jornal "queremos lisboa" be

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.04 | AUTáRQUICAS 2013 A Lisboa que queremos COLINA DE SANT’ANA: QUAL é A PRESSA? Esta candidatura existe para devolver cidade às pessoas e devolver pessoas à cidade. “Queremos Lisboa” por- que queremos recuperar para a cidade o que lhe foi roubado: o rio, as ca- sas, os passeios, o espa- ço público, o trabalho. Queremos uma cidade que re- almente pertença aos que cá vi- vem, aos que cá trabalham, aos que a visitam, aos que aqui cres- cem e aprendem, aos que nela descansam. Dizer que Lisboa é destas pessoas é exigir uma cida- de para as pessoas e não para os interesses que a têm maltratado. O maior desses interesses é a especulação imobiliária. A fúria da construção nova criou bair- ros fantasma, enquanto as casas degradadas se multiplicavam. Centenas de milhares de pesso- as foram expulsas da cidade en- quanto dezenas de milhares de casas ficaram e continuam por ocupar. A maior parte dessas casas pertence a fundos imo- biliários. Todas as candidaturas dirão que querem apostar na reabilitação urbana e reocupar a cidade. Mas quantas estarão disponíveis a enfrentar os enor- mes interesses que se opõem a esse objectivo fundamental para a cidade? Muitos foram e são os que se candidatam à cidade de Lisboa, usando a cidade para chegar a outros lugares políticos. A can- didatura “Queremos Lisboa” não é assim. É uma candidatura de pessoas que se dedicam à ci- dade sem agendas escondidas, encabeçada por quem já deu provas e que hoje apostam num novo projecto para a cidade em que vivem e trabalham. Uma Lis- boa mais habitada, mais viva e solidária. Uma Câmara que con- traponha à brutal austeridade, imposta pelo governo do PSD e do CDS, políticas municipais de apoio e ajuda aos mais atin- gidos. Concorremos para que a esquerda tenha mais força em Lisboa. Só o Bloco pode forçar esta mudança. Não se entende a pressa para concretizar a operação de loteamento da Colina de Sant’ana. Três dos qua- tro hospitais envolvidos vão continuar a funcionar por muitos anos. E o interesse ar- quitetónico e patrimonial de alguns dos edifícios integra- dos naqueles quatro hospi- tais justifica a sua reabilitação e utilização em função dos interesses dos lisboetas. Esta área deve ser recuperada com a instalação, em alguns dos edifícios, de unidades de saú- de ao serviço da população da zona, na área dos cuidados primários e continuados, e a criação de um museu Nacio- nal da História da Medicina. EMPRESAS MUNICIPAIS Houve em Lisboa uma proliferação de empresas municipais, que se tornaram um fator de despesismo, favores pessoais e falta de transparência. Nos últimos anos, muito por pressão do Bloco, essa tendência inver- teu-se, mas há ainda muito a fazer. Nesse sentido, o Bloco defende a redução das empresas municipais ainda existentes, nomeada- mente através da extinção da EMEL e a fusão de todas as empresas municipais na área da habitação numa empresa única que seja o instrumento de uma política integrada para a habitação. Ana Drago nasceu e estudou em Lisboa. Fez o ensino primário na Voz do Operário, na Graça, e frequentou depois a Eugénio dos Santos e o Liceu Rainha D. Leonor, em Alvalade. Nos anos 90, enquanto estudante do ensino superior, foi ativista da luta estudantil e jornalista da im- prensa e da rádio universitárias. É socióloga de formação e nos últimos anos foi deputada na Assembleia da República, tendo acompanhado as áreas da educação e economia. Prepara atu- almente um doutoramento em estudos urba- nos no ISCTE/UNL, onde analisa as políticas urbanas e o poder local na região de Lisboa. JOÃO SEMEDO | ANA DRAGO JORNAL DE CAMPANHA AUTÁRQUICAS 2013 câmara municipal mandatários da campanha assembleia municipal rita brutt, atriz | mandatária juventude josé duarte, musicólogo | mandatário sénior carlos mendes, cantor pq. das nações penha de frança santa clara sta. maria maior santo antónio s. domingos benfica s. vicente cabeças de lista às juntas de freguesia de lisboa HUGO EVANGELISTA RICARDO DUARTE ANA BASTOS PAULA áVILA ANA CANSADO CáTIA FERNANDES CARLOS FIGUEIREDO João Semedo nasceu em Lisboa. Frequentou o Liceu Camões e a Faculdade de Medicina, onde foi dirigente estudantil. Foi preso pela PIDE em 1972, por participar em atividades da oposição democrática. Médico, é deputado desde 2006. Integrou as comissões de Saúde, Orçamento e Finanças, BPN e caso PT/TVI. Foi autor das seguintes leis: testamento vital, prescrição por genérico, estatuto do dador de sangue, acompanhamen- to nos serviços de urgência, direitos dos uten- tes do SNS (tempos de espera). É coordenador do Bloco desde 2012. Viver no centro para mim, é estar perto do trabalho, quando estou no teatro e vou a pé, é poder passar pelas lojas do meu bairro e comprar o que preciso, é meter-me no metro ir ver uma exposição e demorar-me a voltar porque há música no Martim Moniz ou no Adamastor onde todos os pores-do-sol são diferentes. Façamos de Lisboa uma cidade onde é fácil viver. Nasci no Bairro Alto, sou do fado e de Lisboa, para a qual quero uma Câmara melhor, sem lentidão nas decisões e atrasos no cum- primento das raras promessas boas. E forte defesa para quem já não trabalhe e viva com reformas estáveis, senão ano a ano melhores. Pelo seu percurso, pelo movimento que encabeça, João Semedo é a voz mobilizadora e necessária nas lutas que travamos e iremos tra- var. Tenho pelo João uma profunda admiração política e intelectual, como cidadão e ser humano. É muito fácil ser-se seu amigo. É um homem dos afetos. Também eu quero uma Lisboa habitada, viva e solidária. Vamos à luta. olivais FABIAN FIGUEIREDO

