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Quarta-feira, 26 de Janeiro de 2005 I Série Número 5 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA JORNAL OFICIAL Sumário SECRETARIAREGIONAL DO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS Portaria n.º 3/2005 Aprova o Regulamento dos Sistemas Públicos de Abastecimento de Água e de Águas Residuais Supra-Municipais da Ilha do Porto Santo.

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Quarta-feira, 26 de Janeiro de 2005

ISérie

Número 5

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

JORNAL OFICIAL

SumárioSECRETARIAREGIONAL DO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS

Portaria n.º 3/2005Aprova o Regulamento dos Sistemas Públicos de Abastecimento de Água e de ÁguasResiduais Supra-Municipais da Ilha do Porto Santo.

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2 26 de Janeiro de 2005INúmero 5

S E C R E TA R I AR E G I O N A L DO AMBIENTE E DOSRECURSOS NAT U R A I S

P o rtaria n.º 3/2005

O Decreto-Lei n.º 207/94, de 6 de Agosto e o DecretoRegulamentar n.º 23/95, de 23 de Agosto, consagram o regimelegal e regulamentar em matéria de sistemas públicos e prediaisde abastecimento de água e de drenagem principal, tratamento edestino final supramunicipal das águas residuais urbanas. Osreferidos diplomas definem os princípios a que devem obedecera concepção, a construção e a exploração dos referidos sistemas eestipulam que as entidades fornecedoras devem aprovar os seusregulamentos em consonância com as disposições legais eregulamentares aplicáveis.

Nos termos do Decreto Legislativo Regional n.º 28-C/99/M,de 23 de Dezembro (designação decorrente da Declaração deRectificação n.º 23-H/99, de 31 de Dezembro) e do Contrato deConcessão celebrado no dia 5 de Janeiro de 2000, a I G A -Investimentos e Gestão da Água, S.A. é a entidade concessionáriado Sistema de Gestão e Abastecimento de Água da RegiãoAutónoma da Madeira, no âmbito do qual se incluem os serviçosde dessalinização, distribuição da água em alta e em baixa,irrigação agrícola e drenagem principal, tratamento e destino finalsupramunicipal das águas residuais urbanas na Ilha do PortoSanto, em consonância com os limites do sistema concessionadoconsagrado no citado diploma regional. O presente Regulamentovisa, portanto, regular o serviço público essencial com o âmbitoacima identificado, tendo em consideração as condiçõesespecíficas da Ilha do Porto Santo.

O Regulamento em anexo foi submetido a parecer daAssociação de Municípios da Região Autónoma da Madeira,conforme determina a Base X X X do Anexo II do DecretoLegislativo Regional n.º 28-C/99/M, de 23 de Dezembro, bemcomo da Câmara Municipal do Porto Santo, tendo a proposta deregulamento sido objecto de aprovação pelo Conselho doGoverno Regional mediante a Resolução n.º 1853/2004, de 29 deD e z e m b r o .

Assim, manda o Governo Regional da Madeira, peloSecretário Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, aoabrigo do disposto na alínea d) do artigo 69.º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira, aprovado pelaLei n.º 13/91, de 5 de Junho, com a redacção e numeraçãointroduzidas pela Lei n.º 130/99, de 21 de Agosto, e pela Lei n.º12/2000, de 21 de Junho, o seguinte:

1 - É aprovado o Regulamento dos Sistemas Públicos deAbastecimento de Água e de Águas Residuais Supra-Municipais da Ilha do Porto Santo, o qual consta comoanexo à presente Portaria, da qual faz parte integrante.

2 - Esta Portaria entra em vigor no dia seguinte ao da suap u b l i c a ç ã o .

Assinada em 12 de Janeiro de 2005.

O SE C R E T Á R I O RE G I O N A L D O AM B I E N T E E D O S RE C U R S O SNAT U R A I S, Manuel António Rodrigues Correia.

Anexo à Portaria n.º 3/2005, de 12 de Janeiro

Regulamento dos Sistemas Públicos de Abastecimento de Águae de Águas Residuais Supra-Municipais da Ilha do Porto Santo.

Artigo 1.ºO b j e c t o

1 - O presente Regulamento é aprovado nos termos daBase XXX do Anexo II do Decreto Legislativo Regionaln.º 28-C/99/M, de 23 de Dezembro, em consonância

com a Lei n.º 23/96, de 26 de Julho, e ao abrigo dodisposto no n.º 2 do artigo 32.º do Decreto-Lei n.º207/94, de 6 de Agosto, em conformidade com o DecretoRegulamentar n.º 23/95, de 23 de A g o s t o .

2 - Este Regulamento tem por objecto os sistemas públicosde adução e de distribuição de água, de drenagem supra--municipal, tratamento e envio a destino final das águasresiduais na Ilha do Porto Santo, em conformidade como âmbito definido no Decreto Legislativo Regional n.º28-C/99/M, de 23 de Dezembro

3 - Estão excluídos deste Regulamento os sistemas dedrenagem municipais ou domiciliárias, excepto no querespeita à verificação da qualidade dos afluentes aosistema de drenagem supra-municipal de águas residuaisurbanas, de tratamento e de envio a destino final.

Artigo 2.ºEntidade gestora, licenciadora e princípios de gestão

1 - A I G A - Investimentos e Gestão da Água, S.A. (adiantedesignada por I G A) é a entidade gestora dos sistemaspúblicos de distribuição de água e de drenagem,tratamento e destino final supra-municipal das águasresiduais urbanas, qualidade decorrente do contrato deconcessão celebrado com a Região Autónoma daM a d e i r a .

2 - A Região Autónoma da Madeira é a entidadeConcedente e assim será designada no presenteR e g u l a m e n t o .

3 - A Câmara Municipal do Porto Santo, no que respeita àconstrução de obras, é a entidade licenciadora e assimserá designada no presente Regulamento.

4 - A gestão dos sistemas públicos de abastecimento deágua, de drenagem e tratamento supra-municipal deáguas residuais é conjunta, devendo a I G A assegurar oequilíbrio económico e financeiro do serviço.

Artigo 3.ºResponsabilidades e direitos da entidade gestora

1 - É da responsabilidade da entidade gestora:a) Elaborar planos gerais e instalar sistemas de

abastecimento de água ou de drenagem supra-municipal de águas residuais urbanas, detratamento e de envio de afluentes tratados emconformidade com os planos de investimentosprevistos no contrato de concessão ou aprovadospela Concedente;

b) C o n s e r v a r, reparar e manter em bom estado defuncionamento todas as infra-estruturashidráulicas do Sistema Regional de Gestão eAbastecimento de Água ou que pertençam àsredes públicas, quer fiquem situadas nas viaspúblicas, quer atravessem propriedadesparticulares em regime de servidão, mesmo queo seu assentamento tenha sido realizado aexpensas dos consumidores interessados;

c) I n s t a l a r, substituir ou renovar ramais de ligaçãode água potável a sistemas públicos conces-s i o n a d o s ;

d) I n s t a l a r, manter ou substituir sistemas demedição de caudais nas ligações ou em redes

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concessionadas, garantindo as suas adequaçõesm e t r o l ó g i c a s ;

e) Emitir parecer sobre todos os projectos denatureza pública ou privada a ligar a sistemaspúblicos de abastecimento de água ou dedrenagem supra-municipal de águas residuaisurbanas, verificar as respectivas conformidadesaos projectos aprovados e às disposiçõestécnicas legais e regulamentares e recepcionarinstalações nos termos constantes no presenteR e g u l a m e n t o ;

f) Submeter os componentes dos sistemas públicosde distribuição de água e de drenagem de águasresiduais com repercussão supra-municipal aensaios que assegurem a perfeição do trabalhoexecutado, antes das respectivas entradas ems e r v i ç o ;

g) Tomar as medidas necessárias para evitar danosnos sistemas prediais resultantes de alterações depressões na rede pública de distribuição de água,no caso de ligações licenciadas;

h) Proceder ao serviço público de distribuição deágua potável, bem como proceder à elevação,tratamento e envio a destino final das águasresiduais urbanas, garantindo a continuidade dosserviços públicos;

i) Garantir a qualidade da água distribuída paraconsumo humano nos termos da legislação emv i g o r, verificar a adequação dos parâmetros dequalidade dos afluentes ao sistema supra-municipal de águas residuais e zelar pelacompatibilidade entre a qualidade e os processosde tratamento de jusante;

j) Aplicar taxas e tarifas sobre os serviçosprestados nos termos aprovados pelaC o n c e d e n t e .

