jornal imt 9 2013

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HOLISMO, TERAPIAS ENERGÉTICAS E ESPIRITUALIDADE MedicinaTradicional Cefaleias pág. 6 Micro Ondas Macro Riscos pág. 3 Yamas e Niyamas pág. 4 Indian Head Massage pág. 11 REFLEXÕES SOBRE A ESPÉCIE HUMANA VIS MEDICATRIX NATURAE Maio-Junho 2013 • Número 9 Distribuição Gratuita www.imt.pt Orgão de comunicação do IMT - Instituto de Medicina Tradicional Um facto incontestável é o Homem ter uma capacidade de raciocínio diferente da das outras espécies pág. 8 A noção de Holismo tem sido gradualmente integrada no quotidiano da sociedade... pág. 13

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jornal imt 2013

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  • HOLISMO,

    TERAPIAS ENERGTICAS

    E ESPIRITUALIDADE

    MedicinaTradicional

    Cefaleiaspg. 6

    Micro Ondas Macro Riscospg. 3

    Yamas e Niyamaspg. 4

    Indian Head Massage pg. 11

    REFLEXES SOBRE A ESPCIE HUMANA

    V I S M E D I C A T R I X N A T U R A E

    Maio-Junho 2013

    Nmero 9Distribuio Gratuita

    www.imt.pt

    Orgo de comunicao do IMT - Instituto de Medicina Tradicional

    Um facto incontestvel o Homem ter uma capacidade de raciocnio diferente da das outras espciespg. 8

    A noo de Holismo tem sido gradualmente integrada no quotidiano da sociedade...pg. 13

  • Ao aproximar-se o final de mais um ano lectivo, ain-

    da que, nesta altura, no meio de frequncias, tra-

    balhos, avaliaes, surge j, como uma miragem,

    entre as pginas de um manual, e mais uma per-

    gunta respondida, a alegre promessa de um merecido descanso

    ao sol, a proposta de uma comemorao aguardada.

    As comunidades fundam os seus alicerces em rituais, em mo-

    mentos de pausa, que precisamos de marcar na nossa mem-

    ria. Temos necessidade de congelar trechos de felicidade, para

    que mais tarde, apelando a esses instantes, eles nos devolvam

    o sentido e a validade do percurso que fomos escolhendo.

    A celebrao desde sempre fez parte da vida social de qual-

    quer povo. Contudo a Sociedade tem-nos absorvido nas ca-

    sualidades da vida quotidiana, fazendo-nos frequentemente

    esquecer que celebrar, tanto quanto trabalhar, uma obriga-

    o diria. Celebrar cada pequena vitria nas nossas vidas

    atribuladas, alm de gratificante, permite-nos manter presente

    o valor de cada etapa alcanada ainda que aparentemente

    pequena na delineao do nosso sentido de vida.

    Os rituais de celebrao mostram-se to mais importantes,

    quanto validam a nossa passagem pela Terra, firmando e for-

    talecendo-nos os passos que temos ainda de dar no encalce

    daquilo a que chamamos a felicidade pessoal.

    Neste final de ano lectivo, no IMT temos tambm suficientes

    motivos para celebrar. Foi um ano pleno de actividade, de no-

    vidades, de crescimento e de expanso. A delegao de Braga

    floresceu, fundmos uma Federao Nacional de Escolas, para

    salvaguarda dos interesses de todos face regulamentao,

    abrimos a delegao de Leiria, participamos em eventos e

    reunies c dentro e tambm no estrangeiro, demos grandes

    passos em prol da consolidao e da acreditao da formao

    que ministramos, lanmos o GAP para apoio e orientao dos

    nossos alunos, e muito mais. A vida escolar ganha assim cada

    vez mais consistncia e com o findar de mais um ano lectivo,

    emerge a satisfao de sabermos que caminhmos juntos em

    direco ao progresso, numa fase to importante do vosso per-

    curso.

    Deixo-vos aqui os meus sinceros votos de brilhantes sucessos

    e umas frias tranquilas, gratificantes e recuperadoras.

    D I R E T O R

    Mrio Rodrigues

    E D I T O R A

    Michele P

    D E S I G N

    Daniel Abreu

    I M P R E S S O

    Tipografia Rpida de Setbal, Lda.

    Travessa Jorge DAquino

    n. 2 2. - 2900-427 Setbal

    265 539 690 | [email protected]

    I S S N 2182-8520

    R E D A T O R E S

    Mrio Rodrigues, Michele P, Ana Paula Car-

    neiro, Luis Lavado, Luis Teodoro Marques, San-

    dra Sofia Santos, Tiago Gonalves Cabeleira,

    Brbara Couto, Fnia Gomes, Vtor Rodrigues,

    Ricardo Pereira, Marina Pinheiro, Helena An-

    drade, Susana Cruz

    B I M E S T R A L

    T I R A G E M

    2500 Exemplares

    C O N T A C T O

    P U B L I C I D A D E

    [email protected]

    938695528

    02 C R D I T O SEditorial

    Ficha tcica

    04 A R T I G OYamas e Niyamas

    06 A R T I G OCefaleias

    08 C A P AReflexes Sobre

    a Espcie Humana

    10 D E L E G A E S O IMT Vai Escola

    12 A R T I G O SA Energia

    Digerir no Ayurveda

    14 P L A N T A SAyurvdica

    Naturoptica

    Chinesa

    03 A R T I G OMicro Ondas

    Macro Riscos

    05 G A PUma porta aberta

    a novos projectos

    07 A R T I G OCefaleias

    09 C A P AReflexes Sobre

    a Espcie Humana

    11 D E L E G A E S Queima das Fitas Porto

    Dia Aberto em Leria

    Indian Head Massage Braga

    13 A R T I G O SHolismo, Terapias Energticas

    e Espiritualidade

    Homeopatia e as Rinites

    15 P A S S A T E M P O SSopa de Letras

    Diferenas

    Sumrio Editorial

    Mrio Rodrigues - Diretor Geral do IMT

    Ficha Tcnica

    2Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9

  • Artigo

    Micro OndasMacro RiscosMichele P, ADG do IMT e Terapeuta Clnica Panchakarma

    Os naturais mecanismos de reparao so suprimidos e as

    clulas so foradas a adaptar um estado de emergncia

    de energia - elas mudam de uma respirao aerbica para

    anaerbica. Em vez de gua e dixido de carbono, as c-

    lulas envenenadas produzem perxido de hidrognio e monxido de

    carbono

    As mesmas deformaes violentas ocorrem nos nossos corpos, quan-

    do somos expostos diretamente aos radares ou micro-ondas, tambm

    ocorrem nas molculas dos alimentos cozidos em micro-ondas. Esta

    radiao provoca a destruio e a deformao das molculas dos ali-

    mentos. Usando o micro-ondas tambm se criam novos compostos

    chamados compostos radiolticos, os quais so fuses desconhecidas

    no encontradas na natureza. Os compostos radioliticos so criados

    pela decomposio molecular - decadncia - como um resultado direto

    da radiao.

    Carcingenos nos alimentos feitos com micro-ondasNo livro do Dr. Lita Lee, Efeitos na Sade das Radiaes de Micro

    -ondas - Os Fornos a Micro-ondas, e nas edies de maro e setem-

    bro/1991 da revista Earthletter, ela declara que todos os micro-on-

    das libertam radiao electromagntica, que nociva para os alimentos

    e transforma as substncias nele preparadas em perigosos organismos

    txicos e produtos carcinognicos.

    Concluses sobre a pesquisa das micro-ondasA seguir esto as mais significantes pesquisas Alems e Russas sobre a

    capacidade de aco referente aos efeitos biolgicos das micro-ondas:

    A pesquisa inicial conduzida pelos alemes durante a campanha mili-

    tar de Barbarossa, para a Humbolt-Universitat em Berlim (1942-43); e

    De 1957 at hoje (at o fim da guerra fria) as operaes de pesquisas

    Russas foram conduzidas por: Instituto de rdio tecnologia em Kinsk,

    regio autnoma da Bielorussia; e no Instituto de rdio tecnologia em

    Rajasthan na regio autnoma de Rossiskaja, ambos na Unio das Re-

    pblicas Socialistas Soviticas.

    Em muitos casos, os alimentos usados para a anlise da pesquisa fo-

    ram expostos propagao de micro-ondas num potencial energtico

    de 100 kilowatts/cm3/seg., o ponto considerado aceitvel para uma

    normal, sanitria ingesto. Os efeitos verificados pelos pesquisadores

    Russos e Alemes so apresentados em trs categorias:

    Categoria I - Efeitos que causam o Cancro

    Categoria II - Destruio Nutritiva dos Alimentos

    Categoria III- Efeitos Biolgicos da Exposio

    Categoria IEfeitos que causam o cancro

    (Os primeiros dois pontos da categoria I so ilegveis nas cpias dos

    nossos relatrios. O restante do relatrio integro.)

    3 Criao de um efeito ligado com a radioatividade na atmosfera, assim

    pode causar um significante aumento no total de saturao das partcu-

    las Alfa e Beta dos alimentos.

    4 Criao de agentes causadores do cancro nos componentes das pro-

    tenas hidrolisadas, no leite e gros de cereais (estas so protenas na-

    turais que so divididas em fragmentos artificiais pela adio de gua);

    5 Alterao das elementares substncias alimentares provocando de-

    sordens no sistema digestivo pelo instvel catabolismo dos alimentos

    expostos s micro-ondas (o colapso do processo metablico);

    6 Devido as alteraes qumicas dentro das substncias dos alimentos,

    disfunes foram observadas dentro do sistema linftico (vasos absor-

    ventes) causando a degenerao do potencial de imunizao do corpo

    para proteger contra certas formas de neoplasias (crescimento anormal

    dos tecidos);

    7 A ingesto de alimentos preparados em micro-ondas causou um au-

    mento no percentual de clulas cancergenas dentro do soro do sangue

    (citomas - clulas tumorais tais como sarcoma);

    8 Emisses de micro-ondas causaram alteraes no comportamento

    metablico (colapso metablico) dos elementos da glucoside (dextrose

    hidrolizada) e galactoside (lcool oxidado) nas frutas congeladas quan-

    do foram descongeladas desta maneira.

    9 A emisso de micro-ondas causou alteraes do comportamento cata-

    blico (colapso do metabolismo) dos alcalides das plantas (elementos

    base do nitrognio orgnico) quando verduras, cozidas ou cruas foram

    expostas a estas, mesmo que por uma durao extremamente curta.

    10 Radicais livres causadores do cancro (molculas incompletas alta-

    mente reativas) foram formadas dentro de alguns resduos minerais de

    formaes moleculares, e em particular, razes vegetais cruas; e,

    11 Estatisticamente num elevado percentual de pessoas, os alimentos

    feitos com o uso de micro-ondas causaram o desenvolvimento de can-

    cro no estmago e nos intestinos, bem como uma degenerao genera-

    lizada dos tecidos celulares perifricos, com um gradual colapso dos

    sistemas digestivo e excretor.

