jornal ifnmg /maio/ 2015/ edição 1ª

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ENTREVISTA Educação a Distância a serviço da inclusão PESQUISA Diagnóstico do mercado de trabalho no Norte de Minas EXTENSÃO O Vale em música e dança ENSINO Ingresso: Vamos em frente, que lá vem mais gente Incubadora apoia empreendimentos de economia solidária na região de Januária Conheça o trabalho dos profissionais e estagiários que compõem a Incubadora Tecnológica de Empreendimentos da Economia So- lidária (Incubatec), do IFNMG-Câmpus Januária. Eles assessoram Pág. 5 Pág. 3 Pág. 7 Pág. 9 Pág. 10 grupos de trabalhadores, reunidos em associações e cooperativas, que mantêm empreendimentos com diferentes focos, desde a coleta de material para reciclagem até a produção agrícola. Pág. 11 Pág. 4 ESPECIAL Professores e alunos levam o IFNMG para o exterior Associação de artesãos está entre os empre- endimentos incubados Arquivo ESPECIAL Proposta aumenta horário de atendimento e amplia flexibilização da jornada Rua Coronel Luís Pires, 202 - Centro - Montes Claros/MG - CEP:39400-106 - Fone: (038) 3201-3050 - www.ifnmg.edu.br

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Page 1: Jornal IFNMG /Maio/ 2015/ Edição 1ª

ENTREVISTAEducação a Distância a serviço da inclusão

PESQUISADiagnóstico do mercado de trabalho no Norte de Minas

EXTENSÃOO Vale em música e dança

ENSINOIngresso: Vamos em frente, que lá vem mais gente

Incubadora apoia empreendimentos de economia solidária na região de Januária

Conheça o trabalho dos profissionais e estagiários que compõem a Incubadora Tecnológica de Empreendimentos da Economia So-lidária (Incubatec), do IFNMG-Câmpus Januária. Eles assessoram

Pág. 5 Pág. 3

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grupos de trabalhadores, reunidos em associações e cooperativas, que mantêm empreendimentos com diferentes focos, desde a coleta de material para reciclagem até a produção agrícola.

Pág. 11 Pág. 4

ESPECIALProfessores e alunos levam o IFNMG para o exterior

Associação de artesãos

está entre os empre-

endimentos incubados

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ivo

ESPECIALProposta aumenta horário de atendimento e amplia flexibilização da jornada

Rua Coronel Luís Pires, 202 - Centro - Montes Claros/MG - CEP:39400-106 - Fone: (038) 3201-3050 - www.ifnmg.edu.br

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Editorial

Reitor: José Ricardo Martins da SilvaPró-Reitor de Administração: Edmil-son Tadeu CassaniPró-Reitor de Desenvolvimento Ins-titucional: Alisson Magalhães CastroPró-Reitora de Ensino: Ana Alves NetaPró-Reitor de Extensão: Paulo César Pinheiro de AzevedoPró-Reitor de Pesquisa, Pós-Gradua-ção e Inovação: Rogério Mendes MurtaDiretor da Diretoria de Gestão de Pessoas: Rafael Farias GonçalvesDiretor do Centro de Referência de Educação a Distância e Projetos Es-peciais: Antônio Carlos Soares Martins

Diretores-gerais de CâmpusCâmpus Almenara: Joan Brálio Mendes Pereira LimaCâmpus Araçuaí: Aécio Oliveira de MirandaCâmpus Arinos: Elias Rodrigues de Oliveira FilhoCâmpus Diamantina: Junio JáberCâmpus Avançado Janaúba: Fernando Barreto RodriguesCâmpus Januária: Cláudo Roberto Ferreira Mont´AlvãoCâmpus Montes Claros: Nelson Licínio Campos de OliveiraCâmpus Pirapora: Júlio César Pereira BragaCâmpus Avançado Porteirinha: Tarso Guilherme Macedo PiresCâmpus Salinas: Maria Araci MagalhãesCâmpus Teófi lo Otoni: Renildo Ismael Félix da Costa

Chefe de GabinetePedro Borges Pimenta Júnior

Coordenador de Comunicação e Eventos Marcos Aurélio de Almeida e MaiaJornalistas ResponsáveisFabrizio Giuvannucci FrancoJuliana Silveira PaivaRelações PúblicasBraulio Quirino Siff ertPublicitário Gustavo Henrich E. VieiraProjeto Gráfi co e DiagramaçãoMarcos Aurélio Maia RevisãoLuciana Lacerda de Carvalho

Tiragem: 4.000Circulação: NacionalPeriodicidade: SemestralImpressão: Perfi l Gráfi ca

Rua Coronel Luís Pires, 202 - CentroMontes Claros/MG - CEP:39400-106Fone: (038) 3201-3050www.ifnmg.edu.brfacebook.com/IFNMGofi cialtwitter.com/IFNMG_Ofi cial

Sugestões de pautas, favor enviar texto e imagem para a Comunicação do IFNMG.E-mail: [email protected]: (38)3201-3075/3073

Expediente

Profuncionário refl ete o alcance do InstitutoProfuncionário refl ete o alcance do Instituto

José Ricardo Martins da Silva Reitor do IFNMG

É uma honra para nós, do Institu-to Federal do Norte de Minas Ge-rais, levarmos até você esta primei-ra edição do Jornal do IFNMG, que demonstra algumas das inúmeras ações, trabalhos e projetos que vêm sendo desenvolvidos nos nossos 11 câmpus, no âmbito do ensino, da pes-quisa e da extensão, assim como na área administrativa.

A ampliação do número de alunos, servidores, projetos, câmpus, cursos, bolsas e obras, nos últimos anos, de-monstra o esforço do IFNMG em cumprir com sua missão de contri-buir com o progres-so socioeconômico da população de nossa grande área de abrangência.

Um dos grandes exemplos desse fortalecimento do IFNMG, e que inclusive é destaque nacional pelos expressivos números, é o Programa Nacional de Valoriza-ção dos Trabalhadores em Educação, conhecido como Profuncionário, que promove cursos gratuitos com o obje-tivo de qualifi car os trabalhadores que atuam na educação pública.

Desde 2012, o IFNMG vem ofere-

cendo, no âmbito do Profuncionário, os cursos técnicos em Secretaria Es-colar, Multimeios Didáticos, Alimen-tação Escolar e Infraestrutura Escolar, ofertados na modalidade de educação a distância em parceria com os muni-cípios. Os signifi cativos investimen-tos na infraestrutura tecnológica, no espaço físico e no quadro de servido-res do IFNMG contribuíram de forma decisiva para a ampliação e interiori-zação da oferta do Profuncionário na área de abrangência do IFNMG.

A robusta oferta de cursos iniciada em 2013 em 87 mu-nicípios do Norte e Nordeste de Minas, Vale do Jequiti-nhonha e Vale do Mucuri, está sendo concluída em maio de 2015 com um to-

tal de 293 turmas e, aproximadamen-te, 5.700 alunos formandos, o que faz com que o IFNMG seja a instituição que mais esteja formando alunos pelo Profuncionário no Brasil. Assim, o Instituto proporciona possibilidades de melhoria na organização das esco-las públicas em seus vários aspectos e colabora na melhoria da educação oferecida nestas instituições.

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Além do Profuncionário, a oferta de cursos através de outros projetos a dis-tância e a transformação da Diretoria de Educação a Distância em Centro de Referência em Educação a Distân-cia e Projetos Especiais demonstram o reconhecimento do IFNMG pela importância e alcance dos cursos ofe-recidos nesta modalidade.