2 - A I G A tem o direito de interromper ou restringir osserviços de abastecimento de água ou de drenagemsupra-municipal, consoante o caso, sempre que sev e r i f i q u e :a) Deterioração da qualidade da água distribuída ou

previsão da sua deterioração a curto prazo, oudeterioração da qualidade das águas residuaisafluentes ao sistema supra-municipal ded r e n a g e m ;

b) Avarias ou realização de obras nos sistemasconcessionados, sempre que se justifique asuspensão, incluindo reparação ou substituiçãode ramais de ligação;

c) Situações fortuitas ou de força maior,nomeadamente incêndios, inundações e reduçãoimprevista do caudal ou poluição temporaria-mente incontrolável das captações;

d) Inexistência de condições de salubridade emsistemas prediais, devidamente confirmadaspelas autoridades sanitárias;

e) Modificação programada das condições deexploração dos sistemas concessionados oualteração justificada das suas condições técnicasde funcionamento;

f) Falta de pagamento das facturas relativas afornecimentos ou serviços prestados no âmbitoda concessão;

g) Quando seja impossibilitada, durante o períodode um ano consecutivo, a leitura ou verificaçãode um contador, ou a sua substituição oul e v a n t a m e n t o ;

h) Vício ou violação de contador, ou qualquer outromeio fraudulento para consumir água;

i) Modificação do sistema de distribuição predialsem prévia aprovação do seu traçado;

j) Confirmação de danos a terceirosdecorrentes do uso inadequado, de erros deconcepção ou de instalação de sistemasprediais.

3 - A suspensão de fornecimento de água a qualquerconsumidor com fundamento nas alíneas e), f), g) eh) do n.º 2 deste artigo só pode ter lugar após avisoprévio, nos termos do artigo 5.º da Lei n.º 23/96, de26 de Julho.

4 - A suspensão poderá ser imediata nos casos referidosnas alíneas a), b), c) e d) do n.º 2 do presente artigo.

5 - Quando a interrupção do fornecimento de água ou dadrenagem supra-municipal for determinada pelaexecução de obras ou por motivo não urgente, a IGAavisará, prévia e publicamente, os consumidores,cabendo a estes a responsabilidade das medidasnecessárias à atenuação ou anulação dasperturbações ou acidentes resultantes da interrupçãoforçada do serviço.

6 - No caso da falta de disponibilidade de água, a IGAdefinirá as prioridades de abastecimento, as quaisserão previamente publicitadas.

Artigo 4.ºZonas abrangidas e não abrangidas pelos sistemas

concessionados

1 - É da responsabilidade da IGA a instalação de redespúblicas de acordo com os planos de investimentoprevistos no contrato de concessão ou aprovadospela Concedente.

2 - É obrigação dos respectivos promotores a construçãode quaisquer redes de água para loteamento,urbanização ou condomínio novo ou existente, nostermos das condições técnicas que viabilizam asligações aos sistemas concessionados, cujo limite selocaliza no ponto de ligação às redes públicas.

3 - Para efeitos do abastecimento a zonas nãoabrangidas por redes públicas de abastecimento deágua, ou de zonas em que as redes públicas severifiquem manifestamente insuficientes paragarantir o normal abastecimento de água aloteamentos, urbanizações ou condomínios, osinteressados poderão propor à IGA a antecipação daextensão ou o redimensionamento de redes públicasde abastecimento de água em condições a acordarcom a concessionária.

4 - No caso do número anterior, a IGA fixará, caso acaso, o ponto de ligação das redes privadas à redepública de abastecimento de água com capacidade deadução e as condições que deverão ser observadaspara o estabelecimento das ligações, ficando todosos custos inerentes à concretização doprolongamento ou reforço das redes a cargo dosinteressados.

5 - As redes de distribuição de água referentes aloteamentos e urbanizações ou condomínios até oprimeiro contador ficarão afectas ao SistemaRegional de Gestão e Abastecimento de Água apósas suas recepções definitivas, revertendo para aConcedente no término do período da concessão.

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Artigo 5.ºResponsabilidade por sistemas não concessionados

1 - A construção, manutenção e conservação dossistemas públicos ou privados, a partir do primeirocontador, são da responsabilidade dos proprietários,usufrutuários ou condóminos.

2 - As obrigações atribuídas pelo número anterior aosproprietários e usufrutuários dos prédios, considerar-se-ão transferidas para os seus arrendatários ecomodatários quando estes as assumam perante aIGA.

3 - A IGA não assume qualquer responsabilidade pelosprejuízos que possam vir a afectar os consumidores,ou terceiros, em consequência de perturbaçõesacidentais nas canalizações das redes de distribuiçãoe da interrupção no fornecimento de água por avariasou por efeitos de obras que exijam a suspensão doabastecimento, e outros casos fortuitos, ou avariasnas instalações particulares.

4 - Compete aos consumidores tomar, em todos oscasos, as providências necessárias para evitaracidentes, devendo considerar a rede, para todos osefeitos, permanentemente em carga.

Artigo 6.ºObrigatoriedade de ligação aos sistemas públicos de

abastecimento de água

1 - Dentro da área abrangida, ou que venha a sê-lo, pelasredes de distribuição de água, os proprietários dosprédios existentes ou a construir são obrigados a:a) instalar os sistemas prediais de

abastecimento de água e de drenagem deáguas residuais de acordo com as disposiçõestécnicas previstas no Decreto Regulamentarn.º 23/95, de 23 de Agosto e demaislegislação aplicável;

b) requerer os ramais de ligação e as ligaçõesdos loteamentos aos sistemas públicos deadução/distribuição de água potável,assumindo todas as despesas inerentes nostermos do presente Regulamento, incluindoas correspondentes tarifas de ligação.

2 - A obrigatoriedade definida no número anterior, emcada prédio, diz respeito não só a todas as fracçõesque o compõem, mas também a zonas comuns quenecessitem de abastecimento de água.

3 - Os arrendatários e comodatários, medianteautorização dos proprietários, poderão requerer aligação dos prédios por eles habitados às redes dedistribuição de água, devendo para o efeito assumiro valor regularmente fixado nos prazos legalmenteestabelecidos.

Artigo 7.ºDesenvolvimento de projectos de sistemas

públicos ou prediais

1 - Os projectos relativos a sistemas públicos ouprediais de distribuição de água ou de drenagem deáguas residuais a ligar a sistemas concessionadosobservarão as disposições insertas no DecretoRegulamentar 23/95, de 23 de Agosto e demaislegislação aplicável, bem como as disposiçõestécnicas para estabelecimento de ligações constantesdo presente Regulamento, a cujo cumprimento secondiciona a aprovação de projectos e, uma vez

executadas as obras, as respectivas ligações asistemas concessionados.

2 - A simbologia e a terminologia a utilizar nodesenvolvimento de projectos é a indicada noDecreto Regulamentar n.º 23/95, de 23 de Agosto, eseus anexos I, II, III, VIII e XIII, enquanto que asunidades das diversas grandezas são as preconizadaspela legislação portuguesa.

5 - Os projectos de distribuição de água ou de drenagemde águas residuais urbanas prediais ou deloteamentos serão instruídos pelos elementosreferidos no Anexo I do presente Regulamento e,desta forma, apresentados para efeitos de aprovação.