    Categoria IIDiminuio do valor nutritivo dos alimentos

    A exposio s micro-ondas provocou significantes diminuies no va-

    lor nutritivo de todos os alimentos pesquisados. A seguir esto as mais

    importantes descobertas:

    1 Uma diminuio na bio-disponibilidade (capacidade do corpo para

    utilizar os nutrientes) das vitaminas do complexo B, vitamina C, vita-

    mina E, minerais essenciais e liotrpicos em todos os alimentos;

    2 Uma perda de 60 a 90 % do contedo do campo de energia vital em

    todos os alimentos testados;

    3 Uma reduo no comportamento metablico e na capacidade do pro-

    cesso de integrao dos alcalides (elementos bsicos do nitrognio

    organico), glucoses, galactoses e nitrilosidos;

    4 Uma destruio do valor nutritivo das ncleo-protenas das carnes;

    5 Uma acentuada acelerao da desintegrao estrutural em todos os

    alimentos.

    Categoria IIIEfeitos biolgicos da exposio

    A exposio s emisses de micro-ondas tambm teve um efeito nega-

    tivo imprevisvel no total bem-estar biolgico humano. Isto foi desco-

    berto quando os Russos o experimentaram com equipamentos altamen-

    te sofisticados e descobriram que um ser humano no precisa ingerir

    as substncias preparadas com micro-ondas: aquela regular exposio

    aos campos energticos era suficiente para causar efeitos to adversos

    que o uso de qualquer aparelho de micro-ondas, que foi proibido em

    1976, por lei, na Unio Sovitica.

    Os seguintes efeitos so enumerados:

    1 Colapso do campo de energia vital humana naqueles que foram

    expostos s radiaes dos fornos a micro-ondas enquanto funcionavam,

    com efeitos colaterais ao campo de energia humano aumentados pela

    longa durao.

    2 Uma degenerao dos paralelos da voltagem celular durante o pro-

    cesso de uso do aparelho, especialmente no sangue e reas linfticas;

    3 Uma degenerao e a desestabilizao dos potenciais externos de

    energia ativada da utilizao dos alimentos dentro dos processos do

    metabolismo humano;

    4 Uma degenerao e a desestabilizao do potencial da membrana

    celular enquanto o processo de transferncia catablica (colapso meta-

    blico) no soro do sangue do processo digestivo.

    5 Degenerao e colapso dos impulsos eltricos nervosos dentro dos

    potenciais de juno do crebro (a poro frontal do crebro onde resi-

    de o pensamento e funes essenciais);

    6 Degenerao e colapso do circuito eltrico nervoso e perda dos cam-

    pos de energia simtrica nos neuroplexuses (centros do nervo) ambos

    na frente e fundos do sistema nervoso autnomo;

    7 Perda de equilbrio e rotao da fora bioeltrica dentro do sistema

    ativado de ascendncia reticular. (o sistema que controla a funo da

    conscincia);

    8 Uma perda cumulativa a longo prazo de energia vital nos setes hu-

    manos, animais e plantas foram verificados num raio de 500 metros do

    equipamento operacional;

    9 Efeitos residuais de longa durao dos depsitos magnticos foram

    localizados por todo o sistema nervoso e sistema linftico.

    10 Uma desestabilizao e interrupo na produo das hormonas e na

    manuteno do equilbrio hormonal em machos e fmeas;

    11 Nveis notavelmente altos de distrbios nas ondas cerebrais alfa,

    teta e padres do sinal de onda delta de pessoas expostas aos campos

    de emisso de micro-ondas, e;

    12 - Por causa destes distrbios das ondas cerebrais, os efeitos psicol-

    gicos negativos foram verificados incluindo a perda da memria, perda

    da capacidade de concentrao e diminuio do limiar emocional, de-

    sacelerao do processo intelectivo, e episdios de interrupo do sono

    numa percentagem estatisticamente elevada em indivduos sujeitos

    exposio contnua aos efeitos dos campos de emisso dos aparelhos

    de micro-ondas, tanto em aparelhos para cozinhar que em estaes de

    transmisses.

    Concluses das pesquisas legaisDas vinte e oito indicaes enumeradas precedentemente, o uso dos

    aparelhos a micro-ondas definitivamente desaconselhvel; e, com a

    deciso das autoridades soviticas em 1976, a presente opinio cien-

    tfica em muitos pases referente ao uso de tais aparelhos claramente

    evidente. Devido ao problema do residual magntico e unio dentro do

    sistema biolgico do corpo (categoria III : 9), que pode por fim afetar o

    sistema neurolgico, principalmente o crebro e neuroplexuses (centro

    do nervo), a longo prazo pode resultar a despolarizao dos circuitos

    neuro-eltricos.

    Dado que estes efeitos podem causar danos praticamente irrevers-

    veis na integridade neuro-eltrica de vrios componentes do sistema

    nervoso (I.R. Luria, Novosibirsk 1975a), a ingesto dos alimentos

    preparados em micro-ondas claramente contraindicada em todos os

    aspectos. O seus efeitos magnticos residuais podem transformar os

    componentes do receptor psico-neural do crebro mais suscetvel a

    uma influncia psicolgica pelas frequncias de radio artificiais indu-

    zidas nas micro-ondas dos campos das estaes de transmisso e de

    co-ligamentos das redes de televiso.

    A terica possibilidade da influncia psico-telemtrica (a capacidade

    de afetar o comportamento humano pelas transmisses de sinais de

    rdio e frequncias controladas) foi sugerido pelas investigaes neu-

    ro-psicolgicas soviticas em Uralyera e Novosibirsk (Luria e Perov,

    1974a, 1975c, 1976a) a qual pode causar a conformao involuntria

    do campo de energia psicolgico subliminal de acordo com o aparelho

    operativo de micro-ondas.

    Baseado nesta pesquisa, podemos concluir este artigo com o seguinte:

    1 - Continuar a comer alimentos processados em micro-ondas causa

    a longo prazo danos cerebrais permanentes pelo curto-circuito dos

    impulsos eltricos no crebro (despolarizao ou desmagnetizao do

    tecido cerebral).

    2 - O corpo humano no pode metabolizar (decompor) os produtos des-

    conhecidos criados nos alimentos feitos com as micro-ondas.

    3 - A produo dos hormonas masculinos e femininos diminui e/ou

    altera pela contnua ingesto de alimentos cozidos com micro-ondas.

    4 - Os efeitos dos alimentos tratados com micro-ondas so residuais (a

    longo prazo ou permanente) dentro do corpo humano.

    5 - Os minerais, vitaminas e nutrientes de todo alimento feito com

    micro-ondas so reduzidos ou alterados de modo que no corpo humano

    fica pouco ou nenhum benefcio, ou o corpo humano absorve compo-

    nentes alterados que no pode decompor.

    6 - Os minerais presentes nas verduras so alterados em cancerosos

    radicais livres quando cozidos em micro-ondas.

    7 - Alimentos feitos com micro-ondas causam o desenvolvimento de

    formas cancerosas no estmago e intestinos (tumores). Isto pode expli-

    car o rpido aumento da taxa de cancro do coln, nos E.U.A.

    8 - A ingesto prolongada de alimentos tratados com micro-ondas cau-

    sa o aumento das clulas cancergenas no sangue humano.

    9 - A contnua ingesto de alimentos tratados com micro-ondas causa

    uma deficincia do sistema imunitrio atravs das glndulas linfticas

    e alteraes do soro sanguneo.

    10 - Comer alimentos preparados com uso de micro-ondas, causa a

    perda da memria, perda da concentrao, instabilidade emocional e

    uma diminuio da inteligncia. O uso de transmisses artificiais de

    micro-ondas para um controle psicolgico subliminal. Tambm conhe-

    cido como lavagem cerebral, foi tambm provado. Estamos tentando

    obter cpias dos documentos das pesquisas Russas de 1970 e os resul-

    tados escritos pelos Drs. Luria e Perov especificando as suas experin-

    cias clnicas nesta rea.

    Para ler o artigo completo www.mercola.com/article/microwave/hazards.htm

    Continuao do jornal anterior

    3 Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9

  • Yamas e Niyamas Dois dos Oito Ramos do Yoga

    Artigo

    Helena Andrade, terapeuta Clnica Panchakarma

    A prtica do Yoga nem sempre se resume s posturas

    fsicas, ou asanas. Existe um caminho a suportar a

    prtica, que podemos chamar de posturas na vida

    os oito ramos do Yoga: Abstinncias (yamas); ob-

    servncias (niyamas); posturas (asanas); controle da respirao

    (pranayama); reteno dos sentidos (pratyahara); concentrao

    (dharana); contemplao (dhyana) e auto-realizao (samadhi).

    Yamas e niyamas, so por vezes mais difceis de aplicar do que

    as prprias asanas ou posturas do yoga. Isto, porque, requerem

    uma grande disciplina interior. Com os yamas, vamos purifi-

    cando o nosso estado humano, e atravs destes apontamentos

    morais, vamos trabalhando o nosso mpeto e o nosso ego.

    So cinco princpios ticos, ou yamas:Ahimsa ou no-violncia: quer connosco, quer com os outros,

    consiste em substituir os pensamentos e comportamentos nega-

    tivos ou violentos por outros mais positivos. Mas no-violncia

    tambm saber perdoar o nosso Eu quando erramos ou damos

    passos contrrios ao nosso caminho.

    Satya ou compromisso com a verdade: em pensamentos, pala-

    vras e aes, a verdade deve ser uma presena constante na

    vida do yogui (praticante de yoga), quantas vezes mais fcil

    escolher o caminho da mentira

    mas na verdade, quando temos ati-

    tudes menos verdadeiras, a princi-

    pal pessoa que estamos a enganar

    a ns prprios! Por vezes, pre-

    fervel o silncio a palavras falsas

    ou ocas.

    Asteya ou no roubar: na sociedade atual, um desafio apren-

    der a viver com o que temos, com o suficiente, quando existe

    sempre o apelo ao consumo. -nos incutido um sentimento de

    falta, como se fosse possvel comprar felicidade com posses

    materiais, mas ao olhar para dentro, tomamos conscincia da

    verdadeira riqueza. E com esta conscincia que devemos ter

    cuidado para no nos apropriarmos de nada que no nos per-

    tena, no s de coisas materiais, mas tambm, por exemplo,

    do tempo e da ateno dos outros. A prtica de asteya leva-

    nos a aprender a ser mais generosos, a oferecer mais e a tirar

    menos.

    Brahmacarya ou abstinncia sexual: chegamos a um ponto de-

    licado dos yamas. Muitos se dividem em opinies contrrias,

    mas na minha opinio, tendo em conta o nosso estilo de vida

    ocidental, seria difcil praticar a abstinncia total, at porque,

    muitos de ns, quando iniciam o yoga j esto a viver relacio-

    namentos estveis.

    No yoga clssico, a abstinncia sexual era necessria, acre-

    ditando que, tinha como objetivo a conservao desta energia

    preciosa. Mas talvez possamos relacionar este ponto com a

    conduta, o comportamento em relao a essa energia e no

    sua total negao. Contando que esta energia seja usada cor-

    retamente, sem inteno de manipular ou magoar o outro, a

    sua prtica aproxima-nos do nosso Eu espiritual. A comunho

    que sentimos ao unir a nossa energia sexual a outro pode ser o

    melhor exemplo da fuso com o todo. A prtica deste yama

    desenvolve uma fonte de vitalidade e energia, a centelha que

    ateia o lume da sabedoria.

