jornal feito por militantes da jsd calheta - atitude laranja

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O Governo gastou, nos últimos dez anos, 96 milhões de euros nos transpor- tes marítimos. O suficiente para trazer, por exemplo, o Cristiano Ronaldo para o Santa Clara. Ou, se preferirmos assuntos mais sérios, para construir a Marina da Calheta dezasseis vezes, ampliar cerca de cinco vezes o Aeródromo de São Jorge, construir cerca de duas Portas do Mar na Calheta e gastar dois milhões de euros na sua inaugu- ração, tal como aconteceu em Ponta Delga- da. É certo, que a aposta nos transportes marítimos é de extrema importância quer seja no contributo para a aproximação dos açorianos das mais diversas ilhas quer seja no incentivo que concede ao turismo - sec- tor muito importante na nossa região. No entanto, o que não conseguimos entender é que após tantos milhões empenhados (96 milhões), nos deparemos com a vergonha que ainda este Verão nos foi proporciona- da. A verdade é que a saga dos trans- portes marítimos nos Açores continua. Um pouco por todo o lado, todos nós já presen- ciámos a incompetência que grassa nas companhias de transporte que recebem rios de dinheiro do Governo Regional para assegurarem um serviço público, (fundamental, diga-se) que é o de se estabe- lecer uma rede de mobilidade inter-ilhas por via marítima. Ora, a rede que existe, é não só insuficiente como muito precária. O Governo Regional já gastou, nos últimos 10 anos, cerca de 96 milhões de euros em transportes marítimos: 55 milhões de euros gastos em barcos velhos (aluguer), 32 milhões em barcos novos (Atlântida e Atlanticoline) e 320 mil euros em projectos mal elaborados, entre tantas outras trapalha- das que acrescem a estes números. Que palavra usar para descrever este estado caó- tico a que chegou este tema tão sensível e ao mesmo tempo importante para todos os açorianos, em especial os jovens, quando estamos em tempo de Verão, de férias e de festas? Incompetência, seguramente. É muito dinheiro e muito dinheiro mal gasto. Vários são os episódios que aqui poderíamos enumerar para comprovar esta situação. Desde as dezenas de pessoas que ficaram em terra nas festas do Pico por não existirem ligações suficientes para respon- der à procura (mais do que prevista), ao facto da filosofia do cartão Interjovem ficar aquém do desejado por não poder ser usado em viagens extraordinárias que se registam, precisamente, em altura de maior movimen- tação, tal como se verifica nas festas de Verão. As avarias registadas nos barcos que não só vieram a provocar grandes transtor- nos às pessoas, a nível dos horários e a nível monetário, porque o preço do bilhete não estava conforme o navio que iria reali- zar a viagem, como a completa e total falta de esclarecimento dos funcionários de algu- mas das Gares que não divulgavam a infor- mação da bilheteira com a devida antece- dência, obrigando a que muitas pessoas ficassem horas e horas em filas de forma desnecessária quando os bilhetes já tinham esgotado, além dos vários casos em que o barco saiu antes da hora prevista, deixando muitos passageiros em terra, é outro de um sem número de exemplos que poderíamos referir. É esta a política de transportes que queremos seguir? Foram para isto os 96 milhões? Cristiano Ronaldo podia ter vindo para os Açores ATITUDE LARANJA SETEMBRO 09 WWW.CALHETALARANJA.BLOGSPOT.COM EDITORIAL Política a mais! Voltamos a comunicar com a popula- ção, desta feita com os residentes no concelho da Calheta. Aos jovens nos dirigimos com particular atenção. Por isso somos JSD. Esta é uma forma de lançar perspectivas, críticas, propos- tas, de ouvir mas também fazer reflectir quem escreve e quem lê. Não há aqui vaidade alguma, nem assumi- mos este como um projecto pioneiro (quase) à escala planetária. Somos o que somos. Não há aqui nenhuma conjura do destino. Há uma necessi- dade que nós JSD sentimos para fazer chegar aos jovens o que pensamos e o que propomos. Nada mais. Há política a mais. Digo-o porque entendo que em São Jorge (como nas restantes ilhas), e falando apenas na Calheta, existe um ambiente político minado em todas (ou quase todas) as estruturas sociais. Em qualquer colec- tividade, grupo, organização, associa- ção há uma tentativa, por mais do que evidente, de partidarizar as pessoas e as decisões. O primeiro critério pare- ce ser o critério de filiação partidária ou, de simpatizante/apoiante. Há uma pressão intolerável e inacreditável sobre quem lidera os destinos das instituições da Sociedade Civil. O apoio governativo, do Governo PS, às instituições é muitas vezes decidido em troca do facto do Presidente (e de outros membros) dessas organizações integrarem as listas do PS. E quem quer o melhor para a sua instituição, quem está de espírito puramente altruísta, vê-se num dilema, melhor, vê-se preso por ter de optar pela insti- tuição ou pelas suas convicções (que podem, legitimamente, passar pelo apoio a outro Partido). Não podemos aceitar isto. Não podemos ficar indi- ferentes. Não podemos permitir. Nem tudo vale na política. Não se pode fazer política nas fundações da Socie- dade. Basta! João Gonçalves Foto do Cais do Pico onde se encontram dezenas de jovens à espera de um barco que se atrasou.

