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Maio de 2010 – edição número 3 Radiola é um jornal mensal sobre música, apresentando sempre a pro- gramação de shows, letras de mú- sicas e matérias selecionadas de revistas e sites especializados. Jornalista responsável: João Al- meida Alves Editor: Ernesto Silva Santos Diagramação: Victor Mattos Tiragem desta edição: 1000 exem- plares

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Trabalho para faculdade

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Page 1: Jornal Radiola

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Maio de 2010 – edição número 3

Radiola é um jornal mensal sobre música, apresentando sempre a pro-gramação de shows, letras de mú-sicas e matérias selecionadas de revistas e sites especializados.

Jornalista responsável: João Al-meida Alves

Editor: Ernesto Silva Santos

Diagramação: Victor Mattos

Tiragem desta edição: 1000 exem-plares

Page 2: Jornal Radiola

2ALGUMAS DICAS PARA COMEÇAR A TOCAR GUITARRA!

Por Andreas Kisser, colunista do Yahoo! Brasil

Quando eu vejo os meus filhos brin-cado no “Guitar Hero”, fingindo ser guitarristas de verdade, sentindo-se em um palco na frente de milha-res de pessoas, é engraçado ver a reação deles com o joystick, em formato da guitarra, e o controle que eles têm do instrumento. Eles realmente acham que estão tocando.

Apesar de a sensação do jogo ser parecida com a realidade, a dis-tância é brutal. Eu pensei, então, em fazer uma lista com algumas di-cas para quem não sabe nada do instrumento real, mas sabe tudo do instrumento virtual, e quer tocar guitarra de verdade.

Se você joga “Guitar Hero” e quer ser um rockstar de verdade, se-gue algumas dicas que você precisa para começar a tocar este instru-mento fantástico, que vai te dar infinitas possibilidades de expres-são, ou seja, fazer a sua própria música.

As primeiras cinco dicas eu posto agora, as outras cinco na próxima semana:

1- Procure uma guitarra que satis-faça o seu gosto musical

A primeira coisa a se fazer é pro-curar uma guitarra de verdade, certo? Isto vai depender da música que você curte, é importante pegar um instrumento que vai se adequar mais aquilo que você gosta de ou-vir. Hoje, no Brasil, é possível encontrar guitarras de todos os preços, de todos os tipos e mar-cas. Procure uma guitarra que não seja tão cara mas que tenha um bom acabamento e seja equilibrada, que mantenha a afinação. Imite o seu ídolo, vá atrás de uma guitarra parecida, ou igual, a que ele usa.

2- Use cordas leves no começo

No começo, para os primeiros acordes e solos, é melhor co-locar cordas mais leves na sua guitarra, as pontas dos dedos ainda não estão calejadas sufi-cientes e as cordas mais leves são menos agressivas aos dedos. Vai ser um processo em que os dedos vão doer mesmo, não tem jeito. Com uma rotina de estudo adequada e muitos exercícios de escalas e acordes, os dedos vão ficando mais fortes. Sugiro as cordas conhecidas como “09”.

3- Teste várias palhetas antes de decidir por uma

A palheta é uma escolha muito pessoal, vai depender muito do estilo de som que você vai fazer e da maneira como você vai segu-rá-la: cada um tem um jeito bem diferente de pegar na palheta. Veja, por exemplo, guitarristas como Van Halen, Marty Friedman, James Hetfield, George Benson, B.B. King e Keith Richards e observe que cada um tem o seu jeito de tocar. Ache o mais con-fortável, teste várias maneiras e crie o seu próprio estilo. Existem dezenas de possibilades de espessura, das mais flexiveis até as mais duras. O tamanho e o formato também variam bastante.

