jornal nº 24

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Nesta edi- ção:Nesta edi- ção: JE Fernando Namora AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CONDEIXA-A-NOVA 3º TRIMESTRE #24 24 24 24- 2010/2011 DIA DO PATRONO DIA DO PATRONO DIA DO PATRONO DIA DO PATRONO 1/3 1/3 1/3 1/3 LÍNGUAS & COMPA- LÍNGUAS & COMPA- LÍNGUAS & COMPA- LÍNGUAS & COMPA- NHIA NHIA NHIA NHIA 4/7 4/7 4/7 4/7 N-ACTIVIDADES ACTIVIDADES ACTIVIDADES ACTIVIDADES 2010/2011 2010/2011 2010/2011 2010/2011 8/9 8/9 8/9 8/9 DIA DA EUROPA DIA DA EUROPA DIA DA EUROPA DIA DA EUROPA 10/11 10/11 10/11 10/11 ATL ATL ATL ATL ACTIVIDADES ACTIVIDADES ACTIVIDADES ACTIVIDADES 12/13 12/13 12/13 12/13 EDUCAÇÃO ESPECIAL EDUCAÇÃO ESPECIAL EDUCAÇÃO ESPECIAL EDUCAÇÃO ESPECIAL Uma aventura no Algarve Uma aventura no Algarve Uma aventura no Algarve Uma aventura no Algarve 14/19 14/19 14/19 14/19 iMunes iMunes iMunes iMunes Soluções dos jogos Soluções dos jogos Soluções dos jogos Soluções dos jogos do do do do JE nº23 JE nº23 JE nº23 JE nº23 20 20 20 20 SUPLEMENTO: FOLHA DO CNO Nesta edição: BOAS FÉRIAS! DIA DO PATRONO II — 2º SUCESSO! SESSÃO SOLENE DE ABERTURA DESTAQUE

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Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova

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Page 1: Jornal nº 24

Nesta

edi-

ção:Nesta edi-

ção:

JE Fernando Namora

A G R U P A M E N T O D E E S C O L A S D E C O N D E I X A - A - N O V A

3º TRIMESTRE

#24242424- 2010/2011

DIA DO PATRONODIA DO PATRONODIA DO PATRONODIA DO PATRONO 1/31/31/31/3

LÍNGUAS & COMPA-LÍNGUAS & COMPA-LÍNGUAS & COMPA-LÍNGUAS & COMPA-NHIANHIANHIANHIA

4/74/74/74/7

NNNN----ACTIVIDADES ACTIVIDADES ACTIVIDADES ACTIVIDADES 2010/20112010/20112010/20112010/2011

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DIA DA EUROPA DIA DA EUROPA DIA DA EUROPA DIA DA EUROPA

10/1110/1110/1110/11

ATLATLATLATL ACTIVIDADESACTIVIDADESACTIVIDADESACTIVIDADES

12/1312/1312/1312/13

EDUCAÇÃO ESPECIALEDUCAÇÃO ESPECIALEDUCAÇÃO ESPECIALEDUCAÇÃO ESPECIAL Uma aventura no AlgarveUma aventura no AlgarveUma aventura no AlgarveUma aventura no Algarve

14/1914/1914/1914/19

iMunesiMunesiMunesiMunes Soluções dos jogos Soluções dos jogos Soluções dos jogos Soluções dos jogos

do do do do JE nº23JE nº23JE nº23JE nº23

20202020

SUPLEMENTO:

FOLHA DO CNO

Nesta edição:

BO

AS FÉRIA

S!

DIA DO PATRONO II — 2º SUCESSO!

SESSÃO

SOLENE

DE

ABERTURA

DEST

AQ

UE

Page 2: Jornal nº 24

Página 2 Jornal de Escola

MEGA AULA BODYBALANCE

EXPO

FERNANDO

NAMORA:

ESCOLA

ABERTA À

COMUNIDADE

Page 3: Jornal nº 24

Jornal de Escola Página 3

Tertúlia:

“Um livro,

mil leituras”

Laboratórios

abertos

Palestras

Jogos

Page 4: Jornal nº 24

Página 4 Jornal de Escola

O meu nome é Jahongir, vim do Uzbequis-

tão e estou cá há quatro anos. Moro com os

meus pais e dois irmãos. Tenho dois tios e

dois primos que também vivem em Condei-

xa. Quando vim para Portugal, as principais

dificuldades foram aprender a Língua e

encontrar amigos, mas correu bem!