    .Aparigraha ou desapego: a acumulao de coisas que no so

    essenciais nossa existncia s nos distrai do que realmente

    importante. Cria sentimentos de apego e medo da perda. Com

    a prtica deste yama, a vida torna-se o mais simples possvel e

    a mente trabalhada para no sentir falta de coisas suprfluas.

    A libertao e a leveza so o grande objetivo. A vida est em

    constante mudana e movimento, ento, para qu transportar

    peso desnecessrio?

    Niyamas: enquanto nos yamas a ateno ou consequncia pode

    tambm ter interferncia com o exterior, com os outros, o tra-

    balho dos niyamas mais individual e muito orientado para os

    aspetos interiores.

    So tambm cinco sub-divises:Shaucha ou pureza: princpio da pureza ou limpeza, quer do

    corpo, de pensamentos e do ambiente que nos rodeia. Ao prati-

    car este princpio teremos de ter ateno ao que pode prejudi-

    car o nosso estado mais puro, por exemplo, atravs da seleo

    da comida que ingerimos, dos livros que lemos e das atividades

    que escolhemos.

    Santocha ou contentamento: a meu ver, a capacidade de acei-

    tao perante a vida, a capacidade de nos sentirmos em paz,

    plenos, como o mundo que nos rodeia. o equilbrio interior

    que nos vai tornando mais serenos no decorrer do caminho.

    Tapas ou disciplinas: pode ser visto como vontade ou fora para

    atingir um objetivo. a determinao e o fogo que nos alimenta

    quando fraquejamos perante um obstculo. Por exemplo, numa

    postura (asana) que nos difcil com tapa, mais fcil per-

    manecer com conforto.

    Svadhyama ou estudo do ser: podendo incluir o corpo, a mente,

    o intelecto e o ego, este estudo um mergulho em ns prprios

    e busca da verdade absoluta que contemos, do professor e da

    divindade que somos, mas que, por vezes, est adormecida.

    E por isso devemos tentar aprender

    com tudo na vida, estudar a vida,

    no s os textos sagrados, mas a

    prpria existncia com vista ao au-

    toconhecimento.

    Ishvarapranidhana ou devoo: o

    abrir do corao ao Ser transcen-

    dental, ao Universo, a uma fora maior qual nos queremos

    fundir. a entrega de todos os pensamentos e aes ao Todo

    e inteno do Todo. a inteno de Unio em cada ao,

    enchendo-nos com o sentimento de pertena, mesmo que seja

    num simples gesto como o de acender uma vela ou um pau de

    incenso!

    O Yoga uma luz que, uma vez acesa, jamais esmorecer. Quanto melhor for a sua prtica, mais viva ser a sua chama.

    B. K. S. Iyengar 4Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9

  • imt.pt/gap

    O GAP contactou o BES, para beneficiares de condies espe-

    ciais para os teus projectos profissionais. Apresentamos-te o

    microcrdito BES, uma porta aberta a um novo projecto de vida

    (no inclui estudos). O microcrdito BES oferece-te montantes

    at 12500, com possibilidade de pagamento at 48 meses,

    e uma taxa indicativa 7,5%. O objectivo deste produto BES

    potenciar a incluso social e a criao de auto-emprego em

    estreita colaborao com as entidades que, no terreno, promo-

    vem o empreendedorismo, a formao especfica e a orientao

    profissional, o acesso aos mercados e o apoio social. O BES

    pretende beneficiar desempregados, empregados por conta de

    outrem que pretendam iniciar um negcio prprio, novos resi-

    dentes, artesos e micro-empresrios, que possuam uma forte

    vontade de melhorar a sua vida e um saber fazer especfico,

    que possuam uma ideia com viabilidade econmica, que sa-

    tisfaa necessidades locais no satisfeitas e que no tenham

    acesso s formas tradicionais de crdito.

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    5 Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9

  • Artigo

    A Cefaleia ou simplesmente designada de dor de ca-

    bea, conta-se entre os problemas de sade mais

    comuns. Algumas pessoas sofrem frequentemente

    deste mal, enquanto outras nunca sentiram uma

    verdadeira cefaleia. Tanto as cefaleias crnicas como as reci-

    divantes podem provocar sofrimento e angstia, mas pouco

    frequente que representem um problema grave de sade. No

    entanto, qualquer alterao no padro ou na natureza da dor

    de cabea poder ser o sintoma de um problema grave. Muitas

    dores de cabea so provocadas por uma grande tenso mus-

    cular ou por enxaquecas e pode tambm acontecer que no

    haja uma causa bvia.

    Fisiopatologia das Cefaleias Apesar dos avanos em epidemologia, classificao e trata-

    mentos farmacolgicos, perguntas elementares em relao ao

    mecanismo fisiopatolgico das cefaleias ainda permanecem.

    Sabe-se portanto que a cefaleia o termo mdico para designar

    uma dor de cabea. um dos sintomas mais comuns na medi-

    cina, uma das queixas mais frequentes de consultas clni-

    cas. Estima-se que 93% dos homens e 99% das mulheres

    tero algum tipo de dor de cabea ao longo da vida; e que

    76% do sexo feminino e 57% do masculino tenham pelo menos

    um episdio de dor de cabea por ms. (KAVALEC, Flvia).

    Quanto sua classificao, as cefaleias podem ser divididas

    em duas categorias: se ocorrer isoladamente como manifesta-

    o de um complexo sintomtico agudo, como a enxaqueca,

    d-se o nome de cefaleias primrias, se for parte assintom-

    tica de uma patologia em desenvolvimento, como infeces,

    neoplasias cerebrais e sangramentos intracranianos, d-se o

    nome de cefaleias secundrias. As cefaleias primrias no

    apresentam uma causa especfica, podendo a mesma ser de

    natureza multifatorial e de carter hereditrio, ao contrrio das

    cefaleias secundrias, que apresentam uma causa patolgica

    evidente.

    Pensa-se portanto que as cefaleias provm devido vasodi-

    latao derivada de uma vasoconstrio comummente encon-

    trada na aura (fase antes da cefaleia). Pensa-se tambm que

    muitos neurotransmissores, co-transmissores e neuromodula-

    dores, alguns com aco vasomotora, tm sido implicados na

    fisiopatologia das cefaleias. Isto explica-se pela existncia de

    trs fibras nervosas existentes nas paredes das artrias intra-

    cranianas, que ao libertarem essas substncias iro provocar a

    vasoconstrio comum na aura e consequentemente a vasodi-

    latao, provocando a dor.

    Outra das teorias prende-se com a presena das fibras simpti-

    cas, originadas no gnglio cervical superior, que contm prin-

    cipalmente Noradrenalina e Neuropeptdeo, neurotransmisso-

    res de actividade vasoconstritora. J as fibras parassimpticas,

    originadas no gnglio esfenopalatino, contm acetilcolina, um

    vasodilatador, Peptdeo Intestinal Vasoativo, tambm vasodi-

    latador e libertam xido ntrico, fator de relaxamento derivado

    do endotlio.

    J s fibras trigeminais sensitivas, a partir do gnglio de Gas-

    ser, contm Substancia P e o Peptdeo relacionado ao gene da

    Calcitonina.

    Quanto enxaqueca, esta sofre influncia gentica, pois pen-

    sa-se que esta se encontra ligada a uma doena cerebrovascu-

    lar familiar denominada de "CADASIL" (Cerebral Autosomal

    Dominat Arteriopathy with ubcortical lnfarcts and Leucoen-

    cephalopathy), sendo identificada recentemente ligada ao

    cromossoma 19p12. Curiosamente, pacientes com CADASIL

    sofrem mais enxaquecas com aura do que a populao geral.

    Esta associao levou a possibilidade do cromossoma 19 ser

    tambm o responsvel pela transmisso de uma das formas

    genticas da enxaqueca, a "enxaqueca hemiplgica familiar".

    Outra causa estudada na enxaqueca prende-se com os ndices

    de concentrao anormalmente baixos do neurotransmisor se-

    rotonina (hormona de felicidade) no sangue, desencadeando

    assim os estados depressivos e irritativos presentes na aura,

    desencadeando a vasoconstrio.

    A cefaleia em salvas a dor primria mais intensa. Sabe-se

    da existncia de vasos com ativao do sistema trigeminovas-

    cular que provocam alteraes autonmicas, por exemplo, por

    estudos de resposta pupilar e sudorese. Os ritmos dirios e

    anuais bem como e as alteraes hormonais (melatonina,

    testosterona, cortisol, TRH, entre outros) levantam a sus-

    peita de afetao hipotalmica para explicar as cefaleias

    em salvas. As cefaleias tensionais devem-se tenso muscular

    presente na musculatura cervical, pescoo e ombros.

    Manifestaes ClnicasQuanto s suas manifestaes as dores de cabea podem se

    manifestar de modo sbita, subaguda ou crnico. As cefaleias

    de incio agudo ou sbito geralmente constituem manifestao

    de uma patologia intracraniana como hemorragia subaracnide

    ou de outras doenas vasculares ou infecciosas (meningites /

    encefalites). Todavia, elas tambm podem ocorrer aps puno

    lombar (mtodo de diagnstico) ou mesmo durante manobras

    fisiolgicas que possam aumentar a presso intra-abdominal

    e consequentemente a intracraniana, como exerccios fsicos

    intensos e relaes sexuais.

    As cefaleias de manifestao subaguda, podem ser resultan-

    tes de enfermidades inflamatrias do tecido conjuntivo, como

    artrite de clulas gigantes, ou mesmo de processos tumorais

    intracranianos (tumores, abcessos cerebrais, metstases ce-

    rebrais, hematomas subdurais), alm de hipertenso intra-

    craniana benigna, neuralgia do Trigmio e Glossofarngeo e

    crise hipertensiva. As cefaleias crnicas, geralmente so de

    natureza primria. So resultantes, na maioria das vezes, das

    enxaquecas, cefaleias tensionais e cefaleias em salvas. O reco-

    nhecimento de fatores precipitantes pode ajudar a estabelecer

    o diagnstico da cefaleia. Um exemplo bem tpico o desen-

    cadeamento instantneo de crises de cefaleia em salvas aps

    ingesto de lcool.

    Algumas cefaleias podem ser acompanhadas de sintomas que

    antecedem a dor propriamente dita, como alteraes visuais

    de curta durao (aura visual), pontos luminosos na viso (es-

    cotomas cintilantes) , irritao, astenia, falta de apetite e de-

    presso. A dor pode ser de caracterstica pulstil, latejante,

    presso, aperto, fincadas, ardncia, lancinante, alm de fra-

    ca, moderada, intensa, constante ou em salvas. Tambm pode

    ser unilateral, bilateral, holocraniana (toda cabea), frontal,

    retroorbitria, occipital ou mesmo seguindo o padro de dis-

    tribuio das divises do nervo Trigmio na face. As dores de

    cabea tambm se podem manifestar associadas sintomato-

    logia autonmica (nuseas, vmitos, hiperemia ocular ou olho

    vermelhos, lacrimejamento, obstruo nasal, sensibilidade

    luz e ao som) ou mesmo sistmica, como perda de peso recen-

    te, febre, mal estar e cansao.

