jornal o praÇa

12
POR NENHUM DIREITO A MENOS WWW.APRASC.ORG.BR FLORIANÓPOLIS - MAIO | JUNHO 2016 - ANO XIV - NÚMERO 60 IMPRESSO FECHADO. PODE SER ABERTO PELA ECT DIREITOS SURRUPIADOS DOS TRABALHADORES DA SEGURANÇA PÚBLICA MARCARAM AS DISCUSSÕES DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Justiça considera ilegal conceito moral emitido pela Comissão de Promoção de Praças APRASC participa de ato nacional contra a reforma da Previdência PÁG 5 PÁG 7 PÁG 6 PÁG 8 Cerca de 500 policiais e bombeiros militares participaram do ato de protesto em frente ao Centro Administrativo do Estado Praças não ficarão de braços cruzados diante das ameaças de cortes do Governo

Upload: fabricio-trindade-ferreira

Post on 03-Aug-2016

249 views

Category:

Documents


14 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal O PRAÇA

POR NENHUM DIREITO A MENOS

WWW.APRASC.ORG.BR FLORIANÓPOLIS - MAIO | JUNHO 2016 - ANO XIV - NÚMERO 60

IMPR

ESSO

FEC

HADO

. POD

E SE

R AB

ERTO

PEL

A EC

T

DIREITOS SURRUPIADOS DOS TRABALHADORES DASEGURANÇA PÚBLICA MARCARAM AS DISCUSSÕES DA

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Justiça considera ilegal conceito moral emitido pela Comissão de Promoção de Praças

APRASC participa de ato nacional contra a reforma da Previdência

PÁG 5

PÁG 7

PÁG 6

PÁG 8

Cerca de 500 policiais e bombeiros militares participaram do ato de protesto em frente ao Centro Administrativo do Estado

Praças não ficarão de braços cruzados diante das ameaças de cortes do Governo

Page 2: Jornal O PRAÇA

FLORIANÓPOLIS - MAIO | JUNHO 2016 - ANO XIV - NÚMERO 60 O PRAÇAWWW.APRASC.ORG.BR2

EDITORIALA UNIDADE NECESSÁRIA PARA A LUTA

Quando lançamos a candidatura da atual chapa da diretoria da Aprasc, já tínhamos uma noção do maior desafio dos praças nos anos seguintes: manter a coesão, a união da categoria. Algumas atitudes dos comandos e governos nos últimos anos provocaram sentimentos divisionistas entre os praças. Essa divisão ocorre por motivos salariais, após a aprovação do subsídio, de carreira, com as alterações nas leis de promoções, e também por questões geracionais, com a entrada de aproximadamente cinco mil novos militares desde 2011.

Foram intensificados nesses últimos tempos os mais variados discursos representando interesses de grupos e sub grupos dentro da nossa categoria: dos cabos de curso, dos sargentos do quadro especial, dos cabos sem curso, dos sargentos de carreira, dos subtenentes da RR, dos soldados recém-formados, etc... São debates que surgem dentro de perspectivas legítimas do ponto de vista individual, ou até mesmo desses grupos, mas que se levadas ao extremo, podem prejudicar a unidade em torno de um projeto que atenda aos anseios da maioria dos praças.

A diretoria vem constantemente apelando para a palavra-chave que fundou a chapa atual: UNIDADE. É com esse sentimento que buscamos agregar os praças para lutar pelos objetivos em comum, e principalmente para combater problemas comuns a todos nós, independentemente de graduação, tempo de serviço ou qualquer condição específica ou temporária.

É com este espírito que conclamamos a todos para permanecerem em ALERTA MÁXIMO contra os ataques que os governos federal e estadual têm feito contra o serviço público e contra os servidores públicos em todas as esferas. A qualquer momento um direito pode ser enterrado. Em questão de minutos, por um decreto, por uma lei aprovadas às pressas, ou por uma simples canetada, direitos conquistados a duras penas podem desaparecer. Nossa resposta deve ser tão rápida e contundente quanto o apetite insano que tenta devorar nossos direitos.

Edson Garcia Fortuna – PRESIDENTE DA APRASC

expe

dien

te

Presidente Edson Garcia Fortuna

Vice-presidenteRogério Ferrarez

Secretário-geralFlávio da Silva Damiani

1º Secretário Luis Fernando Soares Bittencourt

2º Secretário Amauri Soares

1º Tesoureiro Saul Manoel Honorato Filho

2º TesoureiroNilton Hélio Tolentino Júnior

Vice-presidente Regional Grande FlorianópolisRodrigo de Souza

Vice-presidente Regional Extremo OesteElton Biegelmeier

Vice-presidente Regional Oeste Valtecir Tomé Behnem

Vice-presidente Regional Meio-Oeste Vanderlei Kemp

Vice-presidente Regional Planalto Jairo Moacir dos Santos

Vice-presidente Regional Médio Vale do Itajaí Maurício Pessotti

Vice-regional do Alto Vale do Itajaí Luiz Antônio de Souza

Vice-presidente Regional Foz do Itajaí Joisi Carla Pasquali

Vice-presidente Regional Norte Mike dos Santos

Vice-presidente Regional Planalto Norte Irineu Woginhack

Vice-presidente Regional Sul Ronaldo Roque Claudino

Vice-presidente Regional Extremo Sul Dilnei Lavezzo

Vice-presidente BBMs Grande Florianópolis Luiz Antônio Schimidt

Vice-presidente BBMs Vale do Itajaí Jeferson Misael dos Santos de Lima

Vice-presidente BBMs Sul Jeferson da Silva Oliveira

Vice-presidente BBMs Grande Oeste Rogério Golin

Vice-presidente BBMs Planalto Laudemir Antônio de Souza

Coordenação de Imprensa Everson Henning, Sandro Nunes Marivaldo, Francisco Joaquim de Souza

Coordenação de Assuntos JurídicosGil Norton Amorim, Juliano de Quadros Espíndola, Daniel Broering Fortes dos Santos

Coordenação de Relações PúblicasAlceu Bonetto, Elisandro Lotin de Souza, Clailton de Oliveira

Coordenação de Direitos HumanosPedro Paulo Boff Sobrinho, José Eugênio Costa Dias, Fábio Miola

Coordenação de Assuntos CulturaisEdson Soares, Juares dos Santos Ouriques, Hélio Leonor Koch

Coordenação de PatrimônioClemilson da Silva

Conselho Fiscal TitularesJosé Moraes Sotero, Jair Ventura, Antônio César Scremin Martins

Coordenação de Saúde e Promoção SocialAlexsandra Gabron Neumann, Paulo Ricardo Cardoso Luiz, Adriana de Resendes Marcelino

Conselho Fiscal SuplentesEvaldir Popadiuk, Claiton Jesus Carvalho, Francisco da Silva

Jornal da Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (APRASC)

Ano XIV – nº 60 – maio/junho 2016 – edição fechada em 24/06/2016 Tiragem: 10 mil exemplares – Distribuição gratuita e dirigida

Textos: Sandra Domit, Everson Henning e Patricia KriegerFotos: Sandra Domit, Patricia Krieger, diretores, apoiadores, Agência AlescDiagramação: Fabrício Trindade Ferreira - whatsapp: (48) 9605.0673Edição: Sandra Domit, Everson Henning e Patricia KriegerJornalista Responsável: Sandra Domit (MTB 6290) / Email: [email protected]

Endereço: Rua Raul Machado, 139 – Centro - Florianópolis - CEP 88020-610Telefones: (48) 3223-2241/ (48) 3039-0609

Site: www.aprasc.org.br / Email: [email protected] Twitter: @_aprasc / Facebook: www.facebook.com/aprasc

Diretoria Gestão novembro 2015/ a novembro/2018

Page 3: Jornal O PRAÇA

O PRAÇAWWW.APRASC.ORG.BR

FLORIANÓPOLIS - MAIO | JUNHO 2016 - ANO XIV - NÚMERO 60

3JURÍDICO

Imposto de Renda SOBRE A IRESAParecer da assessoria jurídica da Aprasc afirma não ser

recomendável, no momento, propor qualquer ação coletiva (ou individual) que visa cessar o desconto do Imposto de Renda (IR)

sobre a IRESA (Indenização por Regime Especial de Serviço Ativo) e orienta cautela. Isto porque é necessário aguardar o julgamento da ação, ajuizada pela Associação, que pede o reconhecimento da natureza remuneratória da IRESA para tomar providências a respeito do desconto do Imposto de Renda sobre ela (IRESA).

