jornal [in]formação 3ª. edição 2008

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Filipe Chicarino JORNAL LABORATÓRIO DO 3 O ANO DE JORNALISMO Ano 7 •• n. 38 ••• agosto de 2008 Faculdades Integradas Teresa DʼÁvila APREENSÃO DE CRACK AUMENTA NO VALE Quantidade de droga apreendida, em Cruzei- ro, por exemplo, cresce 600% em um ano. Nos cinco primeiros me- ses de 2008 foram rea- lizadas 36 prisões e lo- calizadas 5,5 quilos da droga. P.03 Entrevista exclusiva com o artista plástico conheci- do mundialmente, Cláudio Pastro que criou o painel de Santa Teresa • P.02 Olga Arantes participa do Livro de Todos, que foi lança- do na Bienal São Paulo P.05 Projeto de escola orienta para reciclagem de pilhas e bate- rias P.08 Do lixo sai a sobrevivência de famílias, em Lorena • P.08 Sérgio Weiss: o Vale também participou do surgimento da Bossa Nova • P.07 ÍNDICE PRÁTICO Gato Preto está em sua 4ª edição • P.04 Rádio Cultura realiza primeiro debate entre os candidatos a prefeito de Lorena • P.04 Exposição fotográfica na FATEA mostra a fé que move as pessoas • P.04 Terra Brasilis: livro lançado na Bienal por professor de Admi- nistração da FATEA • P.05 Campanhas eleitorais 2008: o que os candidatos podem e não podem fazer • P.06 Foto destaque: moradores de Guará convivem há 20 anos com esgoto a céu aberto • P.06 Jovens mães: cerca de 1,1 mi- lhão de adolescentes engravi- dam por ano no Brasil • P.07

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Jornal laboratório da Habilitação em Jornalismo do Curso de Comunicação Social, das Faculdades Integradas Teresa D'Ávila de Lorena, SP. Produzido pelos alunos do 3º ano.

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Page 1: Jornal [in]Formação 3ª. edição 2008

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JORNALLABORATÓRIODO 3O ANO DE JORNALISMO

Ano 7 •• n. 38 ••• agosto de 2008 Faculdades Integradas Teresa DʼÁvila

APREENSÃO DE CRACK AUMENTA NO VALE

Quantidade de droga apreendida, em Cruzei-ro, por exemplo, cresce 600% em um ano.Nos cinco primeiros me-ses de 2008 foram rea-lizadas 36 prisões e lo-calizadas 5,5 quilos da droga. • P.03

Entrevista exclusiva com o artista plástico conheci-do mundialmente, Cláudio Pastro que criou o painel de Santa Teresa • P.02

Olga Arantes participa do Livro de Todos, que foi lança-do na Bienal São Paulo • P.05

Projeto de escola orienta para reciclagem de pilhas e bate-rias • P.08

Do lixo sai a sobrevivência de famílias, em Lorena • P.08

Sérgio Weiss: o Vale também participou do surgimento da Bossa Nova • P.07

ÍNDICE PRÁTICO

Gato Preto está em sua 4ª edição • P.04

Rádio Cultura realiza primeiro debate entre os candidatos a prefeito de Lorena • P.04

Exposição fotográfi ca na FATEA mostra a fé que move as pessoas • P.04

Terra Brasilis: livro lançado na Bienal por professor de Admi-nistração da FATEA • P.05

Campanhas eleitorais 2008: o que os candidatos podem e não podem fazer • P.06

Foto destaque: moradores de Guará convivem há 20 anos com esgoto a céu aberto • P.06

Jovens mães: cerca de 1,1 mi-lhão de adolescentes engravi-dam por ano no Brasil • P.07

Page 2: Jornal [in]Formação 3ª. edição 2008

Entrevista

Editorial

Jornal Laboratório 3° ano de JornalismoFaculdades Integradas Teresa D’ Ávila – FATEA Ano VII – n° 38 - Agosto / 2008

Equipe de Alunos:Carlos Alberto, Eduardo Góis,Elaine Santos, Elisangela Cavalheiro, Endrigo de Oliveira, Estefânia Oliveira, Filipe Chicarino, Gabriel Fini,Gabriel Theodoro, Graziela Staut,Hugo Barbeta, Josafá Moraes,Josiane Bittencourt, Julio Oliveira, Karina Pontarolo, Lauren Moraes, Liliane Pimentel, Luana Corrêa,Lucas Caponto, Marcela Rocha,Maurício Moura, Maurício Rebouças,Meire Moreira, Melisa Lemes, Michelly Ribeiro, Natália Moreira, Oswaldo Corneti, Paulo Diniz, Paulo Henrique de Jesus, Pedro Hummel, Tamiris Correa, Vanessa Guimarães.

