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do PovoParaisópolis - São Paulo - Dezembro de 2010 - Ano IV

O Banco do Brasil inaugurou sua primeira agência bancária em uma comunidade dia 30 de novembro, em Paraisópolis.

Foi feito uma grande festa e di-versas autoridades importantes compareceram, entre eles o vice--presidente do banco, Robson Ro-cha, e o presidente da União de Moradores, Gilson Rodrigues.

A instituição bancária tem vários projetos direcionados à comunida-de de Paraisópolis, como a regula-rização do comércio na região.

Durante a cerimônia de inau-guração, moradores recordaram a luta contínua da comunidade para fazer de Paraisópolis um bairro totalmente urbanizado e desen-volvido. Pág. 3

Banco do Brasil chega em Paraisópolis

Cidade Paraisópolis

A comunidade de Paraisópolis continua na luta pela construção de um hospital regional.

A Associação de Mulheres de Paraisópolis, a União de Mora-dores e do Comércio de Paraisó-polis, moradores e políticos in-fluentes, todos estão unidos por um propósito: trazer um hospital para Paraisópolis e Vila Andrade.

A presidente eleita, Dilma Rousseff se comprometeu em concretizar a obra. Pág. 4

Escola do PovoInstituição convoca novos al-

fabetizadores e amplia progra-ma de erradicação do analfabe-tismo. Pág. 7

Conselho GestorMoradores de Paraisópolis ele-

gem seus representantes. Veja a lis-ta dos eleitos. Pág. 4

Comunidade e comércio tem a opção de um banco estatal para obter financiamentos

Hospital Regional

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Cerimônia de inauguração da agência do Banco do Brasil na comunidade de Paraisópolis

Festival da JuventudeJovens lideranças de Paraisópolis

embarcam para África para participa-rem do Festival da Juventude. Pág. 7

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Em parceria com a Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo (Selt) e a ONG Amigos da Mancha, com o

Esporte Social beneficia 200 criançasapoio da União de Moradores, proje-to põe em prática a educação e socia-lização por meio do esporte. Pág. 5

Esporte Social ascende na comunidade e conquista pais, filhos e educadores

Editorial

Expediente

Espaço do Povo é uma publicação da Comunicação Paraisópolis. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Diretor: Joildo Santos - joildo@paraisopolis.org

Produção: Interativa Brasil - espacodopovo@ibtv.com.br

Jornalista responsável: Felipe C. Santos MTb 59406

Colaborador: André Santana

Designer: Mauricio Barreira

Anúncios, assinatura e sugestões jornal@paraisopolis.orgO Espaço do Povo possui uma tiragem de 20.000 exemplares.

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O ano de 2010 foi um ano de muitas conquistas! Coi-

sas que antes pareciam distantes começam a ser tornar realidade. São muitos os sonhos que alme-jamos alcançar até conquistarmos definitivamente o direito de ser um bairro com toda a infraestru-tura e dignidade que merecemos. Viemos de longe, com um sonho de trabalhar, mudar nossa vida, dar melhor oportunidade para os nossos filhos. Estamos criando as condições de oportunidades que precisamos, que só será possível, se estivermos unidos e conscientes do nosso papel de cidadão.

A construção da Nova Parai-sópolis é de responsabilidade de todos nós. Sem a união de todos, a comunidade se enfraquece e as coisas ficam mais difíceis de se-rem conquistadas.

O nosso trabalho deu muitos sal-tos de qualidade e isso possibilitou que avançássemos na luta pela me-lhoria do bairro. A nossa principal bandeira que é Urbanização com Garantia de Moradia começou a ser concretizada com a entrega de 600 apartamentos. Serão mais de 3 mil até 2012 e, em visita a comunidade, a presidente eleita Dilma Rousseff, prometeu dobrar o número de uni-

Artigo2011: um novo desafio

dades para atender também as pes-soas que moram de aluguel através do Minha Casa Minha Vida.