Nos cursos presenciais ofertados nos câmpus, os números também são expressivos, e os bons resulta-dos vêm sendo manifestados em forma de inúmeras ações e projetos de muita qualidade, que fi caram de-monstrados, por exemplo, no IV Se-minário de Iniciação Científi ca, rea-lizado em abril no Câmpus Arinos, e no II Jogos Intercâmpus do IFNMG (JIFENMG), realizado em maio no Câmpus Salinas.

Os resultados recentes são de grande orgulho para toda a comunidade do Instituto, mas são também um estímu-lo para que continuemos trabalhando com afi nco para reforçar e consolidar, cada vez mais, a nossa árdua missão de levar educação pública e de quali-dade a esta grande área norte-mineira que, enfi m, vem tendo muitas oportu-nidades e resultados em produção de conhecimento, desenvolvimento de tecnologia e profi ssionalização.

Com 293 turmas e5.700 alunos formandos,

o IFNMG é a instituição que mais forma alunos

pelo Profuncionário no Brasil

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Entrevista

Há controle de frequência?

Nas atividades presenciais, a fre-quência é controlada pelo tutor pre-sencial; no ambiente virtual, não se controla ou avalia o tempo que o aluno fica logado, mas o cumpri-mento das tarefas previstas.

Você citou o tutor presencial. Quais são as outras figuras que atuam no suporte ao aluno?

O tutor presencial é aquele que apoia o aluno presencialmente. Ele tem um horário a cumprir no polo e o aluno pode procurá-lo quando ne-cessário. O tutor a distância é aquele que faz a mediação nos espaços de

interação do ambiente virtual e tam-bém pode ser acessado por contato direto, via e-mail ou telefone. Temos o professor formador, responsável pelo planejamento da disciplina, organização e direcionamento do trabalho dos tutores, e que também pode ser acessado pelo aluno por meio do ambiente virtual.

Quais habilidades que o aluno de EAD precisa desenvolver?

De forma geral, as pessoas estão acostumadas com o modelo mais tradicional da educação presencial. Na EAD, o aluno precisa aprender a lidar com a própria ferramenta, com a tecnologia – o chamado letramen-to tecnológico –, mas de forma pro-cessual, ao longo do curso. Nós pro-movemos capacitações para o aluno, mas ele aprende muito mais com os tutores, ao longo do curso. Tem que desenvolver, também, a interação no ambiente virtual e o gerenciamento do tempo e do espaço. Numa sala de aula convencional, você tem aquele espaço e tempo definidos e o profes-sor sempre presencialmente para dar o direcionamento das atividades, or-ganizar, gerenciar e controlar.

Isso sugere autonomia...

Principalmente autonomia. Procu- ramos desenvolver atividades que favoreçam o desenvolvimento dos alunos nesse sentido.

Quais as possibilidades que surgem com a EAD?

O nosso grande desafio era in-teriorizar, atender as pessoas nos lugares mais distantes, onde sabí-amos que dificilmente o Instituto chegaria presencialmente. E, tam-bém, dificilmente esse público teria condições de sair de seus municí-pios e ir para onde há um câmpus, por questões de distância, custo... muitas vezes são pessoas carentes ou que precisam trabalhar, alguns são de idade mais avançada. É to-talmente diferente do público dos nossos cursos técnicos presenciais. Temos relatos de alunos que falam da dificuldade de acesso a seus mu-nicípios e de como seria difícil sair de lá para estudar. Eles sabem que a educação a distância é a alternativa. Temos sempre que pensar no papel social da oferta de cursos, no aspec-to de formação e capacitação para o mercado, mas também de empode-ramento das pessoas, de resgate de cidadania, de levar oportunidades. Esse é o nosso foco.

Como funciona um curso EAD?

A modalidade permite flexibili-zação de tempo e espaço. O aluno não precisa estar presente no local de oferta o tempo todo, o que não significa que não haja atividades presenciais. Há uma variedade de modelos, com número maior ou me-nor de atividades presenciais, mas a exigência legal é de, no mínimo, 20% da carga horária. Esse percen-tual varia dependendo do tipo de curso, mas sempre obedecendo a exigência mínima.

As avaliações são sempre presen-ciais, assim como seminários, ativi-dades laboratoriais, algumas aulas - às vezes, para apresentação das disciplinas – e, até mesmo, visitas técnicas. A maioria dos cursos é or-ganizada com um encontro semanal

no polo, mas a periodicidade pode variar. Nos cursos do Profuncioná-rio [programa voltado a servidores da educação básica pública], por exemplo, organizamos encontros quinzenais nos finais de semana, para melhor adequação à dinâmica de trabalho desses alunos nas esco-las onde trabalham.

E o que é ambiente virtual?

No Ambiente Virtual de Apren-dizagem (AVA), disponibilizamos videoaulas, gravadas em nossos próprios estúdios ou, quando neces-sário, aulas produzidas por outras instituições da Rede e-Tec Brasil; material didático, que também é en-tregue ao aluno na versão impressa; fóruns de discussão; atividades e outros materiais audiovisuais.

De sete para 117 polos de apoio presencial. De 600 para cerca de 20 mil alunos. Os números reve-lam bastante sobre a evolução da EAD no IFNMG desde as pri-meiras turmas, em 2012, até o balanço final de 2014, mas não dizem tudo sobre essa modalida-de que, no Instituto, oferta prin-cipalmente cursos técnicos, mas também pós-graduação.

Para o diretor do Centro de Refe-rência de Educação a Distância e Projetos Especiais, Antônio Carlos Soares Martins, EAD é sinônimo de oportunidade, de interiorização e, em última instância, de inclusão. Nesta entrevista, ele explica como funcionam os cursos, as habilida-des que os alunos devem desenvol-ver e as oportunidades que surgem com a oferta.

Educação a Distância a serviço da inclusão

“O nosso grande desafio era interiorizar, atender as pessoas nos lugares mais distantes, onde sabíamos que dificilmente o Instituto chegaria presencialmente.”

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Especial

O diálogo entre culturas é a chave para a compreensão das diferenças e formação do conhecimento. Assim a internacionalização do IFNMG é construída, em consonância com o Plano de Desenvolvimento Institu-cional (PDI), o de mobilidade estu-dantil, de capacitação de servidores e o estabelecimento de parcerias. Essa coerência entre planejamento e de-sempenho da Assessoria de Relações Internacionais (Arinter) foi aferida pelo MEC com conceito quatro, em uma escala de um a cinco, no proces-so de recredenciamento do Instituto

como ofertante de cursos superiores, realizado no início deste ano.

Apesar do Instituto ser figura nova no diálogo internacional da educação, o reconhecimento do MEC é muito significativo. Para o assessor de re-lações internacionais, professor Hil-ton Galvão, esse conceito representa avanço na estruturação da Arinter. “Estamos caminhando coerentes com o PDI e a sustentabilidade financeira. Prova disso é a recente captação de re-curso externo, via Fapemig, no valor de R$ 71 mil, para o fortalecimento da nossa assessoria”, explica.

Professores e alunos levam o IFNMG para o exteriorRelações internacionais proporcionam mobilidade estudantil a 17 estudantes e regulamentam missões de servidores no exterior

Ainda sem a aplicação do recurso externo, o IFNMG emplacou a par-ticipação de 17 estudantes no Pro-grama Ciência sem Fronteiras (CsF). Os destinos dos alunos são os mais variados, da América do Norte até a Oceania. Alguns dos países: Austrá-lia, Alemanha, Reino Unido, Cana-dá, Estados Unidos e Chile. Parte do fruto desse trabalho é colhido no re-torno dos estudantes para casa. Eles ganham a missão de compartilhar e gerar mais conhecimento. (Confira, no quadro ao lado, os relatos de al-guns intercambistas do Instituto.)

