jornal nacional da umbanda edição nº 10 Índice...

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 10 de Abril de 2011. [email protected] Pág. 1 Jornal Nacional da Umbanda Edição nº 10 Índice de Matérias Editorial (Alan Levasseur) pág 02 Tirinha “Mestre Raivas” (Alan Levasseur) pág 03 Enquanto Oferendava Pai Xangô (Clélia Barbosa) pág. 04 A Umbanda e o Cotidiano (Marcio Henrique) pág 05 Equilibrio Umbandista (Nikolas Peripolli) pág 06 Baluartes da Umbanda (Mãe Ignez de Oxum e Pai Edson “Miaguy”) pág 08 Umbanda é de gente séria! (Simone Machado) pág 12 Apometria e a Umbanda (Maria das Graças de Pinho Rodrigues) pág 13 Como compreender a Umbanda (Graça Rodrigues) pág 15 O que temos feito? (ElisabeteMitiko Watanabe ) pág 15 Um Ano Realmente Novo (André Costa) pág 16 Poema a Guardiã Rainha das Sete Encruzilhas (Simone Machado) pág 17 Caboclos, Africanos e Kardecistas (Alexandre Cumino) pág 18 Opinião do Leitor (JNU) pág 19 Muitos são os caminhos, mas poucos são os escolhidos (Flavia Faria) pág 21 Pinturas Mediunicas (Mãe Dorothea) pág 22 A dor de ser Pai (Douglas Fersan) pág 23 Hierarquias (Nelson Junior) pág 24 Última Página (Pablo Santa Clara de Aquino) pág 25 Festa em Homenagem ao Pai Ogum pág.26 Pai Rubens e Pai Edson "Miaguy" Pai Rubens, Mãe Ignez de Oxum e Mãe Alzira GALERIA DOS BALUARTES DA UMBANDA Amigos leitores do JNU, nesta edição estamos colocando informações sobre dois dirigentes umbandistas na sessão BALUARTES DA UMBANDA. Na próxima estaremos colocando quatro Baluartes, porque acreditamos que divulgar o trabalho e um pequeno histórico de dirigentes ajuda a mostrar a verdadeira Umbanda espalhada por esse nosso imenso país. A partir da edição nº 11 nós colocaremos uma página interna no site com todos os Baluartes já divulgados aqui e daí em diante iremos acrescentando a cada edição novos Baluartes para que, pouco a pouco nossa galeria retrate de forma muito positiva o trabalho de tantos abnegados dirigentes. Envie-nos uma entrevista e fotografias do seu dirigente, divulgando o trabalho dele e sua biografia, assim como o endereço, dias de trabalhos, horários, e-mail e telefone para contato dos interessados. Pág 08 NOVIDADES PARA A EDIÇÃO Nº 11 DO JNU! Pág. 02 HIERARQUIAS A palavra Hierarquia tem um significado, mas que é esquecido por muitos. E que basicamente traz em si o significado de uma ordem por categoria, classe ou divisão, seja de função ou de linha de comando . . . pág. 24

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 10 de Abril de 2011. [email protected] Pág. 1

Jornal Nacional da Umbanda Edição

nº 10

Índice de Matérias Editorial (Alan Levasseur) pág 02

Tirinha “Mestre Raivas” (Alan Levasseur) pág

03 Enquanto Oferendava Pai Xangô (Clélia

Barbosa) pág. 04

A Umbanda e o Cotidiano (Marcio Henrique)

pág 05 Equilibrio Umbandista (Nikolas Peripolli) pág

06

Baluartes da Umbanda (Mãe Ignez de Oxum e

Pai Edson “Miaguy”) pág 08

Umbanda é de gente séria! (Simone Machado)

pág 12 Apometria e a Umbanda (Maria das Graças de

Pinho Rodrigues) pág 13

Como compreender a Umbanda (Graça

Rodrigues) pág 15

O que temos feito? (ElisabeteMitiko

Watanabe ) pág 15

Um Ano Realmente Novo (André Costa) pág

16

Poema a Guardiã Rainha das Sete

Encruzilhas (Simone Machado) pág 17

Caboclos, Africanos e Kardecistas (Alexandre

Cumino) pág 18

Opinião do Leitor (JNU) pág 19

Muitos são os caminhos, mas poucos são os

escolhidos (Flavia Faria) pág 21

Pinturas Mediunicas (Mãe Dorothea) pág 22

A dor de ser Pai (Douglas Fersan) pág 23

Hierarquias (Nelson Junior) pág 24

Última Página (Pablo Santa Clara de Aquino)

pág 25

Festa em Homenagem ao Pai Ogum pág.26

Pai Rubens e Pai Edson "Miaguy"

Pai Rubens, Mãe Ignez de Oxum e Mãe Alzira

GALERIA DOS BALUARTES DA UMBANDA

Amigos leitores do JNU, nesta edição estamos colocando

informações sobre dois dirigentes umbandistas na sessão BALUARTES DA UMBANDA. Na próxima estaremos colocando quatro Baluartes, porque acreditamos que divulgar o trabalho e um pequeno histórico de dirigentes ajuda a mostrar a verdadeira Umbanda espalhada por esse nosso imenso país.

A partir da edição nº 11 nós colocaremos uma página interna no site com todos os Baluartes já divulgados aqui e daí em diante iremos acrescentando a cada edição novos Baluartes para que, pouco a pouco nossa galeria retrate de forma muito positiva o trabalho de tantos abnegados dirigentes. Envie-nos uma entrevista e fotografias do seu dirigente, divulgando o trabalho dele e sua biografia, assim como o endereço, dias de trabalhos, horários, e-mail e telefone para contato dos

interessados. Pág 08

NOVIDADES PARA A EDIÇÃO Nº 11

DO JNU! Pág. 02

HIERARQUIAS

A palavra Hierarquia tem um significado, mas que é esquecido por muitos. E que basicamente traz em si o significado de uma ordem por categoria, classe ou divisão, seja de função ou de

linha de comando . . . pág. 24

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Em uma sexta-feira de Outubro de 2010, foi organizado um numero de matérias,

juntamente com a ideia de se criar um jornal voltado para a família umbandista, e não bastando a ideia e as matérias, ainda tínhamos o PROPÓSITO, que era levar ao conhecimento de todos o que é a Umbanda, a forma como é cultuada em todo o país e deixar disponível para acesso livre e irrestrito não só informações sobre a nossa religião, como também desta forma criar um verdadeiro documentário sobra a Umbanda pelo Brasil a fora.

Estamos na edição nº 10 e com um Newsletter oficial de quase 200.000 leitores cadastrados no site do Jornal Nacional da Umbanda, sendo que deste numero, muitos reenviam o JNU através de seus mailings, de listas de discussão, de grupos organizados

referentes à Umbanda e inclusive sites e blogs pessoais de nossos leitores. Agradecemos imensamente a todos os que contribuem direta e indiretamente com o

sucesso do JNU. São leitores que nos enviam matérias, relatos, psicografias, entrevistas com Baluartes da Umbanda, pessoas que reenviam o jornal a tantas outras, enfim, agradecemos a todos vocês pelo sucesso alcançado, pois ele não é mérito de um, mas sim de todos.

Com tudo isso acontecendo, resolvemos agora criar uma identidade para o jornal, onde quem ganha com as alterações é o leitor. A partir da edição nº 11, pedimos a todos que nos enviam matérias, inclusive a você leitor que, por falta de tempo ou mesmo por sentir-se inseguro em escrever, que nos envie matérias e textos que sejam relacionados aos cadernos que criamos para o novo JNU. Estes cadernos auxiliarão na identificação do conteúdo e facilitarão a leitura para todos.

Deixaremos aqui um descritivo de cada caderno que será criado. Serão sessões das mais variadas, onde todos poderão contribuir como quiserem, seja com textos psicografados, entrevistas, relatos de experiências que passaram dentro da Umbanda, magias, festas e comemorações realizadas em seus terreiros, tendas e centros, e muito mais.

Os cadernos (sessões) que criamos inicialmente para o JNU são estes: Editorial: Apenas para o uso do JNU Comportamento: Relacionado à ética e moral comportamental e religiosa. Artigos de

orientação. Doutrina: Sessão voltada para orientação religiosa, procedimentos espiritualizadores,

etc. Psicografias: Neste caderno poderão nos enviar fotografias de pinturas mediúnicas,

imagens, textos, mensagens de guias e mentores, etc.

Baluartes da Umbanda: Entrevistas com seus dirigentes, informando como e quando ele (a) começou, os caminhos percorridos até a data presente, experiências, lembranças, ritos, uma entrevista sobre seu dirigente e nunca se esquecer de enviar sempre a localização do terreiro e autorização para divulgação, fotos e contato.