A visita do Presidente Lula na comunidade emocionou aqueles que achavam que era impossível e trouxe de volta a esperança e a força para lutar.

Conseguimos o Metrô, após anos de reivindicações da nossa comunidade, finalmente o projeto está aprovado pelo governo e va-mos ter um transporte rápido e de qualidade.

Trouxemos o Banco do Brasil e o Banco Bradesco para Paraisó-polis, proporcionando mais con-forto, segurança e comodidade aos moradores e comerciantes da nossa comunidade.

A vinda dos bancos para Paraisó-polis representa o progresso dentro de Paraisópolis, o acesso ao crédi-to, a caderneta de poupança, aos mais diversos serviços oferecidos pela rede bancária. Agora o comér-cio também vai poder usufruir dos serviços do banco, investir mais nos negócios e fazer crescer a eco-nomia local.

Inauguramos a rádio Nova Parai-sópolis 87,5 FM, uma importante conquista, fruto de anos de luta e mobilização e, que agora, será a

voz da nossa comunidade.Mas nosso trabalho não para por

aí. É nosso dever sempre ir em bus-ca de mais educação, lazer, cultu-ra, habitação, serviços essenciais, tudo que a comunidade de Paraisó-polis precisa e tudo que em qual-quer bairro da redondeza possui, é compromisso da União para com as pessoas da comunidade fazer de Paraisópolis um bairro urbanizado, moderno e sustentável.

Também abrimos mais espaço para as pessoas da comunidade e, também do Morumbi, se comunica-rem conosco.

Mesmo com todas essas conquis-tas, ainda temos muitos desafios pela frente. Já no início de 2011 a Escola do Povo estará a todo va-por, com novas turmas e alfabeti-zadores. Novos projetos de capaci-tação profissional, fortalecimento do comércio através do Conselho Comercio Legal são objetivos tra-

çados para o ano que vem.Você faz parte de todo nosso tra-

balho. Conto com você para nos ajudar ainda mais em nossas ba-talhas e mostrar para o Brasil que as pessoas podem e devem querer muito mais.

Gilson RodriguesPresidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis

Economia

Segunda maior comunidade de São Paulo, Paraisópolis foi

contemplada no dia 30 de novembro com uma agência do Banco do Bra-sil, sendo a primeira da instituição dentro de uma comunidade.

O evento foi marcado pelo gran-de número de moradores presentes e por autoridades, como o subpre-feito de Campo Limpo, Alexandre Margosian Conti, o vice-presidente de Gestão de Pessoas e Desenvolvi-mento Sustentável do Banco do Bra-sil, Robson Rocha, o deputado fede-ral Carlos Zarattini, o presidente da União de Moradores e do Comércio (UMCP), Gilson Rodrigues, além de outras importantes autoridades.

Gilson Rodrigues, emocionou-se ao se pronunciar durante a cerimô-nia. “Muitos diziam que favela não pode ter escola, não pode ter hos-pital, não pode ter banco, mas nós sempre estamos abrindo caminhos. Hoje a vinda do Banco do Brasil é um marco para Paraisópolis, e isso foi graças a união das pessoas”, de-clara com lágrimas nos olhos.

O vice-presidente Robson Rocha falou da importância do banco para o comércio da comunidade. Segun-do ele, o Banco do Brasil, em con-junto com a UMCP, quer fazer com que o comércio de Paraisópolis se torne completamente regularizado. “Hoje o Banco do Brasil não está na

Inaugurado o Banco de ParaisópolisBanco do Brasil vai desenvolver ações conjuntas com a União para incentivar comércio na comunidade

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comunidade para fazer ação social, fazer solidariedade, está na comuni-dade para fazer negócio. Junto com o Gilson, vamos desenvolver estra-tégias para legalizar o comércio de Paraisópolis”, diz.