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Jornal de Campanha Bloco de Esquerda Lisboa

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Page 1: Jornal "Queremos Lisboa" BE

.04 | autárquicas 2013

A Lisboa que queremos

CoLinA de SAnt’AnA: QuAL é A PreSSA?

esta candidatura existe para devolver cidade às pessoas e devolver pessoas à cidade. “Queremos Lisboa” por-que queremos recuperar para a cidade o que lhe foi roubado: o rio, as ca-sas, os passeios, o espa-ço público, o trabalho.

queremos uma cidade que re-almente pertença aos que cá vi-vem, aos que cá trabalham, aos que a visitam, aos que aqui cres-cem e aprendem, aos que nela

descansam. Dizer que Lisboa é destas pessoas é exigir uma cida-de para as pessoas e não para os interesses que a têm maltratado.O maior desses interesses é a especulação imobiliária. a fúria da construção nova criou bair-ros fantasma, enquanto as casas degradadas se multiplicavam. centenas de milhares de pesso-as foram expulsas da cidade en-quanto dezenas de milhares de casas ficaram e continuam por ocupar. a maior parte dessas casas pertence a fundos imo-

biliários. todas as candidaturas dirão que querem apostar na reabilitação urbana e reocupar a cidade. Mas quantas estarão disponíveis a enfrentar os enor-mes interesses que se opõem a esse objectivo fundamental para a cidade?Muitos foram e são os que se candidatam à cidade de Lisboa, usando a cidade para chegar a outros lugares políticos. a can-didatura “queremos Lisboa” não é assim. É uma candidatura de pessoas que se dedicam à ci-

dade sem agendas escondidas, encabeçada por quem já deu provas e que hoje apostam num novo projecto para a cidade em que vivem e trabalham. uma Lis-boa mais habitada, mais viva e solidária. uma câmara que con-traponha à brutal austeridade, imposta pelo governo do PsD e do cDs, políticas municipais de apoio e ajuda aos mais atin-gidos. concorremos para que a esquerda tenha mais força em Lisboa. só o Bloco pode forçar esta mudança.

