jornal repercussão

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Afrobanda, o Ponto de Cultura de Cubatão Como único projeto selecio- nado pelo Programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura (MinC), o Ponto de Cultura Afrobanda desempenha um papel de destaque da cidade, mas a visibilidade que os alu- nos e a equipe conquistaram desde que o projeto foi ini- ciado, em 2006, vai além da seleção pública. O trabalho levado a sério, pautado por critérios bem definidos, tem transformado a vida dos jovens que atuam na Afrobanda, além de garantir conquistas para todo grupo, como prêmios e destaques em eventos culturais. O Projeto Afrobanda teve inicio em 2006, na Sociedade São Vicente de Paulo. Sempre em crescimento e com muito sucesso, a Afrobanda já fez apresentações em vários tea- tros, escolas, centro de con- venções, indústrias do Polo de Cubatão, Fóruns da juventude, da educação, da cultura, social. Página 3 Jefferson Fernandes Curiosidade Conheça o projeto que está fo- mentando cultura por todo país. Página 3 Diz Aí... Maria Aparecida Carneiro “Cida” diz o que mudou com a implantação do Ponto de Cultura Afrobanda em Cubatão. Página 3 Hora do Bate Papo Milton Custódio Simões fala sobre carreira musical e dá dicas para quem quer seguir na área. Página 4 Histórias que deram certo Repercutindo boas notícias Há 10 anos no projeto, Jeffer- son Silva já atua na área, estuda na Escola Municipal de Música de São Paulo e ministra oficinas infantis do Projeto Afrobanda. Aos 19 anos e trabalhando exclu- sivamente com música, ele prova que a Afrobanda tem transformado a vida dos jovens de Cubatão. Ele é apenas um dos vários alunos que mudaram suas vidas depois do Projeto Afrobanda. Página 4 A comunicação sempre esta- rá presente na evolução do ser humano e acreditamos que a criação deste tabloide, intitulado “Repercussão”, poderá instigar outros jovens para o caminho da comunicação jornalística. Nesta edição iremos falar um pouco sobre dois cursos, o grafite e a percussão, que originou o Gru- po AfroBanda, e fazem parte do Centro de Capacitação. Página 2 Grafite e a arte contemporânea O que fariam Leonardo da Vinci, Picasso, Van Gogh e outros grandes nomes da arte plástica se tivessem uma lata de spray de tinta nas mãos? Será que usariam em suas obras? Será que fariam suas obras em muros e paredes ao invés de usarem quadros? Seriam adeptos do grafite? Essas são perguntas que nos fazemos hoje diante do mundo contemporâneo em que tudo pode se transformar em um ca- minho para expressar ideias e a arte de cada um. Página 4

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Jornal Repercussão de Cubatão

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Afrobanda, o Ponto de Cultura de CubatãoComo único projeto selecio-

nado pelo Programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura (MinC), o Ponto de Cultura Afrobanda desempenha um papel de destaque da cidade, mas a visibilidade que os alu-nos e a equipe conquistaram desde que o projeto foi ini-ciado, em 2006, vai além da seleção pública.

O trabalho levado a sério, pautado por cr itér ios bem definidos, tem transformado a vida dos jovens que atuam na Afrobanda, além de garantir conquistas para todo grupo, como prêmios e destaques em eventos culturais.

O Projeto Afrobanda teve inicio em 2006, na Sociedade São Vicente de Paulo. Sempre em crescimento e com muito sucesso, a Afrobanda já fez apresentações em vários tea-tros, escolas, centro de con-venções, indústrias do Polo de Cubatão, Fóruns da juventude, da educação, da cultura, social.

Página 3

Jefferson Fernandes

CuriosidadeConheça o projeto que está fo-

mentando cultura por todo país.Página 3

Diz Aí...Maria Aparecida Carneiro

“Cida” diz o que mudou com a implantação do Ponto de Cultura Afrobanda em Cubatão.