Oferendas, Magias e Trabalhos de Umbanda: Aqui teremos relatos referentes a magias (experiências, tratamentos e/ou resultados alcançados). Oferendas feitas na natureza ou em centros de Umbanda voltadas ao beneficio pessoal ou coletivo, auxiliando a muitos. Trabalhos em terreiros voltados para o publico em geral, como atendimentos, cirurgias espirituais e outros.

EDITORIAL

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Agenda de eventos Umbandistas: Comemorações, festas, inaugurações, trabalhos e etc. Caderno do Leitor: Aqui estaremos colocando os diversos e-mails que recebemos dos leitores, com criticas e informações quanto à Umbanda e ao JNU. Para que todos possam ajudar uns aos outros com informações, NÃO serão publicados e-mails para organização de correntes, pedidos financeiros, criticas ofensiva e nem que façam apologia ou referencia a debates entre leitores. Humor: Neste caderno você pode nos enviar charges, tirinhas de até quatro quadros, textos curtos e discretos, mas bem humoradas e textos para descontração... Laser e Cultura: Livros, filmes, peças teatrais e qualquer outra atividade que você participou e gostaria de indicar a outras pessoas. Um passeio realizado em hotel fazenda, a localização de uma cachoeira para banho e trabalhos... Ultima Pagina: Onde a sua matéria não poderia deixar de estar!

CONVITE ÀS TODOS

Convidamos a todos vocês amigos leitores, que escrevam sobre o Pai Ogum, a festa que seu terreiro esta organizando, oferendas, entregas, pontos, enviem-nos fotografias da festa em homenagem ao Pai Ogum realizada em seu terreiro, para que divulguemos no JNU.

Como dia 23 de Abril, é dia de Ogum, muitos farão suas homenagens dias antes ou dias depois, o jornal terá sua próxima edição dia 25 de Abril, aqueles que já tiverem realizado sua homenagem ao Pai Ogum e quiserem divulgar o trabalho feito nos envie através do e-mail [email protected] seu material.

E para os que realizaram depois do dia 25, caso queiram enviar convite para participarem da sua festa em homenagem ao Pai Ogum, não deixe de nos enviar seu material para divulgação, será colocado em nosso site e no jornal com o maior prazer.

Vamos compartilhar informações, divulgar nossas festas e trabalhos.

Mestre Raivas e o

Discípulo Saaras

continuam com suas

aventuras no Deserto

de Idéias. Confira a

continuação do “Elo

perdido da

Umbanda” no site do

JNU.

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Médium Clélia Barbosa Núcleo de Umbanda Luz Divina Caboclo Sultão das Matas.

Este é um relato fiel e legítimo de uma experiência vivida por mim: Eis que no final de 2010 eu estava completamente triste e desmotivada com o meu

trabalho profissional. Prestava serviço numa excelente empresa e tinha ótimos colegas de trabalho, porém todos meus esforços não obtinham sucesso. Sempre gostei muito de trabalhar e exercer funções junto a clientes, porém dessa vez bastava anoitecer o domingo para o tormento começar, pois sabia que a segunda feira não tardava chegar e teria que ir à empresa. O trabalho para mim se tornara um peso, era só lamento, nada de alegria, conforto ou prazer.

Bem, no primeiro dia de janeiro de 2011, com muitas energias renovadas e muito esperançosas, resolvi

oferendar nosso Pai Xangô. Fiz um lindo prato com tudo de melhor que pude encontrar e me dirigi a uma pedreira, próxima a São Paulo; estando lá, acendi velas, ofereci a maravilhosa comida ajoelhada e pedi, rezei, supliquei por justiça e equilíbrio em meu trabalho. Queria sucesso, por isso estava ali! Pedi a Xangô que atuasse em meus caminhos profissionais.

Passaram se treze dias, era quinta feira à noite, dia 13 de Janeiro, estava sozinha em casa, pronta para dormir, quando na entrada de meu quarto apareceu um espirito alto e forte, diferente de qualquer forma que eu já tenha visto, mas a mim naquele momento, pareceu um homem, então ele me disse:

“Filha querida, mais que uma comida, digo que vós sois a verdadeira oferenda, suas atitudes justas, equilibradas, com discernimento e razão, é que são os canais para que eu possa manifestar meu poder em seu trabalho e em seu caminho. Deixe que saiam de dentro de ti a força e a determinação que vós me pedistes, porque em seu interior está o que me pedes. Deixe seu intimo exteriorizar a justiça e o equilíbrio, nada temas, faz o que é certo, o que é justo, o que é digno!”

Depois disso simplesmente desapareceu, fiquei parada ali, por não sei quanto tempo, até assimilar o que havia acontecido.

Esperei o amanhecer de sexta feira, me dirigi até a empresa e solicitei meu

desligamento. Assim, em minha vida profissional tudo clareou e hoje presto serviço a outra empresa, onde sinto prazer e amor pelo trabalho. Tudo está bem!

Agradeço e me lembro todos os dias daquele manifestador, mensageiro da Justiça que, respondendo a meus apelos, me conduziu para dentro de mim e me fez entender que minha fé, mais as minhas atitudes, é que têm o poder de alterar minha vida, e entendi de uma vez por todas: primeiro por dentro... depois por fora!

SARAVÁ XANGÔ... Luz de meus caminhos!

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Por Marcio Henrique

Médium da Casa de Caridade Legião de Oxossi e Ogum.

Pode-se dizer que sou Umbandista desde criança, pois meus avós e minha mãe sempre tiveram contato com o espiritismo e principalmente com a Umbanda. Mas, mesmo estando dentro de uma família onde o cotidiano era voltado às formas de entendimento espiritual diversas, nunca fui exclusivamente direcionado a seguir essa ou aquela “religião”, minha educação religiosa foi deveras “eclética” e diversificada, sem grandes cobranças.

Mesmo tendo a Umbanda no meu cotidiano, passei pelo catolicismo (chegando a ser crismado), após a crisma, enamorei-me com uma menina da Igreja Evangélica Metodista e lá permaneci por uns sete anos, saindo do “metodismo”, por alguns meses conheci a “Igreja Messiânica” e a “Seicho-No-Ie”, tentei acesso ao Budismo, mas, pelo menos naquela época, as reuniões eram fechadas a curiosos, mas estudei ao menos sua historia. Somente em “meados dos meus 26 anos” é que finalmente “estreitei” meu contato com a Umbanda e o espiritismo, passando a frequentar sessões assiduamente e após um ano entrei para Casa de Caridade onde hoje presto meus serviços como médium.

Hoje com 46 anos, posso afirmar que o “católico”, o “crente”, o “messiânico” e o “seicho-no-ie”, foram os caminhos necessários para que eu pudesse compreender o que é ser um Umbandista, um médium Umbandista com esclarecimento e “eclético” de certa forma, reconhecendo e entendendo o significado da palavra “UMBANDA” ditada pelo Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, ou seja, palavra de origem sânscrita, que se pode traduzir por "Deus ao nosso lado" ou "o lado de Deus”. Mas durante esses poucos 20 anos (digo poucos, pois me vejo ,a titulo de comparação com o ensino regular pelos quais todos passamos , considero-me apenas em fase de conclusão do “Ensino Médio” na Umbanda, se é que me entendem...), pude vislumbrar, não sei precisar por quais meios, que o conhecimento e o estudo são importantíssimos para o crescimento da Umbanda, mas não são tudo, e em

comparação com o nosso cotidiano pude ver que não só na Umbanda, mas em qualquer outra “religião”:

“Há engenheiros formados que se entregaram no aprendizado de cálculos e formulas, porém se forem chamados a assentar os tijolos de sua construção, nada saberão fazer”. Enquanto há „pedreiros‟ que não são sequer alfabetizados, mas sabem perfeitamente não só assentar tijolos como, apenas em olhar, dizer que “tal parede” ou, “tal coluna” ou, “tal perfuração ou, “tal solo”, não é ou não estão adequadamente “projetados” ou “preparados/tratados” e certamente causarão problemas no futuro”.