Faculdades Integradas Teresa D’ Ávila – FATEAAv. Peixoto de Castro, 539 – Vila Celeste • Lorena – SP – CEP: 12606-508 • Fone: (12) 2124-2888

ExPEDIEnTE

Este ano o artista plástico Cláu-dio Pastro completa 60 anos, 30 dedicados à arte do sagrado. Em seu currículo estão nada menos que 300 igrejas e capelas no Bra-sil e exterior, e entre elas, a Basí-lica Nacional de Aparecida. Seu trabalho reúne vitrais, pinturas, azulejos, altares, cruzes, vasos sagrados e esculturas. Seu nome é referência mundial quando o assunto é arte, erudição, e princi-palmente, ousadia.i: Como escolhe os elementos em seus trabalhos?Cláudio Pastro: Tanto a Liturgia como a Arte Sacra têm cânones a serem respeitados. Cada caso é um na escolha de materiais se-gundo estilos, pensamentos, des-de que os fundamentos, o objeti-vo da Arte Sacra seja respeitado.i: Qual considera o mais rele-vante?Pastro: Já fiz mais de trezentas igrejas e capelas no Brasil e ex-terior. Já fiz coisas boas e ruins. Nunca deixo de pesquisar indo às fontes, à raiz da Arte Sacra, cristã ou não, pois ela é universal na ex-pressão e independe da religião. Se tratando de grandiosidade e muito envolvimento, sem dúvi-da, a Basílica de Aparecidatem me ocupado mais.

i: Como você vê a receptividade de sua obra?Pastro: Muito bem recebida pe-los simples e intelectuais. Menos acolhida pelo clero brasileiro, hoje um tanto medíocre, carente de cultura e espiritualidade, fruto da pouca e baixa cultura brasilei-ra atual. No exterior sou muito bem recebido. Estou terminando uma igreja em Helfta, Alemanha e outra em Roma; e acabo de che-gar do Chile onde fiz mais uma igreja.i: Qual a maior dificuldade do artista brasileiro?

“A finalidade da arte sacra é permitir que o sagrado se manifeste ao homem”

Pastro: Ter um interlocutor à al-tura. A obra de arte não nasce da genialidade de um artista, mas do diálogo artista/mundo. Não vejo no atual Brasil um incen-tivo à cultura, um entusiasmo pelo belo e o bom. O Brasil está se fossilizando, em todas as áre-as, seduzido pelo imediatismo e globalização que não consideram cada pessoa como a “obra prima”. O brasileiro nega suas raízes, se é que as conhece. O poder público como o privado vive escravo do consumo e do próprio poder. Esse é justamente um mundo antagô-nico à arte que exige liberdade e

Direção Geral: Prof.ª Dr.ª Olga de Sá

Editoração: Prof.ª Ms. Bianca de Freitas

Projeto Gráfico: Agência Experimenta – Agência Integrada de Comunicação

Coordenação Geral e Edição: Prof.ª Ms. Bianca de Freitas (MTB: 28876)

A DroGA Do tEmpo

O crack, segundo pesquisas da área médica, é uma droga que causa efeito alucinógeno rápido, vicia rápido e conse-qüentemente mata rápido.

No atual contexto da socieda-de em que vivemos, a velocida-de das coisas parece ser a pre-missa básica da sobrevivência (basta olhar a velocidade como os fatos são noticiados, as de-cisões rápidas que governos e instituições tomam, etc...).

A rodovia Presidente Dutra, que liga os principais pólos eco-nômicos do nosso país, e que

corta grande parte da nossa re-gião também é uma rodovia rá-pida e que, segundo estatísticas da polícia rodoviária federal, tem se tornado um dos princi-pais corredores de transporte de crack, o que infelizmente acaba afetando a nossa região.

Talvez seja o momento de desacelerarmos um pouco, e começar a repensar certos valo-res, como a vida dos jovens, e evitar que o crack se torne um triste ícone do nosso tempo.

A sociedade que hoje critica e condena os jovens por esse tipo de comportamento, é a mesma que ontem os educou.

gratuidade com fundamentos.i:Quem contrata seus serviços respeita suas diretrizes?Pastro: Em geral quem me con-vida ao trabalho já me conhece e aprecia e sabe que sou expert na minha área. Procuro ouvir pri-meiro e depois fazer as minhas colocações. Agora, palpites e pe-dido de modificações não faltam, mas... A alma do artista, dizem, é muito sensível. Porém, devemos ter certeza do que queremos e fa-zemos e evitar futilidades. Aceito mudanças de pessoas que sei que estão à altura; do contrário, igno-ro.i: Considera sua arte de fácil leitura?Pastro: A grande diferença da arte nas expressões humanas é que sua linguagem não é racional. Não se faz a leitura com o cérebro ou só com a epiderme, mas com todo o ser –corpo, alma e espírito. A arte vai além de nossos conceitos e entendimentos, ela sublima o cor-riqueiro e nos dá uma dimensão superior. As pessoas fazem a leitu-ra quando dizem:- Ah! É isso que vale! É esse Ah! Depois, arte exige muita disciplina, atenção, obser-vação, meditação, contemplação... e não consumo. É preciso crescer em espírito e cultura. A arte nos eleva. Se não nos questiona e ape-nas nos deixa onde estamos não é arte, é outra coisa.

Oswaldo Corneti

Um dos trabalhos do artista é o painel de Santa Teresa D’Ávila

P. • >>>02 “Entre Aspas”

Meire Moreira

Page 3: Jornal [in]Formação 3ª. edição 2008

O metalúrgico M.P.T, co-meçou a usar drogas aos 27 anos, durante as

festas com os amigos. Iniciou com a maconha, depois veio a cocaína e o fundo do poço che-gou com o crack. Ele faz parte de uma estatística que só tem aumentado em Cruzeiro.

Segundo dados da DISE (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes), de ja-neiro a dezembro de 2007, fo-ram registradas 30 prisões em flagrante delito por tráfico de crack e apreendidas aproxima-damente 900 gramas da droga. Nos cinco primeiros meses de 2008, esse número já subiu para 36 prisões e aproximada-mente um quilo da droga apre-endida, sem contar na maior apreensão realizada na cidade no mês de junho, onde 4,5 kg de crack foram recolhidos na Vila Bionde.