Página 3

Hora do Bate PapoMilton Custódio Simões fala

sobre carreira musical e dá dicas para quem quer seguir na área. Página 4

Histórias que deram certo

Repercutindo boas notícias

Há 10 anos no projeto, Jeffer-son Silva já atua na área, estuda na Escola Municipal de Música de São Paulo e ministra oficinas infantis do Projeto Afrobanda.

Aos 19 anos e trabalhando exclu-sivamente com música, ele prova que a Afrobanda tem transformado a vida dos jovens de Cubatão.

Ele é apenas um dos vários alunos que mudaram suas vidas depois do Projeto Afrobanda. Página 4

A comunicação sempre esta-rá presente na evolução do ser humano e acreditamos que a criação deste tabloide, intitulado “Repercussão”, poderá instigar outros jovens para o caminho da comunicação jornalística.

Nesta edição iremos falar um pouco sobre dois cursos, o grafite e a percussão, que originou o Gru-po AfroBanda, e fazem parte do Centro de Capacitação. Página 2

Grafite e a arte contemporâneaO que fariam Leonardo da

Vinci, Picasso, Van Gogh e outros grandes nomes da arte plástica se tivessem uma lata de spray de tinta nas mãos? Será que usariam em suas obras? Será que fariam suas obras em muros e paredes ao invés de usarem quadros? Seriam adeptos do grafite?

Essas são perguntas que nos fazemos hoje diante do mundo contemporâneo em que tudo pode se transformar em um ca-minho para expressar ideias e a arte de cada um. Página 4

Ano I - nº01

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Expediente

Editorial

Realização

Realização

Pontão de CulturaJornal do Ponto

Coordenador Cultural: Mu-rilo Oliveira

Articuladora: Eliana SilveiraEstagiários: Karina Koch, Edu-

ardo Kaze, Bruno Praun Coelho e Nilton Faria de Carvalho.

Oficina de Jornalismo: Marina Schmidt - MTB: 66 882

Oficina de Design Gráfico:

Este periódico é produto das oficinas de jornal promovidas pelo Pontão de Cultura Jornal do Ponto, projeto da Associação dos Jor-nais do Interior do Estado de São Paulo (ADJORI-SP) em convênio

com o Ministério da Cultura sob o nº 748226/2010.

Natália BalladasEditoração e Arte Final: Na-

tália Balladas

Ponto de Cultura: Ponto de Cultura Afrobanda

Participantes: Diego Moura; Jefferson Silva; Jhonatan Maciel; Luiz Guilherme; Milton Custódio Simões; Raphael Santos; Rodrigo da Silva

Repercussão – Página 2Expediente

Editorial

Matéria

Foto: Grafite...Legenda: Nome da foto

Repercutindo boas notíciasNesta primeira edição não

poderíamos deixar de registrar que o conteúdo destas páginas tornou-se possível graças ao conhecimento de pessoas que acreditam na valorização da leitura através da informação, da cidadania e da participação do ser humano como peça importante na multiplicação do conheci-mento. A comunicação sempre estará presente na evolução do ser humano e acreditamos que a criação deste tabloide, intitulado “Repercussão”, poderá instigar outros jovens para o caminho da comunicação jornalística.

Crianças, adolescentes e jo-vens tornam-se vítimas diárias do vício, do tráfico de drogas, dos roubos, da violência gene-ralizada que impera nas ruas dos nossos brasis. As dores e circunstâncias negativas que existem ao seu redor se im-põem e acabam fazendo com que também eles caiam na marginalidade ou que, então, morram precocemente. Nesta edição iremos falar um pouco sobre dois cursos, o grafite e a percussão, que originou o Grupo AfroBanda, e fazem

parte do Centro de Capacitação Comunitária de Cubatão (CEC), que anda na contra mão das no-tícias negativas sobre crianças e adolescente. Um exemplo dessa atuação é a história do Jefferson, menino da comunidade da Vila Natal, bairro de Cubatão-SP, que entrou no projeto musical do CEC aos nove anos e hoje é uma grande revelação artística e orgulho da sua comunidade.

