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Da redação TAREFEIROS DO BEM “É feliz quem recebe a tarefa e a realiza com alegria e amor”. O Centro Espírita “Irmã Scheilla” e a Mocida- de Espírita “Samaritanos do Bem” comemoraram no mês de maio deste ano, mais um aniversário de fundação. Esta casa abençoada, juntamente com sua mocidade, é uma verdadeira oficina de amor e tem servido por mais de quatro décadas, ofere- cendo aos obreiros do BEM a oportunidade de colocarem em prática a comprovação da fé, pe- las obras praticadas. Muitas lágrimas estancadas, desalentos vencidos, males afastados e, a divina oportunidade de servir e aprender, oferecidas aos servidores da Boa Nova. É certa a afirmação de que a mão que oferta é mais feliz que aquela que recebe. Continuemos pois, bondosos irmãos, com as mãos fraternas na obstinação da prática cons- tante da caridade e da divulgação da verdade, pois todos os semeadores da oferta serão os beneficiá- rios da colheita. A tarefa não terminou, continuemos os cuida- dos pela fé e entoando em conjunto, no íntimo das nossas almas o agradecimento pela oportunidade do trabalho. E oremos juntos: Agradeçamos ao Pai, a bondade, De aprender e praticar a humildade, Nos trilhos do Mestre da Cruz; Saibamos agradecer, Aprendendo a viver, Sob o pálio de JESUS. Cantemos o encanto da vida, Pela oportunidade que nos é concedida. JESUS IRMÃ SCHEILLA CHICO XAVIER

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Page 1: Jornal Proluz - Nº 73 · Mas percebo nos anseios meus; Que posso pensar e refl etir, Por isso, devo ser e existir, ... Sabemos que os sofrimentos dos fi lhos importam em igual

Da redação TAREFEIROS DO BEM

“É feliz quem recebe a tarefa e a realiza com alegria e amor”.

O Centro Espírita “Irmã Scheilla” e a Mocida-de Espírita “Samaritanos do Bem” comemoraram no mês de maio deste ano, mais um aniversário de fundação. Esta casa abençoada, juntamente com sua mocidade, é uma verdadeira ofi cina de amor e tem servido por mais de quatro décadas, ofere-cendo aos obreiros do BEM a oportunidade de colocarem em prática a comprovação da fé, pe-las obras praticadas. Muitas lágrimas estancadas, desalentos vencidos, males afastados e, a divina oportunidade de servir e aprender, oferecidas aos servidores da Boa Nova. É certa a afi rmação de que a mão que oferta é mais feliz que aquela que recebe. Continuemos pois, bondosos irmãos, com as mãos fraternas na obstinação da prática cons-tante da caridade e da divulgação da verdade, pois

todos os semeadores da oferta serão os benefi ciá-rios da colheita.

A tarefa não terminou, continuemos os cuida-dos pela fé e entoando em conjunto, no íntimo das nossas almas o agradecimento pela oportunidade do trabalho.

E oremos juntos:Agradeçamos ao Pai, a bondade,De aprender e praticar a humildade,Nos trilhos do Mestre da Cruz;Saibamos agradecer,Aprendendo a viver,Sob o pálio de JESUS.

Cantemos o encanto da vida,Pela oportunidade que nos é concedida.

JESUSIRMÃ

SCHEILLACHICO

XAVIER

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“Só Deus te pode dar acréscimo de misericórdia, quando te esforçares por compreendê-lo.” Dicionário da Alma. Emmanuel/Francisco C. Xavier. FEB.

FÉ E VIDA DIVAGANDO“A fé que tens, tem-na para ti mesmo perante Deus...

(Romanos, XIV, 22).

Se tens fé, prova-a a Deus e não a imponhas ao mun-do. Prova-a pelos atos, pelas palavras, pelo procedimento. Não faças de tua fé um trombeteamento para impressionar ou para aliciar.

Se desejas colaborar na melhora do mundo, lembra-te da lição eloquente do exemplo, que encerra maior dose de persuasão que a própria palavra.