“O cliente poderá ser beneficiado num primeiro momento, recebendo de volta os valores que foram descontados a título de IR, mas num segundo momento, poderá deixar de receber de uma hora para outra a importância mensal que é paga a título de IRESA. Neste caso não poderá recorrer contra o corte da mesma ao Judiciário, em razão da ação já transitada em julgado”, explica a Dra. Grace Martins, uma das advogadas representantes da Aprasc.

Confira no site da Aprasc (www.aprasc.org.br/ downloads/parecer juridico) a íntegra do parecer.

ENTENDA O CASO - O impasse sobre a natureza da IRESA explica-se da seguinte forma:

Se considerada indenizatória, não se incorpora ao subsídio e não deve incidir desconto de Imposto de Renda, porém, o Estado pode suspender seu pagamento quando bem entender. Sendo assim, pode-se ganhar a ação para cessar o desconto e consequentemente o Estado decidir parar de pagar a IRESA.

Se considerada remuneratória, a IRESA incorpora-se ao subsídio, incide o desconto de Imposto de Renda, porém, não poderá ser suspenso o seu pagamento nos afastamentos, devendo ainda ser incorporada aos proventos de aposentadoria.

CONFIRA AQUI O ANDAMENTO DAS AÇÕES COLETIVAS COM OS REFERIDOS NÚMEROS DOS PROCESSOSAbono férias e 13º salário - (Processo 0072300-28.2012.8.24.0023):

O que é: ação para que os reflexos das horas extras incidam sobre o pagamento das férias e do 13º salário. Há pedido de condenação do Estado ao pagamento de todas as diferenças salariais dos cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação. Como está: a sentença foi favorável determinando o pagamento dos valores, porém, o Estado recorreu.

Auxílio alimentação - (Processo 0046217-09.2011.8.24.0023):

O que é: trata-se da ação coletiva para impedir o desconto do auxílio alimentação quando dos afastamentos dos militares para licença de tratamento de saúde. Também foi requerido o pagamento de todos os valores descontados dos associados dos últimos cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação. Como está: já há trânsito em julgado e a assessoria jurídica providenciará a execução (cobrança) dos valores.

Carga horária (limitação) a 40 horas semanais (Processo 0304107-43.2016.8.24.0023)

O que é: ação que visa a declaração de inconstitucionalidade dos artigos 1º ao 10º da Lei 16.773/2015, que ocasionará a limitação da carga horária a 40 horas semanais. Alternativamente, caso a jornada não seja reduzida, que as horas extras trabalhadas até então sejam pagas com correção monetária. Como está: o Estado já apresentou contestação e o processo aguarda manifestação judicial.

Horas extras após a vigência da Lei do Subsídio (Processo 0334433-54.2014.8.24.0023):

O que é: a ação visa o pagamento de todas as horas extras que extrapolem a carga horária de 40 semanais ou oito diárias após a implementação da Lei do Subsídio.

Como está: ainda não há decisão.

Contra o IPREV referente às alíquotas progressivas (Processo 0006758-05.2008.8.24.0023):

O que é: ação coletiva que impediu o IPREV, antigo IPESC, de cobrar a contribuição previdenciária dos seus associados de forma progressiva. As alíquotas variavam entre 8% e 12%, sendo reconhecido pela Justiça o direito de todos os associados contribuírem no mesmo percentual: 8%. Como está: Aprasc ganhou a ação e os valores já estão sendo cobrados através de execução de sentença.

Correção dos salários atrasados no governo Paulo Afonso (PMDB) em 1998:

O que é: as duas ações coletivas que pediram a correção sobre os salários atrasados pelo governo Paulo Afonso (PMDB) em 1998. Confira no site (www.aprasc.org.br/juridico) se o seu nome está em uma das listagens e proceda conforme orientação. Se o seu nome não consta nessas listas é porque você não era sócio da Aprasc na época da propositura das ações. Se fazia parte da ação, é porque já recebeu os valores devidos. Importante: esta ação não pode mais ser proposta visto que já transcorreu o prazo legal para tal.

Como está: encontra-se em fase de pagamento (execução), há mais de um ano. Escritório Rocha&Rocha Advogados: Dos 1.239 beneficiários, 157 ainda não encaminharam a procuração para que se proceda o pagamento. Dúvidas sobre esta ação ligue para (48) 3222.0861. Advogado Jeferson Ubatuba: dos 1.585 aprasquianos beneficiados, 909 ainda não encaminharam a procuração. Dúvidas sobre esta ação ligue para (48) 3238.1630 ou (51) 3594.1098.

Gratificação dos Oficiais aos Subtenentes (Processo 0029870-32.2010.8.24.0023):

O que é: ação coletiva objetivando o implemento da gratificação dos Oficiais aos Subtenentes. Nesta ação, pedimos as parcelas vincendas, que foi deferida através da concessão de antecipação de tutela, além das vencidas. Como está: já há trânsito em julgado e a assessoria jurídica ajuizará execução para que os associados recebam os valores.

Horas extras - (Processo 0034229-25.2010.8.24.0023):

O que é: a ação já foi encerrada, sendo que restou reconhecido o direito ao recebimento de todas as horas extras que extrapolem as 40 semanais, sem limitador. Como está: a assessoria jurídica já ingressou com a execução de sentença para que todos os associados recebam os valores.

Indenização em desfavor da LocalWeb (Processo 0308866-84.2015.8.24.0023):

O que é: a ação objetiva a reparação dos danos causados em razão da interrupção dos serviços prestados para a Associação. Como está: ainda não há decisão.

Page 4: Jornal O PRAÇA

FLORIANÓPOLIS - MAIO | JUNHO 2016 - ANO XIV - NÚMERO 60 O PRAÇAWWW.APRASC.ORG.BR4

JURÍDICO DA APRASC ATENDE EM TODO ESTADO

Os praças associados contam com atendimento jurídico em suas cidades. É importante salientar que os serviços jurídicos oferecidos aos associados são exclusivamente

para tratar de questionamentos, defesa e requerimentos judiciais de direitos, diretamente relacionadas ao serviço militar na Polícia ou no Bombeiro Militar.

CONFIRA ABAIXO OS NOMES, ENDEREÇOS E

CONTATOS DO JURÍDICO EM CADA UMA DAS REGIÕES:

EXTREMO OESTE

Advogada Marcieli Weschenfelder Contatos: [email protected]

(49) 8403-5210 (Claro) | 99031300 (TIM)(49) 3664-1245 (Escritório)

Endereço: Rua Duque de Caxias, 247, sala 101,Centro - Maravilha - CEP 89874-000

Cidades: Anchieta, Bandeirante, Barra Bonita,Belmonte, Bom Jesus do Oeste, Caibi, CampoErê, Cunha Porã, Descanso, Dionísio Cerqueira,Flor do Sertão, Guaraciaba, Guaruja do Sul,Iporã do Oeste, Iraceminha, Itapiranga,Maravilha, Modelo, Mondaí, Palma Sola,Paraíso, Pinhalzinho, Princesa, Riqueza,Romelândia, Saltinho, Santa Helena, SantaTeresinha do Progresso, São Bernardino, SãoJoão do Oeste, São José do Cedro, São Migueldo Oeste, São Miguel da Boa Vista, Serra Alta,Sul Brasil, Tigrinhos, Tunápolis.