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Page 1: Jornal feito por militantes da JSD Calheta - Atitude Laranja

O Governo gastou, nos últimos dez anos, 96 milhões de euros nos transpor-tes marítimos. O suficiente para trazer, por exemplo, o Cristiano Ronaldo para o Santa Clara. Ou, se preferirmos assuntos mais sérios, para construir a Marina da Calheta dezasseis vezes, ampliar cerca de cinco vezes o Aeródromo de São Jorge, construir cerca de duas Portas do Mar na Calheta e gastar dois milhões de euros na sua inaugu-ração, tal como aconteceu em Ponta Delga-da. É certo, que a aposta nos transportes marítimos é de extrema importância quer seja no contributo para a aproximação dos açorianos das mais diversas ilhas quer seja no incentivo que concede ao turismo - sec-tor muito importante na nossa região. No entanto, o que não conseguimos entender é que após tantos milhões empenhados (96 milhões), nos deparemos com a vergonha que ainda este Verão nos foi proporciona-da. A verdade é que a saga dos trans-portes marítimos nos Açores continua. Um pouco por todo o lado, todos nós já presen-ciámos a incompetência que grassa nas companhias de transporte que recebem rios de dinheiro do Governo Regional para assegurarem um serviço público, (fundamental, diga-se) que é o de se estabe-lecer uma rede de mobilidade inter-ilhas por via marítima. Ora, a rede que existe, é não só insuficiente como muito precária. O Governo Regional já gastou, nos últimos 10 anos, cerca de 96 milhões de

euros em transportes marítimos: 55 milhões de euros gastos em barcos velhos (aluguer), 32 milhões em barcos novos (Atlântida e Atlanticoline) e 320 mil euros em projectos mal elaborados, entre tantas outras trapalha-das que acrescem a estes números. Que palavra usar para descrever este estado caó-tico a que chegou este tema tão sensível e ao mesmo tempo importante para todos os açorianos, em especial os jovens, quando estamos em tempo de Verão, de férias e de festas? Incompetência, seguramente. É muito dinheiro e muito dinheiro mal gasto. Vários são os episódios que aqui poderíamos enumerar para comprovar esta situação. Desde as dezenas de pessoas que ficaram em terra nas festas do Pico por não existirem ligações suficientes para respon-der à procura (mais do que prevista), ao facto da filosofia do cartão Interjovem ficar aquém do desejado por não poder ser usado em viagens extraordinárias que se registam, precisamente, em altura de maior movimen-tação, tal como se verifica nas festas de Verão. As avarias registadas nos barcos que não só vieram a provocar grandes transtor-nos às pessoas, a nível dos horários e a nível monetário, porque o preço do bilhete não estava conforme o navio que iria reali-zar a viagem, como a completa e total falta de esclarecimento dos funcionários de algu-mas das Gares que não divulgavam a infor-mação da bilheteira com a devida antece-dência, obrigando a que muitas pessoas ficassem horas e horas em filas de forma desnecessária quando os bilhetes já tinham esgotado, além dos vários casos em que o barco saiu antes da hora prevista, deixando muitos passageiros em terra, é outro de um sem número de exemplos que poderíamos referir. É esta a política de transportes que queremos seguir? Foram para isto os 96 milhões?

Cristiano Ronaldo podia ter vindo para os Açores

ATITUDE LARANJA S E T E M B R O 0 9 W W W . C A L H E T A L A R A N J A . B L O G S P O T . C O M

E D I T O R I A L

Política a mais!