A urbanização em Paraisópolis é a maior da América Latina. Hoje, a comunidade conta com uma loja da Casas Bahia, duas unidades do Telecentro, CEU, uma unidade do Hospital Albert Einstein, UBS, AMA, novas moradias, enfim, cada dia que passa a comunidade vem se modernizando, trazendo mais lazer, cultura e educação para os moradores, deixando de ser uma favela e se transformando em

um bairro totalmente regularizado.“Essa agência agrega valores, vai

alavancar a economia local. É mais uma conquista da comunidade”, de-clarou o subprefeito Conti, que para-benizou a comunidade.

Os moradores não escondem a fe-licidade estampada nos rostos. “Bom né, agora ficou mais perto para eu ir ao banco”, afirma Luzânia Gon-çalves, empregada doméstica. “Eu pretendo abrir uma conta”, diz Célio Gomes, ajudante de pedreiro.

“A comunidade é muito forte econo-micamente. Por isso é importante levar inclusão bancária à comunidade, ofe-recer acesso a produtos e promover a sustentabilidade”, declara Rocha.

Inauguração do BB conta com diversas autoridades, entre elas, o campeão olímpico de vôlei Marcelo Negrão

Cidade Paraisópolis

Hospital de Paraisópolisé compromisso de DilmaO déficit de hospitais em São

Paulo sempre foi um proble-ma. O sistema de saúde cresce len-tamente na cidade e alguns bairros, densamente populosos, necessitam com urgência de um sistema comple-to de saúde integrado.

É o caso de Paraisópolis. Com apro-ximadamente 100 mil moradores, a região possui só duas Unidades Bási-cas de Saúde (UBS) e uma Assistên-cia Médica Ambulatorial (AMA).

Para um morador de Paraisópolis poder ir a um hospital, seja num mo-mento de urgência ou não, ele preci-sa se deslocar até Campo Limpo, ou-tro bairro da zona sul, e desembolsar duas passagens de ônibus.

A presidente eleita Dilma Rous-seff declarou, em campanha eleito-ral, que a comunidade de Paraisó-polis irá ter um hospital regional. “Um bairro desse tamanho, que equivale a uma cidade, tem que ter hospital, e não somente o hospi-tal, tem que ter Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e tem que ter SAMU. Numa comunidade como Paraisópolis é necessária uma rede hospitalar”, afirmou Rousseff.

Juliana Gonçalves, presidente da As-

Comunidade reinvidica a construção de um hospital próprio

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O Conselho Gestor é responsável por acompanhar as obras de ur-

banização na comunidade, conforme as normas estabelecidas no plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo.

É formado por representantes do po-der público e sociedade civil e, na elei-ção realizada neste fim de ano, houve recorde de participação do público com, aproximadamente, 900 eleitores. Sendo que na eleição passada a participação ficou em 300 eleitores.

O título de candidato mais votado ficou com uma mulher, Juliana Gon-çalves, com 127 votos. Ela preside também a Associação de Mulheres de Paraisópolis.

Eleição do Conselho Gestor tem votação recorde

sociação de Mulheres de Paraisópolis, não economiza palavras quando o assun-to é o hospital regional na comunidade. “Notamos que são inúmeras situações de vulnerabilidade, desde a falta de es-pecialistas até o simples acesso a uma ambulância. Por isso, aprovamos como a maior bandeira de nossa comunidade a imediata construção do Hospital Regio-nal de Paraisópolis e Vila Andrade. Se até ontem nossa grande luta foi impedir a

remoção do povo de Paraisópolis, venci-da pela nossa união e determinação, ago-ra nossas forças se voltam para a constru-ção desse Hospital”.

Segundo a Diretora Social da comuni-dade, Nice Soares, o hospital é uma ne-cessidade e não luxo. “Já conquistamos muitas coisas aqui na comunidade. Ago-ra é lutar para a construção do nosso hos-pital regional, pois necessitamos muito de um hospital aqui dentro”, concluí.

Veja os moradores eleitos para o Conselho Gestor

2011-2012

Bradesco inaugura posto avançado na comunidade

Recentemente o Banco Bra-desco inaugurou um Posto

de Atendimento Avançado (PAA) de sua agência da Giovanni Gron-chi em Paraisópolis.