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“Há médicos que estudaram tanto para ficar atrás das mesas administrativas enquanto uma „humilde parteira‟ analfabeta no interior das cidades mais distantes da civilização, já trouxe a luz milhares de vidas e salvou muitas vidas em partos complicadíssimos. Ou o que dizer dos (as) rezadores (as) que com suas rezas, „beberagens/garrafadas‟ e chás trazem a cura e o alívio também para muitos neste imenso mundo”? Assim como há muitos “Sacerdotes e Pais de Santo”, que recolhem para si todos os títulos e “anos de santo” possíveis, para se colocarem sentados dentro dos terreiros aguardando o “beijo na mão”, e há aqueles que, a exemplo dos „pedreiros e rezadores‟, que apenas fazem cumprir com a sua humilde tarefa, para que tudo esteja em seu devido lugar e todos possam receber o que procuram dentro da “VERDADEIRA CASA DE UMBANDA”, a UMBANDA do nosso COTIDIANO. Não quero de forma alguma criticar os estudos, pois eu mesmo faço uso das “letras” para melhor compreender as “maravilhas e mistérios” da Umbanda, apenas chamo à reflexão todos aqueles que se esquecem de que, a exemplo de Zélio de Moraes e das palavras do , como se intitula , “Humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas”:

“- FAZER O BEM SEM OLHAR A QUEM, APRENDER COM QUEM TEM A ENSINAR E ENSINAR A QUEM TEM A APRENDER”. e do nosso grande Mestre e Senhor Jesus Cristo, quando lavou os pés de seus discípulos e disse a cada um deles: “- EU VIM PARA SERVIR E NÃO PARA SER SERVIDO” Devemos lembrar sempre que: “APRENDER É DESCOBRIR AQUILO QUE VOCÊ JÁ SABE e FAZER É DEMOSTRAR QUE VOCÊ O SABE, E ENSINAR É MOSTRAR AOS OUTROS QUE ELES SABEM TANTO QUANTO VOCÊ”. Richard Bach – do livro “Ilusões” E jamais esquecermos que: “COMO A NOSSA LEI NÃO HÁ". LEVAMOS AO MUNDO INTEIRO “A BANDEIRA DE OXALÁ”! Trecho do Hino da Umbanda

E-mail [email protected]

EQUILÍBRIO UMBANDISTA Por: Nikolas Peripolli

Inspirado por Pai João e Angola

Equilíbrio, uma palavra muito ouvida e talvez muito pouca praticada no seu real

significado. Equilíbrio, uma pequena palavra de significado inestimável, tão pouco compreendida, porém supostamente entendida e praticada entre nós, seres em evolução.

Em quase todas as religiões, seitas, filosofias de vidas, etc. existentes no plano material, todas têm como base o equilíbrio do ser com a finalidade da ascensão do espírito para trilharmos com segurança o único caminho existente e comum a quase todas as religiões: Deus (por mais que algumas neguem isso). Mas, pensando e analisando profundamente esta palavra, conceito ou estado de espírito entendemos que é a junção de diversos sentimentos bons e puros. Mas será este realmente o seu significado?

E qual seria o real significado de equilíbrio na religião de

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Umbanda? Ouço muitas pessoas dizendo que equilíbrio é a ascensão do espírito, a pureza, a paz,

o amor, a presença do Criador em nosso íntimo, porém ouço muito pouco de qual seria o caminho que se deve percorrer para chegarmos a este estágio.

Em nossa religião (Umbanda) se ouve muito a palavra CARIDADE, mas muitos se esquecem de que a caridade é parte de um todo que deve ser percorrido para chegarmos ao equilíbrio e que a verdadeira caridade se constrói dentro de nosso próprio equilíbrio.

Pensando em de tudo isto, descobri que a Umbanda nos leva a uma preparação. Na verdade, podemos resumir esta preparação umbandista em apenas uma palavra: DESAPEGO! Mas não podemos cometer o mesmo erro em julgar as palavras ao pé da letra, o desapego em si não é apenas material e acredito que se fosse seria bem mais fácil. O desapego que me refiro é o desapego sentimental e emocional, que enchem nosso íntimo de dúvidas, ansiedade, sofrimento, culpa e desespero, entre outras.

Como nós podemos julgar uma pessoa equilibrada sem que a mesmas não tenha um desapego de sentimentos mundanos, como a inveja, a vaidade, a insegurança ou a

prepotência? Pois eu vos digo: O equilíbrio que nossos amados guias de umbanda se referem é a

anulação, ou ao menos o controle desses tipos de sentimentos que deixam nossas almas carregadas de dores emocionais, que acarretam frustrações e magoas, seja no âmbito profissional, familiar ou pessoal e que mais cedo ou mais tarde nos vemos dentro de buracos tão profundo que, para nossa imaginação humana seria impossível sairmos. E, se conseguimos sair desses buracos feitos em nossa alma, mas se continuarmos alimentando esses sentimentos caímos em outros buracos da desilusão criados por nos mesmos.

Mas o desapego em si é o primeiro passo. Se acreditarmos que apenas o desapego íntimo nos fará seres equilibrados estaremos enganados mais uma vez, pois existem dois lados da moeda: o desapego externo e o interno, onde um sempre reflete no outro, fazendo sempre uma parte ficar refém da outra e, por mais que se insista, sempre uma parte desequilibra a outra.

Ai vem a pergunta: quais são esses dois lados? Com tudo na criação existem dois lados, nos também temos os nossos: um é o externo, o outro é o interno! Resumindo, um é o pensar e sentir e o outro, é a ação e as decisões a serem tomadas.

Às vezes agimos contra o que nosso íntimo sente (ou sentimos algo), mas não realizamos a ação. Aí chegamos a mais uma conclusão: devemos praticar a união e a harmonia desses dois lados.

Então vem mais uma pergunta: Como podemos sentir algo e agir de forma diferente, como podemos ser pessoas que realmente não somos?

Como podemos enganar a nós mesmos nessa arquitetura interna que nem mesmo sabemos ao certo como é construída, sendo que os construtores somos nós mesmos?

E mais uma vez obtemos a resposta através de nossos guias: “Filho, para podermos entender, esta união dos dois lados da moeda, a observação e a análise profunda de quem somos é a melhor arma, ou talvez a única. E que, na maioria das vezes, nesta análise descobrimos que realmente temos tanto o lado bondoso quanto o lado sombrio”.

Após tudo isso posto à mesa, chegamos ao um resultado, que, para se conseguir o tão sonhado e almejado estado de equilíbrio, devemos nos julgar, nos analisar, sermos rígidos, impiedosos e persistentes conosco, mesmo que isso nos traga dor, sofrimento, e magoas de conhecer nosso lado sombrio, que por muitas vezes nos envergonha, machuca, fere as pessoas à nossa volta e deixa nossos amados Orixás e guias espirituais tristes de ver que ainda não

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aprendemos a lição. Resumindo o EQUILÍBRIO, não como palavra e sim como significado, é muito mais

perda, divisão, soma e multiplicação, pois quando você estiver preparado para perder tudo que te preenche e alimenta para o lado duvidoso, negativo e individualista, estará preparado para dividir o que possui de bom para com seu próximo para ensina-lo e alerta-lo.

Poderia ficar horas e horas escrevendo sobre o equilíbrio. Mas este estagio é algo muito além do que possamos entender e sentir porque, quanto mais equilibrado você estiver, mais você percebe que está longe do verdadeiro equilíbrio e que, para chegar lá, muitas pedras deverão ser tiradas do caminho, muitas lágrimas serão derramadas, muitas perdas acontecerão. Mas, no final, tudo valerá a pena, pois tudo que perdemos, sofremos, dividimos, somamos e multiplicamos é o caminho para a LUZ, ou melhor, falando para o EQUILÍBRIO!

Que nosso Pai Olorum ilumine nossos caminhos e que nosso Pai Oxalá nos preencha com sua fé inabalável.

Email: [email protected]

Site: lises.com.br

Entrevista com Mãe Ignez de Oxum

Dirigente da Tenda de Umbanda Mãe Justina e Caboclo Tupinambá, de Jundiaí. JNU – Mãe Ignez de Oxum como foi seu inicio com a mediunidade?

O inicio da minha mediunidade foi em 1974, na cidade de Campinas, numa “mesa branca”! Com as correntes Africana e Indiana. JNU – Como foi seu contado inicial com a Umbanda e seus Guias Espirituais?

Mãe Ignêz com Pai Rubens e Mãe Alzira

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Em Campinas, permaneci no centro por 14 anos e meio. Nesse tempo só manifestava minha Guia e Protetora, por sinal minha própria tia Maria José de Oliveira.

Já em minha residência, eu comecei a “receber” a Mãe Justina. Até então ela não falava seu nome e somente depois de 13 anos, num dia 13 de maio, ela o revelou.

Em 1988, a senhora que “tocava” os trabalhos mediúnicos onde eu frequentava faleceu e fiquei sem rumo. Assim, fiquei parada durante um ano, mas os meus Guias começaram a querer trabalhar. Logo, comecei uma “via sacra”, mas não conseguia ficar em lugar nenhum.

Já o meu segundo Guia a manifestar foi o Caboclo Tupinambá. O incorporei na mata, riscando seu ponto e etc. Todos os demais Guias se manifestaram em minha residência, onde eu fazia os preparos conforme minha intuição umbandista.

Logo, comecei a atender uma e outra pessoa. Quando percebi já tinha três ou quatro médiuns, e assim as coisas foram crescendo e já não havia mais saída: --Abri minha própria casa! JNU – Qual é sua idade e há quanto tempo abriu sua casa?

Eu estou com 76 anos e oficialmente minha casa está aberta há uns 10 anos, mas como relatei anteriormente estou a mais de 35 anos envolvida com a espiritualidade. JNU – A senhora tem ideia de quantos médiuns já desenvolveu para a Umbanda?

