jornal rural

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ANO 1- Nº 07 SANTO AUGUSTO/RS - DEZEMBRO 2012 COOPEMA projeta investimentos Situação estável e perspectiva de boa safra em 2013, levam a Cooperativa Rural Macieira Ltda. (COOPEMA) a projetar investimentos em infraestrutura. Entre as ampliações, a capacidade de armazenagem própria. Contracapa (pág.8) LOCAL: Praça Pompilio Silva- Santo Augusto ENTRADA FRANCA Água ameaçada Burocracia e falta de vontade política entravam ações de prevenção contra a estiagem. Dos R$ 10 milhões anunciados pelo Governo Federal para obras, nada poderá resultar de concreto para perfuração e equipamentos de poços artesianos, recuperação de barragens (ou açudes) e redes de distribuição de água, além de promover a revitalização das nascentes. Página 5 Embora ainda sem ameaça de nova estiagem, cuidados com a água devem ser prioritários (Foto: Lúcio Steiner) HORÁRIO: 20 HORAS PATROCÍNIO: Data: 30 de dezembro de 2012 pag01rural.pmd 28/12/2012, 10:58 1

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ANO 1- Nº 07SANTO AUGUSTO/RS - DEZEMBRO 2012

COOPEMA projeta investimentos

Situação estável e perspectiva de boa safra em 2013, levam a

Cooperativa Rural Macieira Ltda. (COOPEMA) a projetar

investimentos em infraestrutura. Entre as ampliações, a capacidade de

armazenagem própria.

Contracapa (pág.8)

LOCAL: Praça Pompilio Silva-

Santo Augusto

ENTRADA FRANCA

Água ameaçadaBurocracia e falta de vontade política entravam ações

de prevenção contra a estiagem.Dos R$ 10 milhões anunciados pelo

Governo Federal para obras, nada poderá resultar deconcreto para perfuração e equipamentos de poços

artesianos, recuperação de barragens(ou açudes) e redes de distribuição de água, além de

promover a revitalização das nascentes.Página 5

Embora ainda sem ameaça de nova estiagem, cuidadoscom a água devem ser prioritários (Foto: Lúcio S teiner)

HORÁRIO:20 HORAS

PATROCÍNIO:

Data: 30 de dezembro de 2012

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RURAL2 Sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Pensandogestão rural -e a Segurança

Aliment ar

Carolina Bilibio,é doutora em Engenharia Agrícola pelaUniversidadede Lavras/UniKassel.

[email protected]

DIRETOR:Pedro Valmor MarodinEDITOR:Renato MarodinDIAGRAMAÇÃO:Cleusa StradaREDAÇÃO:Lúcio Steiner

EXPEDIENTE

EditorialEditorialEditorialEditorialEditorial

Inoperânciaoficial

Já houve quem decretasse que pior que seca,enchente, granizo ou ventos fustigantes, nuvemde gafanhoto, surto de lagarta ou praga que ovalha, é o governo. Demagógico, burocrático,inoperante, representa o maior estorvo paraque se possa responder com presteza a situaçõesanômalas. No caso mais recente, oferecer eagilizar meios para minimizar estiagem, como ade 2011/2012, que produziu perdas à agricultura,cujo prejuízo decorrente teve um reflexoestimado em R$ 17,1 bilhões na ecomonia doRio Grande do Sul.

Anunciado sob pompa e circunstância, comose discurso resolvesse alguma coisa, o GovernoFederal alardeou o aporte de R$ 10 milhões, noinício do ano findante, para investimentos emobras de prevenção a fenômenos climáticosextremos, como a seca. Porém, pouca coisa,quase nada, resultou real aos campos gaúchos.

A lerdeza oficial entronizada pode complicarainda mais os efeitos da seca, com tendência dese tornar cada vez mais presente na vida dequem depende de água para produzir, como osagropecuaristas. Estocá-la é algo simples ebarato, teoricamente. Bastariam vontade políticae meios para produzir resultados, como aconstrução de cisternas e pequenos reservatórios(açudes, por exemplo), mas, sobretudo,revitalizar as minas hídricas, oferecendo-lhes aintegralidade de sua natureza como recursocapital para a sobrevivência humana, da faunae da flora. Lamentável que nos própriosmunicípios quase nenhuma ação ampla,impactante, se desenvolve para contrapor aofenômeno climático. O máximo que se observa,é o prefeito decretar situação de emergência eficar esperando que volte a chover.