Com a unidade, os moradores do bairro de Paraisópolis conta-rão com importantes serviços de autoatendimento, como saques, consultas de saldo e transferên-cias, além de poderem realizar a abertura de contas-corrente.

Os demais serviços da rede bancária podem ser realizados no posto Bradesco Expresso, que fica localizado nas Casas Bahia.

Para o diretor-executivo do Bra-desco, Odair Afonso Rebelato, a entrada do banco em Paraisópolis e outras comunidades, tem grande significado. “Com o aumento da renda e a queda do desemprego, a mobilidade social fica cada vez mais visível no país”, disse.

Ele destacou que a situação econômica dos trabalhadores tem grande impacto na realidade brasileira. “O aumento real do salário mínimo tem impacto na renda dessas pessoas, que têm anseios e precisam ser atendi-das”, argumentou.

Juliana Gonçalves foi a mais votada na eleição. Ela é presidente da Associação das Mulheres de Paraisópolis

Educação

Dentro do campo de futebol, co-nhecido popularmente como

Campo do Murão, a criançada se di-verte. Crianças em torno de 10 anos de idade correm atrás da bola com aquele fôlego juvenil, seguindo as orientações do instrutor: “Chuta! Pega a bola com a mão goleiro”, e corre de um lado para o outro com alegria e descontração.

Esta é uma cena do projeto Esporte

Social, que está inserido na grade do programa Virada Social. O direciona-mento do projeto é no aspecto social, mostrar a juventude a importância de valores como moral, responsabilidade, respeito e amizade, tudo por meio do esporte. “O trabalho realizado consis-te na inclusão e socialização do jovem com a comunidade, aos espaços que ela oferece e aos outros jovens que a

Educação por meio do esporteEsporte Social, projeto da Virada Social, conquista espaço e prova que o esporte é ferramenta importante na educação das crianças

constituem”, explica Emerson da Silva Dias, coordenador do projeto.

O projeto atende cerca de 200 crian-ças em Paraisópolis. Tem o objetivo de formar cidadãos e incentiva a garotada à prática esportiva. “Nosso intuito é fa-zer um trabalho social numa comuni-dade que necessita. Dar uma perspecti-va de futuro para as crianças”, declara o instrutor Luciano Luizi, que trabalha

no projeto desde março.As aulas acontecem três vezes por

semana, dois dias no CEU Paraisópo-lis e um dia no Campo do Murão. As crianças e adolescentes praticam fute-bol, handebol e vôlei. Além do esporte, há também visita a centros esportivos e ao Museu do Esporte, discussão e aprendizado sobre regras dos esportes, oficinas e palestras sobre cidadania, sexualidade, drogas e violência, acom-panhamento psíquico-social de assis-tentes sociais e psicólogos voluntários.

O instrutor Ricardo Alexandre Correa comenta o desenvolvimento das crian-ças durante o ano. “Eles evoluíram bas-tante no esporte e, principalmente, na parte disciplinar. Eles se respeitam mais e passaram a respeitar também o instru-tor, o que não acontecia antes”, diz.

A faixa etária vai desde os 7 até os 17 anos. Para participar é preciso estu-dar na rede pública de ensino e possuir renda de até dois salários mínimos. O projeto estuda para o ano que vem a ampliação para mais 100 crianças, to-talizando 300 jovens.

“Tentaremos em 2011 montar, através desses jovens participantes, A Socieda-de Esportiva Paraisópolis, dando assim oportunidades a esses jovens de parti-ciparem, além da prática esportiva, de disputas de jogos e campeonatos, dentro e fora da comunidade”, conclui Dias.

Instrutor Luciano Luizi durante as aulas no projeto Esporte Social no Campo do Murão

A inclusão digital já é uma realidade dentro de Paraisópolis. Há dois

Telecentros em funcionamento, e outros dois com a construção já confirmada pela União dos Moradores e Prefeitura.