RegulamentosAlém do Ciência sem Fronteiras,

o IFNMG desenvolve com recur-sos próprios o Programa Mobili-dade Estudantil Internacional para a concessão de auxílios financei-ros aos estudantes, para custearem suas despesas durante o intercâm-bio internacional com instituições conveniadas. Recentemente, dois estudantes foram selecionados para intercâmbio no Instituto Politécni-co de Bragança, em Portugal, onde, além de cursarem disciplinas de cursos superiores afins a Agrono-mia e Engenharia Florestal, realiza-ram estágio em projeto de pesquisa.

Com relação à mobilidade inter-nacional de servidores técnico-ad-ministrativos e docentes para estu-do ou missão no exterior, a Arinter

presidiu comissão que elaborou pro-posta da regulamentação. A ideia, segundo Hilton Galvão, não é ape-nas criar normas, mas também es-tabelecer critério e transparência no auxílio financeiro para envio de ser-vidores a outros países. A proposta de regulamentação está em análise na Comissão Permanente de Pesso-al Docente (CPPD Institucional) e Comissão Interna de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Téc-nico-Administrativos em Educação (CIS PCCTAE).

DemandaA Arinter desenvolve desde rela-

ções do IFNMG com instituições do exterior até aplicação de testes de proficiência em inglês (Toefl/ITP) e propostas de regulamentos de auxí-

lio à mobilidade estudantil, confor-me a política internacionalização do MEC. Segundo a assessoria, desta-ca-se, ainda, a regulamentação da criação dos Centros de Línguas nos câmpus, que têm como principal in-tenção a oferta de cursos de idiomas que possibilitem às comunidades, interna e externa, aprender outros idiomas para o progresso da globa-lização do conhecimento.

Professores para o Futuro

O IFNMG participa dos dois pri-meiros editais do programa Profes-sores para o Futuro, de capacitação em universidades de ciências aplica-das na Finlândia, com a seleção de dois docentes. O primeiro a receber

a capacitação pedagógica e de pes-quisa aplicada foi o professor Hilton Galvão. Ele realizou a imersão de cinco meses na Tampere University of Applied Sciences (TAMK), onde apreendeu técnicas pedagógicas do modelo finlandês. Para encerrar as atividades do primeiro edital do programa, Hilton e os demais pro-fessores da Rede Federal de Educa-ção Profissional e Tecnológica par-ticipantes apresentarão a aplicação dos conhecimentos adquiridos no intercâmbio durante o III Fórum de Educação Profissional e Tecnológi-ca (FMEPT), em maio deste ano. O outro selecionado na segunda chamada do programa é o profes-sor Vico Mendes Pereira Lima, do IFNMG - Câmpus Almenara, que também foi para a Finlândia estudar a pedagogia aplicada.

Pelo mundoOi! Sou a Flávia, estou no 9º período de Agronomia, no Câmpus Januária, cheguei no Canadá em maio do ano passado, fiz algumas matérias nos cursos

de Agricultura e Horticultura. Estudo no Olds College, na cidade de Olds, na Província de Alberta, no Canadá. Terminei o curso de inglês mês passado, agora estou indo para o estágio no município de Ponoka, perto de Edmonton, capital de Alberta, em uma fazenda de Saskatoon Berry - fruta parecida com um açaí.

Eu sou Jaudir, estudante do 4º período de Ciência da Computação, do Câmpus Montes Cla-ros. Estou morando em Phoenix, capital do Arizona, EUA,

desde agosto. Já terminei a etapa de inglês e estou cursando matérias da área de redes para certificação Cisco Systems e buscando um estágio.

Meu nome é Izabella. Sou acadêmica do 9° pe-ríodo de Engenharia Florestal no Câmpus Salinas. Cursei o semestre passado no Instituto Politécni-

co de Bragança, em Portugal. Além das disciplinas cursadas, fiz também estágio na área de SIG e de Inventário durante cinco meses. Os dados gerados a partir desse estágio serão utilizados na minha mono-grafia. Retornei ao Brasil há dois meses e ainda não me adaptei ao calor!

Eu sou o Nondas Silva e estou cur-sando Engenharia Florestal, 7º período, no Câmpus Salinas. Fiz o intercambio pelo Ciência sem Fronteiras, no ano

passado, durante um ano e dois meses, no Canadá, na Lakehead University. Fiz dois meses de inglês. Concluí oito matérias (dois semestres letivos) e um estágio de quatro meses na área de tecnologia da madeira.

Em visita promovida por universidades

finlandesas, Hilton Galvão esteve em

Estolcomo, capital da Suécia, com turma do programa Professores

para o Futuro

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Desde outubro de 2012, o assistente em administração Warley Souza Dias trabalha no Protocolo da Reitoria, seis horas por dia

O reitor do IFNMG, José Ricar-do Martins da Silva, assinou em abril deste ano a Portaria nº 340 que constituiu comissão responsá-vel pela análise da possibilidade de expansão do horário de atendimento à comunidade interna e externa, de 12 horas ininterruptas, para demais setores do IFNMG, além dos sete setores vigentes. Com isso, os téc-nico-administrativos em Educação (TAE) desses setores podem ter a jornada de trabalho fl exibilizada para seis horas diárias.

A portaria foi confeccionada após apreciação positiva, por unanimida-de, do relatório do Grupo de Traba-

lho (GT) 30 horas, no dia 26 de mar-ço, no Colégio de Dirigentes (CD), e reunião do reitor com o Coletivo Sindical do Sindicato Nacional dos Servi-dores da Educação Federal (Sinasefe). A ideia é a continuidade dos estudos com uma comissão mais plural para encaminhar os detalhes fi nais.

Segundo apontou o GT 30 horas, a Instituição deve estipular horário de atendimento em até três turnos e es-tar disponível à comunidade das 7 às 23 horas. O Grupo concluiu também

que a defi nição de público usuário dos serviços dos técnico-administra-tivos deve ser extraída da própria lei

que criou a carreira.A nova comissão que

vai estudar a expan-são da fl exibilização da jornada a mais se-tores é composta por dois representantes do CD, dois da Diretoria de Gestão de Pessoas

(DGP) e dois da Comissão Interna de Supervisão da Carreira dos TAE (CISPCCTAE). O resultado da atua-ção da comissão será apreciado pelo Colégio de Dirigentes.

Proposta amplia horário de atendimento e fl exibiliza a jornada dos TAEsSete setores já atendem durante 12 horas ininterruptas. Reitoria e Coletivo Sindical discutem juntos a proposta

“Com certeza, o diálogo entre Reitoria e o Coletivo Sindical é

muito importante.”Reitor

Diálogo permanente

Os representantes do Sinasefe opta-ram por acompanhar os trabalhos da nova comissão sobre a nova organi-zação do trabalho. Segundo o sindi-calista e professor Fabiano Rosa de Magalhães, a decisão do Coletivo Sin-dical Norte de Minas de não compor a comissão foi baseada em diversas instâncias de discussão da categoria e o tema já é debatido pelo Sindica-to junto aos TAEs e à CIS CPPTAE, desde as greves de 2011, 2012 e 2014.

“Com certeza, o diálogo entre Reitoria e o Coletivo Sindical (que agrega as seções sindicais de Pira-pora, Januária e Salinas) é muito importante. Essa pauta também é dinâmica, ou seja, está sempre se renovando. Daí a importância desse diálogo permanente. O Sinasefe não abre mão de acompanhar e avaliar o funcionamento da jornada de 30 ho-ras”, ressalta Fabiano, após reunião fruto de cronograma de encontros entre Coletivo Sindical e Reitoria.