Não se entende a pressa para concretizar a operação de loteamento da Colina de Sant’ana. Três dos qua-tro hospitais envolvidos vão continuar a funcionar por muitos anos. E o interesse ar-quitetónico e patrimonial de alguns dos edifícios integra-dos naqueles quatro hospi-tais justifica a sua reabilitação e utilização em função dos interesses dos lisboetas. Esta área deve ser recuperada com a instalação, em alguns dos edifícios, de unidades de saú-de ao serviço da população da zona, na área dos cuidados primários e continuados, e a criação de um museu Nacio-nal da História da Medicina.

eMPreSAS MuniCiPAiSHouve em Lisboa uma proliferação de empresas municipais, que se tornaram um fator de despesismo, favores pessoais e falta de transparência. Nos últimos anos, muito por pressão do Bloco, essa tendência inver-teu-se, mas há ainda muito a fazer. Nesse sentido, o Bloco defende a redução das empresas municipais ainda existentes, nomeada-mente através da extinção da EMEL e a fusão de todas as empresas municipais na área da habitação numa empresa única que seja o instrumento de uma política integrada para a habitação.

Ana drago nasceu e estudou em Lisboa. Fez o ensino primário na Voz do Operário, na Graça, e frequentou depois a Eugénio dos santos e o Liceu rainha D. Leonor, em alvalade. Nos anos 90, enquanto estudante do ensino superior, foi ativista da luta estudantil e jornalista da im-prensa e da rádio universitárias. É socióloga de formação e nos últimos anos foi deputada na assembleia da república, tendo acompanhado as áreas da educação e economia. Prepara atu-almente um doutoramento em estudos urba-nos no isctE/uNL, onde analisa as políticas urbanas e o poder local na região de Lisboa.

JOÃO SEMEDO | ANA DRAGO

JOrNaL DE caMPaNHa AUTÁRQUICAS 2013

câmara municipal

mandatários da campanha

assembleia municipal

rita brutt, atriz | mandatária juventude

josé duarte, musicólogo | mandatário sénior

carlos mendes, cantor

pq. das nações penha de frança santa clara sta. maria maior santo antónio s. domingos benfica s. vicente

cabeças de lista às juntas de freguesia de lisboa

hugoevAngeLiStA

riCArdo duArte

AnA bAStoS

PAuLA áviLA

AnA CAnSAdo

CátiA fernAndeS

CArLoSfigueiredo

João Semedo nasceu em Lisboa. Frequentou o Liceu camões e a Faculdade de Medicina, onde foi dirigente estudantil. Foi preso pela PiDE em 1972, por participar em atividades da oposição democrática. Médico, é deputado desde 2006. integrou as comissões de saúde, Orçamento e Finanças, BPN e caso Pt/tVi. Foi autor das seguintes leis: testamento vital, prescrição por genérico, estatuto do dador de sangue, acompanhamen-to nos serviços de urgência, direitos dos uten-tes do sNs (tempos de espera). É coordenador do Bloco desde 2012.

Viver no centro para mim, é estar perto do trabalho, quando estou no teatro e vou a pé, é poder passar pelas lojas do meu bairro e comprar o que preciso, é meter-me no metro ir ver uma exposição e demorar-me a voltar porque há música no Martim Moniz ou no adamastor onde todos os pores-do-sol são diferentes. Façamos de Lisboa uma cidade onde é fácil viver.

Nasci no Bairro alto, sou do fado e de Lisboa, para a qual quero uma câmara melhor, sem lentidão nas decisões e atrasos no cum-primento das raras promessas boas. E forte defesa para quem já não trabalhe e viva com reformas estáveis, senão ano a ano melhores.