Voltamos a comunicar com a popula-ção, desta feita com os residentes no concelho da Calheta. Aos jovens nos dirigimos com particular atenção. Por isso somos JSD. Esta é uma forma de lançar perspectivas, críticas, propos-tas, de ouvir mas também fazer reflectir quem escreve e quem lê. Não há aqui vaidade alguma, nem assumi-mos este como um projecto pioneiro (quase) à escala planetária. Somos o que somos. Não há aqui nenhuma conjura do destino. Há uma necessi-dade que nós JSD sentimos para fazer chegar aos jovens o que pensamos e o que propomos. Nada mais. Há política a mais. Digo-o porque entendo que em São Jorge (como nas restantes ilhas), e falando apenas na Calheta, existe um ambiente político minado em todas (ou quase todas) as estruturas sociais. Em qualquer colec-tividade, grupo, organização, associa-ção há uma tentativa, por mais do que evidente, de partidarizar as pessoas e as decisões. O primeiro critério pare-ce ser o critério de filiação partidária ou, de simpatizante/apoiante. Há uma pressão intolerável e inacreditável sobre quem lidera os destinos das instituições da Sociedade Civil. O apoio governativo, do Governo PS, às instituições é muitas vezes decidido em troca do facto do Presidente (e de outros membros) dessas organizações integrarem as listas do PS. E quem quer o melhor para a sua instituição, quem está de espírito puramente altruísta, vê-se num dilema, melhor, vê-se preso por ter de optar pela insti-tuição ou pelas suas convicções (que podem, legitimamente, passar pelo apoio a outro Partido). Não podemos aceitar isto. Não podemos ficar indi-ferentes. Não podemos permitir. Nem tudo vale na política. Não se pode fazer política nas fundações da Socie-dade. Basta!

João Gonçalves

Foto do Cais do Pico onde se encontram dezenas de jovens à espera de um barco que se atrasou.

Page 2: Jornal feito por militantes da JSD Calheta - Atitude Laranja

P Á G I N A 2

Topo

Santo Antão

Ribeira Seca

Calheta

Norte Pequeno

A VOZ DA JUVENTUDE

“Há quatro anos que não vivo no Topo, mas sensivelmente de três em três meses tenho ido lá. Eu noto diferença - gradualmente, devagarinho, uma coisa de cada vez, vai mudando para melhor… na melhoria, requalificação e criação de novos espaços – veja-se a Pontinha, as estradas, a identificação das ruas, o melhoramento de acessos a casas… são algumas das coisas que estão à vista de todos, que só não vê quem não quer… grandes mudanças não se fazem de uma vez só; constroem-se em pequenas partes com trabalho, paciência e persistência, especialmente quando não dependem de uma pessoa só.”

“É com grande pena que vejo que algumas das pétalas que compõem a rosa do Norte Pequeno se estão a desfolhar. Falo da Escola Primária e da Cooperativa Agrícola de Lacticínios. Fechando os motores de desenvolvimento desta Freguesia, as pessoas passarão a ter menos tempo para si, por consequência para as actividades que são a base de desenvolvimento e da imagem de união que a mesma possuí e por fim, mais dois passos para a desertificação que cada vez mais se nota nestes lugares do Norte da Ilha que ao que parece estão a ser deixadas ao abandono.”

“A Freguesia da Ribeira Seca, a maior da toda a Região dos Açores, está hoje muito melhor servida ao nível de estradas, acessos e canalizações às habitações do que há quatro anos atrás. Há que desta-car, neste caso, o trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal e pela Junta de Freguesia. Veja-se, por exemplo, a zona da baía, o caminho da ribeira acima e o caminho novo. Outro dos pontos que era interessante chamar a atenção, diz respeito à sinalização das zonas de interesse da nossa Fregue-sia. Seja para os turistas, seja para os visitantes. O que não favorece o turismo é o que se está a veri-ficar na Caldeira, Fajã de excelência, ex libris de São Jorge. A construção do centro de interpretação ambiental surge descontextualizada do resto da paisagem natural, num local onde as construções têm de obedecer a padrões muito rígidos e exigentes, como assim deve ser para preservar as nossas fajãs.“

Mónica Brasil

Bruno Oliveira

Elisabete Amorim

“É mesmo caso para dizer «quem viu e quem vê Santo Antão» pois é notável o trabalho desen-volvido em apenas um mandato em prol desta comunidade. Depois de três anos ausentes da ilha, para investir na minha formação, ao voltar encontro uma Freguesia mais organizada, mais limpa e com infra-estruturas públicas arranjadas e pintadas. Também a salientar a preocupação com as nossas fajãs, desde o acesso, preservação e segurança, colocando-as entre as mais apre-ciadas dos turistas que nos visitam. Todo este trabalho foi desenvolvido sem esquecer as tarefas rotineiras (mas importantes!) como por exemplo a roça das bermas e limpeza de valetas.”