    DiagnsticoHabitualmente, o mdico pode determinar a causa de uma ce-

    faleia a partir da histria clnica do doente e do seu exame

    fsico, mas, por vezes, pode ser necessria um exame comple-

    mentar de diagnstico para melhor detectar uma patologia. O

    diagnstico baseado na compreenso da fisiopatologia das

    dores de cabea, na obteno de uma histria clnica e reali-

    zao de um exame fsico e neurolgico cuidadoso e completo,

    a fim de formular um diagnstico diferencial. Dependendo do

    caso, geralmente naquelas de carter secundrio, pode ser

    necessrio exames subsidirios, como estudo radiolgico da

    coluna, tomografia e/ou ressonncia magntica de crnio,

    eletroencefalograma , exames laboratoriais com anlise do

    lquido cefalo-raquidiano e sangue, alm de bipsia de ar-

    tria temporal (diagnstico diferencial da Arterite Temporal),

    afim de melhor estabelecer o diagnstico. Todavia, o diagnsti-

    co das cefaleias e dores faciais eminentemente clnico.

    Discusso da Fisiopatologia das Cefaleias numa viso Os-

    teoptica

    Aps estudarmos a fisiopatologia comummente menciona-

    da para as cefaleias, consegue-se perceber que existem aqui

    factores incompreendidos, que repercutem muitas vezes na

    incompreenso das cefaleias como doena primria. Se por

    um lado conseguimos entender que as cefaleias secundrias

    provm de algo patologicamente verdade, tambm como Os-

    teopatas no podemos negar a estrutura e as suas disfunes

    para se explicar a causa das cefaleias, quer sejam primrias ou

    secundrias. Segundo uma viso Osteoptica da Anatomofisio-

    logia e Biomecnica do crnio as leses em Extenso e Flexo

    craniana tm um papel preponderante para explicar as ditas

    cefaleias. Se por um lado quando temos um crnio em Dolice-

    falo, dito em extenso, temos um bitipo patolgico de asma e

    rinites. As cefaleias tendem a ser menos frequentes, mas mais

    intensas, pelo fecho das suturas cranianas, dificultando a dre-

    nagem dos seios longitudinais superiores e anteriores. Aqui

    predomina a excitabilidade pela afetao do gnglio de ribs,

    que provoca alteraes ortossimpticas.

    Num bitipo em Braquicranio ou Flexo as cefaleias passam a

    ser mais comuns, podendo se designar de "crnicas", embora

    menos intensas, pois aqui existe uma abertura de todas as su-

    turas cranianas, aumentando assim a vascularizao. Aqui a

    Cefaleias

    ... sintomas que antecedem a dor propriamente dita...

    Ricardo Pereira, 4 ano de Osteopatia IMT Porto

    6Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9

  • afetao da SEB e consequentemente da Hipfise, vai alterar

    a concentrao de hormonas nomeadamente a serotonina, pro-

    vocando uma vagotonia, associada a muitas auras, bem como

    a alterao na concentrao de neurotransmissores, importan-

    tes na constrio e dilatao dos vasos cranianos. Outro factor

    prende-se com a rotao externa dos ossos temporais que iro

    afetar as artrias cartidas internas e a artrias menngeas m-

    dias, podendo provocar cefaleias laterais.

    Todas as disfunes da SEB no podem ser negligenciadas,

    pois se esta est afetada ir alterar todo o normal funcionamen-

    to biomecnico do mecanismo de respirao primria, logo as

    tenses membranosas associadas h afetao dos ventrculos

    pode ser uma das causas de cefaleias.

    Outra das disfunes/alteraes cranianas que no se pode

    negar no estudo das cefaleias a o fecho do foramen rasgado

    posterior ou jugular. Por aqui passam as veias jugulares, que

    so responsveis por 95% da vascularizao venosa, logo um

    fecho do foramen vai alterar as mesmas. Sem esquecer a pas-

    sagem do XI nervo craniano - Acessrio, que ao enviar feixes

    motores para os msculos ECOM (Esternocleidomastoideo) e

    Trapzios, vo provocar tenso muscular e podem originar a

    dita cefaleia de tenso.

    Alteraes nas charneiras no podem ser esqueci-

    das. Ao nvel superior a charneira

    cervico occipital est intimamente

    ligada com os msculos suboccipitais,

    podendo ser uma das causas de cefa-

    leias tensionais e/ou nucais, conhecidas

    como Sndrome de Arnold. J ao nvel da

    charneira cervico-dorsal, a ligao

    com gnglio estrelado pode afetar a

    vascularizao das artrias cartidas.

    Problemas osteoligamentares,

    como por exemplo Sndrome

    de Barr-Lieou, podem muitas

    vezes suprimir a vascularizao nas ar-

    trias vertebrais, sendo outro factor

    importante na Osteopatia e mesmo

    uma contra-indicao das tcnicas

    de thrust.

    Protocolo de Tratamento OsteopticoO tratamento osteoptico vai depender sempre

    de um bom diagnstico diferencial. O conhecimento da causa

    sempre o meio mais fcil para chegar ao diagnstico.

    Partindo do pressuposto que a origem das cefaleias so crania-

    nas proponho o seguinte protocolo de tratamento:

    A correo das leses intrasseas (independentemente da cau-

    sa) so sempre primordiais. Perceber o que conduziu aquela

    leso meio caminho andado para se ter sucesso no trata-

    mento, mas isto, pode implicar que se tenha de comear por

    alguma disfuno distncia (ex: P). Sendo assim tcnicas

    estruturais, como desbloqueio ao p, correo ilaca, correo

    vertebral (+++ cervical e charneiras), associadas a tcnicas

    neuromusculares e Stretching para a musculatura hipertnica

    so as mais indicadas numa primeira fase.

    Dentro desta fase a correo das disfunes cranianas passam

    a ser um segundo passo. Aqui as tcnicas para a SEB vai per-

    mitir um normalizar da biomecnica craniana e assim diminuir

    os sintomas associados s disfunes.

    Tcnicas de bombeio para abertura das suturas, ou mesmo tc-

    nicas de martelo vo melhor a flexibilidade craniana e promo-

    ver a um alongamento intrasutural.

    de destacar que as leses intrasseas vo alterar o equilbrio

    das membranas de tenso recprocas. Tcnicas de Sutherland,

    funcionais e miofasciais tornam-se nesta fase as mais eficazes.

    posteriori o objectivo ser aumentar a vascularizao supri-

    mida pelas disfunes, seja ela arterial, venosa e liquor. Assim

    tcnicas arteriais, como as tcnicas lift (+++frontal e parietal),

    so as indicadas para terminar o plano de tratamento.

    ConclusoEm jeito de alegaes finais sobre as cefaleias, podemos con-

    cluir que numa primeira fase importante diagnostic-las

    bem. O diagnstico diferencial pode ser preponderante para a

    melhor qualidade de vida dos pacientes.

    Se por um lado na dita

    medicina convencional desconhece-se as causas das cefaleias

    primrias, no inegvel que a filosofia holstica que a Osteo-

    patia apresenta possa trazer a resoluo da fisiopatologia das

    mesmas. Para isto, muito contriburam o Dr. Sutherland e o Dr.

    Upledger para a Osteopatia Sacrocraniana. Assim perceber a

    anatomofisiologia e biomecnica craniana, torna-se imperativo

    para melhor se explicar a causa das cefaleias.

    Quanto ao tratamento, num plano convencional continua-se

    no uso incessante dos frmacos como mtodo mais eficaz para

    o alvio dos sintomas, num plano Osteoptico o mesmo trata-

    mento faz-se sem o uso de frmacos. Um plano mais lgico,

    fundamentado com dados cientificamente estudados e com-

    provados, so mais eficazes e menos penosos, quer em tempo,

    quer em reaes adversas.

    Pode-se concluir que as duas medicinas tendem-se a tornar

    indissociveis e beneficiam a sade dos pacientes.

    7 Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9

  • Quando pensamos nas caractersticas que distinguem o

    Homem das outras espcies animais, frequente con-

    siderarmos, principalmente, trs: a fala, o erotismo e a

    inteligncia racional.

    Por vezes, tambm podemos considerar que os laos familiares

    que prendem, na espcie humana, os filhos aos pais para toda a

    vida constituem uma diferena. Interrogamo-nos, por vezes, que

    o desentendimento clssico entre pais e filhos possa ser gerado

    pelas sociedades humanas, centradas no conceito tradicional de

    famlia, forando este comportamento. No entanto, a grande di-

    versidade de relaes sociais e familiares que se encontram nas

    vrias espcies animais, faz-nos encarar com mais prudncia esta

    aparente dissemelhana comportamental.

    A fala , sem dvida, um modo de comunicao nico, partindo do

    princpio de que "o tempo em que os animais falavam", recordado

    com ternura da nossa infncia, pertence ao campo da imaginao

    humana. A propsito, esta antropomorfizao dos animais ser

    uma tentativa de revelarmos o nosso desejo de comunicarmos com

    eles ou simplesmente uma forma de manifestarmos a nossa tristeza

    por no conseguirmos faz-lo?

    A capacidade de falar , certamente, ainda pouco eficaz quando a

    consideramos do ponto de vista evolutivo, a julgar pelos conflitos

    que afligem a humanidade, desde os desentendimentos entre os

    indivduos manipulao pouco escrupulosa da informao. Mas

    ser que assim to condenvel a frequncia com que o recetor

    interpreta mal as palavras do emissor? Ser assim to estranho

    que, por vezes, o recetor esteja convicto de que ouviu palavras que

    o emissor no disse? Afinal, que sabemos ns do processo evoluti-

    vo da comunicao interespecfica? Por exemplo, das trmitas ou

    das abelhas que so das espcies com um sistema de comunicao

    mais sofisticado? Como seria a sua comunicao quando tinham

    apenas 250 000 anos? Por outro lado, dispomos de poucos dados

    comparativos sobre as formas de comunicao humana conhe-

    cemos muitas lnguas e dialetos, mas que sabemos, realmente, da

    comunicao falada entre as populaes a que o Homem ocidental

    se habituou a tratar por primitivas? Ser que tambm fracassam

    tanto, que vivem com tantos problemas decorrentes das falhas na

    comunicao falada? Ou ser que usam outras formas de comu-

    nicao?

    O Homem , tanto quanto se sabe at hoje, e salvo raras excees

    encontradas em sociedades de Primatas superiores, a nica esp-

    cie que tem relaes sexuais por prazer, ultrapassando, ou mesmo

    contrariando, o seu instinto de reproduo. Mas ser que j domi-

    na esta sua capacidade to diferente das outras espcies, de tirar o

    mximo partido dos recetores de prazer que existem por todo o seu

    corpo, ou ser que tambm por ser ainda muito cedo no seu curso

    evolutivo que a nossa vida ertica cria problemas e conflitos to

    graves? E at que ponto o facto de o Homem viver, hoje, to afas-

    tado da natureza responsvel por este mau entendimento com a

    sua vida ertica? Algumas populaes ditas "primitivas" encaram

    a sua sexualidade com uma naturalidade capaz de escandalizar as

    sociedades ocidentais mais despidas de preconceitos. Mas, enfim,

    este campo muito controverso e h muitos fatores em jogo, que

    vo da cultura e da educao biologia do desenvolvimento e

    religio. Por isso, no nos alarguemos mais com cogitaes sobre

    o erotismo humano.