Os cursos oferecidos pelos Telecentros de Paraisópolis são: Introdução à Infor-mática Básica, Editor de Texto (Writer), Editor de Planilhas (Calc), Pesquisa na Rede e Mercado de Trabalho.

No caso do curso Mercado de Tra-balho os alunos são instruídos a ela-borar um currículo, como se portar

diante de uma entrevista de emprego, os cuidados com a vestimenta etc.

O curso mais procurado na co-munidade é o de Introdução à In-formática. “Você não vai conseguir desenvolver outras atividades no computador se não souber o bási-co”, diz Diego Braga Sampaio, es-tagiário do Telecentro localizado na União dos Moradores.

Para se inscrever basta ir ao Te-lecentro com o RG e comprovante de endereço.

Paraisópolis conquista mais dois telecentros

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Veja os moradores eleitos para o Conselho Gestor

2011-2012

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A Agência de Empregos Comu-nitária de Paraisópolis, loca-

lizada dentro da União dos Morado-res e do Comércio de Paraisópolis, serve de ferramenta de integração entre o poder público, a sociedade e as associações populares, com o intuito de prestar serviços à popu-lação e oferecer empregos, dando uma perspectiva profissional para os moradores da comunidade.

A União sempre auxilia as pes-soas que chegam a entidade. An-teriormente, na maioria dos casos, a ajuda se fazia por meio de uma cesta básica que, momentaneamen-te, resolvia o problema.

Foi então que surgiu a ideia de ajudar as pessoas de outra forma, ao invés de doar alimentos a União resolveu dar empregos. Nasce a Agência de Empregos de Paraisó-

polis que em três anos de prestação de serviços já empregou cerca de 2.500 pessoas.

“Quando você dá o emprego, você evita que as pessoas precisem pedir alimento. Você cria condi-ções para que elas se estruturem e tenha uma vida melhor, com aces-so à cultura, educação, ou seja, as pessoas se tornam ativas economi-

Agência de Empregos facilita a entrada no mercado de trabalhoCriada pela União dos Moradores, Agência de Empregos Comunitária já empregou cerca de 2.500 pessoas

Prestação de Serviços

camente e passam a ter qualidade de vida”, afirma o presidente da União Gilson Rodrigues.

Segundo a coordenadora da agên-cia, Bruna Braz, o foco é empregar moradores da comunidade, mas há o atendimento também para pesso-as de fora. “Já veio gente do Ca-pão Redondo, de Interlagos, até de Guarulhos, nós sempre procuramos ajudar, mas a prioridade são os mo-radores de Paraisópolis”, diz.

De acordo com a agência, mais de 10 empresas já possuem cadastro e empregam pessoas da comunidade, exemplo disso é a loja varejista Ca-sas Bahia. O quadro de funcionários da empresa situada dentro de Parai-sópolis é composto, em sua maioria, por pessoas da comunidade. A Co-mércio Eletrônico Fácil do Banco do Brasil (Comef), lojas Marisa e

a operadora de celular Tim também empregam ou empregaram morado-res de Paraisópolis.

A agência funciona de segunda a quinta-feira das 8h às 14h. Para preenchimento da ficha, o candi-dato deve levar RG, CPF, cartei-ra de trabalho e comprovante de residência. Mas informações pelo telefone (11) 3501-3275.

CEU completa dois anosNo próximo dia 11 de dezembro o

CEU Paraisópolis fará aniversário. Em uma grande festa, a escola, que é um exemplo da transformação que vive o nosso bairro, comemorará seus primeiros dois anos de vida.

Inaugurado em 2008 pelo prefei-to da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, o CEU possui características diferenciadas de uma escola conven-cional, que vão desde o projeto peda-gógico à infraestrutura, contando com

quadras poliesportivas, teatro e pisci-na. As estruturas do CEU, que podem ser utilizadas pela comunidade duran-te os finais de semana, recebem diver-sas atividades culturais como oficinas de teatro, cineclubes, coral e grupos de dança.