Com o crescimento da população global, a produção dealimentos precisa aumentar muito para atender a demandapopulacional projetada para os próximos 40 anos. Alémdisso, a limitação de área, água, combustíveis fósseis efertilizantes poderá levar ao aumento no preço dos alimentos.

A FAO - Organização das Nações Unidas para Agriculturae Alimentação - que possui como diretor-geral, o brasileiroJosé Graziano, destaca que segurança alimentar existequando todas as pessoas, a todo momento, tem acessofísico e econômico a quantidade e qualidade suficiente dealimentos, que atendam suas necessidades nutricionaispara uma vida ativa e saudável. Já a insegurança alimentarexiste quando as pessoas não têm acesso a quantidadessuficientes de alimentos seguros e nutritivos e, portanto,não estão consumindo o suficiente para uma vida ativa esaudável.

A subnutrição ou fome crônica pode ser entendidacomo o estado das pessoas, cuja ingestão de alimentos éregularmente inferior as suas necessidades energéticasmínimas. A exigência de energia média mínima por pessoaé de cerca de 1800 kcal ao dia. A exigência exata édeterminada pela idade de uma pessoa, tamanho corporal,nível de atividade e as condições fisiológicas, tais comodoenças, infecções, gravidez e aleitamento.

A subnutrição pode ser provocada pela dificuldade deacesso ao alimentos (pobreza) ou pela falta dedisponibilidade de alimentos (ausência de alimentos).Consequentemente, a fome pode ser reduzida pela melhoriana oferta de alimentos e elevação da renda das pessoascarentes, ou ainda por meio de programas específicos quefornecem às famílias necessitadas o acesso direto eimediato à alimentação.

A agricultura desempenha um papel fundamental naredução da pobreza e, consequentemente na diminuiçãoda fome, principalmente nos países menos desenvolvidosque possuem 66% da população economicamente ativatrabalhando na agricultura, e essas pessoas, tendem a terrendimentos mais baixos, o que é coerente com o fato deque a pobreza está concentrada nas áreas rurais. Portanto,já que muitos carentes trabalham na agricultura, ocrescimento agrícola é mais provavel de beneficiar ospobres do que o crescimento não agrícola.

Em economias urbanizadas (principalmente na EuropaOriental e América Latina), onde a pobreza é essencialmenteurbana, um setor agrícola produtivo pode ajudar a limitaro aumento no preço dos alimentos e melhorar o poder decompra da população urbana carente, que gastam umagrande parte de sua renda em alimentos.

E como está a segurança alimentar no Brasil? O Brasilvive um paradoxo, é considerado o terceiro maior exportadorde produtos agrícolas do mundo, e ao mesmo tempo possuicerda de 34,8% dos domícílios em situação de insegurançaalimentar leve, moderada ou grave. A prevalência deinsegurança alimentar moderada ou grave é maior nosdomicílios das áreas rurais do que nos das áreas urbanas.A região Nordeste apresenta o menor percentual dedomicílios em situação de segurança alimentar, cerca de46,4% dos domicílios. Segundo a FAO (2012), o Brasilpossui 13 milhões de pessoas subnutridas, ou 7% dapopulaçao nacional. Em nível global, existem 868 milhõesde pessoas subnutridas, o equivalente a 12,5% da populaçãoglobal, principalmente no sul da Ásia, África Subsaariana- a sul do Deserto do Saara, e Ásia oriental (do leste).

O que mais poderia ser feito para ampliar a segurançaalimentar dos países, além de maiores produtividadesagrícolas e redução da pobreza? Alguns estudos apontamque um terço dos alimentos produzidos para o consumohumano no mundo, ou seja, 1,3 milhões de toneladas, éperdido ou desperdiçado. Estas perdas englobamaproximadamente 30% dos cereais, 40-50% das frutas,vegetais e tubérculos, 20% das sementes oleaginosas,carnes e laticínios, além de 30% dos peixes. Frutas, vegetaise tubérculos têm o maior percentual de perdas do quequalquer outro alimento. Será a redução das perdas edesperdícios dos alimentos uma estratégia para garantira segurança alimentar?