    Um facto incontestvel o Homem ter uma capacidade de racio-

    cnio diferente da das outras espcies esse raciocnio que lhe

    permitiu, em apenas 250 000 anos, chegar onde chegou: ao do-

    mnio da cincia e da tecnologia, que lhe permite, atualmente,

    lutar contra as adversidades do meio, vencer a seleo natural e a

    gentica, desafiar novas formas de vida e resolver problemas an-

    tes considerados insolveis. Mas certo que tambm o levou a

    perder os seus instintos naturais atravs da proteo tecnolgica

    e do contacto direto com uma sociedade que ele prprio criou aba-

    fando esses instintos. Como possvel, por exemplo, imaginarmos

    uma fmea no humana a trazer a sua cria num transporte cole-

    tivo cheio de indivduos com a vulnervel cabea da cria voltada

    para a coxia onde indivduos aos encontres se atropelam? Como

    possvel imaginarmos uma fmea no humana a levar a sua cria

    que mal anda precisamente pelo lado de fora do passeio, sujeita

    a ser ceifada por um automobilista mais incauto? estranho este

    comportamento, mas, ao mesmo tempo, no ser esta a reao es-

    perada aps a perda do seu contacto com a natureza? Afinal, um

    animal em cativeiro tambm deixa de ser capaz de sobreviver se

    o voltarmos a pr em liberdade, tambm perde grande parte dos

    seus instintos.

    A sociedade tecnolgica tem sido, por isso, um cativeiro do Ho-

    mem, a gaiola dourada onde se permitiu, to cego pelos interes-

    ses econmicos, perder a capacidade de viver em harmonia com

    o seu habitat. A lembrar as suas reminiscncias de recoletor, o

    vaso onde cria a hortel que por na sopa de feijo; a lembrar a

    sua necessidade de contacto com a natureza, apenas a planta de

    interior, quantas vezes j, tambm ela, artificial; a lembrar o tempo

    em que lutava pela sobrevivncia, a caa e a pesca desportivas. E,

    por falar em caa, que outra espcie caa s pelo prazer de matar?

    Este comportamento, sim, exclusivo da espcie humana.

    E quando dizemos, num ato de exaltada indignao, "O Homem

    a nica espcie que se destri a si prpria e ao seu habitat! esta-

    mos, certamente, a esquecer a viso globalizante que nos permitiu

    fazer essa mesma afirmao. Ser este comportamento do Homo

    sapiens to diferente do de qualquer outra espcie que, de um

    momento para o outro, fique no seu habitat sem mecanismos de

    controlo? Quando a homeostasia de um ecossistema quebrada

    por qualquer fator extrnseco, como acontece quando fica vago um

    dos seus nichos, nenhum de ns ter dvida da devastao que da

    se seguir, do triunfo da entropia em mais ou menos tempo, con-

    forme a capacidade de sobrevivncia dos elementos remanescen-

    tes. Mas o ecossistema acabar sempre por sucumbir. No estar,

    ento, o Homem a fazer, exactamente, aquilo que faz qualquer

    outra espcie cujos elementos de controlo dentro do ecossistema

    tenham desaparecido? Na ausncia de predadores naturais, o Ho-

    mem proliferou e colonizou a maioria dos habitats, graas sua

    capacidade de adaptao (essa tambm nica) que lhe permite,

    em pouco tempo, o que qualquer outra espcie consegue em mi-

    lhes de anos. Este xito adaptativo leva-o a explorar o seu habitat

    (afinal, todo o planeta) at exausto, sem medir consequncias,

    at que todos os elementos explorveis sucumbam exactamen-

    te como qualquer outra espcie. Mas, afinal, o Homem o nico

    animal racional, o que torna este comportamento assaz bizarro e

    profundamente contraditrio. . .

    Voltando ao tal "homem primitivo", ainda existente no nosso tem-

    po, que vive em equilbrio com o seu habitat dando mostras de ter

    evoludo durante 2 milhes de anos numa linha diferente, esse,

    sim, est a portar-se de uma forma realmente diferente sabe uti-

    lizar melhor os seus instintos, utiliza, por vezes, capacidades ain-

    da desconhecidas (ou j esquecidas?) do Homem civilizado, sabe

    explorar com inteligncia os recursos naturais que o rodeiam, e,

    principalmente, respeita todas as espcies animais e vegetais que

    Capa

    Reflexes Sobre a Espcie Humana

    ... ter de pr em prtica a sua intelign-cia racional sem receio...

    Ana Paula Carneiro, docente do IMT

    8Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9

  • com ele partilham este maravilhoso planeta chamado Gaia. Mas

    essas sociedades tambm esto sujeitas ao controlo da seleo

    natural e a sua evoluo levar, naturalmente, muitos milhes de

    anos. Estar o seu destino implacavelmente decidido ou o domnio

    do corpo e da mente que algumas dessas sociedades demonstram

    vai permitir-lhes continuar a evoluir numa linha bem diferente da

    do "homem civilizado"? E que atitude este toma perante essas

    sociedades? Filma, escreve, comenta, geralmente como se esti-

    vesse a assistir a um nmero de circo, nem sempre com respeito e

    vontade de aprender.

    Tanto quanto parece, o Homem civilizado deu um rumo ao seu pro-

    cesso evolutivo que apenas o leva a comportar-se como qualquer

    outra espcie privada de controlo natural, explorando desenfrea-

    damente o seu habitat, competindo com os outros seres da mesma

    espcie, na rua, no emprego, na relao social, na relao amo-

    rosa, numa palavra, pelo seu territrio! E continua a ser a nica

    espcie que goza com o sofrimento da sua prpria espcie e das

    outras espcies. Como possvel que ainda se pratiquem e se per-

    mitam espetculos como touradas, corridas e lutas de animais para

    se ganhar apostas? Como possvel que este Ser que se considera

    o nico animal racional do planeta continue a no querer pensar,

    a no querer encarar a realidade e as consequncias do seu com-

    portamento?

    Relativamente alimentao, por exemplo, existem algumas ati-

    tudes curiosas. H quem consuma produtos animais tendo plena

    conscincia do sofrimento que infligido na sua produo; estas

    pessoas conseguem at deliciar-se com um excelente fois gras sa-

    bendo, perfeitamente, como esta iguaria conseguida e os hor-

    rores por que os animais passam. Se interrogados, limitam-se a

    encolher os ombros ou a dizer com indiferena: O que tem de

    ser tem de ser! Se algum insistir, argumentam orgulhosos do

    seu conhecimento sobre Ecologia: Os animais tambm se co-

    mem uns aos outros. E pronto! Argumento radical que encosta

    parede qualquer vegetariano que venha chatear com ideias da

    treta Depois, h os que optam por viver de olhos fechados ou

    por olhar para o outro lado. Quem no ouviu ainda algum dizer,

    a propsito da alimentao carnvora, qualquer coisa como: No

    posso pensar no que estou a comer, seno j no consigo! E, por

    fim, h os que abraam alegremente as ideias da treta e vivem

    saudveis e livres daquele peso. Sim, porque at a vaca feliz

    (conceito inventado por alguns produtores de carne para justificar

    cobrarem por um bife uma percentagem razovel do oramento do

    trabalhador comum) acaba por saber que vai morrer e chora como

    as outras As sociedades primitivas, que vivem em verdadeiro

    equilbrio com a natureza, quando consomem animais, fazem-no

    com respeito e Bem, isto j muito frente melhor ficarmos

    por aqui nas reflexes.

    Acreditemos que a evoluo da espcie se far de modo a que o

    Homem abandone a competio para deixar de haver guerras e

    que aprenda a dividir riquezas para deixar de haver fome. Acredi-

    temos que o Homem saber encontrar as alternativas que o levaro

    a explorar os recursos naturais a um ritmo de acordo com a capa-

    cidade regenerativa dos ecossistemas. E que evoluir ao ponto de

    deixar de utilizar as outras espcies como fonte de divertimento e

    de rendimento fcil. Mas, para tal, ter de pr em prtica a sua in-

    teligncia racional sem receio de assumir a responsabilidade que

    isso acarreta. Ter de se voltar para dentro de si e reencontrar o

    divino h tanto tempo esquecido. E ter de abandonar o mbil da

    sua condenao o materialismo.

    Acreditemos, tambm, que conseguir dominar a comunicao fa-

    lada e (por que no?) outros tipos de comunicao que lhe permi-

    tiro deitar por terra as amarras que hoje se impe porque, afinal,

    o nico animal falante.

    Esperemos que, nesta nova era que se abre nossa frente, de cons-

    ciencializao e espiritualidade, o Homem encontre maneira de

    voltar a respeitar Gaia e de levar a sua evoluo para um caminho

    que se resume em duas palavras amor incondicional.

    Um facto incontestvel o Homem ter uma capacidade de raciocnio diferente da das outras espcies

    9 Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9

  • DelegaesO IMT Vai EscolaMarina Pinheiro Delegao Porto

    O ponteiro marca as 8h em

    ponto. A mala do carro est

    carregada com as marquesas,

    os colches e o demais mate-

    rial. A orientao no a melhor mas l

    chegaremos, bem dizem quem tem boca

    vai a Roma. mais um dia, mais uma

    escola e a mesma ansiedade de quem no

    sabe bem o que vai encontrar.

    So agora 8h40m e o sol comea a bater

    mais forte nos vidros do carro. Chegamos

    ao destino: Escola Secundria Dr. Jaime

    Magalhes Lima. No entanto, poderia ser

    em Aveiro, Ovar, Paredes, Matosinhos

    J foi e ainda h-de ser. Mas hoje aqui

    que nos abrem as portas, to prontamente

    nos recebem e acolhem como quem abre

    as portas de sua casa. Ns, visitantes que

    somos, tambm queremos estar altura

    das expectativas em ns depositadas.

    Hoje decorre nesta escola (mas poderia

    ser em Penafiel, Porto, Maia) uma Mostra

    de Oferta Formativa. Quando encontra-

    mos o nosso espao por entre a panplia

    de Faculdades e Centros de Formao

    comeamos a colocar os colches e mon-

    tar as marquesas. A surgem os primeiros

    olhares curiosos, envergonhados, vi-

    dos A curiosidade de um aluno mais

    astuto acaba por vencer O que esto a

    fazer?.

    -Viemos tua Escola! Sabes o que

    Medicina Tradicional?. Da desenro-

    la-se toda a explicao acerca do IMT

    perante o olhar atento do aluno astuto e,

    agora tambm, dos seus colegas.

    -Muito melhor do que me estarem a

    ouvir Querem experimentar um pouco

    daquilo que estou a falar? Querem uma

    massagem?