Pelo seu percurso, pelo movimento que encabeça, João semedo é a voz mobilizadora e necessária nas lutas que travamos e iremos tra-var. tenho pelo João uma profunda admiração política e intelectual, como cidadão e ser humano. É muito fácil ser-se seu amigo. É um homem dos afetos. também eu quero uma Lisboa habitada, viva e solidária. Vamos à luta.

olivais

fAbiAn figueiredo

Page 2: Jornal "Queremos Lisboa" BE

.02 | autárquicas 2013 sabe mais em bloco.lisboa.org | .03

Desenvolvimento de uma rede de casas de abrigo, balneários públicos e restau-rantes sociais, em parceria com movi-mento associativo.

rede de bicicletas de uso partilhado e alargamento da rede de ciclovias nos principais eixos da cidade.

Programa de remoção de barreiras arquitetónicas, elevação de passadeiras e aumento de ruas de uso exclusivo para  peões e transportes públicos.

criação, em parceria com as asso-ciações, de equipas de esterilização e combate ao abandono dos animais.

Programa “ar Puro”, para definição de metas de redução de emissões de gases de efeito de estufa em 30% até 2020 e em 100% até 2050.

Divulgação online de todos os docu-mentos da câmara relacionados com contratações, concursos e ajustes directos.

Prioridade à prevenção, deteção e combate à violência doméstica. criação de um sistema de atuação rápida em condições de emergência ao nível do atendimento, apoio psicológico e abrigo das vítimas.

Lisboa precisa

o bLoCo ProPõe:

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criação de um Fundo de reabilita-ção urbana com as receitas de ar-rendamento dos imóveis da câmara e de uma taxa Municipal sobre as casas vazias de Fundos imobiliários

carris e Metro: empresa mista com financiamento do município e do Estado, e redução dos preços para os valores de Janeiro de 2011, e reposição das carreiras e horários recentemente extintos.

Programa “apoio em casa” para idosos – cuidados de saúde, apoio pessoal e pequenas reparações ao domicílio.

“devolver cidade às pessoas e pessoas à cidade”entreviStA A João SeMedo

Porque decidiu candidatar-se à Câmara de Lisboa?Nasci e vivi em Lisboa. Nos últi-mos anos, Lisboa resolveu vários problemas mas ganhou outros, bem difíceis de resolver, apesar das boas intenções dos execu-tivos. ao longo da minha vida, Lisboa tratou-me sempre bem. Está na hora de retribuir. quero, ainda, ajudar o Bloco a recuperar o vereador que perdeu.

Se pudesse escolher um desses problemas para poder ver resolvido na cidade, qual seria?O problema dos fogos devolutos e degradados. É triste ver tanta gente que quer viver na cidade e não pode porque os preços são excessivos. temos de ter mais

casas para alugar. se a oferta de casas aumentar, os preços baixam e podemos começar a recuperar pessoas para o centro e aliviar a renda dos que já cá vivem. Mas para isso é preciso ter coragem para enfrentar os grandes proprietários e fundos imobiliários.

o que é que a sua candidatura pode dar à cidade e à Câmara?quem me conhece, quem co-nhece a ana Drago, sabe como defendemos aquilo em que acreditamos - políticas justas em defesa dos mais fracos e do interesse dos lisboetas, em detri-mento dos interesses particula-res e privados. Nessas situações, antónio costa recuou demasia-

das vezes. Os lisboetas sabem que com o Bloco não será assim: a favor do interesse público desempataremos os impasses alimentados por antónio costa.

os fundos e a Câmara são os maiores proprietários de casas vazias e degradadas da cidade de Lisboa…a câmara tem de tratar das suas casas, em vez de as vender. E os fundos que mantêm casas vazias e por alugar têm de ser penalizados.