Ao longo desses anos acredito que mais de 100 filhos eu encaminhei para a Umbanda. Atualmente a minha casa conta com 30 filhos de fé. JNU – O nosso jornal virtual é enviado para muitos milhares de pessoas e queremos que a senhora mande uma mensagem para elas.

Mensagem da Mãe Justina aos leitores do JNU.

(25/03/2011)

A Umbanda é a religião do futuro deste planeta. É preciso que todos os irmãos umbandistas

se unam, porque é um caminho árduo onde se faz muita caridade. Não basta só dar comida, mas muito amor, carinho, compreensão e respeito. Cada

umbandista é um templo e se não cumprir tudo isso a religião vai se desvirtuar. Tem muitos irmãos que pensam que através da religião vão ficar ricos!

Portanto, os umbandistas têm que procurar trabalhar com honestidade e amor. Infelizmente os umbandistas não são muito unidos. Se fossem seria maravilhoso!

Tem muitas Mães de Santo e Pais de Santo que se envaidecem de sua posição, mas não é assim. É preciso ter amor, caridade e dignidade para ensinar coisas boas para seus filhos.

A verdadeira Umbanda não faz amarração e nem separação. Os irmãos têm que ter harmonia e não ter inveja dos Guias dos outros irmãos. Na Umbanda não pode ter vaidade. È necessário simplicidade para ter muito axé.

A Umbanda há 100 anos plantou a semente divina na terra dos caboclos brasileiros e pretos velhos sofridos que trazem a humildade, o amor e a caridade.

É preciso que os umbandistas não deixem que as pessoas pensem que essa religião só faz “coisas ruins” (macumba). Esta mensagem foi enviada por uma Preta Velha, Mãe Justina, que incorpora na mãe de santo

Ignez de Oxum, em Jundiaí. De onde manda a todos os umbandistas muita paz, muito amor e a benção de Deus.

Para o irmão Rubens Saraceni, Mãe Justina agradece a oportunidade de passar essa mensagem, e diz que ela tem muito amor pelo irmão. Que Deus abençoe e ilumine seu caminho!

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Colégio de Umbanda Sagrada e Magia Divina

CABOCLO SETE ESPADAS

Rua Ernesto Zwarg, 389 - Jardim Savoy –Itanhaém/SP (F: 13-9106-8869 – 13-3422.5592). (altura do Km 322 da Rodovia Padre. Manoel da Nóbrega).

Membro da A.U.E.E.S.P. www.cvus.com.br

CURSOS EM ANDAMENTO

SACERDÓCIO DE UMBANDA (PRESENCIAL) EM ITANHAÉM, Aos Sábados, das 10hs às 12hs. Ainda há vagas. Ligue para 13-3422.5592 ou 13-9106.8869 TEOLOGIA DE UMBANDA (PRESENCIAL) EM SÃO PAULO, às quintas feira, das 20.30 às 22.30 horas. Na Rua Silva Bueno, 1020, Ipiranga/SP. Informações? Ligue para (11) 6577.8147. (Em breve, novas turmas no Morumbi). (Temos todos os cursos abaixo também de forma virtual, através do site www.cvus.com.br). Formação Doutrinária Umbandista Consagrações Umbandistas Teologia de Umbanda

FFAC Fraternidade, Fé, Amor e Caridade.

Pai Edson “Miaguy” é dirigente espiritual do Centro de Umbanda FFAC – Fraternidade, Fé, Amor e Caridade, localizado próximo à Cidade de Visconde de Mauá, RJ. É um centro que fica dentro de um sitio, cercado por uma natureza exuberante e o local foi escolhido pelo seu guia espiritual Sr. Exu Tranca Ruas. Nesse centro são feitos trabalhos de aconselhamentos espirituais, descarrego, operações mediúnicas à distância e com as pessoas presentes. Abaixo, mapa com a localização da FFAC e uma curta entrevista com Pai Miaguy.

Pai Rubens e Pai Edson

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JNU: Quando começou na Umbanda?

Miaguy: Eu estou na Umbanda desde os 15 anos

JNU: Atualmente, qual a sua idade?

Miaguy: Ah, são 70 anos de idade e 55 anos de

Umbanda.

JNU: Quais os trabalhos realizados em seu terreiro?

Miaguy: na FFCA trabalhamos com descarregos,

curas, orientações espirituais, operações mediúnicas

à distancia e presenciais.

JNU: O seu mentor espiritual Pai Miaguy:

Miaguy: ah, o meu é o Sr. Tranca Ruas

Logo abaixo, um pequeno mapa sobre a localização

do terreiro.

Informações pelo telefone: (24) 3354-6402,

(24) 8115-7890, ou ID 121*25602 com Miaguy

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Enviado por: Simone Machado

Ouvi uma frase essa semana, que me fez pensar muito: “fulano saiu da religião, por

que disse que a religião não estava ajudando ele”. O termo usado refere-se à ajuda financeira e minha primeira pergunta foi: “mas quem

disse que a Umbanda é para nos fazer ricos?”. Olha, já não é a primeira vez que ouço essas frases por aí, então passei a refletir, qual

católico vai às missas com objetivo de não ter problemas financeiros? Que fiel tem esse procedimento? Por que deveria ser diferente da Umbanda?

Chega de culpar a nossa Umbanda por suas desorganizações financeiras pessoais, pois a religião promove o Religar com Deus, nosso crescimento espiritual, nosso equilíbrio mental e emocional e religião nenhuma esta na terra para fazer alguém rico materialmente ou isento de problemas.

É claro que quando fazemos nossas reformas íntimas e nos colocamos em condição de receber a prosperidade em nossa vida, ela acontece com certeza, não apenas no material!

Mas, se pensam em usar a mediunidade com o objetivo de receber bênçãos financeiras, então nem use, a Umbanda não faz barganha, é uma religião séria para gente seria.

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Umbanda é caridade, é amor, é verdade, é justiça. Creio também que nossos Guias procuram nos ajudar sempre, para que tenhamos

equilíbrio e as condições de ajudar outros irmãos, mas será que essas pessoas prestam atenção aos conselhos e orientações que recebem? Religião nenhuma vai impedir que tenhamos de enfrentar desafios e problemas na vida. Pelo contrario, nos ajuda a termos fé e equilíbrio para superá-los.

Eu, desde que entrei na Umbanda, enriqueci sim! Enriqueci em algo que não pode ser tirado, em aprendizado! Aprendi coisas antes inimaginadas, aprendi sobre o amor, a compaixão, a fé, me livrei de tabus, dogmas, me libertei, me renovei e continuo buscando mais, e agradeço aos irmãos em minha volta tanto pelas orientações como os desafios proporcionados.

Ouvir os conselhos dos Mestres espirituais, as doces palavras dos Pretos-Velhos, o encorajamento de Exu, a alegria dos Ciganos dizendo: vai em frente!

Nossa!!! Minha religião é rica!

Mediunidade deve ser tratada com seriedade, principalmente pelos dirigentes, de não permitirem esses comportamentos, mas esclarecer e orientar sobre a nobreza da mediunidade.

Mas, como a sábia espiritualidade a tudo vê, alguns acabam se afastando e sendo redirecionados para onde possam aprender. E, se não conseguiram pelos braços do Amor, será por outros braços.

Mas fico feliz que esses sejam apenas uma minoria, e que nossa religião é composta de médiuns abnegados, firmes, que buscam seu crescimento, superando e vencendo suas próprias dificuldades, na pratica da mais linda religião que promove um aceleramento na consciência de cada um. A Umbanda!

www.casadaluzdourada.blogspot.com www.templodenana.blogspot.com

Apometria e a Umbanda

Enviado por: Maria das Graças de Pinho Rodrigues

Escrito por: Daniel Souza

Apometria é uma técnica terapêutica desenvolvida pelo Dr. José Lacerda, médico do Hospital Espírita de Porto Alegre, fundador da Casa do Jardim, Centro Espírita da mesma cidade.

Essa técnica terapêutica consiste no desdobramento dos corpos espirituais do paciente, através de pulsos magnéticos, sucedendo o afastamento do agregado espiritual em relação

ao corpo físico. Com os corpos afastados, torna-se possível a sintonização das

partes conscienciais do paciente em médiuns, efeito similar à incorporação, para então esses fragmentos da consciência serem tratados, bem como entidades espirituais que possam estar ligados a eles.

Esses recursos, aqui descritos de maneira superficial, abrem campo para um poderosíssimo tratamento onde, não somente o exterior espiritual do paciente é tratado, mas também suas consciências de passado (vidas passadas) que possam estar influenciando destrutivamente no presente do mesmo, refletindo no corpo físico

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diversos males, que chegam a se manifestar como doenças. Apesar de ter nascido em berço Espírita, sabemos que na Umbanda essa técnica tem

ganhado força, pois, sem ferir o entendimento da religião, acrescenta formas de atuar que, além do auxílio às pessoas, capacitam o médium a utilizar seus recursos próprios como o desdobramento, a clarividência, os dons de cura, o dom da palavra, a intuição. Por isso, como diz o Senhor Sete Flechas, os Guias batem palmas, pois, desejam ver seus filhos melhorando seu entendimento sobre a espiritualidade e sobre seus próprios recursos espirituais.