Artigo 8.ºConcepção geral dos sistemas públicos de

distribuição de água

1 - As redes de distribuição de água deverão serprojectadas considerando que serão aduzidas atravésda rede pública, excepto em casos excepcionaisdevidamente justificados reconhecidos pelaconcessionária.

2 - No caso de loteamentos, a ramificação para cada lotenão poderá ser lançada em espaços de naturezaprivada, independentemente de qualquer autorizaçãoque possa o promotor ter obtido para o efeito.

3 - Não é permitida qualquer ligação entre a rede dedistribuição de água, pública ou privada, e as redesprediais de drenagem de águas residuais.

Artigo 9.ºDisposições técnicas de sistemas públicos de

distribuição de água

1 - As condutas que constituem as redes de distribuiçãode água serão executadas com tubagens de PEADMRS80 ligadas entre si por electro-soldadura, naclasse correspondente à pressão de serviço, ou deoutros materiais tecnicamente apropriados e aceitespela IGA.

2 - O diâmetro nominal mínimo a aplicar em redes dedistribuição na ilha do Porto Santo, que não sejamprediais, é de 90 mm, e, em casos excepcionais, dediâmetro 63 mm sujeito à aprovação da IGA, sendo 1MPa a classe de pressão mínima admitida.

3- As condutas de distribuição de água deverão, emregra, situar-se nos passeios, a uma profundidade de0,8 m e, não sendo possível, na via pública àdistância de 1 m da guia do passeio ou, na sua falta,no limite da propriedade em condições técnicas aestabelecer pela IGA.

4 - As redes de distribuição de água estarão dotadas comválvulas de seccionamento em número de três noscruzamentos e em número de dois nosentroncamentos.

5 - Serão obrigatoriamente instaladas válvulas de cortenos ramais e nas instalações que possam ser isoladas.

6 - Todas as válvulas de corte nas redes de adução edistribuição deverão ser em PVC, do tipo cunha, comclasse de pressão igual à do tubo e próprias para ligarao tubo de PEAD por electro-soldadura. Aceitam-seequipamentos alternativos, nomeadamente válvulasem FFD revestidas a epoxy com cunha elástica,

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flangeadas com sistemas de fixação totalmente emaço inoxidável AISI316, ou outros de qualidadeequivalente e aprovados pela IGA.

7 - Todas as válvulas de corte nos ramais de ligaçãodeverão ser em PEAD, do tipo esfera com classe depressão igual à do tubo. Aceitam-se equipamentosalternativos desde que de qualidade equivalente eaprovados pela IGA.

Artigo 10.ºConcepção geral de sistemas públicos de drenagem de

águas residuais

1 - É da responsabilidade dos utilizadores dos sistemaspúblicos de drenagem de águas residuais aimplementação de todas as medidas tendentes àgarantia da qualidade dos afluentes às infra-estruturas hidráulicas que constituem o sistemasupra-municipal de drenagem de águas residuaisurbanas, de tratamento e de envio a destino final sobgestão da IGA.

2 - O sistema de drenagem pública deverá serseparativo, ou seja, com infra-estruturasindependentes para águas residuais urbanas e águaspluviais, sendo expressamente proibidas as ligaçõesde águas pluviais às redes de águas residuais.

3 - O sistema público de drenagem de esgotos urbanosnão pode receber afluentes industriais não tratadosou outros que não cumpram com os parâmetrosestabelecidos para águas residuais urbanas.

4 - Não são permitidos os lançamentos na rede dedrenagem pública de águas residuais de efluentessusceptíveis de pôr em risco a saúde dostrabalhadores, as estruturas dos sistemas, otratamento e o meio ambiente ou que contrariem alegislação em vigor.

5 - É da responsabilidade da IGA a manutenção dasredes supra-municipais de águas residuais, a partirdos sistemas elevatórios, quer fiquem situadas nasvias públicas, quer atravessem propriedadesparticulares em regime de servidão.

6 - O sistema público de drenagem supra-municipal deáguas residuais gerido pela IGA abrange as águasresiduais domésticas e, desde que obedeçam aosparâmetros de recepção fixados pela legislação emvigor e haja disponibilidade de transporte etratamento, as águas residuais industriais.

Artigo 11.ºDisposições técnicas e concepção de sistemas prediais de

distribuição de água

1 - Todos os edifícios de utilização pública deverãoestar equipados com uma cisterna, preferencialmenteno piso inferior, com uma capacidade igual aovolume médio diário do mês de maior consumo,incluindo o respectivo sistema de bombagem, casose justifique.

2 - Todos os edifícios de habitação unifamiliar deverãopossuir um reservatório individual dimensionadopara 300 litros por instalação sanitária e cozinha,com um mínimo de 1 m3.

3 - Os edifícios de habitação colectiva terão que possuirum reservatório individual ou colectivo com umacapacidade mínima de 1 m3 por habitação.

4 - As cisternas colectivas serão constituídas por duascélulas cobertas em paralelo, e deverão oferecer asnecessárias garantias de estanquidade,acessibilidade, isolamento térmico e ventilação, bemcomo garantir boas condições sanitárias e defacilidade de limpeza e desinfecção.

5 - As cisternas individuais ou colectivas deverãopossuir o revestimento interno adequado em termossanitários e de facilidade de limpeza e estarequipadas com os acessórios apropriados ao bomfuncionamento da admissão e distribuição da água, àregulação do seu nível, às descargas de fundo e dee m e rgência, à ventilação e aos dispositivos deimpedimento de intrusão de animais e insectos.

6 - O ramal de ligação para cada fogo não poderáatravessar qualquer dependência ou compartimentode domicílio diferente.

7 - Quando se verificar a ligação dos sistemas prediaisàs redes públicas, serão obrigatoriamente e de formapermanente desligados, dos sistemas prediais,quaisquer dispositivos particulares de captação,elevação, tratamento ou reserva, eventualmenteexistentes.

8 - É obrigatória a instalação de válvulas deseccionamento à entrada dos ramais de introduçãoindividuais, dos ramais de distribuição de instalaçõessanitárias e das cozinhas, a montante dosfluxómetros, de equipamento de lavagem de louça ede roupa, do equipamento de produção de águaquente, de purgadores de água e ainda a montante ejusante de contadores.

9 - É obrigatória a instalação de válvulas de retenção amontante de aparelhos produtores e acumuladores deágua quente.

10 - É obrigatória a instalação de válvulas de segurançana alimentação dos aparelhos produtores eacumuladores de água quente.

11 - É obrigatória a instalação de válvulas redutoras depressão nos ramais de introdução sempre que a pressãono ponto de ligação à rede seja superior a 6 Kg/cm2.

12 - Os equipamentos de produção de água quente empressão, ou não, deverão ser instalados emobediência a todas as normas técnicas e de segurançaexigíveis pela legislação em vigor.

Artigo 12.ºDisposições técnicas e concepção de sistemas

prediais de drenagem

1 - Quaisquer sistemas de drenagem predial devemcumprir as disposições legais e regulamentares, bemcomo as disposições técnicas constantes do presenteRegulamento.

2 - Os projectos deverão ser concebidos admitindo-seque os efluentes são drenados através de redespúblicas, devendo ser dirigidos para câmaras deramal preferencialmente construídas junto ao alçadoconfinante com a via pública, e projectadas com umasaída independente para a ligação às redes públicasde águas residuais e outra para a ligação às redespúblicas de águas pluviais, mesmo que inexistentes.

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3 - São expressamente proibidas as ligações de redesprediais de águas pluviais às redes prediais dedrenagem de águas residuais.

4 - São expressamente proibidas as ligações de ramais deáguas residuais aos colectores de transferência afectos aoSistema Regional de Gestão e Abastecimento de Águasob responsabilidade da I G A.

5 - No caso de edifícios destinados a usos industriais, osefluentes industriais serão derivados para unidadesde tratamento próprias, projectadas de forma que oefluente tratado cumpra os parâmetros definidos nalegislação em vigor para a rejeição em meio receptornatural, bem como de forma que seja possívelinstalar um medidor de caudal e equipadas com umdispositivo para recolha de amostras de efluentes,podendo a IGA exigir a apresentação periódica deanálises das águas residuais.