Atualmente, mais de 50 % da população carcerária da ci-dade está presa por tráfico de drogas.

A dependência química é um problema de saúde pública, porém com todos os males que vêm por trás dela, principal-mente o tráfico, ela se transfor-ma em problema de segurança pública. “Para coibir as drogas, nós temos um sistema funcio-nando no mundo inteiro que basicamente envolve dois pi-lares: repressão e prevenção”, explicou o delegado da Policia Federal de Cruzeiro, Ronaldo Guilherme Campos.

De acordo com o delegado responsável pela DISE, Ale-xandre de Castro, a impunida-de se reflete no aumento das drogas. “A falta de repressão sobre os usuários faz com que a procura pela droga se mante-nha crescente. Antes o usuário era preso, hoje ele apenas re-cebe uma advertência verbal. Depois não querem que au-mentem as drogas”.

PrevençãoUma das instituições res-

ponsáveis pela prevenção é a Policia Militar. Hoje no Estado de São Paulo, a PM conta com o Proerd (Programa Educacio-nal de Resistência às Drogas), que adverte os alunos das es-colas da rede municipal, es-tadual e particular de ensino,

dos riscos e males dos vários tipos de entorpecentes. “Para dizer sim ou não a alguma coi-sa você tem que conhecer. É isso que o PROERD faz, mostra aos alunos o que são substan-cias entorpecentes, quais suas conseqüências e malefícios”, explicou o comandante da Po-licia Militar de Cruzeiro, Capi-tão Felipe Nery.

Usuário e CriminosoA dependência ao crack é ca-

paz de provocar atitudes inex-plicáveis, como a de Sérgio Rodrigues da Silva, conhecido em Cruzeiro como Maluqui-nho, que confessou o assas-sinato da estudante Fernanda Adriano dos Santos 17, morta com um tiro nas costas quan-do ia para a escola no bairro Parque Primavera. O crime te-ria sido encomendado e Malu-quinho recebeu 20 pedras de crack para cometer o crime.

Durante sua confissão, disse ao delegado responsável pela Delegacia de Investigações de Cruzeiro, Luis Henrique Mi-randa, que consumiu todas as pedras no mesmo dia. “Por ser uma droga extremamente viciante, o crack faz com que seus usuários façam qualquer tipo de coisa pra obtê-la, como mentir, roubar, furtar e até mesmo matar. Contudo, o de-pendente tem consciência de seus atos ilícitos”, explicou o psiquiatra que trabalha com dependentes químicos, Celso Carneiro.

As atitudes dos dependentes de crack também são expli-cadas pela Psicóloga Sandra Lúcia Almeida Cardoso. “O desejo e a compulsão intensa

sem controle fazem com que o usuário que possivelmen-te já perdeu o emprego e não tem como sustentar seu vício cometa atitudes que o levam à marginalidade e muitas vezes à prostituição”.

O viciado em crack é capaz de lesar e ludibriar quem quer que seja. “Eu cheguei ao ponto de roubar oito talões de cheque do meu emprego para comprar o crack. Em decorrência disso quase acabei na prisão. Foi ai que resolvi dar um basta nas drogas”, contou o adminis-trador de empresas L.S.P, que também está em recuperação numa clínica em Cruzeiro.

Os usuários consideram a experiência com o crack como um “beijo da morte”, já que por causa dela, eles não têm mais controle e gastam exa-cerbadamente todo o dinheiro que possuem. “Depois que re-cebi o beijo da morte, ganhava meu pagamento na sexta-feira e no sábado já não tinha mais dinheiro para comprar um re-frigerante. Minha grana ficava toda na biqueira (como é co-nhecido o ponto de venda de drogas). Eu consumia todas as pedras na mesma noite”, con-tou o metalúrgico M.P.T que há 4 anos consumia drogas.

TratamentoO tratamento em casas de

recuperação para dependentes químicos dura em média 6 me-ses. Na clinica de recuperação visitada pela reportagem, 60% dos internos são dependentes químicos e todos já tiveram experiência com o crack. Os outros 40% são dependentes de álcool.

Na clínica, o tratamento é dividido em três fases, de dois meses de duração cada. A pri-meira é aceitação e adaptação do processo de recuperação. A segunda é a restauração do dependente. A terceira, prepa-ra intensivamente o paciente para que ele possa voltar ao convívio dos familiares e da sociedade. “O objetivo é fazer com que o usuário possa aban-donar o vício, porém a parcela maior de eficácia do tratamen-to é a vontade e motivação do dependente”, explicou o res-ponsável pela clinica Roberto Carlos Hoenhe.

O crackO crack é uma mistura de

cloridrato de cocaína (cocaína em pó), bicabornato de sódio ou amônia e água destila-da, que resulta em pequenos grãos, mais conhecidos como pedras que podem ser fuma-dos em cachimbos improvi-sados ou não. Ele é em média 30% mais barato que a coca-ína, contudo, seu efeito dura menos tempo e é mais devas-tador, sendo assim, acaba sen-do usado em maiores quan-tidades, o que torna o vício muito caro, pois o consumo passa a ser maior.

A estimulação do crack é seis vezes mais potente que a cocaína e provoca dependên-cia física e leva à morte por sua ação fulminante sobre o sistema nervoso central e car-díaco.