Se desejas tomar lugar de liderança, procura impor os teus pontos de vista, em primeiro tempo, ao teu próprio interior, doma os teus instintos, disciplina os teus impulsos para que tenhas condições de infl uir sobre os teus irmãos.

Antes do ensinamento, procura o aprendizado; antes da reforma externa, busca o melhoramento interno; antes de edifi car o conjunto, procura construir o componente e faze-o, em primeiro lugar, em ti mesmo.

Para você refl etir:

Quem, de fato, alimenta a FÉ,Não cai e, sempre, permanece de pé.

A FÉ alicerça a oração,E fortalece a razão.

Quem tem FÉ, vence as tropelias,Torna mais alegre os seus dias.

Fonte: CAPELLI, Esse. Refl exões à Sombra da Cruz. 4ª edição. Goiânia: ed. PROLUZ, 2014

Penso, olhando de onde estou,De onde venho e o que sou,Na incógnita do ser e existir;Vejo-me no pó da existência,

Como um ser de superpotência,Que me faz de orgulho sorrir.

Indo para o microuniverso,Percebo um mundo controverso,

Da arquitetura corporal;Sinto-me grande, portentoso,

Decidindo e poderoso,Sobre a partícula inicial.

Olho para cima e vejo,Nos astros e no seu cortejo,

Vejo na amplidão sideral;Que sou um grânulo ou nada,

Da energia condensada,Da massa cósmica universal.

Sou pouco, ou nada, é verdade,Na dimensão da Eternidade,

Mas percebo nos anseios meus;Que posso pensar e refl etir,Por isso, devo ser e existir,

Vibrando a Energia de Deus.

Esse Capelli

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“A melhor receita para vencer o mal é desejar e praticar o bem.” Esse Capelli. Momentos de Refl exão: caminhos para a vida. Ed. PROLUZ.

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Carlos Bacceli, durante três décadas, acom-panhou Francisco Cândido Xavier em Uberaba, com lápis e papel na mão, anotando o que ele dizia. Com o farto material recolhido, escreveu e publicou mais de uma dezena de livros sobre aquele que foi a mais sensível antena psíquica do século 20. No seu Doutrina Viva, editado em 2008, o gentil leitor pode encontrar alguns dos utilíssimos ensinamentos por ele colhidos do saudoso médium, como por exemplo:

-- É por falta de diálogo que as famílias se de-sestruturam, quando os cônjuges perdem o gosto de conversar entre si. O diálogo amistoso dentro de casa é de vital importância, evitando possíveis desgastes no relacionamento. Não se pode per-mitir, por exemplo, que a televisão e a internet to-mem o tempo que as pessoas sob o mesmo teto têm para conversar. Não basta dizer “amo você” e fi car só nisso. Não estou me referindo à vida sexual ativa, que é apenas complemento do amor.

Há necessidade de que o casal, o marido e a mulher sejam companheiros, não apenas irmãos mas amigos que confi em um no outro e não so-mente parceiros no tálamo conjugal. O ambiente de companheirismo entre os pais repercute na formação do caráter dos fi lhos. Os pais preci-sam compreender que os fi lhos não são espíritos idênticos entre si, nem iguais a eles. É preciso que o casal tenha vontade de fi car em casa, rodea-do pelos fi lhos, permutando atenção e carinho. Não adianta um fi car trancado num cômodo e o outro noutro. Há gente dentro da própria casa se comunicando por celular. A solidão excessiva enseja espaço ao surgimento de ideias que, aos poucos, podem ir crescendo. O diálogo e a ale-

gria sadia são aliados seguros da união familiar. O amor que acaba não existia-- Todo relacionamento afetivo que não tenha

por base o amor verdadeiro sofre inevitável des-gaste. É comum ouvir-se: “ Cansei-me de fulano. A nossa convivência caiu na rotina. Não tenho interesse. O amor acabou-se”.

O amor nunca acaba. Não estamos falando de paixão, de atração física, de interesses outros, es-tamos falando de sentimento de alma para alma. O que é do corpo passa todos os dias. Quem ama a forma e não a essência ama algo ilusório. É na-tural que, com o tempo, o que era físico e espiri-tual passe a ser quase só espiritual. É a sabedoria da vida! Imaginemos se fôssemos nos prender apenas aos encantos exteriores de uma pessoa. Seria a adoração a uma pedra preciosa.

O curioso é que, na maioria das vezes, para um dos dois, somente o outro envelhece. Será que no mundo está faltando espelho? Nada mais justa e equânime que a ação do tempo. No cora-ção de quem ama, o amor renasce e rejuvenesce todos os dias. O amor que acaba é amor que nem chegou a existir.

Falta de DIÁLOGO desestrutura a

FAMÍLIA

Jávier Godinho

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“A miséria só existe onde a preguiça e a ignorância dominam.” Dicionário da Alma. Emmanuel/Francisco C. Xavier. FEB.

É da natureza humana esconder-se na reclamação e, muitas vezes, resvalar para a blas-fêmia, quando as difi culdades batem à sua porta ou quando os seus desejos não são satisfeitos. Re-clamam, lamuriam e até revoltam-se, todavia não mensuram seus atos e comportamentos na estra-da da vida, para perceberem que hoje recolhem os frutos do que semearam. Também ao se fartarem em lamúrias, não têm olhos para ver os seus seme-lhantes que não podem se locomover, ver, ouvir e decidir e que partilham da mesma oportunidade da vida, sem blasfêmias ou revoltas, recebendo os sofrimentos e difi culdades como lições e oportu-nidades para o aperfeiçoamento do espírito. Os que bradam e reclamam, talvez não haja participa-do da tarefa renovadora e do esforço de alcançar o conhecimento e desvendar a verdade e façam ou-vidos moucos às palavras de Paulo, o apóstolo, que ensinou que “o homem fala daquilo que guarda no coração”.

Ao invés da reclamação e da lamúria, con-traponha a decisão de trabalhar e praticar o BEM; ao invés da blasfêmia, é muito melhor “vigiar e orar” para fortalecer a fé e atrair o melhor para a vida.

Esse Capelli

Todos nós almejamos e suplicamos ao alto, de acordo com a fé de cada um, alcançarmos um estado de PAZ e FELICIDADE, acorde como os nossos sonhos. Entretanto,todos cometemos o equívoco de colocarmos como o objeto de nossa PAZ e FELICIDADE, nas circunstâncias, objetos e pessoas que compõem as nossas circunstâncias. A felicidade não se encontra fora, nos fatos e cir-cunstâncias que nos rodeiam, mas sim, dentro de nós, em nossa intimidade e, por isso, o apóstolo Paulo ensinou dizendo: “transformai-vos pela re-novação de vossa mente”. Em outro ensinamento evangélico está afi rmado que: “o que o homem semear, isso mesmo colherá”. Ao invés das lamen-tações, queixumes e a ação irracional para trans-formar os outros, impondo o que desejamos, o correto é lutarmos para superar, em nossa intimi-dade, os pensamentos negativos que nos levam à ambição desmedida, ao medo, à mentira e ao revi-de raivoso, anulando suas mazelas negativas, pelo cultivo de bem, da paciência, da tolerância e da oração alicerçada na fé e, certamente, atrairemos, para o nosso campo circunstancial, o que é melhor para nós, refl etindo fora a projeção do BEM que guardamos em nossa intimidade.E não esqueça:“Cultive o BEM em tua intimidadeE verás fl uir, à tua volta, a felicidade.”

Esse Capelli

RECLAMAÇÃO

TRANSFORMAÇÃO

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“Nem sempre o que desejamos é o que melhor nos convém”. Esse Capelli. Momentos de Refl exão: caminhos para a vida. Ed. PROLUZ.

Caro leitor: O Notícias Proluz trascreve, em Português e Esperanto, questões do livro: “ MediunidadeElucidações Práticas”, ditado pelo espírito Erasmo, através da psicografi a de Esse Capelli, publicado pela Editora Proluz

HARY MILTON

251. Quais as leis que regem o processo obsessivo?— A lei que determina a ação e reação, da qual efl ui a lei dos semelhantes, pela qual os semelhantes se atraem. Por isso, um pensamento negativo provoca a atração dos que lhe são seme-lhantes e que vibrem na mesma frequência.

252. Temos notícia de obsessões em crianças, que ain-da não podem ser responsabilizadas pelos seus atos. Em Marcos, Capítulo IX, encontramos o relato enfocando um jovem obsidiado que foi levado à presença de Jesus, que perguntou ao pai, desde quando aquele fato ocorria. A resposta está no versículo“Perguntou Jesus ao pai do menino: Há quanto tempo isso lhe sucede? Desde a infância, respondeu”.Aqui formulamos a questão: por que uma criança, sem o seu domínio da razão, pode ser vítima do obsessor?— Quando vemos uma pessoa, criança ou adulto, vemos ape-nas a manifestação no mundo físico de um espírito, naquele lu-gar do espaço e momento da dimensão tempo, entretanto não vemos a caminhada daquele espírito nas discussões tempo e espaço. Se nos é mostrada uma fotografi a, apreendemos aquele momento registrado na foto, mas não podemos alcançar os momentos que antecederam ou sucederam. Assim, também, a visualização de uma criança hoje, com o acervo de consequ-ências de atos passados que traz consigo, não nos dá a visão do seu passado, mas como cremos no império da Justiça Di-vina, sabemos que todo o refl exo que hoje percebemos, são consequências do comportamento do espírito hoje encarnado, em momentos e lugares situados no que chamamos passado. É comum encontrarmos crianças que já nascem batidas por dolorosas limitações físicas, bem como outras entregues à ação de obsessores, mas sabemos que tais refl exos são apenas a co-lheita da má semeadura do passado.

253. Sabemos que os sofrimentos dos fi lhos importam em igual ou maior sofrimento dos pais. Nessa hipótese, a causa da obsessão dos fi lhos teve a participação dos pais?— Não existe efeito sem causa. Quem participa do sofrimento, ou foi um coautor na causa ou dele participa com o caridoso objetivo de servir. Os médiuns de boa vontade, que nas casas espíritas cuidam da recuperação de molestados pela obsessão, não foram causadores daquele processo, mas com ele convi-vem no afã de servir. Assim, também, alguns pais recebem em seus lares, espíritos rebeldes ou em provas, como missionários, entregues à tarefa de servir.

251. Kiaj leĝoj regas la obsedajn procezoj?— La leĝo kiu determinas agon kaj reagon el kiu devenas la leĝoj de la similuloj, laŭ kiu tiaj sin altiras. Tial, iu negativa pen-so provokas altiron de tiuj kiuj similas al si kaj vibras en sama frekvenco.

252. Oni havas informojn pri obsedoj ĉe infanoj, kiuj ankoraŭ ne respondecas pri siaj agoj. Ĉe Marko, ĉapitro IX, oni trovas mencion fokusante junulon kondukata an-taŭ Jesuo, kiu demandis al la patro, ekde kiam tiu fakto okazis. La respondo estas ĉe paragrafeto “Demandis Jesuo al la patro de la infano: Kiom longe tio lin okazas? Ekde la infanaĝo respondis”.

Ni do demandas: kial infano, sen racia rego, povas esti viktimo de obsedanto?

— Kiam oni vidas homon, infanon aŭ adolton, oni nur vidas manifestiĝon en la fi zika mondo, de spirito, en tiu loko de la spaco kaj momento de la tempo-dimensio, tamen oni ne vidas la evoluvojon de tiu spirito en la diskutoj tempo kaj spaco. Se foto estas al ni montrata oni lernas tiun momenton registritan ĉe la foto sed ni ne povas taksi la momentojn kiuj antauiĝis aŭ sekviĝis al ĝi. Tiel, ankaŭ, rigardo de infano hodiaŭe, kun amaso de konsekvencoj da pasintaj agoj kiun ĝi portas kun si, ne donas al ni rigardon de sia pasinteco, tamen kiel ni kredas en la imperio de la Dia Justeco, ni scias ke ĉiuj hodiaŭaj refl ek-soj perceptataj estas konsekvencoj de la sintenoj de la hodiaŭa enkarniĝinto, ĉe momentoj kaj lokoj tie kie oni nomas pasinto. Estas ordinare trovi infanojn jam naskiĝintaj batitaj de dolori-gitaj fi zikaj limoj, same kiel trovi aliajn jungitaj al ago de obse-dantoj, sed ni scias ke tiaj refl eksoj estas nur rikolto de malbona semado en la pasinto.

253. Ni scias ke la fi laj suferoj maltrankviligas la gepatro-jn, kaj en tiu hipotezo, en la kaŭzo de la obsedado de la gefi loj partoprenis la gepatrojn?

— Ne ekzista efi ko sen kaŭzo. Kiu partoprenas suferon, aŭ estis kunaŭtoro en la kaŭzo aŭ de tiu, partoprenas kun karite-ma celo por servi. La bonvolaj mediumoj, kiuj ĉe la spiritisma domoj zorgas la rebonstatigon de tiuj ĝenitaj de la obsedo, ne estis kaŭzantoj de tiu procezo, tamen kun ĝi kunvivas cele al helpado. Tiel, ankaŭ kelkaj gepatroj ricevas en siaj hejmoj, ribe-lemajn spiritojn aŭ provelaĉetajn, kiel misiistoj, en helpa tasko.

CANTINHO DO ESPERANTO

“O lavrador semeia, mas é a Bondade Divina que faz desabrochar a � or, na

preparação do fruto.”

Bezerra de Menezes/Francisco C. Xavier. Dicionário da Alma,FEB.

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“A maior necessidade do homem é justamente a de luz espiritual, para se identifi car com o Cristo.” Dicionário da Alma. Nina Aroeira/Francisco C. Xavier. FEB.

Mesmo não vendo, é bom sentir,Também, sem falar é bom ouvir,

Mesmo nas lutas, perseverar;E, nos desafi os, aprender,

Avançar, sem pressa, sem correr,Se cansado, não desanimar.

Perdoar, mesmo agredido,Lembrar-se, mesmo esquecido,

Deixar de lado a ingratidão;Se, atraído pelo prazer,

Saber dosá-lo, p’ra não sofrer,Ouvir os comandos da razão.

Mesmo diante da dor, chegando,Resista, confi e, vá orando,

E, certamente, tu vais vencer;Sempre existe uma saída,

Nas encruzilhadas da vida,Mesmo assim, vale a pena viver.

Mesmo assim, vale resistir,Ser, pensar e existir.

Esse Capelli

Anseio ter a vida sem fi m,Com o belo e o bom, sem o ruim;

Anseio dormir acordado,Desperto, no sonho sonhado;Eu quero, em silêncio, cantar,

O que guardo na alma mostrar;Quero o lar nos pensamentos,

Dosar, sem sofrer, os sentimentos;Anseio o longe, perto de mim,

E o longe, perto, clamando sim;Almejo ver o azedume,

A transformar-se em perfume,Quero o silêncio do foi dito,Liberto o que foi proscrito;

Almejo, sem querer, o poder,Apenas, desejando saber,

De onde venho também o que sou,Por que e para onde vou.

Esse Capelli

Um campeão nas lides esportivas não consegue destacar-se simples-mente sonhando com vitórias.

Nos dons espirituais, os princípios que nos regem as aquisições são os mesmos.

Se quisermos que a piedade nos ilu-mine, é imperioso exercitar a compre-ensão. E compreensão não vem a nós sem que façamos esforço para isso.

Aceitemos, assim, as nossas difi cul-dades por ocasiões preciosas de ensi-no, sobretudo, no relacionamento uns com os outros.

Nesse sentido, os que nos contra-riam se nos mostram como sendo os melhores instrutores.

Se alguém comete uma falta, refl i-tamos na doença mental que lhe terá ditado o comportamento.

Se um amigo nos abandona, imagi-nemos quanto haverá sofrido no pro-cesso de incompreensão que o levou a se afastar.

Penas na insatisfação enfermiça dos que se fazem perseguidores ou na dor dos que se entregam a esse ou aquele tipo de culpa.

Compaixão é a porta que se nos abre no sentimento para a luz do ver-dadeiro amor, entretanto, notemos: ninguém adquire a piedade sem cons-truí-la.

Fonte: EMMANUEL/XAVIER, Francisco C. Ceifa de Luz. Rio de Ja-neiro: FEB, 2006.

“Exercita-te pessoalmente na pie-dade”. Paulo, I Timóteo, 4:7.

Não se conhece nenhuma conquis-ta que chegasse ao espírito sem apoio na prática.

Uma grande intérprete da música não se manteria nessa defi nição, sem longos exercícios com base na disciplina.

MESMO

ANSEIOS

CONQUISTA DACOMPAIXÃO

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“ Não se liberta da ignorância, Quem alimenta a presunção do saber.”

Esse Capelli. Momentos de Refl exão: caminhos para a vida. Ed. PROLUZ.

01. O Pequeno Manual dos Médiuns Esse Capelli02. Refl exões à Sombra da Cruz Esse Capelli03. Tábuas da Felicidade - Esse Capelli04. Lições da Madrugada –Esse Capelli05. Momentos de Refl exão: caminhos

para a vida-Esse Capelli06. Refl exões para o Sucesso-Esse Capelli (Esgotado)07. Refl exões para Ser Feliz Esse Capelli (Esgotado)08. Cantigas, Versos e Toadas Esse Capelli09. Deus: o evangelho praticado à luz do

espiritismo - Esse Capelli10. A Reencarnação, a mediunidade e a

Bíblia - Esse Capelli11. Lívia: nas treliças do tempo Esse Capelli12. Belchior: nos meandros da obsessão Esse Capelli13. Breves Anotações Sobre a Bíblia Esse Capelli14. O Bom Companheiro - Esse Capelli15. A Família: o evangelho praticado à

Luz do Espiritismo - Esse Capelli16. A Reencarnação: o evangelho pratica-

do à Luz do Espiritismo - Esse Capelli17. Gotas de Paz - Esse Capelli18. Nas Asas do Tempo - Esse Capelli19. Nos Meus Versos: Cantos, encantos e

desencantos - Esse Capelli20. Lições do Mestre Bino - Esse Capelli21. No Espelho d’água - Esse Capelli22. Mediunidade: elucidações práticas Esse Capelli23. Questionando - Esse Capelli24. Crestomatia Espiritualista: a grande

análise - Esse Capelli25. O viajor do Tempo - Esse Capelli26. Meditação: primeiras instruções Esse Capelli27. O contador de Estórias - Esse Capelli28. Limpando Gavetas - Esse Capelli 29. Ontem, hoje e amanhã: como via e

vejo o mundo - Esse Capelli30. A pequena Raquel - Esse Capelli31. Vencendo nossas Víboras Esse Capelli32. Venda, Vais ou Brisas - Esse Capelli33. O Mercador de Mulheres - Esse

Capelli34. As Sementinhas Vitoriosas - Tia Bel35. Transversalizando a Ética Jussara Rocha36. Nas Areias de Cafarnaum Jacobson S. Trovão37. Espiritualidades Poéticas Shirley Lopes38. O Anjo Azul - Shirley Lopes.39. Páginas Escolhidas - Esse Capelli40. Falando aos Médiuns - Esse Capelli41. Temas Intrigantes - Esse Capelli42. Como Vencer a Depressao e Viver

Feliz - Esse Capelli

OBRAS PROLUZLANÇAMENTOS PROLUZ 2014

17. Gotas de Paz - Esse Capelli18. Nas Asas do Tempo - Esse Capelli19. Nos Meus Versos: Cantos, encantos e

20. Lições do Mestre Bino - Esse Capelli21. No Espelho d’água - Esse Capelli22. Mediunidade: elucidações práticas Esse Capelli23. Questionando - Esse Capelli24. Crestomatia Espiritualista: a grande

25. O viajor do Tempo - Esse Capelli26. Meditação: primeiras instruções Esse Capelli27. O contador de Estórias - Esse Capelli28. Limpando Gavetas - Esse Capelli 29. Ontem, hoje e amanhã: como via e

30. A pequena Raquel - Esse Capelli31. Vencendo nossas Víboras Esse Capelli32. Venda, Vais ou Brisas - Esse Capelli33. O Mercador de Mulheres - Esse

34. As Sementinhas Vitoriosas - Tia Bel

À Sombra do Santo Madeiro em re� exão harmônica com os en-sinamentos do Mestre, busquemos trazer de vol-ta os princípios renova-dores do Evangelho for-talecendo nosso espírito para a espinhosa, mas gra-tifícante jornada da vida. Nas pérolas evangélicas de “Re� exões à Sombra da Cruz” encontramos o alento para não desalentar e seguir os passos do Divino Compa-nheiro.

A re� exão é uma pausa na tur-bulência da vida, para aquie-tar o espírito e oferecer luzes à razão para poder avaliar, escolher e decidir o melhor caminho a trilhar. Em “Re-� exões à Sombra da Cruz” esses momentos de calma-ria se oferecem à Sombra do Madeiro, símbolo do sacrifício do Rabi, trazen-do de volta extratos da mensagem renovadora do Evangelho, como te-mas de meditação pre-paratória para o acon-chego espiritual com o mundo maior.

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“Mocidade da Terra do Cruzeiro, Conserva com Jesus o dom divino

Do amor que jorra farto e cristalino Em vida nova para o mundo inteiro.”

Dicionário da Alma. Pedro de Alcântara/Francisco C. Xavier. FEB.

Como sempre, estava o mestre Bino na praça a cultivar o prazer de viver, observando a nature-za, o bailar dos pássaros, a criançada a brincar... neste meio tempo uma mãe, que vendia gulosei-mas para o sustento da família, chama seu fi lho adolescente para ajudá-la a arrumar sua banca de venda de seus produtos.

O jovem, como a maioria dos jovens de hoje, estava a teclar seu celular e não atende ao chama-do da mãe. Novamente ela lhe pede o seu auxílio e ele mais preocupado com as relações sociais pelo celular, lhe diz: “já vou mãe”, “depois eu faço”... ela, que era amiga do mestre Bino, pede o seu conselho: mestre o que faço com meu fi lho para acabar com sua preguiça?

Mestre Bino deixa então este recado, que ser-ve para todos nós.

“O omisso ou leniente sempre busca acober-tar a sua preguiça com o manto da afi rmação de que “depois eu faço...”, deixando o que deveria fazer hoje para os incertos caminhos de um fu-turo que se cultiva na mentira e na preguiça. Aos seguidores da Doutrina Consoladora é vedado a sinuosidade da dúvida, ensina os Evangelhos, nas enérgicas palavras de Paulo, o apóstolo, que a nos-sa palavra deverá ser, sempre, “sim, sim ou não, não” e que devemos ter a verdade e o labor como motivadores de nossas lutas.

Ensinou o pensador Suetônio que devemos fazer tudo “logo e sem pressa”, como a dizer, faça

logo o que deves fazer, mas sem o açodamento da pressa. Fazer logo, para não deixar para depois

e, sem pressa, para evitar as possibilidades de erros ou equívocos.

A preguiça e a mentira em ação sempre levam o preguiçoso ao campo da carência e da miséria. Devemos, pois, superar a fraqueza da preguiça pela decisão de agir logo, fazendo aquilo que deve ser feito, mas com cuidado e sem a irrefl exão da pressa”.

Guarda para ti o refrão popular que diz: “Faça logo o que deves fazer e terás tempo

para o que desejas e te dá prazer.”

DEPOIS EU FAÇOMestre Bino