Sete setoresNa Portaria nº 265 de 2012, o au-

mento da qualidade dos serviços oferecidos pela Instituição é impor-tante na ampliação do atendimento em 12 horas. Quem opta pela adesão a este maior tempo de atendimento e jornada de trabalho fl exibilizada nos câmpus são os diretores-gerais. Nas Pró-reitorias, a decisão fi ca por conta dos pró-reitores. Atualmente, sete setores no IFNMG podem ade-rir à nova jornada: biblioteca, aten-dimento pedagógico, assistência ao educando, registro escolar, registro acadêmico, protocolo, tecnologia da informação. Reprografi a e telefonia também podem, mas estão terceiri-zadas no IFNMG.

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Especial

Novos serviços de tecnologia da informação são implementados

O IFNMG tem ampliado a gama de serviços de tecnologia da infor-mação em parceria com a Rede Na-cional de Ensino e Pesquisa (RNP). Um deles é a Comunidade Acadê-mica Federada (CAFe) e o outro é a rede eduroam (education roaming) já implementada na Reitoria.

Comunidade Acadêmica Federada (CaFe) e eduroam são aplicações alcançadas via RNPA eduroam possibilita a pesquisa-

dores e equipes das instituições par-ticipantes a conectividade à internet, por meio da conexão sem fi o (wi-fi ), dentro dos câmpus e em qualquer localidade que ofereça essa facilida-de, atualmente disponibilizada por várias instituições no mundo.

Segundo o analista em tecnologia da informação, Alisson da Silveira Gar-cez, “se um visitante pertencer a uma instituição que aderiu à eduroam, é possível que os dispositivos dele se

conectem automaticamente à internet quando visitar a Reitoria do IFNMG”.

Outro avanço é a ampliação do acesso ao Portal de Periódicos da Ca-pes com a Comunidade Acadêmica Federada (CAFe). O Portal de Peri-ódico da Capes é uma biblioteca vir-tual que reúne e disponibiliza para as instituições de ensino e pesquisa no

Brasil o melhor da produção cien-tífi ca. O CAFe é uma ampliação do acesso ao Portal de Periódicos, que antes era realizado apenas nos com-putadores instalados no IFNMG, por meio do número do Protocolo de In-ternet (IP) institucional.

Agora, a CAFe permite o uso dessa biblioteca virtual pelos servidores de qualquer local, com o mesmo “login” e “senha” usados para todas as aplica-ções disponibilizadas pelo IFNMG, a exemplo do e-mail institucional.

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Ensino

Reconhecimento de Saberes e Competências dos professores alcança 225 retribuições Além de requerer o benefício, docentes podem ser avaliadores de processos e receber por isso. Coordenador da CPPD já percebe maior interesse na melhoria da produção acadêmica

O IFNMG já aprovou até abril deste ano cerca de 225 Retribuições por Ti-tulação (RT), por meio do Reconhe-cimento de Saberes e Competências (RSC), aos servidores docentes da Instituição. O RSC é concedido deste setembro de 2014, quando as solicita-ções foram iniciadas. A previsão de benefícios a serem concedidos para este ano é de 200 RSCs, segundo a Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) Institucional.

Para o coordenador da CPPD Insti-tucional, professor Manoel Xavier de Oliveira Júnior, o mérito estimulado tem impacto positivo para a socie-dade. “Por ter sido reconhecida toda sua dedicação ao longo da carreira, o docente trabalha com maior moti-vação e isso se reflete na melhora da qualidade do serviço. Os professores

já trabalham no sentido de melhorar sua produção acadêmica”, pontua.

Manoel Xavier alerta que, para maior agilidade das solicitações, os professores que pleiteiam o benefício ou os que querem ser avaliadores do RSC devem se atentar para algumas dicas. “Os docentes têm que se ca-dastrar no site do Sistema Integra-do de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec), no módulo RSC; na Plata-forma Lattes e manter e-mail e te-lefones sempre atualizados”, frisa o coordenador.

De acordo com o Regulamento do RSC, o processo de avaliação da concessão é realizado por Comissão Especial composta por três professo-res do Plano de Carreira de Magis-tério do Ensino Básico, Técnico e

Tecnológico (EBTT), sendo um do IFNMG e dois de outras instituições da Rede Federal. O sorteio para es-colha desses professores é realizado pela CPPD Institucional por meio do módulo RSC do Simec. O sistema já seleciona avaliador e seu suplente.

O que é?O RSC possibilita que o docente

graduado receba RT de Especialista (RSC-I), que o docente com título de Especialista receba a RT de Mestre (RSC-II) e que o docente com títu-lo de Mestre receba a RT de Doutor (RSC-III), desde que sejam cumpri-dos os requisitos necessários. O RSC dos professores não gera alteração no vencimento básico, na progressão ou na promoção funcional na carreira.

Como pedir o benefício?

Os docentes devem acessar o site do IFNMG, baixar e ler a docu-mentação do RSC, regulamento da avaliação e fluxo de procedimen-tos. Em seguida, tirar cópias dos certificados de produção acadêmica, autenticá-los junto ao setor de gestão de pessoas ou em cartórios de notas e ofícios, organizar os documentos necessários, montar o processo e protocolar no câmpus de lotação.

Seja avaliadorUm obstáculo enfrentado pelo

IFNMG é a baixa quantidade de avaliadores dos processos de RSC. Para estimular a participação, é bom lembrar que a análise é remu-nerada. Segundo a Portaria da Rei-toria nº 860/2014, a cada avaliação de processo do RSC é pago o valor de R$ 219,78, recebido junto com o vencimento mensal do docente. Mas para ser avaliador do RSC é preciso ser docente.

Dicas aos Avaliadores- Atualize o cadastro no Simec: telefones e e-mails;- Atualize o currículo na Platafor-ma Lattes;- Confira se no cadastro no Simec, no módulo RSC, o IFNMG está selecionado.

Regulamentações do ensino ajudam reestruturação do Sistema Acadêmico

Sistematizar para avançar. É com essa proposta que a Pró-Reitoria de Ensino (Proen) e a Diretoria de Ges-tão de Tecnologia da Informação (DGTI) formularam plano de traba-lho para atender às constantes deman-das do ensino no aprimoramento do Sistema Acadêmico do IFNMG. Segun-do o diretor de Ges-tão de Tecnologia da Informação, Danilo Teixeira Silva, a re-estruturação da fer-ramenta é realizada conforme as apro-vações dos regulamentos de ensino.

De acordo com a Diretora do Depar-tamento do Ensino Técnico, Ana Ce-cília Mendes Gonçalves, as mudanças referem-se à unificação de alguns procedimentos de avaliação escolar dos cursos técnicos integrados. “Por meio de reuniões com os representan-tes do Ensino dos câmpus em que se discutiu sobre o sistema de avaliação

escolar adotado, foi possível unificar o tempo avaliativo para trimestre, também adotou-se a média global e a recuperação final. Estamos em pro-cesso de discussão das recuperações paralela e parcial”, pontua.

As discussões para implementação efe-tiva do sistema aca-dêmico se tornou pauta permanente do Colégio de Diri-gentes do Instituto. O reitor do IFNMG, José Ricardo Mar-tins da Silva, refor-çou o processo de

implantação do programa web com seis servidores de TI focados na sua melhoria. “É fundamental a contri-buição de todos na alimentação do sistema acadêmico para validar nos-sos esforços”, enfatiza. Outro impor-tante ponto em desenvolvimento do módulo acadêmico é o espaço desti-nado ao aluno, que será disponibili-zado até o final de 2015.

ContrataçãoPara acelerar o aprimoramento e de-

senvolvimento do código do Sistema Acadêmico, a Reitoria busca soluções externas. Em 2014, duas portarias fo-ram instituídas para garantir funcio-nalidade no sistema. A Portaria nº 668 constituiu o Comitê Gestor do Siste-ma Acadêmico, com representações dos câmpus do Instituto, da DGTI e da Proen. E a Portaria nº 705 designou comissão para identificar e sugerir a contratação de soluções de programa-ção externas. Esta última comissão decidiu contratar, por meio de dispen-sa de licitação, consultoria da Coope-rativa Solis.