Assembleia Geral Ordinária defineprogramação dos 50 anos da FetagA Fetag realizou no dia 18 de dezembro uma

Assembleia Geral Ordinária que teve a previsãoorçamentária para o exercício de 2013 e assuntosgerias (política agrícola, meio ambiente, previdência,lançamento do novo site, entre outros). Além disso, foidefinida e aprovada a Campanha dos 50 anos da Fetagno que diz respeito às atividades, ações, premiações eeventos que deverão acontecer ao longo do próximoano. O presidente da Fetag, Elton Weber, disse queessa assembleia foi especial, já que foi dado o segundopasso rumo aos 50 anos das comemorações domovimento sindical da Federação. Weber destacouainda o carreteiro comunitário, o que oportunizou atodos almoçarem juntos, disse. Já o tesoureiro-geral daFetag, Sérgio de Miranda, enfatizou que sempre éimportante aprovar na assembleia a previsãoorçamentária, além de ser uma obrigação estatutária,é um momento político e de organização para que osSindicatos dos Trabalhadores Rurais possam, de formaconjunta, deliberar sobre as aplicações de recursos,quanto se projeta receber ao longo do ano e o que fazercom eles, completa Miranda.Reajuste de 10% sinaliza recuperação

do piso gaúcho, diz SchuchO deputado e diretor da Fetag Heitor Schuch

comemorou a aprovação do projeto de lei do governadordo Estado garantindo 10% de reajuste ao salário mínimoregional do Rio Grande do Sul, elevando assim a primeiradas quatro faixas salariais de R$ 700,00 para R$ 770,00.Defensor convicto da valorização do piso gaúcho, oparlamentar destaca que, embora tenha ficado abaixodo percentual reivindicado pelas Centrais Sindicais, de13%, o índice vai permitir ganho real aos trabalhadores.

Na sua criação, em 2001, o salário regional era 28%superior ao mínimo nacional. Com os novos valores, deR$ 770,00 e R$ 674,96, respectivamente, a diferençaficará em 14% em 2013. Schuch sabe que está longe darelação original, mas ainda assim muito melhor do queem anos anteriores, compara Schuch. O deputadolamentou, porém, que a correção do salário regionalpasse a vigorar somente a partir de fevereiro,contrariando a Lei 13.436/2010, de sua autoria, quefixa a data-base em 1º de janeiro, a mesma do saláriomínimo nacional. Contribuição sindical: pagamento até hoje, dia 28

O tesoureiro-geral da Fetag, Sérgio de Miranda,lembra que o pagamento da contribuição sindical éobrigatório e está previsto em lei. Os Sindicatos dosTrabalhadores Rurais emitem a guia na hora e pode serrecolhida até o dia 28 de dezembro. O dirigente disseque a contribuição sindical é muito importante, poisserve como comprovante de exercício de atividade e,ainda, fortalece o movimento sindical para as inúmeraslutas que precisam ser realizadas, justifica ele. O valorfixado para o exercício de 2012 é de R$ 15,00. Paraquem efetuar o pagamento após a data de vencimentoincidirão juros e multa. Portanto, evite maiorestranstornos pagando em dia a sua contribuição sindical.

Expodireto Cotrijal: inscrições até odia 25 de janeiro

O Departamento de Política Agrícola da Fetaginforma que entre os dias 4 a 8 de março vai ocorrer aExpodireto Cotrijal 2013, na rodovia RST-142, Km 24,em Não-Me-Toque. O assessor de Política Agrícola,Jocimar Rabaioli, solicita aos Sindicatos dosTrabalhadores Rurais que entrem em contato com asagroindústrias familiares de seus municípios para fazeras inscrições dos interessados em se candidatar a umavaga para expor seus produtos na feira. Jocimar alertaque nesta feira haverá duas fichas de inscrição, sendouma para agroindústria e outra para artesanato. Nocaso de agroindústria deve vir acompanhada de cópiasdo alvará sanitário e do extrato da DAP do responsável.As fichas devem ser enviadas para a Fetag através doe-mail [email protected] ou pelo fax (51) 3393-4871 até o dia 25 de janeiro.