Elsa Brito

Emanuel Fontes

“Vila da Calheta! o que faz lembrar? Um paraíso coberto de um lindo verde e com as mais maravilhosas fajãs que nos dão uma enorme paz interior. No entanto, não existe nada perfeito, tudo o que é bom tem os seus "mas" e "ses". No caso da nossa Vila, e visto pelos olhos de uma jovem, claro, existe alguns aspectos que considero importantes, tais como a falta de opor-tunidades de emprego, essencialmente para os mais jovens, uma das razões que os levam a procurar vida fora da sua terra, e a inexistência de estruturas de lazer que satisfaçam quem aqui habita.”

O S A R T I G O S D E O P I N I Ã O P O D E M S E R L I D O S N A Í N T E G R A E M W W W . C A L H E T A L A R A N J A . B L O G S P O T . C O M

Page 3: Jornal feito por militantes da JSD Calheta - Atitude Laranja

Wilson Ávila candidato à Assembleia da República

P Á G I N A 3

Como quinto candidato pelo PSD Açores à assembleia da Repúbli-ca é natural que sinta uma especial responsabilidade em atender aos assuntos dos jovens.

Ouvimos inúmeras vezes a frase “os jovens são o futuro”. Uma tese interessante, correcta e consen-sual. No entanto, o significado que por vezes lhe é dada pressupõe que um dia seremos nós os detentores das rédeas da nossa sociedade. Eu prefiro não aceitar esta consideração. Arris-co, por outro lado, dizer que O Futuro é nosso! Podemos e devemos criá-lo agora, no presente, à nossa imagem, em vez de ficarmos a assistir enquan-to outros decidem por nós.

Utilizando, sempre, os bons exemplos do passado, implementando as características que nos são típicas, como a determinação, a criatividade, a capacidade de dinamização e o positivismo e ambicionando sempre mais e melhor para as nossas ilhas, para as nossas famílias e para os nos-sos amigos, somos, juntos, uma forte arma construtiva. Mas é essencial estarmos presentes no momento de decisão. Primeiro, estar presentes nas urnas. É o primeiro passo que temos de tomar. Segundo, estar dispostos a

ser eleitos e a eleger os nossos repre-sentantes para que tenhamos, efecti-vamente, a nossa voz nos centros de decisão.

Tendo em conta estas pre-missas, considerando uns dados esta-tísticos relativos ao ano de 1999, que registam a existência de 65780 jovens açorianos entre os 15 e o 25 anos, e estimando que, pelo menos, cerca de 15000 destes jovens estão deslocados

devido à frequência universitária, defendo a implementação do voto antecipado em eleições legislativas. À semelhança do que acontece nas autárquicas, o voto antecipado vai contribuir para que milhares de jovens Açorianos possam ter uma palavra a dizer sobre a situação políti-ca (e acreditem, muitos deles querem ter uma palavra a dizer!).

A Educação, o Emprego, a Habitação e os Transportes são outros temas intimamente ligados à juventu-de Açoriana. Constituem, por isso mesmo, os assuntos a que me propo-nho dar especial atenção e sobre os quais me pronunciarei a seu tempo.

Conto, por isso, com o vosso

apoio. Conto sobretudo com aqueles

que, tal como eu, frequentam bares e discotecas, apreciam uma boa conver-sa de esplanada com os amigos, gos-tam de ir à praia, vêm séries como Dr. House, Lost, Prison Break, visitam as festas de Verão dos Açores e odeiam não poder usar o “Interjovem” quan-do realmente precisam, mas que, aci-ma de tudo, merecem um pouco melhor.

Conto com os jovens que ainda esperam pelo seu primeiro emprego e que caíram na célebre pro-messa dos 150 mil postos de trabalho para, hoje, constatarem que o número de desempregados subiu para mais de meio milhão.