Ele leva 15 segundos para chegar ao cérebro e já começa a produzir seus efeitos: for-te aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremor muscular e excitação acentuada, sensa-ções de aparente bem-estar, aumento da capacidade física e mental, indiferença à dor e ao cansaço. Mas, se os praze-res físicos e psíquicos chegam rápido com uma pedra de cra-ck, os sintomas da síndrome de abstinência também não demoram a chegar. Em 15 minutos, surge de novo a ne-cessidade de inalar a fumaça de outra pedra, caso contrá-rio, chegará inevitavelmente o desgaste físico, a prostração e a depressão profunda.

O individuo pode se tornar viciado em crack na primeira vez em que fizer uso do entor-pecente.

Em menos de um ano, a quantidade de crack apreendido em Cruzeiro subiu 600%

Pedras de crack apreendidas pela Polícia Militar

Enfoque 03>>> • P.

Filipe Chicarino

Crack: o beijo da morte

Page 4: Jornal [in]Formação 3ª. edição 2008

P. • >>>04 Educação

nA FAtEAD

Junho foi o mês de homena-gem ao nosso Mazzaropi. Con-tamos com a presença de José Carlos Sebe Bom Meihy que realizou a palestra “Mazzaropi entre dois Brasis”. O Cine Clube também fez sua parte colocan-do projeções de alguns fi lmes do artista.

A fl autista Celina Charlier apre-sentou seu recital de fl auta solo na FATEA e foi o maior sucesso. Seu repertório inclui músicas brasileiras e internacionais.

Nos dias 12,13 e 14 de agosto ocorreu a 24ª edição do FATE-ART que tem como objetivos: apresentar a produção artístico-cultural produzida pelo corpo discente nas linguagens: visual, cênica e musical e oferecer ati-vidades como palestras e ofi ci-nas.

A FATEA realizou em agosto a II Jornada Pedagógica. O obje-tivo foi despertar nos alunos a importância de realizar ações através dos conhecimentos. O evento contou com palestras, projeção e debate de fi lmes ofi -cinas, lançamentos de livros e uma exposição de Foto Geome-tria de Juraci de Faria.

Inscrições abertas para o 4º Gato Preto

A FATEA está promovendo a 4ª edição do Cinefest Lorena Prêmio Gato Preto, um festival de cinema amador. As inscri-ções estão abertas até o dia 1º de outubro. As categorias são: Animação, Mini-curta, Curta e Documentário. O tema é li-vre. “Nosso sonho é tornar Lo-rena um pólo reconhecido de cinema, uma cidade cinéfila (amiga do cinema)”, destaca a prof. Ms Olga Arantes, coor-denadora do evento.

Nos três anos, foram seleciona-dos cerca de cem trabalhos, da região e de vários estados do Bra-sil, para participar da mostra.

Nos dias 3, 10, 17 e 27 de

outubro acontece a Mostra Ci-nematográfica dos trabalhos inscritos no Festival. E, no dia 31, às 19h30, a cerimônia de premiação.

Os três primeiros coloca-dos, entre todas as categorias, recebem o Troféu Gato Preto

mais um prêmio em dinheiro. São R$ 800, para o 1º lugar; R$ 600 para o 2º colocado; e R$ 400 para o 3º lugar. O Prê-mio Júri Popular recebe o tro-féu mais o valor de R$ 200.

O regulamento e fi cha de ins-crição estão no site da FATEA: www.fatea.br/cinefest.

Gato Preto

O Gato Preto é realizado pelo Cineclube de Lorena, criado em 1964 e que semanalmente projeta e debate filmes, aberto a toda a comunidade.

O nome “Gato Preto” foi ins-pirado no café Chat Noir (gato preto), de Paris, onde aconte-ceu a primeira exibição públi-ca de filmes.

Da Redação

Até o dia 13 de setembro, acon-tece na FATEA, a exposição foto-gráfi ca "Imagens de uma Devo-ção", do fotojornalista João Rangel. Fruto de uma pesquisa desenvol-vida durante o curso de Mestrado na Universidade de São Paulo, as imagens revelam as semelhanças das manifestações de fé a Nossa Senhora da Conceição Apareci-da, padroeira do Brasil, e Nuestra Señora de Los Milagros de Caacu-pé, padroeira do Paraguai.

Nas imagens, o autor apresen-ta as devoções marianas nos dois paises latino-americanos, que tem seus povos distanciados pelo idio-ma, mas próximos pela fé e tradi-ções religiosas, características que marcam sua interação cultural.

“O objetivo é aproximar a co-munidade da realidade latino-americana, por meio de sua reli-giosidade e sua cultura”, afi rma o fotojornalista.

João Rangel Marcelo, 38 anos, é professor universitário. Já tra-balhou nos jornais O Estado de S.

Da Redação

Fotos revelam manifestação da fé latino-americana

Rádio Cultura de Lorena realiza primeiro debate

Os quatro candidatos à pre-feitura de Lorena participam no próximo dia 22 de setembro do primeiro debate promovido pela Rádio Cultura de Lorena.

O mediador do debate vai ser o jornalista e radialista Eriberto Carvalho, apresentador do Pro-grama Bom Dia Comunidade da emissora. O evento deve ter du-ração de duas horas. Nesse dia os candidatos vão responder às perguntas elaboradas pela emis-sora, por entidades representati-vas da cidade e pela população.

Neste ano os candidatos são: Aloísio Vieira (PDT), Fábio Mar-condes (PPS), Paulo César Neme (PTB) e Sargento Orlando (PTC). O debate começa às 20h ao vivo, nos estúdios da Rádio Cultura.