6 As redes de drenagem de águas pluviais e delavagem de parqueamentos de automóveis ouoficinas de automóveis deverão ser encaminhadaspara câmaras separadoras de hidrocarbonetos eposteriormente para a rede pública de drenagempluvial. Os hidrocarbonetos retidos deverão serconduzidos para um destino apropriado sobresponsabilidade dos utilizadores.

7 - Em todas as indústrias passíveis de produzirgorduras, as redes de drenagem dessas águasdeverão ser encaminhadas para câmaras separadorasde gorduras e posteriormente para a rede pública dedrenagem residual. As gorduras retidas deverão serconduzidas para um destino apropriado.

Artigo 13.ºRamais de ligação de água a sistemas públicos

de distribuição de água

1 - Os ramais de ligação deverão ser executados comtubagem de polietileno de alta densidade, ou outratambém homologada por organismo oficial, desdeque proposta pelo promotor e aceite pela IGA.

2 - O diâmetro interior do ramal deve ser determinadopor cálculo hidráulico, com um mínimo de 20 mm,devendo garantir uma velocidade compreendidaentre 0,5 m/s e 2,0 m/s.

3 - Os ramais de incêndio serão independentes dosrestantes e terão um diâmetro de acordo com alegislação em vigor.

4 - A profundidade mínima do ramal é de 0,80 m na viapública e de 0,50 m em passeios.

5 - A inserção do ramal na rede pública deverá ser feitacom acessórios de modelo aprovado pela I G A,incluindo obrigatoriamente uma válvula de corte.

6 - Os ramais até ao limite exterior dos prédios, maispropriamente até ao primeiro contador, sãoconsiderados como parte integrante da rede pública,competindo à IGA a sua instalação e conservação.

7 - Nos casos de loteamentos novos, a construção dotroço de ramal deverá terminar na válvula deseccionamento a instalar a 0.30 m da linha exteriordo passeio, inserida numa caixa de betão com tampaem ferro fundido identificada com a inscrição (IGA -Águas), deverá ser tamponado na extremidadeexterior, de acordo com o Anexo II.

8 - A ramificação para cada fogo não deverá atravessarqualquer dependência ou compartimento dedomicílio diferente.

9 - Cada ramificação deverá possuir, em espaço comum,um conjunto de acessórios instalados no interior deum alvéolo (Anexo II), constituídos, de montantepara jusante, por uma torneira de passagem seladaprivativa da IGA, um contador e outra torneira depassagem destinada a uso do consumidor, devendo adistância entre as torneiras de passagem ser de 0,35m no mínimo. A instalação da torneira selada bemcomo do ramal até à rede pública de abastecimento éda responsabilidade da IGA.

10 - Neste conjunto poderão também estar integradosoutros acessórios, não obrigatórios, nomeadamenteválvula de retenção, filtros, manómetros e ventosas.

Artigo 14.ºAlvéolos dos contadores em ramais de ligação

1 - Deverão ser previstos na construção dos edifíciosalvéolos para a colocação dos contadores de água.

2 - Os contadores, um por cada consumidor, devem sercolocados isoladamente ou em conjunto, nesteúltimo caso numa bateria de contadores, num localde fácil acesso, sem qualquer tipo de impedimentoao leitor e no rés-do-chão.

3 - O alojamento destinado aos contadores e seusacessórios será definido de acordo com o Anexo II:a) Os alvéolos terão as dimensões mínimas de

0,60 m de largura, 0,40 m de altura e 0,20 mde profundidade, para alojamento de umcontador;

b) Para cada contador a mais, a altura doalvéolo aumentará de 0,15 m, com ummáximo de 0,90 m, correspondente a seiscontadores;

c) O alvéolo será fechado por uma porta comvisor que permita a leitura e com fechaduratipo a definir pela IGA.

4 - Em edifícios multifamiliares, os alvéolos deverão estarlocalizados em locais de fácil acesso, sem qualquer tipode impedimento ao leitor, preferencialmente nospatamares de escada ou corredores de acesso aosapartamentos no rés-do-chão.

5 - Nos edifícios confinantes com a via pública ouespaços públicos, os alvéolos dos contadores devemlocalizar-se no exterior, na zona de entrada ou emzonas comuns, consoante se trate de um ou de váriosconsumidores.

6 - Nos edifícios multifamiliares com reservatório dearmazenamento terá de existir um contadortotalizador à entrada do edifício, sendo este daresponsabilidade do proprietário/ usufrutuário ou docondomínio.

7 - Nas instalações existentes em que os contadoresestão em locais inacessíveis ao leitor, osproprietários são obrigados a transferir, a expensaspróprias, o alvéolo do contador para um local quepermita um fácil acesso ao leitor, ficando sob aresponsabilidade da IGA a mudança do contador e aexecução do ramal à rede pública.

8 - Caso o proprietário não transfira o contador para umlocal de fácil acesso, é obrigatório que seja realizada

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uma leitura anual do respectivo consumo de água,sendo imputado o consumo total ao mês darealização da leitura, com a consequente repercussãonos escalões tarifários em vigor.

Artigo 15.ºAprovação de projectos e pedido de licenciamento

de obras

1 - Os projectos relativos a sistemas públicos ouprediais serão apresentados à entidade competentedevidamente organizados em conformidade com odisposto no Anexo I.

2 - Na fase da aprovação do projecto, a entidadelicenciadora enviará à IGA os documentos referidosno ponto A do Anexo I, devendo a concessionária,num prazo não superior a 10 dias úteis, remeter àentidade licenciadora os condicionamentos relativosaos sistemas de distribuição de água aplicáveis aoinvestimento, incluindo a indicação dadisponibilidade de rede pública e de caudais, pontosde ligação e obras complementares.

3 - Na fase de licenciamento, a entidade licenciadoraenviará à IGA os documentos referidos no ponto B doAnexo I, devendo a concessionária remeter àentidade licenciadora um parecer técnicoinformando a autarquia sobre a viabilidade dolicenciamento da execução de obras no que respeitaaos sistemas públicos ou prediais ou, caso sejustifique, as alterações a introduzir no sentido deviabilizar as respectivas ligações a sistemasconcessionados.

Artigo 16.ºResponsabilidade técnica pela elaboração de projectos

A conformidade do projecto de sistemas públicos eprediais com a legislação em vigor deverá ser expressamenteatestada mediante declaração do técnico responsável peloprojecto de acordo com a Minuta n.º 2 do Anexo III dopresente Regulamento, a apresentar à entidade competentejuntamente com os restantes elementos aquando do pedidode aprovação dos projectos.

Artigo 17.ºResponsabilidade técnica pela execução de sistemas

públicos de distribuição de água

1 - As obras dos sistemas públicos de distribuição deágua deverão ser executadas por empresasdevidamente habilitadas e com alvará para o efeito.

2 - O promotor deverá notificar, por escrito, a entidadegestora sobre o início da obra nos termos da Minutan.º 3 do Anexo III, com a antecedência mínima decinco dias úteis.

3 - Juntamente com a notificação de início de obra opromotor deverá anexar o termo de responsabilidadede execução da obra, nos termos da Minuta n.º 4 doAnexo III.

Artigo 18.ºInspecção e fiscalização de sistemas

públicos ou prediais

1 - Qualquer rede a executar por entidade pública ouprivada destinada a integrar a rede pública dedistribuição de água na ilha do Porto Santo, emespecial as que serão ligadas a redes públicas dedistribuição de água afectas ao Sistema Regional de

Gestão e Abastecimento de Água, poderá,independentemente de qualquer outra acção defiscalização por parte da entidade licenciadora, serinspeccionada pela 8 em qualquer fase da suaexecução, podendo esta diligenciar no sentido deexigir aos promotores o exacto cumprimento dorespectivo projecto de execução, incluindo aimposição de correcções de erros e omissões deprojecto.