A festa do CEU Paraisópolis conta-rá com diversas atrações, como a can-tora Negra Li, o coral Projeto Ponte, a Orquestra Filarmônica de Paraisópo-lis e muito mais.

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CEU Paraisópolis

“Já veio gente do Capão Redondo, de Interlagos, até de Guarulhos, nós sempre procuramos ajudar, mas a priori-dade são os moradores de Paraisópolis” - Bruna Braz

CulturaEspaço do Povo - 12/2010 - 7

A Associação Cultural TÁ NA TEIA realiza o 1º Festival de Ci-nema Paraisópolis, que tem por objetivo incentivar a produção de vídeos e curtas-metragem indepen-dentes realizado de forma coletiva, sem fins comerciais e publicitários. O Festival complementa a iniciati-va do coletivo de vídeo popular em São Paulo, e agrega todas as rami-ficações de iniciativas de vídeos libertários. Este ano o Festival pre-mia o vencedor com um notebook.

Para Alexandre Passarelli, o even-to estimula a produção local na co-munidade e atraí olhares para essas produções. “A intenção do Festival

Paraisópolis tem festival de cinemaé dar oportunidade para talentos que se encontram fora dos grandes festi-vais e circuitos de vídeo comercial, e a partir dessa leitura, fortalecer a produção local, seu grupo de estu-dos e fórum”.

O Festival será dividido em duas etapas: Mostra competitiva e Não competitiva. A mostra competitiva (ficção e documentário) – O melhor filme sai vencedor. A intenção não é a disputa, mas o reconhecimen-to à obra, por esse motivo todos os prêmios que vierem pleitear um es-paço no festival deverá aderir está postura de ser algo útil para os rea-lizadores independentes.

A mostra não competitiva será realizada do dia 13 a 17 de dezem-bro, com uma seleção de vídeo popular, dos coletivos ativos por todo Brasil. Os critérios de avalia-ção serão: a mensagem passada, as técnicas utilizadas, a originalidade e a capacidade de execução. Os filmes serão analisados por uma comissão julgadora constituída por uma ativista da área de vídeo popular, uma liderança na comu-nidade, um representante de ponto de cultura local e o voto popular. O evento também contará com pa-lestra e mesa-redonda de debate, participantes, realizadores, convi-

Juventude de Paraisópolis vai representar o Brasil em Festival Mundial

dados e espectadores em geral.Os vídeos finalistas serão exibi-

dos durante a mostra competitiva no dia 12 de dezembro. A premia-ção será no mesmo dia, no anfite-atro do CEU Paraisópolis. O pri-meiro colocado ganhará um laptop e o segundo e terceiro lugares re-ceberão troféus em seção solene.

Para o Diretor de Comunicação da União dos Moradores, Joíldo Santos, a realização do festival na comunidade veio no momento cer-to. “A realização do festival vem incentivar a produção audiovisual e fortalecer iniciativas culturais da comunidade”, finaliza.

Entre os dias 13 e 21 de de-zembro, ocorrerá na África

do Sul, o 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes. Con-siderado o maior fórum de debates sobre a juventude, o 17º Festival, contará com a participação de 10 jovens lideranças de Paraisópolis.

O festival é organizado pela Fede-ração Mundial de Juventudes De-mocráticas (FMJD).

O 17º Festival Mundial da Ju-ventude e dos Estudantes está norteado pelo seguinte tema: “Por um Mundo de Paz, Solidariedade e Transformações Sociais”. Nele,

os jovens de todas as regiões do mundo poderão debater sobre as principais questões importantes para a juventude.

O festival reunirá mais de 20 mil jovens no país que sediou a Copa do Mundo. No distrito de Soweto, bairro da capital do país, Johanes-burgo, onde Nelson Mandela lide-rou a luta contra a política racista do Apartheid e onde ocorreram as principais manifestações. Após eleito presidente da República, o grande “Madiba” (como é conhe-cido no idioma Zulu) iniciou o processo de integração nacional.