CapacitaçãoNo final de 2014, a DGTI e a Pro-

en promoveram a capacitação dos servidores de TI dos câmpus que oferecem o suporte ao Sistema Aca-dêmico do IFNMG. Ao todo, 13 ser-vidores de tecnologia da informação

participaram de curso de três dias na Reitoria. A intenção do treinamen-to foi compartilhar conhecimento e descentralizar os serviços de suporte básico oferecidos pela DGTI.

De acordo com o coordenador de Gestão de Tecnologia da Informação, Christopher Mota, esta foi a primei-ra capacitação sobre o Sistema Aca-dêmico focada no suporte técnico. “Nosso objetivo é dar condições dian-te das atualizações do sistema para que os técnicos de TI do Instituto nos câmpus possam solucionar melhor as demandas de professores, técnico-ad-ministrativos e alunos”, pontua.

Para o analista de tecnologia da informação Francisco Barros, foi uma oportunidade para aprender e trabalhar melhor com o sistema aca-dêmico. “Simulamos a instalação e uso de todos os processos referentes a cada tipo de usuário do sistema do início até o final. Pudemos compar-tilhar falhas e analisar o fluxograma da informação”, explicou o técnico do Câmpus Januária.

Unificação dos procedimentos de avaliação escolar facilitará a inserção de dados dos alunos

“É fundamental a contribuição de todos na alimentação do sistema acadêmico para validar

nossos esforços.” Reitor

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EnsinoEnsino

Mesmo antes de concluir os proces-sos de seleção de alunos para entra-da no segundo semestre deste ano, o pessoal responsável pelo Ingresso no IFNMG já trabalha na preparação das seleções para o primeiro semes-tre de 2016. É sempre assim, um tra-balho constante para garantir as duas entradas anuais de estudantes nos cursos técnicos e superiores presen-ciais nos 11 câmpus do Instituto.

As inscrições para o 1º Processo Seletivo, para cursos técnico, e 1º Vestibular, para cursos superiores, de 2016 ainda não têm datas defini-das, mas o IFNMG continua com a perspectiva, adotada nas últimas edi-ções, de ampliar os prazos de cada etapa dos processos de seleção.

Segundo a coordenadora de Ingres-so, Ailse de Cássia Quadros, a ideia é

que os candidatos tenham mais tem-po para se informar sobre os cursos e fazer a melhor escolha, além de mais prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição, no caso de quem é de família de baixa renda e vem de es-colas públicas ou bolsistas integrais em escolas particulares.

Da parte do IFNMG, ganha-se mais tempo para divulgar as opor-tunidades de cursos técnicos e supe-riores gratuitos para o maior número possível de pessoas – principalmente na grande área de abrangência do Instituto, formada por cerca de 170 municípios – e para realizar os trâ-mites dos processos, como análise de documentos dos pedidos de isenção de taxa, pedidos de alteração de in-formações fornecidas na inscrição e correção de provas.

Vamos em frente, que lá vem mais gentePara garantir entradas semestrais, processos de seleção exigem esforço continuado

SisuApesar de serem os mais tradicio-

nais, o Processo Seletivo e o Vesti-bular não são os únicos meios de in-gresso no IFNMG.

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu), realizado pelo Ministério da Educação (MEC) com base nos re-sultados obtidos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), também é adotado para seleção de parte dos alunos dos cursos superiores do IFNMG – para 100% das vagas ofer-tadas pelo Câmpus Januária e 50% das vagas dos demais câmpus. Além dessa divisão, o Instituto convencio-nou não ofertar vagas para as primei-ras turmas de cursos novos via Sisu; nestes casos, os alunos são seleciona-dos apenas por meio do Vestibular.

O Sisu também é realizado semes-tralmente, com base em calendário definido pelo MEC. Nas últimas edi-ções, as inscrições aconteceram nos meses de janeiro e junho.

EADJá para os cursos técnicos na mo-

dalidade a distância, o IFNMG realiza o Processo Seletivo e-Tec. Segundo o diretor do Centro de Re-ferência de Educação a Distância e Projetos Especiais, Antônio Carlos Soares Martins, é prevista ao menos uma entrada anual, mas ela depende da pactuação feita com o governo federal para financiamento de novas turmas, o que acontece a cada ano, diferentemente do que ocorre com os cursos presenciais, que têm ofer-ta regular.

Antônio Carlos explica que, neste ano, a demora para aprovar o Or-çamento da União atrasou o crono-grama de ingresso de novas turmas, devendo o Processo Seletivo e-Tec acontecer no final do primeiro se-mestre ou no segundo semestre.

Navegar pela internet e utilizar computador não é tarefa fácil para quem não nasceu na era digital ou não teve acesso facilitado a essas fer-ramentas. É com a missão de trans-por essas barreiras que servidores e alunos do IFNMG - Câmpus Montes Claros oferecem, desde 2013, o pro-jeto de extensão curso de Informáti-ca Básica para Mulheres. Elas, mu-lheres que procuram o Câmpus ou mães de alunos, agarram a oportuni-dade de se incluir no mundo digital e, de quebra, saem bem na foto.

Inclusão digital: mulheres em foco

Segundo a coordenadora do proje-to, a assistente social Alana Mendes, a proposta da inclusão digital acon-tece desde 2011, mas o público-alvo era mais amplo, homens e mulheres. “A equipe optou por oferecer o cur-so só para mulheres, após observar dados dos anos anteriores e perceber que havia maior procura, desenvol-vimento e conclusão por parte des-se grupo”, explica. Alana informa, ainda, que a proposta também foi recepcionada pelo Núcleo de Ações Inclusivas (NAI) do Instituto.

MultidisciplinarAlém de aulas no laboratório de in-

formática, a metodologia do projeto de extensão do curso de Informática Básica para Mulheres se dá por meio de oficinas, que abordam temas re-lacionados a gênero e emancipação, como saúde e direito da mulher, autoestima e empoderamento – na perspectiva das alunas se qualifica-rem para o mercado de trabalho.

Neste ano, como proposta para am-pliar as ações do projeto, uma das abor-dagens multidisciplinares com relação às questões de gênero é a pesquisa formulada para conhecer o perfil da comunidade escolar interna e apresen-tá-lo e discuti-lo com a comunidade. Outra ação transversal que ocorre é a Mostra de Fotografia Mulheres em Foco, que na primeira edição em 2014, homenageou as trabalhadoras, alunas e mulheres da comunidade do IFNMG - Câmpus Montes Claros.

FrutosA proposta foi fortemente abraça-

da pela comunidade acadêmica do IFNMG, tanto que rende frutos cien-tíficos. No Congresso da Sociedade Brasileira de Computação em 2014, o perfil das mulheres participantes de 2013 e 2014 foi publicado no ar-tigo “Inclusão Digital de Mulheres no IFNMG Câmpus Montes Claros: um Relato de Experiência”, da aluna Keline Morais Balieiro, do curso de Ciência da Computação.

Keline conta que participar do pro-jeto de inclusão social foi uma opor-tunidade de aprendizado, empode-ramento e autoconhecimento. “Isso me incentivou a continuar a minha graduação, onde as mulheres são minoria e tidas como incapazes por alguns. Também aprendi a dar au-las, o que me ajudou a me expressar e falar melhor em público”, elenca a acadêmica.

A mostra fotográfica iniciada em 2014 teve o intuito de mostrar as mulheres que constroem o IFNMG a cada dia e fez parte da comemoração do Dia da Mulher, 8 de março

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Pesquisa

Professor e estudante de Agronomia ajudam comunidade com coleta da águaCerca de 400 pessoas são beneficiadas com as 70 barraginhas construídas com o projeto

Observar para ajudar. De iniciati-va do estudante de Agronomia do IFNMG-Câmpus Januária, Luís An-tônio Gonçalves da Silva, o projeto de extensão de Construção de Barragi-nhas – miniaçudes de coleta de água da chuva – beneficia 400 habitantes da comunidade rural Nova Odessa, a 24 quilômetros da cidade de Januária.

