obrasprioritárias de ca- mento, sendo dois efetivos e

da comunidade para o ano de dois suplentes. A assembléia1994. ," será no dia 17 de julho, _

àsA cidade foi dividida em 12 ,15 "horas, no salão paroquial

regiões, quejá realizaram cà- de Santo Antônio deLisboa.da uma, sua primeira assem-

bléia. A região do Sambaqui Sérgio Lúiz Ferreira

A limpeza da cidade dependeda ajuda de todos moradoresA limpeza da cidade depen- Â melhor forma de evitar

DlwlgaçAo'de de cada cidadão. Sóoesfor- "o acúmulo de lixo nas ruas

ço conjunto entre a COMCAP é a instalação de lixeiras do-e osmoradores é capaz deme- mésticas. Estas lixeiras po-

'

lhorar a limpeza e, conse- dem ser feitas de metal e de-qüentemente, melhorar a vi; vem ficar ummetro acima do=da de cadacidadão.! solo. Essa altura permite queA coleta de lixo no Samba- os garis retirem o lixo com

qui começa às duas da tarde facilidade e evita que os ani- "

e fi feita nas segundas, quar-' mais rasguem os sacos.

tas e sextas-feiras. Depositeo lixo na rua pouco antes docaminhão passar. Esse proce­dimento evita que gatos e

cães rasguem os sacos e espa­lhem.o lixo "nas ruas. Outrocuidado importante é o daembalagem de lixo. Latas, vi-

,

dros, lâmpadas, pregos e ou­

tros materiais cortantes de­vem ser embrulhados em jor­nal e depois colocados no sacoplástico. Isso evita que os ga­ris sofram acidentes sérios. Olixo deve ser sempre colocadoem sacos plásticos bem fecha­dos. Evite sacos e caixas depapelão.

As lixeiras de restaurantese bares devem seguir a mes­

ma especificação. Em caso delatões" prefira sempre latões •

com alça e com capacidade imáxima de 100 litros. Essejpeso é suportásel para quem �vai recolher o lixo. ,1

,

O bom tratamento do lixo;preserva a qualidade de vida ;da população. É preciso lem--1jbrar que o lixo não cuidado �é o ambiente preferido de ra-

.

.tos, moscas e baratas. Estes !

animais transmitem doenças '�

graves como a leptospirose e

malária.A Comcap recolhe o lixo

Reforma fiscal é solução paradiminuir pagamento âe impostoO Brasil convive hoje com fiscal é o equilíbrio entre re- fissionais ou assessorias con- ,

uma série de problemas, que ceita' e despesa do governo tratadas para este fim, suasdevido à sua multiplicidade condicionando sua aprovação despesas �de transporte (veí­e complexidade, temos tenta- .ao atendimento de interesses culo, combustível, manuten­do encontrar soluções para 'imediatos e eleitoreiros. ção emotorista, além dos im- 1

todos eles. Pelo nível de pro- ,- Entretanto, é chegada a- postos incidentes), educação, 'I

fundidade de cada um, encon- hora do assalariado e peque- saúde, etc., fazem parte do,tramos soluções que somente no empresário dar um basta custo de seu pro�uro.; sendlf jatenuam seus efeitos e retar-

'

nisso., Por quê? Essas duas pago pelo consumidor final (II

dam suas soluções. Para a classes não dispõem de ins- "o assalariado.-

lclasse política, a reforma fis- trumentos de defesa perante Portanto, é oportuno le-

.

cal tem passado à margem de a, ganância do poder público vantar a questão de quantossuas preocupações, apesar do .....". União, Estado ou Munieí-, somos e quantos pagam im­conhecimento de que a base .pio - e são hoje, praticamen- 'postos. E, a reforma constitu­dos problemas brasileiros es- te os únicos contribuintes, O cional e a próxima eleição ge- •

tá na incapacidade do Estado, assalariado, recebe seu con- ral nos "induz a concluir que ,

e�.atender a� demandas so-. trachequejá comosdescontos Ul'ç'e o início de tal discussão.cIaI� e, príncipalmeente, a devidos. Ao pagar sua conta E simples de compreen9,erre;�l�zar investimentos que . de energia elétri�a, seu gás, como aumentar a arrecada­agmam como. m�tores da re- , sua passagem de onibus, etc., ção do governo. Ou se aumen­tomada do crescimento eco-

\ os impostos devidos já são au- ta o número de contribuintes,nômico., tomaticamente pagos, sem ou a alíquota (taxa) do impos-

Mas, o que levaria nossos,"

que, nem sempre, seja sabe- to existente, ou ainda, criar �,representantes à estranha dor. Poroutro lado, é cada vez um novo imposto. Como apri- (indiferença? A melhor res- maio� o, número de pe!lsoas .meira forma tem sido esque­posta a tal indagação pode es- ,que VIvemnaOC?noInla infor- cida, é chegada a vez de le-

.

tar numá breve reflexão ao mal - do deleíro aos trafi- vantar uma bandeira de inte- ,

que ocorreu recentemente 'cantes, do biscateiro ao bi- resse real do trabalhador -.

com o projeto de reforma fís- cheiro --reduzindo o.nümero REDUZ IR O TRIBUTO 'J�cal que, ao final, resultouem daqueles que pagam seus im- NOSSO DE, CADA DIA.

'l',imais um imposto - IPMF. - postos. E os,grandes, como se .

O objetivo de uma reforma viram?Pororientação de pro- Francisco Assis de Brito .

I

'Curta um recantoe coma sem parar:peixe, camarão, siri,

marisco na beira do mar. -

"

Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina