jornal primeira página - maio de 2013

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Servidores do PSF demitidos voltam ao trabalho e vão receber retroativos Problemas sociais são a causa de grande parte dos crimes em Barroso. PÁG. 12 “Boom” imobiliário afeta Barroso com início da expansão. PÁG. 05 Administração do Hospital esclarece situação da entidade. PÁG. 04 Barroso - MG. Maio de 2013. Edição nº 02, ano 1. Distribuição Gratuita primeira página Barroso na palma da sua mão! Retrospectiva de abril. Apae passa por dificuldades e reivindica apoio do poder público. PÁG. 05 CMB completa um ano, com quase 1600 integrantes. PÁG. 06 Mandado de Segurança. Os Agentes de Saúde do PSF demidos em 2010 e 2011 ganharam na jusça o direito de voltar ao trabalho e vão receber da Prefeitura pelo tempo em que ficaram sem trabalhar. PÁG. 03

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2ª Ediçao do jornal Primeira Pagina

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Page 1: Jornal Primeira Página - Maio de 2013

Servidores do PSF demitidos voltam aotrabalho e vão receber retroativos

Problemas sociais são a causa de grande parte dos crimes em Barroso. PÁG. 12

“Boom” imobiliário afeta Barroso com início da expansão. PÁG. 05

Administração do Hospital esclarece situação da entidade.PÁG. 04

Barroso - MG. Maio de 2013. Edição nº 02, ano 1. Distribuição Gratuita

primeira páginaBarroso na palma da sua mão!

Retrospectiva de abril. Apae passa por dificuldades e reivindica apoio do poder público. PÁG. 05

CMB completa um ano, com quase 1600 integrantes. PÁG. 06

Mandado de Segurança. Os Agentes de Saúde do PSF demitidos em 2010 e 2011 ganharam na justiça o direito de voltar ao trabalho e vão receber da Prefeitura pelo tempo em que ficaram sem trabalhar. PÁG. 03

Page 2: Jornal Primeira Página - Maio de 2013

Edição, redação, arte e fotografia: Wanderson do NascimentoColaboração: Douglas Gonçalves (UFSJ), Luciano Nascimentodáblio-N Comunicação CNPJ: 17.798.833/0001-42 Tiragem: 1000 exemplares E-mail: [email protected] Tel.: (32) 3351-3473Pontos de distribuição: Barbearia do Rossil (Bandeirantes), Mercearia do Sandrinho (Bedeschi), Sup. Economia (São José), Sup. Zelito (Europa); Praça Santana (Centro); Gambá Lanches (Centro), Barbearia do Tião (Centro), Padaria Silva (Josefina Coelho), Mercadinho do Rivaldo (Guede), Bar do Jorge (Rosário), Bar do Marreco (Sta. Maria), Bar do Flávio (N. Barroso).

02 02

Editorial

Ufa! Estamos aqui de novo. Firmes e fortes! Um mês passa rápido demais.Parabéns aos meus

amigos que mantêm vivos seus jornais na cidade ao longo do tempo, pois realmente é difícil fazer jornalismo no interior. Abril foi um mês agitado. Os agentes de saúde demitidos em 2010 e 2011 ganharam na justiça o direito de voltarem ao trabalho e receberão pelo tempo que ficaram fora dos postos que ocupavam por meio de aprovação em processo seletivo. Abril também foi marcado por um embate entre a Prefeitura e a Apae. Independente de quem está com a razão, o consenso é que os maiores prejudicados na história são os alunos da entidade, que acaba tendo influência na qualidade do serviço que presta. A discussão sobre segurança pública também foi destaque. Os comerciantes se reuniram com o comando regional e local da Polícia Militar na Acib e cobraram mais ação da PM no combate aos crimes que afetam o comércio. A expansão da Fábrica de Cimento apimentou a discussão, uma vez que os empresários se demonstraram preocupados com o aumento da população flutuante, ou seja, dos trabalhadores que vêm de fora para trabalhar na expansão. Será que Barroso se preparou para esse fenômeno sócio-econômico? Essa pergunta se aplica tanto ao setor hoteleiro, comercial, imobiliário e também à segurança. A PM afirma que o contingente de policiais é suficiente, mas e quando a expansão estiver no auge? O tenente declarou que o Estado está cumprindo seu papel com a segurança pública e que o problema não é policial, é social. A Assistência Social Judicial do da Comarca de Barroso afirma que grande parte dos crimes que acontecem na cidade são de cunho social. Portanto, os roubos, furtos, o uso e tráfico de drogas estão relacionados ao desemprego e à desigualdade de renda, entre outros fatores. Então, se a polícia diz que cumpre seu papel, a quem cabe a função de resolver esses problemas sociais? Andando pela cidade, é possível observar menores usando e vendendo drogas. Quando são detidos, logo são liberados e ainda riem da cara dos policiais. Mas a culpa por esses menores chegarem a esse ponto é deles próprios ou de circinstâncias que os tornaram assim? Eu pergunto: Que trabalhos e projetos estão sendo desenvolvidos para prevenção às drogas em Barroso? Como está o esporte em Barroso? Se um jovem não tem oportunidade de ser craque, ele terá grande chance de usar crack, corcordam? Temos os projeto Aprender, da Holcim, que é ótimo por sinal, mas não podemos ficar dependentes da iniciativa privada para gerir os programas sociais do município. O Ceclans é o coração do esporte em Barroso. Será que quando ele deixar de ser interditado voltaremos fortalecer os esporte na cidade? é o que todos querem! O jornal Primeira Página deseja uma vida melhor a todos os trabalhadores e que o amor de mãe contagie nossos corações. Boa leitura a todo e até o mês que vem!

Uma democracia digital é possível?

Democracia digital, e-democracy, ciberdemocracia e democracia ele-trônica são alguns dos termos cria-dos para definir a participação dos cidadãos nas decisões políticas do Estado pela internet. A democracia constitucional tem seu fundamento na soberania popular, correto? Sim, mas essa premissa, desculpem o tro-cadilho, não passa de uma promes-sa. Basta refletir sobre como anda a participação do cidadão comum na democracia liberal nos dias de hoje. A democracia moderna configura uma esfera de decisão política bem distante da sociedade. A democracia digital apresenta-se, então, como uma alternativa de experiência democrática, que não seria fundada na democracia repre-sentativa, nem na democracia dire-ta, mas na democracia participativa e deliberativa. Vamos refletir sobre o potencial da internet no que se refere à par-ticipação do cidadão nas decisões políticas. A internet tornaria a parti-cipação do público mais ágil e fácil, direta, sem intermediários entre a esfera civil e a esfera pública, além de um fluxo de comunicação bidire-cional, em que ambos são, ao mes-mo tempo, emissores e receptores. O pesquisador Wilson Gomes, professor de Comunicação e Política na Universidade Federal da Bahia, aponta cinco graus de participação popular pela internet. O primeiro se-ria o acesso a serviços públicos pela rede e a prestação de informação pelo Estado; o segundo seria cons-tituído pela consulta do Estado aos cidadãos pela web para verificar sua opinião a respeito de temas e for-mação da agenda pública; o tercei-ro grau de democracia digital seria uma prestação de informação e prestação de contas avançadas por parte do Estado, que adquiriria um alto nível de transparência o que, aliás, foi determinado pela Lei de Acesso à Informação, sancionada no ano passado. Até aqui estamos em níveis de democracia participativa, em que o fluxo de comunicação parte do Es-tado, com resposta da esfera civil e retorno como informação para a es-fera pública. Esses três níveis, mes-mo que de forma ainda precária, já estão presentes em nosso governo. O quarto grau de democracia digital já parte para a democracia delibera-tiva, ou seja, o cidadão não apenas se informa, também participa da produção da decisão política, com alguma forma de intervenção. O quinto grau (inatingível?) se-ria calcado na democracia direta, extinguindo a esfera política tradi-cional, que teria apenas funções de administração pública. Nesse nível, o cidadão se converteria em produ-tor da decisão política. Como? Em plebiscitos on-line. Um Estado go-vernado por plebiscitos on-line? Tal-vez seja utópico demais, mas se pelo menos fôssemos mais ouvidos acer-ca das decisões públicas e pudésse-mos debater e deliberar, já seria um grande passo. Obviamente que nossa sociedade ainda não tem uma estrutura cultu-ral para ter acesso a um computador e usá-lo para a participação política. E possivelmente o interesse do Esta-do é que não tenhamos essa capaci-dade, uma vez que a ignorância po-lítica é um prato cheio para os maus governantes. Portanto, por mais que a internet nos ofereça oportunida-des de participação na esfera polí-tica, elas só serão aproveitadas se houver uma cultura participativa na população e um sistema político que permita. Possível ou não, podem ter certeza: a internet é uma poderosa e valiosa ferramen-ta para a parti-cipação política e o exercício da cidadania.

Wanderson NascimentoJornalista

02 02 Opinião primeira página

twittando efacebookiando

Erramos!Na edição 01 do Primeira Página, na matéria sobre o aumento do salário dos funcionários da Câmara, afirma-mos que o limite prudencial para despesas com pessoal da Prefeitura é de 53,3%. A Lei de Responsabilidade Fiscal, ou Lei Complementar n° 101, determina o limite legal de gastos com pessoal em relação à Receita Corrente Líquida. De acordo com a Lei, a despesa com pessoal não pode ultrapassar 60% da RCL, sendo 54% para o Executivo e 6% para o Legislativo. O “limite de alerta” representa 90% do limite legal, ou seja, 48,6% e o limite prudencial chega a 95% do limite legal, ou seja, 51,3%.

memepolítica - episódio de hoje: justiça divina?

Um avião caiu em Brasília matando

mais de 90 pessoas.

O grupo “Reclame Aqui! Problemas da Cidade (Barroso)!” foi criado no final de março e já possui mais de 600 membros. Como o próprio nome já diz, a intenção é tornar públicos problemas da cidade, por meio de fotos, vídeos e outros conteúdos. O criador do grupo mobilizou os integrantes para adicionarem perfis de políticos e secretários municipais para que possam ficar cientes dos problemas da cidade e tomarem providências. O grupo acaba sendo um sistema alternativo de ouvidoria. Os próprios integrantes também estão colocando a mão na massa. Um dos membros afirma que fez o plantio de duas mudas na chamada praça do Forninho, “que está abandonada há tempos”. Ele declarou que foi atrás dos responsáveis pela urbanização e meio ambiente do município e pediu grades de proteção para as mudas. Ele foi informado que existe um projeto para restauração da praça. “Me orientaram a não plantar mais árvores no local, para que não haja ‘desarmonia’ com o tal projeto. Enfim, ao menos duas estão ali para crescer, e isso é importante de certo modo, já que quando algumas caíram não foi replantado nada no local”. As principais reclamações postadas no último mês foram referentes ao Ceclans, à sujeira em que se encontra a cidade e também aos animais de rua. “Pessoal, acho que todos que frequentam o Ceclans em Barroso estão indignados com o estado de calamidade que ele se encontra”, afirma o criador do grupo. Uma foto chama a atenção para o matagal no canteiro da rua ao lado do Ceclans, que impede a visibilidade dos motoristas e já até causou um acidente de automóvel. “#INDIGNADAeREVOLTADA com o descaso com nossa cidade!”, postou uma integrante do grupo. Outra reclamação frequente é sobre os cidadãos que deixam o lixo nas praças fora do horário da coleta. Dessa forma, os cachorros de rua, que também foram campeões de reclamações, e que estão abandonados e famintos, espalham o lixo, causando transtornos aos vizinhos. “A nossa coleta é um verdadeiro lixo... O pessoal junta o lixo da rua e só à tarde vai recolher. Nesses intervalos, os cães fazem a festa... Brincadeira, né?”, declara um dos membros do grupo. A Ponte dos Arcos também ganhou uma foto, que mostra as colunas com ferragens à mostra, o que pode comprometer a estrutura. Parabéns aos integrantes e ao criador do grupo. Temos que promover uma consciência participativa.

Foto de Geraldo Napoleão Neto, mostrando o lixo espalhado na Praça Gustavo Meireles, atraindo animais de rua, ratos, moscas e baratas. Par-ticipe, enviando sua foto para o e-mail [email protected].

Exceto o piloto, todas as vítimas

eram políticos envolvidos no

mensalão

Esses aviões têm voado tão vazios

ultimamente...

Page 3: Jornal Primeira Página - Maio de 2013

Cidade 03primeira página

Servidores do PSFdemitidos em 2010 e 2011 voltam ao trabalhoe receberão retroativos

Volta ao trabalho. Agentes de Saúde que foram demitidos em 2011 voltam a ocupar seu cargo. Prefeitura terá que pagar pelo tempo que ficaram parados.

A justiça determinou que os Agentes de Saúde do Programa de Saúde da Família (PSF) de Barroso que foram demitidos pela Prefeitura nos anos de 2010 e 2011 sejam recontratados e recebam os valores referentes ao tempo em que ficaram sem trabalhar. Só os onze servidores que receberam assistência jurídica do Sisermubar (Sindicato dos Servidores públicos Municipais de Barroso) vão receber quase R$110 mil, ou seja, além de ter pago os salários dos servidores que substituíram aqueles que foram demitidos, a Prefeitura terá que pagar àqueles que foram demitidos pelo tempo em que ficaram sem trabalhar. De acordo com o advogado do sindicato, Dr. Marcos Barroso de Carvalho, os servidores entraram com mandado de segurança na época em que foram demitidos. Esse mandado determinou a reintegração dos servidores ao quadro de funcionários e o pagamento dos retroativos, porém, para que os servidores recebam o que é devido, foi preciso entrar com uma ação de execução judicial contra a fazenda pública municipal, uma vez que essa execução não poderia ser contra a Prefeita Municipal. Quatro sentenças já foram homologadas e os servidores já poderão começar a receber os salários retroativos, com juros e correção monetária, conforme acordo firmado. A Prefeitura entrou com recurso em 2ª instância, mas tal recurso foi indeferido. O Executivo Municipal, então, recorreu à maior instância do Poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal, que, por meio de decisão proferida pela Ministra Cármen Lúcia, negou seguimento a esse recurso extraordinário por falta de argumentos. Os Agentes Comunitários de Saúde firmaram contrato com a Prefeitura após serem aprovados em processo seletivo simplificado. Esses contratos têm prazo indeterminado e duram enquanto persistir o Programa de Saúde da Família. Portanto, a demissão desses servidores não seguiu os preceitos previstos em lei. Esses processos não são sigilosos. Portanto, qualquer cidadão pode ter acesso a eles, de acordo com a Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor há um ano. Basta acessar o acompanhamento processual no site do Tribunal de Justiça ou solicitar informações ao Poder Judiciário.

Nossa reportagem teve acesso a um dos processos, cuja decisão foi a recontratação e a restituição do valores retroativos a um dos agentes de saúde. Nele, constam os argumentos do Ministério Público, representado pelo Promotor de Justiça, William Garcia Pinto Coelho, que comprovam a ilegalidade da demissão dos servidores do PSF e da contratação temporária de outros. Esses argumentos servem de parâmetros para os outros casos. A primeira série de argumentos faz referência à contratação temporária de profissionais do Programa da Saúde da Família, uma atitude que fere a Constituição Federal. De acordo com o processo, da mesma forma que é impossível a contratação temporária por tempo indeterminado, é inadmissível a contratação por tempo determinado para atender a uma necessidade permanente, como a saúde pública. O argumento do município de que seria possível celebrar contratos temporários, uma vez que o PSF é um programa federal que pode ser extinto a qualquer tempo, não procede. De acordo com o Ministério Público, o repasse das verbas federais de saúde para os municípios é uma obrigação constitucional e deve continuar enquanto não tivermos uma nova assembleia constituinte. A extinção desse programa também é improvável, uma vez que a demanda dos serviços de assistência preventiva à saúde é crescente. Além disso, mesmo que o PSF seja extinto, é dever do município continuar prestando os serviços básicos de saúde, que é permanente e de essencial interesse público. Se algum dia fosse necessária a demissão dos profissionais, por exemplo, para observar a Lei de Responsabilidade Fiscal, o município teria como requerer autorização, o que não foi o caso. O promotor enumerou uma série de outros argumentos, embasados, por exemplo, no Pacto pela Saúde e no Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. A segunda série de argumentos é baseada na condição especial dos agentes de saúde. Esses profissionais constituem um caso especial, pois, de acordo com a Lei 11.350/2006, devem passar por processo seletivo e não por concurso

público e estão submetidos ao regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A função de agente comunitário de saúde foi criada em 2002, por meio da lei 10.507 e regulamentada pela Emenda Constitucional 51/2006, segundo a qual esses profissionais não poderão ser contratados diretamente pelos Estados e Municípios. Como estão submetidos à CLT, a rescisão dos contratos só pode acontecer por motivo de falta grave, acúmulo ilegal de cargos, necessidade de redução de quadro de pessoal para observar a Lei de Responsabilidade Fiscal ou por insuficiência de desempenho, devidamente apurada, o que não aconteceu com nenhum dos casos em Barroso. A terceira série de argumentos do promotor teve como base a necessidade de criação de cargos efetivos para os profissionais de saúde da família. O promotor ressaltou a importância de se adotar o regime jurídico único dos servidores públicos traçado pela Constituição, argumentando que “é notória a importância política dos profissionais de saúde da família, que tanto podem garantir a impessoalidade nas ações da saúde, quanto serem instrumentos de favorecimento pessoal injustificado, ou de promoção do gestor”. A conclusão do Ministério Público, a partir desses argumentos, levou ao requerimento da anulação da rescisão dos contratos, concedendo, aos servidores, o direito de voltarem ao trabalho. O Ministério Público requereu, ainda, remessa de cópia dos autos à Promotoria de Justiça de Barroso, “tendo em vista notícias da prática de ato de improbidade administrativa por violação ao princípio da impessoalidade”. A decisão da Juíza de Direito da Comarca de Barroso, Valéria Possa Dornellas foi ao encontro da manifestação do Ministério público, concedendo o mandado de segurança e determinando a anulação da rescisão do contrato, a reintegração da agente de saúde ao quadro de funcionários do PSF. A Juíza determinou, ainda, o pagamento dos valores retroativos, referentes ao tempo em que a servidora ficou sem trabalhar, como juros e correção monetária. a mesma decisão se aplicou a outros dez casos assistidos pelo advogado do Sindicato dos Servidores.

Demissão dos servidores foi inconstitucional

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Page 4: Jornal Primeira Página - Maio de 2013

primeira página04 Cidade

Hospital de Barroso adota medidas para equilibrar situação financeira

Choque de Gestão. Hospital de Barroso adota medidas para não aumentar seu déficit financeiro. A instituição procura dialogar com a Prefeitura para que a subvenção de R$780 mil seja repassada, como determina Lei aprovada pelo vereadores em 2012.

O Hospital Prefeito Macedo Couto integra um dos serviços prestados pelo Instituto Nossa Senhora do Carmo, uma instituição filantrópica com mais de 50 anos de referência em nossa região. De acordo com a diretoria da instituição, 90% dos atendimentos são a pacientes do SUS, mas apenas 35% dessa receita é financiada pelo SUS. Os números comprovam a dimensão da importância dos serviços prestados pelo hospital. Em 2012, foram 1.977 internações, sendo 1.174 pelo SUS, 85.280 atendimentos no Pronto-atendimento, dos quais 79.406 provenientes do Sistema Único de Saúde. Além disso, foram mais de 4 mil ultrassonografias, quase 21 mil exames de Raio-X, quase mil ecocardiografias e mais de 1.400 mamografias. A demanda cresce a cada dia, mas os investimentos do SUS não são atualizados desde 2008.

De acordo com a diretoria da instituição, existe um déficit, ou seja, as despesas são maiores que as receitas. O presidente da instituição, Lourenço Silva, explica que o hospital vem, ao longo dos anos, cobrindo as despesas com o serviço de urgência e emergência por meio de financiamentos e promoção de eventos. Lourenço afirma que, no final do ano passado, a administração do hospital entendeu que se chegou ao limite absoluto e que não seriam feitos mais empréstimos, mas que a dívida era plenamente possível de ser administrada. A dívida do Hospital chega a R$ 750 mil, que foram negociados com a Caixa e serão pagos em 84 parcelas, por meio de uma linha especial para hospitais. Entre as principais causas das dificuldades financeiras enfrentadas para a manutenção do hospital de Barroso estão os baixos valores praticados pelo SUS, a falta do repasse de R$ 205 mil entre 2006 e 2007, a falta de reajuste da subvenção do município e o não cumprimento da Lei nº 2.414/2012, que fixou a subvenção anual de 2013

Como anda a saúde financeira do Hospital?

em R$ 780 mil e a política do governo para hospitais de pequeno porte. No ano passado, a Câmara de Vereadores aprovou o reajuste da subvenção da Prefeitura, que era de R$ 540 mil, para RS 780 mil. No entanto, a Prefeitura de Barroso alega ter condições de arcar apenas com os R$ 540 mil. A administração do hospital está dialogando com o Executivo na busca de uma solução para que esse valor seja repassado integralmente, conforme a Lei 2.414/2012. A subvenção repassada pela prefeitura tanto ao Hospital, quanto ao asilo, não é um favor que o poder público presta às instituições, mas sim uma obrigação legal, uma vez que, se o município tivesse que manter os serviços prestados por essas entidades, ficaria muito mais caro para os cofres públicos. O sócio-contribuinte tem papel importante para complementar os recursos do SUS para as internações. Só no ano passado, a receita proveniente dos sócios-contribuintes foi de cerca de R$ 700 mil, que ajudaram a cobrir os custos das internações, que são bem maiores que o valor pago pelo SUS. É importante que a população fique ciente de que, apesar de todas as dificuldades financeiras do hospital, a entidade não deixa de prestar seus serviços, assim como não deixa de oferecer medicamentos e materiais médicos de qualidade. Os rumores de

que a instituição vai fechar as portas são apenas boatos. Algumas medidas, porém, foram adotadas para enxugar os gastos, como a redução do quadro de funcionários e concessão de licença sem remuneração a outros, o que acaba sobrecarregando o trabalho. A situação do hospital de Barroso não é muito diferente da de outros hospitais filantrópicos e Santas Casas. Existe uma mobilização no país liderada pela Confederação Nacional de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos para que o governo reajuste a tabela de procedimentos do SUS, que não é atualizada desde 2008. A dívida das mais de 2 mil instituições do país passa de R$ 11 bilhões e chegará a R$ 15 bilhões até o ano que vem. Só em Minas Gerais, os 350 hospitais filantrópicos e Santas Casas devem mais de R$ 2,5 bilhões. O Secretário Nacional de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, afirmou que o governo não vai reajustar a tabela do SUS, mas que pretende lançar programas de apoio aos hospitais filantrópicos, que representam metade das internações da rede pública no país. No entanto, esses programas têm critérios definidos, que não se aplicam ao hospital de Barroso, como porte do hospital (mais de 100 leitos), população (mais de 50 mil habitantes) e localização do município (mais de 60

minutos entre os municípios sede). O hospital de Barroso, enquanto isso, está em busca de mais recursos e, apesar de não se enquadrar nos critérios dos programas do governo, tem trabalhado junto às autoridades e comprovado que realiza atendimentos de urgência e e m e r g ê n c i a consideráveis. Entre os municípios da região, o hospital de Barroso está em quarto lugar no atendimento ao SAMU, mas não recebe o incentivo por não se

enquadrar aos critérios citados. É importante destacar que a busca por melhorias no hospital é um interesse comum, que não envolve questões partidárias. A diretoria do hospital, na pessoa do presidente Lourenço Silva, o presidente da Comissão de Saúde, Antônio Maria Claret de Souza e o vice-prefeito, Dr. João Pinto participaram de uma reunião do Comitê Gestor, na semana passada, onde foi discutida a inclusão do hospital de Barroso na Rede de Urgência e Emergência. No ano passado, o então presidente da instituição, o vereador Antônio Maria Claret de Souza licenciou-se de sua função para se candidatar a vereador e manteve-se licenciado para que o hospital pudesse receber recursos de projetos realizados pela Secretaria de Estado da Saúde e do Fundo Nacional da Saúde. Uma das pré-condições para se candidatar aos recursos dessa natureza, era não estar no exercício de algum cargo na diretoria da entidade algum membro do poder público. Lourenço assumiu, então, a presidência, mas solicitou ao vereador Tonho que mantivesse voluntariamente o trabalho diário de consultoria junto à administração do hospital. Nos três primeiros meses de 2013, o hospital recebeu R$ 135 mil do município para atendimento dos plantões médicos, mas o gasto foi

de R$ 161 mil, ou seja, já existe um déficit de R$ 26 mil. Se a Prefeitura repassasse os recursos determinados pela lei aprovada em 2012, esse déficit não existiria, pois o valor referente aos três meses seria de R$ 195 mil. Esse recurso, no entanto, não cobre nem as despesas com os médicos e o atendimento de urgência e emergência demanda outros profissionais, como enfermeiros, técnicos de enfermagem e de Raio-X, recepcionistas, entre outros. Só em 2012, o hospital gastou R$ 619 mil com os médicos plantonistas do serviço de urgência e emergência e recebeu R$ 540 mil. Em 2013 essas despesas serão ainda maiores, uma vez que, em julho do ano passado, o pagamento dos médicos foi reajustado em quase 40%, para equilibrar os vencimentos com o dos médicos dos hospitais da região. Lourenço explica que a Câmara, no ano passado, teve a sensibilidade de aprovar o reajuste da subvenção municipal, mas que é imprescindível que a prefeitura cumpra essa lei. “A prefeitura tem que entender que saúde é uma necessidade, em virtude de o poder público ter obrigação de investir em atendimento médico de urgência e que esses R$ 780 mil são fundamentais para que o hospital mantenha seus serviços básicos”, afirma. O hospital assinou o convênio e o Plano de Trabalho em abril de 2013 contemplando o valor de R$ 540 mil, mas a administração afirma que essa assinatura foi feita por imposição das circunstâncias, tendo em vista o não recebimento das parcelas dos três primeiros meses e não representa conformidade com o que foi possível ser repassado pela prefeitura. A diretoria do hospital mantém a expectativa de que, com o possível superávit orçamentário e financeiro, a prefeitura possa complementar a subvenção, conforme foi prometido pela equipe técnica do Executivo para o Padre Fábio Damasceno, diretor-geral do Instituto. Reconhecendo a importância do hospital, têm sido realizadas reuniões com a participação das Comissões da Câmara, a equipe técnica da prefeitura e a diretoria do hospital.

O Instituto Nossa Senhora do Carmo (INSC) é uma entidade filantrópica de cinquenta e quatro anos de história, fundada por iniciativa do Padre Luiz Giarola Carlos e tecida no mais profundo valor cristão do amor ao próximo. Como instituição filantrópica, o INSC carrega em seu DNA a missão de servir ao público com excelência e sem lucro. Por sua natureza, a organização possui ainda a vantagem das isenções tributárias e fiscais, e a possibilidade de captação de recursos privados e públicos para o financiamento de suas atividades. Ao longo de toda sua história, o INSC se manteve firme em seu propósito de servir ao público, em especial aos mais pobres, com a maioria absoluta de seus

atendimentos sendo realizados por meio do SUS. O Instituto nunca sucumbiu à perseguição política ou a qualquer tipo de fisiologismo que, por todos os lados, contaminam as instituições brasileiras. Não foram raras as vezes em que os servidores do instituto se lançaram candidatos aos cargos eletivos, com independência e liberdade para defender as cores partidárias de sua preferência. Nas últimas eleições observou-se um fato inédito: os três candidatos a vice-prefeito estavam trabalhando simultaneamente no Hospital, diga-se de passagem, em absoluto respeito e harmonia. O clima das disputas eleitorais nunca contaminou o ambiente e a qualidade dos serviços da instituição, pelo contrário. Nos últimos 54 anos

o INSC sobreviveu a 14 mandatos executivos diferentes, sem, no entanto, sofrer com instabilidades, rupturas, disputas, nada. Nesse período, a Instituição foi também receptora de recursos advindos de políticos, deputados e governos das mais diferentes matizes políticas, sempre prestando as homenagens merecidas a quem quer que fosse. Por suas características elementares, pelos valores pétreos da liberdade e independência, o INSC se transformou em um dos

maiores patrimônios da sociedade em todo o Campo das Vertentes, sendo respeitado, admirado e ocupando um lugar especial no coração de nossos conterrâneos e vizinhos. Nas últimas semanas, a estabilidade e o equilíbrio históricos nas relações entre o Instituto e o Executivo local sofreram alguns abalos. Nos debates que se seguiram ao descumprimento da Lei 2414, em especial no enorme volume de propagandas nas rádios e nos jornais, tentou-se resumir a questão a um maniqueísmo míope e rasteiro, como se existisse uma “verdade” a ser disputada. Esse comportamento só confunde as pessoas e tenta estabelecer uma linha de batalha, entre um falso bem e mal, que, em última instância, é mais ilusória que real. Isso desequilibra, agita e só serve para piorar uma situação que a priori já é complexa. O problema do financiamento

da saúde no Brasil começa pela flagrante falta de compromisso do Governo Federal – haja vista o veto da Presidente Dilma aos gastos da União previstos na Emenda Constitucional 29 – e termina com a obrigação dos municípios em financiar suas estruturas de saúde. Em última instância, trata-se de disputar a priorização dos recursos públicos e não de disputar a “verdade”. De nossa parte, continuaremos para sempre para que a saúde pública saia desta lamentável e miserável, ainda que prudente ou responsável, situação de financiamento. É nossa missão alertar aos governos e poderes públicos, em todos os níveis, sobre a urgência e a necessidade de mais atenção à saúde. Da sensatez deste debate depende a preservação dos valores e a autonomia do Instituto Nossa Senhora do Carmo, por consequência, depende também a saúde e a vida dos barrosenses e dos cidadãos desta região.

Antônio MariaClaret de Souza,

Presidente daComissãode Saúde

Por um debate mais saudávelAntônio Maria Claret de Souza

Page 5: Jornal Primeira Página - Maio de 2013

primeira página Cidade 05

Situação da Apae gera polêmica entre a Prefeitura e a entidade filantrópica

Expansão provoca “boom” imobiliárioSupervalorização. Comprar ou alugar um imóvel em Barroso custa cada vez mais caro. O “boom” imobiliário é causado pelo crescimento da demanda de imóveis, com a chegada de mão-de-obra para trabalhar na expansão da fábrica de cimento.

Crise financeira. A Apae de Barroso passa por situação financeira complicada que fez a presidente da entidade levar os alunos e funcionários à Prefeitura para pedir providências. O fato gerou polêmica entre as instituições e teve grande repercussão na cidade.

Rua Francisco Ferreira Filho, 207Apto. 101 - Centro - Barroso / MG

Tel.: (32) 3351 - 1776 e 3351 - 1711

Comprar ou alugar um imóvel em Barroso ficou mais difícil e mais caro após o início da expansão da fábrica de cimento. Com o início das obras e a necessidade crescente de mão-de-obra que vem de outras cidades, houve um crescimento na demanda de aluguel de imóveis, o que, consequentemente acarretou alta nos preços. O mercado imobiliário segue as leis comuns de mercado. O crescimento da demanda faz com que a oferta diminua, causando aumento dos preços. Com a economia de Barroso em ritmo acelerado, a tendência é que os imóveis se valorizem ainda mais. Segundo a corretora Andressa Borges, há duas realidades em Barroso, sendo uma dos aluguéis para moradores da cidade, com proprietários conscientes, que alugam seus imóveis e utilizam os valores recebidos como uma fonte de renda duradoura e a outra realidade refere-se a pessoas que aproveitaram a oportunidade (grande procura de imóveis) e resolveram alugar por valores maiores para funcionários da Holcim e Mendes Júnior, bem como para empreiteiras, sendo certo que estes aluguéis serão por tempo menor (no máximo 2 anos). De acordo com Andressa, há casos de pessoas que desocuparam sua residência própria e foram morar com parentes, para “aproveitar” a oportunidade e “ganhar” dinheiro alugando suas casas.

O preço médio do aluguel de uma casa com dois quartos, de acordo com Andressa, em 2012 girava em média em torno de R$ 400,00 e em 2013 o valor chegou a R$ 700,00 e R$ 800,00 dependendo do local, ou seja, houve uma valorização de 80% a 100%. Esse “boom” imobiliário, no entanto, não afetou a imobiliária de Andressa, uma vez que a quantidade de novos aluguéis, com valores maiores, foi pequena, devido à falta de imóveis disponíveis para locação. Já na carteira de imóveis fixa não houve alteração. Andressa Borges afirma que a valorização atingiu todos os bairros, mas a procura é maior na região central da cidade. A corretora e advogada afirma que Barroso não se preparou para a expansão. “Acredito que não só em termos de imóveis, mas de modo geral, Barroso

está despreparada para os reflexos da expansão”, relata. Em relação à compra e venda de imóveis, Andressa afirma que os preços aumentaram numa faixa de a 50%, mas existe mais especulação do que vendas definitivas. “A grande maioria da população busca comprar imóveis através de financiamento e nem sempre os imóveis estão aptos a serem aprovados num financiamento, seja por falta de documentação ou mesmo falta de estrutura física”, declara. E não foi só mercado de compra, venda e aluguel de imóveis que se aqueceu com a expansão. De acordo com Elcio Costa, que é proprietário de um hotel em Barroso, a procura por vagas aumentou 40% após o início das obras da expansão. Élcio explica que o reajuste ocorrido em 2012 obedeceu os

O mês de abril foi marcado pela grande polêmica entre a Apae-Barroso (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) e a Prefeitura. A entidade filantrópica passa por uma situação financeira complicada, que acarretou acontecimentos que repercutiram na cidade e região No dia 4 de abril, uma grande movimentação tomou conta do saguão da Prefeitura de Barroso. Lá estavam alunos da Escola especializada Arco-íris e funcionários da Apae, acompanhando a presidente da entidade, Elaine Alves Pereira Terra. Na semana seguinte, cinco pais de alunos da Apae foram entrevistados por uma emissora de rádio da região. Os pais acusaram Elaine de expor seus filhos e recusar diversas doações vindas da Prefeitura, entre elas, merenda e ovos de Páscoa, apesar de a presidente alegar que a instituição passa por dificuldades. Preocupada em preservar a imagem da instituição, Elaine convocou uma reunião com os pais, alunos, voluntários e algumas autoridades, com o objetivo de esclarecer a situação da entidade e os motivos que fizeram com que ela levasse os alunos e funcionários à Prefeitura. A presidente da Apae apresentou a ata da reunião que foi realizada no dia 4 de abril. O encontro envolveu funcionárias da Apae, da Prefeitura e duas mães de alunos, uma vez que a reunião não pôde ser realizada no saguão. Elaine explicou que, dias antes,

Acima, foto do rol da Prefeitura no dia em que a Presidente da Apae foi com os alunos e funcionários solicitar providências do Executivo.

Abaixo, foto da reunião promovida pela instituição na semana seguinte.

havia procurado o Promotor de Justiça Bruno Lucena Barbosa para orientá-la e tomar providências diante da situação financeira da Apae. O promotor orientou a presidente a formalizar o pedido por meio de um ofício. Alguns dias depois, o ofício foi encaminhado, no entanto, Elaine afirma que o promotor declarou que a responsabilidade era dela, por se tratar de um problema de gestão e que não poderia ajudá-la. No ofício, Elaine expôs a situação da entidade, afirmando que chegou ao ponto de não poder pagar os funcionários a partir de março e que chegou a esse ponto pela falta de apoio do poder público municipal. Ela prosseguiu afirmando que a prefeitura se comprometeu com a construção do Núcleo de Educação Especializada desde seu início, mas, em abril de 2011, a Apae constatou que os recursos não seriam suficientes para pagar os funcionários da obra. A prefeitura foi informada de que esses funcionários seriam demitidos e, segundo Elaine, a Prefeita Municipal pediu, informalmente, que a Apae prorrogasse as demissões, pois “daria um jeito”. As obras continuaram, mantidas com recursos próprios da entidade. Até o segundo semestre do mesmo ano, a prefeitura não havia dado nenhuma resposta e a Apae prosseguiu com as demissões. Elaine afirma ainda que a Prefeitura só repassou os recursos do Programa Nacional de Merenda Escolar até o mês de

Agosto de 2012. A subvenção mensal de R$ 5 mil também não havia sido repassada à entidade. De acordo com a prefeitura, como está registrado na ata da reunião, os R$ 15 mil referentes aos três primeiros meses de 2013 só não haviam sido repassados porque a Apae ainda não havia entregue a prestação de contas do ano anterior. Outra questão apontada faz referência a recursos da Defesa Civil. Segundo Elaine, a Apae foi prejudicada pela enchente de 2012, mas não teve ajuda da Prefeitura, que recebeu R$ 100 mil para a Defesa Civil, destinados às vítimas da enchente. A Prefeitura alega que os recursos foram utilizados no recolhimento de entulhos, construção de passarela e demolição de duas casas. Sobre a merenda escolar, a Prefeitura afirma que a Apae tem um saldo de R$ 8 mil em um supermercado, mas Elaine afirma que esse recurso não atende às necessidades da entidade, pois deve ser gasto em determinados alimentos que ainda há no estoque. “Nós estamos precisando do básico”, afirma. A questão dos Ovos de Páscoa foi esclarecida pela diretora da Escola da Apae, Raquel Magela. “Em momento algum os ovos chegaram aqui e nós não aceitamos. Nos solicitaram o número de alunos”. Raquel afirma que os chocolates foram distribuídos naquela semana e ressaltou que não foram recusados pela Apae.

critérios normais, de acordo com o aumento salarial e a expansão não fez com que o preço das diárias subisse. Élcio afirma que a expectativa é muito grande com o aumento da demanda de trabalhadores vindos de fora e que aguarda o auge da expansão que, provavelmente, vai fazer com que ele abra seu outro empreendimento no bairro Irmãos Pinto. Se por um lado essa valorização beneficia quem tem imóveis para alugar, o prejuízo é para aqueles que já moravam de aluguel e têm o valor reajustado.

Números da valorizaçãoR$ 400,00 era o valor médio do aluguel de uma casa com dois quartos em 2012.

R$ 700,00 a R$ 800,00 é o valor atual do aluguel de uma casa com as mesmas características.

80% a 100% de aumento foi a variação do preço dos aluguéis de imóveis de 2012 para 2013.

40% foi o aumento da procura por vagas em hotel na cidade.

Page 6: Jornal Primeira Página - Maio de 2013

Como tudo começou...O “Curto a memória de Barroso” foi criado no Facebook em março de 2012. O objetivo principal, de acordo com o co-moderador e facilitador do grupo, Edgar von Buettner, é “mapear e cadastrar os tesouros que compõem a Memória de Barroso”. Em pouco mais de um ano, quase 1600 internautas integram o grupo e postam fotos, textos, vídeos. Léia Cerqueira, uma das colaboradoras, conta sobre o surgimento do grupo. “O CMB surgiu através de um post de uma foto do antigo Teatro que existia em Barroso. Edgar von Buettner viu a publicação e a repercussão da foto. Com tantos comentários e novas postagens de fotos antigas que surgiram a partir dali, ele sugeriu a criação de um grupo que resgatasse a memória de Barroso, através de fotos e relatos que contassem a história de nosso município”, declara.

primeira página06 Arte, Cultura, Variedades

CMB completa um ano, com quase 1600 integrantesInteratividade e Participação. A tônica do grupo, criado há pouco mais de um ano no Facebook, é o interesse comum em preser-var e resgatar a memória de nossa cidade, por meio de fotos, vídeos e relatos, que criaram um ambiente colaborativo na web .

Markodom Silva. “Vendo estas fotos de Barroso, com toda certeza voltamos no tempo, mas a tristeza não deixa de vir junto, por ver alguns lugares e espaços públicos que fizeram parte da minha vida e que não fazem parte da vida de outras pessoas, devido às péssimas condições de preservação, de manutenção e,

principalmente, de manter viva a memória de nossa terra. Curto demais esta página, ainda mais estando longe de Barroso, me sinto mais perto e, claro, com uma alegria de ter e saber que podemos e devemos recuperar tudo o que faz parte dessa memória tão importante a todos”.

Sheilla Karlla Marques. “Estas publicações do CMB mexem muito com minha mente, fico imaginando quando meus avós chegaram aqui. Adorava ouvir minha avó, Dona Zilda e meu avô, José Coelho contando da viagem de vinda, da chegada a Barroso. É realmente muito importante não perdermos nossas origens”.

Geraldo Napoleão Neto. “Curta a memória de Barroso! Nada melhor do que ter uma máquina do tempo para poder voltar e ver realmente como foi nosso passado. Através desse grupo, podemos ver coisas e relatos incríveis, até então inimagináveis por muitos de nós. Somos muito sortudos de, já no ano de 2013, termos

esse poder mesmo sem querer. Graças à internet e à digitalização de fotografias, estamos evoluindo cada vez mais e podemos fazer com que o futuro seja ainda melhor, através da observação do passado”.

Regina Cardoso. “As fotos têm me ajudado muito nas minhas aulas de Sociologia. Posso comparar com os alunos a transformação do espaço ao longo do tempo. Enriquecem as aulas e tornam o conhecimento mais concreto e eficiente, proporcionando um crescimento pessoal e o aprendizado dentro do contexto, in loco”.

www.facebook.com/groups/curtoamemoriadebarroso

Foto que deu origem à ideia de criar o grupo

Um dos fundadores do CMB, Edgar von Buettner, formado em economia pela Universidade de Sankt Gallen, destaca a importância do trabalho colaborativo do grupo e de se preservar a memória do município. “Hoje nós temos mais de 15 gestores que nos ajudam a administrar o CMB, que tem me dado muita satisfação, justamente porque tem o foco na história de Barroso. Sem o conhecimento da história é praticamente impossível definir onde estamos, por que estamos e para onde queremos ir”, afirma. Buettner enfatiza que os integrantes do “Curto a Memória de Barroso” participam ativamente do grupo, que tem atraído a adesão de uma variedade de pessoas. “Hoje, os mais de 1.500 membros têm entendido essa mensagem, esse objetivo e têm participado com muito entusiasmo, tanto os barrosenses que estão em Barroso, como também barrosenses ausentes, barrosenses que estão em outras partes do Brasil, ou pessoas que passaram algum tempo na cidade e que também estão participando e ficam maravilhados com essa ação”, destaca.

Um dos colaboradores do grupo, o publicitário Luciano Nascimento afirma que o CMB é uma espécie de museu virtual, que permite novas descobertas, muitas até inusitadas, sobre a história de Barroso. Para Luciano, o grupo é uma forma de preservar e resgatar a memória de uma maneira que integra interesses em comum. “Temos descoberto o quão rica e antiga é a história de Barroso, que começa em 1715, com o verdadeiro pioneiro, o português António da Costa Nogueira, passando pelo século XIX e XX e temos feito isso de forma colaborativa, a partir da inteligência e do conhecimento coletivo”, ressalta.

Page 7: Jornal Primeira Página - Maio de 2013

Filme: ArgoDireção: Ben AffleckGênero: Drama / Suspense Ano: 2012Suspense dramático baseado em fatos reais que acompanha uma operação secreta de vida ou morte para resgatar seis americanos, ocorrida nos bastidores da crise do Irã. O vencedor do Oscar 2013, ben Affleck, dirige e estrela o filme. A história se passa em 1979, no ápice da revolução iraniana, quando 52 americanos são feitos reféns. No meio do caos, seis deles conseguem escapar e encontrar refúgio na casa do embaixador canadense. Tony Mendes (Ben Affleck) sugere, então, um plano arriscado para retirá-los do país em segurança. Um plano que só poderia acontecer nos filmes.

Artista: Pink FloydÁlbum: The Dark Side of the MoonAno: 1973O oitavo disco de estúdio de uma das maiores bandas da história do rock completou 40 anos no dia 24 de março. O trabalho foi o primeiro da banda a ocupar a primeira posição da lista Billboard. Apesar de ter ficado apenas uma semana na 1ª posição, permaneceu na lista por 741 semanas e vendeu mais de 23 milhões de cópias. Composto por David Gilmour, Nick Mason, Roger Waters e Richard Wright, é o sexto álbum da banda após a saída do mentor Syd Barrett. A Biblioteca do Congresso dos EUA o selecionou para ser preservado, ao lado de outros 24 discos.

Livro: O Dia do CuringaAutor: Jostein GaarderEditora: Companhia das Letras340 páginas Ano: 1998Gênero: Ficção; romance filosóficoO ponto de partida deste linro é a história de um garoto chamado Hans-Thomas e seu pai, que cruzam a Europa, da Noruega à Grécia, à procura da mulher que os deixou oito anos antes. No meio da viagem, um livro misterioso desencadeia uma narrativa paralela, em que mitos gragos, maldições de família, náufragos e cartas de baralho que ganham vida transformam a viagem numa autêntica iniciação à busca do conhecimento ou à filosofia.

primeira página Arte, Cultura, Variedades 07

para ler para assistir para ouvir

Áries

Touro

Gêmeos

Câncer

Leão

Virgem

Libra

Escorpião

Sagitário

Capricórnio

Aquário

Peixes

Horóscopo do mês de Maio

Conhecido como o mês das noivas e das mães, maio é a época do ano que melhor representa a figura feminina. Maio é um mês especial, em que os astros dão uma forcinha para que as mulheres mergulhem na busca por realização e estabilidade e, principalmente, para que se sintam lindas e poderosas para colocar o tão sonhado vestido branco e dizer “sim”.

Fase excelente nos negó-cios. Aproveite para con-cretizar um empreendi-mento ousado e mostrar seus talentos ao mundo.Não se esquça de investir também em você.

A Lua Nova vai inaugurar uma fase de conquistas pessoais. Marque pre-sença nos encontros pro-fissionais e amplie sua rede de relações para atrair oportunidades.

Mudanças desejadas no trabalho ou no ambiente social. Na vida íntima, mo-mentos de paz, cumplici-dade e união reforçam o contato efetivo. Comece uma fase de mais liberdade.

Aposte numa grande conquista e num futuro brilhante. A fase é de expansão profissional. Novas amizades terão um papel transformador em sua vida.

O mês promete mu-danças gostosas no estilo de vida. Embarque numa nova aventura romântica ou programe uma viagem com seu amor. Poderá surgir novos trabalhos.

A vida sexual ficará mais gostosa neste mês. Apro-veite para apimentar o relacionamento. Limite financeiro ou valores rí-gidos poderão atrapalhar planos ou causar dúvidas.

Altas vibrações no amor. realize seus sonhos românticos em grande estilo. Você descobrirá uma maneira diferente de se relacionar. Faça uma viagem a dois.

Poderá surgir excelente oportunidade de

trabalho. Com a força da paixão e sua criatividade, os resultados serão surpreendentes. Amor e trabalho andam juntos.

Cheiro de paixão no ar. mais espaço para o prazer. Se estiver sem trabalho, poderá firmar um novo contrato. Evite desgastar sua saúde com excesso de compromissos sociais.

O mês promete novidades quentes e grandes alegrias na

vida familiar. Seu poder de sedução será maior. O futuro profissional provocará insegurança.

A comunicação estará ativada neste mês, que promete movimentação na vida social e ótimas ideias financeiras. No amor, o mês promete ser quente.

Fase de expansão financeira. Ótimo momento para firmar contratos e parcerias de trabalho. A dica no amor é aprofundar as conversas e revelar seus desejos.

GeraldoBarroso

Filho de peixe...Anderson, filho de Geraldo, herdou o talento do pai, com quem aprendeu o ofício desde pequeno.

Arte consciente.Os artesãos utilizam madeira de demolição e troncos secos. Não é derrubada nenhuma árvore para produzir aspeças.

A religiosidade permeia a vida e a obra do artista, que encontra inspiração na fé e nas crenças populares.

Pesquisa valoriza patrimônio cultural do Campo das VertentesA criação de um banco de dados e de imagens voltados para a chamada “gestão participativa urbana”, hospedados no portal São João del-Rei Transparente, foi o ponto de partida para a pesquisadora Alzira Agostini Haddad começar a transformar em realidade o sonho de ver a riqueza patrimonial da sua cidade e da região do Campo das Vertentes preservados. Partindo da premissa de que “a cidade que sonhamos é a cidade que podemos construir”, a

Foto do site www.cultura.mg.gov.br mostra manifesações culturais catalogadas no portal São João del-Rei Transparente Ad

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pesquisadora idealizou o portal São João del-Rei Transparente. Trata-se de um veículo de comunicação independente, atualizado diariamente, que tem como proposta facilitar o acesso da população aos instrumentos de defesa do patrimônio histórico-cultural, material e imaterial, por meio da divulgação dos trabalhos de entidades tradicionais e de grupos sociais sanjoanenses. Um dos seus principais destaques é a interatividade com a comunidade (moradores, representantes de

associações e estudantes da UFMG e da UFSJ), que contribui de forma voluntária com a atualização do site. Em troca, o São João del-Rei Transparente faz uso da Tecnologia da Informação e Comunicação para auxiliar a comunidade no conhecimento da cidade, visando identificar, valorizar, divulgar as ações, projetos, expressões, manifestações culturais e sociais, cruzando fontes de informações, pesquisas e consultas. O portal pode ser acessado pelo endereço:www.saojoaodelreitransparente.com.br

“Eu trabalhava na minha oficina e meu filho voltava da escola e ficava me rodeando e acabou aprendendo a fazer esculturas. O filho dele também fica em volta, lixando umas madeirinhas. Muitos familiares meus aprenderam comigo e hoje vivem do artesanato”.

Geraldo Raimundo de Oliveira, ou melhor, Geraldo Barroso é mais do que um artesão, é um artista que nasceu com o dom de esculpir na madeira os frutos da sua imaginação e os objetos que fazem parte da sua cultura e do seu cotidiano.

Geraldo Barroso vive do artesanato há 35 anos e tem clientes de todos os estados brasileiros e também de outros países, como Estados Unidos, Portugal e Alemanha.

“Arte pra mim é minha vida. É meu modo de ganhar a vida e de me sentir realizado. É o que me dá prazer!”

O escultor destaca a importância do amor que tem ao seu trabalho. “Se você faz um

trabalho e é apaixonado pelo que faz, a recompensa é uma consequência. Tudo o

que você faz com amor e persistência dá um bom retorno”.

Geraldo tem duas filhas, mas é seu filho mais velho que dá seguimento à sua arte.

Page 8: Jornal Primeira Página - Maio de 2013

primeira página08 Ciência e Tecnologia

1. Não remover o USB antes de desconectá-lo do computador pode afetar seu sistema ope-racional. Se você desconetar o dispositivo, por exemplo, um pendrive ou cartão de memória quando ele ainda estiver rodando em seu PC, certamente terá problemas, mas, se a gravação de dados for concluída, e você puxá-lo sem qualquer remoção, dificilmente ocorrerá algum proble-ma. A Microsoft informou que os danos dependem muito do tipo de dispositivo, mas, no geral, desconectar um USB antes de removê-lo, não afeta o sistema.

2. Recarregar o notebook sem ter zerado a energia, acaba com a bateria. Se seu notebook for antigo e ainda usar uma bateria de níquel cádmio, isso pode acontecer. Este tipo de bateria possui um “efeito memória” e, se você recarregá-la repetidamente sem zerar sua energia, a capacidade máxima de armazenamento diminui. No entanto, os computadores mais recentes, que usam bateria de íon de lítio, não sofrem com este problema. Portanto, não é preciso es-perar a bateria zerar para recarregá-la, nem é perigoso deixar a máquina ligada na tomada por muitas horas.

3. Quanto mais pixels em uma câmera, melhor. O pixel não remete à qualidade da foto, mas ao tamanho que a imagem pode ter sem perder qualidade. Na fotografia digital, um megapixel equivale a um milhão de pixels, que são os pontos que formam uma foto. Ou seja, quanto mais pixels, mais você poderá ampliar as fotos sem distorcer a imagem. No entanto, além dos pixels, a lente e sensores de luz também são essenciais para conseguir uma fotografia boa. Portanto, lembre-se: há mais detalhes para avaliar na hora da compra de uma câmera fotográfica.

4. A aproximar um ímã de seu HD, ele poderá ser apagado. O HD (Hard Disc), ou disco rígido é a parte do computador onde são armazenados os dados. É ele que guarda seus arquivos como fotos, músicas, vídeos, documentos, jogos. De acordo com a PC Mag, uma revista especializada em tecnologia, apenas ímãs enormes e superpotentes podem apagar os dados salvos no seu HD. Um ímã comum e de menor tamanho, no máximo, apagaria o conteúdo de um disquete. Os demais dispositivos, como pen drives, carões de memória e HDs externos são imunes.

5. Redes Wi-Fi protegidas com senhas estão livres de hackers. Uma rede pública de Wi-Fi com senha não está necessariamente protegida, segundo o site Life Hacker. Nas redes públicas, como de cafés, lanhouses ou hotéis, nada impede que uma pessoa com más intenções consiga a senha de acesso e utilize este canal para fazer vítimas. No Wi-Fi doméstico, mesmo que você saiba para quem está fornecendo a senha de acesso, ainda existem riscos de a rede ser invadida. Existem programas que quebram as senhas, independente do nível de segurança implementada.

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Mesmo as pessoas que gostam de tecnologia têm suas dúvidas. quem nunca ouviu falar de alguns mitos sobre a bateria do notebook ou sobre a segu-rança das redes Wi-Fi? Existem muitas lendas dentro do universo tecnológi-co que merecem ser desvendadas. Leia a seguir uma lista com as cinco mais famosas:

Pesquisadores da UFV utilizam óculos especiais para estudar e até prever movimentos de atletas

Tecnologia para o esporte. Estudo da Universidade Federal de Viçosa permite estudar as decisões de atletas durante as partidas de futebol.

O Núcleo de Pesquisa e Estudos em Futebol (NUPEF) da Universidade Federal de Viçosa está utilizando uma tecnologia chamada Eye Tracking em seus estudos sobre futebol. O equipamento permite acompanhar em tempo real os pontos que recebem a atenção do olhar dos jogadores. O equipamento consiste em um sistema de câmeras integradas capaz de realizar o rastreamento ocular do jogador. Na tela do computador, os pesquisadores conseguem visualizar, com exatidão, os pontos que o atleta enxerga. O uso dessa tecnologia pode ser usado na análise e até na previsão das tomadas de decisão do atleta, melhorando seu desempenho. De acordo com o Doutor Israel Teoldo da Costa, coordenador do NUPEF, as pesquisas indicam que 90% das informações que os atletas absorvem antes de tomarem

Fonte: NUPEF - UFV

uma decisão, durante uma partida de futebol, são de origem visual. Portanto, essa tecnologia permite conhecer essas informações que o atleta recebe e analisar quais delas ele utiliza para tomar as decisões e fazer a melhor escolha. Por exemplo, durante um ataque, o atleta analisa, em seu campo visual, as possibilidades que existem como, passar a bola para o companheiro, driblar o adversário, ou chutar em direção ao gol. Essas decisões acontecem, na maioria das vezes, sob forte pressão, o que aumenta a necessidade de rapidez e precisão dos jogadores, além de um amplo conhecimento tático do jogo . O equipamento, de acordo com o coordenador da pesquisa, pode ser utilizado para reforçar o potencial dos jogadores e descobrir os pontos fracos, permitindo formar jogadores cada vez mais inteligentes e criativos para o jogo de futebol.

Reprodução / Internet

Nova técnica diminui emissão de CO2 na produção de cimento

Nova tecnologia permite que seja produzido o dobro de cimento sem aumentar a emissão de Gás Carbônico, elemento que mais contribui para o aquecimento global.

A Escola Politécnica da USP (Poli) desenvolve uma nova técnica para a produção de cimento. O méto-do realiza de forma mais racional o controle, a seleção e a combi-nação das matérias-primas usadas para produzir o cimento, aumen-tando a qualidade e a maleabilida-de do produto e permitindo subs-tituir grande parte do material responsável pela emissão de CO2, podendo reduzir as emissões em 40%. A técnica teve sua eficiência comprovada no aumento da re-sistência do concreto em labora-tório. A Poli negocia parceria com indústrias de cimento para aper-feiçoar a tecnologia e aplicá-la na produção. O cimento Portland tradicio-nal é composto basicamente por argila e calcário, substâncias que, quando fundidas no forno em alta temperatura, se transformam em pequenas bolotas chamadas de clínquer. Esses grãos de clínquer são moídos com gipsita (matéria-prima do gesso) até virarem pó. “Estima-se que para cada tonelada de clínquer são emitidos entre 800 e 1.000 quilos de CO2, incluindo o CO2 gerado pela decomposição do calcário e pela queima do com-bustível fóssil (de 60 a 130 quilos por tonelada de clínquer)”, diz o professor Vanderley John, da Poli, um dos responsáveis pelo projeto. “A indústria busca alternati-vas para aumentar a ecoeficiên-cia do processo, substituindo parte do clínquer por escória de alto-forno de siderurgias e cin-za volante, resíduo de termelé-tricas movidas a carvão. O pro-blema é que a indústria do aço

aço e a geração de cinza crescem menos que a pro-dução de cimento, o que inviabiliza essa estratégia a longo prazo”. A tecnologia consiste basica-mente em aumen-tar a proporção de filler na fórmula do cimento Portland, adicionando dispersantes orgânicos que afas-tam as partículas do material e possibilitam menor uso de água na mistura com o clínquer. O fi-ller é uma matéria-prima à base de pó de calcário que dispensa tratamento técnico (calcinação), processo que, na fabricação do cimento, é responsável por mais de 80% do consumo energético e 90% das emissões de CO2. Empregado desde 1970, a quantidade de filler na fórmula do cimento não poderia ser alta por-que havia o risco de comprome-ter a qualidade do produto. “Em laboratório, foi possível chegar a teores de 70% de filler, sendo que atualmente ele está entre 10% e 30%”, afirma John. “Com isso será possível dobrar a produção mundial de cimento sem construir mais fornos e, portanto, sem au-mentar as emissões”. O método utilizado pela Poli combina matérias-primas sim-ples com ferramentas e conceitos avançados, a começar pelo con-trole e seleção das substâncias que compõem o cimento. Tam-bém foi possível reduzir a quanti-dade de cimento e água utilizados na produção de concreto, sem perda da qualidade.

Fonte: Agência de Notícias da USP

TECNOLOGIA

De acordo com Bruno Damineli, doutorando da Poli, que pesquisa concretos de baixo consumo, “um concreto de alta resistência com o novo método de produção de ci-mento pode utilizar 120 quilos por tonelada, ao invés dos 500 quilos usados atualmente”. O professor da Poli, Rafael Pi-leggi aponta que novos estudos irão desenvolver tecnologias que permitam a moagem e a seleção de partículas em larga escala e de forma competitiva. Para John, “a adoção da tecnologia pode ser progressiva, avançando à medida que a indústria ganha experiência e ajusta seu modelo de negócio. Em algumas aplicações, particu-larmente em concreto armado exposto a ambiente externo, sis-temas com altos teores de filler podem apresentar problemas de durabilidade, o que exigirá o de-senvolvimento de soluções inova-doras, seguras e de baixo custo”. O estudo de Damineli foi pre-miado pela fundação Holcim em Munbai (India), em cerimônia realizada no dia 13 de abril. O tra-balho também recebeu no ano passado um prêmio internacional para concretos de baixo consumo.

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Page 9: Jornal Primeira Página - Maio de 2013

primeira página Geral 09

ISTOÉ denuncia financiamento ilegal de campanha de candidato à prefeitura de Santos Dumont em 2012

PMN e PPS se fundem e criam a MD 33 Governo de Minas lança apoio a municípiosO Governo de Minas lançou, recentemente, o maior programa de apoio aos municípios da história do Estado. O ProMunicípio vai alocar, só em 2013, cerca de R$2,1 bilhões para investimentos nas áreas de saúde, educação e infraestrutura nas cidades mineiras. Segundo o Governador Antônio Anastasia, os prefeitos terão até o dia 15 de maio para aderirem ao programa. É preciso preencher formulário indicando a quantidade de bens ou o tipo de obra desejada. O formulário está

disponível no site www.mg.gov.br/promunicipio. Além dos R$ 2,1 bilhões de investimentos, o governo mineiro também está lançando novas linhas de financiamentos para os municípios, que vão aportar outros R$ 700 milhões para serem aplicados principalmente em infraestrutura. O Governo de Minas também lançou o Choque de Gestão para os municípios, um modelo de gestão adotado pelo governo estadual que poderá ser utilizado agora também pelas prefeituras.

A fusão do Partido Popular Socialista (PPS) com o Partido da Mobilização Nacional (PMN) deu origem à Mobilização Democrática (MD), um partido que fará oposição ao governo federal e deve apresentar candidato à Presidência da República em 2014. Juntos, os dois partidos somam 13 deputados federais, 58 estaduais, 147 prefeitos e 2.527 vereadores. Ao todo, são 683.420 filiados em todo o país. O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, afirmou que a MD vai ampliar a capacidade do PPS e o líder do

partido na Câmara, deputado federal Rubens Bueno, destacou a postura oposicionista da MD ao governo atual. “Esse governo não vai ganhar a eleição de 2014 por WO. Com esse novo partido, a oposição se fortalece para 2014”, afirma. O ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB) foi convidado a integrar o novo partido, mas ainda não deu resposta. Atualmente, temos 30 partidos políticos oficialmente legalizados no TSE, 24 deles com representação no Congresso. A busca por recursos do Fundo Partidário e de tempo no Horário Gratuito de Propaganda

Eleitoral acaba fazendo com que novos partidos sejam criados. O PT e PMDB lideram movimento na Câmara dos Deputados para restringir, com normas mais rigorosas, a criação de partidos. No entanto, a votação foi suspensa pelo STF. O último partido registrado no TSE foi o PEN (Partido Ecológico Nacional) e a ex-candidata à Presidência, Marina Silva, está na fila para criar seu próprio partido (Rede Sustentabilidade), junto com deputado federal Paulinho da Força, do PDT, que também pretende criar uma nova sigla chamada solidariedade.

A Revista ISTOÉ do último 17 de abril trouxe como capa a matéria “Traição e Caixa 2”. De acordo com a reportagem, durante as eleições de 2012, o então presidente do PMDB, hoje ministro da Agricultura, Antônio Andrade, autorizou uma operação com indícios de crime eleitoral para financiar a campanha do PP no município de Santos Dumont. Em gravação obtida pela revista, o ministro afirma: “O dinheiro chegou de uma empresa. Eu nem deveria ter deixado passar. Foi uma falha”. O repasse de R$ 100 mil, feito inexplicavelmente a um adversário eleitoral, tem fortes

indícios de caixa 2 e lavagem de dinheiro, na avaliação de especialistas, informa a revista. A reportagem inicia apresentando o cenário das disputas políticas em cidades pequenas. “Disputas políticas em pequenos municípios costumam passar despercebidas num Brasil de dimensões continentais(...) Os fatos apurados por ISTOÉ indicam um caso emblemático, daqueles que se tornam explosivos, apesar de terem tudo para não chamarem a atenção”.O dinheiro veio de uma empresa não identificada, passou pela contabilidade do PMDB e foi parar no caixa dos adversários do PP. Segundo Andrade, o dinheiro teria sido arrecadado pelo deputado federal João Magalhães (PMDB) a pedido do também deputado Luiz Fernando de Faria (PP), que é irmão do prefeito eleito de Santos Dumont, Carlos Alberto de Faria (PP), conhecido como Bebeto. O deputado Luiz Fernando afirma que arrecadou dinheiro para a campanha do irmão, mas João Magalhães não participou. João Magalhães afirma que sequer

Conheça o Estatuto da JuventudeNovos direitos. Proposta estabelece entre outros direito, a meia-entrada e passagens gratuitas ou com desconto para jovens de baixa renda.

O plenário do Senado aprovou no último 16 de abril o projeto de lei que institui o Estatuto da Juventude, que estipula direitos para jovens entre 15 e 29 anos de idade. Entre os novos direitos, o projeto garante a meia-entrada em eventos culturais e esportivos de todo o país para jovens de baixa renda e exige que empresas de tranporte interestadual reservem dois assentos gratuitos para o grupo. De acordo com o texto relatado pelo senador Paulo Paim (PT), além dos assentos gratuitos, as empresas devem oferecer duas passagens com 50% de desconto. A proposta também estabelece que a meia-entrada também vale para estudantes que comprovem matrícula em instituição de ensino, por meio da carteirinha expedida preferencialmente pela UNE (União Nacional dos Estudantes), pela Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e por instituições estaduais e municipais filiadas a essas associações. O pagamento da meia-entrada vale para jovens de famílias com

São considerados jo-vens pessoas com ida-de entre 15 e 29 anos;

Direito a meia-entrada em eventos culturais, esportivos e de entre-tenimento;

São garantidas 2 vagas gratuitas e 2 com 50% de desconto em via-gens interestaduais;

Direito à educação, cultura, profissionali-zação, trabalho e ren-da, à comunicação e à liberdade de expres-são;

Direito à igualdade, cidadania, à partici-pação social e política, à representatividade

juvenil, à segurança pública, à sus-tentabilidade e meio ambiente eco-logicamente equilibrado.

conhece a cidade de Santos Dumont e não tem nada a ver com a história. Um dos maiores especialistas em direito eleitoral do país, Alberto rollo, em entrevista à ISTOÉ, afirma que a triangulação de doação eleitoral que beneficiou o PP é uma barbaridade eleitoral. “Nunca vi um caso desses. O partido agiu de forma aberrante e abusiva. Nunca vi dar dinheiro para adversário. Isso cheira fortemente a caixa 2 e, sem dúvida, dá para desconfiar de uma lavagem de dinheiro”, declara. O deputado Luiz Fernando afirma que arrecadou dinheiro para a campanha de seu irmão pois a cidade precisava de uma nova gestão depois de dois mandatos do PT e PMDB, mas diz que não se lembra do nome da empresa doadora da verba que irrigou a campanha do irmão. Com os R$ 100 mil doados pelo PMDB mineiro, a campanha de Bebeto Faria arrecadou R$ 685 mil,

contra pouco mais de R$ 50 mil da chapa adversária, formada por Labenert Mendes Ribeiro (PT) e seu vice Edson Toledo (PMDB). Além de eleger o prefeito, a chapa do PP obteve nove, das 11 vagas da Câmara de Vereadores. De acordo com ISTOÉ, a quantidade e a qualidade do material de campanha, além da distribuição de brindes em comícios, levaram a coligação PT/PMDB a pedir à Justiça Eleitoral uma investigação por abuso de poder econômico Durante essa investigação, o advogado Conrado Luciano Baptista, especialista em direito público, descobriu a doação suspeita feita pelo então presidente do PMDB e atual ministro da agricultura, Antônio Andrade. O tesoureiro do PMDB, Célio Mazoni, garante que tem o registro de toda a movimentação e que o caso de Santos Dumont é isolado. Segundo a reportagem, a prestação

de contas do PMDB mineiro indica que o partido fez doações para adversários em pelo menos mais três cidades. Mas o que leva um partido a apoiar seus adversários nas eleições? De acordo com ISTOÉ, o caso desafia a compreensão e pressupões não apenas violações éticas, mas crime eleitoral e contra o sistema financeiro. De acordo com Antonio Rollo, o candidato que foi eleito fez a parte dele e registrou a doação do PMDB. Mas o partido que recebeu esse dinheiro tem a responsabilidade de saber de onde ele veio. Não é um p r o b l e m a m e r a m e n t e eleitoral.

ISTO

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renda mensal de até dois salários mínimos e não se aplica à Copa das Confederações, à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016. O limite destinado ao público jovem é de 40% dos ingresso de cada evento. Para ter acesso à meia-entrada, as famílias dos jovens devem possuir registro no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. O projeto de Lei ainda prevê a garantia de direitos básicos nas áreas de educação, saúde, trabalho, lazer, mobilidade e acesso á Justiça para os mais de 70 milhões de brasileiros que estão incluídos na faixa etária entre 15 e 29 anos. O estatuto ainda precisa ser apreciado pela Cãmara dos deputados, onde havia sido aprovado em 2011. como passou por alterações no Senado, o texto deve voltar para a Casa de origem.

A seguir, você vai poder ficar a par dos principais pontos do Estatuto da Juventude. Confira.

Região comemorou Inconfidência com tradicional cavalgada

Região. O evento completa 25 anos, resgatando a memória de um dos maiores acontecimentos da história do Brasil

A 25ª edição da Cavalgada da Inconfidência marcou o feriado de 21 de abril nas cidades de Tiradentes e São João del-Rei. O evento tradicional contou com a participação de quase mil cavaleiros e amazonas de diversas regiões. O prefeito de São João del-Rei, o barrosense Helvécio Luiz Reis, afirma que o evento é um ato simbólico importantíssimo, por fazer reverência aos nossos heróis da Inconfidência Mineira. Já o prefeito de Tiradentes, Ralph Justino realçou a importância

da Cavalgada da Inconfidência como valorização da nossa região como berço da Liberdade. O organizador e idealizador do evento, Baldonedo Arthur Napoleão ressalta a importância da Cavalgada para resgatar um acontecimento com importância e dimensão histórica imensas na política brasileira. Ulisses Passarelli, Superinten-dente de Cultura de São João del-Rei também destacou a impor-tância simbólica e o valor cívico e patriótico do evento, que já virou tradição no 21 de abril.

Foto: Luciano Nascimento

Page 10: Jornal Primeira Página - Maio de 2013

Sustentabilidadeno Cotidiano

Sustentabilidade é dar suporte a alguma coisa. De um tempo pra cá essa palavra tá em todas as partes: de roupas a carros, de prédios a empreendimentos, o termo é utilizado para mostrar que aquilo foi feito através de um bom uso dos recursos naturais, de uma forma que não prejudicou a natureza. O ser humano é praticamente o único ser vivo que utiliza os recursos naturais para produzir as coisas que usa. Com a população mundial ultrapassando os 7 bilhões de indivíduos, fica cada vez mais difícil assegurar essa sustentabilidade em nossa vida.

primeira página10 Vida, Saúde, Sustentabilidade, Comportamento

Geraldo Napoleão NetoTurismo e Des. Sustentável - UFMG; Ciências do Meio Ambiente - UFRJ

Muitas vezes parece que não podemos fazer mais nada para evitar os problemas que estão acontecendo ao nosso redor, porém, podemos fazer diversas coisas no nosso dia-a-dia para assegurar que o ambiente ao nosso redor fique mais saudável, mais bonito, com mais vida e com isso, gastamos menos dinheiro e nossa saúde também fica melhor. Abaixo você pode ver algumas coisas que pode fazer pra ajudar o mundo onde você vive:• Compre aparelhos elétricos que consumam pouca energia;• Lâmpadas: Mude para fluorescente e use termostato com timer;• Diga para todos não arruinarem o

mundo onde vocês vivem e vão viver;• Recicle, plante árvores, muitas árvores;• Se você tiver um carro Flex, use álcool. Ande mais de bicicleta ou a pé;• Vá a prefeitura pedir para que eles tomem providências para melhorar a situação;• Chame a atenção da comunidade, participe dos programas de rádio e escreva nos jornais;• Se acreditar em preces, reze para as pessoas encontrarem força pra mudar;• Aprenda o máximo que puder sobre a crise do clima e transforme esse conhecimento em ação;• Tome banhos mais rápidos,

desligue a torneira enquanto lava a louça ou escova os dentes;• Não jogue lixo nas ruas e nos atrativos naturais e, quando puder, pegue o que os outros jogarem, orientando as outras pessoas a fazerem isso também;• Desenvolva projetos para conscientizar as pessoas a fazerem isso também;• Assista ao filme: “Uma verdade inconveniente”; Agindo assim, você pagará menos na sua conta de energia, de água e gastará menos dinheiro com combustível; com a saúde melhor, não vai precisar gastar com remédios, o ambiente ficará mais bonito, com mais vida e você, consequentemente, mais feliz.

Campanha “Plante uma Árvore”2012Foto: Máquina do Tempo

Comportamento. O hit Harlem Shake virou febre entre os jovens e número de vídeos postados no YouTube aumenta a cada dia.

Do the Harlem Shake!Tudo começou com um vídeo de 32 segundos, publicado em 30 de janeiro por um grupo de amigos que dança de forma descoordenada ao som da faixa Harlem Shake, do DJ norte-americano Baauer. A estrutura do vídeo é simples. Nos primeiros 15 segundos, quando a mú-sica é mais lenta, um dos amigos dança sozinho. Em seguida, a música fica mais acelerada e contagia a todos, que dançam de forma livre e desajeitada. O vídeo virou febre e ganhou várias versões ao redor do mundo. A adesão ao viral é tão grande que, de acordo com o YouTube, cerca de quatro mil novas versões são postadas por dia. Uma das possíveis origens da ex-pressão Harlem Shake seria o fato de o gingado ter sido inspirado nos mora-dores do Harlem, uma bairro de Nova Iorque.Con los terroristas! Na nossa região, já temos versões das cidades de Bar-bacena, Alfredo Vasconcelos, São João del-Rei e, claro, Barroso. Tem o Harlem Shake até da UFSJ. Há muitas versões inusitadas, de famosos, como times de futebol, companhias militares e até a equipe do Programa do Jô, da Rede Globo.Os virais. Com a criação do YouTube em 2005, os virais surgiram como uma epidemia na Internet. Eles parecem bobagem para quem vê, mas têm mol-dado o comportamento das pessoas on-line e off-line, principalmente pelo espaço que ganharam na TV.Cuidado com a brincadeira! Brincar é legal, mas dentro dos limites. Alguns vídeos abusaram dos direitos morais e sexuais e foram censurados pelo YouTube e outros viraram caso de po-lícia. Em uma escola estadual de Goiâ-nia, sete alunos foram expulsos após fazer a gravação do vídeo no banheiro da escola, usando o uniforme da insti-tuição. A polícia foi acionada. Nos EUA, a Agência de Aviação investiga uma versão feita dentro du-rante um voo comercial. Pode não ter sido tão grave, mas tudo tem sua hora e lugar adequados.

O viral invade a ficção, com versão dos famosos personagens de “The Simpsons”.

A turma de Barroso fez o Harlem Shake na Praça Santana.

Em São João del-Rei, os jovens fizeram uma versão enquanto o trem passava.

O Harlem Shake da UFSJ foi feito no Campus Santo Antônio.

Abaixo, a equipe do Programa do Jô, liderada pelo famoso Bira.

A Amazônia está “virando bife”! 62,2% do desmatamento da maior floresta nativa do mundo é causado pela pecuária extensiva, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Além dos desmatamento para a criação de pastos, ele também ocorre para expandir a área destinada ao plantio de soja, utilizada na produção de farelo, matéria-prima da ração para o gado e outros animais utilizados na alimentação humana. O Brasil possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, com mais de 200 milhões de cabeças de gado, praticamente uma por habitante. Além disso, o país é o maior exportador de carne do planeta. O Greenpeace divulgou, em 2009, um relatório, fruto de três anos de pesquisas, que denunciava carne e couro procedentes de fazendas que desmatavam ilegalmente e que se infiltravam nas grandes processadoras do sul do Brasil e abastaeciam marcas mundiais de calçados, moda, carne e alimentos. Mas nem tudo está perdido. No

mês passado, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) assinou um termo de compromisso com a procuradoria da República contra a comercialização de carne bovina procedente de fazendas que desmataram a Amazônia ilegalmente ou adotaram outras práticas ilegais, como o trabalho escravo, por exemplo. Esse monitoramento será possível graças ao relatório do Greenpeace, citado anteriormente, que denunciou 13 grandes frigoríficos e 22 fazendas do Pará e já havia feito com que a procuradoria firmasse acordos com frigoríficos. Outro problema que afeta a produção de carne no Brasil é a falta de fiscalização sanitária. A revista ISTOÉ de 17 de abril, com a manchete “Podridão Sanitária”, denunciou a omissão e conivência de médicos veterinários ao não fiscalizarem a carne vendida no país, colocando em risco a saúde da população brasileira. A reportagem divulgou uma pesquisa da ONG Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, segundo o qual 30% da carne consumida no país não passa por nenhuma fiscalização.

Pecuária é a maior responsável pelo desmatamento da Amazônia

Destruição. A pecuária bovina é a maior responsável pelo desmatamento no Brasil. A criação de aves e suínos também contribui.

Rua Joaquim Meireles, 265, Centro.Barroso - MGTel.: (32) [email protected]

Recicle a informação: passe este jornal para outro

leitor! Recicle o papel: não jogue este impresso em

vias públicas! O planeta agradece!

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Page 11: Jornal Primeira Página - Maio de 2013

VÁ DE

BIKE!Andar de bicicleta faz bem para a saúde e para o meio ambiente!

Sempre que possível,VÁ DE BIKE!

Pesquisa revela que a hipertensão atinge 22,7% dos brasileiros adultos

A hipertensão atinge 22,7% da população adulta brasileira. Desse total, o diagnóstico em mulheres é mais comum, 25,4%, e em homens 19,5%. Os dados são da mais recente pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2011, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. “A mulher está mudando o perfil. Antes ela cuidava dos filhos e o marido ia para o trabalho. Hoje não. A mulher ocupou um espaço na sociedade igual ao do homem. Ela tem as mesmas posições. Está submetida às mesmas situações de estresse e ainda tem dupla jornada. Além de trabalhar fora, ela chega em casa faz as lições com as crianças, vai ao supermercado. Ela tem uma carga de trabalho maior e ainda está fumando mais. Inclusive vem aumentando, gradativamente, a mortalidade entre mulheres por doença cardiovascular”, disse o coordenador da campanha nacional contra a hipertensão da

Sociedade Brasileira d e Cardiologia (SBC), Carlos Alberto Machado.

Adaptado da Agência EBC Ainda conforme a pesquisa, há diferença entre níveis de escolaridade. Enquanto na faixa de mulheres com até oito anos de escolaridade 34,4% informaram diagnóstico de hipertensão, entre as de nível superior foram 14,2%. “As mulheres com menos escolaridade, em geral, têm menos informação e menos acesso aos serviços de saúde para fazer o diagnóstico. Tenta marcar uma consulta na saúde básica no posto de saúde perto da sua casa. Hoje uma das grandes lutas da sociedade é qualificar a atenção básica e facilitar o acesso na rede primária que é porta de entrada do sistema de saúde qualificado”, informou. O cardiologista alertou que os números podem ser maiores, porque a pesquisa é feita por telefone fixo e nos horários em que as pessoas são encontradas em casa. Agora, de acordo com ele, o questionamento deve ser ampliado porque a pesquisa vai começar a ser feita também em celulares. “A gente acredita que os números são subestimados e que o número real é maior do que os dados do Vigitel, mas m e s m o s u b e s t i m a d o s são muito altos. A gente p r e c i s a melhorar isso”.

Pelos cálculos da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o Brasil tem, atualmente, cerca de 32 milhões de hipertensos com mais de 20 anos de idade. Segundo o coordenador, o grande problema é que a maioria dos hipertensos nem sabe que tem a doença. “Inicialmente ela não dá sintomas e apesar de não dar sintomas ela vai causando uma série de lesões em vários órgãos. Ela pode lesar o coração, o cérebro, os rins, os olhos”, alertou o médico. De acordo com o cardiologista, a hipertensão é responsável por 80% dos derrames, por 40% de doenças como infarto e 37% dos casos de insuficiência renal, que levam os doentes à diálise. Ele disse que não tem cura, mas com tratamento é possível controlar em 100% nas pessoas atingidas. Para o médico, diante das possibilidades de acompanhamento médico e de remédios disponíveis nas redes de atendimento público, não se justifica mais a internação e a morte de pessoas hipertensas. Há duas formas de tratamento, o medicamentoso, por meio

de remédios, e o n ã o medicamentoso, q u e r e p r e s e n t a a s mudanças no estilo d e vida.

Fatores que aumentam

os riscos de hipertensão

São diversos os fatores que podem aumentar as chances de uma pessoa se tornar hipertensa. Confira abaixo:

IDADE: A pressão arterial aumenta à medida que envelhecemos.

OBESIDADE: O excesso de peso aumenta a prevalência de hipertensão em até 50%.

FUMO: O tabagismo é um importante fator de risco para doenças cardio-vasculares.

ÁLCOOL: O uso descontrolado de bebidas alcoólicas traz sérios riscos à saúde do coração.

DIABETES: Portadores da doença têm o dobro de chances de desenvolver hipertensão.

ESTRESSE: si-tuações estres-santes também podem elevar a pressão arterial

HEREDITARIEDADE: filhos e parentes de hipertensos têm mais chance de terem a doença.

SAL: A ingestão incontrolada de sal aumenta os níveis de sódio no sangue.

GORDURA: prefira alimentos naturais e carne branca a produtos industria-lizados

SEDENTARISMO: A falta de atividade fí-sica contribui para o aumento da pressão arterial

NEGROS represen-tam o grupo que tem as formas mais graves de hiperten-são

primeira página Vida, Saúde e Sustentabilidade 11

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Sobre a saúdedo hospital

Muito se tem falado sobre o conflito entre o hospital de Barroso e a prefeitura municipal. Nas rodas de amigos, nas rádios e nos lares, o assunto tem sido recorrente. Rumores de fechamento, salários de plantonistas atrasados, reuniões de parte a parte e um verdadeiro cabo de guerra travado nos bastidores. A contenda se deu devido a discordância nos valores dos repasses (subvenções) que a prefeitura disponibiliza mensalmente ao Hospital.