Para melhor elucidar a técnica, sabemos que nossos amados Guias Espirituais costumam dizer em suas consultas que o motivo de algo estar acontecendo na vida do consulente é em função de suas atitudes, pensamentos e comportamentos, que devem ser reformados para o melhor viver. É claro que muitas vezes o consulente se apercebe do que está errado em sua forma de agir, porém, em outros casos, por mais que seja buscada, a sede do problema não está na consciência da atual existência (consciência encarnada), mas sim em situações traumáticas vivenciadas em outras existências e que veem à tona, de

maneira inconsciente, para que sejam resolvidas. São nesses casos que a Apometria auxilia, pois, ao trazer o passado do paciente (ou

até várias existências de passado simultaneamente) para a “doutrinação”, são descobertas as situações traumáticas que devem ser re significadas, estando nos doutrinadores o papel importantíssimo de auxiliar e reconduzir esses fragmentos do paciente a utilizar seus potenciais em benefício da consciência encarnada.

Os resultados são impressionantes, com mudanças de atitude (interior) e na vida que cerca os pacientes (exterior) de uma maneira perceptível e rápida.

Vale a ressalva de que todos os resultados são proporcionais à abertura dos pacientes, ou em outras palavras, de acordo com suas necessidades e merecimento.

Assim, pacientes portadores de Síndrome de Down, Autismo, Esquizofrenia, Síndrome do Pânico, dentre outras doenças psíquicas, mas com implicações espirituais, conseguem obter melhoras significativas e em alguns casos com reversão em quase 100% do quadro clínico, comprovadamente. Questões de doenças no corpo físico também são tratáveis, em parceria aos tratamentos médicos convencionais.

Para que esse trabalho seja possível, entram em cena os agentes espirituais que se fazem presentes nesses trabalhos, incorporados ou não, atuando como os verdadeiros condutores do trabalho e mestres da transformação interior promovida pela ação conjunta.

Nós do Núcleo de Culto Umbandista do Butantã, em São Paulo, recebemos constantes orientações de Guias Espirituais durante nossos trabalhos. São representantes de diversas falanges dentre Caboclos, Pretos-velhos, Exus, Pombas Giras, Crianças, Médicos (de várias especialidades), fazendo com que o trabalho seja muito abrangente, sempre auxiliando o encarnado (na cura e no despertamento consciêncial), os desencarnados ligados a eles e por

consequência a outros encarnados como familiares e pessoas ligadas ao paciente. Muitas situações pendentes são resolvidas e o perdão real

ocorre, sobressaindo a compreensão de que a vida plena só existe através da constante evolução.

Que Deus abençoe este trabalho e que nos auxilie no caminho de nos tornarmos verdadeiros curadores de almas.

E-mail: [email protected]

Enviado por: Beatriz médium do Terreiro Vovô Cipriano e Caboclo Sete Flechas

aqui em Barrar Mansa-RJ

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Como compreender a vida?

Enviado por: Graça Rodrigues

Se compreendermos que a vida e tudo o que ela traz nos dá a liberdade de escolhas, buscaremos compensar no dia a dia, através das experiências que vivenciamos todos os nossos anseios. Precisamos ter fé, coragem, força e persistência, devemos perceber a insignificância de muitas coisas que nos cercam face ao verdadeiro significado da vida e da nossa evolução. Viver é simples se entendermos nossas ações e reações, elevemos nossa compreensão através do aprendizado e do autoconhecimento.

É nosso dever realizar o que nos propomos e seguir evoluindo em direção á casa do nosso Pai. Temos tudo e muitas vezes não nos parece nada, se quisermos podemos vencer cada grilhão que nos prende nas cadeias inconscientes e profundas do nosso Ser. Assim é porque tudo está em seu limite e de acordo com o nosso merecimento.

Os “altos e baixos” não passam de momentos e intermitências da vida. No raiar de cada dia temos que relembrar que nosso Pai nos ampara e programa nossos passos que serão de acordo com o tamanho da nossa caminhada, veremos que nada é em vão, tudo tem o seu valor e nada está perdido, mesmo que assim nos pareça, é assim que encontraremos nossos propósitos e compreenderemos os anseios da nossa alma, que é imortal, eterna, em cada minuto, em cada pulsar das nossas características vibratórias.

Acreditando ou não, é a luz que atraímos para o nosso caminho que nos impulsiona para que possamos encontrar a razão de nosso Ser.

E-mail: [email protected]

O QUE TEMOS FEITO?

Enviado por: Elisabete Mitiko Watanabe

Tem sido cada vez mais recorrente as notícias sobre casos de intolerância religiosa.

São leis impedindo determinados ritos, policiais invadindo terreiros, entre outras situações. Em nosso cotidiano percebemos, por diversas vezes, uso pejorativo de alguns termos da Umbanda. Referem-se a Exu, com sinônimo de coisa ruim. A macumba como coisa do mal, a pais de santos como charlatães.

Recentemente, passou na televisão uma matéria sobre a existência de vida pós-morte, que foi gravada no Santuário Nacional da Umbanda. Neste programa, médiuns incorporados foram motivo de chacota e o tom foi desacreditar o que estava acontecendo. Embora o programa fosse de comédia, considero que o assunto poderia ter sido tratado de forma mais respeitosa, como o foi com as outras religiões consultadas.

Comentando a matéria da televisão, Alexandre Cumino disse: Mas a culpa é nossa também, que muitas vezes ocultamos a identidade de Umbandista e ficamos sempre calados quando nos desrespeitam.

A Umbanda é linda e merece respeito, mesmo por aqueles que não são umbandistas. Não vemos notícias sobre invasão de Igrejas ou Templos, por que o respeito pelo sagrado ali já está consolidado. E a reflexão que deixo é: o que cada um de nós (médiuns, simpatizantes, assistência) temos feito em nosso cotidiano para consolidar a Umbanda enquanto religião e, portanto, sagrada?

Sabe-se que mesmo em nosso meio, também há desconhecimento do que se faz durante os trabalhos num Terreiro. Alguns médiuns não sabem por que se bate cabeça, por que o Guia

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fuma e bebe, por que se risca um ponto, por que se acende uma vela, o que é e para que serve uma oferenda.

A Umbanda evoluiu. Dizer que o Guia sabe tudo e que o médium não precisa fazer nada já não serve mais. Os médiuns têm que sair do comodismo e os Dirigentes Espirituais deveriam incentivar os estudos, para que na sua falta, seus filhos de fé não fiquem perdidos.

Vai um apelo a todos: estudem, busquem conhecimento, entendam o que vocês estão fazendo e saibam defender a Umbanda quando alguém ofender alguns de nossos fundamentos. E, principalmente, assumam a Umbanda como religião e não apenas como um lugar para buscar socorro quando se precisa.

Além disso, o conhecimento pode dar um upgrade nas nossas relações com os Guias. Tem uma história e vou pedindo licença ao meu amigo Walter para contá-la. Em todos os seus atendimentos mediúnicos, o Guia receitava banho de arruda, e ele entendia boldo. Falava em chá de camomila, ele entendia boldo. Tudo para ele era boldo. Na sua insegurança e falta de conhecimento, ele indicava aquilo que era do seu conhecimento, afinal uma erva de Pai Oxalá não iria fazer mal a ninguém.

Até que ele foi levado pela Espiritualidade a fazer um curso de ervas e ele passou a entender o que precisava ser feito. Quer dizer, o Guia sabia o que estava fazendo, mas ele não entendia, pois ainda não possuía o conhecimento necessário para traduzir exatamente o que o Guia queria dizer.

E por experiência própria posso dizer que a gente só ama o que conhece. A cada dia que passa, a cada nova informação, tenho certeza que estou no lugar certo. Me sinto abençoada e acolhida pela luz dos Sagrados Orixás. Me emociono com a humildade dos guias e com as lições de amor do Preto Velho, aprendo com as chacoalhadas dos amigos Exus. Isto tudo me dá a certeza de que tudo está no caminho certo e que a mão de nosso Pai Olorum está em tudo e todos. Que Pai Olorum nos abençoe.

Um Ano Realmente Novo

Mensagem ditada pelo Senhor Mestre da Luz Preto Velho Pai Thomé do Congo Anotada por André Cozta

Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 2010- 14h45minh.

Um novo ano marca sempre a retomada das esperanças de uma vida melhor, de

progresso e evolução na vida das pessoas e do planeta como um todo. É assim, ao menos, que os filhos encarnados neste plano da Criação Divina pensam e

agem. Negro Velho tem percebido que, nos últimos tempos, os humanos têm se voltado cada

vez mais para o seu interior, buscando respostas para os seus questionamentos, saídas para

as encrencas em que se meteram. É importante que se tenha em mente sempre, que só chegamos a uma condição ou a uma “encruzilhada”, porque até ela nos dirigimos através da nossa vontade e das nossas atitudes.