OESTE

Advogados Clériston Valentinie Lauri Nereu Guisel

Contatos: [email protected](49) 3329-7224 | 9902-4255

Endereço: Rua Barão do Rio Branco, 50 E, Ed.Albatroz, sala 201, Centro - Chapecó -CEP 89802-100

Cidades: Abelardo Luz, Águas de Chapecó, ÁguasFrias, Alto Bela Vista, Arabutã, Arvoredo, BomJesus, Caxambú do Sul, Chapecó, Concórdia,Cordilheira Alta, Coronel Freitas, CoronelMartins, Cunhataí, Entre Rios, Faxinal dosGuedes, Formosa do Sul, Galvão, Guatambú,Ipuaçú, Irani, Irati, Itá, Jardinópolis, Jupiá,Lageado Grande, Lindóia do Sul, Marema, NovaErechim, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, OuroVerde, Paial, Palmitos, Peritiba, Planalto Alegre,Passos Maia, Ponte Serrada, Presidente CasteloBranco, Quilombo, Santiago do Sul, São Carlos,São Domingos, São Lourenço do Oeste, Saudades,Seara, União do Oeste, Vargeão, Xanxerê,Xavantina, Xaxim.

MEIO OESTE

Darcisio A. Muller Advogados Associados Contatos: [email protected]

(49) 3246-0180 | 9973-2998 Endereço: Rua Irmãos Rudeck, 185, Sala 2 a 12,

Centro – Fraiburgo - CEP 89580-000Cidades: Abdon Batista, Água Doce, ArroioTrinta, Brunópolis, Campos Novos, Capinzal,Catanduvas, Erval Velho, Fraiburgo, Hervald´Oeste, Ibiam, Ibicaré, Iomerê, Ipira, Jaborá,Joaçaba, Lacerdópolis, Luzerna, Macieira,Monte Carlo, Ouro, Pinheiro Preto, Piratuba,Salto Veloso, Tangará, Treze Tílias, Vargem,Vargem Bonita, Videira, Zortéia.

NORTE

Advogada Carla Simone Santos Schettert Contatos: [email protected]

(47) 4009-9401 | 9603-2787 Endereço: Rua João Colin, 1285, Bairro

Centro - Joinville - CEP 89204-001 Cidades: Araquari, Balneário Barra do Sul,

Barra Velha, Corupá, Garuva, Guaramirim,Itapoá, Jaraguá do Sul, Joinville, Massaranduba,São Francisco do Sul, São João do Itaperiú,Schoroeder.

PLANALTO NORTE

Advogado Décio José Müller Ribeiro Contatos: [email protected]

(47) 9280-1313 (Vivo) | 9756-5676 (TIM)(47 ) 3642-7741

Endereço: Av. Cel. José Severiano Maio, 400, Sl.10 – próximo ao Terminal Rodoviário – Centro– Mafra - CEP 89300-000

Cidades: Bela Vista do Toldo, Campo Alegre,Canoinhas, Ireneópolis, Itaiópolis, Mafra,Major Vieira, Matos Costa, Monte Castelo,Papanduva, Porto União, Rio Negrinho, SãoBento do Sul, Três Barras.

PLANALTO I

Ferri, Maines & Fernandes Advogados Associados (advogados Rafael, Janaína e Roberto)Contatos: [email protected](49) 3222-8979 | 3222-3172 | 8412-3389(49) 8412-3137 | 8412-3271

Endereço: Rua Marechal Deodoro, 287, 1ºandar, Centro - Lages - CEP 88501-000

Cidades: Abdon Batista, Anita Garibaldi,Bocaina do Sul, Bom Jardim da Serra, BomRetiro, Campo Belo do Sul, Capão Alto, CelsoRamos, Cerro Negro, Correia Pinto, Lages,Otacílio Costa, Painel, Palmeira, Ponte Alta RioRufino, São Joaquim, São José do Cerrito,Urubici, Urupema.

PLANALTO II

Advogada Priscila Perego de Oliveira Contatos: [email protected]

(49) 9937-1130 (TIM) | 8806-8435 (Claro)(49) 9188-9105 (Vivo)

Endereço: Rua Luiz Granemann, 57, Centro -Lebon Régis - CEP 89515-000

Cidades: Caçador, Calmon, Curitibanos,Fraiburgo, Frei Rogério, Lebon Régis,Macieira, Ponte Alta, Ponte Alta do Norte,Rio das Antas, Santa Cecília, São Cristóvão doSul, Timbó Grande.

EXTREMO SUL

Advogado Rodrigo Grüdler Silveira Contatos: [email protected]

(48)3524-1277 | 9156-2995 Endereço: Rua Dr. Virgulino de

Queiroz, 203, Ed. Elzilane, sala01 e 03, Centro - Araranguá -CEP 88900-900

Cidades: Araranguá,Balneário Arroio do Silva,Balneário Gaivotas, Cocal do Sul, Criciúma,Ermo, Forquilhinha, Içara, Jacinto Machado,Maracajá, Meleiro, Morro Grande, NovaVeneza, Passo de Torres, Praia Grande,Rincão, Santa Rosa do Sul, São João do Sul,Siderópolis, Sombrio, Timbé do Sul, Treviso,Turvo.

ALTO VALE

Advogada Luana Aparecida de Mello Contatos: [email protected]

(47) 33572781 | 92626954 Endereço: Rua Marquês do Herval, 1185, sala

03, Bairro Ponto Chic - Ibirama -CEP 889140-000

Cidades: Agrolândia, Agronômica, Atalanta,Aurora, Braço do Trombudo, Chapadão doLageado, Dona Emma, Ibirama, Imbuia, Ituporanga,José Boiteux, Laurentino, Leoberto Leal,Lontras , Mirim Doce, Petrolândia, PousoRedondo, Presidente Getúlio, Presidente Nereu,Rio do Campo, Rio do Oeste, Rio do Sul, Salete,Santa Teresinha, Taió, Trombudo Central, VidalRamos, Vitor Meireles, Witmarsum.

FOZ DO ITAJAÍ

Advogado Giovan Nardelli Contatos: [email protected]

(47) 9626-0001 | 3366-4203 Endereço: Avenida Alvin Bauer, nº 170, sala 2

Balneário Camboriú - CEP 88330-640 Cidades: Balneário Camboriú, Balneário

Piçarras, Bombinhas, Botuverá, Brusque,Camboriú, Canelinha, Guabiruba, Ilhota, Itajaí,Itapema, Luiz Alves, Major Gercino,Navegantes, Nova Trento, Penha, Porto Belo,São João Batista, Tijucas.

SUL

Advogado Adriano T. Massih Contatos: [email protected]

(48 ) 9986-1695 Endereço: Rua XV de Novembro, 31 -

Laguna - CEP 88790-000 Cidades: Armazém, Braço do Norte, Capivari de

Baixo, Garopaba, Grão Pará, Gravatal, Imaruí,Imbituba, Jaguaruna, Laguna, Lauro Muller,Morro da Fumaça, Orleans, Pedras Grandes,Pescaria Brava, Rio Fortuna, São Ludgero,Sangão, Santa Rosa de Lima, São Martinho,Treze de Maio, Tubarão, Urussanga.

MÉDIO VALE DO ITAJAÍ

Advogado Evandro MonteiroContatos:[email protected](47) 9760-2000 | 3037-7144

Endereço: Rua Almirante Tamandaré, 1397,Bairro Vila Nova - Blumenau - CEP 89035-000

Cidades: Apiúna, Ascurra, Benedito Novo,Blumenau, Doutor Pedrinho, Gaspar, Indaial,Pomerode, Rio dos Cedros, Rodeio, Timbó.