4- Pesquise vários amplificado-res

A escolha do amplificador também segue a mesma linha da esco-lha da guitarra, faça o som que você gosta, procure aquela res-posta sonora que sempre sonhou. Há dezenas de modelos disponí-veis e você pode testá-los com calma, pesquisando e aprendendo diferentes combinações entre os graves, agudos, médios, o gain, os efeitos, etc… Observe também a praticidade dele, se é muito pesado e de difícil locomoção. Comece procurando um estilo chamdo “combo”, que são menores e bastante versáteis. (Veja o amplificador da Meteoro, MCK 200 Extreme- Andreas Kisser, que leva a minha assinatura)

5- Conheça o instrumento, passe tempo com ele

O próximo passo é conhecer o instumento, ser curioso. Passe tempo com ele, mas sem esque-cer das suas responsabilidades

Page 3: Jornal Radiola

3 com a escola ou trabalho, ache um tempo do dia para ter esta “con-versa” com ele. Coloque as músicas que você gosta e procure as notas do braço da guitarra, observe a relação das posições que você faz com o som emitido. Procure também um professor, que vai te passar a parte mais teórica da música, pratique as escalas, acordes e exercícios com diciplina e curta o instrumento o máximo possível! Brinque também com o seu amplifi-cador, teste sons mais pesados e distorcidos, sons mais limpos e suaves, sinta a relação das cordas com o captador, a palheta, enfim, seja curioso, a guitarra tem muito a oferecer.

Na próxima semana eu continuo como as cinco dicas restantes.

Grande abraço,

Andreas Kisser

Page 4: Jornal Radiola

4HÁ 40 ANOS, BEATLES CHEGARAM AO FIM

Da redação

Em 10 de abril de 1970, Paul Mc-Cartney anunciou o fim oficial desta que é considerada a maior banda de todos os tempos

Considerada a maior banda de todos os tempos, os Beatles se separaram em 10 de abril de 1970

O dia 10 de abril pode ser conside-rado uma péssima data para muitos que têm pelos Beatles o carinho de fã. Há exatos 40 anos, Paul McCar-tney anunciou o fim do Fab Four, para que cada integrante pudesse trilhar outros caminhos, direcio-nando força e talento a projetos solo.

Confira ao lado capas dos discos dos Beatles e relembre, em fotos, momentos marcantes da carreira da banda.

McCartney, John Lennon, Ringo Starr e George Harrison, por seu trabalho em conjunto, foram res-ponsáveis por canções de grandio-sidade inquestionável, agregan-do fãs e mais fãs, mesmo com a passagem de quatro longas décadas - provando que quando a música é boa, seu prazo de validade é ine-xistente.

Em clima de uma efeméride um tanto quanto triste, a matéria de capa da edição 36 da Rolling Stone Bra-sil, publicada em 2009. A reporta-gem mostra os bastidores dos úl-timos dias desta que é tida como a maior banda de rock de todos os tempos.

Ano especial

Se em 2010 a homenagem é triste, é possível dizer que 2009 foi, po-sitivamente, o “ano Beatles”. Além dos 40 anos do clássico álbum Ab-bey Road, todos os discos de es-túdio da banda ganharam, no ano passado, versões remasterizadas

- com melhor qualidade de som que a dos CDs lançados em 1987 -, atingindo o topo das paradas em vendas. Soma-se a 2009 ou-tro lançamento: o Beatles: Rock Band, a primeira versão do game exclusivamente dedicada a uma só banda, possibilitando a al-gumas pessoas a junção de duas paixões: videogames e Beatles.

Retrospectiva 2009

Relembre os fatos que marcaram o mundo da cultura pop no ano que passou

Foto: Kevin Mazur

Um dos assuntos mais comentados do ano foi a morte do ícone pop no dia 25 de junho. Jackson, que tinha 50 anos, sofreu uma parada cardíaca devido a uma overdose do medicamento Propofol, menos de um mês antes de voltar aos palcos com a temporada de shows This Is It. Os ensaios para as apresentações foram mostradas no documentário homônimo, que deixou os fãs boquiabertos - ao contrário do que muitos pensa-vam, o “Rei” ainda cantava e dançava com maestria.

Page 5: Jornal Radiola

5 ULTRAJE A RIGOR

Por Tiago Agostini

lbum Música Esquisita a Troco de Nada

Previsto para Sem previsão de lan-çamento físico

Com quase 30 anos de carreira, Ro-ger Moreira parece ter cansado da lógica do mercado e resolveu to-car o Ultraje a Rigor a seu modo. A banda está gravando um disco a longo prazo, sem data para acabar, lançando pacotes de músicas na in-ternet. “Com o aumento do acesso à internet e como a nossa fonte de renda continua sendo os shows, temos liberdade de lançar só três músicas”, conta o vocalista.