A minha língua materna é Tadjique, mas a

língua materna do Uzbequistão é Uzbek. O

meu país tem três línguas diferentes: Russo,

Uzbek e Tadjique. Eu falo Tadjique porque a

cidade onde nasci, Samarkand, antes per-

tencia ao Tadjiquistão que agora faz frontei-

ra com o Uzbequistão, e era a capital do

Tadjiquistão.

Algumas pessoas falam Russo porque o

meu país pertencia à URSS; ficou indepen-

dente em 1991 e, como a língua oficial da

União Soviética era Russo, muitos estão

habituados a falar russo, agora.

Actualmente, a religião do Uzbequistão é o

Islamismo, mas sei da História que antes era

Cristã; depois houve guerra com os Árabes

e estes ganharam. O Uzbequistão fica no

centro da Ásia.

Línguas & Companhia

A última vez que estive no meu país foi nas

férias de Verão de 2010. Como já há quatro

anos que o tinha deixado, achei tudo muda-

do, mas para melhor! Todos os prédios

estavam reconstruídos! Fui ver a minha

família, sobretudo os meus avós que há

tanto tempo não via. Gostei muito de voltar

lá!

Em casa, com a minha família, normalmen-

te, falamos tadjique. A minha mãe já faz

muitos pratos de comida portuguesa, mas

também da comida nacional do meu país,

como por exemplo shashlik ( espetadas de

cordeiro).

Também cozinha plov, que é um dos pratos

mais típicos. É um arroz cozinhado com

óleo de algodão e pedaços de carne. A

refeição acompanha-se com pão (non), fru-

tas secas diversas e chá, preto ou verde.

Trabalho realizado na aula de PLNM pelo aluno Jahongir Miralimov, 9ºD (Professora: Maria Pia Pinto Serra)

Vista geral

de

Samarkand

Samarkand

Page 5: Jornal nº 24

Jornal de Escola Página 5

SOLTEM AS PALAVRAS! (Prof. Célia Mafalda Oliveira, 7º F, 8º D e 8º E)

Foi, é e será sempre tempo de usar a palavra e as palavras. Por isso, construímos um

blogue (http://obaudaspalavras.blogspot.com) e andámos, andamos e andaremos a enfeitá-

lo com os nossos textos.

Aprendemos, tal como diz Sebastião da Gama, no seu Diário, que “Há palavras ale-

gres e há palavras tristes. E essa tristeza ou essa alegria umas vezes está nelas, outras no

modo de as dizer.” Sendo assim, resolvemos aplicar isto no nosso dia-a-dia e aventurar-nos

no “Mundo da Escrita”, do qual todos podemos fazer parte.

Visita o nosso blogue!

Esperamos por ti! Eis alguns dos textos que lá poderás encontrar:

Ser poeta é…

Ser poeta é voar mais alto que as montanhas

Ser poeta é ter uma mente de imensa fantasia e união com as palavras

Ser poeta é ser escritor de sonhos e pesadelos

Ser poeta é viver no céu com os pés na terra.

Ser poeta é saber partilhar as palavras

Ser poeta é libertar sentimentos

Ser poeta é ser criativo

Ser poeta é ter imaginação

8º D

Page 6: Jornal nº 24

Página 6 Jornal de Escola

Ser Poeta é…

Sentir o que se escreve;

Exprimir sentimentos;

Ser sonhador;

Sentir e viver cada palavra como se fosse a ultima; Ter imaginação para poder voar; Ser poeta é ser diferente e igual; Viver a vida sem pontos finais; Ser livre;

Transmitir os sentimentos através das palavras; Perceber as palavras de maneira diferente; Ter pensamentos; Ser mais forte;

Criar palavras lindas; Ter liberdade de alcançar o imaginário; Ter imaginação; Criar palavras lindas e espantosas; Sentir o mundo; Ser amigo das palavras; Ter sentimentos; Escrever as suas próprias palavras.

8ºE

"Reescrita de poema"

A Zundapp A Zundapp traça no branco da estrada

A negrura do escape

Há um som grave

A Zundapp brilha docemente o seu rater

De certa forma Fico a pé.

Carlos Mendes, 8º

Page 7: Jornal nº 24

Jornal de Escola Página 7

São Bués!...

Ouçam agora, meus meninos, uma história de arrepiar: houve uma invasão de bichos, estando eu a leccionar. Mas não creiam que tal aconteceu em vão: ensinei recursos de estilo num instante, pois então! A esses bichinhos voadores, que teimavam em aparecer, deu-lhes nome a Vanessa mesmo sem ser por querer. Foi numa troca de palavras, em diálogo entrecruzado, enquanto um perguntava o que eram, ela dizia “São bués!” Foi engraçado! E os bués eram tantos, segundo a Mariana “aos milhares”; “Isso é uma hipérbole”- disse eu para os ares… Foi tempo logo então do pleonasmo aprender “Vamos sair para fora” não se fosse ali morrer… E o Bruno foi chamar a D. Anália a correr, pediu um aspirador, veio uma vassoura para varrer. Como isso não resultaria (fugiriam, com certeza!), foi buscar o aspirador e o Bruno quis fazer a “limpeza”. Mas havia mais quem não tivesse medo ou rastilho de pavor, foi o Luís Albano nomeado o nosso homem exterminador! Professora Célia Mafalda Oliveira, num dos muitos momentos Fantásticos do 7º F, algures numa sala de aula…

Page 8: Jornal nº 24

Página 8 Jornal de Escola

N-actividades 2010/11

O ano lectivo 2010/11 chega ao fim e, mais uma vez, é tempo de balanço. Ao longo

deste ano foi possível a concretização de diversas actividades que proporcionaram

novas vivências e aprendizagens aos alunos nelas envolvidos.

Exposições

- “Expo Rosa-dos-ventos”, no final do 1º período, com

base nos trabalhos dos alunos do 7º ano, no âmbito da

disciplina de Geografia, fazendo parte do conteúdo “A

localização relativa”;

- “Conhecer o meu Concelho”,

no final do 2º período, com base

num intenso trabalho de

pesquisa de informação e

imagem levadas a cabo pelos

alunos do 12º TAL, no âmbito da

disciplina de Área de Integração

(AI), fazendo parte do tema “Identidade Regional” ;

- “Dia da Europa”, e “ Capitais Europeias da

Cultura”, no 3º período, com base nos

trabalhos realizados pelos alunos do 7º ano,

na disciplina de Geografia, integrada na

unidade “ Espaços geográficos de Portugal,

Europa e Mundiais”. Estas exposições foram

integradas nas actividades do Clube Europeu

e de Geografia.

Page 9: Jornal nº 24

Jornal de Escola Página 9

Outras actividades

Visita de Estudo ao Buçaco – Curia-

Aveiro e Mira, no inicio do 2º

período, no âmbito de AI, integrada

no tema “Identidade Regional”. Foi

uma visita planeada pelo grupo de

Geografia da Escola Secundária

Fernando Namora e por outros

professores do Curso Técnico do

Turismo para as turmas 10ºTT, 10ºC e

12ºTAL.

“Empreendedor por um Dia”, a 18

de Março, com a participação dos

alunos do 2º EI que apresentaram

os seus projectos no âmbito da

gestão de resíduos e venderam

alguns dos seus trabalhos.

“Concurso de Ideias”, no dia 19 de

Maio, integrada na Acção de

Empreendedorismo com a participação

dos alunos Bruno, Nelson e Rúben do

2º EI, que ficaram em 2º lugar da série

do 3º ciclo, com o projecto Robolândia.

O desenvolvimento do mesmo foi

também acompanhado pelos

professores Laurentina Soares e Victor

Paranhos.

Monteiro, N (2010/11)

Page 10: Jornal nº 24

Página 10 Jornal de Escola

Dia da Europa

No dia 9 de Maio, O Clube Europeu e o Grupo de Geografia

comemoraram, mais uma vez, “ O Dia da Europa”, dia em que Robert

Schuman, ministro francês dos negócios estrangeiros, em 1950, apresentou

uma proposta de aprofundamento das relações entre países europeus, criando-

se uma comunidade organizada de nações numa Europa recentemente

marcada pela II Guerra Mundial. Esta proposta, conhecida como "Declaração

de Schuman", foi um instrumento fundamental na consolidação da paz na

Europa e é considerada o começo da criação da actual União Europeia (CECA

em 1951).

Por se considerar que este dia foi o marco inicial da UE, os Chefes de

Estado e de Governo, na Cimeira de Milão de 1985, decidiram consagrar o dia

9 de Maio como "Dia da Europa", tendo sido celebrado pela primeira vez em

1986. Deste então, são várias as iniciativas neste sentido, tendo o

Agrupamento de Escolas de Condeixa

assinalado este dia com:

- duas exposições, uma na

Escola Básica 2,3 e outra na Escola

Secundária Fernando Namora, alusivas

ao tema “Europa” através dos

trabalhos realizados pelos alunos e

outros materiais disponíveis em cada

uma das escolas.

- um concurso interturmas dos 9º anos.

Esta actividade contou com a presença

da Presidente da CAP, Drª Anabela

Page 11: Jornal nº 24

Jornal de Escola Página 11

Lemos e com a abertura solene

pelos alunos do 9ºA e professor

Mário Alves, com o “Hino da

Alegria”.

Nesta actividade, foi nítido o

entusiasmo e a participação dos

concorrentes e público. A equipa

vencedora foi o 9ºD, com os

alunos Emanuel Bacalhau, Carolina

Moreira e Mariana Centeio. Estes

foram presenteados com um pequeno prémio e aos restantes foi-lhes atribuído

um diploma de participação.

- dois pequenos concursos, um, em suporte

digital, na Biblioteca Escolar com a

participação da equipa PTE e outro, em

suporte de papel, através de um passatempo,

palavras cruzadas. Neste último, a aluna

vencedora foi Ana Luís Sena do 9ºC, da

Escola Básica 2,3, tendo sido agraciada com

um presente oferecido pelo Clube Europeu.

No primeiro não se registaram vencedores.

O Clube Europeu

Page 12: Jornal nº 24

Página 12 Jornal de Escola

ATL - ACTIVIDADES

Page 13: Jornal nº 24

Jornal de Escola Página 13

Page 14: Jornal nº 24

Sou motorista de um autocarro de dois andares, vermelho e com o símbolo do Benfica em ambas as portas.

Hoje vou iniciar uma viagem ao Algarve e levo muitos amigos comigo: o Marcelo, a Susana, o Alexandre, o Toni, o

Diogo, a Mariana, o Jorge, o Tiago e o David. Quero mostrar-lhes as praias e os centros comerciais daquela região. Para

isso, levamos dinheiro connosco (muito!).

O autocarro tem duas casas de banho: uma em cima e outra em baixo. Também existe uma pequena cozinha, onde

levamos o almoço já preparado. Para descansarmos temos sofás-cama. Assim não precisamos de parar durante a viagem. E

para os passageiros estarem entretidos temos um computador e duas playstations. A minha é a número dois.

Levo ainda o meu irmão, que também é um dos motoristas. E ainda tenho outro condutor, a quem eu paguei para

conduzir durante a maior parte da viagem.

Estamos a 12 de Agosto, o dia do meu aniversário. Por isso, hoje não vou conduzir.

Partimos de Condeixa-a-Nova à meia-noite. Quando o autocarro cá chegou já trazia o meu irmão e os amigos dele,

que vivem em Coimbra.

O meu irmão também faz anos hoje: somos gémeos. Eu sou o Vítor e ele é

o Luís. Somos tão parecidos que no Domingo passado, quando fui visitá-lo, entrei no

café e o senhor que lá trabalha pensou que eu era o Luís. Nesse dia ganhei dois

chocolates: o meu e o dele!

Fizemos a nossa viagem na auto-estrada e correu tudo bem, à excepção da

chuvada que caiu, que não é comum nesta época do ano. O asfalto ficou perigoso e

na zona da estação de serviço de Alcácer do Sal apanhámos uma fila enorme. Tinha

ocorrido um desastre!

Página 14 Jornal de Escola

Folha da

Educação Especial

Uma Aventura no Algarve Uma Aventura no Algarve Uma Aventura no Algarve Uma Aventura no Algarve

PrólogoPrólogoPrólogoPrólogo

Primeiro DiaPrimeiro DiaPrimeiro DiaPrimeiro Dia

Page 15: Jornal nº 24

Foi uma espera de duas horas porque se tratou de um acidente em cadeia: um automóvel bateu numa mota e, em seguida, foi

a vez de um camião que transportava combustível bater nos dois veículos acidentados porque o motorista não se apercebera

do que havia acontecido e não travou a tempo.

O motorista do camião chamou o 112 e poucos minutos depois chegaram

uma ambulância e um helicóptero, este último para transportar o motard, que

ficou bastante magoado. O condutor do automóvel, graças ao air-bag, não se

magoou muito. Era um piloto de rally que ia a caminho de uma competição, acompa-

nhado do co-piloto, que também ficou bem. Atrás deles ia a roulote com o resto

da equipa, que escapou ao acidente por ter travado a tempo, tendo derrapado

para a berma.

Estávamos quase a chegar ao nosso destino, quando nos apercebemos que não tínhamos gasóleo. Acabámos, mais

uma vez, por ficar parados na auto-estrada até que o reboque da companhia de seguros transportasse o autocarro até à

bomba de combustível mais próxima. Com isto tudo, só chegámos ao nosso destino às 24 horas.

Uma vez em Tavira, a primeira coisa que fizemos foi dar um pulo à praia da Manta Rota para darmos uns bons mergulhos.

Soube-nos tão bem, depois de uma viagem tão longa e cansativa!

Quando saímos da água ouvimos uma sirene e ficámos assustados porque não sabíamos o que é que se passava.

Depois vimos o nadador-salvador passar no jipe. Alguém estava em apuros! Um rapaz que estava perto disse-nos que o

INEM ia socorrer uma senhora que estava com grandes problemas nas costas.

Ele há cada coincidência! Não é que essa senhora era a mãe da Daniela? Também estavam a passar férias naquela

zona.

Quando encontrámos a Daniela ela estava muito aflita. É que estavam sozinhas no Algarve e ela não sabia o que

fazer. Então eu disse-lhe: -“Não te preocupes, Daniela. Nós ajudamos-te!” Entrámos todos no autocarro, ligámos a sirene e

lá fomos atrás da ambulância, em direcção ao hospital de Faro.

A meio do caminho, em plena Via do Infante, o Marcelo e a Susana escorregaram quando iam a caminho da casa de

banho (do autocarro). A nossa empregada tinha andado nas limpezas e esqueceu-se de colocar o sinal de aviso de pavimento

escorregadio. Conclusão: os meus dois amigos, ao caírem, bateram com a cabeça um no outro! Ainda bem que íamos a cami-

nho do hospital. Ligámos logo para a Daniela, que ia na ambulância a acompanhar a mãe, para avisar o médico do INEM que

no autocarro também seguiam dois feridos.

Em Faro já estavam à nossa espera. Entrámos pelo portão das ambulâncias e dirigimo-nos imediatamente para as

urgências. Eu e o meu irmão, que temos formação em primeiros socorros, já tínhamos colocado o Marcelo e a Susana imobi-

lizados, deitados em macas. Aliás, fomos nós que demos entrada com eles no hospital e explicámos aos médicos o que tinha

acontecido.

Jornal de Escola Página 15

Segundo DiaSegundo DiaSegundo DiaSegundo Dia

Page 16: Jornal nº 24

Felizmente, não parecia nada de grave. Mas como a pancada tinha sido tão aparatosa, os médicos optaram por man-

tê-los em observação durante 24 horas, não fossem ter algum traumatismo craniano. A D. Cidália também ficou internada e,

de regresso a Tavira, demos boleia à Daniela que, por ter medo de ficar sozinha, foi dormir na casa que arrendámos para

passar aqueles dias. A nossa casa de férias!

A casa que arrendámos era uma moradia com dois quartos, uma sala, uma cozinha e uma casa de banho enorme, mui-

to parecida com o balneário que temos na escola. Apesar de serem só dois, os quartos eram muito grandes. Pareciam cama-

ratas, com tantas camas em fila. Afinal, éramos dezassete! Em frente à moradia tínhamos um espaço relvado e uma magní-

fica piscina.

Nessa noite, decidimos ir jantar. Estávamos muito cansados para preparar uma refeição para tanta gente!

Optámos pela Ilha de Tavira. Para lá chegarmos fomos apanhar o barco ao molhe de Tavira. Que linda que foi a

viagem de travessia da ria ao pôr-do-sol!

Uma vez na ilha, optámos pelo primeiro restaurante, aquele que fica mesmo ao pé da entrada do parque de campis-

mo. A caldeirada de marisco estava com óptimo aspecto, mas eu e o Luís não fomos capazes de resistir ao hambúrguer com

batatas fritas e um ovinho estrelado. Uhm!!!

Enquanto saboreava o meu petisco lembrei-me da D. Cidália, do Marcelo e da Susana, que ficaram no hospital. A

essa hora estariam provavelmente a jantar peixe cozido com batatas e cenouras, praticamente sem sal! A Daniela, com a

preocupação, nem tinha vontade de jantar, mas eu insisti, supliquei, pus-me de joelhos e ela, finalmente, lá aceitou comer.

Então, sem ela dar por nada, dirigi-me à copa e pedi para falar com o cozinheiro. Queria surpreendê-la e o chefe sugeriu

camarão tigre grelhado. Apesar de triste, ao ver o prato esboçou um sorriso e agradeceu-me com um beijinho na cara.

Depois de jantarmos, fomos até ao areal beber uma limonada no Pezinhos n’Areia.

A limonada estava óptima e nós não parávamos de pedir rodadas atrás de rodadas. Nem demos pelo passar do tem-

po e quando nos apercebemos de quão tarde era, já não fomos a tempo de apanhar a última carreira para Tavira. Que dia!

Só nos faltava esta!!!

Sem outro remédio, tivemos que procurar um sítio mais ou menos abrigado para passarmos a noite. O chão da

esplanada do bar ao lado do Pezinhos n’Areia é de madeira, e encontra-se um bom bocado acima da areia, onde se encontra

assente com estacas. Foi debaixo dele que nos refugiámos para passar a noite, deitados ao lado uns dos outros para evitar

sentir o frio que fazia, mas nem assim… Estava uma noite particularmente húmida, com vento de nortada.

Seriam para aí umas três horas da manhã quando o meu irmão me acordou por causa de uns barulhos estranhos que

ouvira. Muito devagarinho, eu e o Luís fomos ver do que se tratava. E não era que estavam dois fulanos a tentar arrombar o

Pezinhos n’Areia?!?! Entretanto, escondemo-nos atrás do buggy do nadador-salvador e vimos que estava um terceiro fulano

numa lancha, na ria. Só podia ser cúmplice dos outros dois! Passou-nos logo pela mente uma ideia brilhante: na ausência de

rede nos telemóveis, tínhamos que impedir os assaltantes de sair da ilha, caso contrário a guarda não teria hipóteses de os

apanhar. Que fixe! Eu e o Luís adoramos aventuras com muita adrenalina!

O plano era o seguinte: com muita calma, íamos acordar os nossos amigos, um por um, e pedir-lhes que abandonas-

sem aquele local. Após isso, arranjaríamos maneira de afastar o tipo da lancha e de saltarmos os dois lá para dentro para

nos dirigirmos a Tavira avisar a polícia. Mesmo que demorássemos um bocadinho, sem transporte os bandidos não tinham

hipótese alguma de sair da ilha. Estavam feitos!

Página 16 Jornal de Escola

Page 17: Jornal nº 24

Ao sinal, através de uma ligação directa, o Jorge pôs o buggy a funcionar, enquanto a Daniela se aproximou do sítio

onde estava a lancha, fingindo que sentia muitas dores numa das pernas. Ao mesmo tempo, nós os dois escondemo-nos atrás

de um barco de pesca que se encontrava lá perto, atracado na ria. Mal o fulaninho se afastou cinco metros na direcção da

nossa amiga, eu e o Luís corremos para a lancha. Em poucos segundos, nós os dois enfiámo-nos na lancha e fomos a Tavira

avisar a polícia. Que vitória!

Depois de mais uma noite mal dormida, estávamos completamente “podres” de cansaço. Felizmente, foram os agen-

tes da GNR que nos levaram para casa porque já nem tínhamos forças para conduzir o autocarro, que continuava estaciona-

do no parque, junto ao cais de embarque.

- “Uaaaah! Como é bom espreguiçarmo-nos depois de uma noite bem dormida!”-pensei assim que abri os olhos. Sim,

porque as primeiras 48 horas destas férias foram de arrasar.

Era meio-dia quando a malta começou a acordar. Bem, quem realmente acordou primeiro fui eu, e depois o Luís,

como não poderia deixar de ser. Os nossos amigos ainda dormiam profundamente e nós não conseguimos resistir! Era impos-

sível resistir à tentação de lhes pregarmos partidas! Como tínhamos o regador mesmo à mão, enchemo-lo de água (fria!) e

pronto! Regámo-los um a um, como se as suas cabeças fossem melancias ainda por apanhar. As caras que eles faziam eram

dignas de fotografar! Claro que ficaram furiosos connosco, mas quando viram o pequeno-almoço que os aguardava, prepara-

do por nós, esqueceram-se e não largaram a mesa durante quase uma hora! Estávamos todos “esganados” de fome e aquelas

torradinhas, acompanhadas com sumo de laranja acabado de fazer, café com leite e ovos mexidos souberam-nos mesmo

bem. Tão bem que nem demos pela falta do Jorge.

A vingança não tardou e eu dei-me conta disso quando senti uma substância viscosa na cabeça. O Luís, que estava

sentado ao meu lado, teve a mesma experiência: um frasco inteirinho de geleia escorregava-lhe pelos cabelos. Ainda por

cima, era de laranja, uma fruta que detestamos! E como eu tenho o cabelo curtíssimo, já tinha geleia a pingar-me nos

ombros!

Corremos imediatamente para fora de casa, pegámos na mangueira e tentámos lavar-nos, mas o resto da malta, já

de barriga cheia, sentiu sede de vingança e juntaram-se ao Jorge. Facilmente tiraram-nos a mangueira e deram-nos o maior

banho das nossas vidas!

Apesar de tudo, divertimo-nos à brava e ainda fomos dar um mergulho colectivo na piscina!

Às 16 horas, chamámos um táxi para irmos buscar o meu autocarro, que tinha ficado em Tavira, para depois seguir-

mos para Faro onde os nossos amigos e a D. Cidália nos aguardavam, depois de lhes ter sido dada alta. Felizmente, nenhum

dos três sofrera traumatismos graves.

Já que fomos a Faro, aproveitámos para dar um saltinho ao Fórum Algarve, comprar uma prenda para o Jorge, que

fazia anos no dia seguinte. Escolhemos uma réplica de espada de Samurai e um livro com a história do Japão. Tínhamos pla-

neado preparar-lhe uma festa surpresa e íamos decorar a nossa casa de férias com motivos japoneses. A comida também

seria nipónica: haveria sushi preparado de todas as maneiras e feitios! Eu e o Luís, apesar de detestarmos peixe cru lá iría-

mos fazer o sacrifício.

Jornal de Escola Página 17

Terceiro DiaTerceiro DiaTerceiro DiaTerceiro Dia

Page 18: Jornal nº 24

Chegou o dia de aniversário do Jorge! Era necessário afastá-lo de casa para preparar a festa de maneira a que

ele não se apercebesse de nada.

No dia anterior, eu e o meu irmão tínhamos dito à malta que gostávamos muito de ir à feira medieval que estava a

decorrer em Silves. Uma vez que faltava apenas um dia para terminar, tínhamos de lá ir no dia seguinte, ou seja, no dia de

aniversário do Jorge.

Silves é uma cidade muito antiga e, em tempos, chegou a ser capital do Algarve. Isso foi na época da reconquista

cristã, e ainda lá existe o magnífico castelo mandado construir pelo rei, no topo mais elevado da cidade. Assim, no alto das

suas muralhas, os cavaleiros portugueses podiam vigiar os terrenos que circundavam Silves, não fossem os mouros contra-

atacar!

O Jorge adora História e castelos, e por isso aceitou de imediato o nosso convite. Assim, mal acabámos de tomar o

pequeno-almoço, nós os três e o Diogo rumámos na direcção do barlavento algarvio. Como éramos só quatro e adoramos

aventura, alugámos um jipe e fizemos o percurso pelo interior. Tínhamos todo o dia para aproveitar, enquanto os nossos

amigos ficavam em casa, nos preparativos.

Viajar pelo interior do Algarve é um espectáculo. Sem praias, turistas e confusões, mas com uma paisagem muito

bonita. E o nosso Hummer andava que se fartava, mesmo nos sítios mais inóspitos.

A meio do percurso, mais ou menos na zona de Paderne, furou-se um pneu. Nada que não pudéssemos resolver: tro-

cámo-lo pelo pneu sobresselente em três tempos! E já que tivemos que parar, resolvemos consultar o mapa para ver se exis-

tia algum ponto de interesse por aquelas bandas. A vila de Alte não ficava longe, por isso decidimos dar lá um saltinho.

Tínhamos a ideia de que se tratava de uma típica povoação algarvia, com os traços arquitectónicos e urbanísticos do passa-

do ainda bem preservados. A nossa professora também já nos tinha falado de Alte. Lembro-me que foi após ter recebido

um telefonema de um amigo, que é precisamente o pároco daquela vila. O padre telefonara-lhe para desabafar os problemas

com que se confrontava com as beatas de lá. Segundo ele, as senhoras punham e dispunham de tudo o que estivesse relacio-

nado com a igreja, querendo impor ao padre “as suas vontades”, que há décadas eram tomadas em conta pelos padres que

por lá iam passando. Mas ele era diferente e isso fê-lo passar as “passas do Algarve”.

Alte foi uma boa surpresa: as casinhas caiadas de branco, as ruazinhas empedradas e a fonte deixaram-nos muito

surpreendidos. Parecia que tínhamos recuado para meados do século XX. As platibandas dos terraços (os algarvios chamam-

lhes varandas) eram lindas e o contraste do seu colorido com o branco da cal é espectacular.