2 - Qualquer rede predial de distribuição de água na ilhado Porto Santo poderá, durante qualquer uma dassuas fases de execução, ser fiscalizada pela IGA que,perante erros de concepção, incompatibilidade como projecto aprovado ou de execução, diligenciará nosentido de impor ao respectivo promotor asnecessárias rectificações, incluindo a correcção deramais de ligação e a conformidade das condições dearmazenagem.

3 - Qualquer rede pública e predial de drenagem de esgotosou de águas pluviais está sujeita à fiscalização da IGA,independentemente de outra acção de fiscalização porparte da entidade licenciadora, no sentido de verificar asua compatibilidade com o projecto aprovado econfirmar a existência de redes separativas de águasresiduais e pluviais, bem como a analisar a conformidadeda qualidade do afluente com os valores limite de águasresiduais urbanas nos termos legais.

4 - Todas as redes de distribuição de água públicas serãosujeitas a ensaios de pressão, nos termos do descritono Anexo IV, a expensas do executante da obra,podendo a I G A exigir a presença dos técnicosresponsáveis pelo projecto e pela execução da obrapara efeitos de vistoria e ensaio das canalizações.

5 - A aceitação das canalizações de distribuição públicaou privada de água não envolve qualquerresponsabilidade para a IGA por danos motivados porroturas nas canalizações ou por mau funcionamentodos dispositivos de vedação, ou ainda peloenvelhecimento da rede.

Artigo 19.ºRecepção provisória de sistemas públicos de

distribuição de água e garantias

1 - A conformidade da execução dos sistemas públicosde distribuição com os respectivos projectos, asnormas técnicas gerais específicas de construção,bem como as disposições regulamentares aplicáveis,deverão ser expressamente atestadas mediantedeclaração do técnico responsável pela execução daobra, de acordo com a Minuta n.º 5 do Anexo III, aapresentar à IGA juntamente com a comunicação dadata de realização da vistoria para efeitos derecepção provisória do sistema executado.

2 - A vistoria para efeitos da recepção provisória da redede distribuição de água será feita no mesmo dia davistoria da obra, devendo a IGA ser notificada pelopromotor do dia e da hora da mesma, por escrito enos termos da Minuta n.º 6 do Anexo III, com umaantecedência de 7 dias, a qual contará com apresença do técnico responsável pela execução daobra, bem como de representantes das entidadeslicenciadora e gestora.

3 - Para efeitos da vistoria no sentido de se efectuar arecepção provisória das redes públicas dedistribuição de água, o promotor deverá criar todas

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8 26 de Janeiro de 2005INúmero 5

as condições de ensaios e de comissionamentosprevistas no Anexo IV.

4 - Se na vistoria nada obstar à recepção provisória daobra, o respectivo auto será emitido assim que opromotor apresentar uma garantia bancária a favorda entidade gestora, de valor igual a 10% doorçamento apresentado em fase de licenciamento oude 5.000 euros quando inferior, acompanhada deduas colecções de telas finais, uma em papel e outraem formato digital.

5 - O auto de recepção provisória será exarado cinco diasapós a realização dos ensaios, desde que as condiçõesdescritas no ponto anterior estejam garantidas.

6 - O prazo estabelecido para a garantia das redes dedistribuição de água é de dois anos contados a partirdas suas recepções provisórias.

Artigo 20.ºRecepção definitiva e libertação de garantias

1 - Findo o prazo de garantia da obra, o promotor deverásolicitar, à entidade gestora, a respectiva vistoriapara efeitos da sua recepção definitiva nos termos daMinuta n.º 7 do Anexo III.

2 - A entidade gestora estabelecerá um prazo nãosuperior a 10 dias para a realização da vistoria paraefeitos da recepção definitiva da obra.

3 - A vistoria para efeitos da recepção definitiva contarácom a presença do técnico responsável pelaexecução da obra, bem como de representantes dasentidades licenciadora e gestora.

4 - O auto de recepção definitiva será exarado cinco diasapós a realização da vistoria final, desde que osresultados obtidos estejam em conformidade com asexigências técnicas definidas.

5 - A libertação da garantia bancária ocorrerá emconjunto com a emissão do auto de recepçãodefinitiva.

Artigo 21.ºFornecimento de água

1 - A IGA fornece, mediante contrato, água para usosdomésticos, comércio, indústria, serviços públicos einstituições de cultura e beneficência, assistência edesporto.

2 - São consideradas de uso doméstico todas asinstalações destinadas a habitação unifamiliar, desdeque legalmente consideradas como tal.

3 - São consideradas como uso de comércio e indústriatodas as instalações que se destinem a abasteceractividades com fins comerciais e industriais ouequiparadas, desde que legalmente consideradascomo tal.

4 - Consideram-se serviços públicos todos os titularescujas instalações sejam o Estado ou a RegiãoAutónoma, ou entidades deles dependentes, desdeque não exerçam actividades industriais.

5 - O abastecimento à indústria da construção e àutilização agrícola fica sujeito à disponibilidade deágua, de modo a não pôr em causa o consumo para

os usos indicados nos números anteriores, carecendodo acordo prévio da IGA.

Artigo 22.ºTarifas e preços

1 - A remuneração dos serviços prestados pelaconcessionária rege-se pelo tarifário aprovado pelaConcedente.

2 - Compete aos consumidores o pagamento dasligações e dos consumos, acrescido do I VArespectivo, nos termos do tarifário aprovado.

3 - Os consumos provisórios avulsos ou para obrasserão considerados com a tarifa do quarto escalão defornecimento. No caso de ligações provisórias naindústria da construção, a IGA pode condicionar ofornecimento de água às disponibilidades da redepública e inclusive suspender temporariamente ofornecimento.

4 - No caso da instalação de bocas-de-incêndioparticulares, o seu consumo será facturado ao preçoda tarifa de uso comercial, salvo nos casos de sinistrocomprovado pelos bombeiros municipais, devendoser instalado um contador específico para o efeito.

5 - Quaisquer unidades hoteleiras ou instalações similaresligadas a sistemas públicos supramu-nicipais dedrenagem de águas residuais urbanas que utilizemunicamente origens próprias de água, ou quecomplementem as suas necessidades de consumo comorigens próprias, estão sujeitas a uma tarifa mensal desaneamento básico supramunicipal determinada emfunção do número de quartos desde que apresentemmédias de consumos inferiores à média dos consumos deoutras unidades de natureza similar.

6 - Quaisquer instalações com sistemas próprios detratamento de águas residuais e que estejam ligadasa redes públicas supramunicipais de águas residuaisurbanas estão sujeitas a taxas de disponibilidade,acrescidas das taxas de utilização efectiva quandoesta se verifique.

Artigo 23.ºContratos de fornecimento de água

1 - Os fornecimentos de água efectuados através dasinfra-estruturas do Sistema Regional de Gestão eAbastecimento de Água estão sujeitos a um contratode fornecimento a celebrar entre a concessionária eos interessados.

2 - Os contratos de fornecimento de água só poderão sercelebrados após a confirmação, por parte da entidadelicenciadora, sobre a conformidade dos sistemasprediais ao projecto aprovado e às condiçõestécnicas exigidas pela concessionária paraestabelecimento das ligações, através de umadeclaração nos termos da Minuta n.º 8 do Anexo III.

3 - Os contratos são elaborados em impressos demodelo próprio da concessionária e instruídos emconformidade com as disposições legais em vigor.

4 - Os contratos vigoram a partir da data da entrada emfuncionamento dos respectivos ramais de ligação,terminando a vigência quando denunciados.

5 - Só podem celebrar contrato de fornecimento de águaos proprietários ou usufrutuários dos imóveis ou os

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26 de Janeiro de 2005 9INúmero 5

seus utilizadores desde que legalmente autorizadospor aqueles.

6 - A prova de utilizador pode ser feita mediante aapresentação de documento que comprove atitularidade de propriedade ou o contrato dearrendamento.