O que é um Ponto de Cultura? Fique ligado nesta matéria! De ponto em ponto estamos traçan-do um futuro diferente.

Coordenar projetos sóciocultu-rais não é nada fácil e a Senhora Maria Aparecida Carneiro Costa, mais conhecida como “Cida”, fa-lará um pouco da experiência de muitos anos nesta área. No Ponto de Cultura Afrobanda acontece musica, dança, capoeira, grafite e outras artes. Conheça mais sobre esse espaço que é show.

Em entrevista concedida ao Jefferson Silva, eu ainda falo sobre música, produção cultural e outras histórias.

Boa leitura

Milton Custódio Simões

Grafite: Uma forma contemporâneade arte popular

O que fariam Leonardo da Vinci, Picasso, Van Gogh e outros grandes nomes da arte plástica se tivessem uma lata de spray de tinta nas mãos? Será que usariam em suas obras? Será que fariam suas obras em muros e paredes ao invés de usarem quadros? Seriam adeptos do grafite?

Essas são perguntas que nos fazemos hoje diante do mundo contemporâneo em que tudo pode se transformar em um caminho para expressar ideias e a arte de cada um.

A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em es-paços públicos. A definição mais popular diz que o grafite é um tipo de inscrição feita em paredes. Não é, portanto, uma novidade dos nossos tempos, já que exis-tem relatos e vestígios dessa arte desde o Império Romano.

Seu aparecimento na Idade Contemporânea se deu na dé-cada de 1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos quando alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade e, algum tempo de-pois, essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos.

Já no fim dos anos 70, o gra-fite aparece no Brasil, mas pre-cisamente no subúrbio de São Paulo, tendo uma ligação direta com o movimento HIP-HOP, e hoje o estilo do grafiteiro brasi-

leiro é tido como um dos mais artísticos do mundo.

Muitas polêmicas giram em torno desse movimento, pois de um lado o grafite é desempe-nhado com qualidade artística, e do outro não passa de poluição visual e vandalismo. A pichação ou vandalismo é caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos e vias públicas. Os materiais utilizados pelos grafiteiros vão desde tradi-cionais latas de spray até o látex.

“Usando dessa ferramenta para formar cidadãos”

O uso do grafite é hoje uma ótima ferramenta para trabalhar o senso artístico, principalmente com adolescentes.

Com um aspecto mais jovial, a

linguagem do grafite pode muitas vezes se confundir com outras linguagens da arte do desenho, e partindo do pressuposto de que hoje em dia, com a difusão do acesso a internet, o jovem acaba tendo uma criatividade e alcan-ce comunicativo muito amplo, abrindo assim um leque de ideias, imagens e contextos que podem ser utilizados na prática do grafite.

Uma outra forma de trabalhar essa linguagem é diferenciar o grafite da tal pichação, ideia que, mesmo equivocada, ainda é vinculada pela sociedade. A prin-cípio visão geral é a de que grafite é pichação e vice-versa, cabendo, assim, ao arte educador não só falar , mas também mostrar que há uma diferença muito grande entre as duas coisas.

Grafite no muro do Ponto de cutura Afro Sul Odomode

Diego Moura - Arte educador e músicoCoordena projetos de música no Ponto de Cultura AfroBanda/CEC

Ano I - nº01

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Curiosidade

Diz Aí...

Um verdadeiroshow de cultura

O Projeto Afrobanda teve ini-cio em 2006, na Sociedade São Vicente de Paulo. Sempre em crescimento e com muito sucesso, a Afrobanda já fez apresentações em vários teatros, escolas, centro de convenções, indústrias do Polo de Cubatão, Fóruns da juventude, da educação, da cultura, social.