    O IMT tem vindo a visitar vrias Esco-

    las Secundrias no mbito de Feiras de

    Orientao Vocacional, Mostras Profis-

    sionais e Feiras de Sade. Cumpre-nos

    o dever de dar a conhecer aos jovens

    outros caminhos possveis para o pros-

    seguimento dos seus estudos. Algum

    desconhecimento relativo terminologia

    Medicinas Tradicionais tem estado

    sempre aliado a uma grande curiosidade

    em conhecerem mais acerca da temtica.

    Assim sendo, temos convidado os alunos

    que tm visitado o nosso stand a expe-

    rimentarem uma breve demonstrao de

    uma massagem de alguns dos Cursos, tais

    como Osteopatia, Reflexologia, Shiatsu,

    Massagem Ayurvdica e Massoterapia

    e Tcnicos Auxiliares de Fisioterapia,

    bem como a fazerem-nos uma visita nas

    nossas instalaes. O feedback da nossa

    participao tem sido bastante positivo,

    mas nada melhor que lerem na primeira

    pessoa alguns dos intervenientes nesta

    iniciativa.

    A presena do Instituto de Medicina

    Tradicional- I.M.T. foi uma novidade na

    nossas Feiras Vocacionais. Pela 1 vez

    tivemos oportunidade de dar aos alunos e

    comunidade escolar em geral informa-

    es neste mbito, bem como a possibili-

    dade de ver ao vivo as prticas do IMT.

    O feedback dos alunos e dos professores

    foi muito bom. As minhas alunas ado-

    raram as massagens. O balano muito

    positivo.

    Dra. Paula Sousa (Psicloga do SPO da

    Escola Secundria Dr. Jaime Magalhes

    Lima)

    A primeira edio da Feira da Sade,

    levada a efeito na Escola Secundria Jos

    Macedo Fragateiro, em Ovar, no passado

    dia 21 de Maio de 2013, contou com a

    to apreciada colaborao da Delegao

    do Porto do IMT - Instituto de Medicina

    Tradicional cujas massagens foram dos

    servios com mais afluncia por parte de

    alunos, professores e pais/encarregados

    de educao. Segundo uma professora da

    equipa PES, As massagens podolgicas

    fizeram-me rejuvenescer 15 anos!. Em

    futuras edies da Feira esperamos con-

    tar com a presena e simpatia das tcni-

    cas do Instituto de Medicina Tradicional!

    Bem hajam!

    Dra. Isabel Moutinho (Coordenadora do

    PES Escola Secundria Jos Macedo

    Fragateiro)

    Comeamos por agradecer ao Instituto

    de Medicina Tradicional por ter estado

    presente na Mostra de Formao Profis-

    sional da Escola Pro Vaz de Caminha.

    Foi com enorme satisfao que os nos-

    sos alunos Vos receberam. A curiosidade

    destes pelo Vosso trabalho foi grande,

    tendo sido um stand muito requisitado e

    com muitos olhos e ouvidos curiosos e

    interessados. Esperamos contar com a

    Vossa visita para o prximo ano, para que

    outros tenham a oportunidade de conhe-

    cer o Vosso trabalho e oferta formativa.

    Dra. Raquel Lacerda (Psicloga da Esco-

    la E.B. 2,3 Pro Vaz de Caminha)

    O Municpio de Paredes, atravs do seu

    Pelouro de Ao Social, com o apoio da

    APPIS Associao Paredes pela Inclu-

    so Social, realizaram nos dias 2, 3 e 4

    de maio a 4 edio da inVista Feira

    de Emprego, Formao e Empreendedo-

    rismo, iniciativa que este ano decorreu

    em simultneo com a ao 9 Ano e ago-

    ra?, esta j na sua 6 edio. Entre as

    instituies estreantes, na 4 edio da

    inVista - Feira de Emprego, Formao e

    Empreendedorismo, destacamos o Insti-

    tuto de Medicina Tradicional que com a

    sua presena enriqueceu o certame, na

    medida em que apresentou ao pblico

    um conjunto de condies fundamentais

    para uma formao de qualidade, com

    um programa acadmico inovador, bem

    estruturado e orientado para a empre-

    gabilidade. Muito obrigado pela V. pre-

    sena e contamos convosco na prxima

    edio da inVista.

    Dra. Susana Cunha (Cmara Municipal

    de Paredes)

    Estive na Escola Secundria de Jaime

    Magalhes Lima no mbito da feira vo-

    cacional, em representao do IMT - Ins-

    tituto de Medicina Tradicional do Porto

    e do Curso de Massagem Ayurvdica.

    Numa primeira fase a reaco das pes-

    soas ali presentes (alunos e professores)

    foi de apreenso, primeiro pela dificul-

    dade em soletrar o nome milenar Ayur-

    vdica-, depois pela estranheza que de

    estarem perante uma massagem que iria

    ser realizada no cho, em vez da mar-

    quesa, numa massagem em que teriam

    que se despir em frente de vrias pes-

    soas. No entanto, depois de despidos

    dos mitos e complexos, entregaram-se

    beleza desta terapia, disfrutando de mo-

    mentos de bem-estar. Foram alguns os

    episdios que vivi na primeira pessoa,

    dos quais realo dois que me ficaro para

    sempre na memria: o de uma professo-

    ra, que mesmo debaixo de um intenso

    barulho se deixou adormecer, e o de uma

    jovem que chegou junto de ns com do-

    res intensas nas costas, provocadas por

    mau posicionamento, e que depois de

    cerca de 30 minutos de manipulao das

    costas, saa da minha beira com vrias

    palavras de agradecimento por sentir-se

    como nova.

    A ttulo de concluso quero afirmar

    que, alm da enorme satisfao que foi

    levar um pouco mais longe o bom nome

    do IMT, com enorme orgulho que dei

    a conhecer a Massagem Ayurvdica, na

    certeza que da prxima vez que estes jo-

    vens ouvirem este nome certamente tero

    algo, de bom, a dizer sobre o mesmo.

    louvvel a atitude do IMT - Instituto de

    Medicina Tradicional em deslocar-se at

    junto de jovens, cheios de expectativas

    para o futuro, promovendo e divulgando

    reas alternativas que tem muito por

    onde crescer no nosso pas. Com efeito,

    mais aces destas deveriam ser feitas,

    para que todos possam ter a percepo

    que, apesar da crise nas reas tradicio-

    nais (ensino, sade, indstria) h mui-

    tas reas que, por serem alternativas, so

    cada vez mais so complementares.

    Antnio Mendes Pinto (Aluno do Curso

    Massagem Ayurvdica Teraputica)

    Foi uma tarde muito agradvel onde

    alunos e professores tomaram conhe-

    cimento do que a Reflexologia, tendo

    recebido tratamentos de reflexologia dos

    quais todos saram muito relaxados e

    mais felizes. Fiquei feliz pelos resultados

    obtidos.

    Marta Gonalves (Aluna do Curso de Re-

    flexologia)

    O IMT tem vindo a desempenhar uma

    forte e importante tarefa nas demonstra-

    es realizadas nas Escolas e Feiras Vo-

    cacionais, permitindo assim dar a conhe-

    cer aos futuros alunos o empenho, rigor,

    profissionalismo dos docentes, bem como

    os vrios cursos existentes ao dispor.

    Destaco a importncia da interaco, do

    envolvimento que temos com as pessoas

    o que nos permite saber as opinies que

    tm ao respeito das terapias que realiza-

    mos.

    Ricardo Gonalves (Aluno do Curso de

    Shiatsu)

    O IMT est na tua escola! Aproveita esta

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    10Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9

  • Indian Head Massage BragaBrbara Couto (Ex aluna do Curso de Shiatsu) IMT Braga

    No passado dia 27 de Abril

    realizou-se no IMT de Braga,

    o workshop de Indian Head

    Massage (IHM) lecionado

    pela professora Sofia Gomes.

    O workshop iniciou por uma parte terica

    onde foi abordado o conceito e definio

    de IHM, o enquadramento histrico, os

    cinco elementos e os doshas, indicaes,

    contra-indicaes e benefcios. Nessa

    manh foi abordada a parte anatomofi-

    siolgica e finalizou-se com a referncia

    aos chacras, energias e alguns pontos

    marmas.

    Da parte da tarde estava uma sala harmo-

    niosamente preparada para a parte prti-

    ca do workshop. Cada participante teve a

    oportunidade de aprender a sequncia da

    IHM sempre seguida de muito perto pela

    professora Sofia que, a cada passo, ia ob-

    servando e rectificando os movimentos.

    Os participantes estavam atentos e parti-

    cipativos e o workshop fluiu de uma for-

    ma muito positiva e organizada.

    No final todos se juntaram num lanche

    proporcionado pelo IMT onde os sorrisos

    eram muitos e a sensao de aprendizado

    e mais-valia para as vidas profissionais

    de cada um eram falados entre os par-

    ticipantes.

    Pessoalmente, fiquei bastante impressio-

    nada e identifiquei-me muito com a viso

    Ayurveda das terapias. Como terapeuta

    de Shiatsu, adquiri conhecimentos que

    me vo permitir atender a mais necessi-

    dades dos meus pacientes, tendo agora

    uma alternativa prtica mais direcionada

    quando as suas queixas forem dores de

    cabea e/ou tenso muscular no pescoo

    e ombros.

    Senti que a matria foi exposta com mui-

    ta clareza e rigor pela professora Sofia,

    o que me d segurana para aplicar a

    IHM como uma terapia absolutamente

    credvel e com um grau de eficcia para

    o paciente muito elevado.

    Julgo que o IMT deve continuar a apostar

    neste tipo de workshop que so sempre

    fonte de enriquecimento para quem tra-

    balha com terapias complementares e/

    ou para simples interessados nestas te-

    mticas.

    Fica, por fim, mais uma referncia or-

    ganizao do IMT de Braga que foi abso-

    lutamente exmia, muito particularmente

    ao excelente acompanhamento de todo o

    workshop feito pela Ilda Ribeiro, como

    alis nos tem vindo a habituar.

    DiaAberto Leiria

    Queima das Fitas Porto

    Fnia Gomes, responsvel Delegao de Leiria

    Vtor Rodrigues e Ricardo Pereira

    No dia 4 de Maio, a Delegao

    de Leiria, abriu as portas

    para o primeiro Dia Aberto,

    do Instituto de Medicina Tra-

    dicional, na cidade de Leiria.

    Esta iniciativa proporcionou a todos os

    participantes a oportunidade de conhe-

    cerem de forma dinmica o IMT e a sua

    oferta formativa, para que possam esco-

    lher o curso mais ajustado ao seu perfil e/

    ou preferncias.

    Foram efectuadas apresentaes tericas

    e prticas sobre os seguintes cursos:

    Curso de Reflexologia Prof. Ana

    Pascoal

    Curso de Shiatsu Prof. Lus Lavado

    Curso de Tui-Na Prof. Lus Lavado

    Curso de Massoterapia e Tcnicos Au-

    xiliares de Fisioterapia Prof. Hugo Pe-

    drosa e Prof. Pedro Garcia

    Workshop de Massagem Geotermal

    Pedras Quentes Prof. Hugo Pedrosa

    Curso de Plantas Medicinais Prof.