Os representantes da Juventude de Paraisópolis terão uma missão fundamental durante o Festival. Eles apresentarão à comunidade internacional a experiência de nossa comunidade na luta pela er-radicação do analfabetismo atra-vés do programa Escola do Povo. Na África,conhecerão as experi-ências de países que cumpriram com essa importante tarefa, como

Cuba, Venezuela e Bolívia.A presidente da Associação das

Mulheres de Paraisópolis, Julia-na Gonçalves, foi convidada para representar a Federação Demo-crática Internacional de Mulhe-res (FDIM) no festival. E para a comunidade conseguir viabilizar a viagem de todos, foi realizado um jantar no último dia 6 para ar-recadar fundos, garantindo a ida dos jovens líderes de Paraisópo-lis ao festival.

A primeira edição do Festival da Juventude foi realizada na ci-dade de Praga, antiga Tchecos-lováquia, dois anos após o final da Segunda Guerra Mundial. Na ocasião, teve como eixo central a denúncia dos crimes cometidos pelo nazi-facismo. De lá para cá, o Festival percorreu os continen-tes europeu, asiático, africano e latino americano. O mais recente foi organizado na cidade de Ca-racas, capital da Venezuela, em agosto de 2005.

Jantar ocorrido no início do mês teve a presença de parceiros da União

Jovens de Paraisópolis viajam à África do Sul para Festival da Juventude

Escola do Povo Espaço do Povo - Dez/2010 - 8

Erradicação do analfabetismoO Programa Escola do Povo, que

visa erradicar com o analfabetismo na comunidade de Paraisópolis, vai au-mentar o número de alfabetizadores para o próximo ano.

Para isso, está sendo realizado uma campanha de admissão de interessados em trabalhar na Escola do Povo.

No leilão que aconteceu no dia 16 de agosto deste ano, para arrecadar fun-dos para a ampliação do programa Es-cola do Povo, o empresário Eike Batis-ta arrematou o terno da primeira posse do presidente Lula, em 2002, por R$ 500 mil e dobrou o valor total arreca-dado na noite.

Com o capital oriundo do leilão, a Escola do Povo está admitindo alfabe-tizadores para dar continuidade ao pro-cesso de ampliação do programa. No total serão 30 educadores para 1.200 alunos, com 20 alunos por turma.

São cinco locais fixos para a execu-ção das aulas na comunidade e, tam-bém, há espaços oferecidos por ins-tituições dentro de Paraisópolis para ajudar na missão do programa, como igrejas, ONGs etc.

Para se tornar um educador da Esco-la do Povo basta possuir ensino médio completo e ser maior de 18 anos. Maio-res informações é só comparecer na União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis: R. Ernest Renan, nº 1366 e participar do processo seletivo.

Informações e inscrições na União de Moradores e do Comércio de Paraisópolis.

Rua Ernest Renan, 1366 - Tel.: 3501-3275

Qualificação: Ensino Médio Completo e maior de idade.

Eu voltei a estudar, e você?

Venha ser professor da Escola do Povo

Juliana Gonçalves Rodrigues,Diretora da Escola do Povo

Gilson RodriguesPresidente da

Escola do Povo

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“Com a arrecadação, consolidamos nosso objetivo, erradicar o analfabetismo” - Gilson Rodrigues, Presidente da União

“É meu papel apoiar causas nobres como esta. Os lances e doações foram ótimos” - Marisa Letícia, Primeira-Dama

Informações e inscrições na União de Moradores e do Comércio de Paraisópolis.

Rua Ernest Renan, 1366 - Tel.: 3501-3275

Qualificação: Ensino Médio Completo e maior de idade.

Eu voltei a estudar, e você?

Venha ser professor da Escola do Povo

Juliana Gonçalves Rodrigues,Diretora da Escola do Povo

Gilson RodriguesPresidente da

Escola do Povo

“Ja morei em favela e sei o poder transformador do estudo”- Wanderley Nunes

Chico Pinheiro, ao lado de Juliana Gonçalves, no leilão organizado por Wanderley Nunes e Gilson Rodrigues