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RURAL 3Sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

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Safra de trigo tem redução de 23%no Rio Grande do Sul

RURAL4 Sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

É tempo de...

Eng.Agr.Vinicius [email protected]

Conforme informações divulgadas na quinta-feira (20/12) pela Emater/RS-Ascar, a projeção de uma produção de2,5 milhões de toneladas, o que representaria a segundamelhor safra de trigo da história do Rio Grande do Sul, nãose confirmará devido a uma série de eventos climáticos,como geadas tardias e chuvas constantes no período defloração e formação dos grãos, que comprometeramseriamente as lavouras.Finalizada a colheita de trigo noRio Grande do Sul, os números finais indicam que orendimento médio deverá ficar ao redor dos 1,96 mil kg/ha,dando ao Estado uma produção de 1,95 milhão de toneladas- o que representa 23% a menos que o esperado inicialmente.Além da diminuição na quantidade esperada, a qualidadedos grãos desta safra também foi prejudicada em algunscasos, não atingindo os índices mínimos requeridos paraefeito de industrialização e comprometendo acomercialização.Grãos de Verão. As condições climáticasregistradas durante o mês de dezembro, apesar daocorrência de chuvas irregulares, estão beneficiando aslavouras de milho. A umidade no solo disponível tem sidosuficiente para a boa evolução da cultura, principalmentepara as áreas que se encontram nas fases de floração eenchimento de grãos. As primeiras colheitas já tiveraminício, com algumas lavouras sendo destinadas à ensilageme poucas, ainda, para a obtenção de grão. De maneira geral,a produtividade obtida é considerada boa pelos técnicosda Emater/RS-Ascar, ficando acima do inicialmenteesperado. Com as condições meteorológicas favoráveis,os produtores de arroz seguem com os trabalhos de controlede pragas e moléstias, além do manejo da irrigação. Aquantidade de água disponível tem sido suficiente para asnecessidades das lavouras, que começam a entrar nasfases de floração e enchimento de grãos, apresentandobom aspecto e vigoroso perfilhamento. O potencialprodutivo, segundo informações dos técnicos da Emater/

Os agricultores gaúchos, que tinham na safra de inverno esperanças para se recuperarem dos prejuízos causados

pela forte seca na safra de grãos de verão, não poderão comemorar o retorno esperado com cultura do trigo

RS-Ascar, segue dentro das expectativas iniciais, indicandoum rendimento médio ao redor dos 7,5 mil kg/ha.A colheitada 1ª safra de feijão intensificou-se durante o período,chegando a 14% do total semeado no Estado, colocando asafra atual dentro da média dos últimos anos. Osrendimentos obtidos nessas primeiras lavouras, apesardos problemas enfrentados com as geadas tardias e chuvasintensas ainda em setembro/outubro, têm surpreendidoem determinados casos, ficando acima das estimativasesperadas inicialmente, com algumas áreas alcançando 3mil kg/ha. O plantio da safra de soja 2012/2013 estápraticamente encerrado, chegando a 99% do totalprojetado. As lavouras desenvolvem-se sem maioresproblemas, apesar de algumas regiões registrarem chuvasabaixo do desejado. De forma muito incipiente, algumaspoucas lavouras começam a emitir as primeiras flores,fato que deverá se intensificar a partir da primeira quinzenade janeiro.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/rs-Ascar

Soja 1. Controle de ervas invasoras:com a ocorrência de boas chuvas nessesúltimos dias, as lavouras encontram seem pleno desenvolvimento econsequentemente com as ervasinvasoras acontece o mesmo. Paraalgumas situações essas invasorasestão em um estágio avançado de desenvolvimento oque torna o seu controle mais difícil. Nesse caso algunspontos devem ser levados em consideração para se terum bom controle dessas ervas daninhas, como: aumentara dose do glifosato; adicionar um adjuvante de boaqualidade; respeitar as condições climáticas(temperatura, umidade relativa do ar, vento eluminosidade); tipo de invasora e estágio da invasora.Dar uma atenção especial para o controle de aveiabranca voluntária que está muito difícil de ser controlada,sendo necessário reforçar a dose do glifosato, pois asdoses tradicionais de glifosato não estão sendosuficientes para o seu controle.