E o destaque do projeto não parou por aí, ainda ocorreram apresentações em programas representativos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adoles-cente (CMDCA) de Cubatão e regional, participação em várias

matérias para jornais e televisão e apresentações didáticas pontuan-do o repertório afro e brasileiro.

Como resultado do esforço coletivo, a Afrobanda tam-bém conquistou alguns títulos, como campeã no Mapa Cultura Paulista (fase regional), Tri- Campeã e destaque do Festival da Cidadania de São Vicente. Entre os projetos próprios, o grupo obteve destaque com o Batucasom, com repertório totalmente erudito apresentado no Conservatório Municipal de Cubatão, Embu das Artes, e, re-centemente, com um repertório totalmente renovado no Bloco Cultural. O projeto Afrobanda foi reconhecido como Ponto de Cultura em Cubatão pelo Ministério da Cultura (MinC) através do Programa Cultura Viva em parceria com a Secre-taria de Cultura do Estado de São Paulo em um edital público e selecionado entre outros 1,3 mil projetos.

O projeto Afrobanda é um verdadeiro show de cidadania, cultura e sustentabil idade. Conheça mais sobre o grupo acessando http://grupoafro-banda.blogspot.com.br/.

Afro Banda é o único Ponto de Cultura de Cubatão

O que é um ponto de cultura?

São entidades reconhecidas e apoiadas financeira e insti-tucionalmente pelo Ministério da Cultura que desenvolvem ações de impacto sociocultural em suas comunidades.

O Ponto de Cultura não tem um modelo único, nem de instalações físicas, nem de programação ou atividade. Um aspecto comum a todos é a transversalidade da cultura e a gestão compartilhada entre poder público e comunidade.

Pode ser instalado em uma casa, ou em um grande centro cultural. A partir desse Ponto, desencadeia-se um processo

orgânico agregando novos agentes e parceiros e identifi-cando novos pontos de apoio: a escola mais próxima, o salão da igreja, a sede da sociedade amigos do bairro, ou mesmo a garagem de algum voluntário.

O Ponto d e Cu ltu r a é a ação prioritária e o ponto de articulações das demais ati-vidades do Programa Cultura Viva. “Os Pontos de Cultura são espaços permanentes de e x p e r i me nt a ç ã o, e nc anto, transformação e magia”, nas palavras do ex-presidente de República Luiz Inácio Lula da Silva.

Com a palavra, a coordenadoraMaria Aparecida

Carneiro Costa “Cida” é coordenadora do Ponto de Cultura e peça fundamental para realização das ações mantidas na Sociedade São Vicente de Paulo. Nesta edição, a equipe do Repercussão quer saber:

Repercussão: Com o ponto de cultura o que mudou?

Cida: O Ponto de Cultura trouxe o de-senvolvimento de no-vas ações culturais, a troca de experiência, a ampliação de novos horizontes e o reconhe-cimento do trabalho já desenvolvido. Possi-bilitando o acesso ao universo cultural. Cida é imprescindível para o projeto

Ano I - nº01

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Hora do Pate Papo

“Você pode ser o que quiser”, defendevice-presidente do Conselho de Cultura de Cubatão

No nosso primeiro bate papo entrevistamos Milton Custó-dio Simões, vice- presidente e membro do Conselho de Cul-tura de Cubatão, Coordenador do Ponto de cultura Afrobanda e diretor de eventos da Banda Marcial Municipal de Cubatão.

O famoso “Miltinho da Afro-banda” falou um pouco sobre a sua trajetória no meio artís-tico e sobre a importância da persistência em busca da rea-lização pessoal e profissional.

Repercussão: Como foi a sua trajetória na música?