7 - A celebração de um novo contrato será instruído comos seguintes documentos: a) Documento comprovativo da titularidade do

prédio ou contrato de arrendamento;b) Licença de habitabilidade, de utilização ou

de construção;c) Declaração da entidade licenciadora da obra,

conforme Minuta n.º 8 do Anexo III, para ocaso de contratos de ligações definitivas.

Artigo 24.ºTrespasse do contrato de fornecimento de água

1 - A mudança de consumidor é considerada como novaligação, procedendo-se à outorga de um novocontrato.

2 - A disposição anterior aplica-se a qualquer contratocelebrado em data anterior à da aprovação dopresente Regulamento.

Artigo 25.ºDenúncia do contrato de fornecimento de água

1 - Os utilizadores podem denunciar os contratos quetenham subscrito desde que o comuniquem, porescrito, à IGA.

2 - Num prazo de 15 dias os utilizadores devem facultarà IGA a retirada do contador instalado, sendo oconsumo residual debitado na factura final.

3 - Caso não seja facultado o acesso ao contador noprazo referido no número anterior, continuam a seros utilizadores os responsáveis pelos encarg o sdecorrentes, considerando-se o contrato em vigor.

4 - Os proprietários ou usufrutuários dos prédios ligadosà rede pública de distribuição de água, sempre que ocontrato de fornecimento não esteja em seu nome,são obrigados a comunicar à IGA, por escrito e com aantecedência de 30 dias, a saída ou a entrada dosnovos arrendatários.

5 - O não cumprimento do estipulado no númeroanterior significa que os proprietários ouusufrutuários são os responsáveis pelos pagamentosrelativos à utilização da instalação em causa.

6 - A IGA reserva-se o direito de denunciar o contrato defornecimento sempre que o utilizador não cumpra assuas obrigações quanto ao acesso à leitura ou porfalta de pagamento das facturas respectivas, nesteúltimo caso em conformidade com a legislaçãoaplicável em vigor.

7 - A denúncia por parte da IGA deverá ser feita porcarta, devendo o consumidor facultar a retirada docontador. No impedimento à retirada do contador, oseu custo actual será debitado na factura final,conjuntamente com o consumo final estimado.

Artigo 26.ºCaução do contrato

1 - Para garantia do pagamento do consumo de água éproibida a exigência de prestação de caução aosconsumidores, excepto na situação derestabelecimento de forneci-mento na sequência deinterrupção decorrente de incumprimento contratualimputável ao consumidor, em conformidade com odisposto no Decreto-Lei n.º 195/99, de 8 de Junho.

2 - A caução referida no número anterior é prestada pordepósito em dinheiro, cheque ou transferênciaelectrónica ou através de garantia bancária ou seguro-caução, e o seu valor é calculado da seguinte forma:a) Para os consumidores domésticos, será igual

a quatro vezes o montante da facturacorrespondente ao consumo mensal de 10m3 de água;

b) Para os consumidores não domésticos, seráigual ao montante da factura correspondenteao consumo de 100 m3 de água ou ao maiorconsumo verificado no ano anterior sesuperior;

c) Para as instituições de fins não lucrativos,desde que registadas nas suas própriasdesignações e sejam titulares da instalação, ovalor da caução será calculado como se deconsumidores domésticos se tratassem;

d) Ficam isentas de caução as instalações doEstado e da Região Autónoma da Madeira,bem como as instituições de solidariedadesocial.

3 - Não será prestada caução se, regularizada a dívidaobjecto do incumprimento, o consumidor optar pelatransferência bancária como forma de pagamento.

4 - Sempre que o consumidor que haja prestado cauçãonos termos do n.º 1, opte posteriormente pelatransferência bancária como forma de pagamento, acaução prestada será devolvida.

Artigo 27.ºRestituição da caução

1 - Findo o contrato de fornecimento, a caução prestadaé restituída ao consumidor, nos termos do Decreto-Lei n.º 195/99, de 8 de Junho, deduzida dosmontantes eventualmente em dívida.

2 - Quando por nenhum meio for possível restituir ovalor da caução, esta reverterá a favor da IGA noprazo de três anos a partir da data da cessação docontrato de fornecimento.

3 - No acto de pagamento da caução em dinheiro seráemitido o respectivo recibo, sendo suficiente a suaapresentação para o levantamento do depósito, nostermos do n.º 1, mediante a exibição do bilhete deidentidade do titular do contrato.

Artigo 28.ºInterrupção do fornecimento de água pela

entidade gestora

1 - A IGA poderá interromper o fornecimento de águanos casos previstos no n.º 2 do artigo 3.º do presenteRegulamento.

2 - A interrupção do fornecimento de água não impede aI G A de recorrer à cobrança coerciva para lheassegurar o pagamento dos débitos existentes.

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10 26 de Janeiro de 2005INúmero 5

3 - A interrupção do fornecimento de água acondomínios por falta de pagamento dos respectivosconsumos poderá ter lugar nos casos em que nãopossuam redes próprias devidamente diferenciadasdas redes prediais das respectivas fracçõesautónomas, mesmo que tal interrupção impliquetambém a suspensão do fornecimento de água àsreferidas fracções.

Artigo 29.ºPedido de interrupção de fornecimento de água

1 - Os consumidores podem requerer a interrupção dofornecimento de água dirigindo à concessionária orespectivo pedido, por escrito, devidamentejustificado.

2 - A interrupção terá lugar no prazo de dois dias úteisapós o deferimento pela IGA.

3 - A interrupção do fornecimento nos termos do artigoanterior não desobriga o consumidor do pagamentoda tarifa de disponibilidade enquanto não for retiradoo contador.

4 - Quando a interrupção do fornecimento se tornardefinitiva por qualquer motivo, será feita aliquidação de contas referentes aos consumos deágua e da taxa de disponibilidade em débito,restituindo-se o remanescente desta, se o houver.

Artigo 30.ºMedições do consumo de água

1 - Toda a água fornecida pela rede pública, incluindo arega de jardins, as lavagens de arruamentos, oabastecimento de fontanários ou lavadouros econsumos para combate a incêndios, terá,obrigatoriamente, de ser contada.

2 - As medições de consumos serão realizadas atravésde contadores homologados, competindo à IGA adefinição do tipo, calibre e classe metrológica docontador a instalar.

3 - Os contadores de água das ligações prediais sãofornecidos, instalados ou substituídos pela IGA, que ficacom a responsabilidade da sua manutenção, e deverão seapresentar selados durante o período de utilização.

4 - Os loteamentos com condomínios fechadospossuirão um contador-totalizador à entrada dacisterna ou da rede interna do loteamento cujoconsumo será comparado com o dos contadorescolocados em cada fogo ou lote, pertencendo aoproprietário/usufrutuário ou ao condomínio aresponsabilidade pelo valor das diferenças paramais, acusadas por aquele contador, sendo asdiferenças para menos tomadas em consideração naleitura seguinte.

5 - A IGA procederá à substituição do contador quandotenha conhecimento de qualquer anomalia alheia aoutilizador, sem qualquer encargo para o consumidor,por razões de exploração ou de inconformidademetrológica.

6 - A IGA procederá igualmente, por sua iniciativa, àsubstituição de contadores que ultrapassem o seuperíodo de vida útil.

7 - Independentemente de qualquer acção defiscalização da IGA, todo o contador e respectivo

alvéolo fica sob vigilância e responsabilidade doconsumidor respectivo, que assumirá a obrigação deavisar a IGA sempre que se verifique a sua obstrução,paragem ou suspeita de erros de medição, aexistência de selos quebrados ou danificados oudetecte qualquer outro defeito.

8 - Com excepção dos danos resultantes da sua normalutilização, o consumidor responderá por todo o dano,deterioração ou perda do contador e respectivoalvéolo.

9 - O consumidor responderá também pelos prejuízosou fraudes que forem verificados em consequênciado emprego de qualquer meio capaz de influir nofuncionamento ou marcação do contador.