Da RedaçãoAlém do Debate, a Rádio Cul-

tura está preparando a melhor cobertura das eleições munici-pais da região, com a colabora-ção dos alunos de Comunicação Social da Fatea.

Paulo, Diário Popular, Valeparai-bano e 'Folha de S. Paulo.

Page 5: Jornal [in]Formação 3ª. edição 2008

Mariana Costa vencedora do prêmio

Adriana se prepara para a entrevista final

Educação 05>>> • P.

A aluna Mariana Costa, do curso de Publicidade e Propa-ganda, levou o prêmio na ca-tegoria mídia TV do Prêmio de Mídia Estadão com a monogra-fia “A re-invenção da TV” que consiste na abordagem no novo cenário de mídia na era da TV Digital. A premiação foi no dia 1° de julho.

O Prêmio é uma iniciativa do jornal O Estado de S.Paulo, em parceria com o Grupo de Mídia São Paulo. Tem o intuito de valo-rizar os trabalhos desempenha-dos pelo setor de comunicação, sobretudo dos profissionais de mídia das agências e dos anun-ciantes do grupo. O alunos ga-nham um estágio de três meses numa grande agência.

Para Mariana o prêmio teve suma importância para o início da carreira. “Foi uma emoção impar, poder representar a FA-TEA e os profissionais do Vale do Paraíba em um evento tão importante no cenário nacio-nal” conta Mariana.

A professora Lucimara Rett e o professor Matheus Nerosky,

que foi seu orientador. “Tenho certeza que sem a confiança e o esforço destas duas pessoas, nada disso teria acontecido”.

“A Mariana é resultado de que há qualidade da produção aca-dêmica no Curso de Publicida-de e Propaganda da FATEA” diz o professor e coordenador do curso Marcus Augusto.

“Mariana é um exemplo para os demais alunos, trabalhando a estima de todos e demons-trando que nada é impossível, basta crer e lutar por algo que se quer” afirma Marcus.

Além de ganhar o prêmio,o qual ela ainda não utilizou, Ma-riana recebeu outras propostas de estágios como na W Brasil.

Aluna de PP vence Prêmio de Mídia EstadãoVanessa Guimarães

Aluna de Jornalismo é finalista do Prêmio Banco Real

Pelo segundo ano consecutivo, o curso de Jornalismo da FATEA participa e vence o Prêmio Ban-co Real Jovem Jornalista, realiza-do durante a Semana Estado, de Jornalismo. Este ano, a represen-tante foi a aluna Adriana Maria Gonçalves Chiarádia, do 4º ano. A matéria desenvolvida, com o tema proposto pelo evento “Sus-tentabilidade empresarial com ênfase em Habitação”, foi uma das quatro selecionadas nessa etapa.

Seu texto será publicado pelo Jornal O Estado de São Paulo, no dia 23 de setembro. Além disso, ela vai ganhar um computador e concorrer, com outros 15 fina-listas, a uma bolsa de estudos na Faculdade de Comunicação de Navarra, na Espanha.

Sua matéria relata a iniciativa de moradores de um conjunto habitacional em Aparecida, que fizeram as instalações elétricas de todas as casas com a venda de latinhas de alumínio. “O profes-sor Maurílio Laua me deu a dica lá no evento. Eu cheguei aqui no Vale e fui atrás para saber. Colhi muita informação”, conta Adria-na.

Entre as instituições partici-pantes dessa etapa, estavam: ECA (USP), PUC-SP, Unitau, Uninove,

Unisantos, Unicsul, entre outras. Ao todo, são 48 faculdades de Jor-nalismo do Brasil.

Em 2007, na primeira partici-pação da FATEA no evento, no ano passado, o então aluno do 4º ano, Clayton Torres, também foi um dos classificados e teve seu texto publicado pelo jornal O Es-tado de São Paulo.

“Essas duas conquistas mos-tram que estamos formando alu-nos preparados para os desafios do mercado”, afirma a Coorde-nadora de Jornalismo, Bianca de Freitas.

O Prêmio BANCO REAL Jo-vem Jornalista é uma iniciativa do Banco ABN AMRO S/A, des-tinada a incentivar o estudo e o desenvolvimento das modernas técnicas de jornalismo entre os estudantes da área. É regido por regulamento fixado no local de realização de cada Semana Esta-do, de Jornalismo.

Paulo Diniz

Professora da FATEA participa da 20ª Bienal Internacional do Livro

A Prof. Ms da Fatea, Olga Aran-tes, participou da composição de um livro aberto para autores de todas as regiões do Brasil, e foi selecionada, participando da 20ª Bienal Internacional do Livro, no Anhembi em São Paulo. O Li-vro de Todos, como é chamado, foi escrito por 173 pessoas de vá-rios estados brasileiros por meio de um site.

A idéia inicial partiu do es-critor Moacyr Scliar, dono do primeiro capítulo, seguido dos outros 172 autores. Além dele, muitos jovens compuseram a história mostrando que a litera-tura ainda é bastante prestigiada entre a população. Com isso, o trabalho atingiu um dos princi-pais objetivos que era o de apro-ximar as pessoas da leitura e da escrita. O lançamento ocorreu

Michelly Ribeirono último dia 16.

A professora Olga conta que se empolgou ao ler a matéria no jornal e logo se inscreveu. De-pois de pronto, ela acredita no sucesso da obra. “Com certeza, o Livro de Todos escreveu uma importante página na história da cultura do nosso país”, afirma.

Artistas consagrados, como Mauricio de Souza, também in-tegrou a equipe da obra, com-pondo a capa do livro.