O caminho que não quisermos, não trilharemos! Deus, nosso Pai Maior, nos dá livre arbítrio, mas também nos sinaliza qual é a estrada correta e como devemos agir para voltarmos aos braços D‟Ele.

Mas, ao longo dos tempos, o ego e a vaidade serviram como um atalho para que os humanos se encontrassem rapidamente nas encruzilhadas da ignorância.

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E, quando se dão conta de que estão encurraladas, estas pessoas mostram-se desesperadas, não sabendo explicar porque chegaram a tal condição.

Então, já nesta condição, sem a humildade suficiente para reconhecerem seus erros, buscam culpas ou culpados para a situação em que se encontram.

Meus filhos, quando as criaturas humanas de Deus se banharem em humildade, deixando de lado a vaidade, despindo-se de todo e qualquer tipo de preconceito (pois este é o grande mal que atravanca a evolução planetária) e entendendo-se como seres em evolução que precisam andar de braços dados, passarão a trilhar o caminho que leva à verdadeira evolução.

Portanto, através desta breve mensagem, Negro Velho vem dizer aos filhos encarnados, que o novo ano será como quiserem que seja.

Façam dele realmente um Ano Novo, com novas atitudes, com mudança de postura, de pensamento.

Sintonizem com a Divindade que carregam, conectem-se com seus Mestres, Guias e Anjos de Guarda.

Assim, rapidamente perceberão que estarão trilhando o caminho que vos levará à morada de Olorum, nosso Pai Maior e Divino Criador.

Negro Velho deseja que o Sagrado Pai Oxalá vos ilumine e abençoe, guiando-vos sempre pelo caminho da Luz e do Amor Divino!

E-mail: [email protected]

POEMA A GUARDIÃ RAINHA DAS SETE ENCRUZILHADAS

Enviado por: Simone Machado

Doce olhar, enigmática, que vê através da alma, Doce sorriso, linda mulher, Puro Desejo, desejo de Amar, de Fé, de Paz, de Conquista Gargalhada gostosa que desfaz a ilusão, Ela faz, ela desfaz, ela dá, ela tira. Ela abre e fecha caminho, Ela diz sim, diz não, Ela desmancha, ela começa, Ela é noite, a Lua, É o perfume, o rebolado, Ela é o requebre, o jogo de cintura, Linda mulher, longos cabelos negros,

Ela é encruzilhada, o sim, o não, Qual escolha? Quem sabe? Ela sabe! Pura Magia, e das boas! Ela não é uma não, um caminho só nem pensar! Se é para crescer tem que ser em 7 níveis, 7 Planos, 7 Caminhos, 7 Sentidos. Pura Força Feminina Coroada, e que Força! Brincos, pulseiras, champanhe, é pouco, Merece mais, merece respeito, carinho e fé, Doce quando quer, feroz quando precisa, humilde por gratidão! É Guardiã, conhece Mistérios Divinos, e Deles Vela, Protege e Cobra, É Pomba Gira, Executora,

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Quem não conhece, não fale mal, Quem conhece que lhe dê valor Trabalhadora da Lei, Ela é Rainha das 7 Encruzilhadas Sarava Pomba-gira! Rainha das 7 Encruzilhadas é Mojubá!

E-mail: [email protected]

O texto abaixo é de Lourenço Braga, um dos pioneiros na literatura Umbandista, publicou

em 1942 o livro “Umbanda e Magia Branca – Quimbanda Magia Negra”. Coloco abaixo uma passagem deste título, que nas palavras deste autor, faz confirmar que se trata de uma

discussão antiga e atual, fundamental desde os primórdios da religião. Afinal com relação a alguns assuntos pouca coisa mudou na Umbanda, ou melhor, na sociedade, conquistamos

algum espaço, mas continuamos com algumas síndromes e vivendo, ainda, o desconforto da ignorância, por conta de boa parte da população que desconhece que a Umbanda seja uma

Religião Brasileira e que seu objetivo maior é o Bem e a “Manifestação do Espirito para a pratica da Caridade”, como bem definiu Zélio de Moraes, O Pai da Umbanda, o Primeiro

Umbandista. Creio mesmo que se deveria ensinar nas Escolas “História das Religiões” ou “Teologia Comparada”, para que, sem “catequização”, doutrinação, se tivesse um mínimo de

informação sobre religiões num contexto geral e sobre as religiões afro-indígenas num contexto especifico, e Umbanda para ser mais especifico ainda. Sem esquecer-se de

Xamanismo, Feitiçaria, Pajelança, magia e etc. (Comentário feito por Alexandre Cumino).

“Trecho de um artigo que publiquei (Lourenço Braga) na “A Vanguarda” do dia 11 de

março de 1941, em resposta a outro artigo onde um conforme Kardecista dava a entender que o espírito caboclo ou de africano não podia ser guia nem protetor de médiuns ou de Centros”.

Deus, a Natureza, o Absoluto, enfim como queiram entender, é, como todos sabem,

sumamente justo, bom misericordioso, onipotente, onisciente, etc, etc. Dito isto pergunto agora aos senhores Kardecistas – qual a condição para um espírito ser guia ou protetor? Todos responderão naturalmente: Ter luz! Pergunto: Qual é a condição para um espírito ter luz? Todos responderão: Ter virtude, isto é, ser simples, bom, carinhoso, humilde, piedoso, etc, e não ter ódio, inveja, orgulho, ciúme, maldade, vaidade, avareza, etc. Pergunto ainda:

Ter virtudes é privilégio da raça branca? Se é privilégio então chegamos ao absurdo de admitirmos Deus como sendo injusto por ter criado uma raça privilegiada. Se, porém, não é privilégio das criaturas da raça branca, pois que Deus é sumamente justo, poderão, portanto, as criaturas das outras raças possuir virtudes também e assim, depois de desencarnada, ter luz e ser guia ou protetores de pessoas ou Centros.

É preciso não confundir luz intelectual com luz provinda da evolução espiritual, bem diferente uma da outra!

Digo mais, um espírito reencarna-se numa tribo de caboclos ou de selvagens africanos, como missionário, isto é, para levar àqueles no meio dos quais reencarnou certa soma de conhecimentos. Quando ele desencarnar é um espírito de luz, porquanto luz bastante já possuía,

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tanto que reencarnou como missionário e ninguém poderá dizer que ele não foi africano ou caboclo em sua ultima reencarnação.

Sabem muito bem todos os Kardecistas que os espíritos tomam a forma que querem e assim sendo, nada impede que os espíritos de luz, por afinidade, se agrupem em falanges para praticar o bem e tomem a forma de caboclos, africanos, etc, ou para praticar o mal, se forem inferiores, e tomem a forma de bichos e outra qualquer.

Como sabeis a Terra é um planeta de trevas, expiações e sofrimentos e nós que aqui habitamos estamos sujeitos a sofrer as consequências do meio, mesmo porque somos imperfeitos, assim sendo, o mal predomina neste planeta e dessa forma no meio ambiente terreno, existem camadas fluídicas pesadas, formadas umas pelos nossos pensamentos e outras pelos fluídos dos espíritos sofredores e trevosos.

Justamente para combater o mal e dissipar as camadas densas de fluidos pesados, e mais ainda, para encaminhar os irmãos desencarnados que se acharem mergulhados em trevas ou sofrimento, é que uma grande quantidade de espíritos já evoluídos agrupou-se em falanges, por afinidades, e tomaram as formas humildes de caboclos, africanos e outros mais,

notando-se que possuem luzes de variadas cores, tais como sejam: roxa, rosa, alaranjada, verde, dourada, prateada, amarelas e outras intermediárias, sendo que os chamados espíritos quimbandeiros possuem luz vermelha.

Texto extraído do livro “Umbanda e Magia Branca – Quimbanda Magia Negra” de Lourenço Braga. -Edições Spiker – 1942.

Enviado por: Alexandre Cumino

E-mail: [email protected]

Caro Rubens:

Gostaria de parabenizá-lo pelo recém-criado Jornal Virtual: JornaldeUmbanda.com.br !! Parabéns, pela mensagem publicada na 4ª edição sobre o tema : LIVROS QUE MUDARAM A VISÃO SOBRE A UMBANDA.