e a crise? Acha que a política para a cidade muda por estarmos em austeridade?claro que sim. as pessoas têm menos dinheiro para pagar a casa, a alimentação, a água , a eletricidade, os transportes ou os impostos municipais. além disso, a política do memorando,

que o Ps, PsD e cDs assinaram, privatiza serviços públicos e penaliza os mais desfavorecidos, como acontece com o aumento do preço e redução do serviço nos transportes públicos. Ou na lei das rendas, cujas consequên-cias sobre os lisboetas serão terríveis, sobretudo para os mais idosos.

o que acha que a Câmara de Lisboa pode fazer num contexto de crise social?as novas competências das freguesias devem possibilitar

uma parceria entre a câmara e as freguesias para gerir equipa-mentos sociais que apoiem os mais carenciados. uma rede de casas de abrigo, cantinas sociais e balneários públicos contribui para responder às dificuldades da população pobre de Lisboa sem criar espaços de gueto na cidade.

e a candidatura da direita?Para já, a única coisa que a direita arranjou foi um candidato ilegal, descoberto e proposto por Miguel relvas. a cidade merecia

melhor. além disso, as pesso-as conhecem Fernando seara, sabem que é o candidato do go-verno, do PsD e do cDs, da di-reita da austeridade e da lei dos despejos. E não se esquecem da tragédia que foi ter a direita em Lisboa durante seis anos no tempo de santana Lopes.

uma razão para votar no João Semedo e na Ana drago nestas eleições?Os lisboetas reconhecem que eu e a ana nunca permitimos que a nossa atuação fosse condiciona-da por qualquer tipo de pressão. O nosso mandato em Lisboa será sempre marcado pelo critério único do interesse da ci-dade. Nunca seremos parte dos problemas da cidade. E estare-mos sempre disponíveis para ser parte das soluções.

os terrenos da Zona ribeirinha foram devolvidos à cidade. As zonas que já não tinham atividade portuária têm o potencial de voltar a ligar a cidade ao rio, após anos de costas voltadas.

agora é preciso assegurar que a cidade não volte ficar sem o rio, impedindo que aquele espaço seja açambarcado para privilégio de poucos. Por isso, o Bloco defende que na zona ribeirinha se criem zo-nas de lazer, espaços verdes e equipamentos desportivos e culturais. Defendemos que a nova feira popular se situe na zona ribeirinha de forma a que o seu funcionamento não perturbe outros equipamentos ou zonas residenciais. as zonas residenciais junto ao rio devem ser consideradas território prioritário para todos os programas de reabili-tação da câmara e construção de casas municipais.

os idosos residentes em Lisboa enfrentam muitos tipos de problemas, desde o isolamento até às dificuldades económicas extremas. esses problemas manifestam-se dentro de casa, mas também no espaço público.

além disso, uma parte da população idosa sofrerá as consequências da aplicação da lei das rendas, estando em risco de ser despejada, aumentando as suas enormes dificuldades. Para responder a essa emergência social, defendemos a criação de gabinetes de apoio jurídico nas atuais sedes de freguesia e, para situa-ções de despejo, a criação de uma bolsa de habitação de emergência para inquilinos despejados, recorrendo a imóveis vazios do município ou dos fundos imobiliários.

Lei das rendas, lei dos despejos

devolver o rio às pessoas

ajuda campo de ourique campolideareeiro carnidealvaladeo bloco apoia arroios estrelaavenidas novas lumiarbeato marvilabelém misericórdiabenfica

cabeças de lista às juntas de freguesia de lisboa cabeças de lista às juntas de freguesia de lisboa

brAnCA PiçArrA

LuíS fiLiPe PireS

vítor MAChAdo

LuíS MoreirA

heLderMonteiro

nuno doMingueS

MoviMentode CidAdãoS

beAtriZdiAS

AnACAStro

heLenAfigueiredo

CArLoSSouSA

iSAbeL fonSeCA

nunoALveS

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