Saiba mais sobre esse trabalho no site www.livrodetodos.com.br.

Foi lançado oficialmente o li-vro Terra Brasilis na 20ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2008. O romance de au-toria de André Prado, Professor do curso de Administração da FATEA, aborda um cenário com questões ambientais relaciona-das com o futuro do planeta.

Professor lança livro na Bienal

A obra foi vencedora do I Prê-mio de Letras Brasileiras com premiação entregue na XIII Bie-nal Internacional do Rio de Ja-neiro pela Litteris Editora.

Dentro de algumas semanas o livro também deverá estar dis-ponível para compra no site e nas dependências da Livraria Saraiva e Siciliano, sendo co-mercializado ao preço de R$ 29,90.

Da Radação

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Olga no lançamento de seu livro

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Page 6: Jornal [in]Formação 3ª. edição 2008

CAmpAnhAs ELEitorAis 2008: o quE poDE E o quE não poDE

No primeiro turno das pró-ximas eleições municipais, em 5 de outubro, todas as ci-dades do “Vale Histórico” vão escolher seus novos prefeitos e vereadores. O segundo turno só é possível em lugares com mais de 200 mil eleitores – o que não é o caso de nenhuma cidade da Região.

Todo o processo de propa-ganda e votação tem regras claras da Justiça Eleitoral so-bre os direitos de candidatos e eleitores. Saiba o que é ou não permitido fazer.

não é permitido

Distribuir brindes, camisetas, • chaveiros ou outros bens que proporcionem vantagem ao eleitor;Showmícios, mesmo que os • artistas não cobrem cachê;Propaganda em postes, sinali-• zadores, viaduto, passarelas, pontes, paradas de ônibus, árvores, jardins, cinemas ou clubes;Propaganda em outdoor;• Distribuição de cesta básica, • inaugurações ou contratações pela Prefeitura;No dia da eleição: alto faltan-• tes, amplificadores, comício, carreata, boca-de-urna.

É permitido

Comícios: de 6 de julho a 2 • de outubro, das 8h às 24h;Faixas em vias públicas, • desde que não atrapalhem o trânsito;Propaganda impressa;• Sites com final “can.br”: de 6 • de julho a 3 de outubro;Debates: até 3 de outubro;• Horário gratuito no Rádio e • TV: de 19 de agosto a 2 de outubro;Propaganda paga na im-• prensa escrita: de 6 de julho a 3 de outubro;No dia da eleição: manifes-• tação pessoal e silenciosa em camisa, boné, broche e adesivos.

Denúncias

Quem perceber o não cum-primento de alguma regra, pode denunciar o caso ao Ministério Público Eleitoral, através do promotor da cidade, ou no car-tório eleitoral mais próximo.

Telefones de cartórios

Lorena: 3153 1425; Guaratinguetá: 48ª Zona: 3125 2967 ou 316ª Zona: 3125 4965; Cachoeira Paulista: 3101 2929; Cruzeiro: 3144 1580;Aparecida: 3105 6556.

Maurício Rebouças

Hoje em dia as pessoas falam muito sobre um país aí chama-do China, mas a verdade é que poucas sabem alguma coisa so-bre esse país. Certo, é um dos maiores territórios do mundo, possui mais de 1,3 bilhão de habitantes, sua capital é Pe-quim... Ah, e os jogos olímpicos aconteceram lá, mas como não ganhamos muitas medalhas de ouro, nem precisamos falar so-bre eles, não é mesmo?

A China de hoje é bem dife-rente de quando recebeu o nome de República Popular da China, depois da revolução de 1949, li-derada por Mao Tse Tung. Com o final do socialismo na maior parte do planeta, a China per-deu o apoio financeiro da URSS e teve de se abrir para o merca-do externo, o que acarretou no

que alguns chamam de socialis-mo de mercado.

É mais ou menos assim: a Chi-na tem um mercado capitalista, ou seja, tem empresas privadas, marcas de fora do país, essa coisa toda que faz o povo gas-tar dinheiro. Por outro lado, ela

O país de ouro

Essa é a situação com que os moradores do bairro Vila Bela, em Guaratinguetá (foto ao lado), são obrigados a conviver. Há mais de 20 anos, o bairro de aproximadamente 2 mil habitantes sofre com um esgoto a céu aberto. Ratos, moscas, mau-cheiro, lixo e perigo: situações com as quais até as crianças já se acostumaram. O córrego atravessa todo o bairro e, em um dos trechos, faz divisa com a escola estadual Elvira Maria Giannico.

Descaso ou esquecimento?

é governada pelo PCC (Partido Comunista Chinês, não aquele lá de São Paulo). Sendo assim, o país tem um mercado livre, mas uma sociedade não tão li-vre assim, onde o povo não tem liberdade de expressão, não há liberdade de imprensa etc.

Gabriel TheodoroTambém tem o conflito contra

o Tibet, que dura desde 1950, quando a China conseguiu par-te do controle. E ninguém sabe ao certo o motivo de quererem o país, mas especulam sobre extração de minerais e uma posição geográfica estratégica. Assustador, vindo de uma po-tência que declarou possuir ar-mamento nuclear e que é acusa-da de não respeitar alguns dos direitos humanos. Que Jackie Chan nos proteja!

E agora você deve estar pen-sando em como a China é um país horrível de se viver. Então só mais uma coisa para pensar-mos a respeito: A China é uma das maiores potências atual-mente, com o PIB crescendo cerca de 10% ao ano. O PIB bra-sileiro: 2% a 4% ao ano. Então, meu amigo, seria esse o preço da liberdade?