Para a execução, o projeto do futuro bacharel uniu Prefeitura Municipal, Associação de Produtores Irmãos Coragem e Embrapa Milho e Sorgo de Sete Lagoas, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da po-pulação da sua comunidade e a per-manência do homem no campo.

Ao todo, foram construídas 70 barraginhas que contribuem para o abastecimento de água do lençol freático da região e represa, benefi-ciando plantações de milho, feijão, vagem andu, hortaliças e a criação de gado de leite e de corte da comu-nidade rural.

Olhar atentoA ideia de ajudar a comunidade

em que viveu durante anos, antes de ingressar no IFNMG, partiu da observação. “Eu vi que toda a água das chuvas escorria para o riacho e já começávamos a sentir falta no

ção da proposta. “Ao visitar o pro-jeto Barraginhas da Embrapa, por meio do Instituto, meu professor e eu conseguimos diesel e conhecimento técnico. Criamos nosso projeto no IFNMG e, da prefeitura, recebemos pá carregadeira e operador. A comu-nidade abraçou a ideia”, revela.

O professor Ivan Almeida explica que as barraginhas se aplicam bem na recuperação de solos degrada-dos (compactados, erodidos). “Com as barraginhas esperamos evitar a erosão, a perda de solos e auxiliar na conservação das estradas. Com elas, mantemos a perenidade dos corpos hídricos, nas secas e en-chentes. Além de ajudar no aumen-to de produtividade e valorização das terras ”, diz.

lençol freático. Daí, vi as erosões e quis buscar uma solução”, contou o acadêmico que visitou a Semana de Integração Tecnológica da Embrapa, onde visualizou a ideia.

Segundo o estudante, o apoio do seu orientador e professor, Ivan Al-meida, foi fundamental na articula-

As mais de mil pessoas que com-pareceram ao Câmpus Arinos na última semana de abril para pres-tigiar os trabalhos, projetos e apre-sentações do IV Seminário de Ini-ciação Científica (SIC) do IFNMG, puderam conhecer de perto o que os alunos e professores dos câmpus do Instituto estão produzindo no âmbi-to da pesquisa científica.

Mais de 120 trabalhos de pesqui-sa dos câmpus Almenara, Araçuaí, Arinos, Januária, Montes Claros, Pi-rapora e Salinas foram apresentados, em pôsteres e oralmente, por um ou mais alunos participantes dos proje-tos. Houve também apresentações culturais, mostras de produtos de parceiros do setor produtivo e pales-tras e minicursos de várias áreas do conhecimento. Aconteceu, ainda, o “Dia de Campo”, em que alunos dos cursos de Tecnologia em Produção de Grãos e de Agronomia do Câm-pus Arinos demonstraram aos visi-tantes 20 culturas que foram planta-das e cultivadas exclusivamente para o SIC, como adubação verde, cultu-ras exóticas e testes de irrigação.

Um dos seis trabalhos premia-dos foi sobre um experimento feito por alunos e servidores da área de agrárias do Câmpus Almenara, que identificaram que a adoção de um processo de conservação, denomi-nado silagem, com farelo de milho em um capim muito comum na re-gião possibilita a sua manutenção para que possa ser consumido pelos bovinos no período seco.

Evento no Câmpus Arinos confirma o fortalecimento da pesquisa no IFNMG

A aluna do curso técnico em Zoo-tecnia, Ana Luiza Fonseca, após uma viagem de quase 20 horas com os demais colegas, apresentou o projeto aos participantes do Semi-nário. “Os resultados superaram as expectativas e têm que ser com-partilhados com os produtores da região, que são muito carentes de informações sobre novas técnicas”, afirmou Ana Luiza.

EvoluçãoO pró-reitor de Pesquisa e Inova-

ção do IFNMG, professor Rogério Mendes Murta, ressaltou que vem aumentando significativamente o número de bolsas, projetos, coor-denadores e atividades de pesqui-sa no IFNMG. “A prova de que estamos no caminho certo foi que recebemos nota máxima na ava-liação da pesquisa de recredencia-mento no nosso Instituto”, disse o pró-reitor.

O reitor do IFNMG, professor José Ricardo Martins da Silva, destacou que os trabalhos desen-volvidos refletem a preocupação dos alunos e dos servidores com os desafios das comunidades em que o IFNMG está inserido. “Esses trabalhos buscam, de algum modo, contribuir para o progresso socio-econômico regional, na perspecti-va do desenvolvimento sustentável e da integração com as demandas da sociedade e do setor produtivo”, concluiu o reitor.

Comunidade rural de Nova Odessa abraça o projeto de extensão do IFNMG

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Pesquisa

Informação é um bem valioso se chega para as pessoas certas e tratada da maneira adequada para produzir efeitos práticos. Essa é a aposta do Observatório do Traba-lho no Norte de Minas Gerais: Es-tudos sobre o Mercado de Trabalho e Ações de Emprego no Norte de Minas, projeto de pesquisa e exten-são desenvolvido há dois anos pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e financiado pela Fapemig que, desde meados de 2014, recebeu o reforço do IFNM-G-Câmpus Pirapora.

O trabalho inicial consiste na orga-nização e no cruzamento de dados que permitam um diagnóstico sobre o mercado de trabalho, com o obje-tivo de subsidiar políticas públicas e iniciativas privadas que favoreçam o emprego e a renda na região, a partir da capacitação e discussão com li-deranças regionais da mesorregião Norte do Estado. A principal fonte de dados utilizados pela pesquisa,

Segundo a professora Simone Viana Duarte, da Unimontes, o cruzamento desses e de outros dados brutos sobre a realidade do mercado permite várias análises, tanto estatísticas quanto qualitati-vas, apontando evolução do merca-do e tendências. Ela afirma que a parceria com o IFNMG, a primeira do projeto, vem agregar um valor especial ao trabalho na microrre-gião de Pirapora, porque os pes-quisadores envolvidos trazem para as análises a experiência de quem vive aquela realidade. Também in-tegram a microrregião os municí-pios de Buritizeiro, Ibiaí, Jequitaí, Lagoa dos Patos, Lassance, Riachi-nho, Santa Fé de Minas, São Ro-mão e Várzea da Palma.

Câmpus Pirapora se alia à Unimontes para traçar diagnóstico do mercado de trabalho no Norte de Minas

Exemplos concretosDesde que passou a integrar o

projeto, como integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Admi-nistração da Unimontes, a profes-sora Nesmária Sany Costa Alves conseguiu, com outros pesquisado-res do IFNMG - Câmpus Pirapo-ra - professores de Administração e Sistemas de Informação e alunos bolsistas e voluntários, identificar algumas especificidades e carências do mercado local. Como exemplo, ela cita a carência de capacitação para profissionais que atuam nos setores de serviços e comércio, os maiores responsáveis pela geração de empregos em Pirapora e municí-pios vizinhos, segundo ela. “O aten-dimento ao cliente nesses setores é deficitário”, comenta.

Há carência de capacitação, prin-cipalmente na área de gestão de negócios, também para os microem-presários que, segundo Sany, são a principal categoria de empreendedo-res nos setores de serviços e comér-cio na região. “Esse é, inclusive, um bom mercado para nossa empresa júnior [do bacharelado em Admi-nistração do Câmpus Pirapora], a EJIF”, aponta a professora, numa clara demonstração da aplicabilida-de das informações disponibilizadas

pelo Observatório do Trabalho.Para levar essas informações ao

público de interesse, que são os gestores públicos, os empreendedo-res e as lideranças locais, o projeto inclui produção de boletins, ciclos de seminários nas microrregiões envolvidas e a manutenção de um blog (https://observatoriodotraba-lhonortedeminas.wordpress.com/), que em breve será transformado em portal, por meio de trabalho conjun-to da Unimontes com o IFNMG.