Concordo plenamente quando você menciona que os leitores hoje em dia não aceitam qualquer livro e que hoje já não é possível escrever qualquer coisa sobre a Umbanda. Somos eternamente gratos pelo amplo conhecimento transmitido através das psicografias inspiradas por Pai Benedito de Aruanda. Com certeza todos os livros publicados ao longo desses 21 anos deixaram um marco na trajetória da Umbanda. A Umbanda cresceu e cresce cada vez mais, porém hoje mais madura e esperamos que esse vasto conhecimento proporcionado através de sua literatura e através do jornal virtual possa ser propagado aos quatro cantos do planeta. Hoje em dia podemos

dizer sem medo e vergonha: Somos Umbandistas! Rubens, parabéns pelo seu determinismo, esforço, persistência, desempenho e pela árdua luta em prol do crescimento da Umbanda Sagrada. Só tenho a agradecer pela vasta gama de livros publicados durante esses 21 anos que tanto nos proporciona riqueza de estudo, conhecimento, informação, esclarecimento e nos ajuda também a divulgar o que realmente significa a Umbanda.

Que Oxalá e os Orixás te abençoem, pois seu trabalho é lindo! Que Pai Benedito continue a lhe inspirar para que possamos cada vez

mais aprender e ensinar aqueles que necessitam de conhecimento. De: Flávia Faria - Médium do Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 10 de Abril de 2011. [email protected] Pág. 20

Bom dia a todos da direção e edição, enfim, ligados a o Jornal Nacional de Umbanda.com. br, eu estou muito satisfeito com a qualidade do jornal e mais fiquei por ter dentre as nove edições, três publicações minhas e hoje estou seguindo os passos de vocês de maneira discreta, mas com propósito semelhante que é divulgar a Umbanda e mostrar para os umbandistas que tenham orgulho de sua religião, e àqueles de outras religiões, que a umbanda acolhe a todos sem distinção e que este preconceito sem sentido não leva a lugar algum. Por este motivo montei um blog, que tem o objetivo de auxiliar principalmente os médiuns novos postando textos sobre as dúvidas do dia a dia e peço, caso puderem divulgar, para que este blog tenha uma maior atividade eu irei agradecer! Não precisa ser no jornal se poder passar o endereço do blog por e-mail para as pessoas será maravilhoso para isso visitem analisem a procedência e os textos lá postados. Segue o endereço: Http://thiagobertozzi.blogspot.com/ deixe seu recado, participe do blog é muito importante este auxílio desde já agradeço e parabenizo pelo sucesso alcançado. Também podem me contatar pelo e-mail pessoal [email protected] com a palavra CADASTRAR e receber todos os textos por e-mail. Tenho nele postados alguns textos do Rubens onde pedi autorização a ele e estão devidamente identificados o autor e a fonte de onde eles foram tirados. Abraços Thiago Bertozzi

É com grata satisfação, que recebo sua mensagem. Sugestão: uma coluna com o tema “relato de experiência”, onde a pessoa irá relatar o antes e o depois, ao conhecer a Umbanda e o Colégio Pai Benedito de Aruanda. Lembrando que alguns leitores multiplicam as informações, repassando o conteúdo para outros irmãos. At: Luiz de A. Madalena. [email protected] Parabéns pela dedicação e conquista de todos vocês! Abraço. Silvia. [email protected]

Paz de Cristo! Quero agradecer imensamente por enviar este jornal tão rico de conhecimento e informações. Parabeniza-los pelo belo trabalho, dedicação e atenção. Que Oxalá os abençoe. E-mail: [email protected]

Olá Pai Rubens,

Parabéns por esta conquista! A comunidade umbandista mundial estava mesmo precisando de um informativo como este.

A minha sugestão para matérias é sobre o papel dos cambones nas giras de Umbanda – o aprendizado e conhecimentos necessários, suas funções e deveres.

Aproveito para agradecer o carinho com que foi tratada a matéria sobre minha mãe.

Abraço fraterno em nome da Casa de Caridade do Pai Antônio,

Bárbara Dierkers Boesel. [email protected]

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 10 de Abril de 2011. [email protected] Pág. 21

Enviado por: Flavia Faria

“Querer é poder"! Se quero voar eu posso, Se quero amar eu posso, Se quero mudar eu posso, Se quero ser diferente eu posso...

Ser verdadeiramente diferente, mas o que é ser diferente? Se vivemos em um mundo alheio aos sofrimentos dos outros, se as pessoas estão

anestesiadas e condicionadas a um consumismo desenfreado, fincando alicerces profundos

na grande religião do momento o “culto ao deus dinheiro”, onde está a diferença ou o que é realmente ser diferente? Deus Iminente Firme

Especulador e propagador do bem e da ressureição através da esperança natural de tua santa cruz e morte eterna para a vida terrena. somos procriadores desse grande espetáculo chamado vida e nunca devemos esquecer o que nos trouxe aqui!

Somos seres diversos e de diversos lugares, etnias e credos, mas somos sim filhos únicos de um mesmo pai, o divino criador, almejando uma evolução espiritual que sem grandes renúncias e uma profunda lapidação e purificação interior nada acontecerá!

Hoje vemos as coisas com o véu nos olhos, mas, se o levantarmos, o que hoje é turvo e pesado se iluminará e seu peso desaparecerá. Cremos com fé que a batalha dura e árdua, serena se tornará.

E-mail: [email protected]

CURSO DE “MAGIA DIVINA DAS 7 ERVAS SAGRADAS”

Local: Rua Luisa Macuco, nº 193 (canal 3) – Santos/SP Inscrições: dias 15 e 22 de Maio Horário: Aos domingos 10h00 às 12h00 13h00 ás 15h00 Contato: [email protected] Ministrante: Alan

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A mata espiritual - Mãe DorotheaCaboclo na mata 1980 - Dorothea

Trabalho na cachoeira 1981 - Mãe Dorothea No portal de Yemanjá – Mãe Dorothea

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Por: Douglas Fersan

Ser pai não é fácil. O pai assiste aflito à gestação, nutrindo mil expectativas sobre aquele filho que virá. Deposita sonhos e às vezes deixa até seus devaneios irem um tanto longe, projetando naquele filho os seus desejos não realizados. Finalmente vem a criança e é com prazer que o pai a carrega no colo. É com mais prazer ainda que a vê dando os seus primeiros passos. Muitas vezes o pai é mais inseguro que o filho, pois teme que o pequeno caia, se machuque, então coloca à tona o seu instinto super protetor e numa atitude até mesmo patética, fica amparando a criança em seus pequenos passos tortuosos. Mas o pai está ali, presente e incansável. A criança começa a crescer. O pai continua atento, seus olhos vigilantes observam as atitudes do filho, mas ele começa a dar certa liberdade à criança. Elogia quando o pequeno acerta e dá uns puxões de orelha e orienta quando percebe atitudes falhas. Mas nunca deixa de ser o pai zeloso e paciente, disposto a ensinar e amparar a sua prole. O pai não é perfeito – ninguém é. Algumas vezes ele erra, tropeça e cai, mas o filho já está bem grandinho e pronto para lhe estender a mão. O filho está crescendo, mas para o pai, coruja como só ele, ainda não percebe isso. Um dia o filho resolve trilhar seu próprio caminho. Geralmente isso pega o pai de surpresa, pois esse não imaginava que esse dia chegaria. Não imaginava que o filho sairia por aquela porta que sempre lhe esteve aberta, para construir a sua própria história. Mas essa caminhada é necessária para o filho e muitas vezes o pai não entende isso, tamanho é seu carinho. Por não entender sofre, mas não deixa de ser o pai carinhoso e prestimoso. Para o filho também é doloroso seguir seu caminho sozinho, mas ele aprendeu – e quem o ensinou foi o pai – que isso é necessário para o seu crescimento. O que o pai às vezes não percebe é que ele preparou tão bem o seu filho que esse se sente apto a seguir seu próprio caminho, repassando as valiosas lições que recebeu do pai zeloso. Sábio como é, um dia o pai seca as lágrimas e o filho, grato por tudo que recebeu, faz o mesmo e ambos se abraçam novamente, manifestando o carinho e o respeito que nunca deixou de existir. Assim também é na Umbanda. O pai-de-santo ou zelador prepara carinhosamente seus filhos. Pega verdadeiras pedras brutas e num trabalho paciente e exaustivo as lapida com esmero. Dia após dia ele vê, orgulhoso, os resultados do seu trabalho. Aquele filho-de-fé que antes apenas sentia a sutil vibração de seus orixás e entidades passa a incorporá-los com maior firmeza, risca seus pontos, aprende os fundamentos da sagrada Umbanda, faz suas obrigações, cresce moral e espiritualmente. O pai-de-santo vê seus filhos-de-fé crescerem espiritualmente como um pai biológico vê seu filho crescer na vida. Dia após dia, ano após ano aquele ser, outrora imaturo em sua espiritualidade, adquire novas dimensões e passa a ter novas possibilidades, inclusive a possibilidade de ajudar a lapidar outras pedras brutas, como ele foi um dia.

Chegado esse momento, o filho-de-fé abraça seu pai-de-santo e se despede com dor no coração, mas certo de ter que seguir seu caminho, de ter uma tarefa a cumprir. O pai-de-santo chora, às vezes se magoa, afinal ele é humano e tem esse direito. No entanto, sábio como é, o pai-de-santo sabe que preparou bem seu filho e que esse não medirá esforços para honrar seu nome e o nome da Umbanda, que os uniu em seu seio. O filho de fé crescerá, amadurecerá e trará outros

filhos para a Umbanda, para juntos formarem uma nação de paz, amor, respeito e fé.