Soja 2. Lagartas: a identificação do tipo de lagarta(lagarta da soja, falsa medideira, enroladeira, outras) émuito importante, pois para cada tipo de lagarta existemprodutos e doses específicas. O uso de inseticidasfisiológicos desde o início do ciclo da soja tem se mostradomuito eficiente no controle da maioria das lagartas.

Soja 3. Percevejos: da mesma forma que para aslagartas, a identificação de qual espécie esta presentena lavoura (percevejo verde, percevejo pequeno, percevejomarrom, outros) é de fundamental importância paradefinir qual a dose e qual o inseticida a ser usado.Manter a população de percevejo em níveis baixo desdeo inicio do ciclo da cultura é uma estratégia interessante.No mínimo duas aplicações de inseticida específico parapercevejo deverão ser feitas durante o ciclo da soja, umano florescimento e outra no enchimento de grãos.

Soja 4. Doenças: o uso de fungicidas de forma preventivatem se mostrado a melhor estratégia para o controle dedoenças na soja. Iniciar as aplicações de fungicida noestagio de V7 (seis folhas trifolioladas abertas) e repetirquantas vezes forem necessárias com 18 a 21 dias deintervalo entre as aplicações. Fungicidas compostos pormisturas de mais de um grupo químico são mais eficientespor controlarem uma gama maior de doenças.

2012-2013: A todos os leitores dessa coluna esperoque as dificuldades enfrentadas nesse ano de 2012sirvam de ensinamento para a vida e desejo que o anode 2013 seja de muitas realizações e prosperidade. Umfeliz ANO NOVO e que Deus ilumine a todos nós.

Nunca esqueça, prevenir é melhor que remediar.

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RURAL 5Sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

IR menor para quem preservaChegou à Comissão de Assuntos

Econômicos do Senado um projetopara garantir a compensaçãofinanceira por serviços ambientaisprevista no Novo Código Florestal. Oprojeto de incentivo fiscal reduz oimposto de renda para pessoasfísicas e jurídicas que aplicaremrecursos em projetos deflorestamento ou reflorestamento empropriedade rural familiar. De acordocom a proposta do senadorcatarinense Luiz Henrique da Silveira,as deducações da pessoa física selimitam a 6% do tributo devido e asde pessoa jurídica, a 4%. Para terdireito ao abatimento, será precisoapresentação do projeto deassistência técnica. Duas emendasacrescentadas pelo relator JorgeViana preveem a obrigatoriedade douso de espécies nativas, ou de nativas

intercaladas com exóticas, além defiscalização.

Para o assessor da Fetag,Alexandre Scheifler, o estímulo nãosurtirá efeito porque a maioria dosagricultores familiares declara comoisento. Ele acredita que ascompensações tendem a sernormalizadas nos estados. No RS,audiências discutem o modelo depagamento por serviços ambientais.Uma das propostas é criar um fundo,o que depende da origem dosrecursos. Entre as ideias propostaspela Fetag, está a cobrança de R$0,01 sobre o preço pago por litro nabomba de combustível, o queresultaria em uma compensaçãoperene e rateada com a sociedade.

(Fonte: Correio do Povo, 21/12/12)

O Rio Grande do Sul corre o riscode perder os R$ 10 milhõesanunciados no início deste ano pelogoverno federal para investimentoem obras de prevenção à estiagem.De acordo com o Ministério daIntegração Nacional, o Estado sódeu entrada no processo em setembroe, agora, precisa correr contra otempo para garantir a assinatura doconvênio até o dia 31 deste mês, sobo risco de o aporte caducar em 2013.Diante deste impasse, 60% dos 370municípios que decretaram situaçãode emergência entre novembro de2011 e agosto de 2012 seguem semos recursos previstos para perfuraçãoe equipamentos de poços artesianos,recuperação de barragens e redes dedistribuição de água. Os outros 40%já foram atendidos com repasse deverba estadual, de pouco mais de R$13 milhões.