Na missão de fazer a informação chegar aos gestores públicos, o pro-jeto conquistou o apoio da Associa-ção dos Municípios da Área Mineira

GrandezaCyntia Oliveira, Juan

Paulino e Juliana Moura, acadêmicos do bachare-lado em Administração

do Câmpus Pirapora, também con-cordam com a contribuição que o projeto dá aos gestores no que con-cerne a políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da região. Primeiros a integrar o projeto no IFNMG, entre os 16 alunos colabo-radores, eles contam que só tiveram real noção da grandeza do Observa-tório do Trabalho quando participa-ram de um seminário de nivelamen-to na Unimontes.

Para Breno de Carvalho Miran-da e Luiz Henrique Ferreira Mota, alunos de Sistemas de Informação, participar do projeto é um privi-légio, pois acrescentará conhe-cimento novo à vida acadêmica, profissional e pessoal.

da Sudene (Amams). De acordo com Cleuber Vieira, coordenador do De-partamento de Projetos e Convênios da entidade, os dados são de extre-ma importância para os muncípios e abrem novas possibilidades para os gestores. Segundo ele, os municípios, que passaram à condição de entes federativos com a Constituição de 1988, ainda são experiências muito recentes e estão em fase de ajustes de gestão. “Eles ainda estão se compre-endendo como entes responsáveis por políticas públicas, tais como as de ge-ração de emprego e renda. Os gesto-res municipais precisam de estímulos nesse sentido”, avalia Cleuber.

Informação socializada

coordenada pelo professor Roney Versiani Sindeaux da Unimontes, é a Secretaria de Políticas de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho e Emprego, que disponibiliza regis-

tro administrativos de empregados e empregadores denominados Re-lação Anual de Informações Sociais (RAIS) e Cadastro Geral de Empre-gados e Desempregados (CAGED).

Simone e Sany: parceria para incrementar análises na região de Pirapora

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Alunos de Administração e de Sistemas de Informação colaboram com o projeto no IFNMG

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O que há em comum entre um grupo de agricultores assentados no município de Pedras de Maria da Cruz e artesãos de Cônego Ma-rinho? E entre eles e um grupo que faz coleta seletiva para reciclagem em Januária? A resposta está no IFNMG-Câmpus Januária, mais pre-cisamente na Incu-badora Tecnológica de Empreendimen-tos da Economia Solidária (Incuba-tecs), que presta assessoria gratuita aos empreendimen-tos formados por esses e outros gru-pos de trabalhadores dos três muni-cípios norte-mineiros.

Atualmente, são nove empreendi-mentos incubados (veja quadro), entre cooperativas e associações, que atu-am na perspectiva do cooperativismo popular. Não são empresas, como faz

Incubatecs atua junto a grupos que desenvolvem empreendimentos de economia solidária

questão de frisar o criador e coordena-dor do projeto, o professor de Admi-nistração André Aristóteles da Rocha Muniz, entusiasta da economia solidá-ria desde os tempos da graduação.

Convicto de que a promoção do tra-balho e da renda é um vetor não só de

transformação, mas de emancipação na vida das pessoas, o professor André Aristóteles viu no projeto da Incuba-tecs uma forma de colocar a si mesmo e a Instituição a ser-viço do desenvolvi-mento, levando em conta os potenciais

locais e regionais. Em sua concep-ção, esse desenvolvimento viria pela economia solidária, “por valorizar o trabalho humano, a solidariedade, mas, sobretudo, por preservar o meio ambiente e alcance social”. Então, em 2012, surgiu a Incubatecs.

AssessoriaO professor André conta que a me-

todologia de incubação é um proces-so consolidado e sistematizado ao longo da história das Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Po-pulares (ITCPs), iniciado na Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro. “Basicamente, consiste em quatro etapas: diagnóstico, construção co-letiva das alternativas, capacitação e assessoramento”, explica.

Especificamente quanto à quali-ficação, ele define o trabalho como “quase artesanal”. Ou seja, “não dá para planejar um aulão ou um curso uniforme para todos ao mesmo tem-po. A qualificação que promovemos é realizada através de oficinas em que teoria e prática se fundem, sem-pre a partir da realidade e condições de aprendizagem dos membros dos empreendimentos”.

Pelas características singulares

da região, da economia local e dos empreendimentos assessorados, o trabalho exige conhecimento mul-tidisciplinar, por isso estão envolvi-dos professores, técnicos e alunos (estagiários) de diferentes áreas de formação, do IFNMG e de ou-tras instituições. Os cursos de Ad-ministração, Ciências Biológicas, Agronomia, Engenharia Agrícola e Ambiental e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Câmpus Januária estão representa-dos na equipe da Incubatecs.

Para o estagiário de Administração Daniel Pereira Magalhães Filho, que estuda em uma faculdade particular, a incubadora tecnológica é a oportu-nidade que teve para vivenciar a re-alidade de um outro lado de sua pro-fissão, que não vive apenas da gestão de grandes empresas. “A realidade nossa é mais essa daqui [dos empre-endimentos cooperativos]”, comenta o estudante, que anteriormente esta-giou em uma empresa.

(...) esse desenvolvimento viria pela economia solidá-

ria, por valorizar o traba-lho humano, a solidarie-

dade, mas, sobretudo, por preservar o meio ambiente

e o alcance social.

Incubados não são empresas,

mas grupos que formam associações e cooperativas

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Extensão

PassosSe uma empresa registra salto de

20 ou 30% nas vendas após receber uma assessoria especializada, pode-se dizer que o trabalho de assessoria foi bem-sucedido. Mas, no caso dos empreendimentos da economia soli-dária, como são mensurados os re-sultados da incubação? “Recusamos o conceito de sucesso concebido de fora para dentro”, alega André Aris-tóteles. “No nosso caso, o sucesso é medido em passos.”

Passos importantes como o que foi dado por um grupo de extrativistas de frutos do cerrado de Januária quando conseguiu aperfeiçoar o pro-cesso produtivo e inserir seus produ-tos no mercado. Quando os artesãos de Cônego Marinho também con-seguiram inserir seus produtos no mercado através da participação em feiras. Ou quando apicultores de Ja-nuária, capacitados pelo pessoal da Incubatecs, apreenderam o processo de formação do preço de venda do mel, identifi cando os custos de pro-dução e a sua margem de lucro.

Dirceu Lopes de Souza, presidente da Cooperativa dos Produtores de Cana-de-Açúcar e Derivados (Coop-cad), que reúne 25 cooperados da co-munidade de Brejo do Amparo, em Januária, comemora o apoio da Incu-batecs, que acontece há cerca de dois anos. “Eles ajudam a gente na orga-nização da nossa cooperativa. Toda quinzena tem reunião e eles realizam também cursos”, comenta Dirceu. O assessoramento será fundamen-tal para que os cooperados realizem dois projetos: voltar a engarrafar a tradicional cachaça Princesa Januá-ria, processo que está parado há al-gum tempo, e produzir rapadurinha.

Esperança renovada

Para defi nir o trabalho de incuba-ção, vale a antiga máxima de “ensi-nar a caminhar com as próprias per-nas”. “Acho que principal resultado que alcançamos com o nosso traba-lho é renovar a esperança na vida das pessoas e a capacidade de acredita-rem em si mesmas”, defi ne André.