Uma das atracções turísticas da vila são os passeios de burro e nós não resistimos: demos uma voltinha e divertimo

-nos muito! O burro do Luís era teimoso que nem “um burro” e recusava mexer-se. O animal estava com vontade de descan-

sar e como o contrariaram, irritou-se, deu um coice e lá foi o Luís. Enquanto isso, o Jorge tentava equilibrar-se no seu bur-

ro que, com o susto provocado pelo outro animal, lançou-se a galope. A salvação do meu colega foi a experiência ganha nas

sessões de Hipoterapia! Quanto a mim, também não me safei de um galope repentino, que me atirou em cheio para a fonte!

Foi digno de se ver: eu, completamente encharcado, e os gansos que vivem na fonte cheios de vontade de me bicarem. Pare-

cia um boneco animado a correr, perseguido por um bando de gansos furiosos!

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Quarto DiaQuarto DiaQuarto DiaQuarto Dia

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De Alte seguimos em direcção a Silves, onde almoçámos num restaurante que servia verdadeiros petiscos medie-

vais. A feira medieval era espectacular e divertirmo-nos muito até ao fim da tarde. Nessa altura regressámos para casa,

onde o Jorge iria ser, sem o saber, rei de uma festa muito divertida!

-“Vitória, vitória, acabou esta história!”

P.S.: Bem, na realidade não acabou. Ficámos no Algarve mais 4 dias, mas os primeiros 4 foram tão cansativos que decidimos

nada mais fazer do que dormir, comer, nadar na piscina e esticarmo-nos ao sol. Acabaram, isso sim, as aventuras!

Autor (ideia original): Vítor Santos, aluno da turma C do 6º ano, da E.B. n.º 2 de Condeixa-a-Nova.

Composição e revisão dos textos: Mónica Sousa e Cunha, professora de Educação Especial.

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O JE DESEJA –VOS BOAS FÉRIAS E… DESCONTRAIAM, RINDO!

“Desordem no Tribunal”

São algumas gafes cometidas em Tribunais, coisas que as pessoas disseram e que foram transcri-

tas textualmente pelos taquígrafos, que tiveram de permanecer impávidos e serenos enquanto

estes diálogos, realmente, aconteciam à sua frente.

P: Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor confirmou o pulso da vítima?

R: Não.

P: O senhor viu-lhe a pressão arterial?

R: Não.

P: O senhor viu-lhe a respiração?

R: Também não.

P: Bom, então, é possível que a vítima estivesse viva quando a autópsia começou?

R: Não, é impossível.

P: Como é que o senhor pode ter essa certeza?

R: Porque o cérebro do paciente estava num jar-ro sobre a mesa.

P: Mesmo assim, não podia acontecer que ele ainda estivesse vivo?

R: Sim, é possível que ele estivesse vivo e exer-cendo Direito em algum lugar!!!

~~~~~~~~~~~~

P: Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em pessoas mortas?

R: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas… ~~~~~~~~~~~~

P: Doutor, o senhor lembra-se da hora em que começou a examinar o corpo da vítima?

R: Sim, a autópsia começou às 20:30.

P: E o Sr. Décio já estava morto a essa hora?

R: Não?!? Ele estava sentado na maca, e pergun-tava porque é que eu estava a autopsiá-lo.

~~~~~~~~~~~~

P: Qual foi a primeira coisa que o seu marido dis-se, quando acordou, naquela manhã?

R: Ele disse: “Onde é que eu estou, Beta?”

P: E porque é que você se aborreceu com isso?

R: Porque o meu nome é Célia.

~~~~~~~~~~~~

P: Ela tinha 3 filhos, certo?

R: Certo.

P: Quantos eram rapazes?

R: Nenhum.

P: E quantos eram meninas?

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FICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICA

Colaboração Colaboração Colaboração Colaboração Alunos e Professores

Revisão de texto, composição e grafismoRevisão de texto, composição e grafismoRevisão de texto, composição e grafismoRevisão de texto, composição e grafismo Maria Pia Pinto Serra

Coordenação Editorial e Redactorial Coordenação Editorial e Redactorial Coordenação Editorial e Redactorial Coordenação Editorial e Redactorial Maria Pia Pinto Serra

Sede e Impressão Sede e Impressão Sede e Impressão Sede e Impressão Escola Secundária Fernando Namora

Rua Longjumeau - 3150-122 CONDEIXA-A-NOVA

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Edição online Edição online Edição online Edição online www.aecondeixa.pt

Periodicidade Periodicidade Periodicidade Periodicidade Trimestral

SOLUÇÕ

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Nº2

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