GRANDE FLORIANÓPOLIS

Escritório Silva Martins- Advogados GraceSantos da Silva Martins, Fernando Santos daSilva e Robson Ceron

Contatos: [email protected](48) 3222-6620 | 9161-4073 | 9162-4240

Endereço: Rua Vidal Ramos, n° 53, sala 901,Edifício Crystal Center – Centro - Florianópolis -CEP 88010-320

Cidades: Águas Mornas, Alfredo Wagner,Angelina, Anitápolis, Antônio Carlos, Biguaçu,Florianópolis, Governador Celso Ramos,Palhoça, Paulo Lopes, Rancho Queimado, SantoAmaro da Imperatriz, São Bonifácio, São José.

Page 5: Jornal O PRAÇA

O PRAÇAWWW.APRASC.ORG.BR

FLORIANÓPOLIS - MAIO | JUNHO 2016 - ANO XIV - NÚMERO 60

5

O período em análise compreende os me-ses de novembro/2014 até outubro/2015, com o movimento das receitas, despesas e disponi-bilidades bancárias sendo os valores expressos em reais.

As receitas totais do período ultrapassaram 3,7 milhões de reais, sendo o total das despe-sas da ordem de 2.702 mil reais correpondente a 72% do total arrecadado ficando contra 51% do período anterior.

Nos grupos de despesas destacamos as mais relevantes em ordem decrescente de valor, despesas Honorários e Custas Judiciais com 26% do total das despesas, em seguida a Propaganda e Publicidade bem como Eventos e Deslocamento com 22% e 21% respectivamen-te. Estes três grupos de despesas juntos somam 69% do total de gastos da Associação, registra- -se um inversão em relação a períodos anteriores quando a principal despesa era com publicidade, embora este gasto tenha tido relevância significa-tiva neste último período, a Despesa com Hono-

rários e Custas Judiciais passou a ser o carro chefe da Aprasc representando 26% do total de despesas com um valor por volta de setecentos mil reias, resultado da política de atendimento aos Associados fora da Capital do Estado, que se iniciouem abril de 2014.

Separando as três principais despesas acima, vem em quarto lugar as Despesas com Pessoal com 12% e as Despesas Administrativas no percentual de 7%. Após os gastos com En-cargos Sociais com 5% do total de despesa. Por fim as despesas menos relevantes com percen-tuais entre 0,3% e 2% do todal de despesas, que são: Despesa Tributárias, Comunicação (internet e telefonia), Despesas com periódicos, Livros/re-vistas e jornais e as despesa financeiras que fica-ram em 0,3% . Asdisponibilidades bancárias da Associação continuam em crescimento, tendo se elevado em 33% em relação ao primeiro mês do período, com valor nominal inicial da ordem de 3 milhões de reais e fechando o último perío-do com o saldo bancário de 4 milhões de reais.

Com a evolução no volume de recursos aplicados, as receitas financeira passaram a ter maior relevância neste período, passando de 4% para 10% do total de recursos arrecadados. Atualmente o resultado das aplicações financei-ras está em torno de 40 mil reais por mês.

As Receitas e Despesas são apropriadas mensalmente, pelo regime de competência, em cumprimento a normas de contabilidade. As de-monstrações contábeis com o respectivo pare-cer do conselho fiscal representam adequada-mente, em todos os aspectos relevantes, a po-sição patrimonial e financeira da Aprasc- -Asso-ciação de Praças do Estado de Santa Catarina, em 31 de outubro de 2015, o resultado de suas operações, as origens e aplicações de seus re-cursos, referente ao período em análise findo na-quela data, estão registradosde acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Fatorial Assessoria Contábil S/S ME CNPJ: 11.457.110/0001-01

Registrada no CRC/SC sob nº 7462/O-1

Valores em R$ 2014/2015 2013/2014Código Nome 11/14 12/14 01/15 02/15 03/15 04/15 05/15 06/15 07/15 08/15 09/15 10/15 Totais % %2119 Receita de mensalidades 274.265 274.340 275.093 274.491 275.357 275.489 275.282 275.844 275.018 302.313 302.417 300.041 3.379.951 90% 96%

2330Receita com aplicação financeira 19.732 12.387 23.848 21.233 35.867 29.900 21.217 36.009 40.763 39.888 40.491 41.458 362.793

10% 4%Total das Receitas 293.997 286.727 298.942 295.724 311.224 305.389 296.498 311.853 315.781 342.202 342.909 341.499 3.742.743

3085 Despesas administrativas 13.063 15.388 10.046 16.976 14.858 21.206 21.853 15.955 14.811 12.669 18.354 21.135 196.313 7% 12%4294 Despesas com periódicos/livros/revistas/jornais 0 0 6.750 179 600 0 0 2.300 13.480 8.952 4.375 980 37.615 1% 1%4340 Honorários e custas judiciais 23.424 40.920 20.558 20.558 20.702 80.383 86.862 95.540 126.485 62.324 70.529 65.542 713.826 26% 14%3031 Comunicação (telefone, internet) 5.018 1.432 8.149 1.993 8.532 3.334 5.833 7.220 5.607 5.901 5.439 1.203 59.660 2% 3%2941 Despesas com pessoal 27.917 50.392 18.462 21.303 23.398 28.653 22.727 22.104 33.785 24.990 26.959 29.627 330.316 12% 12%3026 Encargos sociais 6.993 15.039 8.296 7.819 7.460 19.314 13.049 15.228 14.167 9.060 7.410 10.231 134.065 5% 4%3441 Eventos/deslocamentos 28.788 31.261 38.553 114.319 32.371 39.566 44.130 19.644 36.752 35.290 68.584 87.840 577.098 21% 26%3220 Propaganda e publicidade 0 1.682 129.162 37.055 500 0 114.161 4.000 0 1.566 301.880 136 590.142 22% 26%3514 Despesas tributárias (IPVA; IRRF; CRF; IMP/TX) 11.870 748 0 1.672 4.399 3.560 21.046 2.244 2.508 2.398 2.420 2.750 55.615 2% 2%3476 Despesas financeiras 22 22 22 52 22 22 31 200 128 24 92 6.883 7.521 0,3% 0,0%

Total das Despesas 117.095 156.882 239.997 221.926 112.840 196.036 329.692 184.435 247.723 163.174 506.042 226.327 2.702.169 72% 51%DIFERENÇA APURAR

35 Disponibilidades bancárias 3.065.835 3.270.516 3.277.086 3.360.499 3.584.310 3.713.915 3.713.918 3.896.071 3.970.650 4.140.050 3.973.140 4.078.149 33% Sobre 1º Período

817 Imobilizado 1.227.790 1.227.975 1.227.975 1.227.975 1.227.975 1.227.975 1.229.022 1.229.022 1.229.122 1.229.122 1.229.122 1.229.122 0,1% Sobre 1º Período

ANÁLISE CONTÁBIL

Prestação de ContasAprasc - Associação de Praças de Santa Catarina - Análise Vertical de 11/2014 a 10/2015

APRASC: 15 ANOS DE MUITAS CONQUISTAS E DE LUTA NA DEFESA DOS

DIREITOS DA CATEGORIA

No dia 25 de agosto, a Aprasc completa 15 anos de funda-ção. Para construir o evento

de comemoração, foi criada uma comissão formada pelo presidente Edson Fortuna, pelo vice-presiden-te Rogério Ferrarez, secretário-geral Flávio Damiani, e diretores Adriana de Resendes Marcelino e Paulo Ri-cardo Cardoso Luiz, (ambos da Saú-de e Promoção Social).

Ferrarez adianta que, para mar-car a data, serão realizados dois eventos: um oficial no dia 25 em Flo-rianópolis e outro festivo, no dia 27, em Curitibanos. Também será lança-da uma revista e produzido um vídeo

institucional alusivo à data. A comis-são foi criada em 30 de abril, na se-gunda reunião de 2016, da diretoria, na sede da associação, com a pre-sença de 29 diretores, bem como, apoiadores e associados da Aprasc.

No encontro, foram discutidos oito pontos de pauta, entre eles o PLP 257/2016, plano de carreira, assessoria jurídica, ações em conjunto com a Anaspra (Associação Nacional dos Praças), bem como, informes, assuntos internos e organizacionais, com destaque para uso de mídias sociais e comunicação, além de uma breve análise de conjuntura sobre o cenário político atual.

CONCEITO MORAL EMITIDO PELA CPP É DECLARADO ILEGAL PELO TJSC

A Aprasc conquistou importante vitória e que atingirá positivamente inúmeros praças do Estado de Santa Catarina que constantemente vinham sendo prejudicados pela Comissão de Promoção de Praças (CPP). Isto porque, o Grupo de Câmaras de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina declarou ilegal a emissão do conceito moral expedido pela CPP. Mesmo preenchendo todos os requisitos previstos em lei, os militares eram alijados das promoções ou da participação nos cursos de formação ou ainda nos de aperfeiçoamento, de forma arbitrária e ilegal.A assessoria jurídica irá agora providenciar a juntada da referida decisão nas demandas que já se encontram em trâmite, a fim de possibilitar decisões favoráveis aos associados interessados.

VITÓRIA DA APRASC:

Page 6: Jornal O PRAÇA

FLORIANÓPOLIS - MAIO | JUNHO 2016 - ANO XIV - NÚMERO 60 O PRAÇAWWW.APRASC.ORG.BR6

APRASC PROMOVE PROTESTO E PRESTA APOIO AOS NOVOS ALUNOS-SOLDADOS

Com a participação de cerca de 500 praças, de diversas regiões do es-tado, a Aprasc promoveu, no dia 7

de junho, um ato de repúdio em frente ao Centro Administrativo do Estado contra a decisão da Justiça que havia suspendido o Curso de Formação de Soldados, prejudi-cando os 711 novos alunos. A manifestação

marcou o final da Assembleia Geral Extraor-dinária (ler Pág 07) e objetivou também mos-trar à sociedade o descaso que o governo estadual vem tratando a segurança pública. “Essa decisão contribui para agravar ainda mais a crise que passa a segurança públi-ca com a falta de policiais nos municípios”, disse o presidente da Aprasc, subtenente Edson Fortuna.

Com o apoio de um carro de som e segurando faixas com dizeres “a socieda-de necessita: a retomada imediata do cur-so de soldados da PMSC”, os aprasquia-nos seguiram em caminhada até a sede do

governo estadual. Uma das pistas da SC 401 foi fechada para o trânsito de veícu-los. Em frente ao Centro Administrativo, os praças cantaram o hino nacional e pediram uma solução.

O ato de protesto objetivou mostrar à sociedade a crise que passa a segurança pública e a falta de investimento

Caminhada pela SC 401 protestou contra a decisão judicial, pedindo a retomada do curso de soldados

TOMADA DE AÇÕES

A Aprasc foi solidária aos alunos-soldados já no mesmo dia em que o curso foi suspenso (01.06) por conta da liminar da Justiça, prestando todo o apoio necessário, com auxílio jurídico e organizativo. No dia seguinte (02.06), o presidente Edson Fortuna convocou uma reunião de emergência da diretoria, que contou com a participação dos concursados. Foi formada uma comissão que esteve no Tribunal de Justiça para conversar com o desembargador Zanelato. No entanto, a comissão foi informada de que Zanelato não estava no local e foi recebida por sua equipe de assessoria.

“Conversamos com a assessoria e expusemos todas as nossas críticas e as razões pelas quais entendemos que o curso devia continuar”, disse Fortuna. Segundo ele, se fosse comprovada irregularidades, o problema já poderia ter sido resolvido há muito tempo. “Houve falha, tanto da parte de seleção do concurso, quanto da própria advocacia e Procuradoria Geral do Estado em não acelerar o processo e verificar possíveis irregularidades nos diplomas”. Na sexta-feira (3), a Aprasc publicou nota paga nos principais jornais, criticando a decisão e solicitando a imediata retomada do curso.

SUSPENSÃO E RECONSIDERAÇÃO

No dia 9 de junho, dois dias após o protesto, a Justiça determinou o retorno imediato do curso. Conforme o Tribunal de Justiça (TJ-SC), o desembargador Luiz Zanelato, que havia solicitado a suspensão do curso em 1º de junho, reconsiderou a decisão. No mesmo dia, o Comando Geral da Polícia Militar divulgou nota, em seu site, de que havia sido oficialmente notificado sobre a decisão judicial, chamando os 711 alunos para a posse no dia 10 de junho e a retomada do Curso de Formação de Soldados (CFSd), na segunda-feira, dia 13 de junho.

Na suspensão, o TJ-SC havia determinado a investigação de supostos diplomas emitidos por Faculdades e Universidades não reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC) de 53 concursados, impedindo que todos os 711 iniciassem o curso. Com a nova decisão, as investigações devem continuar, mas todos os alunos-soldados participarão do curso até que se comprove irregularidades.

Page 7: Jornal O PRAÇA

O PRAÇAWWW.APRASC.ORG.BR

FLORIANÓPOLIS - MAIO | JUNHO 2016 - ANO XIV - NÚMERO 60

7“POR NENHUM DIREITO A MENOS” FOI O TEMA QUE

NORTEOU AS DISCUSSÕES DA ASSEMBLEIA GERAL

A preocupação com a retira-da, nos últimos anos, dos direitos conquistados pe-

los servidores públicos, em es-pecial dos trabalhadores da Se-gurança Pública do Estado, levou a Aprasc a realizar, no dia 7 de junho, Assembleia Geral da ca-tegoria. O encontro, que contou com a presença de mais de 500 praças das diferentes regiões do estado, lotou o auditório da Associação Catarinense de Me-dicina, em Florianópolis.“Por ne-nhum direito a menos” foi o mote que norteou as discussões.

Aumentar e reforçar as mobilizações no interior do esta-do, na capital e, principalmente, em Brasília, através do Fórum Catarinense do Serviço Público, contra a reforma da Previdência e o PLP 257, foi um dos pon-tos definidos na Assembleia pe-los aprasquianos. “Esse projeto, que tem como pano de fundo a renegociação da dívida dos Es-tados, estabelece a retirada de benefícios, progressão na car-reira, congelamento de salários e de novos concursos para os próximos dois anos, enfim me-didas que cortam direitos his-tóricos dos servidores públicos – federais, estaduais e muni-cipais”, disse o secretário da Aprasc, Flavio Damiani.

Informes

Escala de serviço, plano de carreira, Lei do QOA (Quadro de Oficiais Auxiliares), grupo de assédio moral, ação judicial do Imposto de Renda sobre a Iresa e a Resolução 003, publicada em 30 de maio no Diário Oficial do Estado, que suspendia as promoções e progressões fun-cionais, foram assuntos tratados na Assembleia. “A Resolução 003, nada mais é do que está escrito também no PLP 257”, disse o presidente da Aprasc, Edson Fortuna, destacando que a medida veio de “supetão, pegando todos de surpresa, inclusive os Comandos da PM e BM”. As manifestações de

protesto e notas de repúdio de diversas entidades representa-tivas de servidores, incluindo a Aprasc, fizeram o governo re-cuar e anular, de forma imedia-ta, a resolução três dias depois. “Isso serve de alerta para mos-trar que, em qualquer momento o governo pode mexer nos nos-sos direitos”, disse.

Sobre as escalas de ser-viço, haverá alteração na Lei 16.773/2015, de modo que to-das as escalas acima de 8 horas terão direito a alimentação. “Par-ticipamos do processo da cons-trução da lei, buscando contem-plar a realidade, porém estamos cientes que não é a ideal. Os problemas que estão surgindo devem ser resolvidos ponto a ponto”, destacou Fortuna.

A nova proposta para o Plano de Carreira, construída com a colaboração da Aprasc, ainda encontra-se no Comando Geral das Corporações. “Sobre a questão dos interstícios ain-da não há nenhuma definição”, disse o diretor da Vice Regional da Grande Florianópolis, Rodrigo Souza. Embora a Aprasc tenha entregue um projeto pronto, o QOA não saiu do papel porque não há vontade política.“Temos somados todos os esforços para

implementar a lei, mas a informa-ção que temos é de que tudo que possa causar impacto ou repercussão financeira o gover-no do Estado não quer discutir ou mexer”, complementou o pre-sidente Fortuna.

A diretora da Vice Regio-nal da Foz do Itajaí cabo Joisi Carla Pasquali falou do traba-lho da Aprasc na luta contra o assédio moral e sexual sofrido por profissionais da segurança pública (Pág 9).

Apoio e solidariedade aos alunos-soldados

Um dos pontos altos da Assembleia foi o debate so-bre a decisão judicial que havia suspendido o curso de forma-

ção de policiais militares, em 1º de junho, com a presença de muitos alunos-soldados. Para o presidente da Aprasc foi “um imbróglio criado em razão dos sucessivos erros por parte admi-nistração pública na condução do processo”.

“A Aprasc inicia hoje uma nova etapa, cuidando das ne-cessidades destes que hoje aqui estão desassistidos pelo Estado. Vamos resolver essa questão seja juridicamente, política ou mesmo por pressão”, anunciou o diretor da Coordenadoria de Direitos Humanos, Pedro Paulo Boff Sobrinho. A Assembleia en-cerrou com ato de repúdio em frente ao Centro Administrativo (ver Pág 6).

Subtenente Edson Fortuna, presidente da Aprasc, coordenou a Assembleia que debateu a perda dos direitos dos servidores

Aprasquianos de diferentes regiões do estado de SC lotaram o auditório da ACM

Page 8: Jornal O PRAÇA

FLORIANÓPOLIS - MAIO | JUNHO 2016 - ANO XIV - NÚMERO 60 O PRAÇAWWW.APRASC.ORG.BR8

Uma comitiva de diretores e apoiado-res da Aprasc participou, na tarde de 16 de junho, em Brasília, de um ato unificado de trabalhadores, sindicatos e movimentos so-ciais de todo país contra a reforma da Previ-dência. O protesto foi também contra o PLP 257 e os cortes de direitos. Com palavras de ordem como “Por Nenhum Direito a Menos” a manifestação ocorreu de forma pacífica com milhares de pessoas de todo Brasil.

“É muito importante participarmos des-ta mobilização, principalmente por conta da nossa luta contra a PLP 257/2016 e também para que não haja reforma na Previdência”, explica o diretor Flávio da Silva Damiani.

O presidente da Aprasc, Edson Fortuna, ressaltou que a participação da Associação em atividades de mobilização nacional foi deliberada na Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 7 de junho.

Além de Fortuna e Damiani, a comitiva foi formada pelo vice-presidente Rogério

Ferrarez e os diretores Adriana Marcelino e Laudemir Antônio de Souza.

POLICIAIS E BOMBEIROS DE SC CONTRA A CRISE SELETIVA

Nós, policiais e bombeiros de Santa Catarina, tornamos público o nosso mais veemente repúdio às recentes ameaças de cortes de direitos e redução salarial das categorias da base do serviço público.

Temos assistido com perplexidade as iniciativas desastrosas de governantes de todos os níveis nesses últimos meses, como os cortes e parcelamento de salários, calote no pagamento do 13° e travamento da carreira de servidores. Esses governos também promovem um sucateamento ainda maior dos serviços públicos, com o fechamento de hospitais, escolas, bases da PM, delegacias da Polícia Civil e a escassez de materiais de primeira necessidade nesses locais.

Crise para quem?

Os últimos cortes de direitos e ajustes que têm como justificativa a “crise” financeira atingem apenas os trabalhadores que atuam nos serviços públicos essenciais. Enquanto policiais, bombeiros, professores e profissionais da saúde enfrentam arrocho em todo o país, a Câmara dos Deputados aprova aumento de salários muito acima da inflação para a casta privilegiada do funcionalismo - com destaque para o Judiciário - e várias outras benesses imorais permanecem intocáveis nos estados.

A “crise” se apresenta como uma oportunidade para que parte da classe política aprofunde ainda mais sua perseguição aos servidores públicos, em especial aos integrantes da base – Educação, Saúde e Segurança. Em SC a lógica é a mesma: o sucateamento dos serviços públicos é ampliado, enquanto as isenções para grandes empresas – em especial para as estrangeiras – seguem cada vez maiores. Enquanto o governo estadual ameaça acabar com o direito de progressão funcional de milhares de policiais e bombeiros e corta parte dos salários de servidores afastados por problemas de saúde, os desembargadores, promotores, juízes e deputados continuam

recebendo o Auxílio Moradia, de R$ 4.377,73.

O discurso da “crise” cai por terra quando vemos verdadeiras ilhas da fantasia com o dinheiro público dentro do aparato estatal. Não há lógica que justifique a opulência observada em alguns setores do Estado em contraste com a miséria dos serviços públicos mais essenciais para a população.

Os privilégios de uma casta do funcionalismo público - em especial do Judiciário e Ministério Público - não têm limites, e a subserviência e conivência de governadores e parlamentares com esse apetite insano resulta no sucateamento dos serviços públicos essenciais.

Na prática, o empobrecimento de policiais, bombeiros, professores, enfermeiros e demais servidores da base serve para sustentar privilégios imorais de uma casta privilegiada presente no próprio setor público e também no setor privado que sobrevive à custa do dinheiro público. Infelizmente a voz das ruas - que desde junho de 2013 pede mais Educação, Saúde e Segurança - continua ignorada pelos governantes.

Não vamos trabalhar sem salário, com salário pela metade ou com direitos surrupiados. Não vamos aceitar de forma passiva esse verdadeiro deboche ao bom senso. Não aceitaremos que desmontem a segurança pública enquanto esbanjam de forma desnecessária em setores que não precisam de tamanho aporte de recursos. É inaceitável que os governos gastem milhões para manter frotas de carros de luxo em alguns setores, ao mesmo tempo em que deixam apodrecer viaturas e ambulâncias nos pátios por falta de manutenção, ou ainda ameacem com racionamento de combustível.

Defendemos a economia de recursos públicos, mas não podemos concordar com a seletividade de governantes que destroem os serviços públicos de primeira necessidade e mantém intactos os privilégios que afrontam os ideais republicanos.

Florianópolis, 07 de Junho de 2016ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DA APRASC

(Carta aprovada durante Assembleia GeralExtraordinária realizada no dia 7 de junho)

Ato contra a reforma da Previdência

CARTA DOS PRAÇAS

Page 9: Jornal O PRAÇA

O PRAÇAWWW.APRASC.ORG.BR

FLORIANÓPOLIS - MAIO | JUNHO 2016 - ANO XIV - NÚMERO 60

9

Barricadas para obstruir a passagem da polícia, pedras jogadas contra as viaturas, foguetes para avisar a chegada dos PMs, desacato contra agentes, resistência a prisão e muros pichados com frases de insultos, denegrindo a imagem da Corporação. Esses foram alguns dos casos de violência contra policiais no exercício de suas atividades ocorridos em Curitibanos e relatados na reunião realizada, em 14 de maio, na sede da Guarnição Especial do município.O encontro contou com a participação do presidente da Aprasc, Edson Fortuna; do vice-presidente, sargento Rogério Ferrarez, diretores das Vices Regionais do Planalto, Meio Oeste e Grande Florianópolis, bem como, representantes da Polícia Civil e do Ministério Público. Fortuna ressaltou que esses atos de violência são, na verdade, uma afronta contra o Estado e as instituições, representados pelos policiais, que estão nas ruas trabalhando para manter a ordem e defender a população.

APRASC NO COMBATE AO ASSÉDIO MORAL E SEXUAL CONTRA MULHERES NAS CORPORAÇÕES

A Aprasc está comprome-tida com a luta contra o assédio moral e sexual so-

frido por mulheres profissionais da segurança pública. A diretora cabo Joisi Carla Pasquali parti-cipou, em Brasília, da primeira reunião do Comitê de Monitora-mento e Acompanhamento de Casos de Assédio Moral e Se-xual Sofrido pelas Profissionais de Segurança Pública. O encon-tro ocorreu nos dias 11 e 12 de maio e teve como resultado uma série de atividades de enfrenta-mento para este ano. A primeira ação do Comitê é a confecção de uma cartilha com orientações sobre o tema para ser divulga-da e distribuída nas instituições. Também serão promovidos se-

minários em diferentes regiões do país para divulgação do tra-balho. “O assédio ainda é tabu nas instituições militares, mas pretendemos desmistificar aos poucos trazendo essa discussão para a nossa realidade”, enfati-zou a diretora da Aprasc.

O comitê debateu sobre as consequências do assédio na área de saúde e participação dos canais de denúncia ‘Disque 100’ e ‘Ligue 180’. Foi apresen-tado um acordo de cooperação técnica firmado entre a Senasp e a Universidade Federal de Goi-ás (UFG), para a realização de uma pesquisa sobre violência e assédio sofrido por mulheres no exercício de sua profissão na se-gurança pública. “Não queremos

privilégio, nem tampouco quebra de hierarquia e de disciplina. Mas precisamos sim buscar respeito e garantias às policiais femininas

dentro das corporações”, res-saltou a secretária nacional de Segurança Pública, Regina De Luca Miki, durante a reunião.

Onda de violência contra policiais em Curitibanos

Cabo Carla em Brasília na reunião do comitê de combate ao assédio

Diretoria da Aprasc promoveu reunião em Curitibanos

Com ação da Anaspra, Congresso derruba veto e autoriza anistia a PMs e BMsFoi publicada em 1º de

junho último, a Lei 13.293, a chamada Lei da Anistia, uma semana depois que o Congres-so Nacional derrubou o veto do governo à anistia de PM e BM que participaram de movimen-tos reivindicatórios em diver-sos estados. Na Câmara, 286 deputados rejeitaram o veto, 8

foram favoráveis e houve 1 abs-tenção. No Senado, foram 44 contrários ao veto, 7 favoráveis e 1 abstenção.

“Foi feita justiça para com os 650 mil trabalhadores da po-lícia e bombeiro militares”, disse o presidente da Anaspra (Asso-ciação Nacional dos Praças), cabo Elisandro Lotin de Souza.

Ele destacou o trabalho árduo dos diretores da Anaspra que, nos últimos 4 ou 5 meses, fize-ram muitas incursões ao Con-gresso Nacional, junto a sena-dores e deputados, mostrando a realidade da categoria, que doa sua vida em prol da segu-rança da população.

A lei beneficia militares do

Amazonas, do Pará, do Acre, de Mato Grosso do Sul, do Maranhão, de Alagoas, do Rio de Janeiro, da Paraíba e do To-cantins, além dos militares gre-vistas da Bahia enquadrados na Lei de Segurança Nacional. Proibidos de se manifestar, es-ses militares recebem penas de prisões administrativas.

Page 10: Jornal O PRAÇA

FLORIANÓPOLIS - MAIO | JUNHO 2016 - ANO XIV - NÚMERO 60 O PRAÇAWWW.APRASC.ORG.BR10

Em maio, a Aprasc enviou uma delegação à Brasília para a mobilização pelo Fórum Cata-rinense em Defesa do Serviço Público contra o PLP 257/16. Além da passagem em gabine-tes de deputados e senadores, eles participaram do lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Classe Trabalhadora, organizada presidente da Co-missão de Direitos Humanos no Senado, senador Paulo Paim.

A Frente conta com ade-são de todas as centrais sin-dicais e não tem caráter par-tidarizado. O objetivo é reunir parlamentares e sindicalistas

na luta contra a pauta conser-vadora prevista em diversos projetos que tramitam no Con-

gresso Nacional, como o PLP 257, bem como, o combate à reforma da Previdência.

CRIADO O FORUM SUL DE DEFESA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Diretores da Aprasc, juntamente com representantes de

outras entidades asso-ciativas e sindicais de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul se reuniram, na sede do Sintespe (Sindicato dos Trabalhadores no Ser-viço Público Estadual de Santa Catarina), em Florianópolis. Eles parti-ciparam de um debate sobre o cenário de crise econômica atual, com a economista Maria Lúcia

Fattorelli, do movimento pela Auditoria Cidadã da Dívida (ler notícia Pág 12).

Na oportunidade, também definiram ações conjuntas de enfrenta-mento contra os cortes de direitos, por meio de uma entidade única: o Forum Sul de Defesa dos Serviços Públicos, que foi instituído durante o even-to, com representantes dos três estados. Para tanto, foi formada uma coordenação provisória, com representantes dos

três estados, que está aberta para participação de entidades.

As principais pautas que mobilizam o Forum Sul são a luta por “Ne-nhum direito a menos”, contra a reforma da Pre-vidência, o PLP 257/16 e outras medidas em cur-

so que desmontam os serviços públicos, além da defesa da auditoria da dívida. “Auditar a dí-vida é uma contingên-cia do povo brasileiro e isso é consenso dentro do Forum Sul”, afirma o 2º secretário da Aprasc, Amauri Soares.

Conforme Soares, o objetivo é a solidarie-dade e unidade entre as lutas específicas e gerais dos três estados do Sul, bem como, a potencia-lização da participação das entidades na luta nacional contra a retirada de direitos.

O Forum Sul visa a solidariedade e a unidade entre as lutas específicas e gerais dos três estados

Diretores da Aprasc participaram da criação do Forum Sul

Aprasc tratou de temas prioritários com o senador Paulo Paim

APRASC participa do lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Classe Trabalhadora em Brasília

Diretores estiveram no Congresso

Page 11: Jornal O PRAÇA

O PRAÇAWWW.APRASC.ORG.BR

FLORIANÓPOLIS - MAIO | JUNHO 2016 - ANO XIV - NÚMERO 60

11APRASC NA LUTA CONTRA O PLP 257/16:

NÃO AO DESMONTE DO SERVIÇO PÚBLICO!Para barrar o maior golpe da história contra o serviço público,

centrais de trabalhadores estão mobilizadas em todo país

Fim de benefícios, progres-são na carreira, salários congelados e sem novos

concursos para os próximos dois anos. Estas e outras me-didas que pretendem cortar direitos historicamente con-quistados para reduzir gastos do governo estão previstas no projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados: o chamado PLP 257/16, que trata da renegociação da dívi-da dos Estados com a União.

Desde que a proposta foi encaminhada à Câmara, em 22 de março, servidores de todo país têm realizado atos em protesto, seminários e se revezam para ir à Brasília pres-sionar deputados e senadores a assinar um documento para exigir a retirada imediata do projeto da pauta de votação. Os sindicatos catarinenses e a Aprasc estão à frente desta luta, por meio do Fórum Cata-rinense em Defesa do Serviço Público. Em 25 de abril, foi realizada uma audiência públi-ca na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), com grande participação de apras-quianos, estudantes, trabalha-dores da saúde e diversos se-tores do serviço público.