Olimpíadas 2008

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Page 7: Jornal [in]Formação 3ª. edição 2008

Meninas se tornaM Mães

A despeito de múltiplas op-ções de se prevenir a gravidez e doenças, as adolescentes de hoje engravidam mesmo tendo a seu favor muita informação e um verdadeiro arsenal de métodos contraceptivos.

Cerca de 1,1 milhão de adoles-centes engravidam por ano no Brasil e esse número continua crescendo. O índice de adoles-centes e jovens brasileiras grávi-das é hoje 2% maior do que na última década; as meninas de 10 a 20 anos respondem por 25% dos partos feitos no país, segun-do o Ministério da Saúde.

Nas maternidades brasileiras,

uma em cada quatro mulheres que dão à luz tem menos de 20 anos de idade.

Marcilene Rita de Araújo, de Cunha, tem apenas 14 anos. Mas quando engravidou, tinha 13. Sua filha, Maria Eduarda tem sete meses. Ela nunca tomou pílulas ou exigiu que o pai da criança usasse camisinha, mas sabia dos riscos da gravidez. Hoje, a menina não estuda mais. Saiu da escola no terceiro mês de gestação.

Ela diz que ficou contente quando soube que estava grávi-da, mas que, seu ex- namorado, não gostou da novidade. “Ele fa-lava que queria ver a Maria Edu-arda morta no caixão e eu junto.

Batia em mim, me xingava à toa, me traía.” O namoro durou até o sétimo mês da gravidez.

A assistente social Andréia Miranda, de Aparecida, diz que o adolescente vive um desafio, que não acredita nas orientações dos pais e que isso pode acon-tecer com ele. “Falar de métodos contraceptivos não basta, eles desacreditam do fato, acham que acontece com a coleguinha,

Natália Moreira

mas nunca com eles.”Para ela a forma de abordagem

de campanhas sobre camisinha e métodos contraceptivos não atinge os jovens. “A palavra-chave para se abordar esse tema é compreensão. Sexuali-dade é um tabu, por isso de-vem ser criados vínculos com esses adolescentes, para que eles possam se abrir e falar o que pensam a respeito.”

Vale também comemora os 50 anos da Bossa nova

O Vale do Paraíba também comemora o cinqüentenário da Bossa Nova. Muitos dos seus músicos fizeram parte do sur-gimento deste gênero musical e, ainda hoje, esse som marcante e tranquilo faz parte do repertório das noites na região.

São muitos os músicos do Vale do Paraíba que aderiram ao novo ritmo musical inaugurado pela bossa nova. Entres estes, destacaram-se o pianista Aloísio Pontes e o maestro Sérgio Weiss, ambos de São José dos Campos. Este último era integrante do Biriba Boys, grupo surgido em 1952, que marcou história com grande número de fãs e uma mu-sicalidade atraente à sociedade joseense.

A região valeparaibana estava integrada ao novo movimen-to musical. O maestro Sérgio Weiss testemunha: “Uma vez falaram para eu deixar um rapaz cantar em um baile. Ele cantou direitinho, elogiei e perguntei seu nome. Ele respondeu: “Jair Rodrigues”. Outra vez, a mesma coisa aconteceu em Guará com um violonista que tocou no in-

tervalo da nossa apresentação. Ninguém ‘deu bola’ para o ra-paz, mas achei ele muito bom e perguntei seu nome: “Baden Pa-wel”. Hoje acho engraçado estes encontros que tive na vida”.

A Rádio Aparecida no auge do sucesso, em 1960, abriu as portas à novidade musical que a Bossa Nova inaugurava. Segun-do o atual diretor, Pe. Inácio de Medeiros, “a Rádio Aparecida entendia a necessidade de uma nova linguagem musical, que era expressão de uma leitura social diferenciada – o mundo urbano era de fato o novo mun-do”.Herdeiros

Para o maestro Altair Lobato, professor de música em Apa-

recida, “a verdadeira música brasileira é a bossa nova porque retrata nossa realidade. É o que temos de melhor para mostrar”. Já Tereza Barretos, da dupla Levi e Tereza, cantores da noi-te, afirma que “a bossa nova é música boa e imortal. Feita em apartamento, tem tom suave, que acalanta e acalma”.

Ivonete Angélico, vocalista da Banda Madame Café e aluna do 4° ano de jornalismo da FATEA, afirma que “é comum aos jo-vens solicitar canções do reper-tório clássico da Bossa Nova, o que denota um apreço pela mu-sicalidade genuinamente brasi-leira”. Os inúmeros grupos mu-sicais da região valeparaibana, por mais que se categorizem em

Josafá de Jesus Moraes

gêneros musicais específicos, tocam também o ritmo suave da Bossa, o que agrada o público e manifesta a sutileza de quem de fato entende de música.

No fim do ano passado o espetáculo musical “Vou te contar...50 anos da bossa nova” abriu de forma categórica e não oficial a temporada de come-morações, aqui no Vale, do cin-qüentenário da bossa. Agora, suave e marcante, como é pró-prio do seu ritmo, a bossa nova segue sua digna comemoração na voz de cada cantor, no des-frute de suas melodias envol-ventes a todas as pessoas.

Tom Jobim Vinicius de Moraes

Sérgio Weiss

Comportamento 07>>> • P.