Milton Custódio Simões: Comecei em uma banda de

escola aos 14 anos. Na década de 1970 fazer parte da banda do colégio Afonso Schmidt era muito bom, mesmo com pouco tempo de existência já era um grupo musical de referência em Cubatão. Em poucos anos esse grupo tornou-se a Banda Municipal de Cubatão fato que foi muito importante para formação dos músicos, onde me incluí. Meu grande mestre chama-se Roberto Farias Leite da Silva. Ao meu ver e de mui-tos outros do meio artístico, o maestro Farias é a maior ex-pressão em Banda Sinfônicas da América Latina. Em para-lelo às atividades com a banda eu já fazia participações em orquestras, grupos de câmara e também grupos de formação popular, e já dava os primei-ros passos como instrutor de

bandas e fanfarras, além de monitorar grupos de percus-são. Claro que com o tempo surgiram outras atividades im-portantes e o reconhecimento na área artística aconteceu naturalmente.

R: Como foi a transição para produtor cultural e professor de música?

MCS: A necessidade de mos-trar um trabalho diferenciado me levou a procurar conheci-mento na produção artística. Penso que o artista tem que ser um empreendedor, pre-

Histórias que deram certo

O projeto Afrobanda, ao longo dos seus se is anos , vem mostrando resultados positivos no que se diz res-peito ao futuro dos alunos. Jefferson Silva (19 anos) é um exemplo disso. Iniciou seus estudos musicais aos nove anos, aos 10 já estava participando de uma fanfar-ra da escola do seu bairro. Em 2002, começou a parti-cipar das oficinas no Centro de Capacitação Comunitária da Vila Natal (CEC), man-t i d o p e l a S o c i e d a d e S ã o Vicente de Paulo. Partici-

pando da Afrobanda desde o começo do projeto, Jeffer-son vem mostrando que os conhecimentos adquiridos nas oficinas mudaram suas perspectivas de vida. Hoje, ele trabalha exclusivamente com musica. Jefferson, que já atua prof iss ionalmente na área, estuda na Escola Municipal de Musica de São Paulo e ministra as oficinas de percussão infantil do Pro-jeto Afrobanda. Ele é apenas um dos vários alunos que mudaram suas vidas depois do Projeto Afrobanda.

Aluno prova que épossível viver da música

cisa se aprimorar para poder mostrar melhor o seu produto, precisa conhecer outras áreas de administração, marketing, leis de incentivo, editais e tudo mais que possa somar ao seu trabalho. Com esse conteúdo, outras pessoas irão participar dessa cadeia de informações e execução. Ministrar o co-nhecimento musical e outras práticas culturais hoje é muito mais relevante.

R: Já teve momentos em que pensou em desistir?

MCS: Sim, ser artista neste

país ainda não é muito fácil. Para muitas pessoas, defender a cultura no nosso país é defender uma causa apenas lúdica.

R: Você considera o mercado da música um mercado difícil?

MCS: Penso que temos que estar preparados para quando

a oportunidade chegar. Como qualquer área de atuação, o co-nhecimento é a maior e melhor referência.

R: Qual é o seu conselho para os jovens que querem seguir uma carreira musical?

MCS: Seja o melhor, prepare--se e aproveite a oportunidade ou não valera a pena ser feliz.

R: Hoje você se diz uma

A produção musical tem muitasvertentes e a cadeia produtivacultural está sofrendo muitas

transformações positivas. Temespaço para todos que queiram

trabalhar sério”

Para muitas pessoas,

defender a cultura no

nosso país é defender uma causa apenas

lúdica ”

pessoa realizada? MCS: Acho que não. Ainda

sou muito inquieto e com os meus 49 anos ainda tenho muito a aprender e replicar. Creio que a minha missão é um pouco maior.

R: Pode se dizer que dá para

viver da música?MCS: A produção musical

tem muitas vertentes e a cadeia produtiva cultural está sofren-do muitas transformações po-sitivas. Tem espaço para todos que queiram trabalhar sério.

R: Uma frase que marcou a sua vida?

MCS: Você pode ser o que quiser, basta querer!

“Penso que o artista tem que ser um empreendedor”, afirma Simões