A chefe adjunta da Casa Civil,Mari Perusso, credita a demora àburocracia que envolve o processo eà ampla exigência de documentação.Contudo, confia na liberação nospróximos dias. Tambémcoordenadora da Sala de Situação –criada há um ano para debater osefeitos da estiagem -, Mari afirmaque, com a verba federal, serápossível atender a mais 135municipios de uma lista inicial de279 cidades prioritárias. Cada umadeverá receber até R$ 80 mil paratirar seus projetos do papel. Comuma fatura de R$ 128,18 milhõesdeixada pela seca, isso sem contar oimpacto de R$ 17,1 bilhões naeconomia gaúcha, Mari admite que“quanto mais se gasta naemergência, menor será oinvestimento posterior”. Com a chuvamarcando os primeiros dias do verãogaúcho, ela acredita que a estiagemnão deve devastar novamente a

Verba contra seca ameaçadaQuase um ano após anúncios, Estado tem R$ 20 milhões para ações de prevenção e ajuda humanitária ainda intocados

produção. “O governo trabalhou emações emergenciais e estruturantes.Mesmo com seca, nossa condição deenfrentamento hoje é muito maior”.

Outra pedra no sapato do governoé o prazo para a utilização de R$ 10milhões destinados exclusivamentepare ações humanitárias. A DefesaCivil Estadual terá que se desdobrarpara garantir que a verba permaneçano caixa, já que em abril vence oprazo para utilização do recurso, quesegue intocado.

O subchefe do órgão, tenente-coronel Oscar Luis Moiano, disse queas limitações de uso prejudicam, poisa verba deve ser empregadaexclusivamente em açõeshumanitárias, como a compra decestas básicas. “Estamos avaliandoum pedido de prorrogação”. Situaçãosemelhante ocorreu no início do ano,quando R$ 18 milhões repassadosem 2011 estavam prestes a vencer,mas, diante do rastro de prejuízosdeixados pela seca, o período para

uso foi prorrogado pela União.Para o assessor de Política

Agrícola da Fetag, Márcio Langer, amorosidade dos processos coloca emrisco a permanência dos produtoresno campo. “Não podemos contar coma sorte. A prevenção é sempre muitomais barata”, pontua.

Fonte: Cleidi Pereira/Correio doPovo, 23/12/12)

Recuperação de barragens segue sem recursos (Foto: Lúcio Steiner)

Reflorestamento favorecerá a fauna, comoo curiango, ave rara, em extinção(Foto: Lúcio Steiner )

pag04 e 5rural.pmd 28/12/2012, 11:033

RURAL 6Sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Novassementesexcelência

emtecnologia

Dr. NÉRI PERIN – Advogado DIREITO AGRÁRIO

Passo Fundo-RS

Ao ouvir meu amigoJoão Batista Olivi (CanalRural), questionar oDiretor da EMBRAPA TrigoPasso Fundo-RS, Dr. Sérgio Dotto, acerca daprodutividade de novas sementes desenvolvidaspela Empresa Pública, obtendo resposta, de quepassam de 101 sacas por hectare, veio-me àmemória, que há pouco tempo, também ouvira deprodutores rurais, que a Empresa Privada BioTrigoGenética, comandada por Otoni de Souza Rosa Filho(Passo Fundo-RS), estava comercializando sementesde trigo com potencialidade de 150 sacas porhectares. Dez anos atrás, a produtividade era de 45sacas/ha. Extraordinário avanço.

Os legisladores da América do Sul obraram comexcelência ao editarem normas comuns, afeitas àAta da Convenção Internacional para Proteção dasObtenções Vegetais de 1978, garantindo aremuneração da propriedade intelectual dasinstituições e empresas que produzem edesenvolvem novas tecnologias, por ocasião dacomercialização das sementes.

É certo e justo garantir aos obtentores vegetaisremuneração pelos novos cultivares. Um estímulopara a produção de novas sementes comcaracterísticas que removam dificuldades do dia adia do cultivo. O modelo de proteção praticado peloBrasil, de Certificação de Sementes, mais elástico,favorece a pesquisa, mostra na prática seus frutos:produtividades recordes!