Marcilene, 14 anos: vida transformada com a gravidez

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Page 8: Jornal [in]Formação 3ª. edição 2008

Há dois anos, famílias retiram sustento do lixo

Depois de muita luta, esforço e três anos sem emprego, a cata-dora de material reciclável, Ma-ria de Fátima da Silva Lima, 41 anos, mãe solteira de quatro fi-lhos, conseguiu realizar alguns desejos de consumo, como com-prar móveis e eletrodomésticos. Isso só foi possível graças ao trabalho que ela está realizando no Recicras, um projeto de re-ciclagem de lixo, que tem como objetivo gerar renda às famílias em situação de vulnerabilidade social. Por meio dele, cerca de 40 famílias são atendidas em Lorena, colaborando ainda com o meio ambiente e para a limpe-za da cidade.

“Hoje coletamos aproxima-damente 40 toneladas de ma-

teriais por mês. São mais de R$ 18 mil em média que iriam di-reto para o lixão, poluir o meio ambiente, mas que agora geram renda e alimentam mais de 200 pessoas”, afirma a coordenado-ra da segunda unidade do Cras

(Centro de Referência de As-sistência Social), Elaine Lopes de Oliveira.

A entidade, localizada no Bairro Santo Antônio em Lore-na, é a responsável pelo projeto, que funciona há dois anos.

Eduardo GoisNo início das atividades em

2006, a produção era menor que 20 toneladas por mês o que caracteriza um aumento de mais de 100% em produção e atendi-mento às famílias.

A principal proposta do pro-jeto, além de colaborar com os meios sustentáveis, é proporcio-nar uma condição de trabalho digna para as famílias que estão envolvidas. Todos os participan-tes do projeto recebem suporte social e psicológico do Cras.

Hoje, cerca de 20 cooperados estão ligados diretamente com a cooperativa e conseguem atingir uma renda em torno de R$ 400 por mês.

O contato para doar mate-riais recicláveis para o Reci-cras é: (12) 3152-3304.

tipo de lixo contamina o solo, os lençóis freáticos, e conseqüen-temente a saúde do ser huma-no”, explica o professor Marcelo Schubert, coordenador do curso de Eletromecânica, um dos orga-nizadores da pesquisa.

Segundo Schubert, a mesma dica vale para baterias de celu-lares, filmadoras ou qualquer aparelho que possua uma bate-ria interna.

O projeto tem investido em cai-xas para os pontos de coleta, fai-xas, divulgação e camisetas. Até agora, quem custeia é a própria escola. A prefeitura disponibiliza o transporte para as palestras de conscientização.

O lixo tecnológico depois de recolhido é encaminhado para uma indústria química.

Conheça os pontos de coleta próximos da região acessando o site: www.eteabs.com.br.

Melisa Lemes

Escola cria projeto para reciclar pilhas e baterias

Guará é sede da 1ª Casa Ambiente e Saúde do Vale

Guaratinguetá agora é sede da primeira Casa Ambiente e Saú-de de todo o Vale do Paraíba, desde junho. São sete salas, mu-nidas de materiais e instrutores habilitados, que dão orienta-ções práticas para os visitantes, visando à prevenção.

A biblioteca é composta por livros sobre saúde e meio am-biente; a sala de fauna e flora tem espécies empalhadas de animais existentes ou em ex-tinção; a do consumidor é vol-tada para a instrução de como consumir e guardar produtos para o bem da saúde; na sala de pragas urbanas e animais peçonhentos, traz conhecimen-tos sobre os animais que apre-sentam riscos ao ser humano; a

sala de microscopia tem uma aparelhagem capaz de identifi-car organismos invisíveis a olho nu, que podem causar doenças; a sala de imunização é reserva-da para o estudo de vacinas.

“Espero que as pessoas visi-tem a Casa de forma participati-va, para colaborarem com uma sociedade mais consciente em relação às questões ambientais do nosso planeta”, afirma a se-cretária de Saúde de Guaratin-guetá, Nádia Meireles.

A Casa Ambiente e Saúde, como é chamada, também re-cebe alunos de escolas públicas ou privadas que queiram fazer estágio nas áreas ambiental e de serviços de saúde. Está aber-ta para visitação de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h e a en-trada é franca.

Para onde vão as pilhas e ba-terias usadas quando jogadas no lixo? Foi a partir dessa pergunta que surgiu o projeto “Lixo Tecno-lógico”, que tem como principal objetivo à conscientização da so-ciedade para ajudar a resolver o problema das substâncias quími-cas que as pilhas e baterias lan-çam no meio ambiente.

Trata-se de uma iniciativa dos cursos de Eletromecânica e Se-gurança do Trabalho do Centro Estadual de Educação Tecnoló-gica Paula Souza e ETEC - Pro-fessor Alfredo de Barros Santos, em Guaratinguetá.

Os alunos que participam des-se projeto fazem palestras para informar que as pilhas e bate-rias são altamente prejudiciais porque contêm metais pesados como o chumbo, cádmio, zinco e mercúrio em níveis que podem causar sérios problemas para o organismo.

O chumbo causa anemia, o cá-dmio provoca disfunções renais e problemas pulmonares, o zin-co ataca os pulmões e o mercú-rio afeta o estômago, os rins e o cérebro.

“Durante a pesquisa, fica-mos surpresos ao descobrir que poucas pessoas sabem que esse

Michelly Ribeiro

Sala de pragas e animais peçonhentos da Casa Ambiente e Saúde de Guará

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Sérgio e Israel, os primeiros participantes do projeto

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