Produzido por Roger, Mingau e Fla-vio Decarolli, esse será o primei-ro registro inédito da banda desde 2002, quando saiu Os Invisíveis. Roger assume a culpa pela demo-ra. “Tive crise de inspiração.” A formação do Acústico MTV, lançado em 2005, foi mantida. “Quebramos a estética de que a banda precisava ter apenas duas guitarras, baixo e bateria”, diz Roger, com um ar sossegado. “O objetivo deste disco não é fazer sucesso. Queremos con-tinuar tocando e nos divertindo.”

Page 6: Jornal Radiola

6BLACK EYED PEAS - OS SEGREDOS PARA SE MANTER NO TOPO DO MUNDO

Por Chris Norris

Will.I.Am explica as fórmulas e as regras que levam o Black Eyed Peas ao Sucesso

DONO DO SUCESSO - Will.i.am lidera o Black Eyed Peas com suas teorias de mercado

Há vários anos, um importante ci-dadão dos Estados Unidos compar-tilhou seu sonho de que um dia as crianças da nação poderiam viver como irmãs, que a justiça e a li-berdade se espalhariam e que um homem de 35 anos com calça de cou-ro e botas cintilantes poderia li-derar 73 mil texanos que cantariam a uma só voz: “Whatcha gonna do with all that junk/all that junk inside your trunk?” (o que você vai fazer com tanta porcaria/toda essa porcaria no traseiro?).

Esse dia acontece, agora, no Re-liant Park, em Houston, que pulsa com as luzes, os sons e os cheiros da 78ª Feira de Animais e Rodeio de Houston, um evento anual que já contou com shows de gigantes que vão de Elvis Presley a Miley Cyrus. A banda principal da noi-te hoje é o Black Eyed Peas. No meio de seu primeiro enorme suces-so, “My Humps”, de 2005, a voca-lista Fergie desfila pela passarela do palco com um macacão metálico coladinho no corpo, parecida com o andróide esguio de Metrópolis, de Fritz Lang, mas com cabelo e com as “humps” (protuberâncias) do título da canção. “Eu deixo esses manos loucos”, ela entoa enquanto os colegas de palco Apl.de.ap e Taboo fazem pose. “Faço isso todo dia.”

Quando a cantoria retorna, oito telas de vídeo gigantes exibem o sorriso amplo, enigmático e emol-durado por uma barbicha do au-tor da canção e mestre do Peas, Will.i.am, que faz uma pausa para agradecer aos seguidores do gru-

po: “Houston, nós agradecemos vocês do fundo do coração e das profundezas da alma. Em 2005, nós lançamos um álbum chamado Monkey Business”, ele diz, en-tão dá nome a duas lojas que levaram o trabalho a vender 10 milhões de cópias: “Tower Re-cords e Virgin. Elas não exis-tem mais”. A multidão ruge. “No ano passado, nós lançamos nosso disco mais recente, e é por cau-sa de vocês que vendeu...”

O maior rodeio dos Estados Uni-dos é só mais um dos últimos dominós a cair na campanha glo-bal de