Sei não! Vejo conotação política nesta quirela! Tudo teve início no fim de 2012, por época da votação do orçamento do ano de 2013, em que, os vereadores de então, aprovaram um reajuste na subvenção destinada ao hospital. O valor que era de R$ 45 mil mensais foi elevado a R$ 62,5 mil. Reajuste irrisório se comparado aos cerca de R$ 100 mil mensais que a prefeitura de Carandaí repassa ao seu hospital. A prefeita, através de seu secretário de finanças bateu o pé e disse que não tem espaço no orçamento para assumir mais este

compromisso. O que pode repassar são os valores praticados em 2012 e nada mais. Em espaços nas rádios e jornais impressos da cidade e vizinhança, a prefeita veiculou anúncios expondo sua maneira de ver a coisa, que aqui as pondero: É verdade que a subvenção está e sempre esteve em dia. É verdade que a subvenção foi criada no mandato dela, etc... Mas não é isso que se está discutindo agora. A ordem do dia é: cumprimento de uma lei votada e aprovada pelo Legislativo barrosense. Foi aprovado o reajuste nas subvenções e tudo que se espera, ou pelo menos se esperava, era o seu

cumprimento por parte do executivo municipal. Todos sabem que a saúde pública no Brasil é deficitária. O que é repassado pelo SUS através de procedimentos médico-hospitalares não cobre os custos. E a manutenção de hospitais em cidades com menos de 50 mil habitantes é desincentivada pelo Ministério da saúde através de boicotes em programas e investimentos federais, carreados para hospitais de maior porte. Com isto, é fácil entender que ter o hospital funcionando bem em Barroso é uma dádiva para toda a

a população da cidade. Seria interessante que autoridades, empresas e cidadãos, ligados ao setor ou não, tomassem o Hospital como algo a ser preservado por todos. Ajudado por todos a se manter aberto, funcionando, equipado, com profissionais satisfeitos e trabalhando em prol da saúde de seu povo, com a comodidade de não ter que sair de Barroso para ser atendido numa emergência.

Luciano Napoleão de SouzaGinecologista e Obstetra

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Page 12: Jornal Primeira Página - Maio de 2013

primeira página12 Especial

Grande parte dos crimes cometidos em Barroso são de caráter social

Estrutura Social versus Criminalidade. De acordo com a Assistente Social Judicial da Comarca de Barroso, Adriane Resende, a cidade é tipicamente urbana, com problemas sociais típicos de centros urbanos. Sendo assim, os crimes estão sempre ligados à questão social.

A sensação de insegurança no Brasil não é sem fundamento. Somos, de fato, um dos países mais violentos da América Latina que, por sua vez, é a região mais violenta do mundo. O que não se esperava era que essa sensação de insegurança che-gasse a uma cidade historicamente pacata, como Barroso. O aumento da criminalidade está intimamente ligado aos pro-blemas sociais. Desigualdade social, desemprego e a cultura do consu-mo contribuem para que os indiví-duos sigam o caminho do crime. De acordo com a Assistente Social judi-cial da Comarca de Barroso, Adriane Caldeira Resende, “podemos listar uma série de problemas sociais que acarretam aumento da criminali-dade, mas dentro de um raciocínio que vai além da questão do aumen-to da criminalidade, encontraremos respostas mais abrangentes”. Resende utiliza uma parábola para explicar a ligação entre a cri-minalidade e os problemas sociais. “Há um tempo costumava utilizar uma estória de pessoas que avis-tavam crianças sendo trazidas pela correnteza de um rio e que mui-tos adultos tentavam salvar tais crianças até que alguém propôs que todos subissem o rio para saber quem estava jogando as crianças no rio. Este pensamento é válido porque vivemos em um lugar que não costuma questionar a real fon-te (origem) dos riscos e males. Hoje proponho que pensemos em um lugar onde as pessoas precisam sobreviver, onde as oportunida-des são mal distribuídas, onde os principais geradores de renda uti-lizam mão-de-obra que não é do lugar, onde a empregabilidade não oferecerá, a médio e longo prazo, soluções para a grande maioria

A Assistente Social Judicial da Comarca de Barroso, Adriane Resende, destaca a importância de as autoridades policiais dialo-garem com setores da sociedade barrosense. “Acho importante que os empresários tenham se reunido com a PM. Tomando como base o processo de “es-cuta” a que me submeto diaria-mente no trabalho, seria impor-tante que a PM se dispusesse a ouvir os cidadãos de cada bairro do Município, principalmente os bairros de periferia”. Adriane considera que o nú-mero de policiais em Barroso não é suficiente, tendo em vista que a população flutuante está aumentando com a ampliação industrial, mas também afirma que a criminalidade não é uma questão que compete só à polí-cia, assim como disse o tenente Wolkester aos empresários, em reunião na Acib no mês passa-do. No entanto, o papel dos po-liciais é essencial. “O fenômeno da criminalidade é complexo e extrapola a questão da atuação policial. Entretanto, a presença ostensiva da polícia traz uma sensação de segurança e coíbe sim atos criminosos”, afirma a Assistente Social Judicial.

75% dos jovens infratores no Brasil são usuários de drogas, aponta CNJ.

A pesquisa “Panorama Nacional, a execução das Medidas Socioeducati-vas de Internação”, foi realizada pelo Departamento de Monitoramento de Pesquisas Judiciárias (DMF) e pelo Departamento de Pesquisas Ju-diciárias (DPJ ) entre julho de 2010 e outubro de 2011 em 320 estabeleci-mentos de internação no Brasil. 74,8% dos jovens entrevistados faziam uso de drogas ilícitas. A ma-conha foi a mais citada (89%), segui-da da cocaína (43%). Na região Nor-deste, o crack foi a segunda droga mais utilizada (33%). Segundo o CNJ, os atos infracio-nais mais comuns são os crimes con-tra o patrimônio, como roubo e furto e tráfico de drogas.

Foto: Agência Brasil / EBC

PM defende que contingente policial é suficiente em Barroso, que a PM cumpre seu papel de reprimir os crimes. A questão da criminalidade é social, segundo o tenente Wolkester.

Em reunião na Acib, empresários (a maioria vítima de roubos) reclamaram da sensação de insegurança no comércio e alegaram que o contingente policial em Barroso é insu-ficiente. Os comerciantes também destacaram a regionalização do plantão da Polícia Civil como ponto negativo, que torna mais burocrático registro das ocorrências policiais.

Os dados sobre o perfil dos infra-tores mostram que a maioria deles têm baixa escolaridade e advêm de famílias desestruturadas. A idade média dos adolescentes internados é de 16,7 anos. 57% deles declararam que não frequentavam a escola antes de serem internados. 8% afirmaram ser analfabetos. Quanto às relações familiares, 14% deles têm filhos, 43% foram criados apenas pela mãe e 4% só pelo pai, 38% foram criados por am-bos e 17% pelos avós. Entre os aspectos comuns à maioria dos entrevistados estão a criação em famílias desestruturadas, a defasagem escolar e a relação com entorpecentes.

Entretanto, pontuamos que Minas Gerais, assim como outros Estados, não apresenta eficiência na apli-cação da medida bem como não ofe-rece vagas suficientes para a deman-da existente”, declara.OPINIÃO. No mês passado, o gover-no se pronunciou contra a redução da maioridade penal. Há controvér-sias sobre os efeitos dessa medida na redução da criminalidade, uma vez que aumentaria a população carcerária em um sistema prisional que não ressocializa o detento; pelo contrário, produz ainda mais crimi-nosos. É preciso maior investimen-to em programas para garantia dos direitos básicos de nossas crianças, como Saúde, Educação, Habitação, Lazer, Cultura, entre outros.

das pessoas que moram no lugar”, declara. Adriane afirma que os índices de criminalidade podem aumen-tar com o crescimento econômico desigual. “Há um sentimento de frustração, há adaptações emer-genciais da população para cap-tar recursos, há um risco grande de mudanças negativas como um possível aumento dos casos de promiscuidade sexual, prostituição, tráfico de drogas, utilização de dro-gas lícitas e ilícitas, abandono de valores, gravidez precoce, aumento de influências negativas na edu-cação e seu abandono, influências negativas pelo comércio do prazer, do entretenimento ligado ao pra-zer, dos riscos à saúde, dos riscos à infância e juventude, da transgres-são moral e do com prometimen-to da escuta, do ouvir, influências negativas que poderão aumentar a violência e seus índices”, afirma. A Assistente Social declara, ain-da, que as autoridades competentes devem ficar atentas a essas ques-tões. “Há um desvalor que passa a ser útil porque traz soluções rápi-das em forma de dinheiro, prazer e

obtenção de coisas, fazendo cres-cer o índice de crimes e de males sociais, dentre outras questões. Existem condutas que precisam ser ajustadas pelos órgãos competen-tes a fim de que os danos sociais não sejam um gatilho pronto para disparar contra todos que são ex-postos a problemas sociais”. Adriane Resende avalia que os investimentos em prevenção de crimes em Barroso não são sufi-cientes. “Não somente em Barroso mas em todo o País, os investimen-tos nas áreas de prevenção não só de crimes, mas de mazelas sociais, são insuficientes. A política nacio-nal de assistência social investe pesadamente em programas as-sistencialistas (Bolsa-família, por exemplo) e de forma insuficiente em programas de promoção social, como enfrentamento da prosti-tuição juvenil, trabalho infanto-juvenil e outros. E ainda, não há uma articulação entre a política de assistência social, saúde, edu-cação, dentre outras”, argumenta. A realidade social deve ser tratada como um todo, num tra-balho em rede, segundo Adriane.

“A realidade então é fragmentada e os problemas analisados iso-ladamente, como se a realidade social não fosse um todo. Daí, o trabalho “em rede” não aconte-ce. O modelo atual de atuação governamental prevê uma espe-cialização por áreas e isso facilita a “transferência de responsabili-dades”, enquanto a solução dos problemas é adiada”. O contexto se repete em re-lação às ações de prevenção. “Quanto a iniciativas de pre-venção, também a nível nacio-nal, entendo que consistem em programas de suporte a família e criança, na área de promoção so-cial. Enfim, infelizmente, a nível nacional, e consequentemente, a nível estadual e municipal, os recursos necessários à implemen-tação de programas realmente eficazes na área de assistência so-cial, não ocorrem”, destaca a As-sistente Social Judicial. Os governos Federal, Estadual e Municipal exercem papel crucial no combate e prevenção dos pro-blemas sociais, aponta Resende. “O Poder Público tem obrigações

Constitucionais na prevenção de problemas sociais que podem levar ao crescimento de índices positivos na Educação, Saúde, Cultura, Lazer, Assistência Social, Orçamento, etc”. Adriane ressalta que essas questões devem ser de interesse comum e não levar em conta as-pectos partidários. “Participação popular e a releitura da realida-de pelos Administradores podem contribuir para a diminuição de fa-tores negativos e criminalidade. A elaboração de políticas públicas, a readequação de impactos sociais causados por grandes empreen-dimentos poderá ser um bom co-meço”, afirma. A ação da iniciativa privada também é importante no auxílio ao combate desses problemas. “Se um empreendimento prevê que agirá de modo a mitigar im-pactos sociais e não o faz, então, acredito que ele deva ser convida-do a adequar sua intervenção no Município a fim de diminuir ações e omissões que terão reflexo na sociedade”, argumenta Adriane Caldeira Resende.

O que acontece com os menores em prática de ato infracional em Barroso?

Dialogar é precisoO que acontece com os menores em prática de ato infracional em Barroso?

Adriane Resende explica como são tratados os menores que cometem atos infracionais em Barroso. “Em Barroso, os adolescentes em prática de ato infracional que recebem a medida judicial socio-educativa de prestação de serviços à comunidade ou liberdade assistida são encaminhados para o CREAS, li-gado à Assistencial Social Municipal que, através de uma equipe técnica interdisciplinar, recém estruturada, conforme previsão legal, acompanha o cumprimento da medida”, afirma. “Quanto ao ato infracional mais gravoso, como ato análogo a tráfico (prática reiterada) e homicídio, o Juiz de Direito determina a internação em estabelecimento próprio, res-ponsabilidade do governo do Estado.