    Joo Beles

    A apresentao de cada um dos cursos

    foi realizada em salas temticas e teve

    em considerao uma exposio terico

    -prtica do curso, seguida de um momen-

    to de debate e esclarecimento de dvi-

    das, o que contribuiu para que cada um

    dos participantes tivesse a oportunidade

    de colocar as mais diversas questes

    e desta forma, ficasse elucidado sobre

    a prestao de cuidados de sade que

    a Medicina Tradicional oferece, assim

    como, a necessidade de uma formao de

    qualidade, para serem formados terapeu-

    tas de excelncia.

    O dia Aberto contou com a presena do

    Dr. Nuno Norte, adjunto da direco do

    IMT, no qual referiu que a Delegao

    oferece vrias mais-valias para a cida-

    de de Leiria, nomeadamente no que diz

    respeito oferta de servios de forma-

    o numa rea em expanso, com boas

    perspectivas de empregabilidade, o que

    por seu lado vem ajudar na reteno de

    populao jovem e qualificada na regio

    e contribuir para o crescimento socioe-

    conmico local, atravs da oferta de ser-

    vios na rea da prestao de cuidados

    de sade e bem estar, contribuindo assim

    para a melhoria da qualidade de vida

    daqueles que procurarem estes servios.

    O Dia Aberto superou qualquer expec-

    tativa, nas presenas dos participantes,

    na participao nas actividades do pro-

    grama e nos comentrios partilhados.

    Conseguiu deste modo concretizar o seu

    objectivo de promover o Instituto e a sua

    oferta formativa.

    Um muito obrigada a todos!

    Assim chega ao fim mais um

    ano. No s altura de fazer

    um balano do ano lectivo

    como tambm do ano acad-

    mico que marcou a Praxe no IMT Porto.

    Antes de mais, importante realar que

    o balano francamente positivo. O ano

    apresentava muitos desafios: a imple-

    mentao de um Conselho de Veteranos

    que supervisionasse a Praxe, constitui-

    o de uma Comisso de Praxe capaz de

    enfrentar as responsabilidades dos novos

    desafios, planeamento e realizao de um

    calendrio mais rico que nos anos ante-

    riores. com grande satisfao que afir-

    mamos que o ano passou sem incidentes

    que manchassem a imagem da Praxe ou

    do IMT Porto, temos um grupo de novos

    doutores prontos a transmitir os valores

    de Praxe aos Caloiros. Como alunos com

    mais anos de instituto, um prazer aju-

    dar formao de novos doutores, imple-

    mentao de uma educao praxstica

    com valores correctos e a criao de ami-

    zades que, cremos ns, iro durar todo o

    percurso acadmico.

    Como no poderia deixar de ser, o ponto

    alto da Praxe no IMT Porto est intima-

    mente ligado com as festividades da Aca-

    demia do Porto. conhecida a Queima

    das Fitas, mas essa apenas uma das

    actividades que marcam esta poca festi-

    va. Graas constante presena semanal

    nas reunies do "Magnum Consillium

    Veteranorum", rgo mximo da Praxe

    do Porto, foi possvel fazermo-nos notar

    como Casa presente e interessada em

    pertencer a este conselho. Sabamos de

    antemo que no seria um plano concre-

    tizvel a curto prazo, no entanto, neces-

    srio comear por algum lado. Foi com

    alguma surpresa da nossa parte que vi-

    mos os nossos pedidos correspondidos e

    nos foi possvel participar num conjunto

    de actividades que, at h um ano atrs,

    seria apenas um sonho.

    Como tradio, a Semana iniciou-se

    dia 4 de Maio com a Monumental Sere-

    nata, este ano realizada na Avenida dos

    Aliados do Porto. neste momento que

    os Caloiros sentem pela primeira vez o

    traje acadmico, em que os Padrinhos

    lhes traam a Capa ao som dos vrios

    grupos de fados acadmicos e muitas

    emoes se fazem sentir. Um momento

    importante porque no s marca o final

    de um ciclo para os que esto a come-

    ar, como o encerrar de outro para aque-

    les que vo deixar a vida acadmica em

    breve.

    De salientar que pela primeira vez mem-

    bros do IMT Porto subiram ao palco da

    Monumental Serenata, na presena do

    Dux Institutus e de uma Veterana, am-

    bos finalistas e que nunca antes as fitas

    Bordeaux e Amarelo se tinham visto na

    imensido de fitas.

    Um momento muito especial para a nos-

    sa Casa foi a realizao da Cerimnia de

    Imposio de Insgnias 2013, no dia 5

    de Maio, que contou pela primeira vez

    com Cartolados. o primeiro ano que o

    IMT Porto tem finalistas do quarto ano

    de Osteopatia, e no quisemos deixar

    passar esse momento. Todos os alunos

    receberam as respectivas insgnias que

    assinalam a passagem de ano lectivo e os

    quartanistas trocam as Fitas pela Cartola

    e Bengala. Um momento bastante emoti-

    vo para os alunos com mais matrculas e

    que simboliza a tradio que queremos

    deixar como legado aos anos seguintes e

    que contou a presena de alunos e pro-

    fessores, assim como de familiares e ami-

    gos convidados. A cerimnia terminou

    com um Porto d'honra em jeito de lanche

    de convvio.

    Outra actividade marcante foi a presen-

    a no Cortejo Acadmico da Queima das

    Fitas Porto 2013. Graas a uma relao

    construda com a Universidade Lusa-

    da do Porto, fomos convidados por esta

    nobre Casa a participar, incorporados no

    seu desfile. Para os Caloiros aqui que

    voltam a subir na hierarquia de praxe.

    apenas nos ltimos 30 metros, percor-

    ridos de joelhos, que deixam de ser Ca-

    loiros e passam a ser "Pastranos". Titulo

    esse que mantm at ao incio do prxi-

    mo ano lectivo. Para Doutores e Vetera-

    nos esta foi uma estreia que nos encheu

    de orgulho e de satisfao. Embora tenha

    sido um dia cansativo (o cortejo inicia-se

    s 14h00 e termina perto da meia-noi-

    te), encerrou com chave de ouro um ano

    "pioneiro" para a Praxe do IMT Porto.

    Atravs do nosso Dux Intitutus, e outros

    alunos, o IMT Porto fez-se ainda repre-

    sentar noutras actividades desta semana:

    Missa da Bno das Pastas, Beneficn-

    cia, Concerto Promenade, FITA - Festi-

    val Internacional de Tunas Acadmicas,

    Sarau Cultural, Baile de Gala e Garraia-

    da. No queremos despedirmo-nos sem

    antes fazer uma dedicatria ao colega

    Marlon Correia, aluno da Faculdade de

    Desporto, que faleceu ainda antes do in-

    cio da semana da Queima das Fitas, vti-

    ma de um acto deplorvel. Nesta altura

    importante mostrar que a Praxe no s

    festa, no s Traje, tambm respeito e

    solidariedade. Ao longo de todas as festi-

    vidades que marcaram a semana acad-

    mica, fez-se sentir esse sentimento, com

    vrias homenagens ao jovem. As nossas

    palavras de afecto vo para os seus fa-

    miliares e amigos nesta hora mais negra.

    Comprometidos com a ideia de que este

    no verdadeiramente o fim do nosso

    envolvimento na Praxe e no IMT Porto,

    os votos de maiores felicidades e cum-

    primentos dos quartanistas do curso de

    Osteopatia e restantes membros do Con-

    selho de Veteranos do IMT Porto.

    Capa negra de saudadeNo momento da partidaSegredos desta cidadeLevo comigo pr vida.

    - Balada de despedida - Veteranorum Victorius Jornalistis Politicus e Dux Institutus Ricardus Gigantonis Primarium,

    11 Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9

  • Artigos

    A Energia

    Digerir no Ayurveda

    Tiago Gonalves Cabeleira, Ex-Aluno do IMT Lisboa (Naturopata)

    Michele P, ADG do IMT e Terapeuta Clnica Panchakarma

    O Chi o princpio primrio do Taosmo. O Taosmo

    o Absoluto, consegue ao mesmo tempo ser o ca-

    minho, o caminhante e o acto de caminhar. Ou seja,

    para atravessar o caminho que a vida necessrio

    que o caminho exista, mas para atravessar o caminho ne-

    cessrio existir quem o posso caminhar, mas apesar disto tudo

    ainda necessrio que esse algum o consiga caminhar; se al-

    gum destes elementos falhar, qualquer um dos outros deixa de

    fazer sentido, pois no serve de nada um caminho se no poder

    ser atravessado, mas tambm no serve um caminhante se no

    existir caminho ou se no se conseguir caminhar.

    Podemos ento dizer que para podermos avanar na vida (ca-

    minho) necessrio que ns (caminhante) possamos e queira-

    mos viver com sabedoria e com equilbrio (acto de caminhar).

    O Taosmo incute um esprito de totalidade e de que para al-

    canar a longevidade necessrio procurar restaurar o equil-

    brio das energias atravs da fora energtica e espiritual.

    O Taosmo encara toda a vida e toda a existncia como ener-

    gia, designando essa mesma energia por Chi. Assim, o Chi a

    origem de tudo e para os orientais constitui o objeto primordial

    do seu estudo, independentemente das suas mltiplas formas

    de apresentao. O Chi no mais que a energia que circula

    atravs do nosso organismo e que permite a manuteno da

    sade a todos os nveis, fsica, mental, energtica, emocional

    proveniente de um trato digestivo disfuncional, faz com que res-

    tos alimentares no digeridos ali continuem a sofrer um processo

    de decomposio (fermentao e putrefao) bacteriana. Este

    processo produz substncias altamente txicas (toxinas endge-

    nas) que aliadas a outras toxinas que porventura possam existir

    na alimentao (agrotxicos, qumicos e promotores de cresci-

    mento, conservantes, edulcorantes, acidulantes, etc. toxinas

    exgenas), acabam por ser absorvidas pela corrente sangunea

    provocando alteraes metablicas, endcrinas e imunolgicas.

    A matriz de constituio formada pela combinao dos humores

    no nascimento condiciona a capacidade digestiva e a competn-

    cia individual na produo de enzimas para a digesto de cada

    alimento, ou seja, existe uma capacidade metablica especfica

    associada a cada humor o jataragni (fogo da digesto), res-

    ponsvel pela transformao dos alimentos - que caracteriza a

    qualidade da digesto para os diferentes tipos de constituio.

    nesse sentido que o Ayurveda diz ns somos mais do que aquilo

    que comemos: somos acima de tudo aquilo que assimilamos!

    Tudo o que entra em contacto com os nossos rgos dos senti-

    dos est sujeito a essa assimilao, e atravs da digesto que

    alimentos, sentimentos, pensamentos so digeridos e integrados,

    ou no.

    Atravs de recursos bem definidos, o mdico ou terapeuta ayur-

    vdico chega ao diagnstico do humor ou humores que possam

    estar a causar desequilbrios. O diagnstico ayurvdico permite

    a deteo precoce de patologias possibilitando a prescrio de

    um tratamento (Ayurveda Chikitsa). O primeiro passo no trata-

    mento a desintoxicao do organismo, pois o acmulo de

    toxinas juntamente com o desequilbrio energtico a causa bsi-

    ca da manifestao das doenas. O tratamento ayurvdico por

    isso constitudo por um regime alimentar adequado constitui-

    o individual, fitoterapia, terapias de oleao e massagem que

    restituem o equilbrio inicial.