Contraditoriamente, o sistema que utilizapatentes para aquinhoar a propriedade intelectualdas empresas produtoras de novas tecnologias(EUA), privilegia as empresa e não a produtividade,a sociedade perde com o monopólio eengessamento da pesquisa.

Se as Sementeiras deixarem de se conduzir porfalsas orientações destas transacionais e,perceberem que podem (e devem) desenvolvermateriais próprios, melhores daqueles em oferta,como mostra o exemplo do trigo, deixarão de ladoa dependência, a imposição de conduta,proclamarão a independência do seu negócio, embenefício último, da população mundial que precisaser alimentada.

Cada vez acreditamos mais em nossas empresas,na nossa legislação.

Néri Perin

Assessor Jurídico Aprosoja-RS

Durante a manhã do dia 19/12, o presidente daAssembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS),Alexandre Postal (PMDB), entregou a Medalha da 53ªLegislatura ao Programa A Voz do Campo, junto como deputado Ernani Polo (PP), proponente dahomenagem. O ato, realizado na Sala da Presidênciada ALRS, destacou a iniciativa voltada à comunicaçãorural que chega atualmente a 250 municípios e maisde três milhões de gaúchos, por meio de oitoemissoras de rádio.Postal elogiou a iniciativa voltadaa levar para todo o Estado informações sobre arealidade do campo. Após conceder a Medalha, eleretornou ao comando da sessão plenáriaextraordinária da ALRS, deixando comorepresentante na solenidade o deputado PedroWestphalen (PP). Também participou do ato odeputado Jorge Pozzobom (PSDB). Westphalenparabenizou o proponente da honraria em vista darelevância do setor primário para a economia gaúcha,bem como elogiou o exemplo deixado pelaorganização da associação que viabiliza o programa egarante seu avanço no Estado.O projeto decomunicação rural teve início pela vontade de um

Presidente da ALRS e Ernani Poloentregam Medalha da 53ª Legislatura

ao Programa A Voz do Campoagricultor de se comunicar com a sociedade e mostrara realidade do campo, junto com um profissional derádio em busca de oportunidades, recordou Polo,referindo-se a Alcides Meneghine e Marcelo Brum.“Toda boa semente plantada e cultivada gera frutos.Assim, A Voz do Campo cresceu e mais parceiroschegaram para ajudar”, frisou ao lembrar de diversosapoiadores. Conforme Polo acrescentou, o programapassou a ser um referencial pela ousadia “de umgrupo que optou por não se acomodar”, que vem seestabelecendo pela formação de opinião voltada aquem quer mais respeito e dignidade, quer garantiade renda pela produção agrícola, quer mais que“analgésicos protagonizados por renegociações dedívidas”.Valdecir Sovernigo falou em nome da equipedo Programa. Entre os presentes estavam orepresentante do Tribunal de Contas, Marco Peixoto,e integrantes da equipe do Programa, SandroCardinal, representante da Associação A Voz doCampo; Marcelo Brum, Omar Wenning, CarlinhosMalheiros, Alber Guedes e Rogério Malheiros, alémdo presidente do Sindicato Rural de Tapes, JuarezPetry. (Agência de Notícias)

A rotação de culturas é altamente benéficaaos agricultores. Diversas culturas exploradasna mesma área fazem com que haja diminuiçãoda incidência de pragas e doenças, reduzindoconsequentemente o custo de produção, commenor necessidade de aplicação de químicos,além da maior fixação biológica de nitrogênio,aumentando a qualidade do solo eproporcionando maior estabilidade deprodução.

Adotando a rotação de culturas asprodutividades mantêm-se boas, mesmo emanos com adversidades climáticas, como foina safra 2010/2011, onde tivemos déficithídrico, ficou bem notório, quem investiu nosolo conseguiu pagar suas contas.

Infelizmente o nível de adoção ainda é baixo,é uma questão de planejamento de longo

Trator novo ou solo fértil

Eng° Agr° Cláudio DóroASCAR- Emater/RS.

prazo, mas devido a situação econômicafinanceira dos agricultores, obriga-os aplanejarem suas atividades no curto prazo,consequentemente com custos maiores,diminuindo a lucratividade dosempreendimentos. Sabemos que o solo, é amaior riqueza das propriedades rurais, temosque cuida-lo, é dali que gera os recursos paraa manutenção familiar, investimentos emelhoria da qualidade de vida de quem osexplora.