“O projeto permite aos Estados renegociarem os con-tratos firmados com a União entre 1997 e 2001, alongando o prazo de pagamento das dí-vidas em até 30 anos. Em con-trapartida, por dois anos, os governadores deverão manter salários congelados, suspen-der contratações, promoções, licenças-prêmio, gratificações, aumentar alíquotas previden-ciárias, mexer nas regras para a reserva remunerada dos mi-litares, pois não poderão au-mentar gastos com pessoal.

Também poderão conseguir descontos na fatura federali-zando empresas estatais que depois poderão ser devolvidas ou vendidas pela União. É mui-to grave!”, explica o presidente da Aprasc, Edson Fortuna.

De onde vem o PLP 257?

Resultado de um acordo entre os governos estaduais e o governo federal para renegociação da dívida pública, o projeto foi encaminhado pelo Executivo federal à Câmara dos Deputados para tramitar em regime de urgência, ou seja, com limite máximo de 45 dias para ser votado. Com o impeachment da presidente Dilma Rousseff e o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o prazo do regime de urgência não foi cumprido e a apreciação da proposta está momentaneamente suspensa.

Por que estão dizendo que é um ataque ao serviço público?

O PLP 257 reúne tantas emendas abusivas que é até complicado apontar qual pode ser considerada a mais grave. Segundo cálculos feitos pelo Sindicontas (Sindicato dos Au-ditores Fiscais do Tribunal de Contas de Santa Catarina), a proposta vai aumentar em, no mínimo, seis vezes o valor da dívida que os catarinenses es-tão pagando desde o começo da década de 2000, quando ocorreram as federalizações da dívida do extinto Ipesc (R$ 540 milhões à época) e do Besc (R$ 1,2 bilhão).

Dependendo das opções do Estado previstas no texto da proposta, os catarinenses pagarão 10 vezes o valor da dívida existente.

Para simplificar, dividiremos a proposta em duas partes:

Plano de auxílio aos estados: o adiamento do pagamento da “dívida”

Esse plano permite que os Estados e municípios renegociem suas dívidas, aumentando o prazo de pagamento em até 20 anos e diminuindo o valor das parcelas nos próximos 3 anos. Só que pra isso, o PL exige algumas contrapartidas, no curto e no longo prazo. No curto prazo, próximos 2 anos, os Estados devem aprovar leis que proíbam aumentos ou reajustes salariais a contratação de novos servidores. Já no longo prazo, exige o aumento da contribuição previdenciária para até 14%, uma reforma do regime jurídico (que deve limitar benefícios, progressões e vantagens aos servidores públicos, civis e militares).

Medidas de Reforço à Responsabilidade Fiscal e Regime Especial de Contingenciamento: os cortes bruscos nos gastos e os ataques ao serviço público

A segunda etapa do PLC 257 são as Medidas de Reforço à Responsabilidade Fiscal. São alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal e nas leis que regem os orçamentos públicos. Ficará restrita ampliação do quadro de pessoal, com proibição à criação de cargos, funções, a alteração da estrutura de carreiras e contratação de pessoal a qualquer título - a não ser que seja para reposição por aposentadoria ou falecimento que não impliquem em aumento de despesa. (Vagas estas que atualmente não tem sido repostas). Também ficam vedados os aumentos reais de salários. Serão aplicados programas de demissão incentivada e existirão novos limites de gasto com pessoal. Isso significa que um menor percentual da receita do Estado poderá ser utilizado para as despesas com servidores, o que dificultará, ainda mais, o processo de negociação coletiva destes trabalhadores por aumentos salariais, por exemplo.

Aprasquianos lotaram o auditório da Alesc para participar da audiência pública

ENTENDA A PROPOSTA

Page 12: Jornal O PRAÇA

FLORIANÓPOLIS - MAIO | JUNHO 2016 - ANO XIV - NÚMERO 60 O PRAÇAWWW.APRASC.ORG.BR12

Economista Maria Lúcia Fattorelli esteve em Florianópolis onde participou da criação do Forum Sul em Defesa do Serviço Público

Convidada para um debate na sede do Sintespe (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço

Público Estadual de Santa Catarina), no dia 14 de junho, a economista Maria Lúcia Fattorelli explanou sobre o PLP 257 e fez um panorama breve sobre o que chamou de “cenário de crise”.

Ela ressaltou que o Brasil é um país rico em recursos naturais e dono de uma das maiores taxas de arrecadação do mundo. “Somos a maior reserva de pré-sal e de água potável do mundo”. Ao ser questionada sobre o porquê da crise, respondeu assim: “porque estão transferindo nossos recursos para o setor financeiro, por meio de mecanismos que de um lado geram dívida pública e de outros grandes ganhos para o capital privado. E é exatamente isso que fazem projetos como a reforma da Previdência e o projeto de lei PLP 257”, explicou a economista.

O que é PLP 257 e qual a relação deste projeto com a dívida pública?

O PLP, sob a propaganda de renegociar a dívida dos Estados, propõe um alongamento e um desconto aparente. Nada disso é sem ônus, ambos exigem a assinatura do aditivo contratual altamente oneroso. Quer dizer, ele joga para frente à dívida dos Estados por um custo muito alto e além disso ele exige um ajuste fiscal brutal para os servidores estaduais, federais e municipais.

O que significa esse ajuste fiscal?

O projeto de lei modifica a Lei de Responsabilidade Fiscal, colocando o ajuste fiscal em todos os níveis (federal, estadual e municipal). Em nível federal, ajustes das despesas vinculado ao percentual de crescimento do PIB. No caso de os Estados, ao percentual da receita.O ajuste abrange impossibilidade de contratação, redução daqueles que não são estáveis, aumento da contribuição pra 14% dos servidores,

muda o plano de previdência dos servidores estaduais para o regime de contribuição. O trabalhador sabe quanto vai pagar mas não sabe o benefício que ele vai receber na frente. E uma série de outras mudanças. No âmbito federal o ajuste é brutal.

Por que o PLP é ilegal?

São muitas irregularidades. A despesa de aposentados e pensionistas, por exemplo, classifica como despesa de pessoal. De acordo com a própria Lei de Responsabilidade Fiscal tem um limite para gastar com o pessoal. Então, se você joga os aposentados para despesa de pessoal, pronto. Já vai atingir o limite e isso aí já vai servir de engessamento para contratação.

A mídia em geral defende que esses cortes são necessários para pagar a dívida.

Primeiro, essa dívida dos Estados, se ela fosse submetida a uma auditoria, ia sobrar muito pouco dela. Em vez de encarar esses problemas, rever a situação, recalcular a

dívida. O que estão fazendo? Criando toda essa ilusão.

O governador de Santa Catarina é um dos principais articuladores do projeto.Como os governos se beneficiam dele?

Os governadores que estão atuando atualmente em mandatos, eles querem esse desconto temporário, porque vai resolver o problema momentâneo, vai jogar para frente a dívida. Para o mandato deles, está muito confortável, né? Tudo resolvido, equacionado. No entanto esse é só desconto aparente - porque isso não é um desconto! Desconto é desconto, você tem um corte. Neste caso é só um acordo com aditivos para pagar tudo isso lá na frente. Então estão empurrando o problema para gerações futuras, e de forma onerosa. Isso é um absurdo porque tem ilegalidades e ilegitimidades a serem revistas. E é por tudo isso que estamos reivindicando a Auditoria Cidadã da Dívida. A ferramenta para provar esse esquema fraudulento é a auditoria.

CONFIRA A ENTREVISTA:

Maria Lúcia Fattorelli fala dos malefícios do PLP 257 e faz um panorama breve sobre o “cenário de crise”

ENTREVISTA

“PLP 257 TEM MUITAS IRREGULARIDADES”