E, para o estagiário Daniel, favo-recer o desenvolvimento desses em-preendimentos não benefi cia apenas os associados ou cooperados, mas toda a comunidade. É o que ocorre, por exemplo, no caso da associação de catadores de material para coleta seletiva de Januária. “O trabalho de-les é de extrema necessidade, toda a cidade ganha”, diz.

Fórum MundialA experiência do IFNMG-Câm-

pus Januária com a Incubatecs será apresentada no fi nal de maio deste ano na Feira de Economia Solidária, que acontecerá durante o III Fórum Mundial de Educação Profi ssional e Tecnológica, no Recife.

Empreendimen-tos incubados- Associação da Colônia dos Pesca-

dores e Apicultores de Pedras de Maria da Cruz.

- Associação dos Artesão da Comu-nidade de Olaria e Adjacências – Candeal / Cônego Marinho.

- Cooperativa dos Produtores de Cana-de-Açúcar e Derivados (Coopcad) – Brejo do Amparo / Januária.

- Associação Recicla Januária (Arejan).- Associação dos Usuários da Sub

-bacia do Rio dos Cochos (Assusbac) – Januária. Três

emprendimentos: Extrativismo, Artesanato e Apicultura.

- Associação de Pequenos Agri-cultores Rurais do Assentamento Unidos com Deus Venceremos – Pedras de Maria da Cruz.

- Associação dos Agricultores Familiares e Feirantes de Januária (Agriferjan).

Canalizar talentos, motivar alunos para ingressar na vida artística ou, quem sabe, para se profi ssionaliza-rem na área da cultura. É com esses objetivos que, há cerca de um ano, o projeto de extensão Cantando Coisas do Vale mobiliza alunos do IFNMG - Câmpus Almenara. “Tínhamos, também, o desejo de proporcionar um repertório que refl ita a origem deste povo do Vale do Jequitinhonha e que não seja o retrato da massifi ca-ção cultural, realizando releituras de músicas regionais e populares”, ex-

O Vale em música e dança

plica a professora de Artes e Música e coordenadora do projeto, Rosima-ria Sapucaia Rocha.

Da iniciativa surgiu a Banda Gê-nese, integrada por alunos de cursos técnicos integrados ao ensino mé-dio, escolhidos em um concurso de talentos. Atualmente, o grupo está em fase de reformulação, para subs-tituir integrantes que se formaram no fi nal do 2014 e deixaram o Ins-tituto. Os músicos ensaiam todas as semanas e se apresentam em eventos realizados no Câmpus.

Step UpEm novembro passado, a Banda

Gênese marcou presença no XII Festival de Artes de Goiás, promo-vido pelo Instituto Federal de Goi-ás. No evento, o IFNMG - Câmpus Almenara também foi representado pelo grupo de dança Step Up, que surgiu em 2013 durante um sarau promovido pela professor Rosimaria

para apresentar a História da Música Mundial, mesclando apresentações musicais, poesias e dança.

A partir desse primeiro passo, os alunos montaram o grupo de dança por iniciativa própria, sob a coorde-nação do colega Guilherme Costa Dias, responsável pelas coreografi as de estilos variados: dance music, hip hop, forró, músicas populares e fol-clóricas.

Economia Solidária: É um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preci-so para viver, sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Coo-perando, fortalecendo o grupo, cada um pensa no bem de todos e no próprio bem. Compreen-de uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de coopera-tivas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, fi nanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário.

Fonte: Portal do Ministério do Trabalho e Emprego.

Reuniões com associados e cooperados acontecem quinzenalmente

Banda Gênesis: Cleudiana Porto (vocal), Athos Vinicius (bateria), Jhonny Aguilar (vocal), Larissa Rodrigues (violão) e Lucas Gandra (guitarra)

Grupo Step Up: Pillar Costa Sousa, Luany Pereira dos Passos, Guilherme Costa Dias, Ana Carolina Silva Oliveira, Wendell Pereira Rocha, Julia Caravelli e Jéssica de Souza Medina

Para defi nir o trabalho de incuba-

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Equipe do IFNMG disputa jogo fi nal da competição de handball feminino entre as escolas da cidade de Pirapora

Foto: Professor Jamil Domingos da Silva

Atividade prática de amostragem de solo, realizada no Câmpus Almenara, com os alunos do 1º ano Integrado de Agropecuária

Foto: Professor Irã Pinheiro Neiva

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Eu falo da chuva com remorso.Um dia eu a odiei.Hoje, ao vir embora do trabalho, chovia quase que torrencialmente.

O que me despertou, há mais de dez anos, para tudo isso foi uma frase, daquelas ditas displicentemente, daquelas que a gente deixa passar, daquelas que de tão “clichê de avó” a gente simplesmente ignora.Certo dia chovia e eu vociferava contra a chuva. Dizia que ela atrapa-lhava meu retorno do trabalho para casa, que atrapalhava a secagem das roupas no varal, que tudo aquilo era muito chato.

“- Quando você nasceu, a chuva já existia.”Essas foram as palavras displicentes que ouvi. E me calei.O que fazer? Determinar ao clima que nunca mais chovesse? Teria eu tanto poder assim? Como resolver o irresolúvel?Cara, há coisas que não nos compe-tem, sobre as quais nada podemos fazer. Então acordei.

A chuva e o tempo se parecem.É inevitável que algumas gotas caiam do céu vez ou outra. O que você pode fazer é parar e contem-plar, ou abrir um guarda-chuvas e seguir seu caminho - os sapatos vão se molhar, é fato. Mas sem chuva, eles se sujariam de poeira e também se desgastariam.

Uma hora, a chuva passa. Uma hora o tempo passa.E você, o que fez? Abriu um guarda-tempo para se proteger?Com chuva ou sem chuva, meu velho, você se desgastará.Uma hora, o tempo passa. E aí?Odeia o tempo que passa implacável pelos seus dias e escorre pelos seus dedos? Qual a solução? Praguejar contra o tempo?Só tenho uma coisa a dizer: Quando você nasceu, o tempo já existia.Um dia eu odiei a chuva.Hoje, ao vir embora do trabalho, chovia quase que torrencialmente.Cheguei em casa com o uniforme ensopado. Tudo bem, depois ele seca e a vida continua.

Jorge Augusto de Freitas Vieira(Acadêmico do 8º período de Admi-nistração - Câmpus Pirapora)

Sobre a chuva e o tempo

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A vida no meu câmpus!Envie sua foto, para sair na próxima edição do jornal.

R$ 45 milhões. Esse é o valor atualmente contratado para ampliação da infraestrutura física do IFNMG. Quem capitaneia esse crescimento com modernização são as Pró-Reitorias de Administração (Proad), nos canteiros de obra, e a de Desenvolvimento Institucional (Prodi), no planejamento. Conheça algumas das obras em andamento no Instituto nas fotos ao lado.

Teófi lo OtoniA construção do Câmpus Teófi -

lo Otoni, unidade de expansão do IFNMG, segue com 65% de conclu-são do prédio administrativo e pe-dagógico. Somado o cercamento e a urbanização interna, também já con-tratados, o investimento ultrapassa os R$ 5 milhões.

Estrutura física cresce mais a cada diaSalinas

Já está em pleno uso para ativi-dades desportivas e de ensino o Ginásio Poliesportivo do Câmpus Salinas. São quase 2 mil m² de área construída. O valor do investimento foi de R$1,138.805,88. O novo giná-sio vai ser palco do 2º Jifenmg – Jo-gos Intercâmpus do IFNMG. Montes Claros

A obra do prédio do ensino do Câmpus Montes Claros já está 45% concluída. Ao todo são 16 salas de aula e 13 laboratórios distribuídos em dois pavimentos, que juntos so-mam 2.909 m² de área construída. O valor do investimento é de R$ 5.467.425,66.