Conto com os jovens que se encontram dependentes do governo e, consequentemente, vêm a sua liberda-de condicionada mas querem sair desta situação.

Conto com todos os que anseiam sair da situação miserável em que o Governo de Sócrates, com a cumplicidade de César, colocou o nosso país e a nossa Região.

O meu compromisso nestas eleições é com todos vós – jovens. O meu objectivo é fazer tudo ao meu alcance para que as questões que vos dizem respeito, para que os vossos problemas e as vossas propostas este-jam na “ordem de trabalhos”.

Preciso, claro, do vosso apoio, da vossa energia e do vosso voto no dia 27 de Setembro. Até breve!

Wilson Ávila

LEGISLATIVAS 2009

“Arrisco, por outro lado, dizer que o Futuro é nosso! Podemos e devemos criá-lo agora, no pre-sente, à nossa imagem, em vez de ficarmos a assistir enquanto outros decidem por nós”

LOCAL

Topo com futuro? No Programa eleitoral do PS de 2004 para as elei-ções regionais, promete-se, entre outras coisas, “executar as obras de ampliação do porto de pesca [do] Topo”. Não só constatamos que nesta medida, o Partido Socialista foi a reboque do que há muito o Partido Social Democrata defen-dia, como registamos, aliás, todas as pessoas registam, em especial as que vivem na vila do Topo, que se tratou, uma vez mais, de uma promessa não cumprida: não passou, pois, de uma promessa eleitoralista que tinha sido assumida para

concretização no último mandato (2004-2008). Mais do que isto, o PS, ao não cumprir o que prometeu, abandonou o compromisso no programa eleitoral a que se propôs em 2008. Com isto, assinalamos toda a convicção e firmeza com que o PS assumiu esta importante e necessária infra-estrutura que criou expectativas junto da população, para agora esquivar-se da questão falando em “beneficiações locais”. Sintomático.

Page 4: Jornal feito por militantes da JSD Calheta - Atitude Laranja

MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS... Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. O provérbio antigo aplica-se à época eleitoral que agora se aviz-inha. De um lado se passa para o outro sem quaisquer complexos, sem quaisquer problemas. Convicção ali, convicção acolá, é mais ou menos assim que as coisas se passam. Há quem no fundo, em boa verdade, mude porque acha que o outro Par-tido reúne características que mais lhe agradam. Ou que defende posições que lhes parecem mais in-teressantes. Nada a dizer. Mudar é

um sinal de humildade. Outros mu-dam, talvez porque não têm outra hipótese. São injustamente encurra-lados por dependerem, nos seus em-pregos, nos seus projectos e nos seus negócios, do apoio que recebem do Partido que investe mundos e fundos (leia-se di-nheiros públicos e influên-cias) neste tipo de mecanismos que, salvo melhor opinião, são ver-dadeiros atentados à liberdade de-mocrática. Existem ainda os que, pura e simplesmente, são mestres na arte do oportu-nismo (os chamados

“vira-casacas”) e que por pouco (ou por muito!) trocam de posições, mu-dam de conversa, defendem o que criticavam e chegam mesmo a criti-car o que defendiam. É todo um Mercado de transferên-cias. Está aberta a sessão.

Com a Santa Casa da Miseri-córdia inaugurada em 2005 (há 4 anos), ainda não foi retirada a placa que anuncia a sua remodelação. Lê-se que o Governo continua a “…DESENVOLVER OS AÇO-RES”, como se essa não fosse a sua obrigação! Ora, o que se vê, também, é que o anúncio

continua muitos anos depois de ter sido colocado. A placa está lá, no centro da Calheta, à vista de todos e, em particular, por quem deveria estar atento a este tipo de situações. Nós estamos.

Flagrante O Zezinho chega à escola e diz à Sra. Professora: - A minha gatinha teve 4 gatinhos e são todos do PS. A professora fica muito espantada com a saída da criança. No outro dia o Director vai visitar a escola e a Professora como achou muita piada ao miúdo, pergunta: - Zezinho diga lá o que aconteceu à sua gatinha? Diz o Zezinho: - A minha gatinha teve 4 gatinhos e 2 são do PS. A Professora fica intrigada e diz: - Então não eram os 4 do PS? Responde o Zezinho: - É que 2 já abriram os olhos...

Anedota

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