Will.i.am para construir a mar-ca musical mais onipresente do planeta. Nos 15 anos que se pas-saram desde que ele formou o grupo, Will.i.am deu a volta ao mundo uma dúzia de vezes, vendeu 27 milhões de álbuns e fez pro-paganda para a Apple, a Pepsi, a Target (loja de departamentos), a Verizon (operadora de celu-lar) e o presidente dos Estados Unidos. “Ele é uma verdadeira força”, diz Bono, que convocou Will.i.am para trabalhar no ál-bum de 2009 do U2, No Line on the Horizon. “Ele tem as maiores canções da Terra neste momento, ele é o espírito mais maravi-lhoso de se estar por perto, e ele se interessa pelo macro e também pelo micro.” Na verdade, a visão dele é tão macro que ele é diferente de praticamente todos os músicos que o prece-deram. Para Will.i.am, canções não são obras de arte discre-tas, mas sim aplicações multiu-so - singles de sucesso, jingles para anúncios, trailers de ci-nema - que servem a um objetivo maior do que o consumo musical. Do ponto de vista criativo, ele não faz diferença entre compor rimas e traçar planos de negó-cios, animar arenas ou fazer uma apresentação em PowerPoint, ou produzir - álbuns e plataformas de mídia, sendo que tudo isso entra no esquema de uma missão visionária de reunir a maior audiência possível ao longo do alcance mais amplo imaginável. Quando conversa, ele tem a ten-dência de fazer pronunciamen-tos paradoxais que, assim como suas músicas, geralmente vão da idiotice ao brilhantismo quando

Page 7: Jornal Radiola

7 são escutados repetidamente. Uma viagem pela mente de Will.i.am se-gue uma trilha cheia de curvas, mas, se você prestar atenção, al-guns temas vêm à tona...

MÚSICA QUE FUNCIONA EM QUADRADOS

No backstage em Houston, Will.i.am tirou a fantasia e vestiu roupas comuns: uma camisa preta com jei-to de Jedi, com gola em forma de xale; calça com cintura abaixo do quadril e ar punk; e uma bolsa a tiracolo feita de anéis de lata de refrigerante reciclados. Enquanto dançarinos, empresários e colegas de banda batem papo atrás dele, Will.i.am começa a digerir a músi-ca e o comércio em partículas su-batômicas. “Tem a ver com frequên-cia, moeda corrente”, ele diz. “As palavras ‘corrente’ e ‘frequente’ - o que significam? Tempo. Se cor-rente também tem a ver com algo que se pode gastar, isso significa que é fluido - uma corrente. Se no momento estou fazendo uma coisa e continuo a fazer, estou fazendo com frequência. E se eu mudar mi-nha frequência para ser positivo, atraio corrente.” Will.i.am fala rápido, chega um pouco perto de-mais e mantém os olhos arregala-dos fixos nos seus como um boxeador que encurrala o adversário em um canto e fica encarando para dei-xar o sujeito louco. “Cada vez que a música foi lançada em círculos, foi bem-sucedida”, ele diz. “Quan-do os discos foram lançados, havia os de 45 rotações, depois foram os de 33, e depois os compactos de 12 polegadas - todos múltiplos de três, todos círculos. Assim que saíram os toca-fitas e o eight-tra-ck, quadrado, não deu certo. Uma fita cassete é retangular, não deu certo. O CD saiu, o maior sucesso. Os iPods e os laptops colocam a música em retângulos - não fun-ciona, não dá para monetizar. É preciso descobrir como fazer fun-cionar no quadrado.”

Page 8: Jornal Radiola

8MY HUMPSBlack Eyed Peas

What you gonna do with all that junk?All that junk inside your trunk?I’ma get, get, get, get, you drunk,Get you love drunk off my hump.My hump, my hump, my hump, my hump, my hump,My hump, my hump, my hump, my lovely little lumps. (check it out)

I drive these brothers crazy,I do it on the daily,They treat me really nicely,They buy me all these ice-ys.Dolce & gabbana,Fendi and then donnaKaran, they be sharin’All their money got me wearin’Fly gearrr but i ain’t askin,They say they love my ass ‘n,Seven jeans, true religion,I say no, but they keep givin’So i keep on takin’And no i ain’t fakin’We can keep on datin’I keep on demonstrating.

My love, my love, my love, my loveYou love my lady lumps,My hump, my hump, my hump,My humps they got u,

She’s got me spending.(oh) spendin’ all your money on me and spending time on me.She’s got me spendin’.(oh) spendin’ all your money on me, on on me, on me

What you gonna do with all that junk?All that junk inside that trunk?I’ma get, get, get, get, you drunk,Get you love drunk off my hump.What u go do with all that ass?All that ass inside that jeans?I’m a make, make, make, make you screamMake u scream, make you scream.‘cause of my hump, my hump, my hump, my hump.