    Reconhecer e eliminar toxinas, alm de reduzir a sua entrada no

    organismo, o segredo desta terapia, pois as toxinas bloqueiam

    o fluxo de energia vital (Prana) e so as fontes das doenas e

    do envelhecimento que podem acelerar a morte do corpo fsico.

    Neste processo a nutrio, o exerccio fsico progressivo, e a me-

    ditao tm um papel fundamental na purificao do corpo, da

    mente, e do esprito.

    Vata, Pitta e Kapha so os humores que caracterizam

    os bitipos da Medicina Ayurvdica. Cada indivduo

    nasce com uma combinao particular destas trs

    energias produzindo uma matriz nica a prakriti.

    A sade individual no Ayurveda surge por isso aliada s carac-

    tersticas de nascena. Quando a dose de Vata, Pitta e Kapha

    se encontra na proporo original da matriz de nascimento,

    manifestamos um estado de bem-estar fsico, mental e social

    completo. Contudo as alteraes alimentares, climticas, de re-

    lacionamento, medos, angstias e ansiedades vo alterando as

    caractersticas dos humores (Vata, Pitta e Kapha), fazendo-os

    moverem-se dentro do organismo, provocando desequilbrios

    que podem acarretar doenas fsicas, psicolgicas ou sociais.

    O conceito de nutrio ahar no Ayurveda abrange todas as

    formas como retemos a informao exterior pelos rgos dos sen-

    tidos. Com o tempo, o nosso organismo vai assimilando toxinas

    provenientes da m qualidade da alimentao, do ar e dos nossos

    pensamentos e sentimentos txicos. Se, associado a isso ocorre

    um desequilbrio nos humores, os nossos rgos internos passam

    a funcionar insatisfatoriamente e essas toxinas comeam a acu-

    mular-se, sobretudo ao nvel do trato digestivo. A m digesto,

    e espiritual. Quando se d um bloqueio desse fluxo energti-

    co, surge a doena. A energia, Chi, dever circular livremente

    de forma a proporcionar uma relao harmnica entre todos os

    componentes do organismo. Esta energia, causadora de sade

    e doena, encontra-se constantemente na forma de Yin ou na

    forma de Yang.

    O Yin origina o Yang, e o Yang origina o Yin, este ciclo

    que mantm a sade. O Yin e o Yang designam os opostos que

    existem em tudo, como o masculino e o feminino, o alto e o

    baixo, o gordo e o magro, etc. O Yin e o Yang compem tudo no

    universo e o equilbrio depende do equilbrio entre eles, sendo

    que o Yin e Yang esto em constante permuta. So opostos mas

    complementares, na medida em que se transformam um no ou-

    tro, como o dia (Yang) se transforma em noite (Yin).

    Yin tudo aquilo que tem tendncia imobilidade, quietude,

    materializao, interiorizao, a depositar-se, a permane-

    cer, etc., Yang tudo aquilo que tende projeo, exteriori-

    zao, ao, a mover-se, a voar, etc.

    O Homem um agregado de Yang e Yin em profunda interde-

    pendncia. O Yang do Homem a energia, enquanto o Yin

    o sangue (matria). Portanto o Homem forma um Tao no qual

    a matria, o sangue, utilizada para gerar atividades energti-

    cas e o Chi, energia, gasto na manuteno dessas atividades

    biolgicas.

    A sade o estado de equilbrio do Yin e Yang interno que

    permite a interao favorvel com o meio. Devemos conside-

    rar que este equilbrio necessrio para manter a homeostasia

    (equilbrio) do Homem com o meio. O Yin e o Yang so duas

    foras complementares, que devem estar sempre em equilbrio

    originando sade, ou no caso de desequilbrio originando a

    doena. O desequilbrio das energias Yin e Yang produz con-

    sequncias para o homem e para a natureza, e a morte significa

    o cessar da energia Chi.

    O Yin e Yang no so critrios de oposio absoluta, so crit-

    rios de oposio relativa. No representam um ser ou uma coisa

    de maneira estvel, seno que evolucionam de acordo com as

    transformaes dos seres e das coisas. Assim, pode dizer-se

    que a matria produz atividade que por sua vez transforma a

    matria e isso indefinidamente.

    Como vemos no smbolo do Tao, no existem um Yang e um

    Yin absolutos. O crculo exterior representa o Tao, existe a re-

    presentao do Yin e Yang por duas figuras simtricas de cores

    diferentes, h uma pequena parte de Yin no Yang e vice-versa.

    O cu foi criado por acumulao de Yang, a terra por acumulo

    de Yin, o cu e a terra representa o movimento e o repouso

    controlados pela sabedoria da natureza.

    A energia a causa de toda a produo e de toda a destruio

    Nei Jing Su Wen

    12Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9

  • Homeopatia e as Rinites

    Luis Teodoro Marques, Docente do IMT e Terapeuta Fitoclinic

    A utilidade do remdio Allium cepa

    A homeopatia tem vindo a ser cada vez mais reconhecida e

    utilizada como um mtodo teraputico eficaz contra as rini-

    tes, nomeadamente as que sazonalmente afetam um eleva-

    do nmero de pessoas, todas as primaveras.

    Estas rinites so em geral de tipo alrgico e surgem como uma resposta

    excessiva e desequilibrada do organismo em relao a agentes exter-

    nos, os alrgenos, como os plens. Caracterizam-se pela inflamao

    das mucosas ORL e o consequente aumento da produo de mucos,

    originando os sintomas mais marcantes e comuns desta perturbao:

    o corrimento nasal, a lacrimao excessiva, pruridos ou ardores nos

    olhos, pruridos no nariz, espirros, entre outros.

    Existem, porm, diferentes tipos de rinites alrgicas, relacionadas a

    diversas causas, como as que se desenvolvem por reao a caros,

    produtos qumicos, ou outros, e ainda as rinites de origem viral ou

    bacteriana.

    Contudo, em homeopatia, o tratamento deve ser escolhido no tanto

    pela origem ou tipo de rinite, mas antes pela identificao especfica

    dos sintomas de cada pessoa, formando um quadro clnico exclusivo.

    O que significa que a teraputica a aplicar deve basear-se na sele-

    o do remdio homeoptico que melhor cobre o conjunto de sintomas

    e sinais especficos de cada indivduo, sendo esse o mais adequado.

    Existem, por isso, vrios remdios homeopticos usados neste tipo de

    tratamento.

    No entanto, um dos mais usados na rinite alrgica sazonal o rem-

    dio Allium cepa, produzido a partir da cebola, sendo um dos que me-

    lhores resultados obtm num elevado nmero de casos. De facto, na

    Matria Mdica deste remdio surgem descritos muitos dos sintomas

    mais comuns desta perturbao. Exemplo disso o Tratado de Mat-

    ria Mdica de Vannier e Poirer, onde constam diversos sintomas bem

    conhecidos e comummente experimentados por muitas pessoas, entre

    os quais, os seguintes sintomas relacionados ao remdio Allium cepa,

    e que este pode tratar:

    [] Olhos vermelhos com dores picantes e ardentes. Fotofobia. La-

    crimejamento abundante, no irritante. [] Coriza aps exposio ao

    vento hmido []; corrimento abundante, aquoso [] Espirros fre-

    quentes. Corrimento nasal caindo gota a gota, aquoso [] Coriza pe-

    ridica, voltando a cada ano []

    Sendo produzido a partir da cebola, interessante verificar que este

    um dos remdios que ilustra bem o funcionamento da homeopatia, ou

    seja, a cura pelos semelhantes. Isto significa que uma substncia capaz

    de produzir um determinado conjunto de sintomas, tambm a subs-

    tncia adequada para tratar os mesmos sintomas num indivduo doen-

    te. Com efeito, todos ns j sentimos o ardor nos olhos, a lacrimao e

    por vezes o corrimento nasal produzidos pelo descascar de uma cebola.

    Como referido acima, apesar de Allium cepa ser um dos remdios mais

    aplicados em homeopatia no tratamento da rinite, existem outros, tam-

    bm com uso frequente. Entre os quais, Euphrasia, Luffa operculata,

    Pulsatilla, Sabadilla, alm de numerosos outros remdios homeopti-

    cos em cuja Matria Mdica constam diversos dos sintomas referidos.

    Mas o tratamento homeoptico pode ter um alcance abrangente, que

    vai alm dos sintomas relacionados a uma perturbao especfica. H

    ainda a possibilidade de agir na pessoa como um todo pela identifi-

    cao das caratersticas e comportamentos que a diferenciam e dos

    seus sintomas ou sinais mais peculiares e relevantes, seja qual for a

    sua localizao fsica, ou mesmo a nvel mental. Desta forma, h a

    possibilidade de reduzir a sensibilidade que a pessoa apresenta em

    relao aos alrgenos e assim prevenir que se desencadeiem novas

    reaes a cada ano.

    Assim, para a eficcia do tratamento importante uma boa seleo do

    remdio a aplicar, estejamos perante um quadro agudo, em relao

    ao qual Allium cepa surge como um dos remdios homeopticos mais

    relevantes, estejamos perante um quadro crnico, onde a individua-

    lizao da pessoa permite a seleo do tratamento de fundo, na sua

    globalidade, permitindo aliviar no s os sintomas mais evidentes, mas

    tambm as predisposies e vulnerabilidades especficas de cada indi-

    vduo. Sendo este o foco fundamental da homeopatia.

    Holismo, Terapias Energticas e Espiritualidade

    Ana Paula Carneiro e Sandra Santos, docentes do IMT

    gtica. Quantos profissionais de sade se sentem fisicamente

    esgotados ao fim do dia, sem realizarem um trabalho fisicamen-

    te pesado? Quanto desse esgotamento fsico produzido por

    um esvaimento energtico?

    , por isso, imperioso que o profissional de sade se prepare

    devidamente para exercer a sua profisso de uma forma cien-

    tificamente competente, energeticamente eficaz, e espiritual-

    mente compensadora, tanto para si como para os pacientes.

    Como podemos prepararmo-nos? Com o avano cientfico est

    cada vez mais comprovada a existncia de tcnicas com base

    meditativa como forma de preparao diria. O profissional de

    sade , acima de tudo, um Ser Humano e, como tal, tambm

    tem os seus problemas e dificuldades, podendo a sua conscin-

    cia energtica estar pouco desperta para manter a neutralidade

    perante os desafios que o paciente lhe traz. Da a possibilidade

    de ocorrer um esvaimento energtico.

    O primeiro passo est em aprender a manter essa neutralidade,

    conseguida atravs de tcnicas de enraizamento (visualizao

    de razes a sair pelos ps at ao centro da Terra com exerccios

    de respirao associados), e de proteco e limpeza da prpria

    energia (conscincia da aura, chakras e corpos energticos).

    O enraizamento traz ao profissional de sade/terapeuta uma

    maior conscincia sobre o seu corpo e sobre o momento pre-

    sente o aqui e o agora aumentando o foco sobre tudo o que

    o rodeia e aumentado a capacidade de escuta sobre as necessi-

    dades do paciente. As tcnicas de proteo e limpeza vo per