Devemos agir pela razão, não adiantacomprar trator novo se o solo é pobre, aplanta de milho não quer saber se o trator queplantou é velho ou novo, ela quer água enutrientes para viver e produzir frutos.

Autoridades e deputados entre os homenageados

pag06rural.pmd 28/12/2012, 11:041

RURAL 7Sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Voz do Campo recebe homenagemA Voz do Campo foi homenageado na Assembleia

Legislativa com a medalha da 53ª Legislatura. Foramentregues duas medalhas - Associação A Voz do Campo epara o Apresentador Marcelo Brum.

Marcelo Brum, deputado Ernani Polo e Sandro Cardinal,produtor rural

Retrospectiva 2012 Em 2012, o Programa A Voz do Campo percorreu o Estado

gaúcho, sempre buscando unir e defender o produtor rural,promover o debate e trazer a boa informação. Esse é oPrograma de Rádio do produtor rural. No inicio deste ano,começamos com duas (2) emissoras de rádio, e vamos fecharo ano com oito (8) emissoras de rádio transmitindo aprogramação. Hoje estamos chegando em mais de 250municípios do Estado, o que contabiliza mais de 3 milhões degaúchos que podem ouvir A Voz do Campo através do rádio.

Renato Marodin (a esq), Gilson Trennepohl dono da Stara,Marcelo Brum (A Voz do Campo), Alexandre Van Ass eGilberto Maldaner

Em Passo Fundo, na BSBIOS, a maior indústria debiodiesel do país

A Voz do Campo na Expointer , em Esteio

Em Tapes, com Mendes Ribeiro, ministro da Agricultura

Em Não Me Toque, na Stara

Em Marau na casa do ex-ministro da agricultura epresidente da UBABEF Francisco Turra

Em Porto Alegre, na Federasul - ex-ministro daAgricultura Roberto Rodrigues, ex-ministro dosTransportes Odacir Klein, Deputados Luiz Carlos Heinze,Ernani Polo, e Nei Mânica, presidente da Cotrijal/Expodireto

Em Porto Alegre, com o presidente da FIERGS, HeitorMüller

Em Alegrete, na Expofeira

A Voz do Campo na Expodireto, em Não Me Toque

Em Getúlio Vargas

Em Santo Augusto, no IFF com professores da Alemanha

Em Santo Augusto, na COOPEMA, Macieira

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8 Sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

COOPEMA projeta investimentos com base em boa safraA perspectiva de uma boa safra

agrícola em 2013, permite à CooperativaRural Macieira Ltda (COOPEMA, antigoCondomínio Rural Macieira, no Km 44 daERS-155) projetar investimentosestruturais. Foi o que adiantou o gerenteexecutivo em noite de prestação decontas e de confraternização, no dia 20de dezembro, tendo como local o salãocomunitário católico de Assis Brasil, emNova Ramada. Clovis I. Smaniotto, entreos investimentos projetados, citou aampliação da capacidade dearmazenagem própria. Isto seconcretizando, representará maiorsegurança e melhor preço ao produtorassociado, ressaltou o gerente.

A ocasião, basicamente festiva,reuniu diretoria, associados, clientes,representantes de instituições bancáriase convidados especiais, teve opresidente Vanderlei Richter nacondução da solenidade, que tambémensejou a prestação de contas. Apropósito, o líder cooperativista

ressaltou, para tranquilidade dosassociados, que a entidade associativaapresenta situação financeira estável.Neste contexto, aliando-se um a boasafra de grãos, é possível pensar em

Diretoria da COOPEMA na apresentação dos resultados do exercícioNas demais fotos, momentos daconfraternização

Vanderlei (e) e Clovis

Momento de reflexão e agradecimento pelos bons resultados

substanciais investimentos, concluiu,desejando a todos um Feliz Natal epróspero Ano Novo, convidando para,finalmente, o congraçamento entre ospresentes.

pag08rural.pmd 28/12/2012, 11:051