10 - Tanto o consumidor como a IGA têm o direito demandar verificar o contador em instituição credível,quando o julgarem conveniente, não podendonenhuma das partes opor-se a esta operação, e à qualo consumidor poderá assistir, acompanhado de umtécnico da sua confiança, se assim o desejar.

11 - A aferição a pedido do consumidor só se realizarádepois de o interessado depositar na tesouraria daI G A o respectivo preço, importância que serárestituída no caso de se verificar o maufuncionamento do contador.

12 - Os consumidores são obrigados a permitir ainspecção dos contadores e do respectivo ramal deacesso ao interior da propriedade particular porrepresentantes da I G A devidamente identificados,durante o dia e dentro das horas normais de serviço,mediante aviso prévio.

13 - Considera-se consumo todos os caudais medidosatravés de contador, sendo estes consumosfacturados aos consumidores.

14 - O gasto de água em fugas ou perdas na rede dedistribuição predial de água e dispositivos deutilização é da responsabilidade da IGA sempre quese comprove que procede de culpa daconcessionária, caso contrário, a responsabilidadepor esse gasto de água é dos consumidores.

15 - Em casos excepcionais, devidamente justificados eaceites pelo Conselho de Administração da IGA, umafactura que se refira a um consumo anormal emdeterminado mês poderá ser recalculado com baseem procedimento aprovado por deliberação doConselho de Administração, mediante solicitação aapresentar no prazo de 30 dias.

Artigo 31.ºLeitura de contadores

1 - As leituras dos contadores com acesso público serãofeitas pelo menos uma vez por ano.

2 - Quando o consumidor constate eventual erro deleitura, deverá apresentar a devida reclamação até àdata limite do seu pagamento.

3 - No caso de a reclamação ser julgada procedente, seráesse facto atendido no próximo pagamento comisenção de juros.

4 - Sempre que, por motivo alheio ao consumidor, nãose efectue a leitura nos contadores com acessopúblico, os consumos serão estimados com base na

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26 de Janeiro de 2005 11INúmero 5

média de consumo, fazendo-se o acerto de contagemem conformidade com a leitura efectiva seguinte.

5 - No caso dos contadores sem acesso público éobrigatória a realização de, no mínimo, uma leituraanual do respectivo consumo de água, sendoimputado o custo total ao mês da realização daleitura, com a consequente repercussão nos escalõestarifários em vigor.

Artigo 32.ºAvaliação de consumos de água

Em caso de paragem ou de funcionamento irregular docontador, ou nos períodos em que não houve leitura salvo asituação prevista no n.º 5 do artigo 31.º, o consumo éavaliado do seguinte modo:

a) Pelo consumo médio apurado entre duas leiturasconsideradas válidas;

b) Pela média do consumo apurado nas leiturassubsequentes à instalação do contador na falta doselementos referidos na alínea anterior.

Artigo 33.ºCorrecção dos valores de consumo de água

1 - O consumidor poderá solicitar a reapreciação defacturas emitidas em caso de erros de volumefacturado, competindo à concessionária o respectivoprocesso e proceder à verificação técnica dainstalação, se necessário.

2 - Se, na sequência dos actos referidos no númeroa n t e r i o r, se verificar que não assiste razão aoc o n s u m i d o r, ser-lhe-á deste facto dadoconhecimento escrito. No caso da factura não seencontrar liquidada, incorrerá no pagamento de jurosde mora e taxa de relaxe, sem prejuízo dapossibilidade de efectuar o pagamento em prestaçõesmensais.

3 - Caso se venha a verificar que houve erro de leitura ouanomalia técnica, será feita a necessária correcção nafactura seguinte caso a factura que tenha dado origem àreclamação esteja liquidada, ou providenciar-se-á oreembolso dos valores sobre facturados.

Artigo 34.ºFacturação

1 - A periodicidade de emissão das facturas deconsumos de água será, no mínimo, bimensal.

2 - As facturas emitidas deverão discriminar os serviçosprestados, as correspondentes tarifas, os volumesque dão origem aos valores debitados e a taxa doIVA aplicada, nos termos da lei.

3 - As facturas deverão ainda informar qual a data limitedo seu pagamento.

Artigo 35.ºPagamento de consumos de água

1 - O pagamento das facturas referidas no artigo anteriordeverá ser efectuado nos balcões da IGA, durante orespectivo horário de funcionamento, ou porqualquer dos meios de cobrança disponibilizados atéà data limite de pagamento.

2 - Para além da data limite de pagamento, as facturasdeverão ser pagas nos balcões da IGA, acrescidos dejuros de mora e das demais penalizações aprovadas

pela Concedente. Caso seja utilizada outra forma depagamento, os juros e demais penalizações serãoincluídos na factura seguinte.

3 - A reclamação do consumidor contra o valor dafactura apresentada não o exime da obrigação do seupagamento, sem prejuízo da restituição dasdiferenças a que posteriormente se verifique tenhadireito.

4 - Sempre que o consumo de determinado mês sejaconsiderado anormal ou se verifique uma situação dedívida, poderá o consumidor requerer àconcessionária o seu pagamento em, no máximo, 24prestações mensais, sujeitas a juros de mora, semprejuízo do pagamento das facturas posteriores até àdata limite dos respectivos pagamentos.

5 - A aceitação da liquidação de débitos em prestaçõesmensais pode implicar a obrigatoriedade doconsumidor apresentar garantia bancária até o valormáximo da dívida, a qual será libertadaparcelarmente em função dos pagamentosrealizados.

Artigo 36.ºPagamento coercivo

1 - Quando os consumidores não tenham satisfeito opagamento das facturas dentro dos prazos fixados,ficarão ainda sujeitos à aplicação de juros de moralegais e demais penalizações, bem como àinterrupção do fornecimento nos termos desteRegulamento e da Lei n.º 23/96, de 26 de Julho,exigindo-se coercivamente o pagamento das facturasem débito acrescido de taxa de corte.

2 - O pagamento coercivo, tanto no que respeita aconsumos, como a tarifa de disponibilidade, facturasde obras de ligação e reparação, será feito nos termosestabelecidos para cobrança de dívidas ao Estado,servindo de base à execução a respectiva certidão dedívida extraída pelos serviços competentes da IGA,que surtirá todos os efeitos das certidões de relaxe eoutras disposições do Código de Processo Tributário,em conformidade com a alínea e) do n.º 1 do artigo11.º do Decreto Legislativo Regional n.º 28-C/99/M,de 23 de Dezembro.

Artigo 37.ºContra-ordenações

1 - Constituem contra-ordenações:a) O não cumprimento das disposições do

presente Regulamento e das normascomplementares específicas de cadacontrato;

b) A instalação de sistemas públicos e prediaisde distribuição de água sem a observânciadas regras e condicionantes técnicasaplicáveis;

c) O uso indevido ou a danificação de qualquerobra ou equipamento dos sistemas públicos;

d) A execução de ligações ao sistema públicosem autorização da IGA;

e) A violação, sob qualquer forma, doscontadores de água;

f) Efectuar alterações na rede pública deabastecimento de água ou de drenagemprincipal.

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12 26 de Janeiro de 2005INúmero 5

Artigo 38.ºMontante das coimas

1 - As contra-ordenações são puníveis com coimagraduada entre os valores mínimo e máximo fixadosno regime legal das contra-ordenações, sendo nestemomento o mínimo de 349 euros e o máximo de2.493 euros para pessoas singulares, a qual seráelevada para 29.927 euros no caso de pessoascolectivas.

2 - A negligência é punível.

Artigo 39.ºOutras obrigações

1 - Independentemente das coimas aplicadas nos casosprevistos no artigo 37.º, o infractor poderá serobrigado a efectuar a correcção das canalizações,incluindo o respectivo levantamento e total remoçãode entulhos resultantes dos trabalhos no prazomáximo de oito dias úteis.