Um dia certamente o filho passará em frente ao templo do seu pai-de-santo e encontrará as portas abertas. Talvez um pouco constrangido ele adentrará o templo, saudará o congá onde tantas vezes bateu a cabeça e, por fim, encontrará seu velho pai-de-santo, pronto para recebê-lo com um abraço amigo, pois sábio como é, compreendeu a missão do filho e juntos aumentaram o exército de Aruanda e honraram o sagrado nome da Umbanda. Essa é uma singela homenagem a todos os pais-de-santo que nunca se negam a passar conhecimento a seus filhos e, sábios como são, compreendem que a vida exige novos caminhos de cada ser que trabalha pela espiritualidade.

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Por: Nelson Junior

A palavra Hierarquia tem um significado, mas que é esquecido por muitos. E que basicamente

traz em si o significado de uma ordem por categoria, classe ou divisão, seja de função ou de linha de comando, onde, num sistema piramidal de cima para baixo, podemos achar a maioria das hierarquias que nos forem citadas.

Por que citar a hierarquia? A Hierarquização nos é apresentada desde Nosso Pai Criador, passando pelas suas

Divindades, e todas as Dimensões, Reinos e Realidades de Deus. Sabe-se que Um Caboclo de Ogum, Tem uma atuação a partir da linha de Ogum (Lei) e

mesmo sendo um caboclo, cuja linha em si, tem relação com Oxossi, é um caboclo que atua nos campos da Lei, e se ele tiver uma falange sob seu comando, ele terá toda uma hierarquia sob seu comando, e assim continua acima dele, pois ninguém está na Criação sem estar subordinado a algo, ou alguém e todos estão subordinados a Deus e aos Pais Orixás.

É um sistema que traz ordem, e simplesmente funciona sempre, seja na matéria ou no plano espiritual ou qualquer local. Ou não é verdade que o exercito disciplinado é uma hierarquia de trabalho humana que atua em defesa de um território?

Com isso compreendido vou direto ao que nos interessa, e pergunto por que é tão difícil para médiuns umbandistas aceitarem a hierarquia de seus templos, obedecendo assim os princípios de seus Pais?

Seria o ego por estar submetendo-se ao modo de agir e coordenar de outra pessoa? Porque não se pode simplesmente compreender que a experiência traz com o tempo a

responsabilidade e o cargo, mas que, para quem pouco sabe, tudo falta. Para suprir a ordem necessária num trabalho espiritual devemos respeitar a hierarquização

dentro de nossos terreiros, pois quem sabe menos deve aprender, e quem sabe mais deve ensinar, com o respeito de quem quer aprender.

Transformar a vida é necessário, e para isso o Umbandista deve ter a humildade de ouvir seu Dirigente, assim como o dirigente tem a humildade de ouvir Seus Guias e Seus Orixás, que estão acima dele coordenando os seus trabalhos.

O Médium é o Exemplo quando se conscientiza disso A Vida é o Caminho para auxiliar o semelhante A Evolução é o Objetivo para crescer e servir a Deus E tudo com a humildade de que sabe que nossos guias estão sujeitos as hierarquias também,

portanto, vergonha não é a humildade em ouvir e cumprir, mas sim vergonhosa é a imposição do ego sobre o que se desconhece. Por isso, aprenda a ouvir mais do que falar, pois sua audição tem duas orelhas e uma só boca, e isso tem um forte indicio de que é para ser bem utilizado como recurso.

E-mail: [email protected]

CURSO DE MAGIA

EM ITATIBA

Instituto Biosegredo Rua Carmo Palladino, nº 45 Telefone: 4524 - 8154 Início do curso: 19/04/2011 Horário 19:30 Falar com: Gilberto Munhoz Celular: 8884 - 6368

e-mail: [email protected]

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ULTIMA PÁGINA

TUDO MUDA SOBRE UMA BASE QUE NUNCA MUDA!

Por: Pablo Santa Clara de Aquino.

É um tanto curioso como a Umbanda pode ao mesmo tempo ser uma religião que agrega tantas linhas de trabalho e peculiaridades por cada região em que floresce e fixa-se.

Umbanda é Umbanda em qualquer lugar, mas a encontramos com sincretismos diferentes e formas de se trabalhar diferentes em cada região, estado, país, e mesmo assim não perde suas premissas básicas, e seus principais fundamentos.

Quando vim para Pernambuco (Recife) a trabalho, no começo do ano de 2010, eu e minha esposa tivemos a preocupação de continuar nosso desenvolvimento enquanto médiuns. Então começamos a procurar uma casa com a qual nos identificássemos e fossemos aceitos, e isso o astral tomou conta, nos encaminhando a casa a qual até hoje estamos, C.E.L.A. (Centro Espiritualista Luz de Aruanda), da Egrégora de Pery.

Logo no começo começamos a perceber as diferentes formas de se cantar, dançar, trabalhar etc..

Estas diferenças só vieram a agregar, já que a Umbanda tem esta força de expandir seus trabalhos sem perder sua originalidade e força.

É muito mágico como as entidades e guias espirituais se adaptam as diferentes linhas e trabalhos.

A linha da Jurema, por exemplo, a qual se trabalha na casa é composta por entidades diversas da própria linha (Jurema), e de outras linhas, quando entidades e guias plasmam-se com as peculiaridades e roupagens desta linha, ou seja, exus, caboclos, pretos velhos e tantos outros se adaptam de forma mágica ao trabalho de uma determinada linha ou outra, e vem em terra com esta nova aparência para fazer o trabalho determinado.

Mesmo com tantas diferenças de sotaques, trejeitos e culturas, a espiritualidade se modifica e se adapta a diferentes formas de trabalho mantendo-se contínua, e perpetuando assim esta linda Religião.

Aqui em Recife encontramos diferentes sincretismos para os Orixás, e diferentes datas de comemoração para os mesmos.

Em muitas casas Yemanja é sincretizada com Nossa Senhora da Conceição e Ogum com Santo Antônio.

Há algumas casas em que o toque é bem diferente do habitual, incluindo ritmos de maracatu e instrumentos diferenciados.

O famoso Cambone, nome dado à pessoa que auxilia a entidade ou guia, aqui se mantém apenas para os homens, e as mulheres são chamadas de Samba.

Pude perceber que algumas letras também são modificadas para entrar num contexto cultural daqui. Ouvi seu Zé do Coco cantar com entusiasmo e alegria:

“Chamaram-me de Baiano, eu não sou Baiano não”. “Eu sou é Pernambucano, Baiano é meu patrão.”

Há ainda a prática da Jurema, que é uma bebida considerada sagrada, onde se faz a ingestão deste vegetal (Acácia Jurema mart.), produzindo alterações na percepção.

É uma tradição "mágica" religiosa, uma tradição nordestina que se iniciou com o uso desta planta pelos indígenas da região norte e nordeste do Brasil, mas que, atualmente possui influências as mais variadas, e que vão desde a feitiçaria europeia até a pajelança, xamanismo indígena, passando pelas religiões africanas, pelo catolicismo popular, e até mesmo pelo esoterismo moderno, psicoterapia psicodélica e pelo cristianismo esotérico. No contexto do sincretismo brasileiro afro-ameríndio, a presença ou não da

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jurema como elemento sagrado do culto vem estabelecer a diferença principal entre as práticas de umbanda e do catimbó “(Wikipédia)”.

Ouvi expressões como Xangô, Xangô do Nordeste, Xangô de Pernambuco, Xangô do Recife ou Nação Nagô Egbá, para se referir ao Candomblé.

Acho tudo isso maravilhoso, pois a Umbanda é uma religião que não impõe para seus praticantes nenhuma condição ou exigência, e com muita humildade e labor, todas as entidades e almas trabalhadoras da Umbanda, se adaptam a diferentes formas e culturas, a diferentes visões e necessidades.

Acho que podemos também fazer nossos esforços para mudarmos intimamente nosso pensar e agir, pois será o mínimo que faremos para a Umbanda, já que “eles” fazem tanto por nós aqui. Sarava Umbanda!

E-mail: [email protected]

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VAMOS SARAVÁ PAI OGUM

Vamos Saravá Ogum!!!! A Tenda Espirita São Jerônimo convida a todospara participarem da festa de Nosso pai Ogum no dia 23/04/2011 Sábado de Aleluia, a partir das 19:30. Tragam espadas de São Jorge para serem consagradas. Roupa branca Mãe Dalva de Oxum - Yalorixá

Realização

Tenda Espírita São Jerônimo a mais de 50 anos aberta em prol da caridade.

3ª Av. A/E nº 07, s/nº. Núcleo Bandeirante (próximo ao colégio Origem).

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