2 - Não sendo dado cumprimento ao disposto nonúmero anterior dentro do prazo indicado, aconcessionária poderá interromper o fornecimentode água até que sejam repostas as disposiçõestécnicas constantes no presente regulamento.

Artigo 40.ºAplicação da coima

1 - A instauração e o processamento das contra-ordenações, bem como a determinação da medidadas coimas, sanções acessórias e sua aplicação, é dacompetência da Concedente.

2 - Às contra-ordenações previstas neste Regulamento e emtudo quanto nele não se encontre especialmente reguladosão aplicáveis as disposições do Decreto-Lei n.º 433/82,de 27 de Outubro, com as alterações introduzidas peloDecreto-Lei n.º 356/89, de 17 de Outubro e peloDecreto-Lei n.º 244/95, de 14 de Setembro.

Artigo 41.ºProduto das coimas

O produto das coimas consignadas neste regulamentoconstitui receita da concessionária.

Artigo 42.ºResponsabilidade civil e criminal

O pagamento da coima não isenta o transgressor daresponsabilidade civil por perdas e danos, nem de qualquerprocedimento criminal a que der motivo.

Artigo 43.ºFornecimento do Regulamento

O presente Regulamento poderá ser consultado nasinstalações da concessionária ou adquirido mediante umvalor a definir por esta entidade.

Regulamento dos Sistemas Públicos de Abastecimento deÁgua e de Águas Residuais Supra-Municipais da Ilha doPorto Santo.

Abastecimento de Água e de Águas Residuais Supra-Municipais da Ilha do Porto Santo

Anexo IDocumentação integrante dos processos de

licenciamento de obras

A. Pedidos de condicionamento para empreendimentos a ligaraos sistemas concessionados

1 - Os pedidos de condicionamento relativos asistemas públicos ou prediais a ligar às infra-estruturas concessionadas do Sistema Regional deGestão e Abastecimento de Água na ilha do PortoSanto serão endereçados à IGA pela entidadelicenciadora, e estarão devidamente instruídoscom os seguintes elementos:a) Requerimento em conformidade com a

minuta n.º 1 do Anexo III do Regu-lamento;

b) Planta de localização à escala mínima de1/1000 com a delimitação do(s) lote(s) aafectar ao empreendimento e que incluauma área envolvente suficiente paraidentificar o seu posicionamento na ilhado Porto Santo, incluindo nome das ruasque o servem.

B. Licenciamento de projectos a ligar aos sistemasconcessionados

1 - Os projectos relativos a sistemas públicos ouprediais a ligar aos sistemas concessionados serãoapresentados à entidade licenciadora devendoincluir, para além dos processos exigidos pelaentidade licenciadora, mais dois processos,instruídas com os elementos referenciados noponto 4 deste ponto.

2 - Os dois processos do projecto em apreciação serãoremetidos à IGApara efeitos de aprovação, devendoobedecer às recomendações expressas da legislaçãoem vigor e demais regulamentação legal aplicável,incluindo a observação das disposições técnicasconstantes no Regulamento dos Sistemas Públicos deAbastecimento de Água e de Águas Residuais Supra-Municipais da Ilha do Porto Santo.

3 - Da apreciação da IGA resultará um parecertécnico que confirme a adequação dos projectos àlegislação aplicável e ao Regulamento dosSistemas Públicos de Abastecimento de Água e deÁguas Residuais Supra-Municipais da Ilha doPorto Santo ou, caso se justifique, sejamsolicitadas as alterações necessárias no sentido dese garantir a viabilidade das suas ligações aossistemas concessionados.

4 - Os projectos a apreciar pela IGA serão instruídoscom os seguintes elementos:

B.1 Sistemas prediais de distribuição de água e dedrenagem de águas residuaisa ) Peças escritas:

i. Requerimento indicando o númerode processo de obras particulares eidentificação completa do reque-rente;

ii. Termo de responsabilidade (assina-tura reconhecida), indicando onúmero de inscrição do técnico naCâmara Municipal do Porto Santoem conformidade com a Minuta n.º2 do Anexo III;

iii. Memória descritiva indicando,entre outros elementos julgadospertinentes para a correctaapreciação do projecto, o ponto de

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26 de Janeiro de 2005 13INúmero 5

ligação das redes prediais dedistribuição de água, de drenagemde águas residuais e de drenagemde águas pluviais às redes públicase, caso se justifique, a origemalternativa da água, os cálculos darede, o consumo diário previsível, ocalibre e tipo de tubagem eacessórios, entre outros.

b ) Peças desenhadasi. Planta de localização (escala de

1:5000 ou 1:10 000);ii. Planta de implantação (escala de

1:500 ou 1:1000 ou 1:2000); iii. Planta dos pisos (escala de 1:100 ou

1:200); i v. Cortes gerais.

B . 2 Sistemas públicos de distribuição de água(urbanizações, loteamentos..)a ) Peças escritas gerais

i. Requerimento com referência aonúmero do processo de loteamentoe identificação completa dor e q u e r e n t e ;

i i . Termo de responsabilidade(assinatura reconhecida), indi-cando o número de inscrição dotécnico na Câmara Municipal doPorto Santo em confor-midade coma Minuta n.º 2 do Anexo III;

b ) Peças desenhadas geraisi . Planta de localização (escala de

1:5000 ou 1:10 000).c ) Peças escritas específicas relativas a

sistemas de distribuição de águai . Estimativa orçamental relativo aos

sistemas públicos de distribuição deágua, devidamente repartida;

ii. Memória descritiva indicando,entre outros elementos julgadospertinentes para a correctaapreciação do projecto, o ponto deligação das redes públicas dedistribuição de água e, caso sejustifique, a origem alternativa daágua, os cálculos dos ramais deligação, o consumo diárioprevisível, o calibre e tipo detubagem e acessórios, entre outros.

d) Peças desenhadas específicas relativas asistemas de distribuição de águai. Planta com implantação das infra-

estruturas, incluindo traçado dastubagens e suas secções, comreferência expressa ao esquema denós, à tipologia do loteamento, aonúmero de lotes e área total de lotes,ao número de fogos e área total defogos, à área total do loteamento ouda urbanização (escala de 1:100 ou1:200 ou 1:500).

i i . Perfil transversal da vala epormenor dos ramais de ligação;

e) Peças escritas específicas relativas a redesde drenagem de águasi. Memória descritiva indicando,

entre outros elementos julgadospertinentes para a correctaapreciação do projecto, o ponto deligação das de drenagem de águasresiduais e de drenagem de águaspluviais às redes públicas, ossistemas elevatórios caso existam,as estações de tratamento de águasresiduais caso existam, os cálculosdas redes, o caudal afluente diárioprevisível, o calibre e tipo detubagens e acessórios, entre outros.

f) Peças desenhadas específicas relativas aredes de drenagem de águas residuais;i. Planta com implantação das infra-

estruturas, incluindo traçado doscolectores e suas secções, comreferência expressa às caixas devisita, à tipologia do loteamento, aonúmero de lotes e área total de lotes,ao número de fogos e área total defogos, à área total do loteamento ouda urbanização (escala de 1:100 ou1:200 ou 1:500);

ii. Perfil longitudinal dos colectores deáguas residuais e pluviais;

iii. Perfil transversal da vala; i v. Pormenores de câmara de visita; v. Sistema elevatório, se necessário,

incluindo memória descritiva ejustificativa pormenorizada, popu-lação total a servir, caudal, alturamanométrica, potência, consumoanual de energia previsto eenglobando, cálculo hidráulico-sanitário, definição dos arranjosexteriores, medições/orçamentoespecífico, catálogos (sistema eelementos electromecânicos), plantados arranjos exteriores e circuitoshidráu-licos (escala de 1:200),definição de formas - plantas, cortes,alçadas (escala de 1:50), pré-dimensionamento estru-tural,quadro eléctrico, circuito deiluminação e tomadas, traçado decabos de força electromotriz,sinalização e telecomando;

vi. Sistema de tratamento, senecessário, a ser objecto de projectoda especialidade.

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